Bula Profissional
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(clonazepam)
Comprimidos 0,5 mg e 2 mg
Anticonvulsivante / Ansiolítico
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 0,5 mg ou 2 mg. Caixa com 20 e 200 comprimidos.
VIA ORAL
COMPOSIÇÃO
Comprimidos de 0,5 mg
Princípio ativo: clonazepam .................................................. 0,5 mg.
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, povidona, croscarmelose sódica, estearato de
magnésio e corante amarelo crepúsculo laca de alumínio.
Comprimidos de 2,0 mg
Princípio ativo: clonazepam .................................................. 2,0 mg.
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, povidona, croscarmelose sódica e estearato de
magnésio.
1. INDICAÇÕES
Adulto e pediátrico
Distúrbio epiléptico
Clopam® (clonazepam) está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento das crises epilépticas mioclônicas,
acinéticas, ausências típicas (pequeno mal), ausências atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut). Clopam® (clonazepam) está
indicado como medicação de segunda linha em espasmos infantis (Síndrome de West).
Em crises epilépticas clônicas (grande mal), parciais simples, parciais complexas e tônico-clônico generalizadas
secundárias, Clopam® (clonazepam) está indicado como tratamento de terceira linha.
Adulto
Transtornos de ansiedade
- Como ansiolítico em geral.
- Distúrbio do pânico com ou sem agorafobia.
- Fobia social.
Transtornos do humor
- Transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania.
- Depressão maior: como adjuvante de antidepressivos (depressão ansiosa e na fase inicial de tratamento).
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Distúrbio epiléptico
Clonazepam é eficaz no tratamento de crises epilépticas do tipo ausência em pacientes refratários à terapia convencional.
É também efetivo no controle da epilepsia precipitada por estímulo sensorial, como a epilepsia fotomioclônica ou epilepsia
de “leitura”. 1, 2
Crises parciais complexas e focais respondem melhor ao clonazepam, em comparação a outros fármacos. Embora
clonazepam seja tão eficaz quanto diazepam no tratamento de status epilepticus, seu uso é limitado, por causa do efeito
depressor no sistema cardiorrespiratório.
Estudos demonstraram que a terapêutica com clonazepam permite a redução ou interrupção de outro anticonvulsivante já
em uso.3, 4, 5
Clonazepam não é efetivo no tratamento de mioclonia pós-anóxica, porém é eficaz na epilepsia mioclônica e no controle de
movimentos mioclônicos com disartria.6, 7
Em crianças, clonazepam é eficaz no tratamento de convulsões motoras menores e crises tipo “pequeno mal” refratárias nas
doses de 0,05 a 0,3 mg/kg/dia, divididas em doses, reduzindo as crises em até 70% dos pacientes. 8, 9
Transtornos de ansiedade
A terapêutica com clonazepam é eficaz para o tratamento de transtorno do pânico a curto prazo com ou sem agorafobia.10 O
uso de clonazepam por mais de nove semanas não foi avaliado. A eficácia em crianças abaixo de 18 anos não foi
estabelecida.11
O tratamento da fobia com o uso de clonazepam é eficaz. 12
Transtornos do humor
Estudos demonstraram que o uso de clonazepam reduz os sintomas de mania em pacientes em surto. 13
A terapêutica com clonazepam na dose de 1,5 a 6 mg/dia foi eficaz no tratamento da depressão em 81% dos casos, com
início do efeito ocorrendo a partir da primeira semana de tratamento.14 Quando adicionado à fluoxetina, o uso de
clonazepam na dose de 0,5 a 1 mg, ao deitar-se, mostrou-se superior ao uso de fluoxetina como monoterapia. Esse efeito foi
observado nas primeiras semanas de tratamento.15
Referências bibliográficas:
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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Clonazepam apresenta propriedades farmacológicas comuns aos benzodiazepínicos, que incluem efeitos
anticonvulsivantes, sedativos, relaxantes musculares e ansiolíticos. As ações centrais de benzodiazepínicos são mediadas
através de uma melhora da neurotransmissão GABAérgica em sinapses inibitórias. Na presença de benzodiazepínicos, a
afinidade do receptor GABA pelo neurotransmissor é aumentada através da modulação alostérica positiva, resultando em
uma ação aumentada do GABA liberado no fluxo de íon cloreto pós-sináptico transmembrana.
Há também dados em animais que demonstram um efeito de clonazepam sobre a serotonina. Os dados em animais e as
pesquisas eletroencefalográficas em humanos mostraram que clonazepam suprime rapidamente muitos tipos de atividade
paroxística, incluindo o aparecimento de ondas pontiagudas e descarga de ondas na ausência de convulsões (pequeno mal),
ondas lentas pontiagudas, ondas pontiagudas generalizadas, espículas temporais ou de outra localização, bem como
espículas e ondas irregulares.
As anormalidades generalizadas do eletroencefalograma são suprimidas mais regularmente que as anormalidades focais. De
acordo com esses achados, clonazepam apresenta efeitos benéficos em epilepsias generalizadas e focais.
Farmacocinética
Absorção
Clonazepam é rapidamente e quase completamente absorvido após administração oral de clonazepam comprimidos. As
concentrações plasmáticas máximas de clonazepam são alcançadas dentro de 1 - 4 horas. A meia-vida de absorção é de,
aproximadamente, 25 minutos. A biodisponibilidade absoluta é cerca de 90% com grandes diferenças entre indivíduos.
Os comprimidos de clonazepam são bioequivalentes à solução oral com relação à extensão de absorção do clonazepam,
enquanto a taxa de absorção é ligeiramente mais lenta para os comprimidos.
As concentrações plasmáticas de clonazepam no estado de equilíbrio, para um esquema de administração de uma dose/dia,
são três vezes maiores que aquelas obtidas com uma única dose oral. As taxas previstas de acúmulo para regimes diários de
duas vezes e três vezes são 5 e 7, respectivamente. Após doses orais múltiplas de 2 mg, três vezes ao dia, as concentrações
plasmáticas no estado de equilíbrio pré-dose de clonazepam atingiram uma média de 55 ng/mL. A relação entre a
concentração plasmática e dose administrada de clonazepam é linear. As concentrações plasmáticas anticonvulsivantes alvo
de clonazepam variam de 20 a 70 ng/mL. Efeitos tóxicos graves, incluindo frequência elevada de crises, ocorreram na
maioria dos pacientes com concentrações plasmáticas em estado de equilíbrio acima de 100 ng/mL. Em pacientes com
distúrbios de pânico; as concentrações efetivas de clonazepam na redução da frequência de ataques de pânico foram de
aproximadamente 20 ng/mL.
Distribuição
Clonazepam distribui-se rapidamente a vários órgãos e tecidos corporais, com captação preferencial pelas estruturas
cerebrais.
O volume médio de distribuição de clonazepam é estimado em cerca de 3 L/kg. A meia-vida de distribuição é
aproximadamente 0,5 – 1 hora. A ligação às proteínas plasmáticas de clonazepam é entre 82% e 86%.
Metabolismo
Clonazepam é eliminado por biotransformação, com a eliminação subsequente de metabólitos na urina e bile. A
biotransformação ocorre, principalmente, pela redução do grupo 7-nitro para o derivado 4-amino. O principal metabólito é
o 7-amino-clonazepam, que tem apresentado apenas discreta atividade anticonvulsivante. Foram também identificados
quatro outros metabólitos que estão presentes em proporção muito pequena: o produto pode ser acetilado para formar 7-
acetamido-clonazepam ou glucuronizado. O 7-acetamido-clonazepam e o 7-amino-clonazepam podem ser adicionalmente
oxidados e conjugados.
Os citocromos P-450 da família 3A desempenham importante papel no metabolismo de clonazepam, particularmente na
nitroredução de clonazepam em metabólitos farmacologicamente inativos ou fracamente ativos.
Os metabólitos estão presentes na urina sob a forma livre e como componentes conjugados (glucuronídeo e sulfato).
Eliminação
A meia-vida de eliminação é de 30 a 40 horas e é independente da dose. A depuração é cerca de 55 mL/min independente
do sexo, mas os valores normalizados por peso diminuem com o aumento do peso corporal.
Cinquenta por cento a 70% da dose oral de clonazepam é excretada na urina e 10% a 30% nas fezes, quase exclusivamente
sob a forma livre ou de metabólitos conjugados. Menos de 2% de clonazepam inalterado aparece na urina.
Os dados disponíveis indicam que a farmacocinética de clonazepam é dose independente. Em voluntários participantes de
estudos com dose múltipla, as concentrações plasmáticas de clonazepam são proporcionais à dose. A farmacocinética de
clonazepam após a administração repetida é previsível por estudos de dose única. Isso não representa evidência de que
clonazepam induz seu próprio metabolismo ou o metabolismo de outros medicamentos em humanos.
Insuficiência hepática
A ligação de clonazepam às proteínas plasmáticas em pacientes cirróticos é significativamente diferente daquela em
indivíduos saudáveis (fração livre 17,1 ± 1,0% vs 13,9± 0,2%).
Embora a influência da insuficiência hepática na farmacocinética de clonazepam não tenha sido adicionalmente
investigada, a experiência com outra nitrobenzodiazepina (nitrazepam) intimamente relacionada indica que a depuração do
clonazepam não ligado pode ser reduzida na cirrose hepática.
Pacientes idosos
A farmacocinética de clonazepam em idosos não foi estabelecida.
Pacientes pediátricos
Em geral, a cinética de eliminação em crianças é similar àquela observada em adultos.
Após doses terapêuticas em crianças (0,03 – 0,11 mg/kg), as concentrações séricas encontraram-se na mesma faixa (13 – 72
ng/mL) das concentrações efetivas em adultos.
Em recém-nascidos, os valores de depuração são dependentes da idade pós-natal. Os valores de meia vida de eliminação
em recém-nascidos são da mesma magnitude daqueles relatados em adultos.
Em crianças, foram reportados valores de depuração de 0,42 ± 0,32 mL/min/kg (idade de 2 - 18 anos) e 0,88 ± 0,4
mL/min/kg (idade de 7 – 12 anos). Estes valores reduziram com o aumento do peso corporal. A dieta cetogênica em
crianças não afeta as concentrações de clonazepam.
Estudos pré-clínicos
Carcinogenicidade, mutagenicidade, infertilidade: não foram realizados estudos de carcinogenicidade com clonazepam,
porém um estudo com o medicamento oral administrado cronicamente por 18 meses em ratos não revelou nenhum tipo de
tumor relacionado ao clonazepam em doses testadas até 300 mg/kg/dia. Adicionalmente, não há evidência de potencial
mutagênico, conforme confirmado pelos três testes de reparo (rec. Pol, Uvr.) e testes de reversão (Ames) ambos in vitro ou
em ratos (in vitro / in vivo). Em estudo de fertilidade de duas gerações com clonazepam administrado oralmente para ratos
em doses de 10 ou 100 mg/kg/dia, foi constatada diminuição do número de gravidez e diminuição da sobrevivência de crias
até desmamar. Esses efeitos não foram observados em nível de dose de 5 mg/kg/dia.
Teratogenicidade: não foram observados efeitos adversos maternos ou embriofetais em ratos e camundongos, após
administração de clonazepam oral, durante a organogênese, em doses de até 20 ou 40 mg/kg/dia, respectivamente. Em
vários estudos em coelhos, após administração de doses de clonazepam de até 20 mg/kg/dia, foi observada baixa
incidência, não relacionada à dose, de um padrão de malformações similares [palato fendido, pálpebra aberta, alterações no
osso esterno (estérnebra) e imperfeições dos membros].
4. CONTRAINDICAÇÕES
Clonazepam é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a clonazepam ou a qualquer dos excipientes do
medicamento, a pacientes com insuficiência respiratória grave ou comprometimento hepático grave, pois os
benzodiazepínicos podem levar à ocorrência de encefalopatia hepática.
Clonazepam comprimidos são contraindicados para o tratamento de transtornos do pânico em pacientes com histórico
médico de apneia do sono.
Clonazepam é contraindicado a pacientes com glaucoma agudo de ângulo fechado. Clonazepam pode ser usado por
pacientes com glaucoma de ângulo aberto, desde que estejam recebendo terapia apropriada.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Informações gerais
Pode ocorrer perda de efeito durante o tratamento com clonazepam.
Em alguns estudos, até 30% dos pacientes apresentaram perda da atividade anticonvulsivante, frequentemente dentro de
três meses iniciais da administração. Em alguns casos, o ajuste de dose pode restabelecer a eficácia.
Comprometimento hepático: os benzodiazepínicos podem ter um papel que contribui para a ocorrência de episódios de
encefalopatia hepática no comprometimento hepático grave. Deve-se ter cautela especial ao administrar clonazepam a
pacientes com comprometimento hepático leve a moderado (vide item “Contraindicações”).
Insuficiência renal: os metabólitos de clonazepam são excretados pelos rins. Para evitar seu acúmulo excessivo, cuidados
especiais devem ser tomados na administração do medicamento a pacientes com insuficiência renal.
Sistema nervoso central (SNC), psicose e depressão: clonazepam deve ser usado com cautela especial em pacientes com
ataxia. O uso de benzodiazepínicos não é recomendado para o tratamento primário de doença psicótica. Pacientes com
histórico de depressão e / ou tentativas de suicídio devem ser mantidos sob supervisão rigorosa.
Miastenia grave: assim como ocorre com qualquer substância com propriedades depressoras do SNC e /ou relaxantes
musculares, é necessário ter cautela especial ao administrar clonazepam a um paciente com miastenia grave.
Uso concomitante de álcool / depressores do SNC: o uso concomitante de clonazepam com álcool e / ou depressores do
SNC deve ser evitado, visto que possuem o potencial de aumentar os efeitos clínicos de clonazepam, possivelmente
incluindo sedação grave que pode resultar em coma ou morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente
relevante (vide itens “Interações Medicamentosas” e “Superdose”). Clonazepam deve ser utilizado com cautela especial em
caso de intoxicação aguda com álcool ou drogas.
Reações psiquiátricas e “paradoxais”: sabe-se que ocorrem reações paradoxais como inquietação, agitação, irritabilidade,
agressividade, ansiedade, delírio, raiva, pesadelos, alucinações, psicose, comportamento inapropriado e outros efeitos
comportamentais adversos ao utilizar benzodiazepínicos (vide item “Reações Adversas – Pós-comercialização”). Caso tais
reações ocorram, o uso do medicamento deve ser descontinuado. A probabilidade de ocorrência de reações paradoxais é
maior em crianças e idosos.
Amnésia: pode ocorrer amnésia anterógrada com o uso de benzodiazepínicos em doses terapêuticas, sendo que o risco
aumenta com doses mais altas.
Apneia do sono: o uso de benzodiazepínicos não é recomendado em pacientes com apneia do sono devido a possíveis
efeitos aditivos na depressão respiratória. Portanto, clonazepam oral não deve ser usado para transtorno do pânico em
pacientes com apneia do sono. Em caso de ataque de pânico agudo, clonazepam parenteral deve ser administrado apenas se
o paciente for monitorado rigorosamente (vide item “Contraindicações”). A ocorrência de apneia do sono parece ser mais
comum em pacientes com epilepsia e a relação entre apneia do sono, ocorrência de crise e hipóxia pós-ictal precisa ser
levada em consideração tendo em vista a sedação induzida por benzodiazepínicos e a depressão respiratória. Portanto,
clonazepam deve ser usado apenas em pacientes epilépticos com apneia do sono quando o benefício esperado superar o
possível risco.
Distúrbios respiratórios: a dose de clonazepam deve ser ajustada com cuidado de acordo com as necessidades individuais
em pacientes com doença preexistente do sistema respiratório (por exemplo, doença pulmonar obstrutiva crônica).
Epilepsia: a dose de clonazepam deve ser ajustada com cautela de acordo com as necessidades individuais em pacientes em
tratamento com outros medicamentos de ação central ou agentes anticonvulsivantes (antiepilépticos) (vide item “Interações
Medicamentosas”). Medicamentos anticonvulsivantes, incluindo clonazepam, não devem ser descontinuados abruptamente
em pacientes com epilepsia, visto que isso pode ocasionar um estado epiléptico. Quando na opinião do médico houver a
necessidade de diminuir ou descontinuar a dose, isso deve ser feito gradualmente. Quando usado em pacientes nos quais
coexistem vários tipos de distúrbios epilépticos, clonazepam pode aumentar a incidência ou precipitar o aparecimento de
crises tônico-clônicas generalizadas (grande mal).
Isso pode requerer a adição de anticonvulsivantes adequados ou aumento de suas dosagens. O uso concomitante de ácido
valproico e clonazepam pode causar estado epiléptico de pequeno mal.
Intolerância à lactose: pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase de
Lapp ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar esse medicamento.
Porfiria: em pacientes com porfiria, clonazepam deve ser usado com cautela, pois pode apresentar um efeito porfirogênico.
Distúrbio epiléptico
Trabalhos recentes sugerem uma associação entre o uso de medicamentos anticonvulsivantes por mulheres com epilepsia e
a incidência elevada de deficiência congênita nas crianças nascidas dessas mulheres. Os dados são mais abrangentes em
relação à difenil-hidantoína e ao fenobarbital, mas esses também são os anticonvulsivantes prescritos mais comumente.
Relatórios menos sistemáticos ou históricos sugerem uma possível associação similar com o uso de todos os medicamentos
anticonvulsivantes conhecidos.
Os estudos que sugerem uma elevada incidência de deficiências congênitas em crianças nascidas de mulheres epilépticas
tratadas com medicamentos anticonvulsivantes não podem ser considerados adequados para provar uma relação de
causa/efeito definitiva. Existem problemas metodológicos intrínsecos para a obtenção de dados adequados sobre
teratogenicidade em humanos. Também existe a possibilidade de outros fatores, por exemplo, fatores genéticos ou a própria
condição epiléptica, que podem ser mais importantes que a terapia com medicamentos, em relação à causa de defeitos
congênitos.
A grande maioria das gestantes em uso de medicação anticonvulsivante gera crianças normais. É importante notar que os
medicamentos anticonvulsivantes não devem ser descontinuados em pacientes para os quais o medicamento é administrado
para prevenir ataques epilépticos, por causa da forte possibilidade de precipitar estados epilépticos, com hipóxia e risco de
morte. Em casos individuais, em que a gravidade e frequência da disfunção epiléptica permitem a interrupção do
medicamento, sem que isso represente sério risco para a paciente, a descontinuação do medicamento pode ser considerada
antes e durante a gravidez, embora não se possa dizer com confiança que mesmo ataques epilépticos moderados não
possam representar perigo para o desenvolvimento do embrião ou feto. Essas informações devem ser consideradas no
tratamento ou aconselhamento de mulheres epilépticas com potencial para engravidar.
A administração de doses elevadas no último trimestre da gestação ou durante o trabalho de parto pode causar
irregularidade nos batimentos cardíacos do feto, hipotermia, hipotonia, depressão respiratória moderada e dificuldade de
sucção no recém-nascido. Deve-se levar em consideração que tanto a gestação quanto a descontinuação do medicamento
podem causar exacerbação da epilepsia.
Testes laboratoriais: Recomenda-se realizar exames de sangue periódicos e testes da função hepática durante a terapia a
longo prazo com clonazepam.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Clonazepam somente pode ser administrado durante a gestação se houver indicação absoluta.
Em diversos estudos, foi sugerida malformação congênita associada ao uso de medicamentos benzodiazepínicos (diazepam
e clordiazepóxido) (vide item “Interações Medicamentosas – Distúrbio epiléptico”). Clonazepam só deve ser administrado
a gestantes se os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto. Deve ser considerada a possibilidade de
que uma mulher em idade fértil pode estar grávida por ocasião do início da terapia. Caso este medicamento seja usado
durante a gravidez, a paciente deve ser avisada do perigo potencial ao feto. As pacientes também devem ser avisadas que,
se engravidarem ou pretenderem engravidar durante a terapia, devem consultar seu médico sobre a possibilidade de
descontinuar o medicamento.
Lactação
Embora tenha sido mostrado que clonazepam é excretado pelo leite materno apenas em pequenas quantidades, as mães
submetidas ao tratamento com clonazepam não devem amamentar. Se houver absoluta indicação para o uso do
medicamento, o aleitamento deve ser descontinuado.
Uso em crianças
Por causa da possibilidade de ocorrência de efeitos adversos no desenvolvimento físico e mental tornarem-se aparentes
somente depois de muitos anos, uma avaliação de risco / benefício do uso a longo prazo de clonazepam é importante em
pacientes pediátricos que são tratados por distúrbios epilépticos.
Clonazepam pode causar aumento da salivação e das secreções brônquicas em lactentes e crianças pequenas. Portanto,
recomenda-se especial atenção para manter as vias aéreas livres.
Não há experiência de estudos clínicos com clonazepam em pacientes com distúrbio do pânico com idade inferior a 18
anos.
Ocorreram sintomas de descontinuação do tipo barbiturato após a descontinuação de benzodiazepínicos (vide item “Abuso
e dependência do medicamento”).
Uso em idosos
Os efeitos farmacológicos dos benzodiazepínicos parecem ser maiores em pacientes idosos do que em pacientes mais
jovens, mesmo em concentrações plasmáticas similares de benzodiazepínicos, possivelmente por causa de alterações
relacionadas à idade em interações de receptores de medicamentos, mecanismos pós-receptor e função orgânica.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Clonazepam pode ser administrado concomitantemente com um ou mais agentes antiepilépticos. A probabilidade de
interações farmacocinéticas com esses outros medicamentos é baixa. Entretanto, a inclusão de mais um medicamento ao
esquema de tratamento do paciente requer cuidadosa avaliação da resposta ao tratamento, porque há maior possibilidade de
ocorrerem eventos adversos, tais como sedação e apatia. Nesses casos, a dose de cada medicamento deve ser ajustada, para
atingir os efeitos ideais desejados.
Interações farmacocinéticas fármaco / fármaco (IFF): fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, lamotrigina e, em menor
grau, valproato podem aumentar a depuração de clonazepam, reduzindo assim as concentrações plasmáticas de clonazepam
em até 38% durante o tratamento concomitante.
Clonazepam possui o potencial de influenciar as concentrações de fenitoína. Por causa da natureza bidirecional da interação
clonazepam-fenitoína, observou-se que os níveis de fenitoína permaneceram inalterados, aumentaram ou diminuíram com a
administração concomitante com clonazepam dependendo da dose e dos fatores do paciente.
Clonazepam por si só não induz as enzimas responsáveis pelo seu próprio metabolismo. As enzimas envolvidas no
metabolismo de clonazepam não foram identificadas claramente, mas incluem CYP3A4. Os inibidores de CYP3A4 (por
exemplo, fluconazol) podem comprometer o metabolismo de clonazepam e levar a concentrações e efeitos exagerados.
Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, sertralina (fraco indutor de CYP3A4) e fluoxetina (inibidor de
CYP2D6) e o medicamento antiepiléptico felbamato (inibidor de CYP2C19; indutor de CYP3A4) não afetam a
farmacocinética de clonazepam, quando administrados concomitantemente.
A literatura sugere que a ranitidina, um agente que diminui a acidez estomacal, não altera de forma significativa a
farmacocinética de clonazepam.
Interações farmacodinâmicas fármaco / fármaco (IFF): a combinação de clonazepam com ácido valproico pode causar
crises epilépticas do tipo pequeno mal.
Efeitos colaterais aumentados como sedação e depressão cardiorrespiratória podem ocorrer também quando clonazepam é
coadministrado com qualquer agente depressor de ação central, incluindo álcool. O álcool deve ser evitado por pacientes
que recebem clonazepam (vide item “Advertências e Precauções” e “Superdose”).
No tratamento combinado de medicamentos de ação central, a dose de cada medicamento deve ser ajustada, para obter
efeito ótimo.
Interações fármaco / alimento: interações com alimentos não foram estabelecidas. Em condições de sono laboratorial,
cafeína e clonazepam têm efeitos mutuamente antagônicos, não tendo sido encontradas alterações sobre parâmetros
relacionados ao sono (estágio de adormecimento e tempo total do sono), quando esses dois medicamentos são
administrados simultaneamente. O suco de toranja diminui a atividade do citocromo P-450 3A4, que está envolvido no
metabolismo de clonazepam, e pode contribuir para o aumento das concentrações plasmáticas do fármaco.
Interações fármaco / laboratório: interações com testes laboratoriais não foram estabelecidas.
Prazo de validade
Clopam® (clonazepam) comprimidos de 0,5 mg tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Clopam® (clonazepam) comprimidos de 2 mg possuem prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação
Aspecto físico
Clopam® (clonazepam) de 0,5 mg: comprimido plano, sulcado com 9,5 mm de diâmetro e cor salmão.
Clopam® (clonazepam) de 2,0 mg: comprimido plano, sulcado com 9,5 mm de diâmetro e cor branca.
Uma dose oral única de clonazepam começa a ter efeito dentro de 30 a 60 minutos e continua eficaz por 6 a 8 horas em
crianças e 8 a 12 horas em adultos.
Caso o paciente se esqueça de tomar uma dose, nunca se deve dobrar a dose na próxima tomada. Em vez disso, deve-se
apenas continuar com a próxima dose no tempo determinado.
Distúrbios epilépticos
Adultos
A dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5 mg/dia, dividida em três doses. A dose pode ser
aumentada com acréscimos de 0,5 a 1 mg, a cada três dias, até que as crises epilépticas estejam adequadamente controladas
ou até que os efeitos colaterais tornem qualquer incremento adicional intolerável. A dose de manutenção deve ser
individualizada para cada paciente, dependendo da resposta. A dose diária máxima recomendada é de 20 mg e não deve ser
excedida. O uso de múltiplos anticonvulsivantes pode resultar no aumento dos efeitos adversos depressores. Isso deve ser
considerado antes de adicionar clonazepam ao regime anticonvulsivante existente.
Sempre que possível, a dose diária deve ser dividida em três doses iguais. Caso as doses não sejam divididas de forma
equitativa, a maior dose deve ser administrada antes de o paciente se deitar. O nível da dose de manutenção é atingido após
1 a 3 semanas de tratamento. Quando o nível da dose de manutenção for atingido, a quantidade diária pode ser administrada
em esquema de dose única à noite.
Antes de adicionar clonazepam a um esquema anticonvulsivante preexistente, deve-se considerar que o uso de múltiplos
anticonvulsivantes pode resultar em aumento dos eventos adversos.
• Como ansiolítico em geral: 0,25 mg a 4,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre 0,5 a 1,5
mg/dia (dividida em 3 vezes ao dia).
• Tratamento da fobia social: 0,25 mg/dia até 6,0 mg/dia (2,0 mg, 3 vezes ao dia). Em geral, a dose recomendada
deve variar entre 1,0 e 2,5 mg/dia.
Tratamento dos movimentos periódicos das pernas durante o sono: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia.
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas, vômitos, pré-síncopes ou
síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia, hipersensibilidade a sons, hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção
auditiva, diplacusia e outros: 0,5 mg a 1,0 mg ao dia (duas vezes ao dia). O aumento da dose não aumenta o efeito
antivertiginoso, e doses diárias superiores a 1,0 mg não são recomendáveis, pois podem exercer efeito contrário, ou seja,
piorar a vertigem. O aumento da dose pode ser útil no tratamento de hipersensibilidade a sons intensos, pressão nos ouvidos
e zumbido.
Tratamento da síndrome da boca ardente: 0,25 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre 1,0 e 2,0
mg/dia.
Uso em idosos
A dose mais baixa possível deve ser utilizada em idosos (vide “Advertências e Precauções”). Deve-se ter especial cuidado
durante a titulação.
Comprometimento hepático
Pacientes com comprometimento hepático grave não devem ser tratados com clonazepam (vide item “Contraindicações”).
Pacientes com comprometimento hepático leve a moderado devem receber a dose mais baixa possível.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Os efeitos colaterais que ocorreram com maior frequência com clonazepam são referentes à depressão do SNC. Algumas
das reações são transitórias e desaparecem espontaneamente no decorrer do tratamento ou com a redução da dose. Elas
podem ser prevenidas parcialmente pelo aumento lento da dose no início do tratamento.
Dados de três estudos clínicos sobre distúrbio do pânico, controlados por placebo, que incluíram 477 pacientes sob
tratamento ativo, estão apresentados na tabela a seguir (Tabela 1). Os eventos adversos que ocorreram em ≥ 5% dos
pacientes, em, pelo menos, um dos grupos de tratamento ativo, foram incluídos.
Tabela 1 – Eventos adversos ocorridos em ≥ 5% dos pacientes em, pelo menos, um dos grupos de tratamento ativo
Evento adverso Placebo 1 a < 2 mg/dia 2 a < 3 mg/dia > 3 mg/dia
(%) (%) (%) (%)
(n = 294) (n = 129) (n = 113) (n = 235)
Sonolência 15,6 42,6 58,4 54,9
Cefaleia 24,8 13,2 15,9 21,3
Infecção de vias aéreas superiores 9,5 11,6 12,4 11,9
Fadiga 5,8 10,1 8,8 9,8
Gripe 7,1 4,7 7,1 9,4
Depressão 2,7 10,1 8,8 9,4
Vertigem 5,4 5,4 12,4 8,9
Irritabilidade 2,7 7,8 5,3 8,5
Insônia 5,1 3,9 8,8 8,1
Ataxia 0,3 0,8 4,4 8,1
Perda do equilíbrio 0,7 0,8 4,4 7,2
Náusea 5,8 10,1 9,7 6,8
Coordenação anormal 0,3 3,1 4,4 6,0
Sensação de cabeça leve 1,0 1,6 6,2 4,7
Sinusite 3,7 3,1 8,0 4,3
Concentração prejudicada 0,3 2,3 5,3 3,8
Pós-comercialização:
Distúrbios do sistema imunológico: foram relatadas reações alérgicas e muito poucos casos de anafilaxia, com o uso de
benzodiazepínicos.
Distúrbios endócrinos: em crianças, foram relatados casos isolados, reversíveis, de desenvolvimento de características
sexuais secundárias prematuramente (puberdade precoce incompleta).
Distúrbios psiquiátricos: foram observados amnésia, alucinações, histeria, psicose, tentativa de suicídio (os efeitos sobre o
comportamento podem ocorrer com maior probabilidade em pacientes com história de distúrbios psiquiátricos),
despersonalização, distúrbio de memória, desinibição orgânica, ideias suicidas, lamentações, distúrbios emocionais e de
humor, estado confusional e desorientação.
Pode ocorrer depressão em pacientes tratados com clonazepam, a qual também pode estar associada à doença de base.
Foram observadas as seguintes reações paradoxais: inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, nervosismo,
hostilidade, ansiedade, distúrbios do sono, delírio, raiva, pesadelos, sonhos anormais, alucinações, psicose, hiperatividade,
comportamento inapropriado e outros efeitos comportamentais adversos são conhecidos por ocorrerem. Caso isso ocorra, o
uso do medicamento deve ser descontinuado. A probabilidade de ocorrência de reações paradoxais é maior em crianças e
idosos. Em casos raros, podem ocorrer alterações da libido. Dependência e retirada, vide item “Abuso e dependência do
medicamento”.
Distúrbios do sistema nervoso: diminuição da concentração, sonolência, lentidão de reações, hipotonia muscular, tonturas,
ataxia. Esses efeitos adversos são relativamente frequentes e geralmente são transitórios, desaparecendo espontaneamente
no decorrer do tratamento ou após redução da dose. Eles podem ser parcialmente evitados, aumentando-se a dose
lentamente no início do tratamento. Em casos raros, observou-se cefaleia. Particularmente no tratamento em longo prazo ou
de alta dose, podem ocorrer distúrbios reversíveis como disartria, diminuição de coordenação de movimentos
(disdiadococinesia), desordem de marcha (ataxia) e nistagmo. A amnésia anterógrada pode ocorrer durante o uso de
benzodiazepinas em doses terapêuticas, e, com as doses mais elevadas, o risco aumenta. Os efeitos amnésicos podem estar
associados com comportamento inadequado. É possível aumento da frequência de crises convulsivas durante o tratamento
de longo prazo com determinadas formas de epilepsia. Também foram relatados: afonia, movimentos coreiformes, coma,
tremor, hemiparesia, sensação de cabeça leve, letargia e parestesia.
Distúrbios oculares: distúrbios reversíveis da visão (diplopia) podem ocorrer, particularmente, no tratamento a longo
prazo ou de alta dose. Também foi relatado aparência de “olho vítreo”.
Distúrbios cardiovasculares: palpitações, dor torácica. Foi relatada insuficiência cardíaca, incluindo parada cardíaca.
Distúrbios do sistema respiratório: congestão pulmonar, rinorreia, respiração ofegante, hipersecreção nas vias aéreas
superiores, infecções das vias aéreas superiores, tosse, bronquite, dispneia, rinite, congestão nasal, faringite. Pode ocorrer
depressão respiratória. Esse efeito pode ser agravado pela obstrução preexistente das vias aéreas, danos cerebrais ou outras
medicações administradas que deprimam a respiração. Como regra geral, esse efeito pode ser evitado com um cuidadoso
ajuste da dose às necessidades individuais. Clonazepam pode causar aumento da produção de saliva ou de secreção
brônquica em lactentes e crianças. Recomenda-se particular atenção à manutenção das vias aéreas livres nesses pacientes.
Distúrbios gastrintestinais: anorexia, língua saburrosa, obstipação, diarreia, boca seca, encoprese, gastrite, hepatomegalia,
apetite aumentado, gengivas doloridas, desconforto ou dor abdominal, inflamação gastrintestinal, odontalgia. Em casos
raros, foram relatados náuseas e sintomas epigástricos.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: urticária, prurido, erupção cutânea, perda de cabelo transitória, hirsutismo,
edema facial e do tornozelo e alterações da pigmentação podem ocorrer em casos raros.
Distúrbios músculo-esqueléticos e do tecido conectivo: fraqueza muscular. Esse efeito adverso ocorre relativamente de
forma frequente e geralmente é transitório, desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da
dose. Pode ser parcialmente evitado, aumentando-se a dose lentamente no início do tratamento. Podem ocorrer dores,
lombalgia, fratura traumática, mialgia, nucalgia, deslocamentos e tensões.
Distúrbios renais e urinários: disúria, enurese, noctúria, retenção urinária, cistite, infecção do trato urinário. Em casos
raros, pode ocorrer incontinência urinária.
Distúrbios do sistema reprodutivo: dismenorreia, diminuição de interesse sexual (diminuição de libido). Em casos raros,
pode ocorrer disfunção erétil.
Perturbações gerais: fadiga (cansaço, estafa). Esse efeito adverso ocorre relativamente de forma frequente e geralmente é
transitório, desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da dose. Pode ser parcialmente
evitado, aumentado-se a dose lentamente no início do tratamento. Reações paradoxais, incluindo irritabilidade, foram
observadas (vide item “Distúrbios psiquiátricos”).
Lesões, envenenamento: existem relatos de quedas e fraturas em pacientes sob uso de benzodiazepínicos. O risco é maior
em pacientes que recebem, concomitantemente, sedativos (incluindo bebidas alcoólicas) e em pacientes idosos.
Exames complementares: pode ocorrer plaquetopenia, em casos raros. Foram observadas anemia, leucopenia, eosinofilia,
elevações temporárias das transaminases séricas e da fosfatase alcalina.
Diversos: desidratação, deterioração geral, febre, linfadenopatia, ganho ou perda de peso, infecção viral.
A experiência no tratamento de crises epilépticas demonstrou a ocorrência de sonolência em, aproximadamente, 50% dos
pacientes e ataxia em, aproximadamente, 30%. Em alguns casos, esses sintomas e sinais podem diminuir com o tempo.
Foram observados problemas comportamentais em, aproximadamente, 25% dos pacientes.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
Sintomas
Os benzodiazepínicos geralmente causam sonolência, ataxia, disartria, nistagmo, confusão mental, excitação e lentidão de
movimento. A superdose de clonazepam está raramente associada com risco de morte, caso o medicamento tenha sido
tomado isoladamente, mas pode levar à arreflexia, apneia, hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma. Se
ocorrer coma, normalmente tem duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico, particularmente em
pacientes idosos. Pode ocorrer uma frequência maior de crises em pacientes em concentrações plasmáticas acima das doses
terapêuticas (vide item “Características Farmacológicas – Absorção”). Os efeitos de depressão respiratória por
benzodiazepínicos são mais sérios em pacientes com doença respiratória.
Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o álcool.
Tratamento
Monitoramento dos sinais vitais e medidas de suporte devem ser instituídos, conforme o estado clínico do paciente. Em
particular, os pacientes podem necessitar de tratamento sintomático dos efeitos cardiorrespiratórios ou dos efeitos do
sistema nervoso central.
Uma absorção posterior deve ser evitada, utilizando um método apropriado, por exemplo, tratamento em 1 a 2 horas com
carvão ativado. Se for utilizado carvão ativado, é imperativo proteger as vias aéreas de pacientes sonolentos. Em caso de
ingestão mista, deve-se considerar a lavagem gástrica. Entretanto, esse procedimento não deve ser considerado como uma
medida de rotina.
Se a depressão do sistema nervoso central for grave, deve-se levar em consideração o uso de flumazenil, um antagonista
específico do receptor benzodiazepínico. Flumazenil deve ser administrado apenas sob rigorosas condições de
monitoramento. Flumazenil possui meia-vida curta (cerca de uma hora). Portanto, os pacientes que receberam flumazenil
precisarão de monitoramento após a diminuição dos seus efeitos. Flumazenil deve ser usado com extrema precaução na
presença de medicamentos que reduzem o limiar de convulsões (por exemplo, antidepressivos tricíclicos). Consulte a bula
de flumazenil para mais informações sobre o uso correto desse medicamento.
Advertência
O antagonista do benzodiazepínico, flumazenil, não é indicado a pacientes com epilepsia que foram tratados com
benzodiazepínicos. O antagonismo dos efeitos benzodiazepínicos em tais pacientes pode provocar convulsões.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS nº 1.0298.0520
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP nº 10.446
R_0520_04