Dfi 2024
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Dfi 2024
Angelina Abudo
Chamamo Ali Cassamo
Latifo Sadito
Lilian Félix Gabriel
Narciso Jorge Naite
Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2024
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Angelina Abudo
Chamamo Ali Cassamo
Latifo Sadito
Lilian Félix Gabriel
Narciso Jorge Naite
Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2024
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Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1.2. A Filosofia como motivação para uma aprendizagem por descoberta contínua................6
Conclusão..................................................................................................................................10
Referencias Bibliográficas........................................................................................................11
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Introdução
O presente trabalho tem como tema, as valências consideradas essenciais ao
ensino/aprendizagem de filosofia, onde pretende se abordar a aprendizagem humana
caracteriza-se por ser metódica e apoiada na memória tendo como característica o facto de
implicar uma finalidade/teleológica.
Qualquer aprendizagem conseguida deverá ser sempre reversível e maleável, ou seja, plástica,
por forma, a que a “viagem filosófica” possa ser feita em dois sentidos: dos princípios aos
factos e dos factos aos princípios, tornando possível refazer o caminho percorrido, e o
caminho a percorrer, podendo os alunos e o professor iniciá-lo/ reiniciá-lo a partir de qualquer
percurso.
Objectivos
Geral:
O trabalho, foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica que traz uma abordagem
específica e clara sobre o tema, sendo que também foram feitas outras pesquisas em formato
electrónico para melhor desenvolver o tema, do tipo, qualitativo com uma abordagem
centrada em apresentar o tema compreendido as suas diversas abordagens, assim como seu
funcionamento.
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Para a presente reflexão sobre a aprendizagem significativa, faremos recurso a cada uma
dessas abordagens.
Para Duarte (1998, p.14),
a aprendizagem é a modificação na disposição ou na capacidade do Homem que não
pode ser atribuída apenas ao processo de crescimento biológico... A aprendizagem
ocorre quando se compara o comportamento do indivíduo antes de ser colocado em
uma situação de aprendizagem e o seu comportamento após.
Duarte atribui um carácter dinâmico e multidimensional ao conceito de aprendizagem. Para
ele, a aprendizagem ocorre na e pela actividade. O resultado da aprendizagem manifesta-se no
comportamento exterior do aluno.
Na óptica de Sousa (2021),
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos ativos e
responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade)
ou no trabalho. O professor de Filosofia poderá colocar desafios aos seus alunos,
envolvendo-os em atividades ou projetos, colocando problemas concretos e
complexos. A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o
ensino e as matérias lecionadas tenham significado para a vida do jovem e possam ser
aplicados a situações reais. (p.108).
Enquanto professores de Filosofia a aprendizagem que mais nos interessa/toca é a
aprendizagem da Filosofia, da Actividade Filosófica e particularmente da Iniciação à Filosofia
e ao Filosofar. Esta aprendizagem deverá ter em linha de conta, a variedade/multiplicidade de
sujeitos, de diferentes cognições e de vivências/mundividências. Essas experiências terão que
ser integradas na aprendizagem. (Cerletti, 2012)
Segundo Marnoto (1989, p.26), A aprendizagem humana caracteriza-se por ser metódica e
apoiada na memória tendo como característica o facto de implicar uma finalidade/teleológica.
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1.Ter em vista a globalidade daquilo que ensinamos, ou seja do programa. É essencial que no
início de um ano lectivo e ao longo do mesmo, os alunos se apercebam do percurso a
percorrer. Esta visão deve traduzir as linhas gerais e específicas, bem como o significado
geral do mesmo;
Como (Marnoto, 1989, 28) refere o professor pedir aos alunos que expliquem um
texto não é uma maneira de os manter ocupados mas sim, a condição necessária para a
actividade de pensar com e a partir do texto filosófico os prós e os contras. Para que
os alunos possam pensar torna-se necessário que as tarefas propostas pelo professor
sejam compreendidas, aceites e negociadas. Para tal exige-se uma atitude de abertura
por parte do professor e uma diluição de poderes.
Marnoto (1989, p.28) defende assim, que uma aprendizagem metódica é aquela que nos
interessa enquanto professores de Filosofia e que implica a possibilidade de um
fraccionamento/simplificação. Contudo, Marnoto defende que existem modelos que enfatizam
a aprendizagem global das matérias, a perspectiva sintética inicial. Para Marnoto no entanto,
nunca é possível abdicar da análise, da discriminação e da fragmentação em pequenas
unidades mais simples.
Para Marnoto (1989, p.28) qualquer aprendizagem conseguida deverá ser sempre reversível e
maleável, ou seja, plástica, por forma, a que a “viagem filosófica” possa ser feita em dois
sentidos: dos princípios aos factos e dos factos aos princípios, tornando possível refazer o
caminho percorrido, e o caminho a percorrer, podendo os alunos e o professor iniciá-lo/
reiniciá-lo a partir de qualquer percurso.
Analisou o texto de Martin Heidegger «Was heisst denken?». Assim, a autora afirma que a
tese central apresentada nos fala da dificuldade do ensinar. Esta dificuldade ocorre porque se
dá uma deslocação do conhecimento/ensino da ordem do ter, do transmitir,
para a ordem do ser, do transformar, que deriva de um desvio da zona do ensinar para a zona
do aprender.
Para Heidegger o ensino não é uma mera transmissão de conhecimentos, mas sim o
ser capaz de efectivar mudanças, provocar o desejo de aprender/compreender, ou seja,
manter o interesse pela cognição. Assim, Heidegger subverte o estatuto do ensinante,
vendo-o como alguém que de uma forma constante aprende e se dispõe a aprender,
através das matérias/conteúdos que revisita, problematiza e repensa, por forma, a
poderem ser perceptíveis para os aprendentes. Os alunos procedem por sua vez, a uma
reapropriarão dos conteúdos do mestre, numa tentativa de integração e de modificação
de atitudes. (Marnoto, 1989, p.35)
Para Heidegger o ensino se descentra do professor que elege os seus alunos como
interlocutores privilegiados transformando-se em aprendizagem. Esta transformação levanta o
problema/dificuldade de sabermos o que é «estabelecer uma relação verdadeira». Esta questão
remete para uma outra extraordinariamente importante: «A relação verdadeira poderá não ser
da ordem do qualificável nem se esgota numa avaliação periódica». O professor ao escolher
os alunos como parceiros privilegiados, ao apostar na provocação e na mudança nunca poderá
saber quais as repercussões da sua atitude no futuro. Ensinar é em suma um acto de
humildade e de esperança. (Cerletti, 2012)
1.2. A Filosofia como motivação para uma aprendizagem por descoberta contínua
Stratton e Hayes (1998, p.153) entendem a motivação como sendo “o termo geral dado a um
estado subjacente inferido que energiza o comportamento provocando a sua ocorrência”.
Enquanto que Vilarinho a define motivação como um “processo interior, individual, que
deflagra, mantém e dirige o comportamento. Implica um estado de tensão energética,
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resultante da actuação de fortes motivos que impelem o sujeito a agir com certo grau de
intensidade e empenho” (Vilarinho, 1979, p.17).
A partir destes subsídios pode-se concluir que a motivação parte de razões internas e se
manifesta na actividade e pela actividade. A motivação está ligada com os interesses da
pessoa, está ligada com o sucesso que se alcança ou que se almeja. Ela pode ser despertada
pelo elogio O elogio aumenta a força psíquica e motriz para a acção positiva e dinâmica. No
processo de ensino e aprendizagem, a escola tem por obrigação criar um ambiente favorável à
aprendizagem dos alunos. Os professores devem identificar as formas de manifestação da
motivação dos alunos para a partir daí estimulá-los. Uma das tarefas mais difíceis para o
professor na sala como manter viva a motivação que os alunos levam para a sala de aulas,
como orientar esta força para coisas positivas e úteis para a vida dos próprios alunos, para a
escola e para a comunidade na qual estão inseridos.
Para Isabel Marnoto (1989, p.144), “o novo conhecimento é incorporado à estrutura cognitiva
através de relação substantiva e não arbitrária”. Esse exercício de compenetração de
conteúdos anteriores com os novos torna-se um impulso na aprendizagem, porque os novos
conteúdos vão se relacionar à continuamente à estrutura cognitiva do aluno.
O ensino de filosofia com o seu carácter crítico e reflexivo, pode motivar os alunos para uma
contínua descoberta de novos conceitos e conteúdos de aprendizagem.
Rancière (apud Kohan, 2004, p.19) afirma que “quem busca sempre encontra. Não
encontra necessariamente, o que busca, menos ainda o que é necessário encontrar.
Mas encontra algo novo para relacionar à coisa que já conhece”. A atitude filosófica
de mergulho nas trevas, no desconhecido, em busca de algo para a construção do novo
conhecimento constitui uma característica peculiar da filosofia como estimuladora da
aprendizagem. Toda a aprendizagem que visa uma descoberta de novas realidades ou
do mundo cognitivo, quando feita efectivamente, torna-se uma motivação para a
consolidação dessa descoberta.
A aprendizagem por descoberta é própria dos problemas do dia-a-dia e das fases iniciais do
desenvolvimento cognitivo. Ela, quando aplicada na prática quotidiana do aluno, oferece
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novas ideias e novos motivos para uma procura cada vez maior do conhecimento. (Marnoto,
1989, p.103).
Marnoto defende ainda que, esta nova linguagem filosófica se constitui como condição de
legitimidade de toda a reflexão filosófica e de conscencialização do pensamento racional.
Conclusão
Como forma de considerações finais do trabalho, o grupo chegou a conclusão de que para
Heidegger o ensino se descentra do professor que elege os seus alunos como interlocutores
privilegiados transformando-se em aprendizagem. Esta transformação levanta o
problema/dificuldade de sabermos o que é estabelecer uma relação verdadeira. Esta questão
remete para uma outra extraordinariamente importante: a relação verdadeira poderá não ser da
ordem do qualificável nem se esgota numa avaliação periódica. O professor ao escolher os
alunos como parceiros privilegiados, ao apostar na provocação e na mudança nunca poderá
saber quais as repercussões da sua atitude no futuro. Ensinar é em suma um acto de
humildade e de esperança.
Com não basta-se o grupo concluiu que existe três modelos de aprendizagem proposta pela
Isabel Marnoto que são: o modelo de ensino-aprendizagem wittgensteiniano; o modelo
fenomenológico-existencial e o modelo de aprendizagem dialéctico na pela visão aristotélico-
escolástica.
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Referencias Bibliográficas
Boavida, J. (2006): “Ensino da filosofia”. in Dicionário de Filosofia da Educação, Porto
Editora, LDA.
Duarte, Sérgio, G. (1998). Dicionário brasileiro de educação. Rio de Janeiro, Ed. Antares.
Rancière, In Kohan, Walter O. (2004). (org) Filosofia: caminhos do seu ensino. Rio de
Janeiro, DP&A.