Historia Do Hino

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O hino nacional do Brasil foi inicialmente composto em comemoração à renúncia de

D.Pedro I, vindo mais tarde a se tornar o hino do país. Dividido em duas partes, o
trabalho foi resultado da combinação do trabalho realizado por Joaquim Osório
Duque Estrada (responsável pela letra) e Francisco Manuel da Silva (responsável pela
música).

Descubra a origem da criação do hino

Somente em 6 de setembro de 1922 a composição criada por Joaquim Osório Duque


Estrada e Francisco Manuel da Silva foi declarada como hino oficial brasileiro. Foi o
presidente Epitácio Pessoa que decretou a criação como hino oficial do país.

A música, composta por Francisco Manuel da Silva, surgiu antes da letra.


Criada já em 1822, a composição celebrava a renúncia de D.Pedro I, que, ao
retornar para Portugal, deixou o trono do país para o filho. Empolgado com a
emancipação política da colônia, Francisco Manuel da Silva viu na música
uma maneira de expressar o seu contentamento com a tão sonhada liberdade
nacional.

Antes de ficar conhecido como o hino nacional, a composição fora chamada de Hino
ao Sete de Abril e Marcha Triunfal. Somente anos mais tarde a criação ficou
conhecida como sendo o hino nacional.

Em novembro de 1889, o governo realizou um concurso público para escolher o hino


nacional. Concorreram 29 composições. O resultado foi conhecido no dia 20 de
janeiro de 1890, no Teatro Lírico, no Rio de Janeiro. A canção vencedora, porém, não
agradou o marechal Deodoro da Fonseca e a composição de Francisco Manuel da
Silva continuou a ser tocada, ainda sem letra.

A poesia do hino ganhou duas versões de letra antes de ser consagrada com os
versos de Joaquim Osório Duque Estrada. As duas primeiras versões eram tão
aprimoradas que só podiam ser entoadas por cantores líricos.

primeira letra foi composta em 1831 pelo poeta e juiz Ovídio Saraiva de Carvalho.
Essa versão foi abandonada em 1841. A segunda versão teve pouco sucesso e foi
composta por um autor desconhecido. Em 1909 foi feito um novo concurso, dessa
vez para se escolher a letra. Quem venceu foi Joaquim Osório Duque Estrada. O
poeta ainda chegou a fazer algumas modificações no seu trabalho original.

A última atualização do hino foi feita por motivos ortográficos e realizada em 1971
em conformidade com Lei nº 5.765.
Conheça a letra oficial

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas


De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade


Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido


De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,


És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,


Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Sobre a música do hino nacional

O autor da música do hino nacional foi Francisco Manuel da Silva. Nascido no Rio de
Janeiro, em 21 de fevereiro de 1795, Francisco dedicou a sua vida à carreira musical.
Ainda jovem estudou com o Padre José Maurício Nunes Garcia, conhecido como um
dos grandes nomes da música colonial brasileira.

Participou do coro da Capela Real, foi timbaleiro e violoncelista da orquestra da


Capela Imperial. Ocupou cargos políticos como a presidência da Sociedade Musical
de Beneficiência, autorizou a criação de um Conservatório de música, foi mestre da
Capela Imperial e diretor do Conservatório de Música (1848-1865).

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 18 de dezembro de 1865.

Sobre a poesia do hino nacional

O autor do poema foi Joaquim Osório Duque Estrada. Nascido no dia 29 de abril de
1870, em Paty de Alferes (interior do Rio de Janeiro), Duque-Estrada formou-se
bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II.

Publicou o seu primeiro livro de poemas intitulado Alvéolos aos dezesseis anos, em
1886. A partir de então começou a colaborar na imprensa com ensaios em jornais,
entre eles o Cidade do Rio e o Correio da manhã.
Foi um abolicionista e ajudou José do Patrocínio em sua campanha. Atuou também
como diplomata, bibliotecário, professor de francês e história.

Em 1909, venceu um concurso nacional para a escolha a letra do hino. Recebeu 5


contos de réis pela vitória e teve seu nome imortalizado como criador da letra do
hino nacional.

Foi eleito para a Cadeira número 17 da Academia Brasileira de Letras em 25 de


novembro de 1915.

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