A Pele

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A pele

Segundo de oliveira et al. (2020), a derme para além de ser o principal órgão
de proteção do corpo contra os elementos prejudiciais do ambiente,
desempenha funções essenciais no sistema imunológico e na detecção de
estímulos, cuja importância e saúde ajudam a equilibrar o funcionamento do
organismo. Estas incumbências, no entanto, somente são executadas de forma
eficaz se a pele estiver em estado normal e recebendo os cuidados
necessários. A pele, o maior órgão do corpo humano, desempenha diferentes
papéis essenciais. Ela protege o corpo do mundo exterior, regula a perda de
água, mantém a temperatura corpórea e é responsável pela sensação tátil.
Formada por três camadas principais - epiderme, derme e tecido subcutâneo -
e seus anexos, como folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
Cada camada possui suas características distintas e funções específicas.
Quanto ao nível de oleosidade, de oliveira et al. (2020) afirma que é possivel
identificar quatro principais tipos: normal ou eudérmica, seca ou alipídica,
oleosa ou lipídica e mista. A pele normal possui uma aparência saudável e
suave, produzindo uma quantidade equilibrada de óleo, sem apresentar
excesso de brilho ou ressecamento. Em geral, a pele normal possui poros
pequenos e pouco visíveis. A pele seca se caracteriza pela perda excessiva de
água, observando-se poros poucos visíveis, pouca luminosidade e maior
propensão à descamação e inflamação, bem como ao surgimento de pequenas
linhas e fissuras. Já a pele oleosa apresenta uma aparência mais brilhante e
espessa devido à produção aumentada de sebo. Com poros dilatados, esta
pele tende a ser mais propensa à acne, cravos e espinhas. Por fim, a pele
mista é o tipo mais comum, exibindo características oleosas e poros dilatados
na chamada "zona T" (testa, nariz e queixo), muitas vezes manifestando acne
nesta região e ressecamento nas bochechas e extremidades. Mas apesar
desta distribuição, todas as peles apresentam maior concentração de glândulas
sebáceas na zona T da pele do que nas áreas laterais da face. Ou seja, toda
pele seca ficam menos ressecados na parte média do rosto, o que também
ocorre com pele normal e oleosa. Cada pessoa tem seu próprio metabolismo, o
que difere de acordo com herança genética, hábitos alimentares, o ambiente
em que vivem, entre outras coisas. A formação dos tipos de pele pode variar de
acordo com as condições biológicas e climáticas, resultando nas diferentes
características: seca, oleosa, normal, acneica ou sensível. (de oliveira et al.
2020)

Acne Vulgar

A acne pode ocorrer em várias partes do corpo e em diferentes graus de


intensidade, resultando em marcas na pele. A acne é uma doença inflamatória
que se manifesta inicialmente na forma de cravos abertos ou fechados, mas
também pode apresentar pápulas, pústulas e lesões nodulocísticas, com
variações na inflamação e cicatrizes. A acne vulgar é causada por múltiplos
fatores. Quando ocorre um desequilíbrio na quantidade ou qualidade da
produção de sebo, surge a acne, que pode ser influenciada por fatores
externos, como estresse ou mudanças no estilo de vida, e fatores internos,
como genética e alterações hormonais. Estudos mostram que a bactéria
Propioniobacterium acnes é uma das causas da acne. Essa bactéria se
prolifera devido a alterações na composição e quantidade do sebo, o que
contribui para a obstrução dos folículos pilosos. Quando ocorre a ruptura dos
folículos, substâncias como queratina, resíduos de cabelo e lipídios são
liberados, causando uma reação inflamatória e contribuindo para o
desenvolvimento da acne. A acne é caracterizada por diferentes tipos de
lesões, que determinam o tipo e a gravidade da condição. Clinicamente, a acne
pode ser classificada como não inflamatória ou inflamatória, dependendo do
tipo de lesão predominante. Quando há apenas a presença de cravos, é
considerada acne não inflamatória. À medida que a condição progride, podem
surgir pápulas, nódulos e cistos. A acne também pode ser classificada em
diferentes graus de acordo com a gravidade e o tipo de lesão. No âmbito da
estética, os graus mais comumente tratados são o grau I e o grau II. (de oliveira
et al. 2020)

Acne Grau I:

Assis (2024) conceitua como acne comedogênica que é uma condição


caracterizada pela presença de comedões, que são obstruções dos folículos
pilosos causadas pelo acúmulo de sebo e células mortas da pele. Além dos
comedões, também podem ocorrer algumas pápulas e raras pústulas
foliculares. Essa forma de acne é considerada de grau I, o que significa que é
uma forma leve da doença.

Acne Grau II:

Assis (2024) também fala da acne papulopustulosa é uma forma de acne que
se manifesta através de lesões inflamatórias na pele, como pápulas e pústulas.
Bem como, comedões abertos. Essas lesões são elevadas e podem apresentar
vermelhidão e pus.

Protocolos:

- Acne Grau I:
- Acne Grau II:
Fonte: CAMPOS, ANDRESSA GONÇALVES C. ACNE: MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS.
A importância do tratamento da acne grau I e II associado a limpeza de
pele:

A limpeza de pele desempenha um papel importante no tratamento da acne,


pois ajuda a remover o excesso de óleo, células mortas e sujeira que podem
obstruir os poros e causar o surgimento de espinhas. Quando os poros estão
obstruídos, as bactérias presentes na pele, como o Propionibacterium acnes,
podem se proliferar e causar inflamação, resultando em acne. A limpeza
adequada da pele ajuda a reduzir a quantidade de bactérias na superfície da
pele, diminuindo assim a chance de infecção e inflamação. Além disso, a
limpeza regular da pele também pode ajudar a controlar a produção de sebo,
uma substância oleosa produzida pelas glândulas sebáceas. O acúmulo
excessivo de sebo pode obstruir os poros e contribuir para o surgimento de
acne. Uma limpeza suave e regular pode ajudar a remover o excesso de sebo,
mantendo os poros desobstruídos. (Maria Cleonice et al. 2020)

Contraindicações:

Embora a limpeza de pele seja um procedimento ambulatorial seguro e


comumente utilizado no tratamento da acne, existem algumas contraindicações
que devem ser consideradas. É importante lembrar que cada pessoa é única e
pode reagir de maneira diferente ao procedimento. Abaixo estão algumas
contraindicações comuns da limpeza de pele no tratamento da acne:

1. Pele sensível ou irritada: A limpeza de pele pode envolver o uso de produtos


e técnicas que podem causar irritação na pele sensível. (Maria Cleonice et al.
2020)

2. Pele com lesões abertas ou feridas: Se o (a) paciente possui lesões abertas
ou feridas na pele, como acne inflamada ou feridas recentes, a limpeza de pele
pode causar desconforto e piorar essas condições. Nesses casos, é
recomendado esperar até que as lesões estejam cicatrizadas antes de realizar
o procedimento. (Maria Cleonice et al. 2020)

3. Pele com eczema, rosácea ou outras condições inflamatórias: Algumas


condições de pele, como eczema, rosácea ou dermatite seborreica, podem ser
agravadas pela limpeza de pele. Essas condições são caracterizadas por
inflamação e sensibilidade da pele, e os produtos e técnicas utilizados na
limpeza de pele podem irritar ainda mais a pele. (Maria Cleonice et al. 2020)

4. Uso de medicamentos tópicos ou orais para acne: Se o (a) paciente estiver


usando medicamentos tópicos ou orais para tratar a acne, é importante
consultar um dermatologista antes de realizar a limpeza de pele. Alguns
medicamentos podem deixar a pele mais sensível e propensa a irritações, e a
limpeza de pele pode interferir na eficácia desses medicamentos. (Maria
Cleonice et al. 2020)

5. Gravidez ou amamentação: Durante a gravidez e a amamentação, é


recomendado evitar procedimentos estéticos invasivos ou que envolvam o uso
de produtos químicos, incluindo a limpeza de pele. Nesses períodos, é
importante priorizar a segurança e consultar um dermatologista para obter
orientações específicas. (Maria Cleonice et al. 2020)

É fundamental ressaltar a importância de consultar um dermatologista antes de


realizar qualquer procedimento estético ou de tratamento da acne. Um
profissional qualificado poderá avaliar a pele, considerar o histórico médico e
fornecer recomendações personalizadas de acordo com as necessidades
individuais dos pacientes.

Prevenções:

O profissional de estética pode fornecer orientações importantes para prevenir


complicações causadas pela acne. Recomenda-se evitar manipular as lesões
para evitar infecções e cicatrizes. O uso de produtos de higiene específicos
para pele acneica é recomendado, mas é importante evitar a limpeza
excessiva. A exposição moderada ao sol pode ajudar, mas o uso de protetor
solar é essencial. É aconselhável lavar suavemente a área afetada utilizando
um agente de limpeza suave. É importante utilizar cremes ou emulsões sem
óleo, devido ao potencial irritante do tratamento. Existe uma infinidade de
cosméticos disponíveis para controlar a oleosidade e tratar a acne. É
importante consultar um dermatologista para receber a prescrição adequada,
como também educar os pacientes sobre os cuidados com a pele e incentivá-
los a adotar boas práticas ao longo da vida, obtendo assim resultados
satisfatórios. (Maria Cleonice et al. 2020)
DE JESUS SILVA, Maria Cleonice et al. Os benefícios da limpeza de pele no
tratamento coadjuvante da acne vulgar. Revista Brasileira Militar de
Ciências, v. 6, n. 16, 2020.

DE OLIVEIRA, Aline Zulte; TORQUETTI, Camila Barbosa; DO NASCIMENTO,


Laís Paula Ricardo. O tratamento da acne associado à limpeza de
pele. Revista brasileira interdisciplinar de Saúde–ReBIS, v. 2, n. 3, 2020.

ASSIS, Gabriela Tedardi; CAMBUÍ, Heloisa Aguetoni; DA COSTA, Mylena


Cristina Dornellas. A acne vulgar e as implicações para a autoestima de
adolescentes. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, v.
40, n. especial, p. 269-290, 2024.

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