8abnt NBR 7287 - 2023 Cabos Xlpe 1-35kv

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 39

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 7287
Quarta edição
27.04.2023

Cabos de potência com isolação extrudada de


polietileno reticulado (XLPE) para tensões de
1 kV a 35 kV — Requisitos de desempenho
Power cables with extruded cross-linked polyethylene (XLPE) insulation for
rated voltages from 1 kV up to 35 kV — Performance requirements
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 29.060.20 ISBN 978-85-07-09588-0

Número de referência
ABNT NBR 7287:2023
33 páginas

© ABNT 2023
Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2023
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
[email protected]
www.abnt.org.br

ii © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
4.1 Designação..........................................................................................................................3
4.1.1 Pelas tensões de isolamento.............................................................................................3
4.1.2 Pelas partes componentes.................................................................................................3
4.2 Condições em regime permanente....................................................................................3
4.3 Condições em regime de sobrecarga...............................................................................3
4.4 Condições em regime de curto-circuito............................................................................3
4.5 Condutor..............................................................................................................................3
4.6 Bloqueio do condutor.........................................................................................................4
4.7 Separador.............................................................................................................................4
4.8 Blindagem do condutor......................................................................................................4
4.9 Isolação................................................................................................................................4
4.10 Blindagem da isolação.......................................................................................................4
4.11 Bloqueio da blindagem metálica.......................................................................................5
4.12 Condutor neutro ou condutor de proteção.......................................................................5
4.13 Reunião dos cabos multipolares ou multiplexados........................................................5
4.14 Identificação das veias.......................................................................................................5
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

4.15 Capa interna, enchimento, capa metálica e armação......................................................5


4.16 Capa de separação..............................................................................................................5
4.17 Cobertura.............................................................................................................................6
4.18 Marcação na cobertura.......................................................................................................6
5 Inspeção e amostragem.....................................................................................................6
5.1 Requisitos gerais de inspeção...........................................................................................6
5.2 Ensaios de recebimento (R e E).........................................................................................6
5.3 Ensaios de tipo (T)..............................................................................................................7
5.4 Ensaios de controle............................................................................................................9
5.5 Ensaios durante e após a instalação..............................................................................10
5.5.1 Ensaio em C.A...................................................................................................................10
5.5.2 Ensaio em C.C...................................................................................................................10
5.6 Critérios de amostragem..................................................................................................10
6 Aceitação e rejeição.......................................................................................................... 11
6.1 Inspeção visual.................................................................................................................. 11
6.2 Ensaios especiais.............................................................................................................12
7 Ensaios...............................................................................................................................12
7.1 Resistência elétrica do condutor (R e T).........................................................................12
7.2 Tensão elétrica na isolação (R e T)..................................................................................12
7.3 Tensão elétrica de screening na isolação (R e T)..........................................................13

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados iii


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

7.4 Resistência de isolamento à temperatura ambiente (R e T).........................................15


7.5 Resistência de isolamento a 90 °C (T)............................................................................16
7.6 Descargas parciais (R e T)...............................................................................................16
7.7 Dobramento (T)..................................................................................................................17
7.8 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tan δ) em função do gradiente
elétrico máximo no condutor (E e T)...............................................................................18
7.9 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tan δ) em função da temperatura (T).... 19
7.10 Ciclos térmicos (T)............................................................................................................19
7.11 Tensão elétrica de impulso (T).........................................................................................20
7.12 Tensão elétrica de longa duração (E e T)........................................................................20
7.13 Envelhecimento em cabo completo (T)...........................................................................21
7.14 Resistência à chama (T)...................................................................................................21
7.15 Aderência da blindagem semicondutora da isolação (E e T).......................................21
7.16 Ensaios físicos nos componentes do cabo (E e T)........................................................22
7.17 Penetração longitudinal de água.....................................................................................22
7.18 Ensaios mecânicos e inspeção visual no composto da cobertura após o envelhecimento
artificial em câmara UV (T)...............................................................................................22
8 Marcação, rotulagem e embalagem.................................................................................23
8.1 Acondicionamento e fornecimento.................................................................................23
8.2 Marcação............................................................................................................................23
Anexo A (normativo) Tabela de fatores para correção da resistência de isolamento...................25
Anexo B (normativo) Penetração longitudinal de água...................................................................28
B.1 Objetivo..............................................................................................................................28
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

B.2 Aparelhagem......................................................................................................................28
B.3 Execução do ensaio..........................................................................................................28
B.3.1 Penetração de água pelo bloqueio da blindagem metálica..........................................28
B.3.2 Penetração de água pelo bloqueio do condutor............................................................29
B.4 Resultados.........................................................................................................................29
Anexo C (informativo) Dados para as informações de encomenda dos cabos.............................31
Anexo D (informativo) Recomendações complementares...............................................................32
D.1 Objetivo..............................................................................................................................32
D.2 Ensaios especiais para os cabos com comprimento inferior ao estabelecido
em 5.7.4..............................................................................................................................32
D.3 Ensaios de tipo..................................................................................................................32
D.4 Ensaios de controle..........................................................................................................32
D.5 Recuperação de lotes para inspeção..............................................................................32
D.6 Garantias............................................................................................................................33

Figuras
Figura B.1 – Tubo com bocais...........................................................................................................30
Figura B.2 – Esquema do ensaio......................................................................................................30
Figura B.3 – Esquema do circuito de ensaio...................................................................................30

iv © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Tabelas
Tabela 1 – Determinação do número de amostras.......................................................................... 11
Tabela 2 – Valores eficazes de tensão elétrica alternada...............................................................13
Tabela 3 – Valores de tensão elétrica contínua...............................................................................13
Tabela 4 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening.........................................................14
Tabela 5 – Valores de tensão de exploração e medição para ensaio de descargas parciais.....17
Tabela 6 – Valores de tensão para os ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ)
em função do gradiente máximo.....................................................................................18
Tabela 7 – Valores de fator de perdas do dielétrico (tangente δ)...................................................19
Tabela 8 – Tensão elétrica suportável de impulso atmosférico do cabo......................................20
Tabela A.1 – Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura.....25
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados v


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 7287 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Cabos Isolados (CE-003:020.003). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 11, de 25.11.2022 a 03.01.2023.

A ABNT NBR 7287:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 7287:2019, a qual foi tecnicamente revisada.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

O Escopo em inglês da ABNT NBR 7287 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the requirements for single-core, multi-core or pre-assembled power cables
insulated with cross-linked polyethylene (XLPE) and sheathed, for fixed installations.

These cables are used in distribution power systems and general electrical circuits, for rated voltages
up to 35 kV, according to recommendations of ABNT NBR 5410 or ABNT NBR 14039.

According to ABNT NBR 14039, as an alternative to the regular construction of the single-core and pre-
assembled cables with rated voltage 3,6/6 kV or higher, it can be specified cables with water blocking
barriers (conductor and/or metallic screen), where there is a risk of water contact for a long period of time.

vi © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 7287:2023

Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno reticulado


(XLPE) para tensões de 1 kV a 35 kV — Requisitos de desempenho

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para os cabos de potência unipolares, multipolares ou
multiplexados, para instalações fixas, isolados com polietileno reticulado (XLPE), com cobertura, para
instalações fixas.

Estes cabos são utilizados em circuitos com redes de distribuição e instalações industriais em tensões
até 35 kV, conforme recomendações da ABNT NBR 5410 ou ABNT NBR 14039.

Conforme a ABNT NBR 14039, em alternativa à construção normal dos cabos unipolares e multiplexados
com tensões de isolamento iguais ou superiores a 3,6/6 kV, podem ser especificados cabos com
condutor e/ou blindagem metálica bloqueada contra penetração de água, onde houver risco de contato
prolongado com água.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia

ABNT NBR 5471, Condutores elétricos

ABNT NBR 6251, Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos
construtivos

ABNT NBR 6813, Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência de isolamento

ABNT NBR 6814, Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência elétrica

ABNT NBR 6881, Fios e cabos elétricos de potência, controle e instrumentação – Ensaio de tensão elétrica

ABNT NBR 7294, Fios e cabos elétricos – Ensaios de descargas parciais

ABNT NBR 7295, Fios e cabos elétricos – Ensaio de capacitância e fator de dissipação

ABNT NBR 7296, Fios e cabos elétricos – Ensaio de impulso atmosférico

ABNT NBR 7312, Rolos de fios e cabos elétricos – Características dimensionais

ABNT NBR 9511, Cabos elétricos – Raios mínimos de curvatura para instalação e diâmetros mínimos
de núcleos de carretéis para acondicionamento

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 1


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

ABNT NBR 9512, Fios e cabos elétricos – Intemperismo artificial sob condensação de água, temperatura
e radiação ultravioleta B, proveniente de lâmpadas fluorescentes

ABNT NBR 11137, Carretéis de madeira para o acondicionamento de fios e cabos elétricos –
Dimensões e estruturas

ABNT NBR 14039, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV

ABNT NBR 15443, Fios, cabos e condutores elétricos – Verificação dimensional e de massa

ABNT NBR NM 280, Condutores de cabos isolados (IEC 60228, MOD)

ABNT NBR NM IEC 60332-1, Métodos de ensaio em cabos elétricos sob condições de fogo – Parte 1:
Ensaio em um único condutor ou cabo isolado na posição vertical

ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição de
espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas

ASTM G155, Practice for Operating Xenon Arc Lamp Apparatus for Exposure of Materials

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456,
ABNT NBR 5471 e ABNT NBR 6251, e os seguintes.

3.1
blindagem bloqueada
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

construção em que é realizado o preenchimento dos interstícios entre a blindagem semicondutora da


isolação e a cobertura ao longo do comprimento do cabo, com material compatível com os componentes
do cabo, com a finalidade de conter a migração longitudinal de água no seu interior

3.2
comprimento nominal
quantidade-padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra, para cada unidade
de expedição

3.3
condutor bloqueado
construção em que é realizado o preenchimento dos interstícios do condutor ao longo do seu
comprimento, com material compatível com os componentes do cabo, com a finalidade de conter
a migração longitudinal de água no seu interior

3.4
lance
uma unidade de expedição de comprimento contínuo

3.5
quantidade efetiva
quantidade contida em uma unidade de expedição, determinada por meio de equipamento adequado
que assegure a incerteza máxima especificada

2 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

3.6
unidade de expedição
unidade constituída por um rolo, uma bobina ou outra forma de acondicionamento acordada

4 Requisitos
4.1 Designação

4.1.1 Pelas tensões de isolamento

Para os efeitos desta Norma, os cabos de potência se caracterizam pela tensão de isolamento, Uo/U,
conforme a ABNT NBR 6251.

4.1.2 Pelas partes componentes

Os cabos devem ser designados pelas partes componentes previstas nesta Norma (tipo de condutor,
isolação, blindagens, armação e cobertura).

4.2 Condições em regime permanente

A temperatura no condutor em regime permanente não pode ultrapassar 90 °C.

4.3 Condições em regime de sobrecarga

A temperatura no condutor em regime de sobrecarga não pode ultrapassar 130 °C. A operação neste
regime não pode superar 100 h durante 12 meses consecutivos, nem 500 h durante a vida do cabo.

NOTA Entende-se que o cabo, quando submetido a regime de sobrecarga, tem sua vida reduzida em
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

certo grau, em relação à vida prevista para as condições em regime permanente. Além disto, limites mais
baixos de temperatura podem ser requeridos em função de materiais usados nas emendas e terminais,
ou em função de condições de instalação.

4.4 Condições em regime de curto-circuito

A temperatura no condutor em regime de curto-circuito não pode ultrapassar 250 °C. A duração neste
regime não pode ultrapassar 5 s.

4.5 Condutor

4.5.1 O condutor deve ser de cobre ou alumínio, e deve estar de acordo com as ABNT NBR 6251
e ABNT NBR NM 280.

4.5.2 A superfície do condutor de seção maciça ou dos fios componentes do condutor encordoado
não pode apresentar fissuras, escamas, rebarbas, aspereza, estrias ou inclusões. O condutor pronto
não pode apresentar falhas de encordoamento.

4.5.3 O condutor de seção maciça ou os fios componentes do condutor encordoado, antes de serem
submetidos às fases posteriores de fabricação, devem atender aos requisitos da ABNT NBR NM 280.
A resistência mínima à tração dos fios de alumínio, antes do encordoamento, deve ser de 105 MPa.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 3


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

4.6 Bloqueio do condutor

4.6.1 Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, os interstícios internos entre os
fios componentes do condutor devem ser preenchidos com material compatível, quimicamente e
termicamente, com os componentes do cabo. O fabricante deve garantir essa compatibilidade por
meio dos ensaios de 7.10 e 7.13.

4.6.2 Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, o condutor encordoado deve
atender aos requisitos do ensaio de 7.17, realizado em amostra de cabo completo ou veia.

4.7 Separador

Quando previsto, o separador deve ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.8 Blindagem do condutor

4.8.1 A blindagem do condutor, quando necessária, deve estar de acordo com a ABNT NBR 6251.

4.8.2 A blindagem constituída por camada extrudada deve ser termofixa e estar justaposta ao
condutor ou à fita semicondutora (se houver), sendo facilmente removível e não aderente ao condutor.

4.8.3 As espessuras da blindagem, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil ou
equivalente.

4.9 Isolação

4.9.1 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo de polietileno reticulado
(XLPE ou TR XLPE), conforme a ABNT NBR 6251 e de acordo com a tensão de isolamento do cabo.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

4.9.2 A isolação deve ser contínua e uniforme, ao longo de todo o seu comprimento.

4.9.3 A isolação dos cabos sem blindagem do condutor ou separador deve estar justaposta ao
condutor, facilmente removível e não aderente a este.

4.9.4 A isolação dos cabos com blindagem do condutor deve ser aderente à blindagem, de modo
a não permitir a existência de vazios entre a blindagem do condutor e a isolação ao longo de todo o
seu comprimento.

4.9.5 As espessuras da isolação, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil ou
equivalente.

4.10 Blindagem da isolação

4.10.1 A blindagem da isolação, compreendendo as partes semicondutora e metálica, deve estar


de acordo com a ABNT NBR 6251. A parte semicondutora deve ser termofixa e, para tensões de
isolamento iguais ou superiores a 6/10 kV, deve ser extrudada simultaneamente à isolação e à
blindagem do condutor em cabeça única, ou seja, em processo de coextrusão em três camadas.

NOTA Recomenda-se, para os cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 6/10 kV, que o
processo de reticulação do composto de XLPE ou TR XLPE da isolação e das blindagens semicondutoras
ocorra em atmosfera inerte de nitrogênio (dry-curing).

4 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

4.10.2 O ensaio de aderência da parte semicondutora extrudada da blindagem da isolação deve ser
realizado conforme 7.15.

4.10.3 As espessuras da blindagem semicondutora da isolação, de acordo com a ABNT NBR 6251,
devem ser medidas conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo
óptico, como projeção de perfil ou equivalente.

4.11 Bloqueio da blindagem metálica

4.11.1 Nos cabos unipolares ou multiplexados, com construção da blindagem metálica bloqueada
longitudinalmente, deve ser aplicado nos interstícios, entre a blindagem semicondutora da isolação
e a cobertura, um material ou a combinação de materiais adequados e compatíveis, química
e termicamente, com os componentes do cabo.

4.11.2 O bloqueio longitudinal deve atender ao ensaio de penetração longitudinal de água indicado em 7.17.

4.11.3 Qualquer construção alternativa para bloqueio transversal é permitida, como a utilização de
capa metálica ou fita metálica laminada, por exemplo.

4.12 Condutor neutro ou condutor de proteção

4.12.1 Caso haja um ou mais condutores neutros ou condutores de proteção isolados, seja qual for
a tensão de isolamento dos condutores fase, a espessura da isolação do condutor neutro deve ser
a mesma que a da tensão de isolamento 0,6/1 kV.

4.12.2 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo de polietileno reticulado
(XLPE), conforme a ABNT NBR 6251.

4.13 Reunião dos cabos multipolares ou multiplexados


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

4.13.1 Nos cabos multipolares, as veias devem ser reunidas conforme a ABNT NBR 6251.

4.13.2 O passo de reunião para os cabos multipolares deve ser adotado de maneira a permitir que o
cabo completo atenda aos requisitos do ensaio de dobramento, indicado em 7.7.

4.13.3 O passo de reunião para os cabos multiplexados deve ser de no máximo 60 vezes o diâmetro
nominal do maior cabo unipolar constituinte destes.

4.13.4 A verificação do passo deve ser conforme a ABNT NBR 15443. Não podem ser considerados
os comprimentos iniciais da bobina ou do rolo que possam apresentar alterações no passo de reunião.

4.14 Identificação das veias

As veias devem ser identificadas convenientemente, conforme estabelecido na ABNT NBR 6251.

4.15 Capa interna, enchimento, capa metálica e armação

Quando previstos, estes itens devem ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.16 Capa de separação

4.16.1 Quando prevista, a capa de separação deve ser constituída por um dos materiais especificados
em 4.17 e deve ser conforme a ABNT NBR 6251.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 5


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

4.16.2 As espessuras da capa de separação, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas
conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de
perfil ou equivalente.

4.17 Cobertura

4.17.1 A cobertura dos cabos deve ser constituída por material termoplástico (ST2 ou ST7) ou
termofixo (SE1/A ou SE1/B), conforme a ABNT NBR 6251.

4.17.2 As espessuras da cobertura, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil ou
equivalente.

4.18 Marcação na cobertura

4.18.1 A marcação da cobertura deve ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.18.2 No caso de cobertura termoplástica, a marcação em baixo ou alto-relevo, ou com tinta, deve
ser a padronizada.

4.18.3 No caso de cobertura termofixa, a marcação a tinta deve ser a padronizada.

4.18.4 Qualquer outro tipo de marcação deve ser objeto de acordo entre o fabricante e o comprador.

5 Inspeção e amostragem
5.1 Requisitos gerais de inspeção
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

5.1.1 Os ensaios previstos nesta Norma são classificados em:

a) ensaios de recebimento (R e E);

b) ensaios de tipo (T);

c) ensaios de controle;

d) ensaios durante e após a instalação.

5.1.2 Antes de qualquer ensaio, deve ser realizada uma inspeção visual sobre todas as unidades de
expedição, para verificação dos requisitos especificados em 4.18 e na Seção 8.

5.2 Ensaios de recebimento (R e E)

5.2.1 Os ensaios de recebimento constituem-se em:

a) ensaios de rotina (R);

b) ensaios especiais (E).

5.2.2 Os ensaios de rotina (R) solicitados nesta Norma, para os cabos com tensões de isolamento
iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

6 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

b) tensão elétrica na isolação, conforme 7.2;

c) resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 7.4.

5.2.3 Os ensaios de rotina (R) solicitados nesta Norma, para os cabos com tensões de isolamento
superiores a 3,6/6 kV, são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

b) tensão elétrica de screening na isolação, conforme 7.3;

c) descargas parciais, conforme 7.6.

5.2.4 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, todas as veias devem ser submetidas aos
ensaios de rotina.

5.2.5 As verificações e os ensaios especiais (E) solicitados nesta Norma são:

a) verificação da construção do cabo, conforme 4.5 a 4.17;

b) tração e alongamento na isolação, antes e após o envelhecimento, conforme 7.16;

c) alongamento a quente na isolação, conforme 7.16;

d) tração e alongamento na capa de separação (se existir) e cobertura, antes e após o envelhecimento,
conforme 7.16;

e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função do gradiente elétrico máximo
no condutor, para os cabos com tensões de isolamento superiores a 3,6/6 kV, conforme 7.8;
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

f) tensão elétrica de longa duração para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6 kV/6 kV, conforme 7.12;

g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para os cabos a campo radial, conforme 7.15.

Os ensaios especiais (E) devem ser feitos em amostras de cabo completo, ou em componentes
retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.6.3 a 5.6.10, com a finalidade
de verificar se o cabo atende às especificações do projeto.

5.3 Ensaios de tipo (T)

5.3.1 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados nesta Norma, para os cabos com tensões de
isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

b) resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 7.4;

c) resistência de isolamento a 90 °C, conforme 7.5;

d) tensão elétrica de longa duração, conforme 7.12.

5.3.2 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo, de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor deve ser de 120 mm2, ou outra seção em comum acordo

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 7


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

entre o fabricante e o comprador, devendo os ensaios ser efetuados para cada tipo de construção, isto
é, cabos a campo radial e não radial.

5.3.3 Estes ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.3.1, no mesmo corpo de prova.

5.3.4 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, estes ensaios devem ser realizados em pelo
menos uma das veias.

5.3.5 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados nesta Norma para os cabos com tensões de
isolamento superiores a 3,6/6 kV, são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

b) tensão elétrica de screening na isolação, conforme 7.3;

c) descargas parciais, conforme 7.6;

d) dobramento e, em seguida, ensaio de descargas parciais, conforme 7.7;

e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função do gradiente elétrico


máximo no condutor, conforme 7.8;

f) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função da temperatura, conforme 7.9;

g) ciclos térmicos, conforme 7.10;

h) tensão elétrica de impulso e, em seguida, ensaio de tensão elétrica de screening, conforme 7.11;

i) resistividade elétrica das blindagens semicondutoras, conforme a ABNT NBR 6251.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

5.3.6 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo, de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor deve ser 120 mm2 e a tensão de isolamento deve ser
a máxima produzida pelo fabricante e/ou a prevista nesta Norma.

5.3.7 Todos os ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.3.5, no mesmo corpo
de prova.

5.3.8 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, os ensaios previstos em 5.3.5 devem ser
realizados em pelo menos uma das veias

5.3.9 As verificações e os ensaios de tipo (T) não elétricos solicitados nesta Norma são:

a) verificação da construção do cabo, conforme 4.5 a 4.17;

b) ensaios físicos da blindagem semicondutora, conforme 7.16;

c) ensaios físicos da isolação, conforme 7.16;

d) ensaios físicos da capa de separação (se esta existir) e cobertura, conforme 7.16;

e) envelhecimento em amostra de cabo completo, para os cabos com tensões de isolamento iguais
ou inferiores a 3,6/6 kV, conforme 7.13;

f) resistência à chama, conforme 7.14;

8 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para os cabos a campo radial, conforme 7.15;

h) penetração longitudinal de água, quando aplicável, conforme 7.17;

i) ensaios mecânicos e inspeção visual no composto da cobertura após o envelhecimento artificial


em câmara UV, conforme 7.18, se previamente requerido.

5.3.10 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, o ensaio indicado em 5.3.9-a) deve ser
realizado em todas as veias

5.3.11 Deve ser utilizado um comprimento suficiente de cabo completo, retirado previamente da
amostra coletada para os ensaios de tipo elétricos, com exceção do ensaio de 5.3.9-b), que pode ser
realizado em corpos de prova obtidos de placa do material utilizado.

5.3.12 Os ensaios de tipo devem ser realizados, de modo geral, uma única vez, com a finalidade de
demonstrar o comportamento satisfatório do projeto do cabo, para atender à aplicação prevista. São,
por isso mesmo, de natureza tal que não precisam ser repetidos, independentemente do material do
condutor, a menos que haja modificação do projeto do cabo que possa alterar o seu desempenho.

5.3.13 Entende-se por modificação do projeto do cabo, para os efeitos desta Norma, qualquer variação
construtiva ou de tecnologia que possa influir diretamente no desempenho elétrico e/ou mecânico do
cabo, como, por exemplo:

a) modificação do composto isolante;

b) adoção de tecnologia diferente para a blindagem do condutor e/ou da isolação, em função da


tensão de isolamento;

c) adoção de cabo a campo radial ou não radial, para tensões de isolamento em que a alternativa
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

é permitida;

d) utilização de proteções metálicas que possam afetar os componentes subjacentes do cabo.

5.3.14 Estes ensaios devem ser realizados para cada projeto de cabo, como, por exemplo, cabos a
campo radial e a campo não radial, sendo que, para os cabos multiplexados com tensões iguais ou
superiores a 3,6/6 kV a campo radial, os ensaios podem ser realizados em somente um cabo unipolar
constituinte do mesmo projeto.

NOTA O Anexo D apresenta informações complementares.

O ensaio de tipo complementar previsto nesta Norma é o ensaio para determinação do coeficiente por
grau Celsius, para correção da resistência de isolamento. Este ensaio deve ser previamente realizado
pelo fabricante, conforme 7.4.6.

5.4 Ensaios de controle

Todos os ensaios elétricos e não elétricos previstos nesta Norma compreendem o elenco de ensaios de
controle disponíveis ao fabricante que, a seu critério e necessidade, os utiliza para determinada ordem
de compra ou lote de produção, para assegurar que os materiais e processos utilizados atendam aos
requisitos desta Norma.

NOTA O Anexo D apresenta informações complementares.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 9


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

5.5 Ensaios durante e após a instalação

Estes ensaios são destinados a demonstrar a integridade do cabo e seus acessórios, durante e após
a instalação.

5.5.1 Ensaio em C.A.

O ensaio em C.A. pode ser realizado em qualquer ocasião, conforme um dos critérios a seguir:

a) aplicação, por 5 min, da tensão equivalente entre as fases do sistema entre o condutor e a
blindagem metálica; ou

b) aplicação, por 24 h, da tensão entre a fase e o terra do sistema entre o condutor e a blindagem; ou

c) aplicação, por 15 min, da tensão RMS de 3 Uo entre as fases do sistema entre o condutor e a
blindagem, a uma frequência de 0,1 Hz.

NOTA Durante o ensaio em C.A. (frequência de 0,1 Hz), tan δ e/ou descargas parciais podem ser monitoradas.

5.5.2 Ensaio em C.C.

Em alternativa ao ensaio em C.A., pode ser utilizado C.C., conforme um dos critérios a seguir
estabelecidos, entretanto, o ensaio em C.C. pode causar o envelhecimento precoce dos cabos ou
danos permanentes, principalmente em instalações antigas:

a) em qualquer ocasião durante a instalação, pode ser efetuado um ensaio de tensão elétrica
contínua de valor igual a 75 % do valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos; ou

b) após a conclusão da instalação do cabo e seus acessórios, e antes de estes serem colocados em
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

operação, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 80 % do valor dado na
Tabela 3, durante 15 min consecutivos; ou

c) após o cabo e seus acessórios terem sido colocados em operação, em qualquer ocasião, dentro
do período de garantia, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 65 % do
valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos.

5.6 Critérios de amostragem

5.6.1 Todas as unidades de expedição, exceto as acondicionadas em rolos, devem ser submetidas
a todos os ensaios de rotina.

5.6.2 Para os cabos com tensão de isolamento de 0,6 kV a 1 kV, em unidades de expedição
acondicionadas em rolos, deve ser adotado o critério de amostragem conforme a ABNT NBR 5426, com
NI = II (nível de inspeção) e NQA = 2,5 % (nível de qualidade aceitável), desde que seja comprovado
que nas bobinas de origem foram realizados os ensaios de rotina, previstos em 5.2.2 a) a c). Outros
critérios de amostragem podem ser adotados mediante acordo prévio entre o fabricante o comprador.

5.6.3 Os ensaios especiais (E) devem ser feitos em amostras de cabo completo, ou em componentes
retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.6.4 a 5.6.10, para verificar se o
cabo atende às especificações do projeto.

5.6.4 Os ensaios especiais devem ser realizados para ordens de compra que excedam 2 km de cabos
multipolares ou multiplexados, ou 4 km de cabos unipolares, com a mesma seção e construção. Para

10 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

ordem de compra com vários itens de mesma construção e com os mesmos materiais componentes
apenas com seções diferentes, os ensaios especiais podem ser realizados em um único item,
preferencialmente naquele de maior comprimento.

NOTA O Anexo D apresenta informações complementares.

5.6.5 A quantidade de amostras requerida deve ser conforme a Tabela 1.

5.6.6 A amostra deve ser constituída por um comprimento suficiente de cabo, retirado de uma das
extremidades de unidades quaisquer de expedição, após ter sido eliminada, se necessário, qualquer
porção do cabo que tenha sofrido danos.

5.6.7 Para o ensaio de 5.2.5-f), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento útil,
com no mínimo 5 m de cabo.

5.6.8 Para o ensaio de 5.2.5-g), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento
útil de 0,40 m de cabo.

5.6.9 O ensaio de 5.2.5-e) deve ser realizado sobre a(s) unidade(s) completa(s) de expedição.

5.6.10 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, todos os ensaios e verificações devem ser
feitos em todas as veias.

Tabela 1 – Determinação do número de amostras


Comprimento do cabo
km
Cabos unipolares Cabos multipolares e multiplexados Número de
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Superior a Inferior ou igual a Superior a Inferior ou igual a amostras

4 20 2 10 1
20 40 10 20 2
40 60 20 30 3
60 80 30 40 4
80 100 40 50 5
NOTA 1 O número de amostras é a quantidade de unidades de expedição retiradas do lote sob inspeção.
NOTA 2 Para ordens de compra com comprimentos de cabos superiores, tomar uma amostra a cada 10 km
de cabos multipolares ou multiplexados, ou 20 km de cabos unipolares.

6 Aceitação e rejeição
6.1 Inspeção visual

Podem ser rejeitadas, de forma individual, a critério do comprador, as unidades de expedição que não
cumpram as condições estabelecidas em 4.18 e na Seção 8.

NOTA O Anexo D apresenta informações complementares.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 11


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

6.2 Ensaios especiais

6.2.1 Podem ser rejeitadas, de forma individual, as unidades de expedição que não cumpram os
requisitos especificados.

6.2.2 Sobre as amostras obtidas conforme 5.6.3, devem ser aplicados os ensaios especiais
estabelecidos em 5.2.5-a) a 5.2.5-g).

6.2.3 Se nos ensaios especiais resultarem valores que não satisfaçam os requisitos especificados
em 5.2.5, com exceção do indicado em 5.2.5-a), o lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado.

6.2.4 Nos ensaios de verificação da construção do cabo, previstos em 5.2.5-a), se resultarem


valores que não satisfaçam os requisitos especificados, devem ser retirados dois novos comprimentos
suficientes de cabo das mesmas unidades de expedição e devem ser novamente efetuados os ensaios
para os quais a amostra precedente foi insatisfatória. Os requisitos devem resultar satisfatórios, em
ambos os comprimentos de cabo; em caso contrário, o lote do qual foi retirada a amostra pode ser
rejeitado, a critério do comprador.

NOTA O Anexo D apresenta informações complementares.

7 Ensaios
7.1 Resistência elétrica do condutor (R e T)

7.1.1 A resistência elétrica dos condutores, referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km, não pode
ser superior aos valores estabelecidos na ABNT NBR NM 280.

7.1.2 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6814.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.2 Tensão elétrica na isolação (R e T)

7.2.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
como ensaio de rotina e de tipo.

7.2.2 Para os cabos unipolares ou multiplexados, sem blindagem metálica ou outra proteção metálica
sobre a isolação, o ensaio deve ser realizado com o cabo imerso em água, por um tempo não inferior
a 1 h, antes do ensaio. A tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor e a água.

7.2.3 Para os cabos unipolares ou multiplexados, com blindagem metálica ou outra proteção metálica
sobre a isolação, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor e a blindagem ou proteção metálica.

7.2.4 Para os cabos multipolares a campo não radial (sem blindagem semicondutora sobre cada
veia), a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e todos os outros conectados entre
si e a proteção metálica coletiva, se esta existir. A tensão elétrica deve ser aplicada sempre que for
necessário, de forma a assegurar que todas as veias sejam ensaiadas entre si e contra a proteção
metálica, se esta existir.

7.2.5 Para os cabos multipolares a campo radial (com blindagem semicondutora sobre cada veia),
a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua blindagem metálica ou, na falta desta,
entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.

7.2.6 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com frequência de 48 Hz a 62 Hz, de
valor eficaz dado na Tabela 2, pelo tempo de 5 min, não pode apresentar perfuração.

12 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Tabela 2 – Valores eficazes de tensão elétrica alternada


Tensão de isolamento Uo/U kV 0,6/1 1,8/3 3,6/6
Tensão de ensaio kV 3,5 6,5 11
NOTA Os valores de tensão elétrica alternada de ensaio correspondem a 2,5 Uo + 2,0 kV.

7.2.7 Em alternativa, o requisito de 7.2.6, para os cabos com tensões de isolamento iguais ou
inferiores a 3,6/6 kV, pode ser verificado com tensão elétrica contínua, com o valor dado na Tabela 3,
pelo tempo de 5 min.

Tabela 3 – Valores de tensão elétrica contínua


Tensão de isolamento
kV 0,6/1 1,8/3 3,6/6 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
Uo/U
Tensão de ensaio kV 8,5 15,5 26,5 36 53 72 90 120
NOTA 1 Os valores de tensão elétrica contínua de ensaio correspondem a 2,4 × (2,5 Uo + 2,0) kV, para os
cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, e 2,4 × 2,5 Uo, para os cabos com tensões
de isolamento superiores a 3,6/6 kV.
NOTA 2 Os valores correspondentes às tensões de isolamento superiores a 3,6/6 kV são utilizados como
referência para o cálculo das tensões de ensaios durante e após a instalação, conforme 5.6.

7.2.8 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6881.

7.3 Tensão elétrica de screening na isolação (R e T)

7.3.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

a 3,6/6 kV, como ensaio de rotina e de tipo.

7.3.2 Para os cabos unipolares ou multiplexados, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor
e a blindagem metálica.

7.3.3 Para os cabos multipolares, a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua
blindagem metálica ou, na falta desta, entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.

7.3.4 O valor eficaz da tensão elétrica aplicada deve corresponder ao calculado pelas seguintes
equações:

U = E × Se

sendo
d D
Se= × ln  
2 d
d = dc + 0,8

onde

U é a tensão de ensaio, expressa em quilovolts (kV);

E é o gradiente elétrico de ensaio, igual a 12 kV/mm;

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 13


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Se é a espessura equivalente da veia, expressa em milímetros (mm);

dc é o diâmetro fictício do condutor, expresso em milímetros (mm);

d é o diâmetro fictício sob a isolação, expresso em milímetros (mm);

D é o diâmetro fictício sobre a isolação, expresso em milímetros (mm).

No caso de condutores setoriais, os valores de dc e D devem ser obtidos pelas seguintes equações:

dc = 2r

D = d + 2e

onde

r é o menor raio do setor, expresso em milímetros (mm);

e é a espessura nominal da isolação, expressa em milímetros (mm).

O valor calculado para a tensão de ensaio deve ser arredondado para o inteiro mais próximo.

7.3.5 O valor eficaz da tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, deve ser calculado
em função do gradiente elétrico máximo do condutor, pelas equações dadas em 7.3.4.

7.3.6 Os valores calculados da tensão elétrica para cada tensão de isolamento constam na Tabela 4.

7.3.7 O tempo de aplicação da tensão elétrica deve ser de 15 min, não podendo ocorrer perfuração.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

NOTA Para este ensaio, não é prevista alternativa em tensão elétrica contínua.

7.3.8 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6881.

Tabela 4 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening (continua)

Seção nominal do Tensão de ensaio


condutor kV
mm2 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
16 26 – – – –
25 28 34 – – –
35 29 35 41 – –
50 30 37 43 49 58
70 31 39 45 52 61
95 32 40 47 54 65
120 33 41 48 56 67
150 33 42 49 58 69
185 34 43 50 59 71

14 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Tabela 4 (conclusão)

Seção nominal do Tensão de ensaio


condutor kV
mm2 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
240 35 44 52 61 74
300 35 45 53 62 76
400 36 46 54 64 79
500 36 46 55 66 81
630 37 47 56 67 83
800 37 48 57 68 84
1 000 37 48 58 69 86

7.4 Resistência de isolamento à temperatura ambiente (R e T)

7.4.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
como ensaio de rotina e de tipo.

7.4.2 A resistência de isolamento da(s) veia(s), referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km, não


pode ser inferior ao valor calculado pela seguinte equação:
 D
R=i Ki × log  
d
onde
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Ri é a resistência de isolamento, expressa em megaohms.quilômetro (MΩ.km);

Ki é a constante de isolamento, igual a 3 700 MΩ.km;

D é o diâmetro nominal sobre a isolação, expresso em milímetros (mm);

d é o diâmetro nominal sob a isolação, expresso em milímetros (mm).

Para condutores de seção transversal não circular, a relação D/d deve ser a relação entre os perímetros
nominais sobre a isolação e sobre o condutor (ou sobre sua blindagem).

7.4.3 A medição da resistência de isolamento deve ser feita com tensão elétrica contínua, com valor
de 300 V a 500 V, aplicada por tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.

7.4.4 As conexões do cabo ao instrumento de medição devem ser realizadas de acordo com
o indicado para o ensaio de tensão elétrica (ver 7.2), conforme o tipo de construção do cabo.

7.4.5 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado após o ensaio de tensão elétrica,
conforme 7.3. No caso de o ensaio de 7.2 ter sido realizado com a tensão elétrica contínua, a medição
da resistência de isolamento deve ser feita 24 h após o(s) condutor(es) ter(em) sido curto-circuitado(s)
com a(s) respectiva(s) blindagem(ns) (ou proteções metálicas) ou com água.

7.4.6 Quando a medição da resistência de isolamento for realizada à temperatura do meio diferente
de 20 °C, o valor obtido deve ser referido a esta temperatura, utilizando-se os fatores de correção

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 15


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

dados na Tabela A.1. O fabricante deve fornecer previamente o coeficiente por grau Celsius a ser
utilizado. Este coeficiente deve ser determinado em corpo de prova específico e ensaiado conforme
a ABNT NBR 6813. Certos compostos apresentam elevada constante de isolamento, o que pode
dificultar a determinação do coeficiente por grau Celsius. Nestes casos, deve ser aceito o menor
coeficiente dado na Tabela A.1.

7.4.7 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6813.

7.4.8 Quando este ensaio for realizado como ensaio de tipo, para os cabos não blindados
individualmente, a medição da resistência de isolamento pode ser feita com o corpo de prova
constituído por veia imersa em água, pelo menos 1 h antes do ensaio, tendo sido retirados todos os
componentes exteriores à isolação.

7.5 Resistência de isolamento a 90 °C (T)

7.5.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV.

7.5.2 A resistência de isolamento da(s) veia(s) a 90 °C ± 2 °C, referida a um comprimento de 1 km,


não pode ser inferior ao valor calculado pela equação dada em 7.4.2, tomando-se a constante de
isolamento Ki = 3,7 MΩ.km.

7.5.3 Para os cabos não blindados individualmente, a temperatura no condutor deve ser obtida pela
imersão do corpo de prova em água, após terem sido removidos todos os componentes exteriores à
isolação. O corpo de prova deve ser mantido na água, pelo menos por 2 h, à temperatura especificada,
antes de ser efetuada a medição.

7.5.4 Para os cabos blindados individualmente, a temperatura no condutor pode ser obtida pela
colocação do corpo de prova do cabo completo em água ou estufa, por pelo menos 2 h, à temperatura
especificada, antes de ser efetuada a medição. A temperatura no condutor pode também ser obtida
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

pela circulação de corrente pela blindagem metálica individual da(s) veia(s). Neste caso, a temperatura
pode ser verificada pela resistência elétrica do(s) condutor(es) ou pela medição da temperatura na
superfície da blindagem metálica. A medição deve ser feita após a estabilização térmica do corpo de
prova à temperatura especificada.

7.5.5 A medição da resistência de isolamento deve ser feita com tensão elétrica contínua, com valor
de 300 V a 500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.

7.5.6 O ensaio deve ser executado conforme a ABNT NBR 6813.

7.6 Descargas parciais (R e T)

7.6.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.6.2 A tensão elétrica aplicada entre o condutor e a blindagem da isolação deve ser elevada
gradualmente até atingir o valor da tensão de exploração e, em seguida, decrescida até o valor da
tensão de medição, conforme estabelecido em 7.6.5.

7.6.3 Para os cabos multipolares ou multiplexados, cada veia deve ser ensaiada individualmente.

7.6.4 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com valores de exploração e medição
conforme 7.6.5, não pode apresentar nível de descarga superior a 3 pC, na tensão de medição.
O nível da descarga na tensão de exploração pode ser registrado para informação de engenharia.

16 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

7.6.5 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas de exploração e medição, à frequência de
48 Hz a 62 Hz, constam na Tabela 5 e devem ser calculados conforme 7.3.4, utilizando-se 7 kV/mm
e 6 kV/mm, respectivamente, como valores de gradiente elétrico de ensaio.

7.6.6 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7294.

Tabela 5 – Valores de tensão de exploração e medição para ensaio de descargas parciais


Tensão de ensaio
kV
Seção
nominal do 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
condutor
Tensão Tensão Tensão Tensão Tensão
mm2 Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de
de de de de de
exploração exploração exploração exploração exploração
medição medição medição medição medição

16 15 13 – – – – – – – –

25 16 14 20 17 – – – – – –

35 17 15 21 18 24 20 – – – –

50 18 15 22 19 25 21 29 25 34 29

70 18 16 23 19 26 22 30 26 36 31

95 19 16 23 20 27 23 32 27 38 32

120 20 16 24 21 28 24 33 28 39 34

150 20 17 25 21 29 25 34 29 40 35

185 20 17 25 21 29 25 35 30 42 36
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

240 20 17 26 22 30 26 36 31 43 37

300 21 18 26 22 31 26 36 31 44 38

400 21 18 27 23 32 27 38 32 46 39

500 21 18 27 23 32 28 38 33 47 40

630 21 18 27 24 33 28 39 33 48 41

800 22 19 28 24 33 28 40 34 49 42

1 000 22 19 28 24 34 29 40 35 50 43

7.7 Dobramento (T)

7.7.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.7.2 O corpo de prova, à temperatura ambiente, deve ser enrolado em um tambor, evitando-se
movimentos bruscos, por pelo menos uma volta completa; em seguida, o corpo de prova deve ser
desenrolado e o processo repetido, após o corpo de prova girar 180° em torno de seu eixo. Este ciclo
de operações deve ser repetido mais duas vezes.

7.7.3 O diâmetro do tambor deve corresponder ao raio mínimo de curvatura para instalação, conforme
estabelecido na ABNT NBR 9511, em função do tipo de construção do cabo. É admitida uma tolerância
de ± 5 % sobre o valor calculado.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 17


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

7.7.4 Após completados os três ciclos de dobramento, o corpo de prova deve ser submetido ao
ensaio de descargas parciais, conforme 7.6.

7.8 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tan δ) em função do gradiente


elétrico máximo no condutor (E e T)

7.8.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.8.2 O fator de perdas no dielétrico (tan δ) deve ser medido na unidade de expedição (ensaio especial)
ou em corpo de prova mecanicamente condicionado, conforme descrito no ensaio de tipo de 7.7.

7.8.3 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, constam
na Tabela 6 e devem ser calculados conforme 7.3.4, utilizando-se os valores de gradiente elétrico de
ensaio de 2 kV/mm, 4 kV/mm e 8 kV/mm, respectivamente.

Tabela 6 – Valores de tensão para os ensaios de fator de perdas no


dielétrico (tangente δ) em função do gradiente máximo
Tensão de ensaio
kV
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
Seção nominal
Gradiente elétrico máximo
do condutor
kV/mm
mm2
2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8
Tensão de ensaio
kV
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

16 4 9 18 – – – – – – – – – – – –
25 5 9 19 6 11 22 – – – – – – – – –
35 5 10 19 6 12 24 7 14 27 – – – – – –
50 5 10 20 6 12 25 7 14 29 8 16 33 10 19 39
70 5 10 21 6 13 26 7 15 30 9 17 35 10 20 41
95 5 11 21 7 13 27 8 16 31 9 18 36 11 22 43
120 5 11 22 7 14 27 8 16 32 9 19 37 11 22 45
150 6 11 22 7 14 28 8 16 33 10 19 38 12 23 46
185 6 11 23 7 14 29 8 17 34 10 20 39 12 24 48
240 6 12 23 7 15 29 9 17 34 10 20 41 12 25 49
300 6 12 23 7 15 30 9 18 35 10 21 42 13 25 51
400 6 12 24 8 15 30 9 18 36 11 21 43 13 26 52
500 6 12 24 8 15 31 9 18 37 11 21 44 13 27 54
630 6 12 24 8 16 31 9 19 37 11 22 45 14 28 55
800 6 12 25 8 16 32 9 19 38 11 23 45 14 28 56
1 000 6 12 25 8 16 32 10 19 38 12 23 46 14 29 57

18 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

7.8.4 Os valores medidos não podem exceder os estabelecidos na Tabela 7.

7.8.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7295.

7.9 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tan δ) em função da temperatura (T)

7.9.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.9.2 O corpo de prova deve ser aquecido por um dos procedimentos estabelecidos em 7.5.4.

7.9.3 O fator de perdas no dielétrico (tan δ) deve ser medido no corpo de prova, à temperatura de
90 °C ± 2 °C, com tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, e valor correspondente ao
gradiente elétrico máximo do condutor de 2 kV/mm, calculado conforme 7.3.4.

7.9.4 Os valores medidos não podem exceder os estabelecidos na Tabela 7.

7.9.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7295.

Tabela 7 – Valores de fator de perdas do dielétrico (tangente δ)


Classificação Método de
Item Ensaio Requisitos
do ensaio ensaio
Fator de perdas no dielétrico
em função do gradiente
elétrico máximo no condutor, à
temperatura ambiente:
01 Especial e tipo ABNT NBR 7295
— Máximo tan δ a 4 kV/mm 40 × 10-4
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

— Máximo incremento da tan δ


20 × 10-4
entre 2 kV/mm e 8 kV/mm
Fator de perdas no dielétrico
em função da temperatura a um
gradiente elétrico máximo no
02 Tipo ABNT NBR 7295 condutor de 2 kV/mm:
— Máximo tan δ à temperatura
80 × 10-4
de 90 °C ± 2 °C

7.10 Ciclos térmicos (T)

7.10.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.10.2 O corpo de prova retirado de um comprimento de cabo, respeitado um tempo mínimo de


sete dias após a fabricação, deve ser montado em forma de U, observando-se o raio de curvatura
mínimo, para instalação em função do tipo de construção do cabo, estabelecido na ABNT NBR 9511.
É permitida a colocação do corpo de prova em um eletroduto não metálico, a fim de facilitar a realização
do ensaio, bem como a utilização de uma veia blindada ou de um cabo unipolar, no caso de cabos
multipolares ou multiplexados.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 19


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

7.10.3 Antes do início do ensaio de ciclos térmicos, o corpo de prova deve ser submetido à sequência
de ensaios de 5.3.5 a) a f) e i).

7.10.4 Durante 30 dias, o corpo de prova deve ser submetido continuamente à tensão elétrica
alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, e valor correspondente ao gradiente elétrico máximo no
condutor de 8 kV/mm, calculado conforme 7.3.4. As interrupções eventuais devem ser compensadas.

7.10.5 Nas condições indicadas em 7.10.2 e 7.10.4, o corpo de prova deve ser submetido a uma
corrente elétrica de aquecimento, de modo a atingir a temperatura de 130 °C ± 3 °C, no condutor, por
um tempo mínimo de 6 h contínuas, a cada dia útil.

7.10.6 No 15º dia, o corpo de prova deve ser submetido aos ensaios previstos em 5.3.5 c), e) e f).

7.10.7 O corpo de prova, após ser submetido aos ciclos térmicos sob tensão elétrica, isto é, no término
do ensaio (30º dia), deve atender aos requisitos estabelecidos em 5.3.5 c), e) e f) e aos valores da
resistividade elétrica máxima à temperatura de operação das camadas semicondutoras, estabelecidos
na ABNT NBR 6251.

7.11 Tensão elétrica de impulso (T)

7.11.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.11.2 O corpo de prova, com o condutor à temperatura de 95 °C ± 2 °C, deve suportar, sem falhas, dez
impulsos positivos e dez impulsos negativos de tensão, com valor de crista estabelecido na Tabela 8.

7.11.3 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7296.

7.11.4 Após a realização do ensaio de impulso, o corpo de prova deve ser submetido, à temperatura
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ambiente, ao ensaio elétrico de screening, conforme 7.3.

Tabela 8 – Tensão elétrica suportável de impulso atmosférico do cabo


Tensão de isolamento Tensão de ensaio a impulso
Uo/U Up
kV (valor eficaz) kV (valor de crista)
6/10 75
8,7/15 110
12/20 125
15/25 150
20/35 200

7.12 Tensão elétrica de longa duração (E e T)

7.12.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
e deve ser realizado à temperatura ambiente.

7.12.2 Para os cabos não blindados individualmente, o ensaio deve ser realizado em corpo de prova
constituído por veia retirada do cabo completo, após terem sido removidos todos os componentes

20 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

exteriores à isolação. O corpo de prova deve ser imerso em água pelo menos 1 h antes do ensaio,
e a tensão deve ser aplicada entre o condutor e a água.

7.12.3 Para os cabos blindados individualmente, o corpo de prova deve ser constituído por cabo
completo, e a tensão deve ser aplicada entre o(s) condutor(es) e a(s) blindagem(ns).

7.12.4 O corpo de prova, quando submetido à tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz,
com valor eficaz de 3 Uo, pelo tempo de 4 h, não pode apresentar perfuração.

7.12.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6881.

7.13 Envelhecimento em cabo completo (T)

7.13.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
e tem a finalidade de verificar a compatibilidade química entre a isolação e os demais componentes
que constituem o cabo.

7.13.2 A amostra deve ser envelhecida em estufa a ar, a uma temperatura de 100 °C ± 2 °C, durante
168 h.

7.13.3 O corpo de prova correspondente à isolação, capa de separação (quando esta existir)
e cobertura, retirado de amostra do cabo completo após o envelhecimento, deve atender aos
requisitos de tração e alongamento à ruptura, previstos na ABNT NBR 6251, para envelhecimento em
estufa a ar. O condutor removido da amostra envelhecida não pode apresentar qualquer evidência de
corrosão, quando submetido à inspeção visual, sem auxílio de qualquer equipamento óptico. Oxidação
ou descoloração normal do cobre não é levada em consideração.

7.14 Resistência à chama (T)


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.14.1 Este ensaio é requerido para os cabos de qualquer tensão de isolamento.

7.14.2 Este ensaio não é aplicável aos cabos com cobertura do tipo ST7.

7.14.3 Os corpos de prova devem ser constituídos por comprimentos suficientes de cabo completo.

7.14.4 Quando o corpo de prova for submetido ao ensaio, a chama deve autoextinguir-se, e a parte
carbonizada não pode atingir a região correspondente a 50 mm da extremidade inferior do grampo de
fixação superior.

7.14.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR NM IEC 60332-1.

7.15 Aderência da blindagem semicondutora da isolação (E e T)

7.15.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com blindagem semicondutora da
isolação extrudada.

7.15.2 No corpo de prova indicado em 5.6.8, a camada semicondutora da isolação deve ser cortada
longitudinalmente, até a isolação ser levemente atingida. Um segundo corte paralelo deve ser realizado,
distante 12 mm do primeiro. Para fixação na máquina de tração, deve-se efetuar uma separação
inicial de 50 mm de tira de camada semicondutora entre os cortes longitudinais, mantendo-a em um
ângulo de aproximadamente 90° em relação à veia, durante o ensaio. A tira deve ser inserida na garra
superior, e a veia, com um dispositivo adequado, deve ser inserida na garra inferior da máquina de
tração. Submeter o corpo de prova à tração, aumentando a velocidade até que a tira se separe da
isolação, com velocidade de 12 mm/s.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 21


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

7.15.3 Ambas as extremidades do corpo de prova devem ser ensaiadas (em sentidos contrários),
sendo as tiras cortadas diametralmente opostas. Cada ensaio deve ser terminado no centro do corpo
de prova.

7.15.4 O ensaio deve ser realizado à temperatura ambiente, devendo-se registrar as forças máximas
e mínimas de tração, à velocidade especificada, para cada um dos ensaios.

7.15.5 A força necessária para remoção da blindagem semicondutora extrudada da isolação deve
estar entre 13 N e 105 N.

7.15.6 Após a retirada da blindagem semicondutora extrudada da isolação, a superfície exposta da


isolação não pode apresentar danos, nem pode existir material semicondutor de difícil remoção.

7.16 Ensaios físicos nos componentes do cabo (E e T)

Os ensaios físicos nos componentes são os indicados na ABNT NBR 6251, com os respectivos
métodos de ensaio e requisitos. Para os ensaios especiais, considerar somente os ensaios de tração
e alongamento antes e após o envelhecimento em estufa a ar sem o condutor e alongamento a quente
na isolação e, quando aplicável, cobertura.

7.17 Penetração longitudinal de água

7.17.1 Este requisito é aplicável aos cabos com condutor bloqueado ou construção bloqueada
(condutor e blindagem) longitudinalmente.

7.17.2 Durante a realização dos ensaios, não pode ocorrer vazamento de água pelas extremidades
do corpo de prova ou pelos interstícios do condutor ou do bloqueio da blindagem.

7.17.3 Este ensaio deve ser realizado conforme o Anexo B.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.18 Ensaios mecânicos e inspeção visual no composto da cobertura após o envelhecimento


artificial em câmara UV (T)

7.18.1 Estes ensaios em weatherometer destinam-se somente aos cabos rotulados como resistentes
às intempéries (radiação solar ultravioleta), previstos para instalação exposta ao sol.

7.18.2 Os ensaios mecânicos na cobertura antes e após o envelhecimento artificial em câmara UV


são o ensaio de tração à ruptura e o ensaio de alongamento à ruptura.

7.18.3 Os corpos de prova devem ser submetidos às condições de ensaio por 720 h.

7.18.4 O ensaio deve ser realizado conforme a metodologia e as condições descritas na


ASTM G155 (Ciclo 1) ou na ABNT NBR 9512, com exceção das amostras, que devem ser cinco
segmentos de cabo completo. Os corpos de prova para os ensaios mecânicos devem ser retirados, após
o envelhecimento, da face exposta à radiação. Os corpos de prova devem ser preparados conforme a
ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.

7.18.5 Após o tempo de exposição especificado em 7.18.3, os corpos de prova não podem apresentar
variação de alongamento à ruptura e de tração à ruptura superior a 25 % em relação aos seus
respectivos valores originais, nem descoloração visualmente perceptível.

7.18.6 Constitui falha o não atendimento ao descrito em 7.18.5.

22 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

8 Marcação, rotulagem e embalagem


8.1 Acondicionamento e fornecimento

8.1.1 Os cabos devem ser acondicionados de maneira que fiquem protegidos durante o manuseio,
transporte e armazenagem. O acondicionamento deve ser em rolo ou carretel, que deve ter resistência
adequada e ser isento de defeitos que possam danificar o produto.

8.1.2 Para cada unidade de expedição, a incerteza máxima requerida na quantidade efetiva é de ±
1 % em comprimento.

8.1.3 Os cabos devem ser fornecidos em lances normais de fabricação, sobre os quais é permitida
uma tolerância de ± 3 % no comprimento. Adicionalmente, pode-se admitir que até 5 % dos lances
de um lote de expedição tenham um comprimento diferente do lance normal de fabricação, com um
mínimo de 50 % do comprimento do referido lance.

8.1.4 Os carretéis devem possuir dimensões conforme a ABNT NBR 11137, sendo respeitados os
limites de diâmetro mínimo de núcleo do carretel previstos na ABNT NBR 9511, e os rolos devem
possuir dimensões conforme a ABNT NBR 7312.

8.1.5 As extremidades dos cabos acondicionados em carretéis devem ser convenientemente seladas
com capuzes de vedação ou com fita autoaglomerante, resistentes às intempéries, a fim de evitar a
penetração de umidade durante o manuseio, o transporte e a armazenagem. No caso de cabos com
construção não bloqueada longitudinalmente, é recomendado somente o uso de capuzes de vedação.

8.1.6 O Anexo C fornece os dados mínimos para as informações de encomendas dos cabos.

8.2 Marcação
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8.2.1 Externamente, os carretéis devem ser marcados, nas duas faces laterais, diretamente sobre o
disco e/ou por meio de etiquetas, com caracteres legíveis e indeléveis, com no mínimo as seguintes
indicações:

a) nome e identificação do fabricante e país de origem;

b) tipo de construção (somente se bloqueada);

c) tensão de isolamento (Uo/U), expressa em quilovolts (kV);

d) número de condutores e seção nominal, expressa em milímetros quadrados (mm2);

e) material do condutor (cobre ou alumínio), da isolação (XLPE ou TR XLPE) e da cobertura,


conforme a ABNT NBR 6251;

f) número desta Norma;

g) comprimento de cada unidade de expedição, expresso em metros (m);

h) massa bruta aproximada, expressa em quilogramas (kg);

i) número da ordem de compra;

j) identificação para fins de rastreabilidade;

k) seta no sentido de rotação para desenrolar e o texto “desenrole neste sentido”.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 23


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Quando o ano de fabricação for marcado em fita colocada no interior do cabo, esta indicação deve
também constar como requisito de marcação no carretel.

8.2.2 Os rolos devem conter uma etiqueta com as indicações de 8.2.1, com exceção da alínea k).
Para a alínea h), deve-se indicar a massa líquida mínima em lugar da massa bruta.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

24 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Anexo A
(normativo)

Tabela de fatores para correção da resistência de isolamento

Tabela A.1 – Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura


Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
5 0,42 0,36 0,32 0,27 0,24 0,21 0,18 0,16 0,14
6 0,44 0,39 0,34 0,30 0,26 0,23 0,20 0,18 0,16
7 0,47 0,41 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,20 0,18
8 0,50 0,44 0,40 0,36 0,32 0,29 0,26 0,23 0,21
9 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29 0,26 0,24
10 0,56 0,51 0,46 0,42 0,39 0,35 0,32 0,29 0,27
11 0,59 0,54 0,50 0,46 0,42 0,39 0,36 0,33 0,31
12 0,63 0,58 0,54 0,50 0,47 0,43 0,40 0,38 0,35
13 0,67 0,62 0,58 0,55 0,51 0,48 0,45 0,43 0,40
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

14 0,70 0,67 0,63 0,60 0,56 0,53 0,51 0,48 0,46


15 0,75 0,71 0,68 0,65 0,62 0,59 0,57 0,54 0,52
16 0,79 0,76 0,74 0,71 0,68 0,66 0,64 0,61 0,59
17 0,84 0,82 0,79 0,77 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67
18 0,89 0,87 0,86 0,84 0,83 0,81 0,80 0,78 0,77
19 0,94 0,93 0,93 0,92 0,91 0,90 0,89 0,88 0,88
20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
21 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
22 1,12 1,14 1,17 1,19 1,21 1,23 1,25 1,28 1,30
23 1,19 1,23 1,26 1,30 1,33 1,37 1,40 1,44 1,48
24 1,26 1,31 1,36 1,41 1,46 1,52 1,57 1,63 1,69
25 1,34 1,40 1,47 1,54 1,61 1,69 1,76 1,84 1,93
26 1,42 1,50 1,59 1,68 1,77 1,87 1,97 2,08 2,19
27 1,50 1,61 1,71 1,83 1,95 2,08 2,21 2,35 2,50
28 1,59 1,72 1,85 1,99 2,14 2,30 2,48 2,66 2,85

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 25


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Tabela A.1 (continuação)


Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
29 1,69 1,84 2,00 2,17 2,36 2,56 2,77 3,00 3,25
30 1,79 1,97 2,16 2,37 2,59 2,84 3,11 3,39 3,71
31 1,90 2,10 2,33 2,58 2,85 3,15 3,48 3,84 4,23
32 2,01 2,25 2,52 2,81 3,14 3,50 3,90 4,33 4,82
33 2,13 2,41 2,72 3,07 3,45 3,88 4,36 4,90 5,49
34 2,26 2,58 2,94 3,34 3,80 4,31 4,89 5,53 6,26
35 2,40 2,76 3,17 3,64 4,18 4,78 5,47 6,25 7,14
36 2,54 2,95 3,43 3,97 4,59 5,31 6,13 7,07 8,14
37 2,69 3,16 3,70 4,33 5,05 5,90 6,87 7,99 9,28
38 2,85 3,38 4,00 4,72 5,56 6,54 7,69 9,02 10,58
39 3,03 3,62 4,32 5,14 6,12 7,26 8,61 10,20 12,06
40 3,21 3,87 4,66 5,60 6,73 8,06 9,65 11,52 13,74
Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

5 0,12 0,11 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06 0,05 0,04


6 0,14 0,13 0,11 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06
7 0,16 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09 0,08 0,08 0,07
8 0,19 0,17 0,15 0,14 0,12 0,11 0,10 0,09 0,08
9 0,21 0,20 0,18 0,16 0,15 0,13 0,12 0,11 0,10
10 0,25 0,23 0,21 0,19 0,18 0,16 0,15 0,14 0,13
11 0,28 0,26 0,24 0,23 0,21 0,19 0,18 0,17 0,16
12 0,33 0,31 0,28 0,27 0,25 0,23 0,22 0,20 0,19
13 0,38 0,35 0,33 0,31 0,30 0,28 0,26 0,25 0,23
14 0,43 0,41 0,39 0,37 0,35 0,33 0,32 0,30 0,29
15 0,50 0,48 0,46 0,44 0,42 0,40 0,39 0,37 0,36
16 0,57 0,55 0,53 0,52 0,50 0,48 0,47 0,45 0,44
17 0,66 0,64 0,62 0,61 0,59 0,58 0,56 0,55 0,54
18 0,76 0,74 0,73 0,72 0,71 0,69 0,68 0,67 0,66
19 0,87 0,86 0,85 0,85 0,84 0,83 0,83 0,82 0,81

26 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Tabela A.1 (conclusão)


Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
21 1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
22 1,32 1,35 1,37 1,39 1,42 1,44 1,46 1,49 1,51
23 1,52 1,56 1,60 1,64 1,69 1,73 1,77 1,82 1,86
24 1,75 1,81 1,87 1,94 2,01 2,07 2,14 2,22 2,29
25 2,01 2,10 2,19 2,29 2,39 2,49 2,59 2,70 2,82
26 2,31 2,44 2,57 2,70 2,84 2,99 3,14 3,30 3,46
27 2,66 2,83 3,00 3,19 3,38 3,58 3,80 4,02 4,26
28 3,06 3,28 3,51 3,76 4,02 4,30 4,59 4,91 5,24
29 3,52 3,80 4,11 4,44 4,79 5,16 5,56 5,99 6,44
30 4,05 4,41 4,81 5,23 5,69 6,19 6,73 7,30 7,93
31 4,65 5,12 5,62 6,18 6,78 7,43 8,14 8,91 9,75
32 5,35 5,94 6,58 7,29 8,06 8,92 9,85 10,87 11,99
33 6,15 6,89 7,70 8,60 9,60 10,70 11,92 13,26 14,75
34 7,08 7,99 9,01 10,15 11,42 12,84 14,42 16,18 18,14
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

35 8,14 9,27 10,54 11,97 13,59 15,41 17,45 19,74 22,31


36 9,36 10,75 12,33 14,13 16,17 18,49 21,11 24,09 27,45
37 10,76 12,47 14,43 16,67 19,24 22,19 25,55 29,38 33,76
38 12,38 14,46 16,88 19,67 22,90 26,62 30,91 35,85 41,52
39 14,23 16,78 19,75 23,21 27,25 31,95 37,40 43,74 51,07
40 16,37 19,46 23,11 27,39 32,43 38,34 45,26 53,36 62,82

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 27


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Anexo B
(normativo)

Penetração longitudinal de água

B.1 Objetivo
Este Anexo descreve o método de ensaio de verificação do comportamento do bloqueio do condutor e
da blindagem metálica, quanto à penetração longitudinal de água em cabos de 3,6/6 kV a 20/35 kV, com
condutor bloqueado ou construção bloqueada. Este método não é aplicável aos cabos submarinos.

B.2 Aparelhagem
Para a realização do ensaio, é necessária a seguinte aparelhagem:

a) tubo com bocais, conforme a Figura B.1;

b) solução de água potável a 0,01 % de fluoresceína ou rodamina;

c) fonte variável de corrente alternada, para aquecimento do condutor;

d) equipamento de pressurização AR/N2 ou coluna de água;

e) amperímetro de corrente alternada;


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

f) medidor de temperatura e seus acessórios.

B.3 Execução do ensaio

B.3.1 Penetração de água pelo bloqueio da blindagem metálica

B.3.1.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de cabo unipolar ou,
no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes deste. Inicialmente, o corpo
de prova é submetido a um condicionamento mecânico por meio de dobramento de pelo menos uma
volta completa ao redor de um tambor, com diâmetro conforme a seguinte equação:

20 × (d + D) + 5%

onde

d é o diâmetro do condutor, expresso em milímetros (mm);

D é o diâmetro externo da amostra, expresso em milímetros (mm).

B.3.1.2 Após o dobramento, na parte central do corpo de prova, deve ser removido da cobertura
um anel com 5 cm de largura, de modo que a blindagem metálica fique exposta. Nas extremidades do
condutor devem ser montados conectores, para aplicação da corrente de aquecimento (ver Figura B.2).

28 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

B.3.1.3 Um comprimento de 2 m do mesmo cabo deve ser usado como referência para medição
e controle da temperatura no condutor. O sensor de temperatura deve ser inserido no condutor de
referência, por meio de perfuração por broca, com diâmetro aproximadamente igual ao do sensor.

B.3.1.4 O corpo de prova a ser submetido ao ensaio de penetração de água deve ser colocado no
tubo, e as vedações devem ser efetuadas com fita autoaglomerante ou equivalente. O conjunto deve
ser disposto conforme a Figura B.3.

B.3.1.5 O tubo deve ser preenchido com solução de água potável à temperatura ambiente e pressurizado
a 50 kPa. Em seguida, o corpo de prova deve ser submetido a três ciclos térmicos, consistindo em 2 h
à temperatura estabilizada de 90 °C ± 2 °C, e em 4 h sob resfriamento natural.

B.3.1.6 Após a aplicação dos três ciclos térmicos, a água do tubo deve ser drenada.

B.3.2 Penetração de água pelo bloqueio do condutor

B.3.2.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de veia de cabo unipolar
ou, no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes dele. O mesmo corpo
de prova do ensaio de B.3.1 pode ser utilizado para ensaio do bloqueio do condutor. Neste caso, não
podem ser repetidos os ciclos térmicos previstos em B.3.1.5.

B.3.2.2 O condicionamento mecânico, conforme indicado em B.3.1.1, pode ser omitido, se for
efetuado somente o ensaio de penetração de água no condutor.

B.3.2.3 Na parte central do corpo de prova, deve ser removido um anel com 5 cm de largura da
isolação e blindagens semicondutoras, de modo que o condutor fique exposto. As demais preparações
complementares, referentes às conexões, amostra de referência, sensor de temperatura, vedações
e montagem do equipamento de aquecimento, devem ser as mesmas indicadas para o ensaio de
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

bloqueio da blindagem metálica.

B.3.2.4 Inicialmente, o corpo de prova deve ser submetido aos ciclos térmicos conforme B.3.1.5,
porém sem a presença de água.

B.3.2.5 Após a aplicação dos ciclos térmicos, a temperatura no condutor deve ser elevada a
(90 ± 2) °C e mantida durante 2 h ininterruptas.

B.3.2.6 No momento em que o aquecimento for desligado, o tubo deve ser preenchido com solução
de água potável e pressurizado a uma pressão equivalente a 5 m de coluna d’água (50 kPa), mantendo-
se nesta condição durante 24 h e drenando-se a água em seguida.

B.4 Resultados
O cabo é considerado bloqueado longitudinalmente quando não fluir água pelas extremidades do
corpo de prova.

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 29


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Figura B.1 – Tubo com bocais


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura B.2 – Esquema do ensaio

Figura B.3 – Esquema do circuito de ensaio

30 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Anexo C
(informativo)

Dados para as informações de encomenda dos cabos

Recomenda-se que as informações a seguir sejam indicadas quando da encomenda dos cabos:

a) tipo de construção: condutor bloqueado longitudinalmente ou não, blindagem bloqueada


longitudinalmente ou não e necessidade ou não de bloqueio transversal;

b) tensão de isolamento (Uo/U), expressa em quilovolts (kV);

c) número de condutores, seção nominal, expresso em milímetros quadrados, material do condutor


(cobre ou alumínio) e classe de encordoamento;

d) tipo de isolação (XLPE ou TR XLPE);

e) tipo de blindagem (se requerida);

f) tipo de armação (se requerida);

g) tipo de cobertura;

h) definição quanto à necessidade da característica de resistência à UV;

i) número desta Norma;


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

j) comprimento total a ser adquirido, expresso em metros (m);

k) comprimento das unidades de expedição, expresso em metros (m);

l) tipo de acondicionamento (rolo ou carretel).

No caso de utilização de acessórios pré-moldados, deve constar uma indicação explícita na consulta
para aquisição de cabos e posteriormente na ordem de compra. Recomenda-se que as tolerâncias
dimensionais para o cabo sejam objeto de acordo entre o fabricante e o comprador. tipo de construção:
condutor bloqueado longitudinalmente ou não, blindagem bloqueada longitudinalmente ou não
e necessidade ou não de bloqueio transversal;

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 31


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

Anexo D
(informativo)

Recomendações complementares

D.1 Objetivo
Este Anexo apresenta algumas recomendações complementares a esta Norma para ensaios, inspeção
e garantias.

D.2 Ensaios especiais para os cabos com comprimento inferior ao estabelecido


em 5.7.4
Recomenda-se que, para fornecimento de cabos com comprimento inferior ao estabelecido em 5.7.4, o
fabricante forneça um relatório de ensaio em que conste que o cabo cumpre os requisitos desta Norma.

D.3 Ensaios de tipo


D.3.1 Os ensaios de tipo, efetuados para os cabos de tensão máxima de isolamento produzida
pelo fabricante e/ou utilizada pelo comprador, são válidos para os cabos de tensões inferiores,
desde que o fabricante assegure que a mesma construção e os mesmos materiais são empregados.
É facultado ao comprador solicitar os ensaios de tipo para cada nível de tensão de isolamento dos
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

cabos adquiridos por ele.

D.3.2 Após a realização dos ensaios de tipo, recomenda-se que seja emitido um relatório de ensaio
pelo fabricante ou por entidade reconhecida pelo fabricante e comprador.

D.4 Ensaios de controle


D.4.1 Estes ensaios são realizados normalmente pelo fabricante, com periodicidade adequada,
em matéria-prima e semielaborados, bem como durante a produção do cabo e após a sua fabricação.

D.4.2 Após a realização dos ensaios de controle, convém que os resultados sejam registrados
adequadamente pelo fabricante. Recomenda-se que estes registros estejam disponíveis ao comprador.

NOTA Caso o fabricante possua um sistema de gestão da qualidade, recomenda-se que os registros de
D.4.2 façam parte integrante da documentação.

D.4.3 Os ensaios de controle podem substituir os ensaios de recebimento, desde que isso seja
previamente acordado entre o fornecedor e o comprador.

D.5 Recuperação de lotes para inspeção


O fabricante pode recompor um novo lote, submetendo-o a uma nova inspeção, após terem sido
eliminadas as unidades de expedição defeituosas. Em caso de nova rejeição, são aplicáveis as cláusulas
contratuais pertinentes.

32 © ABNT 2023 - Todos os direitos reservados


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 7287:2023

D.6 Garantias
D.6.1 Convém que o período de garantia seja estabelecido em comum acordo entre o fabricante
e o comprador, para o produto considerado defeituoso, devido a eventuais deficiências de projeto,
matérias-primas ou fabricação.

D.6.2 As condições são válidas para os cabos instalados de acordo com as ABNT NBR 5410
e ABNT NBR 14039, por pessoa qualificada, e utilizados em condições normais.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados 33


Impresso por: RS - Bento Gonçalves - IMPRESSÃO

Você também pode gostar