Resumo Demonstrações Matemáticas
Resumo Demonstrações Matemáticas
Resumo Demonstrações Matemáticas
Introdução
Prova direta
PARIDADE:
CONCEITOS:
Número Par. Um número inteiro é dito ser PAR se ele pode ser escrito
como o dobro de outro inteiro. Em outras palavras, n ∈ Z é par se existe a ∈
Z tal que n = 2a.
Número Ímpar. Um número inteiro é dito ser ÍMPAR se ele pode ser
escrito como o dobro de outro inteiro mais um. Em outras palavras, n ∈ Z é
ímpar se existe a ∈ Z tal que n = 2a + 1.
DIVISIBILIDADE:
CONCEITOS:
Divisibilidade. Um número inteiro é dito ser DIVISÍVEL por outro se o
primeiro pode ser escrito como um múltiplo do segundo. Em outras
palavras, a ∈ Z divide b ∈ Z se existe c ∈ Z tal que b = ac. Indicamos que a
divide b com a | b.
Congruência. Dados dois inteiros a e b e um número natural n, dizemos
que a e b são CONGRUENTES MÓDULO n se n |(a − b). Expressamos
isso como a ≡ b (mod n).
RESUMO:
Resumindo. Para a, b e c inteiros e n natural.
a é par ↔ existe b tal que a = 2b.
a é ímpar ↔ existe b tal que a = 2b + 1.
a | b ↔ existe c tal que b = ac.
a ≡ b (mod n) ↔ n |(a − b) ↔ existe c tal que a − b = nc.
EXEMPLOS:
32 é par, pois 32 = 2 × 16
8x² é par, pois 8x² = 2 × (4x²)
4x + 5 é ímpar, pois 4x + 5 = 2 × (2x + 2) + 1
2x − 7 é ímpar, pois 2x − 7 = 2 × (x − 4) + 1
Note que um número não pode ser par e ímpar ao mesmo tempo.
Além disso, quando um número não é par, então ele é ímpar e vice-
versa.
3 | 18, pois 18 = 3 × 6
5 | 100, pois 100 = 5 × 20
2 ̸ | 11
7 ≡ 2 (mod 2), pois 2 | (7 − 3)
8 ≡ 5 (mod 3), pois 3 | (8 − 5)
8 ̸≡ 5 (mod 4), pois 4 ̸ | (8 − 5)
A notação 2 ̸ | 11, indica que não existe nenhum inteiro para o
qual multipliquemos por 2 e obtenhamos 11.
DEFINIÇÃO:
Prova.
Suponha P.
Portanto Q.
MOTIVAÇÃO:
A tabela verdade acima, indica que para concluirmos que P → Q é
verdade, devemos partir da suposição de que P é verdade e concluir que Q
também é (primeira linha). As outras duas linhas onde a implicação é
verdadeira são as linhas 3 e 4, mas elas não são importantes aqui, pois
estamos partindo de uma premissa (P) falsa.
É aqui que acontece alguns deslizes. Por exemplo, quais afirmações
abaixo são verdadeiras?
Se 1 = 2, então 2² = 4
Se 1 = 2, então não existem humanos na terra
Ambas são verdadeiras. Temos que analisar a proposição completa P
→ Q e não somente a conclusão. No primeiro caso, temos uma conclusão
obviamente verdadeira, enquanto que na segunda ela é falsa. Mas a
hipótese “1 = 2” é falsa. Logo, a implicação é verdadeira.
EXEMPLO 1:
Teorema 1
Mostre que se n é par, então n³ é par.
Prova.
Suponha que n é par. Então, n = 2a, para algum inteiro a.
Desse modo, temos que n³ = (2a)³ = 8a³ = 2(4a³).
Ou seja, n³ = 2b, onde b é o inteiro 4ª³ .
Portanto, n³ é par.
ANÁLISE:
Vamos fazer uma análise pormenorizada da prova do Teorema 1.
Na primeira linha afirmamos a hipótese dada: que n é par. Logo
depois, expressamos matematicamente o que isso quer dizer (n = 2a).
Queremos obter a paridade do número n³, então fizemos as
operações necessárias.
Após as operações é imperioso fatorar por dois para podermos obter
um número da forma 2b (linha 3).
Uma vez obtido tal número, podemos concluir que ele é par, pela
definição.
Veja como o próximo exemplo é similar ao extremo.
EXEMPLO 2:
Teorema 2:
Mostre que se n é ímpar, então n³ é ímpar.
Prova.
Suponha que n é ímpar . Então, n = 2a + 1 , para algum inteiro a.
Desse modo, temos que n³ = (2a + 1)³ = 8a³ + 12a² + 6a + 1 = 2(4a³ + 6a² +
3a) + 1 . Ou seja, n³ = 2b + 1 , onde b é o inteiro (4a³ + 6a² + 3a) . Portanto,
n³ é ímpar.
EXEMPLO:
EXEMPLO 3:
Teorema 3:
Mostre que se n é ímpar, então n³ é ímpar.
Prova.
Seja n um número ímpar. Logo, n = 2a + 1, para a ∈ Z. Assim, temos
que n³ = (2a + 1)³ = 8a³ + 12a² + 6a + 1 = 2(4a³ + 6a² + 3a) + 1. Em outras
palavras, n³ = 2b + 1, onde b = 4a³ + 6a² + 3a. Portanto, n 3 é ímpar.
Vamos conhecer outras provas.
EXEMPLO 4:
Teorema 4:
Mostre que se a | b e b | c, então a | c.
Prova.
Digamos que a | b e b | c. Então, existem d e e inteiros para os quais b
= ad e c = be. Logo, c = (ad)e = a(de). Ou seja, c = af, onde f é o inteiro de.
Portanto, a | c
EXEMPLO 5:
Teorema 5:
Mostre que se a | b e a | c, então a | bc.
Prova.
Digamos que a | b e a | c. Então, existem d e e inteiros para os quais b
= ad e c = ae. Logo, bc = (ad)(ae) = a(dae). Ou seja, bc = af, onde f é o
inteiro dae. Portanto, a | bc.
Note a similaridade com a prova do teorema anterior.
EXEMPLO 6:
Teorema 6:
Mostre que se a ≡ b (mod n), então a 2 ≡ b 2 (mod n).
Prova.
Suponha que a ≡ b (mod n). Pela definição de congruência, sabemos
que n | (a − b). Ou seja, existe c nos inteiros tal que a − b = nc. Note que
podemos multiplicar ambos os lados dessa equação por a + b para obtermos
a² − b² em um dos lados:
a − b = nc
(a − b)(a + b) = nc(a + b)
(a 2 − b 2 ) = nc(a + b)