Sujeito e Predicado

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Prof° Alexandra Ensino Médio

TERMOS BÁSICOS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO

Frase, oração, período

Frase é uma palavra ou um conjunto organizado de palavras que estabelecem comunicação entre
duas ou mais pessoas. A frase é marcada, na fala, pela entonação e, na escrita, pela pontuação. A
frase de acordo com a construção, pode ser verbal ou nominal.

Exemplos de frases nominais:


Fogo!
Cuidado, perigo na pista.
Cada macaco no seu galho.

Exemplos de frases verbais:


Cuidado, homens trabalhando na pista.
O show será realizado neste salão.
Saia rápido!

Oração é todo enunciado linguístico estruturado em torno de um verbo ou de uma locução verbal,
podendo ou não ter sentido completo.

Ex: Ela dança bem.

Período é uma frase verbal formada de uma ou mais orações.

Ex: As crianças brincam e os adultos trabalham.

Período simples é uma frase verbal constituída de apenas uma oração (um verbo ou uma locução
verbal).

Ex: As crianças brincam.


Eu estou começando um curso de violão.

Período composto é uma frase verbal constituída de duas ou mais orações (dois ou mais verbos ou
locuções verbais).

Ex: Vou embora e você fica aqui.


Eu já vou indo porque preciso estudar.

Sujeito e predicado são termos essenciais da oração.

Sujeito é o termo da oração, constituído de uma ou mais palavras, com o qual o verbo concorda em
número e pessoa.

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Exemplos:

Eu jogo bola.
A gatinha mia alto.
Nós ouvimos tudo.
Os cadernos estão no lixo.

Uma maneira prática para encontrar o sujeito da oração é fazer as perguntas quem é que...? ou o que
é que...? antes do verbo.
Em certas orações, como Chegaram as férias, a tendência é fazer a pergunta chegou o quê? No
entanto, a pergunta para encontrar o sujeito deve ser feita antes do verbo: o que é que chegou? A
resposta “as férias” é o sujeito, com o qual o verbo “chegaram” concorda em número e pessoa.

Veja outros exemplos:

Aconteceu um acidente. (O que é que aconteceu?)


sujeito: um acidente

Chegaram todas as crianças. (Quem é que chegou?)


sujeito: todas as crianças

Existem muitas flores no jardim (O que é que existe no jardim?)


sujeito: muitas flores

Predicado é tudo o que se declara sobre o sujeito. Retirando-se as palavras que pertencem ao sujeito,
o resto da oração será o predicado. O verbo sempre pertence ao predicado.

Ex: O rapaz alto saiu depressa.


(predicado)

Dois alunos faltaram.


(predicado)

POSIÇÃO DO SUJEITO NA ORAÇÃO

O sujeito pode ocupar posições diferentes dentro da oração. Veja:

Grandes são as oportunidades.

Na oração acima, o sujeito “as oportunidades” vem colocado depois do verbo, portanto está na
ordem indireta ou inversa. Normalmente, a ordem inversa é usada para dar ênfase e destaque a
elementos da oração. No exemplo dado, a ordem inversa realça a qualidade grandes.
Colocando essa oração na ordem direta, teremos primeiro o sujeito e depois o verbo. Assim:

As oportunidades são grandes.

Portanto, o sujeito pode aparecer no começo, no meio ou no fim da oração.

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Exemplos:
Ordem direta Sujeito Predicado
(sujeito + verbo + complementos)

Os dois jovens dançavam na pista. Os dois jovens dançavam na pista


O presidente encerrou a reunião. O presidente encerrou a reunião

Ordem inversa (indireta) Sujeito Predicado


Caiu a moeda da sua carteira. a moeda caiu da sua carteira
Em fevereiro, começaram as aulas. as aulas começaram em fevereiro
Estava escorregadia a estrada. a estrada estava escorregadia

Classificação do sujeito

O sujeito de uma oração pode ser classificado em: simples, composto, oculto, indeterminado e
inexistente.

Sujeito simples – tem apenas um núcleo.


Ex: Todos os cantores foram aplaudidos.

Sujeito composto – tem mais de um núcleo.


Ex: Aquela menina e a amiga choraram de emoção.

Sujeito oculto – embora não esteja expresso na oração, é facilmente reconhecido pela terminação
verbal (desinência verbal).
Ex: (eu) Ganhei o prêmio da loto.
(tu) Não irás ao jogo hoje.
(ele) Falou sobre ecologia na reunião.
(nós) Devemos trabalhar mais rápido.

O sujeito oculto ou elíptico (vem de elipse, que significa omissão) é representado sempre por um
pronome pessoal reto, que, por ser facilmente identificado pela terminação verbal (desinência verbal),
não costuma vir expresso na oração.
Quando o sujeito é oculto, toda a oração pertence ao predicado.

Sujeito indeterminado – aquele que não se quer ou não pode identificar.


Ex: (?) Bateram à porta.

Nessa oração não se pode identificar quem bateu à porta, pois o verbo não se refere a uma pessoa
determinada e, portanto, o sujeito é indeterminado.
Para identificar a indeterminação do sujeito – com o verbo da oração na 3ª pessoa do plural,
contanto que o sujeito não tenha sido determinado antes.
Ex: Apagaram a luz.

Quando o sujeito é indeterminado, toda a oração pertence ao predicado.


Muitas vezes, dependendo do contexto, a oração com o verbo na 3ª pessoa do plural possui sujeito já
mencionado anteriormente. Nesses casos, o sujeito deixa de ser indeterminado. Observe os
exemplos:

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Alguns colegas chegaram mais cedo e esconderam meus livros.

Período composto formado por duas orações, dois verbos.


1ª oração: Alguns colegas chegaram mais cedo
sujeito simples: Alguns colegas
núcleo: colegas
predicado: chegaram mais cedo
2ª oração: e esconderam meus livros
sujeito oculto: (eles)
predicado: esconderam meus livros

Nesse exemplo, o sujeito está oculto (eles) porque o verbo na 3ª pessoa do plural faz referência ao
termo já mencionado anteriormente: “alguns colegas”.

Sujeito inexistente ou oração sem sujeito – neste caso, realmente não existe um sujeito.
Ex: Nevou no sul durante o inverno.

No exemplo acima, só existe o predicado. Não é necessário dizer A neve nevou no sul, porque o
verbo nevar não se refere a nenhum sujeito. Quando o sujeito é inexistente, toda a oração pertence ao
predicado.
Nos casos de oração sem sujeito (sujeito inexistente), os verbos são considerados impessoais e vêm
conjugado na 3ª pessoa do singular.

Veja a seguir verbos impessoais, que não possuem sujeitos (sujeitos inexistentes):

Verbos que indicam fenômenos da natureza: nevar, relampejar, anoitecer, ventar, chover, trovejar,
amanhecer, gear, entardecer.

Atenção

Em algumas orações, esses verbos perdem a ideia de fenômeno da natureza e passam a ter outro
sentido (sentido figurado). Nesse caso, possuem sujeito. Assim:

Choviam palmas na plateia.


O rapaz furioso trovejava palavrões.

Verbo FAZER indicando tempo:


Faz calor intenso na região. (= fenômeno atmosférico)
Ih! Já faz muitos anos desde o nosso último encontro. (= tempo decorrido)

Verbos SER e ESTAR indicando circunstâncias de tempo:


Está frio hoje.
É primavera.
É uma hora. São duas horas.
São dezoito de dezembro. É dia dezoito de dezembro.

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Atenção:

Na indicação de hora, o verbo SER deve concordar com o numeral.


Nas datas, a tendência popular é usar o verbo SER no singular, subentendendo-se a palavra DIA: É
(dia) dezoito de dezembro.

Verbo HAVER empregado no sentido de tempo decorrido e no sentido de EXISTIR:


Há muito tempo que isto aconteceu. – tempo decorrido
Há muitas espécies de aves em extinção. – sentido de existir
Havia muitos alunos na formatura. – sentido de existir
Houve vários pedidos de demissão, com a nova lei. – sentido de existir

Nesses casos, o verbo haver é impessoal e vem conjugado na 3ª pessoa do singular.

Atenção

Se empregarmos o verbo EXISTIR no lugar de HAVER, teremos:

Existem muitas espécies de aves em extinção.


Existiram vários pedidos de demissão, com a nova lei.

Nesses exemplos, o verbo EXISTIR não é impessoal e possui sujeito, com o qual concorda em
número e pessoa.

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