Estudar Genética para A Prova
Estudar Genética para A Prova
Estudar Genética para A Prova
O material genético é essencial para a vida, pois contém as informações necessárias para
a construção e funcionamento dos organismos. Existem dois tipos principais de material
genético: DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico). Vamos
explorar detalhadamente cada um deles.
O DNA é composto por duas fitas que se enrolam em torno uma da outra para formar
uma dupla hélice. Cada fita é formada por unidades chamadas nucleotídeos, que
consistem em três componentes:
1. Um grupo fosfato
2. Um açúcar desoxirribose (que contém cinco átomos de carbono)
3. Uma base nitrogenada, que pode ser adenina (A), timina (T), citosina (C) ou
guanina (G).
Ligações
As bases nitrogenadas nas duas fitas se emparelham de maneira específica: adenina com
timina (A-T) e citosina com guanina (C-G), por meio de ligações de hidrogênio.
Função
Replicação
A replicação do DNA é o processo pelo qual uma molécula de DNA faz uma cópia de si
mesma. Esse processo é semiconservativo, o que significa que cada nova molécula de
DNA contém uma fita original e uma fita recém-sintetizada.
O RNA é geralmente constituído por uma única fita de nucleotídeos, mas pode dobrar-
se sobre si mesmo para formar estruturas secundárias. Os nucleotídeos do RNA também
contêm três componentes:
1. Um grupo fosfato
2. Um açúcar ribose (diferente da desoxirribose do DNA)
3. Uma base nitrogenada, que pode ser adenina (A), uracila (U), citosina (C) ou
guanina (G).
Ligações
No RNA, adenina se emparelha com uracila (A-U) e citosina com guanina (C-G).
Tipos e Funções
Síntese de Proteínas
Importância
Funções
Funções
Mensageiro (mRNA): Carrega a informação genética do DNA para os
ribossomos, onde é usada na síntese de proteínas.
Ribossômico (rRNA): Componente estrutural dos ribossomos, que são as
máquinas de síntese de proteínas da célula.
Transportador (tRNA): Transfere aminoácidos para os ribossomos durante a
síntese de proteínas.
Regulatório e Catalítico: Alguns RNAs têm funções catalíticas (ribozimas) ou
regulatórias (como microRNAs e siRNAs).
Comparações e Diferenças
Estrutura Química
Funções Biológicas
Localização Celular
Processos Biológicos
Cromatina
A cromatina refere-se ao complexo de DNA e proteínas que constitui o material
genético dentro do núcleo das células eucarióticas. É essencial para organizar e
compactar o DNA em um espaço limitado, permitindo que ele se ajuste ao núcleo da
célula.
Estrutura da Cromatina
1. DNA:
o Ácido desoxirribonucleico, a molécula que carrega informações genéticas.
o É composto por uma dupla hélice de nucleotídeos (adenina, timina, citosina e
guanina) que são organizados em genes.
2. Histonas:
o Proteínas ao redor das quais o DNA se enrola para formar estruturas
compactas chamadas nucleossomos.
o Há cinco tipos principais de histonas: H1, H2A, H2B, H3 e H4.
3. Nucleossomo:
o Unidade estrutural básica da cromatina.
o Consiste em um segmento de DNA enrolado em torno de um octâmero de
histonas (duas cópias de cada H2A, H2B, H3 e H4).
4. Fibras de Cromatina:
o Formadas pela compactação dos nucleossomos em estruturas mais densas e
organizadas.
o Incluem fibras de cromatina solúvel e fibras de cromatina condensada.
Cromossomos
1. Centrômero:
o Região especializada onde os cromatídeos irmãs (as duas cópias idênticas de
um cromossomo) são ligadas.
o Importante para a segregação durante a divisão celular.
2. Braços Cromossômicos:
o Divididos pelo centrômero em braço curto (p) e braço longo (q).
o O número e a localização de bandas cromossômicas (regiões visíveis sob
microscopia) são úteis para identificação.
3. Tipos de Cromossomos:
o Autossomos: Cromossomos que não são cromossomos sexuais (cromossomos
X e Y).
o Cromossomos Sexuais: Determinam o sexo dos organismos (XX em fêmeas, XY
em machos em humanos).
4. Número de Cromossomos:
o Varia entre espécies. Por exemplo, humanos têm 46 cromossomos (23 pares).
Genes
Os genes são segmentos específicos de DNA que contêm informações para a síntese de
proteínas ou RNAs funcionais. Eles são unidades fundamentais da hereditariedade e
determinam muitas características dos organismos, desde traços físicos até funções
bioquímicas.
1. Estrutura Gênica:
o Consiste em sequências de nucleotídeos no DNA que codificam produtos
funcionais, como proteínas ou RNAs.
2. Expressão Gênica:
o Processo pelo qual as informações contidas em um gene são utilizadas para
sintetizar um produto funcional, geralmente uma proteína.
o Inclui transcrição (síntese de RNA mensageiro, mRNA) e tradução (síntese de
proteínas a partir do mRNA).
3. Regulação Gênica:
o Mecanismos que controlam quando e onde um gene é expresso.
o Importante para a diferenciação celular, resposta a estímulos ambientais e
manutenção da homeostase.
4. Mutação Gênica:
o Alterações na sequência de nucleotídeos de um gene.
o Podem ocorrer naturalmente ou ser induzidas por fatores ambientais.
Conclusão
A expressão gênica é o processo pelo qual a informação contida nos genes é usada para
produzir moléculas funcionais, como proteínas. Este processo envolve duas etapas
principais: transcrição e tradução. Vamos detalhar cada uma dessas etapas.
Transcrição
Definição
Etapas da Transcrição
1. Iniciação:
o A RNA polimerase, a enzima responsável pela transcrição, se liga a uma
região específica do DNA chamada de promotor, que está localizada no
início do gene.
o A dupla hélice de DNA é desenrolada pela RNA polimerase, expondo a
fita molde.
2. Elongação:
o A RNA polimerase percorre a fita molde do DNA, adicionando
nucleotídeos de RNA complementares (A, U, C, G) à fita crescente de
mRNA. A adenina no DNA se emparelha com uracila no RNA.
o A RNA polimerase sintetiza o mRNA no sentido 5' para 3'.
3. Finalização:
o A transcrição termina quando a RNA polimerase encontra uma sequência
de terminação no DNA.
o O mRNA recém-sintetizado é liberado e o DNA retorna à sua forma de
dupla hélice.
Antes de o mRNA sair do núcleo para ser traduzido, ele passa por um processamento
que inclui:
Tradução
Definição
Etapas da Tradução
1. Iniciação:
o O ribossomo se liga à extremidade 5’ do mRNA.
o O tRNA iniciador, que transporta o aminoácido metionina, se emparelha
com o códon de iniciação (AUG) no mRNA.
2. Elongação:
o O ribossomo percorre o mRNA, lendo cada códon (sequências de três
nucleotídeos) e adicionando o aminoácido correspondente trazido pelo
tRNA à cadeia polipeptídica crescente.
o O ribossomo tem três sítios: sítio A (aminoacil), sítio P (peptidil) e sítio
E (exit). O tRNA entra no sítio A, transfere seu aminoácido para a cadeia
polipeptídica no sítio P, e depois sai pelo sítio E.
3. Finalização:
o A tradução termina quando o ribossomo encontra um códon de parada
(UAA, UAG, UGA) no mRNA.
o A cadeia polipeptídica recém-sintetizada é liberada e sofre dobramento
para formar a estrutura funcional da proteína.
Pós-tradução
A Primeira Lei de Mendel, também conhecida como a Lei da Segregação, é uma das
leis fundamentais da genética. Formulada por Gregor Mendel, um monge austríaco, em
meados do século XIX, essa lei descreve a maneira como os alelos se segregam durante
a formação dos gametas. Vamos explorar essa lei em detalhes.
A Primeira Lei de Mendel afirma que "durante a formação dos gametas, os dois alelos
para um gene se segregam, de modo que cada gameta recebe apenas um alelo de cada
par".
Experimentos de Mendel
Mendel conduziu experimentos com plantas de ervilha (Pisum sativum) porque elas têm
várias características distintas e facilmente observáveis, além de serem fáceis de cultivar
e controlar a reprodução.
Cruzamentos Monohíbridos
Conclusões de Mendel
2. Dominância e Recessividade:
o Nos pares de fatores, um pode ser dominante (manifestado na geração F1) e o
outro recessivo (mascarado na geração F1).
Representação Genética
Alelo Dominante: Representado por uma letra maiúscula (por exemplo, 'A' para cor
roxa).
Alelo Recessivo: Representado por uma letra minúscula (por exemplo, 'a' para cor
branca).
Exemplos de Cruzamentos:
1. Geração P:
o Planta roxa pura (AA) × Planta branca pura (aa)
o Todos os descendentes F1 são heterozigotos (Aa) e apresentam flores roxas.
2. Geração F1:
o Planta heterozigota (Aa) × Planta heterozigota (Aa)
o Proporção Fenotípica na F2: 3 roxas : 1 branca
o Proporção Genotípica na F2: 1 AA : 2 Aa : 1 aa
Significado Biológico
Aplicações e Importância
A Primeira Lei de Mendel, juntamente com suas outras descobertas, lançou as bases
para o campo da genética moderna, transformando nossa compreensão da biologia e da
hereditariedade.
A Segunda Lei de Mendel afirma que "os alelos de diferentes genes se segregam de
forma independente durante a formação dos gametas, resultando em combinações
variadas de características nos descendentes".
Experimentos de Mendel
Exemplo de Características:
Cruzamentos Dihíbridos
Mendel cruzou plantas de linhagem pura que diferiam em duas características para
observar a herança dessas características nos descendentes.
1. Cruzamento Parental (Geração P):
o Mendel cruzou plantas de ervilha com sementes amarelas e lisas (linhagem
pura) com plantas de ervilha com sementes verdes e rugosas (linhagem pura).
o Resultado: Todas as plantas da geração F1 (primeira geração filial) tinham
sementes amarelas e lisas, indicando que amarelo e liso eram características
dominantes.
Conclusões de Mendel
1. Segregação Independente:
o Os alelos de um gene se segregam independentemente dos alelos de outro
gene durante a formação dos gametas.
o Isso significa que a herança de uma característica não afeta a herança de outra
característica.
2. Recombinação de Alelos:
o Durante a meiose, os cromossomos homólogos se segregam de forma
independente, resultando em diferentes combinações de alelos nos gametas.
o Cada gameta tem uma combinação única de alelos, contribuindo para a
variabilidade genética.
Representação Genética
Exemplos de Cruzamentos:
1. Geração P:
o Planta amarela e lisa (AABB) × Planta verde e rugosa (aabb)
o Todos os descendentes F1 são heterozigotos (AaBb) e apresentam sementes
amarelas e lisas.
2. Geração F1:
o Planta heterozigota (AaBb) × Planta heterozigota (AaBb)
o Proporção Fenotípica na F2: 9 amarelas e lisas : 3 amarelas e rugosas : 3 verdes
e lisas : 1 verde e rugosa
Significado Biológico
Aplicações e Importância
Ligação Gênica: Genes localizados próximos uns dos outros no mesmo cromossomo
tendem a ser herdados juntos, violando a segregação independente.
Crossing Over: Durante a meiose, a troca de segmentos entre cromossomos
homólogos pode recombinar alelos ligados, gerando novas combinações genéticas.
A Segunda Lei de Mendel, juntamente com a Primeira Lei, lançou as bases para o
campo da genética moderna, transformando nossa compreensão da hereditariedade e da
biologia dos organismos vivos.
De acordo com a Primeira Lei de Mendel (Lei da Segregação), durante a formação dos
gametas, os alelos de um gene se separam e cada gameta recebe apenas um alelo.
Portanto, a probabilidade de um gameta receber um alelo específico de um par
heterozigoto (Aa) é 50%, ou seja, 0,5.
Regra da Multiplicação
Exemplo:
Regra da Adição
Exemplo:
A probabilidade de obter um gameta com alelo A de um indivíduo heterozigoto (Aa) é
0,5.
A probabilidade de obter um gameta com alelo a do mesmo indivíduo é 0,5.
A probabilidade de obter um gameta com alelo A ou alelo a (eventos mutuamente
exclusivos) é: P(A ou a)=0,5+0,5=1P(A \text{ ou } a) = 0,5 + 0,5 = 1P(A ou a)=0,5+0,5=1
Quadrado de Punnett
Quadrado de Punnett:
A a
A AA Aa
a Aa aa
Proporções genotípicas:
o AA: 1/4
o Aa: 2/4
o aa: 1/4
Cruzamentos Dihíbridos
Exemplo:
Conclusão
Classificação
Os erros inatos de metabolismo podem ser classificados com base na via metabólica
afetada:
1. Metabolismo de Carboidratos:
o Exemplo: Galactosemia, deficiência da enzima galactose-1-fosfato
uridiltransferase, resultando na incapacidade de metabolizar galactose.
2. Metabolismo de Aminoácidos:
o Exemplo: Fenilcetonúria (PKU), deficiência da enzima fenilalanina
hidroxilase, levando à acumulação de fenilalanina.
3. Metabolismo de Lipídios:
o Exemplo: Doença de Tay-Sachs, deficiência da enzima hexosaminidase
A, resultando na acumulação de gangliosídeos nos tecidos nervosos.
4. Metabolismo de Ácidos Orgânicos:
o Exemplo: Acidúria metilmalônica, deficiência da enzima metilmalonil-
CoA mutase, levando à acumulação de ácido metilmalônico.
5. Metabolismo de Purinas e Pirimidinas:
o Exemplo: Síndrome de Lesch-Nyhan, deficiência da enzima hipoxantina-
guanina fosforribosiltransferase (HPRT), resultando na acumulação de
ácido úrico.
6. Metabolismo de Vitaminas:
o Exemplo: Raquitismo dependente de vitamina D, causado por defeitos na
via de metabolismo da vitamina D.
Mecanismos de Doença
Os erros inatos de metabolismo podem causar doenças por meio de vários mecanismos:
Diagnóstico
Tratamento
1. Características:
o Apenas uma cópia do alelo mutante é suficiente para causar a doença.
o A condição aparece em cada geração (herança vertical).
o Homens e mulheres são igualmente afetados.
o Exemplos: Doença de Huntington, acondroplasia, hipercolesterolemia
familiar.
2. Probabilidade de Herança:
o Se um dos pais é afetado (Aa) e o outro é não afetado (aa), a
probabilidade de um filho ser afetado é 50%.
3. Expressividade Variável:
o O grau de manifestação da doença pode variar entre indivíduos.
4. Penetrância Incompleta:
o Nem todos os indivíduos com o alelo mutante manifestam a doença.
Conselhos Genéticos
Conclusão
1. Sistema XY:
o Comum em mamíferos, incluindo humanos.
o Machos têm um par de cromossomos sexuais XY (heterogaméticos).
o Fêmeas têm um par de cromossomos sexuais XX (homogaméticos).
o A presença do cromossomo Y, especificamente do gene SRY (Sex-determining
Region Y), determina o desenvolvimento masculino.
2. Sistema ZW:
o Comum em aves, alguns peixes, e répteis.
o Fêmeas têm um par de cromossomos sexuais ZW (heterogaméticas).
o Machos têm um par de cromossomos sexuais ZZ (homogaméticos).
3. Sistema XO:
o Comum em alguns insetos como gafanhotos.
o Machos têm apenas um cromossomo sexual X (XO).
o Fêmeas têm dois cromossomos sexuais XX.
Herança Ligada ao X
1. Características:
o Genes localizados no cromossomo X.
o Mais comuns do que genes ligados ao Y devido ao maior tamanho e número
de genes no cromossomo X.
2. Padrões de Herança:
o Recessiva Ligada ao X: Mulheres precisam de duas cópias do alelo mutante
para expressar a característica (X^aX^a), enquanto homens precisam de
apenas uma (X^aY).
o Dominante Ligada ao X: Basta uma cópia do alelo mutante para expressar a
característica em ambos os sexos, mas afeta mais severamente os homens.
3. Exemplos:
o Daltonismo: Incapacidade de distinguir certas cores, principalmente vermelho
e verde. É uma condição recessiva ligada ao X.
o Hemofilia: Distúrbio de coagulação sanguínea, também recessivo ligado ao X.
o Síndrome do X Frágil: Causa deficiência intelectual e é uma condição
dominante ligada ao X.
Herança Ligada ao Y
1. Características:
o Genes localizados no cromossomo Y.
o Somente os homens têm o cromossomo Y, então essas características são
exclusivamente herdadas de pai para filho.
2. Padrões de Herança:
o Transmissão direta de pai para filho.
o As mulheres não são afetadas nem portadoras de genes ligados ao Y.
3. Exemplos:
o Hipertricose auricular: Crescimento excessivo de pelos nas orelhas.
o Determinantes da infertilidade masculina: Certos genes no Y podem afetar a
produção de esperma.
Implicações e Considerações
1. Conselho Genético:
o Importante para famílias com histórico de doenças ligadas ao sexo.
o Pode ajudar na compreensão dos riscos de transmissão e nas opções de
manejo.
Conclusão
A determinação do sexo e a herança relacionada ao sexo são aspectos cruciais da
genética que influenciam a herança de características e doenças. Compreender esses
mecanismos é vital para diagnósticos precisos, aconselhamento genético e
desenvolvimento de terapias para condições genéticas. As pesquisas em genética
continuam a avançar, trazendo novas perspectivas e soluções para questões complexas
relacionadas à herança e determinação do sexo.
Tipos de Aneuploidia
1. Trissomia:
o Presença de um cromossomo extra (total de três cópias de um cromossomo
específico).
o Exemplos:
Síndrome de Down (Trissomia 21): Causada pela presença de uma
cópia extra do cromossomo 21. Caracterizada por retardo mental,
características faciais distintivas e outras anomalias físicas.
Síndrome de Edwards (Trissomia 18): Causada por uma cópia extra do
cromossomo 18. Caracterizada por múltiplas malformações e
geralmente leva à morte precoce.
Síndrome de Patau (Trissomia 13): Causada por uma cópia extra do
cromossomo 13. Associada a graves malformações físicas e
intelectuais, com alta mortalidade infantil.
2. Monossomia:
o Ausência de um cromossomo (total de uma cópia de um cromossomo
específico).
o Exemplo:
Síndrome de Turner (Monossomia X): Mulheres com apenas um
cromossomo X (45,X). Características incluem baixa estatura,
infertilidade e algumas características físicas distintivas, como pescoço
alado.
3. Poliploidia:
o Presença de mais de duas cópias de cada cromossomo.
o Mais comum em plantas do que em animais.
o Em humanos, poliploidia geralmente é incompatível com a vida.
Causas da Aneuploidia
1. Deleção:
o Perda de um segmento do cromossomo.
o Exemplo:
Síndrome Cri-du-Chat: Deleção de uma porção do braço curto do
cromossomo 5. Caracterizada pelo choro parecido com o de um gato,
retardo mental e anomalias faciais.
2. Duplicação:
o Repetição de um segmento do cromossomo.
o Exemplo:
Duplicações em doenças neurológicas: Duplicações de certos genes
podem estar associadas a transtornos neurológicos, como a doença de
Charcot-Marie-Tooth.
3. Inversão:
o Reversão de um segmento do cromossomo.
o Tipos:
Paracêntrica: Inversão que não envolve o centrômero.
Pericêntrica: Inversão que envolve o centrômero.
o Geralmente não causa problemas se o rearranjo for equilibrado e não
interromper genes essenciais.
4. Translocação:
o Movimento de um segmento de um cromossomo para outro cromossomo não
homólogo.
o Tipos:
Recíproca: Troca mútua de segmentos entre dois cromossomos.
Robertsoniana: Fusões de cromossomos acrocêntricos (com
centrômero próximo ao fim).
o Exemplo:
Leucemia Mieloide Crônica (LMC): Translocação recíproca entre os
cromossomos 9 e 22, criando o cromossomo Filadélfia e resultando na
fusão dos genes BCR e ABL.
5. Isocromossomo:
o Cromossomo que possui dois braços idênticos devido à divisão transversal do
centrômero.
o Pode levar à perda de material genético de um braço e à duplicação do outro.
1. Efeitos Fenotípicos:
o Dependem da natureza e localização da alteração.
o Deleções e duplicações podem resultar em perda ou ganho de função de
genes.
o Inversões e translocações equilibradas podem ser benignas, mas podem causar
problemas se interromperem genes críticos ou se a segregação dos
cromossomos rearranjados for anômala durante a meiose.
2. Efeitos Clínicos:
o Pode levar a doenças genéticas específicas, malformações congênitas e
aumentar o risco de câncer.
o Importante para o diagnóstico pré-natal e aconselhamento genético.
Diagnóstico e Detecção
1. Citogenética Clássica:
o Cariótipo: Análise do número e estrutura dos cromossomos usando coloração
e microscopia.
2. Citogenética Molecular:
o FISH (Hibridização In Situ Fluorescente): Identifica alterações cromossômicas
específicas usando sondas fluorescentes.
o CGH (Hibridização Genômica Comparativa): Detecta ganhos e perdas de
material cromossômico ao longo do genoma.
o Sequenciamento de nova geração (NGS): Detecta pequenas mutações
estruturais e alterações numéricas.
Conclusão
Genética Quantitativa
Definição
Conceitos Principais
1. Características Quantitativas:
o Variam de forma contínua e podem ser medidas numericamente.
o São geralmente poligênicas, significando que são controladas por muitos
genes, cada um contribuindo com um pequeno efeito.
2. Variância Fenotípica (VPV_PVP):
o A variância total observada no fenótipo de uma característica
quantitativa.
o É a soma da variância genética (VGV_GVG) e da variância ambiental
(VEV_EVE). VP=VG+VEV_P = V_G + V_EVP=VG+VE
3. Variância Genética (VGV_GVG):
o A parte da variância fenotípica atribuível à variação genética entre
indivíduos.
o Pode ser dividida em variância aditiva (VAV_AVA), variância de
dominância (VDV_DVD) e variância de interação gênica (VIV_IVI).
VG=VA+VD+VIV_G = V_A + V_D + V_IVG=VA+VD+VI
4. Variância Ambiental (VEV_EVE):
o A parte da variância fenotípica atribuível à variação ambiental.
5. Herdabilidade:
o A proporção da variância fenotípica total que é atribuível à variância
genética.
o Herdabilidade em sentido amplo (H2H^2H2): A fração da variância
fenotípica total que é devida a variação genética. H2=VGVPH^2 = \
frac{V_G}{V_P}H2=VPVG
o Herdabilidade em sentido restrito (h2h^2h2): A fração da variância
fenotípica total que é devida à variância genética aditiva. h2=VAVPh^2
= \frac{V_A}{V_P}h2=VPVA
Métodos de Estudo
1. Estudos de Gêmeos:
o Comparação de gêmeos monozigóticos (idênticos) e dizigóticos
(fraternos) para estimar a contribuição genética e ambiental para
características quantitativas.
2. Experimentos de Cruzamento:
o Cruzamento de indivíduos com diferentes genótipos para estudar a
herança de características quantitativas.
3. Mapeamento de QTL (Quantitative Trait Loci):
o Identificação de regiões específicas no genoma que estão associadas com
a variação em características quantitativas.
Aplicações
Genética de populações
Genética de Populações
Definição
Conceitos Principais
1. Pool Gênico:
o O conjunto completo de alelos presentes em uma população.
2. Frequência Alélica:
o A proporção de um alelo específico em relação ao total de alelos para o
mesmo gene na população.
o Se um gene tem dois alelos, A e a, e suas frequências são representadas
por ppp e qqq, então: p+q=1p + q = 1p+q=1
3. Frequência Genotípica:
o A proporção de indivíduos na população que possuem um determinado
genótipo.
o Para um gene com dois alelos (A e a), as frequências dos genótipos AA,
Aa e aa são representadas como p2p^2p2, 2pq2pq2pq, e q2q^2q2
respectivamente.
Lei de Hardy-Weinberg
1. Equilíbrio de Hardy-Weinberg:
o Se uma população está em equilíbrio de Hardy-Weinberg, as frequências
alélicas e genotípicas permanecerão constantes de geração em geração,
na ausência de forças evolutivas.
o As frequências genotípicas podem ser expressas como: p2+2pq+q2=1p^2
+ 2pq + q^2 = 1p2+2pq+q2=1
2. Condições para o Equilíbrio:
o População de tamanho infinito (ou suficientemente grande para
minimizar os efeitos da deriva genética).
o Acasalamento aleatório.
o Ausência de mutação.
o Ausência de seleção natural.
o Ausência de migração (fluxo gênico).
Forças Evolutivas
1. Mutação:
o Mutações são mudanças na sequência de DNA que podem introduzir
novos alelos em uma população.
o A taxa de mutação é geralmente baixa, mas é uma fonte constante de
nova variabilidade genética.
2. Seleção Natural:
o Seleção natural é o processo pelo qual certos genótipos têm uma maior
aptidão (capacidade de sobreviver e se reproduzir) do que outros,
alterando as frequências alélicas.
o Seleção Direcional: Favorece um fenótipo extremo.
o Seleção Estabilizadora: Favorece o fenótipo intermediário.
o Seleção Disruptiva: Favorece os fenótipos extremos sobre o
intermediário.
3. Deriva Genética:
o Deriva genética é a variação aleatória nas frequências alélicas devido ao
acaso, particularmente em populações pequenas.
o Pode levar à fixação ou perda de alelos independentemente de sua
aptidão.
4. Migração (Fluxo Gênico):
o Migração é o movimento de indivíduos (e seus genes) entre populações.
o Pode introduzir novos alelos em uma população ou alterar as frequências
alélicas existentes.
5. Acasalamento Não Aleatório:
o Inclui endogamia (cruzamentos entre parentes próximos) e exogamia
(cruzamentos entre indivíduos de diferentes populações).
o Pode aumentar a homozigosidade ou heterozigosidade, afetando a
frequência dos genótipos.
1. Heterozigosidade:
o Proporção de indivíduos heterozigotos em uma população.
o Alta heterozigosidade indica alta variabilidade genética.
2. Coeficiente de Endogamia (FFF):
o Medida da probabilidade de que dois alelos em um indivíduo sejam
idênticos por descendência.
o FFF varia de 0 a 1, onde 0 indica acasalamento aleatório e 1 indica
completa endogamia.
Métodos de Estudo
Conclusão
Conceitos fundamentais:
1. Genótipo
2. Fenótipo
3. Cromossomo homólogo
4. Alelos
5. Homozigoze
6. Heterozigoze
7. Dominante
8. Recessivo