8abnt NBR 7287 - 2023 Cabos Xlpe 1-35kv
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790/0001-95
Número de referência
ABNT NBR 7287:2023
33 páginas
© ABNT 2023
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
4.1 Designação..........................................................................................................................3
4.1.1 Pelas tensões de isolamento.............................................................................................3
4.1.2 Pelas partes componentes.................................................................................................3
4.2 Condições em regime permanente....................................................................................3
4.3 Condições em regime de sobrecarga...............................................................................3
4.4 Condições em regime de curto-circuito............................................................................3
4.5 Condutor..............................................................................................................................3
4.6 Bloqueio do condutor.........................................................................................................4
4.7 Separador.............................................................................................................................4
4.8 Blindagem do condutor......................................................................................................4
4.9 Isolação................................................................................................................................4
4.10 Blindagem da isolação.......................................................................................................4
4.11 Bloqueio da blindagem metálica.......................................................................................5
4.12 Condutor neutro ou condutor de proteção.......................................................................5
4.13 Reunião dos cabos multipolares ou multiplexados........................................................5
4.14 Identificação das veias.......................................................................................................5
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B.2 Aparelhagem......................................................................................................................28
B.3 Execução do ensaio..........................................................................................................28
B.3.1 Penetração de água pelo bloqueio da blindagem metálica..........................................28
B.3.2 Penetração de água pelo bloqueio do condutor............................................................29
B.4 Resultados.........................................................................................................................29
Anexo C (informativo) Dados para as informações de encomenda dos cabos.............................31
Anexo D (informativo) Recomendações complementares...............................................................32
D.1 Objetivo..............................................................................................................................32
D.2 Ensaios especiais para os cabos com comprimento inferior ao estabelecido
em 5.7.4..............................................................................................................................32
D.3 Ensaios de tipo..................................................................................................................32
D.4 Ensaios de controle..........................................................................................................32
D.5 Recuperação de lotes para inspeção..............................................................................32
D.6 Garantias............................................................................................................................33
Figuras
Figura B.1 – Tubo com bocais...........................................................................................................30
Figura B.2 – Esquema do ensaio......................................................................................................30
Figura B.3 – Esquema do circuito de ensaio...................................................................................30
Tabelas
Tabela 1 – Determinação do número de amostras.......................................................................... 11
Tabela 2 – Valores eficazes de tensão elétrica alternada...............................................................13
Tabela 3 – Valores de tensão elétrica contínua...............................................................................13
Tabela 4 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening.........................................................14
Tabela 5 – Valores de tensão de exploração e medição para ensaio de descargas parciais.....17
Tabela 6 – Valores de tensão para os ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ)
em função do gradiente máximo.....................................................................................18
Tabela 7 – Valores de fator de perdas do dielétrico (tangente δ)...................................................19
Tabela 8 – Tensão elétrica suportável de impulso atmosférico do cabo......................................20
Tabela A.1 – Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura.....25
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 7287 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Cabos Isolados (CE-003:020.003). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 11, de 25.11.2022 a 03.01.2023.
A ABNT NBR 7287:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 7287:2019, a qual foi tecnicamente revisada.
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Scope
This Standard specifies the requirements for single-core, multi-core or pre-assembled power cables
insulated with cross-linked polyethylene (XLPE) and sheathed, for fixed installations.
These cables are used in distribution power systems and general electrical circuits, for rated voltages
up to 35 kV, according to recommendations of ABNT NBR 5410 or ABNT NBR 14039.
According to ABNT NBR 14039, as an alternative to the regular construction of the single-core and pre-
assembled cables with rated voltage 3,6/6 kV or higher, it can be specified cables with water blocking
barriers (conductor and/or metallic screen), where there is a risk of water contact for a long period of time.
1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para os cabos de potência unipolares, multipolares ou
multiplexados, para instalações fixas, isolados com polietileno reticulado (XLPE), com cobertura, para
instalações fixas.
Estes cabos são utilizados em circuitos com redes de distribuição e instalações industriais em tensões
até 35 kV, conforme recomendações da ABNT NBR 5410 ou ABNT NBR 14039.
Conforme a ABNT NBR 14039, em alternativa à construção normal dos cabos unipolares e multiplexados
com tensões de isolamento iguais ou superiores a 3,6/6 kV, podem ser especificados cabos com
condutor e/ou blindagem metálica bloqueada contra penetração de água, onde houver risco de contato
prolongado com água.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 6251, Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos
construtivos
ABNT NBR 6881, Fios e cabos elétricos de potência, controle e instrumentação – Ensaio de tensão elétrica
ABNT NBR 7295, Fios e cabos elétricos – Ensaio de capacitância e fator de dissipação
ABNT NBR 9511, Cabos elétricos – Raios mínimos de curvatura para instalação e diâmetros mínimos
de núcleos de carretéis para acondicionamento
ABNT NBR 9512, Fios e cabos elétricos – Intemperismo artificial sob condensação de água, temperatura
e radiação ultravioleta B, proveniente de lâmpadas fluorescentes
ABNT NBR 11137, Carretéis de madeira para o acondicionamento de fios e cabos elétricos –
Dimensões e estruturas
ABNT NBR 15443, Fios, cabos e condutores elétricos – Verificação dimensional e de massa
ABNT NBR NM IEC 60332-1, Métodos de ensaio em cabos elétricos sob condições de fogo – Parte 1:
Ensaio em um único condutor ou cabo isolado na posição vertical
ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição de
espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas
ASTM G155, Practice for Operating Xenon Arc Lamp Apparatus for Exposure of Materials
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456,
ABNT NBR 5471 e ABNT NBR 6251, e os seguintes.
3.1
blindagem bloqueada
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3.2
comprimento nominal
quantidade-padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra, para cada unidade
de expedição
3.3
condutor bloqueado
construção em que é realizado o preenchimento dos interstícios do condutor ao longo do seu
comprimento, com material compatível com os componentes do cabo, com a finalidade de conter
a migração longitudinal de água no seu interior
3.4
lance
uma unidade de expedição de comprimento contínuo
3.5
quantidade efetiva
quantidade contida em uma unidade de expedição, determinada por meio de equipamento adequado
que assegure a incerteza máxima especificada
3.6
unidade de expedição
unidade constituída por um rolo, uma bobina ou outra forma de acondicionamento acordada
4 Requisitos
4.1 Designação
Para os efeitos desta Norma, os cabos de potência se caracterizam pela tensão de isolamento, Uo/U,
conforme a ABNT NBR 6251.
Os cabos devem ser designados pelas partes componentes previstas nesta Norma (tipo de condutor,
isolação, blindagens, armação e cobertura).
A temperatura no condutor em regime de sobrecarga não pode ultrapassar 130 °C. A operação neste
regime não pode superar 100 h durante 12 meses consecutivos, nem 500 h durante a vida do cabo.
NOTA Entende-se que o cabo, quando submetido a regime de sobrecarga, tem sua vida reduzida em
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certo grau, em relação à vida prevista para as condições em regime permanente. Além disto, limites mais
baixos de temperatura podem ser requeridos em função de materiais usados nas emendas e terminais,
ou em função de condições de instalação.
A temperatura no condutor em regime de curto-circuito não pode ultrapassar 250 °C. A duração neste
regime não pode ultrapassar 5 s.
4.5 Condutor
4.5.1 O condutor deve ser de cobre ou alumínio, e deve estar de acordo com as ABNT NBR 6251
e ABNT NBR NM 280.
4.5.2 A superfície do condutor de seção maciça ou dos fios componentes do condutor encordoado
não pode apresentar fissuras, escamas, rebarbas, aspereza, estrias ou inclusões. O condutor pronto
não pode apresentar falhas de encordoamento.
4.5.3 O condutor de seção maciça ou os fios componentes do condutor encordoado, antes de serem
submetidos às fases posteriores de fabricação, devem atender aos requisitos da ABNT NBR NM 280.
A resistência mínima à tração dos fios de alumínio, antes do encordoamento, deve ser de 105 MPa.
4.6.1 Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, os interstícios internos entre os
fios componentes do condutor devem ser preenchidos com material compatível, quimicamente e
termicamente, com os componentes do cabo. O fabricante deve garantir essa compatibilidade por
meio dos ensaios de 7.10 e 7.13.
4.6.2 Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, o condutor encordoado deve
atender aos requisitos do ensaio de 7.17, realizado em amostra de cabo completo ou veia.
4.7 Separador
4.8.1 A blindagem do condutor, quando necessária, deve estar de acordo com a ABNT NBR 6251.
4.8.2 A blindagem constituída por camada extrudada deve ser termofixa e estar justaposta ao
condutor ou à fita semicondutora (se houver), sendo facilmente removível e não aderente ao condutor.
4.8.3 As espessuras da blindagem, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil ou
equivalente.
4.9 Isolação
4.9.1 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo de polietileno reticulado
(XLPE ou TR XLPE), conforme a ABNT NBR 6251 e de acordo com a tensão de isolamento do cabo.
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4.9.2 A isolação deve ser contínua e uniforme, ao longo de todo o seu comprimento.
4.9.3 A isolação dos cabos sem blindagem do condutor ou separador deve estar justaposta ao
condutor, facilmente removível e não aderente a este.
4.9.4 A isolação dos cabos com blindagem do condutor deve ser aderente à blindagem, de modo
a não permitir a existência de vazios entre a blindagem do condutor e a isolação ao longo de todo o
seu comprimento.
4.9.5 As espessuras da isolação, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil ou
equivalente.
NOTA Recomenda-se, para os cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 6/10 kV, que o
processo de reticulação do composto de XLPE ou TR XLPE da isolação e das blindagens semicondutoras
ocorra em atmosfera inerte de nitrogênio (dry-curing).
4.10.2 O ensaio de aderência da parte semicondutora extrudada da blindagem da isolação deve ser
realizado conforme 7.15.
4.10.3 As espessuras da blindagem semicondutora da isolação, de acordo com a ABNT NBR 6251,
devem ser medidas conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo
óptico, como projeção de perfil ou equivalente.
4.11.1 Nos cabos unipolares ou multiplexados, com construção da blindagem metálica bloqueada
longitudinalmente, deve ser aplicado nos interstícios, entre a blindagem semicondutora da isolação
e a cobertura, um material ou a combinação de materiais adequados e compatíveis, química
e termicamente, com os componentes do cabo.
4.11.2 O bloqueio longitudinal deve atender ao ensaio de penetração longitudinal de água indicado em 7.17.
4.11.3 Qualquer construção alternativa para bloqueio transversal é permitida, como a utilização de
capa metálica ou fita metálica laminada, por exemplo.
4.12.1 Caso haja um ou mais condutores neutros ou condutores de proteção isolados, seja qual for
a tensão de isolamento dos condutores fase, a espessura da isolação do condutor neutro deve ser
a mesma que a da tensão de isolamento 0,6/1 kV.
4.12.2 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo de polietileno reticulado
(XLPE), conforme a ABNT NBR 6251.
4.13.1 Nos cabos multipolares, as veias devem ser reunidas conforme a ABNT NBR 6251.
4.13.2 O passo de reunião para os cabos multipolares deve ser adotado de maneira a permitir que o
cabo completo atenda aos requisitos do ensaio de dobramento, indicado em 7.7.
4.13.3 O passo de reunião para os cabos multiplexados deve ser de no máximo 60 vezes o diâmetro
nominal do maior cabo unipolar constituinte destes.
4.13.4 A verificação do passo deve ser conforme a ABNT NBR 15443. Não podem ser considerados
os comprimentos iniciais da bobina ou do rolo que possam apresentar alterações no passo de reunião.
As veias devem ser identificadas convenientemente, conforme estabelecido na ABNT NBR 6251.
Quando previstos, estes itens devem ser conforme a ABNT NBR 6251.
4.16.1 Quando prevista, a capa de separação deve ser constituída por um dos materiais especificados
em 4.17 e deve ser conforme a ABNT NBR 6251.
4.16.2 As espessuras da capa de separação, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas
conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de
perfil ou equivalente.
4.17 Cobertura
4.17.1 A cobertura dos cabos deve ser constituída por material termoplástico (ST2 ou ST7) ou
termofixo (SE1/A ou SE1/B), conforme a ABNT NBR 6251.
4.17.2 As espessuras da cobertura, de acordo com a ABNT NBR 6251, devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil ou
equivalente.
4.18.2 No caso de cobertura termoplástica, a marcação em baixo ou alto-relevo, ou com tinta, deve
ser a padronizada.
4.18.4 Qualquer outro tipo de marcação deve ser objeto de acordo entre o fabricante e o comprador.
5 Inspeção e amostragem
5.1 Requisitos gerais de inspeção
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c) ensaios de controle;
5.1.2 Antes de qualquer ensaio, deve ser realizada uma inspeção visual sobre todas as unidades de
expedição, para verificação dos requisitos especificados em 4.18 e na Seção 8.
5.2.2 Os ensaios de rotina (R) solicitados nesta Norma, para os cabos com tensões de isolamento
iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:
5.2.3 Os ensaios de rotina (R) solicitados nesta Norma, para os cabos com tensões de isolamento
superiores a 3,6/6 kV, são:
5.2.4 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, todas as veias devem ser submetidas aos
ensaios de rotina.
d) tração e alongamento na capa de separação (se existir) e cobertura, antes e após o envelhecimento,
conforme 7.16;
e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função do gradiente elétrico máximo
no condutor, para os cabos com tensões de isolamento superiores a 3,6/6 kV, conforme 7.8;
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f) tensão elétrica de longa duração para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6 kV/6 kV, conforme 7.12;
g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para os cabos a campo radial, conforme 7.15.
Os ensaios especiais (E) devem ser feitos em amostras de cabo completo, ou em componentes
retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.6.3 a 5.6.10, com a finalidade
de verificar se o cabo atende às especificações do projeto.
5.3.1 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados nesta Norma, para os cabos com tensões de
isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:
5.3.2 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo, de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor deve ser de 120 mm2, ou outra seção em comum acordo
entre o fabricante e o comprador, devendo os ensaios ser efetuados para cada tipo de construção, isto
é, cabos a campo radial e não radial.
5.3.3 Estes ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.3.1, no mesmo corpo de prova.
5.3.4 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, estes ensaios devem ser realizados em pelo
menos uma das veias.
5.3.5 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados nesta Norma para os cabos com tensões de
isolamento superiores a 3,6/6 kV, são:
f) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função da temperatura, conforme 7.9;
h) tensão elétrica de impulso e, em seguida, ensaio de tensão elétrica de screening, conforme 7.11;
5.3.6 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo, de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor deve ser 120 mm2 e a tensão de isolamento deve ser
a máxima produzida pelo fabricante e/ou a prevista nesta Norma.
5.3.7 Todos os ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.3.5, no mesmo corpo
de prova.
5.3.8 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, os ensaios previstos em 5.3.5 devem ser
realizados em pelo menos uma das veias
5.3.9 As verificações e os ensaios de tipo (T) não elétricos solicitados nesta Norma são:
d) ensaios físicos da capa de separação (se esta existir) e cobertura, conforme 7.16;
e) envelhecimento em amostra de cabo completo, para os cabos com tensões de isolamento iguais
ou inferiores a 3,6/6 kV, conforme 7.13;
g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para os cabos a campo radial, conforme 7.15;
5.3.10 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, o ensaio indicado em 5.3.9-a) deve ser
realizado em todas as veias
5.3.11 Deve ser utilizado um comprimento suficiente de cabo completo, retirado previamente da
amostra coletada para os ensaios de tipo elétricos, com exceção do ensaio de 5.3.9-b), que pode ser
realizado em corpos de prova obtidos de placa do material utilizado.
5.3.12 Os ensaios de tipo devem ser realizados, de modo geral, uma única vez, com a finalidade de
demonstrar o comportamento satisfatório do projeto do cabo, para atender à aplicação prevista. São,
por isso mesmo, de natureza tal que não precisam ser repetidos, independentemente do material do
condutor, a menos que haja modificação do projeto do cabo que possa alterar o seu desempenho.
5.3.13 Entende-se por modificação do projeto do cabo, para os efeitos desta Norma, qualquer variação
construtiva ou de tecnologia que possa influir diretamente no desempenho elétrico e/ou mecânico do
cabo, como, por exemplo:
c) adoção de cabo a campo radial ou não radial, para tensões de isolamento em que a alternativa
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é permitida;
5.3.14 Estes ensaios devem ser realizados para cada projeto de cabo, como, por exemplo, cabos a
campo radial e a campo não radial, sendo que, para os cabos multiplexados com tensões iguais ou
superiores a 3,6/6 kV a campo radial, os ensaios podem ser realizados em somente um cabo unipolar
constituinte do mesmo projeto.
O ensaio de tipo complementar previsto nesta Norma é o ensaio para determinação do coeficiente por
grau Celsius, para correção da resistência de isolamento. Este ensaio deve ser previamente realizado
pelo fabricante, conforme 7.4.6.
Todos os ensaios elétricos e não elétricos previstos nesta Norma compreendem o elenco de ensaios de
controle disponíveis ao fabricante que, a seu critério e necessidade, os utiliza para determinada ordem
de compra ou lote de produção, para assegurar que os materiais e processos utilizados atendam aos
requisitos desta Norma.
Estes ensaios são destinados a demonstrar a integridade do cabo e seus acessórios, durante e após
a instalação.
O ensaio em C.A. pode ser realizado em qualquer ocasião, conforme um dos critérios a seguir:
a) aplicação, por 5 min, da tensão equivalente entre as fases do sistema entre o condutor e a
blindagem metálica; ou
b) aplicação, por 24 h, da tensão entre a fase e o terra do sistema entre o condutor e a blindagem; ou
c) aplicação, por 15 min, da tensão RMS de 3 Uo entre as fases do sistema entre o condutor e a
blindagem, a uma frequência de 0,1 Hz.
NOTA Durante o ensaio em C.A. (frequência de 0,1 Hz), tan δ e/ou descargas parciais podem ser monitoradas.
Em alternativa ao ensaio em C.A., pode ser utilizado C.C., conforme um dos critérios a seguir
estabelecidos, entretanto, o ensaio em C.C. pode causar o envelhecimento precoce dos cabos ou
danos permanentes, principalmente em instalações antigas:
a) em qualquer ocasião durante a instalação, pode ser efetuado um ensaio de tensão elétrica
contínua de valor igual a 75 % do valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos; ou
b) após a conclusão da instalação do cabo e seus acessórios, e antes de estes serem colocados em
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operação, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 80 % do valor dado na
Tabela 3, durante 15 min consecutivos; ou
c) após o cabo e seus acessórios terem sido colocados em operação, em qualquer ocasião, dentro
do período de garantia, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 65 % do
valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos.
5.6.1 Todas as unidades de expedição, exceto as acondicionadas em rolos, devem ser submetidas
a todos os ensaios de rotina.
5.6.2 Para os cabos com tensão de isolamento de 0,6 kV a 1 kV, em unidades de expedição
acondicionadas em rolos, deve ser adotado o critério de amostragem conforme a ABNT NBR 5426, com
NI = II (nível de inspeção) e NQA = 2,5 % (nível de qualidade aceitável), desde que seja comprovado
que nas bobinas de origem foram realizados os ensaios de rotina, previstos em 5.2.2 a) a c). Outros
critérios de amostragem podem ser adotados mediante acordo prévio entre o fabricante o comprador.
5.6.3 Os ensaios especiais (E) devem ser feitos em amostras de cabo completo, ou em componentes
retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.6.4 a 5.6.10, para verificar se o
cabo atende às especificações do projeto.
5.6.4 Os ensaios especiais devem ser realizados para ordens de compra que excedam 2 km de cabos
multipolares ou multiplexados, ou 4 km de cabos unipolares, com a mesma seção e construção. Para
ordem de compra com vários itens de mesma construção e com os mesmos materiais componentes
apenas com seções diferentes, os ensaios especiais podem ser realizados em um único item,
preferencialmente naquele de maior comprimento.
5.6.6 A amostra deve ser constituída por um comprimento suficiente de cabo, retirado de uma das
extremidades de unidades quaisquer de expedição, após ter sido eliminada, se necessário, qualquer
porção do cabo que tenha sofrido danos.
5.6.7 Para o ensaio de 5.2.5-f), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento útil,
com no mínimo 5 m de cabo.
5.6.8 Para o ensaio de 5.2.5-g), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento
útil de 0,40 m de cabo.
5.6.9 O ensaio de 5.2.5-e) deve ser realizado sobre a(s) unidade(s) completa(s) de expedição.
5.6.10 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, todos os ensaios e verificações devem ser
feitos em todas as veias.
4 20 2 10 1
20 40 10 20 2
40 60 20 30 3
60 80 30 40 4
80 100 40 50 5
NOTA 1 O número de amostras é a quantidade de unidades de expedição retiradas do lote sob inspeção.
NOTA 2 Para ordens de compra com comprimentos de cabos superiores, tomar uma amostra a cada 10 km
de cabos multipolares ou multiplexados, ou 20 km de cabos unipolares.
6 Aceitação e rejeição
6.1 Inspeção visual
Podem ser rejeitadas, de forma individual, a critério do comprador, as unidades de expedição que não
cumpram as condições estabelecidas em 4.18 e na Seção 8.
6.2.1 Podem ser rejeitadas, de forma individual, as unidades de expedição que não cumpram os
requisitos especificados.
6.2.2 Sobre as amostras obtidas conforme 5.6.3, devem ser aplicados os ensaios especiais
estabelecidos em 5.2.5-a) a 5.2.5-g).
6.2.3 Se nos ensaios especiais resultarem valores que não satisfaçam os requisitos especificados
em 5.2.5, com exceção do indicado em 5.2.5-a), o lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado.
7 Ensaios
7.1 Resistência elétrica do condutor (R e T)
7.1.1 A resistência elétrica dos condutores, referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km, não pode
ser superior aos valores estabelecidos na ABNT NBR NM 280.
7.2.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
como ensaio de rotina e de tipo.
7.2.2 Para os cabos unipolares ou multiplexados, sem blindagem metálica ou outra proteção metálica
sobre a isolação, o ensaio deve ser realizado com o cabo imerso em água, por um tempo não inferior
a 1 h, antes do ensaio. A tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor e a água.
7.2.3 Para os cabos unipolares ou multiplexados, com blindagem metálica ou outra proteção metálica
sobre a isolação, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor e a blindagem ou proteção metálica.
7.2.4 Para os cabos multipolares a campo não radial (sem blindagem semicondutora sobre cada
veia), a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e todos os outros conectados entre
si e a proteção metálica coletiva, se esta existir. A tensão elétrica deve ser aplicada sempre que for
necessário, de forma a assegurar que todas as veias sejam ensaiadas entre si e contra a proteção
metálica, se esta existir.
7.2.5 Para os cabos multipolares a campo radial (com blindagem semicondutora sobre cada veia),
a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua blindagem metálica ou, na falta desta,
entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.
7.2.6 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com frequência de 48 Hz a 62 Hz, de
valor eficaz dado na Tabela 2, pelo tempo de 5 min, não pode apresentar perfuração.
7.2.7 Em alternativa, o requisito de 7.2.6, para os cabos com tensões de isolamento iguais ou
inferiores a 3,6/6 kV, pode ser verificado com tensão elétrica contínua, com o valor dado na Tabela 3,
pelo tempo de 5 min.
7.3.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
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7.3.2 Para os cabos unipolares ou multiplexados, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor
e a blindagem metálica.
7.3.3 Para os cabos multipolares, a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua
blindagem metálica ou, na falta desta, entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.
7.3.4 O valor eficaz da tensão elétrica aplicada deve corresponder ao calculado pelas seguintes
equações:
U = E × Se
sendo
d D
Se= × ln
2 d
d = dc + 0,8
onde
No caso de condutores setoriais, os valores de dc e D devem ser obtidos pelas seguintes equações:
dc = 2r
D = d + 2e
onde
O valor calculado para a tensão de ensaio deve ser arredondado para o inteiro mais próximo.
7.3.5 O valor eficaz da tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, deve ser calculado
em função do gradiente elétrico máximo do condutor, pelas equações dadas em 7.3.4.
7.3.6 Os valores calculados da tensão elétrica para cada tensão de isolamento constam na Tabela 4.
7.3.7 O tempo de aplicação da tensão elétrica deve ser de 15 min, não podendo ocorrer perfuração.
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NOTA Para este ensaio, não é prevista alternativa em tensão elétrica contínua.
Tabela 4 (conclusão)
7.4.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
como ensaio de rotina e de tipo.
Para condutores de seção transversal não circular, a relação D/d deve ser a relação entre os perímetros
nominais sobre a isolação e sobre o condutor (ou sobre sua blindagem).
7.4.3 A medição da resistência de isolamento deve ser feita com tensão elétrica contínua, com valor
de 300 V a 500 V, aplicada por tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.
7.4.4 As conexões do cabo ao instrumento de medição devem ser realizadas de acordo com
o indicado para o ensaio de tensão elétrica (ver 7.2), conforme o tipo de construção do cabo.
7.4.5 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado após o ensaio de tensão elétrica,
conforme 7.3. No caso de o ensaio de 7.2 ter sido realizado com a tensão elétrica contínua, a medição
da resistência de isolamento deve ser feita 24 h após o(s) condutor(es) ter(em) sido curto-circuitado(s)
com a(s) respectiva(s) blindagem(ns) (ou proteções metálicas) ou com água.
7.4.6 Quando a medição da resistência de isolamento for realizada à temperatura do meio diferente
de 20 °C, o valor obtido deve ser referido a esta temperatura, utilizando-se os fatores de correção
dados na Tabela A.1. O fabricante deve fornecer previamente o coeficiente por grau Celsius a ser
utilizado. Este coeficiente deve ser determinado em corpo de prova específico e ensaiado conforme
a ABNT NBR 6813. Certos compostos apresentam elevada constante de isolamento, o que pode
dificultar a determinação do coeficiente por grau Celsius. Nestes casos, deve ser aceito o menor
coeficiente dado na Tabela A.1.
7.4.7 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6813.
7.4.8 Quando este ensaio for realizado como ensaio de tipo, para os cabos não blindados
individualmente, a medição da resistência de isolamento pode ser feita com o corpo de prova
constituído por veia imersa em água, pelo menos 1 h antes do ensaio, tendo sido retirados todos os
componentes exteriores à isolação.
7.5.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV.
7.5.3 Para os cabos não blindados individualmente, a temperatura no condutor deve ser obtida pela
imersão do corpo de prova em água, após terem sido removidos todos os componentes exteriores à
isolação. O corpo de prova deve ser mantido na água, pelo menos por 2 h, à temperatura especificada,
antes de ser efetuada a medição.
7.5.4 Para os cabos blindados individualmente, a temperatura no condutor pode ser obtida pela
colocação do corpo de prova do cabo completo em água ou estufa, por pelo menos 2 h, à temperatura
especificada, antes de ser efetuada a medição. A temperatura no condutor pode também ser obtida
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pela circulação de corrente pela blindagem metálica individual da(s) veia(s). Neste caso, a temperatura
pode ser verificada pela resistência elétrica do(s) condutor(es) ou pela medição da temperatura na
superfície da blindagem metálica. A medição deve ser feita após a estabilização térmica do corpo de
prova à temperatura especificada.
7.5.5 A medição da resistência de isolamento deve ser feita com tensão elétrica contínua, com valor
de 300 V a 500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.
7.6.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.6.2 A tensão elétrica aplicada entre o condutor e a blindagem da isolação deve ser elevada
gradualmente até atingir o valor da tensão de exploração e, em seguida, decrescida até o valor da
tensão de medição, conforme estabelecido em 7.6.5.
7.6.3 Para os cabos multipolares ou multiplexados, cada veia deve ser ensaiada individualmente.
7.6.4 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com valores de exploração e medição
conforme 7.6.5, não pode apresentar nível de descarga superior a 3 pC, na tensão de medição.
O nível da descarga na tensão de exploração pode ser registrado para informação de engenharia.
7.6.5 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas de exploração e medição, à frequência de
48 Hz a 62 Hz, constam na Tabela 5 e devem ser calculados conforme 7.3.4, utilizando-se 7 kV/mm
e 6 kV/mm, respectivamente, como valores de gradiente elétrico de ensaio.
16 15 13 – – – – – – – –
25 16 14 20 17 – – – – – –
35 17 15 21 18 24 20 – – – –
50 18 15 22 19 25 21 29 25 34 29
70 18 16 23 19 26 22 30 26 36 31
95 19 16 23 20 27 23 32 27 38 32
120 20 16 24 21 28 24 33 28 39 34
150 20 17 25 21 29 25 34 29 40 35
185 20 17 25 21 29 25 35 30 42 36
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240 20 17 26 22 30 26 36 31 43 37
300 21 18 26 22 31 26 36 31 44 38
400 21 18 27 23 32 27 38 32 46 39
500 21 18 27 23 32 28 38 33 47 40
630 21 18 27 24 33 28 39 33 48 41
800 22 19 28 24 33 28 40 34 49 42
1 000 22 19 28 24 34 29 40 35 50 43
7.7.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.7.2 O corpo de prova, à temperatura ambiente, deve ser enrolado em um tambor, evitando-se
movimentos bruscos, por pelo menos uma volta completa; em seguida, o corpo de prova deve ser
desenrolado e o processo repetido, após o corpo de prova girar 180° em torno de seu eixo. Este ciclo
de operações deve ser repetido mais duas vezes.
7.7.3 O diâmetro do tambor deve corresponder ao raio mínimo de curvatura para instalação, conforme
estabelecido na ABNT NBR 9511, em função do tipo de construção do cabo. É admitida uma tolerância
de ± 5 % sobre o valor calculado.
7.7.4 Após completados os três ciclos de dobramento, o corpo de prova deve ser submetido ao
ensaio de descargas parciais, conforme 7.6.
7.8.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.8.2 O fator de perdas no dielétrico (tan δ) deve ser medido na unidade de expedição (ensaio especial)
ou em corpo de prova mecanicamente condicionado, conforme descrito no ensaio de tipo de 7.7.
7.8.3 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, constam
na Tabela 6 e devem ser calculados conforme 7.3.4, utilizando-se os valores de gradiente elétrico de
ensaio de 2 kV/mm, 4 kV/mm e 8 kV/mm, respectivamente.
16 4 9 18 – – – – – – – – – – – –
25 5 9 19 6 11 22 – – – – – – – – –
35 5 10 19 6 12 24 7 14 27 – – – – – –
50 5 10 20 6 12 25 7 14 29 8 16 33 10 19 39
70 5 10 21 6 13 26 7 15 30 9 17 35 10 20 41
95 5 11 21 7 13 27 8 16 31 9 18 36 11 22 43
120 5 11 22 7 14 27 8 16 32 9 19 37 11 22 45
150 6 11 22 7 14 28 8 16 33 10 19 38 12 23 46
185 6 11 23 7 14 29 8 17 34 10 20 39 12 24 48
240 6 12 23 7 15 29 9 17 34 10 20 41 12 25 49
300 6 12 23 7 15 30 9 18 35 10 21 42 13 25 51
400 6 12 24 8 15 30 9 18 36 11 21 43 13 26 52
500 6 12 24 8 15 31 9 18 37 11 21 44 13 27 54
630 6 12 24 8 16 31 9 19 37 11 22 45 14 28 55
800 6 12 25 8 16 32 9 19 38 11 23 45 14 28 56
1 000 6 12 25 8 16 32 10 19 38 12 23 46 14 29 57
7.9.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.9.2 O corpo de prova deve ser aquecido por um dos procedimentos estabelecidos em 7.5.4.
7.9.3 O fator de perdas no dielétrico (tan δ) deve ser medido no corpo de prova, à temperatura de
90 °C ± 2 °C, com tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, e valor correspondente ao
gradiente elétrico máximo do condutor de 2 kV/mm, calculado conforme 7.3.4.
7.10.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.10.3 Antes do início do ensaio de ciclos térmicos, o corpo de prova deve ser submetido à sequência
de ensaios de 5.3.5 a) a f) e i).
7.10.4 Durante 30 dias, o corpo de prova deve ser submetido continuamente à tensão elétrica
alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, e valor correspondente ao gradiente elétrico máximo no
condutor de 8 kV/mm, calculado conforme 7.3.4. As interrupções eventuais devem ser compensadas.
7.10.5 Nas condições indicadas em 7.10.2 e 7.10.4, o corpo de prova deve ser submetido a uma
corrente elétrica de aquecimento, de modo a atingir a temperatura de 130 °C ± 3 °C, no condutor, por
um tempo mínimo de 6 h contínuas, a cada dia útil.
7.10.6 No 15º dia, o corpo de prova deve ser submetido aos ensaios previstos em 5.3.5 c), e) e f).
7.10.7 O corpo de prova, após ser submetido aos ciclos térmicos sob tensão elétrica, isto é, no término
do ensaio (30º dia), deve atender aos requisitos estabelecidos em 5.3.5 c), e) e f) e aos valores da
resistividade elétrica máxima à temperatura de operação das camadas semicondutoras, estabelecidos
na ABNT NBR 6251.
7.11.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.11.2 O corpo de prova, com o condutor à temperatura de 95 °C ± 2 °C, deve suportar, sem falhas, dez
impulsos positivos e dez impulsos negativos de tensão, com valor de crista estabelecido na Tabela 8.
7.11.4 Após a realização do ensaio de impulso, o corpo de prova deve ser submetido, à temperatura
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7.12.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
e deve ser realizado à temperatura ambiente.
7.12.2 Para os cabos não blindados individualmente, o ensaio deve ser realizado em corpo de prova
constituído por veia retirada do cabo completo, após terem sido removidos todos os componentes
exteriores à isolação. O corpo de prova deve ser imerso em água pelo menos 1 h antes do ensaio,
e a tensão deve ser aplicada entre o condutor e a água.
7.12.3 Para os cabos blindados individualmente, o corpo de prova deve ser constituído por cabo
completo, e a tensão deve ser aplicada entre o(s) condutor(es) e a(s) blindagem(ns).
7.12.4 O corpo de prova, quando submetido à tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz,
com valor eficaz de 3 Uo, pelo tempo de 4 h, não pode apresentar perfuração.
7.13.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV,
e tem a finalidade de verificar a compatibilidade química entre a isolação e os demais componentes
que constituem o cabo.
7.13.2 A amostra deve ser envelhecida em estufa a ar, a uma temperatura de 100 °C ± 2 °C, durante
168 h.
7.13.3 O corpo de prova correspondente à isolação, capa de separação (quando esta existir)
e cobertura, retirado de amostra do cabo completo após o envelhecimento, deve atender aos
requisitos de tração e alongamento à ruptura, previstos na ABNT NBR 6251, para envelhecimento em
estufa a ar. O condutor removido da amostra envelhecida não pode apresentar qualquer evidência de
corrosão, quando submetido à inspeção visual, sem auxílio de qualquer equipamento óptico. Oxidação
ou descoloração normal do cobre não é levada em consideração.
7.14.2 Este ensaio não é aplicável aos cabos com cobertura do tipo ST7.
7.14.3 Os corpos de prova devem ser constituídos por comprimentos suficientes de cabo completo.
7.14.4 Quando o corpo de prova for submetido ao ensaio, a chama deve autoextinguir-se, e a parte
carbonizada não pode atingir a região correspondente a 50 mm da extremidade inferior do grampo de
fixação superior.
7.14.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR NM IEC 60332-1.
7.15.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com blindagem semicondutora da
isolação extrudada.
7.15.2 No corpo de prova indicado em 5.6.8, a camada semicondutora da isolação deve ser cortada
longitudinalmente, até a isolação ser levemente atingida. Um segundo corte paralelo deve ser realizado,
distante 12 mm do primeiro. Para fixação na máquina de tração, deve-se efetuar uma separação
inicial de 50 mm de tira de camada semicondutora entre os cortes longitudinais, mantendo-a em um
ângulo de aproximadamente 90° em relação à veia, durante o ensaio. A tira deve ser inserida na garra
superior, e a veia, com um dispositivo adequado, deve ser inserida na garra inferior da máquina de
tração. Submeter o corpo de prova à tração, aumentando a velocidade até que a tira se separe da
isolação, com velocidade de 12 mm/s.
7.15.3 Ambas as extremidades do corpo de prova devem ser ensaiadas (em sentidos contrários),
sendo as tiras cortadas diametralmente opostas. Cada ensaio deve ser terminado no centro do corpo
de prova.
7.15.4 O ensaio deve ser realizado à temperatura ambiente, devendo-se registrar as forças máximas
e mínimas de tração, à velocidade especificada, para cada um dos ensaios.
7.15.5 A força necessária para remoção da blindagem semicondutora extrudada da isolação deve
estar entre 13 N e 105 N.
Os ensaios físicos nos componentes são os indicados na ABNT NBR 6251, com os respectivos
métodos de ensaio e requisitos. Para os ensaios especiais, considerar somente os ensaios de tração
e alongamento antes e após o envelhecimento em estufa a ar sem o condutor e alongamento a quente
na isolação e, quando aplicável, cobertura.
7.17.1 Este requisito é aplicável aos cabos com condutor bloqueado ou construção bloqueada
(condutor e blindagem) longitudinalmente.
7.17.2 Durante a realização dos ensaios, não pode ocorrer vazamento de água pelas extremidades
do corpo de prova ou pelos interstícios do condutor ou do bloqueio da blindagem.
7.18.1 Estes ensaios em weatherometer destinam-se somente aos cabos rotulados como resistentes
às intempéries (radiação solar ultravioleta), previstos para instalação exposta ao sol.
7.18.3 Os corpos de prova devem ser submetidos às condições de ensaio por 720 h.
7.18.5 Após o tempo de exposição especificado em 7.18.3, os corpos de prova não podem apresentar
variação de alongamento à ruptura e de tração à ruptura superior a 25 % em relação aos seus
respectivos valores originais, nem descoloração visualmente perceptível.
8.1.1 Os cabos devem ser acondicionados de maneira que fiquem protegidos durante o manuseio,
transporte e armazenagem. O acondicionamento deve ser em rolo ou carretel, que deve ter resistência
adequada e ser isento de defeitos que possam danificar o produto.
8.1.2 Para cada unidade de expedição, a incerteza máxima requerida na quantidade efetiva é de ±
1 % em comprimento.
8.1.3 Os cabos devem ser fornecidos em lances normais de fabricação, sobre os quais é permitida
uma tolerância de ± 3 % no comprimento. Adicionalmente, pode-se admitir que até 5 % dos lances
de um lote de expedição tenham um comprimento diferente do lance normal de fabricação, com um
mínimo de 50 % do comprimento do referido lance.
8.1.4 Os carretéis devem possuir dimensões conforme a ABNT NBR 11137, sendo respeitados os
limites de diâmetro mínimo de núcleo do carretel previstos na ABNT NBR 9511, e os rolos devem
possuir dimensões conforme a ABNT NBR 7312.
8.1.5 As extremidades dos cabos acondicionados em carretéis devem ser convenientemente seladas
com capuzes de vedação ou com fita autoaglomerante, resistentes às intempéries, a fim de evitar a
penetração de umidade durante o manuseio, o transporte e a armazenagem. No caso de cabos com
construção não bloqueada longitudinalmente, é recomendado somente o uso de capuzes de vedação.
8.1.6 O Anexo C fornece os dados mínimos para as informações de encomendas dos cabos.
8.2 Marcação
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8.2.1 Externamente, os carretéis devem ser marcados, nas duas faces laterais, diretamente sobre o
disco e/ou por meio de etiquetas, com caracteres legíveis e indeléveis, com no mínimo as seguintes
indicações:
Quando o ano de fabricação for marcado em fita colocada no interior do cabo, esta indicação deve
também constar como requisito de marcação no carretel.
8.2.2 Os rolos devem conter uma etiqueta com as indicações de 8.2.1, com exceção da alínea k).
Para a alínea h), deve-se indicar a massa líquida mínima em lugar da massa bruta.
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Anexo A
(normativo)
Anexo B
(normativo)
B.1 Objetivo
Este Anexo descreve o método de ensaio de verificação do comportamento do bloqueio do condutor e
da blindagem metálica, quanto à penetração longitudinal de água em cabos de 3,6/6 kV a 20/35 kV, com
condutor bloqueado ou construção bloqueada. Este método não é aplicável aos cabos submarinos.
B.2 Aparelhagem
Para a realização do ensaio, é necessária a seguinte aparelhagem:
B.3.1.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de cabo unipolar ou,
no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes deste. Inicialmente, o corpo
de prova é submetido a um condicionamento mecânico por meio de dobramento de pelo menos uma
volta completa ao redor de um tambor, com diâmetro conforme a seguinte equação:
20 × (d + D) + 5%
onde
B.3.1.2 Após o dobramento, na parte central do corpo de prova, deve ser removido da cobertura
um anel com 5 cm de largura, de modo que a blindagem metálica fique exposta. Nas extremidades do
condutor devem ser montados conectores, para aplicação da corrente de aquecimento (ver Figura B.2).
B.3.1.3 Um comprimento de 2 m do mesmo cabo deve ser usado como referência para medição
e controle da temperatura no condutor. O sensor de temperatura deve ser inserido no condutor de
referência, por meio de perfuração por broca, com diâmetro aproximadamente igual ao do sensor.
B.3.1.4 O corpo de prova a ser submetido ao ensaio de penetração de água deve ser colocado no
tubo, e as vedações devem ser efetuadas com fita autoaglomerante ou equivalente. O conjunto deve
ser disposto conforme a Figura B.3.
B.3.1.5 O tubo deve ser preenchido com solução de água potável à temperatura ambiente e pressurizado
a 50 kPa. Em seguida, o corpo de prova deve ser submetido a três ciclos térmicos, consistindo em 2 h
à temperatura estabilizada de 90 °C ± 2 °C, e em 4 h sob resfriamento natural.
B.3.1.6 Após a aplicação dos três ciclos térmicos, a água do tubo deve ser drenada.
B.3.2.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de veia de cabo unipolar
ou, no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes dele. O mesmo corpo
de prova do ensaio de B.3.1 pode ser utilizado para ensaio do bloqueio do condutor. Neste caso, não
podem ser repetidos os ciclos térmicos previstos em B.3.1.5.
B.3.2.2 O condicionamento mecânico, conforme indicado em B.3.1.1, pode ser omitido, se for
efetuado somente o ensaio de penetração de água no condutor.
B.3.2.3 Na parte central do corpo de prova, deve ser removido um anel com 5 cm de largura da
isolação e blindagens semicondutoras, de modo que o condutor fique exposto. As demais preparações
complementares, referentes às conexões, amostra de referência, sensor de temperatura, vedações
e montagem do equipamento de aquecimento, devem ser as mesmas indicadas para o ensaio de
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B.3.2.4 Inicialmente, o corpo de prova deve ser submetido aos ciclos térmicos conforme B.3.1.5,
porém sem a presença de água.
B.3.2.5 Após a aplicação dos ciclos térmicos, a temperatura no condutor deve ser elevada a
(90 ± 2) °C e mantida durante 2 h ininterruptas.
B.3.2.6 No momento em que o aquecimento for desligado, o tubo deve ser preenchido com solução
de água potável e pressurizado a uma pressão equivalente a 5 m de coluna d’água (50 kPa), mantendo-
se nesta condição durante 24 h e drenando-se a água em seguida.
B.4 Resultados
O cabo é considerado bloqueado longitudinalmente quando não fluir água pelas extremidades do
corpo de prova.
Anexo C
(informativo)
Recomenda-se que as informações a seguir sejam indicadas quando da encomenda dos cabos:
g) tipo de cobertura;
No caso de utilização de acessórios pré-moldados, deve constar uma indicação explícita na consulta
para aquisição de cabos e posteriormente na ordem de compra. Recomenda-se que as tolerâncias
dimensionais para o cabo sejam objeto de acordo entre o fabricante e o comprador. tipo de construção:
condutor bloqueado longitudinalmente ou não, blindagem bloqueada longitudinalmente ou não
e necessidade ou não de bloqueio transversal;
Anexo D
(informativo)
Recomendações complementares
D.1 Objetivo
Este Anexo apresenta algumas recomendações complementares a esta Norma para ensaios, inspeção
e garantias.
D.3.2 Após a realização dos ensaios de tipo, recomenda-se que seja emitido um relatório de ensaio
pelo fabricante ou por entidade reconhecida pelo fabricante e comprador.
D.4.2 Após a realização dos ensaios de controle, convém que os resultados sejam registrados
adequadamente pelo fabricante. Recomenda-se que estes registros estejam disponíveis ao comprador.
NOTA Caso o fabricante possua um sistema de gestão da qualidade, recomenda-se que os registros de
D.4.2 façam parte integrante da documentação.
D.4.3 Os ensaios de controle podem substituir os ensaios de recebimento, desde que isso seja
previamente acordado entre o fornecedor e o comprador.
D.6 Garantias
D.6.1 Convém que o período de garantia seja estabelecido em comum acordo entre o fabricante
e o comprador, para o produto considerado defeituoso, devido a eventuais deficiências de projeto,
matérias-primas ou fabricação.
D.6.2 As condições são válidas para os cabos instalados de acordo com as ABNT NBR 5410
e ABNT NBR 14039, por pessoa qualificada, e utilizados em condições normais.
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