EEL7061 Lab01

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Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Engenharia Elétrica


Eletrônica Básica

Laboratório 1

Objetivos

Verificar a resposta em frequência do amplificador inversor e do integrador com


perdas.

Introdução

• Integrador com Perdas

O integrador com perdas é apresentado na figura 1. Considerando-se um


amplificador operacional ideal pode-se mostrar que:
Vo ( s ) K ωc
H (s) = = (1)
Vi ( s ) s + ωc
onde
 K = − RF RI
 (2)
ωc = 1 ( RF CF )
Assumindo s = jω então K é o ganho em corrente contínua (DC), e ωc é a
frequência (angular) de corte ou de meia potência, isto é, a frequência na qual a
amplitude decai para 1/ 2 do valor em DC.

Cf

Ri Rf Vo

+
Vi
-

Figura 1. Integrador com perdas.

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• Medidas de Defasagens

Um osciloscópio de duplo traço permite que dois sinais periódicos sejam observados
simultaneamente. A diferença de fase entre dois sinais senoidais pode ser facilmente
medida de duas formas diferentes:
1. Medição do tempo (divisões na tela do osciloscópio) entre a ocorrência de
cruzamentos por zero (ou outro ponto de referência como, por exemplo, o
pico máximo ou mínimo).
2. Observação da curva de Lissajous.
No primeiro procedimento (Figura 2) a diferença de fase entre os dois sinais
senoidais pode ser calculada através de uma regra de três:
número de divisões de um ciclo completo ↔ 2π (ou 360°)
(3)
número de divisões da defasagem ↔θ
de forma que
número de divisões da defasagem
θ= × 2π (4)
número de divisões de um ciclo completo
No segundo procedimento utiliza-se o modo X-Y do osciloscópio, onde um dos
canais é associado à varredura horizontal e o outro à varredura vertical. As figuras
visualizadas na tela do osciloscópio serão elipses cuja forma e inclinação dependem do
ângulo de defasagem entre os dois sinais. A Figura 3 mostra a combinação dos dois
sinais e a elipse resultante. O sinal VH(t) é utilizado como referência (fase 0°). A medida
a é a amplitude do sinal VV(t) no instante de tempo em que ocorre o valor máximo (de
pico positivo) de VH(t) enquanto que a medida b é a amplitude máxima (de pico
positivo) do sinal VV(t). Definindo:
VV ( t ) = b ⋅ sen (ωt + φ ) (5)
então, para t = 0 temos
a = b ⋅ sen (ω ⋅ 0 + φ ) (6)
e portanto
φ = arcsen ( a b ) (7)
ou seja, a defasagem entre ambos os sinais pode ser calculada através dos valores a e b
(ou múltiplos destes, por exemplo 2a e 2b).

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Figura 2. Medidas de defasagem no tempo.

Figura 3. Medidas de defasagem utilizando o modo XY.

Pré-Relatório

1. Apresente a sequência de passos para obtenção da equação 1.


2. Determine a expressão literal para a magnitude (em dB) da equação 1
(G(ω) = 10⋅log10(H(ω)⋅H*(ω))).
3. Determine a expressão literal para a fase da equação 1.
4. Para ambas as configurações, amplificador inversor e integrador com perdas: (a)
apresente a equação numérica (substituição dos valores dos componentes na
expressão literal); (b) calcule e apresente sob a forma de tabela os valores de
magnitude (em dB) e fase (em graus) para as seguintes freqüências: 0, 10, 20,
50, 100, 200, 500, 1000, 5000, 10000 Hz. Assuma que o amplificador
operacional é ideal, RI = 10 kΩ, RF = 100 kΩ e CF = 6,8 nF. Deixe espaço nas
tabelas para a confrontação com os resultados experimentais.
5. Trace os resultados obtidos no item anterior em papel monolog. Utilize folhas
separadas, para cada configuração, para que seja possível, posteriormente, a
comparação com os resultados experimentais.
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6. Determine teoricamente a frequência de corte de ambas as configurações (em
Hz).
7. No caso do integrador com perdas assume-se que para T << RFCF (onde T = 1/f é o
período do sinal) o circuito comporta-se como um integrador ideal. Observando a
curva de magnitude você saberia dizer o motivo?
8. A implementação do circuito apresentado na Figura 1 sem o componente RF é chamada
de integrador Miller. Porque não a utilizamos na prática?

Laboratório

• Estudo do Amplificador Inversor

1. Monte o amplificador inversor (Figura 1 sem o capacitor CF) com os seguintes


componentes LM 741, RI = 10 kΩ e RF = 100 kΩ.
2. Aplique vI(t) = 0,5 V (DC) e meça vo(t). Verifique se o resultado prático confere com o
teórico esperado. Este item serve apenas para verificar se a configuração foi montada
adequadamente.
3. Com o gerador de função acoplado à entrada e ajustado para produzir estímulos
senoidais (utilize uma amplitude que não acarrete saturação ou distorções na saída do
circuito), faça a medição da magnitude e da fase para os valores de frequência
avaliados no pré-relatório. Preencha a tabela e trace o gráfico de forma sobreposta ao
resultado teórico (utilize outra cor). Os resultados do experimento prático concordam
com a teoria? Houve alguma discrepância significativa? Você poderia explicar o
motivo?

• Estudo do Integrador com Perdas

1. Monte o integrador com perdas (Figura 1) com os seguintes componentes LM


741, RI = 10 kΩ, RF = 100 kΩ e CF = 6,8 nF. Para tanto, basta adicionar o
capacitor à configuração inversora.
2. Com o gerador de função acoplado à entrada e ajustado para produzir estímulos
senoidais (utilize uma amplitude que não acarrete saturação ou distorções no
sinal de saída), faça a medição da magnitude e da fase para os valores de
frequência avaliados no pré-relatório. Preencha a tabela e trace o gráfico de
forma sobreposta ao resultado teórico (utilize outra cor). Os resultados do
experimento prático concordam com a teoria? Houve alguma discrepância
significativa? Você poderia explicar o motivo?

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