Aula - Jejum - Matheus

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AULA: JEJUM

LIVRO BASE DA AULA:


Celebração da disciplina (Richard Foster)

INDICAÇÕES:
As recompensas do jejum (Mike Bickle)
O poder secreto da oração e do jejum (Mahesh Chavda)
O jejum que agrada a Deus (Arthur Wallis)

1. INTRODUÇÃO
- Há muitos anos o jejum caiu em descrédito de forma generalizada, dentro e fora da Igreja.
- O que explica a negligência total a essa prática, apesar de ser frequentemente mencionada nas
Escrituras? Podemos, basicamente, que dois principais motivos:

✓ Primeiro: o jejum adquiriu má reputação por causa das práticas exageradas na idade média.
Ela foi vinculada à mortificação pessoal e a sofrimentos extremos. A aplicação da lei,
especialmente de forma externa, traz uma sensação de segurança e de poder manipulador,
e foi o que aconteceu nesse período. A cultura moderna, por outro lado, rejeita esses
excessos e tende a confundir o jejum com morte e prejuízo.

✓ Segundo: a propaganda e o convencimento de que se não tivermos 3 refeições fartas por


dia, com pequenos lanches no intervalo entre cada refeição, ficaremos mal alimentados.
Isso, somado ainda à crença popular de que todos os apetites humanos precisam ser
satisfeitos (Se eu quero, se me “faz bem”, por que não? Devemos fazer o que nos faz feliz).

- Qualquer pessoa que começa a pensar praticar o jejum é bombardeado de questionamentos


como: “isso é religiosidade”, “é danoso para a minha saúde”, “vou perder as energias”, “não vou
conseguir trabalhar ou estudar”, entre muitos outros… o que é, na verdade, uma grande mentira,
pois sabemos que, embora o corpo consiga passar apenas um curto período sem ar ou sem água,
ele consegue manter-se saudável por dias antes de chegar a entrar num processo de inanição. Aliás,
o jejum feito de maneira correta, pode ser inclusive benéfico para o corpo (jejum intermitente).
- As escrituras, tanto no antigo como no novo testamento, citam bastante a prática de jejum. Não é
pequena a lista de personagens bíblicos que adotaram essa disciplina: Moisés, Davi, Elias, Ester,
Daniel, Ana, Paulo e, principalmente, Jesus.
- Diversos cristãos notáveis na história da Igreja também jejuaram e testemunharam o valor dessa
prática: Lutero, João Calvino, John Knox, John Wesley, Jonathan Edwards, David Brainerd, Charles
Finney, entre outros.
- O jejum não é uma disciplina exclusivamente cristã, todas as religiões importantes, na verdade,
reconhecem o seu mérito. Zoroastro (um profeta persa que fundou a religião Masdeísmo) praticava
jejum, assim como Confúncio (um filósofo chinês) e os iogues (pessoas que atingiram o nível
máximo - Nirvana - dentro do hinduísmo) da Índia. Platão, Sócrates e Aristóteles também
jejuavam. Até Hipócrates, o homem considerado o pai da medicina moderna.
- Isso, por si só, deveria atentar mais o cristão para a importância dessa prática em nossos dias .
2. JEJUM NA BÍBLIA
- O jejum na Bíblia = abstenção de comida por motivos espirituais. É diferente de greve de fome
(motivos que envolvem obtenção de algo ou poder) ou dieta (motivos relacionados à vaidade).
- Importante dizer que JEJUM É UM MEIO DE GRAÇA. Meios de graça são instrumentos
estabelecidos por Deus, pelos quais o Espírito Santo capacita os filhos a receberem Cristo e os
benefícios da redenção. (A Palavra, sacramentos, oração). Portanto, o jejum é um meio pelo qual
podemos nos aproximar, alimentar e nos achegar ao coração de Deus. Jamais um instrumento de
auto punição/ flagelação ou barganha com Deus.
- Na Bíblia = o jejum significa abstenção de todo tipo de comida sólida ou líquida, exceto de água.
- Em Lucas 4:2 = vemos que Jesus ficou 40 dias sem comer. No final, teve fome e não sede. Isso
indica que sua abstenção era de comida e não de água. Foster diz que é isto, em geral, que se trata
o jejum bíblico, o jejum absoluto.
- Outros exemplos de jejum absoluto = Ester 4:16 (Ester pede à Mordecai que reúna o povo e todos
jejuem, não comendo ou bebendo nada durante 3 dias, para que ela pudesse entrar na presença do
rei e pedir misericórdia em favor do povo); Atos 9:9 (Paulo também jejuou por 3 dias, ficando sem
comida ou bebida, em seguida da sua conversão).
- Exceção que a bíblia apresenta / Jejum parcial = Daniel 10:3 (Embora o jejum absoluto pareça ser
seu costume, Daniel se absteve apenas de parte dos alimentos, não comendo nada de saboroso,
nem carne, nem vinho, por 3 semanas. Foster diz que não se sabe com clareza o motivo do
afastamento da prática comum de jejum, mas acredita que possa ter haver com o exercício das
tarefas governamentais de Daniel).
- Jejum sobrenatural = Deuteronômio 9:9 (Moisés subiu o monte para receber do Senhor as tábuas
da lei, onde permaneceu 40 dias sem comer e beber algo); 1 Reis 19:8 (Elias comeu e bebeu, mas
depois caminhou por 40 dias até Horebe, ficando todo esse tempo sem comer ou beber algo).
Ambos praticaram um jejum sobrenatural, permanecendo 40 dias sem comida e sem água (sendo
que o corpo só consegue ficar em média apenas 3 dias sem água).
- Jejum é algo particular entre o indivíduo e Deus. Mas há a possibilidade de jejuns coletivos, como
vemos em Levítico 23:27 (Lei de Moisés - Dia da expiação - Era o dia no calendário que o povo se
mostrava triste e aflito por causa de seus pecados), Joel 2:15-16 (o povo sendo convidado ao
arrependimento e santificação), 2 Crônicas 20:1-4 (Tempo de emergência – Pedido de socorro - Judá
estava sendo invadida), Esdras 8:21-23 (Esdras impôs jejum e oração aos repatriados, pedindo uma
viagem segura pela estrada infestada de ladrões, enquanto caminhavam rumo à Jerusalém).
- Em 1756 o rei da Grã-Bretanha convocou um dia solene de oração e jejum por causa da ameaça
de uma invasão francesa. No dia 06/02 daquele ano, John Wesley anotou em seu diário: “Aquele
dia de jejum foi glorioso, tal como raramente se vou em Londres desde a restauração. Cada igreja
na cidade estava mais que repleta. Com certeza Deus ouve a oração, e nossa tranquilidade ainda
será estendida.” Numa nota de rodapé, ele escreveu “a humildade foi transformada em regozijo
nacional, pois a invasão francesa que nos ameaça foi impedida.”
- Também se desenvolveu ao longo da história da Igreja os jejuns regulares. Em Zacarias 8:19 vemos
o estabelecimento de quatro jejuns mensais. E em Lucas 18:12, jejuns semanais. A Didaquê (escrito
do século I, que continha um conjunto de instruções, princípios e ensinamentos dos doze apóstolos
para os primeiros cristãos) também previa dois jejuns por semana.
3. JEJUM É UM MANDAMENTO?
- Embora existam diversas passagens que tratam do assunto, duas se sobressaem pela sua
importância.
✓ A primeira se trata de Mateus 6:16, em que vemos Jesus falando “quando jejuarem”. Ele
parece pressupor que seus seguidores jejuam. Ele não dá uma ordem, nem diz que está
errado não jejuar. Ele não diz “se você fizer”, nem “você precisa fazer”. Mas sim “quando
você fizer…”
Nessa passagem (sermão do monte), Jesus ensina sobre o jejum no mesmo contexto em que
ensina sobre esmolas e sobre oração. Não se trata de uma ordem, mas sim de uma suposição
quase que inconsciente de que fazer doações, orar e jejuar faz parte da vida de devoção
cristã. É, em outras palavras, é uma consequência mais do que natural do evangelho em
nosso interior.

✓ A segunda passagem se trata de Mateus 9:15, que diz “Como podem os convidados para o
casamento estar tristes enquanto o noivo está com eles? No entanto, virão dias em que o
noivo lhes será tirado, e então eles vão jejuar”. Talvez essa seja a afirmação mais
importante do Novo Testamento sobre o jejum ser ou não um dever para o cristão. Mais do
que um dever, ela nos mostra que o jejum se trata de uma decorrência, algo totalmente
intrínseco ao evangelho e, como vemos no texto, à ausência do Noivo na terra.
Não há como escapar do poder das palavras de Jesus nessa passagem. Ele deixou claro que
sua expectativa era de que os discípulos jejuassem depois de sua partida. No texto citado,
fica claro que Cristo sustentava a disciplina do jejum e previa que seus seguidores a
praticariam. Mais uma vez, não se trata de uma ordem. Mas para quem anseia andar
intimamente com Deus, as afirmações de Jesus são PALAVRAS CONVIDATIVAS, que
chamam o cristão a um nível mais fundo de intimidade e devoção.

4. O PROPÓSITO DO JEJUM
- O fato da primeira afirmação de Jesus acerca de jejum ser sobre a motivação necessariamente
chama atenção para esse ponto.
- O jejum nunca pode servir como uma moeda de troca com Deus para nos auto beneficiar. Não
pode servir para que Ele nos abençoe ou para que consigamos aquilo que desejamos. O nome
disso é barganha. E o uso de coisas sagradas para benefício próprio revela, na verdade, indício de
uma falsa religião.
- O centro do jejum sempre deve ser Deus. Todos os propósitos ou finalidades do jejum devem
se submeter a isso, assim como em todas as disciplinas espirituais.
- Isso é muito sério! Pois Deus questionou o povo em Zacarias: “Quando vocês jejuaram […] foi de
fato para mim que jejuaram?” (Zacarias 7:5). Se o jejum que fazemos não é para Deus, então
fracassamos.

- Falando dos propósitos especificamente, podemos então mencionar quatro, sendo um deles o
principal e que deve estar acima de todos os outros:
(Propósito primário)
A) Para glorificar a Deus: mostrar que amamos mais Ele do que qualquer outra coisa que Ele possa
nos dar. Até mesmo o fundamental para sobrevivermos – o alimento.
- Benefícios físicos, sucesso na oração, revestimento de poder, percepções espirituais – essas
recompensas são válidas, mas jamais devem tomar o lugar de Deus como centro do nosso jejum.
- Todas as demais finalidades e propósitos devem se submeter a esta primeira e principal finalidade
(a glória de Deus).
- John Wesley declara: “Em primeiro lugar, que [o jejum] seja feito para o Senhor, com os olhos
fixos unicamente Nele. Que a intenção aqui seja esta e exclusivamente esta: glorificar ao Pai que
está nos céus […] Essa é a única maneira de nos pouparmos de amar mais as bençãos do que o
Abençoador”.

(Propósitos secundários)
B) Para trazer para fora aquilo que está dentro de nós, e que muitas vezes acobertamos com
comida ou outras coisas boas.
- Mais do que qualquer outra disciplina, o jejum revela as coisas que nos controlam. E esse é um
benefício maravilhoso para o discípulo verdadeiro que anseia ser transformado à imagem de Cristo.
- Acobertamos o que vai dentro de nós com comida e outras coisas boas, mas o jejum traz à tona o
que há em nosso interior.
- Davi escreveu “Eu faço jejum e me humilho” (Salmos 69:10). Raiva, amargura, inveja, discórdia,
medo - tudo que é negativo dentro de nós será traduzido à superfície durante um jejum. No
começo, iremos racionalizar, alegando que a raiva, por exemplo, se deve à fome. Depois
perceberemos que estamos com raiva porque, na verdade, o espirito da raiva está dentro de nós.
E poderemos exultar ao nos conscientizarmos disso, pois significa que a cura para nós está
disponível mediante o poder de Cristo.

C) Para nos lembrar que somos sustentados pela palavra de Deus e não por nossas refeições.
- O jejum lembra que somos sustentados por toda palavra que procede da boca de Deus (Mateus
4.4). A comida não nos sustenta, Deus é quem nos sustenta. Em Cristo, tudo subsiste (Colossenses
1.17).
- Logo, a experiência com jejum é mais uma experiência de banquete com a palavra de Deus do
que a abstinência de comida. JEJUAR É BANQUETEAR-SE.
- Quando os discípulos levaram almoço para Jesus em João 4:32-34, supondo que estaria faminto,
ele declarou “Tenho algo para comer que vocês não conhecem […] a minha comida é fazer a
vontade daquele que me enviou e concluir sua obra” (João 4.32-34). Não temos aqui uma
metáfora elegante, mas sim uma realidade autêntica. Jesus estava, de fato, sendo alimentado é
sustentado pelo poder de Deus.
- E é por causa disso que Ele diz em Mateus 6:16-18 que quando jejuarmos não é para nos
comportarmos como se estivéssemos passando por uma grande tristeza, pois na realidade, a
situação é exatamente outra. Estamos sendo alimentados pela palavra e pelo poder de Deus.
Assim como os israelitas foram sustentados no deserto milagrosamente pelo maná diário que
que descia do céu, nós também temos a possibilidade de sermos sustentados diariamente pela
palavra de Deus.

D) Para ajudar a mantermos o equilíbrio na vida e não destruirmos nossa fome espiritual.
- Facilmente permitimos que coisas dispensáveis tenham prioridade em nossa vida. Suspiramos por
coisas das quais não precisamos, até que elas nos escravizem.
- Paulo diz em 1Coríntios 6:12 “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma delas”.
- Os anseios e desejos humanos são como rios, que tendem a transbordar. O jejum ajuda a mantê-
los no curso adequado.
- Paulo afirmou em 1Corintios 9:27 “esmurro meu corpo e faço dele meu escravo”. Davi do mesmo
modo declarou “humilhei-me com jejum” (Salmos 35:13). Não se trata de um ascetismo excessivo:
é disciplina e disciplina traz liberdade.
- Astério, um filósofo do Século IV, disse que “o jejum é a garantia de que o estômago não fará o
corpo ferver como uma chaleira, obstruindo assim a alma”.
- O jejum não só realinha o nosso coração, mas também nos ajuda a não acabarmos com a nossa
fome espiritual. Sabe como eu posso estragar meu apetite pelo almoço ou pelo jantar? Indo comer
um monte de barras de doce agora mesmo. Posso comer um monte de chocolate ou salgadinhos e
adivinhem só? Não vou querer mais fazer minha refeição. Não vou querer nada que estejam
preparando para mim, por mais especial que o prato seja. Pois enquanto eu estou me
empanturrando com todas essas coisas para encher e anestesiar minha alma da dor do desejo…
enquanto eu estou enchendo minha mente com todo esse entretenimento das telas do notebook,
do celular, do Instagram, a minha fome vai embora. E eu não estou falando apenas da fome natural.
Estou falando da fome espiritual. Todo esse “empanturrar de coisas” acaba com a nossa fome
espiritual. Não estou dizendo que você não pode comer ou entrar acessar seu Instagram, ver suas
séries, ter seu momento de laser. Consumir essas coisas não faz com que você esteja
automaticamente em pecado. Mas quando nos entregamos a isso e nossa paixão está nessas
coisas, e “de repente” não conseguimos mais nos entregar plenamente a Deus, porque tudo isso
estragou nosso apetite por Ele… então sim, estamos acabando com a nossa fome espiritual,
saciando-a em coisas que de fato não podem nos alimentar. Esse é o ponto. O jejum nos ajuda a
se afastar de todo tipo de coisa natural que tem nos sustentado, para que possamos entrar em
contato com aquele gemido e desejo que nos machucam por dentro, fazendo tanto com que a
nossa fome espiritual, quanto a nossa saciedade em Deus, cresça.

5. A PRÁTICA DO JEJUM
- Vamos abordar então alguns aspectos práticos do jejum.
- Como toda e qualquer disciplina, é necessário olharmos para o jejum de forma processual e
progressiva. Por exemplo, antes de correr, primeiro aprendemos a engatinhar, depois a caminhar e
por último de fato correr. Como qualquer disciplina, a prática do jejum não é diferente.
- Foster, indica que, caso não haja o hábito em praticar essa disciplina, podemos começar com um
jejum parcial de 24 horas. Muitos consideram mais apropriado o intervalo entre 2 almoços.
Podemos ingerir, a princípio, líquidos (como sucos de frutas) e ir se adaptando, até sentir-se a
vontade para retirá-los durante esse período.
- Podemos fazer esse jejum 1x por semana, durante várias semanas. Foster diz que no começo,
ficaremos fascinados com os aspectos físicos da experiência, mas o mais importante é acompanhar
a atitude do coração. Externamente continuaremos cumprindo nossas tarefas e obrigações do dia,
mas internamente estaremos orando, cantando e adorando a Deus. Jejuar sem um coração e
espírito inclinados ao Senhor, não é praticar um jejum bíblico, mas tão somente fazer uma dieta.
- É importante também interromper o jejum com refeições leves, comendo frutas e vegetais, além
de uma boa dose de exultação pessoal.
- Depois de 2 ou 3 semanas, Foster afirma que já estaremos preparados para tentar/experimentar
um jejum absoluto de 24 horas, acompanhado de bastante água. Se o gosto da água incomodar,
podemos acrescentar uma colher de chá de suco de limão.
- Pode ser que nessa jornada sintamos pontadas de fome, pois por muito tempo, nosso estômago
foi condicionado a emitir sinais de fome em momentos determinados e ser saciado. Foster diz que,
de várias formas, nosso estômago é como uma “criança mimada”, é uma criança mimada não
precisa de pronto atendimento, mas sim de disciplina.
- Lutero afirma “a carne tem como praxe rosnar de um jeito medonho”. Então devemos ignorar
os primeiros sinais ou até ordenar à nossa “criança mimada” que se acalme, e pouco tempo depois
as pontadas passarão. Caso não ocorra, podemos beber água em goles pequenos e o estômago
ficará mais satisfeito. É importante lembrar: precisamos ser mestres do nosso estômago e não
escravos dele.
- Se for possível, devemos dedicar o tempo que gastaríamos na refeição que estamos nos abstendo,
para orar e meditar. Isso é o que alinha e calibra o nosso coração durante o período de jejum.
- Desnecessário dizer também que devemos seguir o conselho de Jesus e não chamar atenção para
nós mesmos (Mateus 6:17-18). Só devem saber do jejum as pessoas imprescindíveis. Caso o
contrário, as pessoas ao nosso redor poderão ficar impressionadas com “nossa devoção”, porém,
como o próprio Cristo disse, já teremos recebido nossa recompensa. A nossa recompensa deve ser
maior e mais profunda do que o reconhecimento dos homens.
- Depois de completar vários jejuns de 24 horas, Foster diz que podemos iniciar jejuns de 36 horas
e quando chegar a esse ponto, é importante questionar ao Senhor se deseja que você prossiga
com jejuns mais longos. A direção de Deus para essa prática é fundamental.
- Foster afirma que um bom período é de 3 a 7 dias, o que provavelmente exercerá um impacto
substancial no curso da nossa vida. Em seu livro, ele descreve com mais detalhes os sintomas e
processos físicos que podem ocorrer durante um período se jejum de 20 até 40 dias. Vale a pena ler
e conhecer melhor o processo!
- É claro que nem todos podem jejuar por um longo período, por questões médicas. Nesse caso, o
autor aconselha que seja procurada uma orientação médica, para saber os limites do nosso corpo e
recomendação aconselhada.
- Embora os aspectos físicos do jejum nos deixam intrigados, não devemos nos esquecer de que o
feito principal do jejum bíblico acontece no âmbito do espírito. O que acontece em termos
espirituais é mais importante que os efeitos sobre o corpo.

6. AS RECOMPENSAS DO JEJUM
Essas são algumas das recompensas interiores e exteriores que podemos obter ao longo da prática
do jejum:
✓ O jejum enfraquece a nossa carne.
✓ Ele enfraquece também nossas resistências interiores.
✓ Se for acompanhado da Palavra e oração, fortalece nosso espírito.
✓ Nos ajuda a ver coisas que não enxergamos e posicionar nosso coração, especialmente em
tempo de crises.
✓ Nos aproxima de Deus e nos permite romper limites espirituais, de forma que não
aconteceria por outro caminho.
✓ Aumenta o nosso anseio pelo retorno de Cristo, mas também nos permite experimentar
mais da presença Dele hoje.
✓ Nos ajuda a acessar os dons e poderes de Deus que estão disponíveis a nós.
✓ Nos ajuda a romper fortalezas do inferno.

Trecho do “Podcast Tomados”, gravado por Corey Russell e Billy Humphrey - Temporada 1 -
Episódio 10 – Uma visão para avivamento (disponível em 23/06/2021 no Youtube):
“Não há nada que você queira no reino que não tenha a ver com você. Você pode ter tanto de
Deus, o quanto você quiser. Sim, você pode ter quanto de Deus quiser. Jejum, oração, tudo isso,
não é sobre merecer. É sobre honra. Jejuar te torna vulnerável àquilo que você já recebeu,
portanto, você pode caminhar, experimentar e encontrar isso. Jejuar enfraquece nossas
resistências e orar nos aproxima de Deus. Isso posiciona você, te coloca no caminho e te faz
honrar a Deus dizendo “Deus, viver perto de ti é tudo que eu quero”. Não é sobre fazer coisa
alguma. Quando você se apaixona por alguém, você reorganiza tudo, seu tempo, seu dinheiro,
sua agenda… É isso que acontece quando você toca o Amor. Nós fazemos isso em todos os
relacionamentos. Nós priorizamos. Damos valor e dedicamos nosso tempo. Mas quando se trata
de Deus, nós dizemos “estou esperando que Ele reorganize minha agenda, minha rotina, só então
poderei me dedicar a Ele e às disciplinas que me aproximam Dele”. Agora imagine dizer para
pessoa que você é casado(a) ou para qualquer outra pessoa que você ama, que você vai ficar 6
meses sem vê-la, até que haja um tempo melhor para reorganizar sua rotina e então poder se
dedicar a esse relacionamento. Nós fazemos isso em todas as áreas da nossa vida, colocamos
limites, barreiras, definições… por que? Para cultivar a intimidade. Ser conhecido e conhecer.
Criar um espaço seguro para chegar a um lugar. Fazemos isso com tudo e com todos, mas com
Deus não, pois não queremos ser “religiosos”. Essa é a maior mentira para te manter
desconectado Dele e viver constantemente e eternamente chegando a lugar nenhum. Então no
final o que eu quero dizer é que é tudo isso é sobre intimidade. Sim, eu vou levantar mais cedo
para ler a Palavra, para orar, vou pular algumas refeições semana que vem, não porque eu tenha
que fazer isso e não porque Ele está me dizendo para fazer isso. É porque eu O AMO! Eu quero
esvaziar meu coração e dizer “Jesus, Você é minha prioridade!”. Eu quero alcançar algo novo no
meu interior, eu quero novas lágrimas, eu quero conhecer novos aspectos de Você, quero me
aproximar do Seu coração e ter minhas afeições e desejos profundamente transformadas por
isso. Quais são os desejos que você tem no seu coração? Não falo sobre os desejos materiais ou
sociais. Mas quais são os desejos que você tem por Deus? Quais são as coisas que você tem
sonhado em Deus? Avivamento? Curas? Intimidade? A volta Dele na terra? Você já alcançou
esses desejos? Você os viu? Porque se a resposta for não, este é o Seu convite. Pois é Deus quem
cria esses desejos no nosso interior (como por exemplo, o desejo de estar aqui e de parar 1 ano
da sua vida para conhecê-lo e se aproximar). Não é o Diabo que coloca esse tipo de sonho e
desejo no seu coração. É Deus. Ele é quem nos convida e diz “eu posso fazer abundantemente
além de tudo o que você possa pedir ou pensar”. E qual é a sua resposta?”

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