Povo Apinaye

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

1

PROFESSORA: YANA
ALUANA : LIANDRA N. MEDEIROS
CURSO: MEIO AMBIENTE.E
TURNO : MATUTINO
TRABALHO SOBRE OS POVOS INDÍGENAS

1
Foi apenas as fotos que tirei de sites diferentes e um pouco do contexto de outros apenas
para implementar
2

INTRODUÇÃO:
Os indígenas enfrentam desafios significativos, como a perda de terras, ameaças à
biodiversidade, e violações de direitos humanos. A demarcação insuficiente de terras
indígenas frequentemente resulta em conflitos com fazendeiros e mineradores,
impactando negativamente suas comunidades. Além disso, a preservação de suas
tradições culturais e linguísticas está em risco devido à crescente assimilação e
discriminação. Sensibilizar a sociedade sobre essas questões é vital para garantir a
proteção legal e social dessas populações, promovendo justiça e equidade. E para
falar em específico , trarei o povo apinayé ou apinajé para relacionar com esses
fatos e acontecimentos.

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apinaj%c3%a9

O POVO APINAYÉ OU APINAJÉ


O povo Apinayé é uma comunidade indígena brasileira que habita principalmente o
estado do Tocantins. Conhecidos por sua língua própria e por práticas culturais
distintas, como a cerâmica e a pintura corporal, os Apinayé têm enfrentado desafios
históricos devido à colonização e à perda de terras, lutando por seus direitos e pela
preservação de sua identidade cultural.
3

LOCALIZAÇÃO

https://terrasindigenas.org.br/

Os Apinajé nunca deixaram de habitar a região compreendida pela confluência dos


rios Araguaia e Tocantins, cujo limite meridional era dado, até o início do século XX,
pelas bacias dos rios Mosquito (no divisor de águas do Tocantins) e São Bento (no
Araguaia).
Tem a interferência de duas estradas de terra que estão em obras com vistas a seu
asfaltamento:
TO 126: liga os municípios de Tocantinópolis e Itaguatins, passando por
Maurilândia, seccionando no sentido norte-sul todo o território em seu lado leste; ao
longo de seu eixo estão localizadas as aldeias do PIN Apinajé (Mariazinha, Botica,
Riachinho e Bonito);
TO 134: do município de Anjico ao entroncamento da BR 230, seguindo até
Tocantinópolis, sendo, em um trecho, limite sul da área. Esta estrada, asfaltada
recentemente, passa a poucos quilômetros da aldeia São José.
4

ORIGEM

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apinaj%c3%a9

O povo Apinayé é uma comunidade indígena brasileira com uma história rica e
ancestral que remonta aos tempos pré-coloniais. Eles pertencem ao tronco
linguístico Macro-Jê e historicamente habitavam as terras na região nordeste do
estado do Tocantins, especificamente nos atuais municípios de Tocantinópolis,
Babaçulândia, Maurilândia do Tocantins e Itacajá. Antes da colonização europeia, os
Apinayé viviam de forma semi-nômade, cultivando roças e praticando a caça e a
5

pesca.
Com a chegada dos colonizadores, especialmente a partir do século XVIII, os
Apinayé enfrentaram significativas mudanças em seu modo de vida devido ao
contato com os não indígenas. Conflitos territoriais, epidemias de doenças
introduzidas, como varíola e gripe, e a imposição de modelos econômicos e culturais
estranhos à sua tradição foram desafios enfrentados pelo povo Apinayé ao longo dos
séculos.
Apesar dessas adversidades, os Apinayé resistiram e continuaram a lutar pela
preservação de sua identidade cultural, língua, costumes e território. A demarcação
de terras indígenas tem sido uma importante frente de batalha, pois garante não
apenas a sobrevivência física e cultural do povo, mas também a continuidade de
suas práticas tradicionais, como a cerâmica, pintura corporal, danças e rituais
sagrados que são fundamentais para sua coesão social e espiritualidade.

LÍNGUA E CULTURA
LÍNGUA:

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apinaj%c3%a9

A língua Apinayé é falada pelo povo Apinayé é classificada como pertencente à


6

família linguística Jê, que engloba diversas outras línguas indígenas no Brasil
central. O Apinayé é uma língua tonal, o que significa que a entonação pode alterar o
significado das palavras.
Na língua Apinayé, assim como em outras línguas indígenas brasileiras, há uma
riqueza cultural e histórica refletida no próprio sistema linguístico. A transmissão oral
é fundamental para a preservação e continuidade da língua, que possui uma
estrutura gramatical complexa e distintiva. A comunidade Apinayé tem lutado para
manter viva sua língua e cultura frente aos desafios modernos e à pressão cultural
dominante.
CULTURA:

https://uniaodasaldeiasapinaje.blogspot.com/2014/01/conheca-nossa-historia-e-cultur
a.html?m=1
São conhecidos por sua forte ligação com a natureza e suas práticas espirituais. A
língua apinayé, de origem Jê, é fundamental para sua identidade cultural, transmitida
através de gerações.
A alimentação tradicional inclui produtos da agricultura familiar e da coleta de frutos
do cerrado, complementada pela caça e pesca. A arte apinayé se expressa em
pinturas corporais, artesanatos como cestarias e cerâmicas, e danças rituais, muitas
vezes associadas a celebrações e festividades que reforçam os laços comunitários.
A organização social é baseada em clãs e grupos familiares, com lideranças
reconhecidas pela sabedoria e experiência. A espiritualidade apinayé envolve
crenças ancestrais, rituais de cura e o respeito aos espíritos da floresta e dos
animais. A luta pela preservação de suas terras e tradições é central para a
7

comunidade, enfrentando desafios contemporâneos enquanto mantêm sua


identidade cultural única.

DEMARCAÇÃO DO TERRITÓRIO

https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Mapa-da-terra-indigena-Apinaye-e-suas
-aldeias-atuais_fig1_376959877

A demarcação do território do povo Apinajé é um processo fundamental para garantir


seus direitos territoriais e culturais. Os Apinajé são um grupo indígena que habita
principalmente o estado do Tocantins, no Brasil. A demarcação é realizada com base
em estudos antropológicos e históricos, que buscam identificar e delimitar as terras
tradicionalmente ocupadas por esse povo.
Essa demarcação não apenas define os limites físicos do território Apinajé, mas
também visa assegurar sua posse exclusiva e permanente sobre essas terras. Isso é
8

crucial para proteger seu modo de vida, sua cultura e seus recursos naturais, que
são essenciais para sua subsistência e identidade como grupo étnico.
Além disso, a demarcação contribui para a preservação ambiental, uma vez que
muitas áreas indígenas são localizadas em regiões de grande biodiversidade. A
gestão ambiental tradicional dos Apinajé, baseada em conhecimentos ancestrais,
pode oferecer modelos sustentáveis de uso da terra e dos recursos naturais,
beneficiando não apenas o próprio povo indígena, mas também toda a sociedade.
No entanto, a demarcação enfrenta desafios políticos, econômicos e sociais,
incluindo conflitos com interesses de exploração agrícola, mineração e outros
projetos de desenvolvimento. A luta contínua dos Apinajé e de outras comunidades
indígenas pelo reconhecimento e proteção de seus territórios é crucial para a
promoção da justiça ambiental e social no Brasil.

DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS APINAJÉS

https://bico24horas.com.br/noticia/contra-marco-te
mporal-indigenas-bloqueiam-trecho-da-to-210-entre-nazare-e-tocantinopolis/33888
9

Os principais desafios enfrentados pelo povo Apinajé incluem:


1. Demarcação e Proteção Territorial:
A luta contínua pela demarcação e proteção efetiva de seu território contra invasões,
grilagem de terras e exploração ilegal de recursos naturais é um desafio crucial. A
falta de demarcação adequada coloca em risco seu modo de vida tradicional e a
preservação de recursos essenciais.
2. Conflitos Fundiários:
Conflitos frequentes com fazendeiros, especuladores imobiliários e empresas que
buscam explorar recursos naturais nas terras tradicionalmente ocupadas pelos
Apinajé. Esses conflitos muitas vezes resultam em violência e ameaças contra
líderes comunitários e membros da comunidade.
3. Preservação Cultural:
A manutenção e transmissão de sua língua, tradições, práticas religiosas e
conhecimentos ancestrais enfrentam desafios devido à pressão da sociedade
envolvente e à necessidade de adaptação às mudanças modernas.
4. Acesso a Serviços Básicos:
Dificuldades no acesso a serviços básicos como saúde, educação e
infraestrutura, devido à localização remota de muitas comunidades Apinajé e à falta
de investimento adequado por parte do governo.
5. Políticas Públicas e Reconhecimento:
A necessidade de políticas públicas eficazes que reconheçam e respeitem os direitos
territoriais e culturais dos povos indígenas, além de promover sua inclusão e
participação nas decisões que afetam suas vidas e territórios.
6. Mudanças Climáticas:
Os efeitos das mudanças climáticas, como secas e desmatamento, que
afetam diretamente a disponibilidade de recursos naturais essenciais para a
subsistência e o bem-estar dos Apinajé.
Esses desafios exigem apoio contínuo, tanto nacional quanto internacional, para
garantir que os direitos dos Apinajé sejam respeitados e que medidas eficazes sejam
implementadas para promover sua sustentabilidade e desenvolvimento autônomo.
10

Biografia:

ALBUQUERQUE, Francisco Edviges. Contato dos Apinajé de Riachinho e Bonito


com o português : aspectos da situação sociolingüística. Goiânia : UFGO, 1999. 132
p. (Dissertação de Mestrado)
GIRALDIN, Odair. Axpen Pyrak : história, cosmologia, onomástica e amizade formal
Apinajé. Campinas : Unicamp, 2000. 252 p. (Tese de Doutorado)
GONÇALVES, José R. Santos. A luta pela identidade social : o caso da relações
entre índios e brancos no Brasil Central. Rio de Janeiro : UFRJ-Museu Nacional,
1981. 139 p. (Dissertação de Mestrado)
GUEDES, Marymarcia. Siwiá Mekaperera-Suyá : a língua da gente - um estudo
fonológico e gramatical. Campinas : Unicamp, 1993. (Tese de Doutorado)
LADEIRA, Maria Elisa; AZANHA, Gilberto. Os "Timbira atuais" e a disputa territorial.
In: RICARDO, Carlos Alberto (Ed.). Povos Indígenas no Brasil : 1991/1995. São
Paulo : Instituto Socioambiental, 1996. p. 637-41.
MATTA, Roberto da. Um mundo dividido : a estrutura social dos índios Apinayé.
Petrópolis : Vozes, 1976. 256 p. (Antropologia, 10). Apresentado originalmente como
Tese de Doutorado. 1970, Harvard University. Uma reconsideração da morfologia
social Apinayé. In: SCHADEN, Egon. Leituras de etnologia brasileira. São Paulo :
Companhia Editôra Nacional, 1976. p. 149-63.
A reconsideration of Apinayé social morphology.
•GROSS, Daniel R. (Ed.). Peoples and cultures of native South America : an
anthropological reader. New York : The American Museum of Natural Story, 1973. p.
277-93.
NIMUENDAJÚ, Curt. Os Apinayé. Belém : MPEG, 1983. 146 p.
OLIVEIRA, Christiane Cunha de. Some outcomes of the grammaticalization of the
verb 'do' in Apinajé. Santa Bárbara Papers in Linguistics, Santa Bárbara : UCSB, v. 8,
1998.
•"Lexical categories and the status of Descriptives in Apinajé (Jê)\". International
11

Journal of American Linguistics no. 69, v.3: 243-271. 2003.


•"The language of the Apinajé people of Central Brazil\". Tese de doutoramento.
Eugene (EUA): Universidade do Oregon, 2005.
POLECK, Lydia (Org.). Receitas Krahô e Apinajé. Goiânia : UFGO ; Brasília : Funai,
1994. 32 p. (Textos Indígenas, Série Receituário)
SALANOVA, Andrés Pablo. A nasalidade me Mebengokre e Apinaye : o limite do
vozeamento soante. Campinas : Unicamp, 2001. 93 p. (Dissertação de Mestrado.

Você também pode gostar