Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas
Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas
Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas
ANATOMIA OCULAR
COLAGENOSES:
• Artrite Reumatóide Do Adulto.
• Artrite Reumatóide Juvenil.
• Espondilite Anquilosante.
• S. Reiter.
• Policondrite Crónica Atrofiante.
• Poliarterite Nodosa.
• (Lupus Eritematoso Sistémico).
• Arterite De Células Gigantes.
• Doença Wegener.
• Dermatomiosite.
• Esclerodermia.
DOENÇAS HEMATOLÓGICAS:
• Anemia.
• Policitémia.
• Trombocitopénia.
• Mieloma Múltiplo.
• Leucemias:
✓ Mielóide.
✓ Linfocítica.
• Drepanocitose .
• Púrpuras.
• Macroglobulinémia Waldenstrom´S.
• Gamapatia Monoclonal.
DOENÇAS MUSCULARES:
• Miopatia Congénita.
• Distrofia Miotónica.
• Myasthenia Gravis.
• Síndrome Kearns-Sayre.
DOENÇAS RENAIS:
• Síndrome Alport.
• Tumor De Wilms.
• Síndrome Lowe.
• Insuficiência Renal.
• Complicações Oculares Da Hemodialíse E Transplante Renal.
DOENÇAS ENDÓCRINAS:
• Diabetes Mellitus.
• Doença Graves.
• Hipotiroidismo.
• Hiperparatiroidismo.
• Hipoparatirosidismo.
• Doença Cushing.
• Adenoma Da Glândula Pituitária.
DOENÇAS CARDÍACAS:
• Endocardite.
• Prolapso Da Válvula Mitral.
DOENÇAS VASCULARES:
• Síndrome Do Arco Aórtico.
• Telangiectasia Hemorrágica Hereditária.
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS:
• Acne Rosácea.
• Psoríase.
• Xeroderma Pigmentosum.
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS:
• Síndrome De Gardner.
• Doença Hepática.
• Doença Inflamatória Intestinal.
• Pancreatite.
DOENÇAS DO OUVIDO:
• Síndrome De Usher.
• Síndrome De Cogan.
• Doença De Norrie.
DOENÇAS GENÉTICAS:
• Albinismo.
• S. Mermannsky-Pudlak.
• Displasia Arteriohepática (S. Alagille).
PATOLOGIAS CROMOSSÔMICAS:
• Síndromes De Deleção Cromossómica.
• Delecção Do Braço Longo Do Cromossoma 13.
• Delecção Do Braço Curto Do Cromossoma 18.
• Delecção Do Braço Longo Do Cromossoma 18.
• Delecção Do Braço Curto Do Cromossoma 4.
• Delecção Do Braço Curto Do Cromossoma 5.
INFECÇÕES SISTÉMICAS:
• Sífilis.
• D. Lyme.
• Brucelose.
• Difteria.
• Cândida Albicans.
• Leptospirose.
• Herpes-Vírus.
• AIDS.
• Toxocara.
• Trichinosis .
• Hanseniase.
2. ESCLERITE:
• Tem vasos finos e outros bastantes calibrosos.
• Precisa de medicação sistêmica, para imunodeprimir o paciente, para estabilizar. E
usar colírio corticoide tópico. Sempre tratar junto com o reumatologista.
• Além de incomodo, o paciente sente dor.
• Foto 3: Esclerite grave, causou um afinamento do tecido escleral, e ocorreu uma protrusão da
coroide, a coloração original da coroide, é meio acinzentada. Trata com retalho, tratamento
cirúrgico.
3. CERATITE:
• Ulcerativa periférica.
• Melting central agudo.
2. Retinopatia diabética:
• Microangiopatia, afeta os pequenos vasos.
• Existem alterações histológicas nos vasos, que começam na membrana basal das
células, que ocorre lesão no endotélio, altera as hemácias, e a adesividade plaquetaria
das hemácias, e predispõe a trombose. Essas microtromboses, juntamente com essas
alterações na parede dos vasos, forma pequenas saculaçoes, que são
microaneurismas nas paredes dos vasos, são as primeiras alterações que
ocorrem na retinopatia diabética. Vai ter oclusão, isquemia, com essa trombose, vai
haver um extravasamento do conteúdo interno do vaso, que vai levar a presença de
exsudatos e hemorragias. Esse transudato na retina, vai formar um edema, e de acordo
com a localização, pode causar uma baixa visual importante e até permanente.
• Ao mesmo tempo que ocorre a isquemia, vai havendo a formação de shunts
arteriovenosos, nessas áreas de isquemia, para suprir a região afetada, e a indução de
substancias vasoproliferativas (VLGF’s) que induzem a formação de neovasos. Esses
neovasos vão aparecer e se manifestar em locais não ideais, podem se manifestar na
íris, causando o que chama de rubeosis, e no fundo do olho, nos locais onde eles
aparecem, eles não tem a mesma capacidade e função de um vaso original normal. Eles
contem as fenestras e deixam extravasar sangue e proteínas, formando exsudatos.
Isquemia → neovasos → edema.
• Formação de edema. Hemorragias superficiais ocorrem na camada de fibras nervosas, pelo
formato das fibras nervosas, que são mais lineares, não permitem que essas hemorragias
entre para as camadas profundas, ficam espalhadas, é chamado hemorragia em chama de vela
(extensa e espalhada). As hemorragias mais profundas, que são as células expostas
verticalmente, elas descem, e você vê apenas a ponta do processo hemorrágico, chama de
hemorragias puntiformes. Tudo isso por conta da disposição das camadas da mucosa da
retina.
• Classificação:
✓ Retinopatia diabética não proliferativa:
• Muito Leve → Tem apenas microaneurismas em um quadrante.
• Leve → Microaneurismas e microhemorragias, em mais de um quadrante.
• Moderada → Microaneurismas, microhemorragias e exsudato, em três
quadrantes.
• Severa → Todos os quadrantes acometidos. Na muito leve e leve, acompanha, e
pede que sejam melhor controlados os níveis da glicemia.
• Tratamento com laser, a partir da moderada em diante. O laser ajuda a
cessar a hipóxia, isquemia naquele local. Não é como um cautério. Faz a
angiografia fluoresceína, injeta contraste iodado na veia periférica, o local onde
existe a isquemia não chega o contraste, aplica o laser, para abolir aquela região,
para o organismo entenda que não tem mais hipóxia, e não vai mais existir o
estimulo do fator de crescimento vascular endotelial, para não haver mais
neovasos, sangramento e exsudato.
✓ Retinopatia diabética proliferativa:
▪ Quando existe a presença de neovasos. Caso mais avançado.
▪ Vasos: veias em rosário, ou vaso em salsicha.
▪ Tipo de paciente que dorme bem, e pode romper, e manchar toda a visão.
❖ Dilata a pupila, para ver a região do polo posterior, além dos vasos é a media periferia, e a
extrema periferia é aquela da ora serrata, vê pelo mapeamento de retina. O primeiro
mapeamento no DM2 é ao diagnostico, e tipo I, é após 5 anos de doença. *
❖ Paciente que deseja engravidar, faz um mapeamento antes da gravidez, e depois a cada
trimestre até o parto.
DESCOLAMENTO DE RETINA TRACIONAL:
• Estagio final da retinopatia diabética proliferativa, onde os neovasos rompem, e com a
cicatrização promovem uma fibrose, que tracionam os vasos da retina, em locais onde eles
estão aderidos a hialoide (membrana que reveste o humor vítreo), ela repuxa e descola a
retina da coroide. O tratamento é cirúrgico, no caso de hemorragia vítrea associada
também → Vitrectomia posterior.
• Grau 4:
✓ Alterações grau 3.
✓ Oclusao importante, apagamento das veias de ambos os lados. A arteríola está
esclerosada, não passa mais vaso nenhum.
✓ Arteríolas em fio de prata – Vaso fantasma.
✓ Edema de papila (nervo) – Tem hemorragia, transudato.
✓ Estrela macular, a borda do nervo perde o contorno, tem edema.
✓ Edema do nervo óptico.
• Tratamento:
✓ Controle sistêmico da HAS.
✓ Corticoide intravitreo, para ajudar a absorver o edema da macula.
MANIFESTAÇÕES OCULARES DA AIDS:
• Microangiopatia, com manchas algodonosas (Exsudato esbranquiçado, indica processo
isquêmico agudo. Amarelado, formato estrelato indica processo antigo, crônico).
• Na pálpebra, a manifestação mais importante é o Sarcoma De Kaposi.
• Dentre as manifestações oculares, a Retinite Por Citomegalovírus é a mais frequente na
AIDS.
1. SARCOMA:
• Mancha violácea na pálpebra inferior.
7. CÓRNEA VERTICILATA:
• Deposito de Cloraquina na córnea, formato em virgula.
• Diagnósitco Diferencial→ Depósito corneano por Amiodarona, ambas causam essa lesão em
forma de virgula.
SPP -2
AO HRR
TELA DE AMSLER:
• Verifica acometimento da visão central.
• 1x/semana, para olhar e fixar no ponto central. Se a visão estiver integra, fica igual ao
primeiro. Se houver acometimento visão central, vai ter distorção dos quadrados centrais.
Mancha escura é escotoma, quando o acometimento está bem pronunciado.
• Imagem distorcida, é a metamorfopsia.
ACHADOS CLÍNICOS:
• Aumento da pigmentação macular → Lembra olho de boi.
• Mácula em olho de boi (bulls eye).
• Ausência do reflexo foveal.
• Perde o reflexo original e a anatomia original.
• Anormalidades no campo visual → Exame de campo visual, visão central e periférica. No
glaucoma tem lesões nas fibras nervosas que afeta a visão da periferia para o centro. Na
cloroquina, vê uma mancha central, a periferia vai estar ok.
ANGIOGRAFIA FLUORESCEÍNICA:
• Utiliza tambem para diagnostico e acompanhamento do usuario da cloraquina.
• Foto sem constrate: aumento da pigmentaçao do centro.
• Quando injeta o contraste ao redor da fovea, e na fovea, uma mancha, porque tem muita
melanina aqui, ocorre o efeito em mascara, tem muita melanina. A melanina não deixa
evidenciar o contraste, porque essa regiao está cheia de droga. → Mácula em olho de boi.
CAMPO VISUAL:
• Nervo óptico: uma lesão por cloroquina seria uma mancha central, e o resto livre.
• Hemianopsia, talvez o paciente teve uma lesão cerebral.
HIDROXICLOROQUINA:
• Dose segura: < 400 mg.
• Dose de risco: 6,5 mg/Kg por mais de 5 anos.
CLOROQUINA:
• Dose segura: < 250mg/dia.
• Risco de toxicidade:
✓ 300 g de dose cumulativa.
✓ (250 mg / dia por 3 anos).
2. Síndrome de Alport:
• Não é comum.
• Doença genética.
• Perda progressiva da função renal e auditiva.
• Associada a tumores benignos musculares (leiomiomas).
• Globo ocular: LENTICONE ANTERIOR → O cristalino em formato de cone, que é o cone
anterior (1).
3. Tumor de Wilms e aniridia:
• Normalmente suspeita do tumor, após a aniridia. Solicita TC ou RNM para pesquisar os rins.
• Paciente não consegue ficar em locais com muita luminosidade. Usa lente de contato em
formato de íris. Não existe cirurgia para prótese de íris.
4. Albinismo:
• Ocular.
• Oculocutâneo:
✓ Tirosinase-negativo (Completos).
✓ Tirosinase-positivo (Incompletos).
• Tem pouca melanina na íris, que dá a coloração. Quando o bebe nasce, não tem a quantidade
definitiva, apenas aos 6 meses. Quando coloca na lâmpada da pupila, você coloca a retro
iluminação da íris, a iluminação da própria retina de volta, uma cor rosada, porque esse rosa
da retina que reflete na íris → Iris diáfana.
• Você consegue visualizar tanto os vasos da retina como os da coroide, na fundoscopia. Os
vasos temporais são da retina, os emaranhados são da coroide.
• Paciente tirosinase +, pode ter alterações de coloração da íris. O tirosinase -, é todo de uma
cor só.
5. Leucemia:
• Retinites especificas. Fundo do olho com hemorragias puntiformes ou em vela, machas
algodonosas, que são os exsudatos. Neovasos. As alterações da retinopatia DM e HAS, também
podem ocorrer aqui, distingue pela historia clinica, pesquisa laboratorial.
6. Miastenia graves:
• Ptose palpebral, que pode ser assimétrica, e normalmente ela vai ficando mais acentuada no
decorrer do dia.
• Tem testes laboratoriais para dar o diagnostico, juntamente com o neurologista.
• Se a ptose cobre o eixo visual, prejudicando a visão, pode fazer cirurgia.
7. Doença de Wilson:
(Anel de Kaiser-Fleischer)
RESUMO:
• Uma grande variedades de doenças sistêmicas cursam com manifestações oculares.
• O conhecimento médico ampliado pode determinar um menor risco de complicações tanto
clínicas quanto oftalmológicas
• O trabalho em equipe entre especialistas de várias áreas é fundamental na maioria dos casos.