2a Aula-Escolha, Custo de Oportunidade e Trocas
2a Aula-Escolha, Custo de Oportunidade e Trocas
2a Aula-Escolha, Custo de Oportunidade e Trocas
Introdução a Economia
Módulo I – Unidade I- 27/07 a 29/07
M Eduarda Tannuri-Pianto (UnB)
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Referências
• Textos:
• “Escolha, Custo de Oportunidade e Trocas” de
Flávio R. Versiani com colaboração de Bruno C.
Rezende e Patrícia C. Rodrigues.
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Alguns novos conceitos: Ceteris
Paribus
• Ceteris Paribus:
– Significa “tudo mais constante”.
– Quando se analisa o efeito de uma variável
econômica (𝒙𝟏 ) sobre outra (𝒚), somos
obrigados a considerar “tudo mais constante”.
– Isto porque esta variável produzirá efeitos
cruzados em outras variáveis, e efeitos
“feedback”.
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Alguns Novos conceitos: Ceteris
Paribus
– Ex: 𝑦 = 𝛽1 𝑥1 + 𝛽2 𝑥2 +. .
– Como 𝑥2 ... 𝑥𝑛 podem mudar com uma mudança
em 𝑥1 ou em 𝑦, então temos que considerar 𝑥2 ...
𝑥𝑛 constantes.
• Por exemplo, podemos dizer que o efeito de
um aumento nos preços (𝒙𝟏 ) é o de reduzir a
demanda pelo bem 1 𝒚 tudo mais
constante.
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Alguns Novos conceitos: Ceteris
Paribus
• Na verdade, no entanto, o aumento no preço
do bem 1 (𝒙𝟏 ) pode aumentar o preço do
bem 2 (𝒙𝟐 ) se este for um bem muito
parecido (que possa ser considerado um
substituto).
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Alguns Novos conceitos: Tipos de bens
• Bem
– Em Economia é tudo aquilo que contribui para
satisfação (direta ou indireta) dos desejos e
necessidades humanas (alimentos, eletrônicos,
serviço de TV a cabo, coleta de lixo, corte de
cabelo, educação, saúde).
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Classificação dos bens quanto à
disponibilidade
• Bens podem ser classificados quanto a
disponibilidade, forma de utilização (função) e
uso.
• Disponibilidade: Bens podem ser livres ou
econômicos.
• Bens Livres: bens disponíveis sem restrição, e.g. (ar, luz
do sol, água do mar.
• Bens Econômicos: são escassos, e temos que pagar os
seus preços de mercado para obtê-los.
• Com o avanço da civilização há cada vez menos bens
livres (ar puro e peixes no oceano, por exemplo).
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Classificação dos bens quanto a forma
de utilização
• Funções dos bens econômicos: podem ser
bens intermediários ou bens finais.
– Bens intermediários: são insumos usados para
produzir bens que eventualmente se tornarão
disponíveis para o uso (e.g. aço, petróleo, etc).
– Bens finais: estão prontos para o uso ou consumo
(e.g. automóveis, gasolina, ferramentas, etc).
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Classificação dos bens finais quanto ao
uso
• Uso dos bens finais: podem ser usados como
bens de capital ou bens de consumo.
– Bens de capital: são bens usados na produção de
outros bens.
– O que distingue bens de capital de bens
intermediários?
• Bens de capital não sofrem transformação no
processo produtivo, e.g. máquinas,
ferramentas, etc. São bens finais.
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Classificação dos bens finais quanto ao
uso
• Bens de consumo: são aqueles consumidos e
não utilizados para produzir nenhum outro
bem, e.g. alimento, bicicletas, etc.
• Em alguns casos um bem aparentemente de
consumo pode ser de fato um bem de capital.
– Um automóvel pode ser um bem de consumo se
utilizado pelo proprietário para passeio, ou um
bem de capital se fizer parte de uma frota de
táxi.
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Classificação dos bens finais quanto ao
uso
• Bens de Consumo podem ser duráveis e não-
duráveis.
– Duráveis: têm utilidade por um período
prolongado, e.g. máquina de lavar; geladeira
– Não-Duráveis: Têm utilidade por um período curto,
i.e. geralmente são usados inteiramente no ato do
consumo. e.g. alimentos
• Alguns bens parecem ser duráveis como roupas
e sapatos, mas são considerados não-duráveis,
ou semi-duráveis.
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Classificação dos bens finais quanto ao
uso
• Habitações não são bens duráveis, são
considerados investimentos na contabilidade
nacional. Não se enquadra na classificação
descrita.
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Quadro-resumo de classificações
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Eficiência Econômica
• Consiste em obter o máximo resultado
possível com os recursos disponíveis.
• Do ponto de vista do consumidor, eficiência
implica que não é possível consumir mais de
um bem sem reduzir o consumo de algum
outro bem.
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Eficiência Econômica
• Do ponto de vista das empresas, com fatores
de produção fixos, a produção será eficiente
se não for possível produzir mais de um bem
sem reduzir a produção de outro.
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Eficiência Econômica
• Do ponto de vista da distribuição de bens ou
renda entre agentes, a alocação será eficiente
somente se não for possível melhorar a
situação de um sem piorar a do outro.
• Esse conceito de eficiência
alocativa/distributiva é denominado “Ótimo
de Pareto”.
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Eficiência x Equidade
• Em alguns casos pode ocorrer um conflito
(trade-off) entre eficiência e equidade
distributiva.
• Exemplo:
– Um aumento do imposto sobre a renda dos mais
ricos pode ser uma medida equitativa.
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Eficiência x Equidade
– Mas esse imposto pode desincentivar os mais
ricos a trabalharem, investirem, etc. Isso pode
gerar uma situação em que menos bens são
produzidos e consumidos e menos renda é gerada
no total.
• A sociedade deve escolher a combinação
ideal de eficiência e equidade (nível de
impostos e distribuição de renda).
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Fatores de Produção
• Fatores de produção são os elementos básicos
utilizados na produção de bens e serviços:
terra, capital e trabalho.
– Terra: refere-se a terras e recursos naturais em
geral.
– Capital: recursos produzidos pelo homem
destinados à produção de outros bens: máquinas,
equipamentos e edifícios.
– Trabalho: serviço humano empregado na
produção.
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Escolha no Consumo: A linha de
Possibilidades de Consumo
• Para ilustrar a restrição de consumo que todos
enfrentamos, tomemos uma situação em que só
temos R$ 150 de renda mensal para gastar em fast-
food e refeições no Restaurante Universitário (RU).
• Cada fast-food (pode ser um big mac) custa
R$12,50, e cada refeição no RU custa R$2,5.
• Pode-se adquirir 12 refeições fast-food ou 60
refeições no RU, ou alguma combinação, formando
uma Linha de Possibilidades de Consumo (LPC)
20
A Linha de Possibilidades de Consumo
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Escolha no Consumo: A Linha de
Possibilidades de Consumo
• O ponto F não é racional de ser escolhido,
pois sobrarão recursos, e continuaremos com
fome (desconsideramos a possibilidade de
poupança - pense em um ticket com validade
de 1 mês).
• Pontos acima da linha não são factíveis.
• Como somos agentes econômicos tentaremos
maximizar os bens consumidos e
escolheremos algum ponto sobre a LPC.
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Escolha no Consumo: A Linha de
Possibilidades de Consumo
• Normalmente espera-se algum
balanceamento na decisão das pessoas, tal
como ir 30 vezes no RU e 6 vezes no
restaurante de fast-food.
• A LPC é uma fronteira de consumo, ou
Restrição orçamentária.
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Escolha no Consumo: A Linha de
Possibilidades de Consumo
• Um aumento na renda, portanto, permite que
eu consuma mais dos dois bens (fast-food e
RU).
• Se minha renda aumenta de R$150 para
R$175, poderei comer até 14 vezes no
restaurante de fast-food ou até 70 vezes no
RU, ou alguma combinação dessas duas
opções.
24
Um deslocamento na Linha de
Possibilidades de Consumo
25
Um deslocamento na Linha de
Possibilidades de Consumo
• Devido ao aumento de renda, nossa
capacidade de consumo aumentou, i.e.
combinações de bens que não estavam
disponíveis antes agora estão.
• Um(a) aumento (redução) em um preço reduz
(aumenta) a capacidade de consumo do
indivíduo deslocando a LPC sobre o eixo que
teve o preço aumentado (reduzindo) em
direção à origem (oposta a origem).
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Um deslocamento na Linha de
Possibilidades de Consumo
• Um exemplo de aumento do preço de B.
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Um deslocamento na Linha de
Possibilidades de Consumo
• Um exemplo de redução do preço de B.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• A Curva de Possibilidades de Produção (CPP)
mostra a possibilidade de produção de uma
firma (ou economia) de forma simplificada.
• Considera-se somente a possibilidade de
produção de 2 produtos.
• Como os recursos e fatores de produção são
escassos, o produtor enfrenta um trade-off
na produção dos dois bens.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• No caso em questão consideramos uma
fazenda que pode produzir milho, soja, ou
uma combinação dos dois.
• Consideramos também que o Custo de
Oportunidade da produção de cada bem é
constante.
• Nesse caso a CPP é uma reta.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• No ponto A todos os recursos são alocados
para a produção de milho.
• No ponto E todos os recursos são alocados
para a produção de soja.
• B, C e D são pontos em que não há
especialização em uma única atividade.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• As firmas são unidades maximizadoras de
ganhos, então não devemos verificar escolhas
abaixo da reta, como no ponto P.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• Em pontos abaixo da fronteira não há plena
utilização dos fatores de produção.
• A produção nesse caso é ineficiente.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• O mais provável é que observemos escolhas em cima
da reta de Possibilidades de Produção.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• Pontos sobre a fronteira representam uma
produção eficiente, com plena utilização dos
fatores de produção.
• Para produzir mais milho, nesse caso, o
produtor deve abrir mão de produzir uma
determinada quantidade de soja.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• Um nível de produção acima da reta de
Possibilidades de Produção não é factível.
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Escolha na Produção: A Curva de
Possibilidades de Produção
• Pontos acima da fronteira não são factíveis
de serem atingidos com os fatores de
produção disponíveis.
• Tais pontos podem ser alcançados se houver
uma melhoria tecnológica que desloque a
fronteira para a direita ou um aumento na
dotação de fatores de produção.
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Melhorias tecnológicas ou aumento na
dotação de fatores de produção
39
Situações de queda na produtividade
(guerras, desastres naturais, etc).
40
Exemplo adicional: Descoberta de um
novo fertilizante
• Um novo fertilizante deve aumentar a
produtividade da terra no plantio de soja e milho.
41
Exemplo adicional: Plantio de um tipo
melhorado de semente de soja
• Uma descoberta de novos tipos de semente
de soja mais resistentes à pragas e inseticidas.
42
Exemplo adicional: compra de uma
colheitadeira de milho mais moderna
• Compra de uma colheitadeira de milho mais
moderna e eficiente desloca as Possibilidades
de Produção de milho.
43
CPP e Custo de Oportunidade
• Considere novamente a seguinte curva de
possibilidades de produção.
44
CPP e Custo de Oportunidade
• Se o produtor produz atualmente 100 sacos
de milho e 0 sacos de soja, ao decidir
aumentar a produção de soja para 20 sacos
deverá reduzir sua produção de milho para
75 sacos.
– Produção de milho: reduz de 100 para 75 sacos.
– Produção se soja: aumenta de 0 para 20 sacos.
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CPP e Custo de Oportunidade
• O produtor abriu mão de 25 sacos de milho
para produzir 20 sacos de soja.
• Qual é o custo de oportunidade de 1 saco de
soja?
• Isso é facilmente obtido pela regra de três:
– 20 sacos de soja------------25 sacos de milho
– 1 saco de soja ---------------X sacos de milho.
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CPP e Custo de Oportunidade
• O resultado é 1,25 sacos de milho.
• Isso quer dizer que o custo de oportunidade
de 1 saco de soja é 1,25 sacos de milho.
• Ou sob outra perspectiva, o custo de
oportunidade de 1 saco de milho é 0,8 sacos
de soja.
• Como a CPP é uma reta, o custo de
oportunidade permanece o mesmo seja
passando do ponto A para o B, ou do B para o
C, D, etc.
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CPP e Custo de Oportunidade: CPP não
retilínea
• Se a CPP for uma curva, o custo de
oportunidade irá variar ao longo da Curva.
48
CPP e Custo de Oportunidade: CPP não
retilínea
49
CPP e Custo de Oportunidade: CPP não
retilínea
• À medida que cresce a produção de um dos
bens, seu custo de oportunidade aumenta.
• Isso decorre dos rendimentos decrescentes
observados quando se transferem fatores de
produção de uma atividade para outra.
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CPP e Custo de Oportunidade: CPP não
retilínea
• Por exemplo:
– Se todos os trabalhadores se encontram
incialmente produzindo milho. O primeiro
trabalhador transferido da produção de milho
para soja terá grande produtividade.
– O segundo terá produtividade menor, e o terceiro
terá uma produtividade ainda menor. O último
trabalhador deslocado adicionará muito pouco à
produção.
51
CPP e Custo de Oportunidade: CPP não
retilínea
• A fertilidade da terra não muda com a adição
de mais trabalhadores. Então, uma vez que já
temos trabalhadores para realizar o plantio e a
colheita, trabalhadores adicionais
contribuirão muito pouco para o aumento da
produção.
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CPP e Custo de Oportunidade: CPP não
retilínea
• Pode-se pensar numa CPP convexa em
relação à origem?
• Sim, na presença de rendimentos crescentes
na produção.
• Em várias atividades, um aumento de
produção traz redução no custo médio; fala-
se que há rendimento crescente de escala (ou
economias de escala).
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Custo de oportunidade e trocas:
Vantagens absolutas e relativas
• Sejam dois produtores (marceneiros) de
cadeiras e mesas, o produtor alfa e o beta.
• O produtor alfa pode produzir 12 cadeiras e 0
mesas, ou 4 mesas e 0 cadeiras, ou alguma
combinação linear entre essas duas situações.
• O produtor beta pode produzir 10 cadeiras e
0 mesas, ou 2 mesas e 0 cadeiras, ou alguma
combinação linear entre essas duas situações.
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Custo de oportunidade e trocas:
Vantagens absolutas e relativas
55
Custo de oportunidade e trocas:
Vantagens absolutas e relativas
• Por que os dois marceneiros têm CPP
diferentes? Considere que o tempo disponível
para o trabalho é o mesmo para os dois
produtores.
– Um pode ser mais hábil na produção de um
produto do que o outro.
– A oficina de um pode ser maior.
– Ou a quantidade e qualidade das ferramentas de
cada um podem ser diferentes.
56
Custo de oportunidade e trocas:
Vantagens absolutas
• Olhando para a CPP do produtor alfa podemos
dizer que ele tem vantagens absolutas na
produção tanto de cadeiras quanto de mesas.
• Alfa produz 12 cadeiras quando se dedica
somente a esse trabalho e Beta produz 10.
• Alfa produz 4 mesas quando só faz isso, e Beta
produz duas mesas.
• Vantagem absoluta quer dizer que o produtor
consegue produzir maior quantidade dados os
fatores de cada um.
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Custo de oportunidade e trocas:
Vantagens comparativas
• A Vantagem comparativa está relacionada ao
Custo de Oportunidade.
• Se Alfa, quando produz uma mesa, tem um
custo de oportunidade (em termos de n° de
cadeiras) menor do que Beta, então ele tem
Vantagens comparativas na produção de mesas.
• Se Beta tem um custo de oportunidade (em
termos de n° de mesas) menor do que Alfa
quando produz uma cadeira, então ele tem
Vantagens comparativas na produção de
cadeiras.
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Custo de oportunidade e trocas: Vantagens
comparativas – Produtor Alfa
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Custo de oportunidade e trocas: Vantagens
comparativas – Produtor Beta
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Custo de oportunidade e trocas: Vantagens
comparativas – Quem deve produzir mesas?
• Nesse exemplo, o custo de oportunidade de
produzir uma cadeira para Alfa é de 1/3 de
mesa, enquanto para Beta é de 1/5 de mesa.
• Diz-se que B tem vantagens comparativas na
produção de cadeiras, então deveria se
dedicar a essa atividade.
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Custo de oportunidade e trocas: Vantagens
comparativas – Quem deve produzir cadeiras?
• Alfa tem um custo de oportunidade de
produzir uma mesa igual a 3 cadeiras,
enquanto Beta tem um custo de
oportunidade igual a 5 cadeiras.
• Diz-se, portanto, que Alfa tem vantagens
comparativas na produção de mesas, e
deveria se dedicar a essa atividade.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• Por que cada um deve se especializar naquilo
em que apresenta vantagens comparativas?
• As trocas possibilitariam um ganho de bem-
estar para ambos.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• Pense na seguinte situação. Vamos supor que o
produtor Alfa só produza mesas e o produtor
Beta só produza cadeiras.
• Alfa teria que sacrificar a produção de uma mesa
para produzir 3 cadeiras. Esta é a taxa de troca
mínima a qual ele está disposto a trocar mesas
por cadeiras.
• Beta, por sua vez, trocaria uma mesa por cinco
cadeiras, que é o que ele sacrifica para produzir
uma mesa.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• Há espaço para ganhos de trocas.
• Se Alfa se especializa em produzir mesas e
Beta em cadeiras, e se trocarem mesas por
cadeiras a uma taxa intermediária ao custo
de oportunidade de cada um, teremos espaço
para um ganho de trocas
• Suponha que eles concordem em trocar 1
mesa por 4 cadeiras (valor intermediário aos
custos de oportunidade de cada um).
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• Se Alfa adquire cadeiras vendendo uma mesa
para Beta, ao final ele terá 3 mesas e 4
cadeiras.
• Beta terá uma mesa e 6 cadeiras.
• Sem as trocas, Alfa, produzindo 3 mesas,
conseguiria no máximo produzir 3 cadeiras, e
Beta, produzindo uma mesa, conseguiria no
máximo 5 cadeiras.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• As trocas, permitem, portanto, atingir um
ponto fora da FPP individual.
• Isso significa que os produtores terão acesso
a uma quantidade de bens maior.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• Mas e se cada um se especializasse naquilo
em que não tem vantagens comparativas?
• É fácil ver que ninguém ganharia com as
trocas.
• Alfa exigiria 1 mesa como pagamento mínimo
por 3 cadeiras. Mas Beta só estaria disposto a
receber 5 cadeiras como pagamento pela
mesa. Resultado: não haveria troca, pois não
haveria ganhos.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• Há alguma mágica para justificar esse
resultado?
• Não, esse é um resultado que deriva da
eficiência relativa na utilização dos fatores.
• Se Alfa é relativamente mais produtivo na
produção de mesas do que Beta, ele deve
dedicar todo seu tempo a isso.
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Custo de oportunidade e trocas:
Ganhos com as Trocas
• A especialização naquilo em que se tem
vantagens comparativas “juntamente com o
Livre Comércio” melhora a alocação dos
recursos produtivos.
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Trocas e Especialização: algumas
aplicações
• Suponhamos, dois países, Brasil e Argentina,
produzindo dois produtos: geladeiras e soja.
• Tanto um trabalhador brasileiro quanto um
trabalhador argentino produzem 200
geladeiras por mês.
• Mas o trabalhador brasileiro pode produzir 2
toneladas de soja mês, enquanto o
trabalhador argentino consegue produzir
apenas 1 tonelada.
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Trocas e Especialização: algumas
aplicações
• Nenhum dos dois possui vantagem absoluta
na produção de geladeiras.
• O trabalhador brasileiro possui vantagem
absoluta na produção de soja.
• Mas os ganhos do comércio, como visto
acima, baseiam-se não na vantagem
absoluta, mas na vantagem comparativa.
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Trocas e Especialização: algumas
aplicações
• Como o custo de oportunidade de produção
de 1 geladeira é igual a 1/100 tonelada de
alimentos no Brasil e 1/200 tonelada de
alimentos na Argentina, a Argentina tem
vantagem comparativa na produção de
geladeiras.
• A Argentina deveria especializar-se na
produção de geladeiras vendendo o
excedente de geladeiras para o Brasil.
• O Brasil deveria se especializar na produção
de soja. 73
Trocas e Especialização: algumas
aplicações
• Por meio da especialização e do Livre
Comércio, ambos os países poderiam ter mais
soja e mais geladeiras, pagando menos por
isso.
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Por que os países não se especializam
naquilo que têm vantagens comparativas?
• Alguns trabalhadores do setor que não tem
vantagens comparativas podem ficar
desempregados se o país se especializar.
• Mesmo que do ponto de vista do país como
um todo a situação melhore, do ponto de
vista político, isso pode gerar perda de votos.
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Por que os países não se especializam
naquilo que têm vantagens comparativas?
• Muitas vezes o setor com desvantagem
comparativa pode ser suficientemente
organizado e economicamente forte para
influenciar decisões políticas como a concessão
de subsídios.
• É o que tem ocorrido no setor de plantio de
algodão nos EUA.
• O Brasil tem vantagens relativas, mas os
produtores americanos conseguem subsídios do
Governo.
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Vantagens comparativas podem ser
adquiridas?
• Vantagens comparativas podem ser
produzidas, adquiridas, ou podem surgir
naturalmente.
• Um país que invista fortemente em
tecnologia voltada para a produção de
determinado produto pode criar vantagens
comparativas e se especializar nessa
atividade.
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Vantagens comparativas podem ser
adquiridas?
• Vantagens comparativas podem provir ainda
de:
– novas descobertas de recursos naturais,
– economias de escala, etc.
• Vários países adotaram políticas
protecionistas (restrições à importação)
visando estimular o desenvolvimento da
produção industrial interna.
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Vantagens comparativas podem ser
adquiridas?
• No caso Brasileiro, foram implementadas
políticas que contribuíram para o surgimento
e expansão de um setor industrial vigoroso;
• Mas deram origem, também, a problemas e
sequelas desfavoráveis, como estudaremos
mais tarde no curso.
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