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NOMES DO NT:
“a Escritura” (Paulo referencia o Evangelho de Lucas, 1Tm 5.18 citando Lc 10.7); “As
escrituras dos profetas” (Rm 16.26), “as Escrituras” (Pedro iguala as epístolas de Paulo
ao AT, 2Pe 3.15,16);
Todo o cronograma da Bíblia (Lei de Moisés) se concretizará: Is 40.8; Mt 5.18; Lc
16.17;
- O nome da menor letra grega é “iota”. O Nome grego para traço (curva) pequeno
usado em uma letra para distingui-la de outra é “keraia”. Mt 5.18: “jota [gr. iota] til ou
traço [gr. keraia]. Lc 16.17: “til ou traço [gr. keraian]”. Gr. “iota” = hebr. “yud” (“yôd”).
A Bíblia é divina e humana? divina porque se origina de Deus (Espírito Santo);
humana porque foi escrita por homens e em linguagem humana (Jesus é também
divino e humano);
Inspiração? 2Tm 3.16 (“soprado por Deus”, gr. theopneustos); 2Pe 1.20,21
(“profecia da Bíblia não veio do homem”)
As palavras da Bíblia são palavras do próprio Deus, mesmo que sejam escritas
em maior parte por seres humanos e sempre em linguagem humana;
Cap. 11
Três processos (elos):
a) Inspiração: envolve a outorga e o registro da revelação de Deus para o homem,
mediante os profetas;
b) Canonização: envolve o reconhecimento e a compilação dos registros
proféticos pelo povo de Deus;
c) Transmissão da Bíblia: envolve a cópia, a tradução, a “recópia” e a
“retradução” desses registros (livros), com a finalidade de compartilhar esses
registros com os novos crentes e com as gerações futuras.
Os meios de comunicação divina:
Deus sempre usou vários veículos de comunicação (Hb 1.1): Anjos (Gn 18.19;
Ap 22.8-21), visões, sonhos, voz audível de Deus (1Sm 3), voz da consciência (Rm
2.15), voz da criação (Sl 19.1-6), Urim e Tumim (Êx 28.30; Pv 16.33), milagres diretos
(Jz 6.36-40). Deus escolheu o registro escrito, isto é, a linguagem escrita.
As vantagens da linguagem escrita sobre os demais meios de comunicação:
precisão, permanência, objetividade, disseminação. Os fenícios inventaram o
alfabeto.
Línguas do AT: o hebraico e o aramaico (siríaco), ambas da família semítica.
Boa parte do AT foi escrito em hebraico, que é uma língua pictórica. As únicas
passagens em aramaico: Ed 4.7-6.13; 7.12-26; Dn 2.4-7.23. O aramaico era a língua
dos sírios. Durante o séc. VI a.C., o aramaico se tornou a língua geral do Oriente
Próximo.
Língua do NT: o NT foi escrito numa linguagem coloquial do séc. I (língua do
povo e dos mercados mundiais), o grego koiné, que é de família indo-europeia – um
grego vulgar, a língua mais amplamente conhecida do séc. I. Mas o grego recebeu
influências do latim (da família indo-europeia), caso em que o latim emprestou
palavras como “centurião”, “tributo”, “legião”. As línguas semíticas também
influenciaram o grego: Jesus clama em aramaico “... Eli, Eli, lema sabactâni”, Mt
27.46. Também através de expressões idiomáticas, como em “e sucedeu que”. Temos
a inscrição trilíngue na cruz (latim, hebraico, grego). A mensagem de Cristo deveria
ser anunciada no mundo todo, Lc 24.47.
Três estágios do desenvolvimento da escrita: a) Pictogramas: figuras que
representavam seres humanos ou animais; eram representações rudes. Ex.: o boi b)
Ideogramas: figuras que representam ideias, em vez de pessoas ou objetos. Ex.: um
objeto como o sol representava o calor; a águia, o poder c) Fonogramas [uma
expansão do pictograma]: traços que representavam sons, em vez de objetos ou
ideias. Ex.: uma boca poderia representar o verbo falar; a perna, o verbo andar; uma
harpa, a música.
Obs.: O AT não diz nada a respeito do desenvolvimento da escrita. Mas pelas
evidências, Moisés e os demais autores da Bíblia escreveram numa época em que a
humanidade estava "alfabetizada" (podia comunicar seus pensamentos por escrito).
Moisés escreveu não antes de mais ou menos 1450 a.C.
Materiais de escrita: pedra (Êx 24.12; 32.15,16; Dt 27.2,3; Js 8.31,32); pedras
preciosas (Êx 39.6-14); metal (Êx 28.36; Jó 19.24; Mt 22.19,20); cacos de louça (cacos
de cerâmica) [óstracos] (Jó 2.8); cera (Is 8.1; 30.8; Hb 2.2; Lc 1.63); tabuinhas de
barro por Jeremias (Jr 17.13) e Ezequiel (Ez 4.1); papiro por João para escrever
Apocalipse (Ap 5.1) e suas cartas (2Jo 12). Os vários estágios da produção de material
para escrita de peles de animais: couro, pergaminho, velino – o velino era
desconhecido até 200 a.C., portanto, Jeremias poderia ter em mente o couro (Jr
36.23), e Paulo refere-se aos pergaminhos (2Tm 4.13).
Instrumentos de escrita: estilo, formato de pontalete triangular com cabeçote
chanfrado para fazer entalhes em tabuinhas de barro ou de cera, sendo às vezes
designado de pena pelos escritores bíblicos (Jr 17.1); cinzel, usado para fazer
inscrições em pedra (Js 8.31,32) ou em rocha; mas Jó o denomina de “pena de ferro”
(Jó 19.24); pena, usada para escrever em papiro, couro, velino e pergaminho (3Jo 13);
canivete (Jr 36.23), também usado para afiar a pena. A tinta acompanhava a pena, e
ficava no tinteiro – era usada para escrever em papiro, couro, pergaminho ou em
velino.
Obs.: todos os materiais e instrumentos disponíveis aos escritores do mundo
antigo também estavam à disposição dos escritores da Bíblia.
PREPARAÇÃO E PRESERVAÇÃO DOS MSS
Autógrafos: são os escritos originais, autênticos, saídos da mão de um profeta
ou apóstolo, ou de um secretário ou amanuense, sempre sob a direção do profeta. Os
autógrafos não existem mais.
Palimpsesto (gr. “raspado de novo”) ou reescrito (oriundo da forma latina): são
os manuscritos (pergaminhos) que eram totalmente apagados para receber novos
textos. Ex.: Códice efraimita. O papel foi inventado na China no séc. II d.C.
AT
Durante a era do Talmude ou período talmúdico (c. 300 a.C.-500 d.C.) surgiram
dois tipos de cópias de manuscritos do AT:
a) Os rolos das sinagogas: considerados “cópias sagradas” do texto do AT, por
causa das regras rigorosas de execução. Elas eram usadas em culto, reuniões
públicas e nas festas anuais. A Torá (Lei) era um rolo; parte dos Nebhiim
(Profetas) era outro rolo; os Kethubhim (Escritos) vinham em dois rolos, e os
Megilloth (“Cinco rolos”) vinham em cinco rolos separados (para facilitar a
leitura nas festas anuais);
b) Cópias particulares: considerados “cópias comuns” do texto do AT. Não usadas
em reuniões públicas, mas tais rolos eram preparados com grande cuidado.
Os manuscritos do AT vêm desses dois amplos períodos de produção: período
talmúdico (c. 300 a.C.-500 d.C.) e período massorético (500-100 d.C.) – nesse último,
as cópias são consideradas “oficiais”, cuidadosamente transmitidas.
NT
Os manuscritos gregos (pagãos) do período do NT em geral eram produzidos
em dois estilos: literário e não-literário. O NT era escrito no estilo não-literário.
Evidências supõem que tais documentos teriam sido escritos em rolos ou em
livros feitos de papiro. Paulo mostrou que o AT havia sido copiado em livros e em
pergaminho (2Tm 4.13), mas é provável que o NT tenha sido escrito em rolos de
papiro, entre os anos 50 e 100 d.C. Por volta do começo do séc. II, introduziram-se
códices de papiro (perecíveis também). Devido às perseguições do Império romano
até a época de Constantino, não havia execução de cópias sistemáticas. Com a carta
de Constantino a Eusébio de Cesareia, volta a cópia sistemática do NT no Ocidente; é
a partir aqui que o velino e o pergaminho também foram empregados. Na Reforma
Protestante é que as cópias impressas da Bíblia tornam-se disponíveis.
Obs.: cópias manuscritas versus cópias impressas.
APURAR A IDADE (DATA) DOS MSS
Antigamente, não era colocado a data de publicação no MS, como se vê hoje
nas primeiras páginas de uma publicação impressa. Assim, a idade de um MS deve ser
apurada por outros meios: materiais empregados, tamanho e formato da letra,
pontuação, as divisões do texto, a cor da tinta, a textura e a cor do pergaminho etc.
Os materiais mais antigos são as peles (embora ficasse pesado e volumoso do AT).
Cap. 12 – Principais MS da Bíblia
Quantidade dos exemplares (MS) de obras pagãs: Ilíada, de Homero (643
exemplares); História de Roma, de Tito Lívio (20); Guerras gálicas, de César (9 ou 10);
Guerra do Peloponeso, de Tucídides (8); Obras de Tácito (2). Agora, do NT há mais de
5 mil exemplares.
MS DO AT
Antes da descoberta do MS do Cairo Certeza, em 1890, só 731 MS hebraicos
haviam sido publicados