Guia Elaboracao PCs Fev 2023
Guia Elaboracao PCs Fev 2023
Guia Elaboracao PCs Fev 2023
Guia de Elaboração de
Planos de Curso
Modelo Pedagógico Senac
2023
Sumário
Apresentação............................................................................................................................ 2
O que é preciso saber antes de iniciar a elaboração de um Plano de Curso Nacional? ............... 3
Como utilizar este Guia? ........................................................................................................... 6
1. Como redigir o Perfil Profissional de Conclusão do curso? .................................................... 7
1.1. Levantar informações sobre a ocupação ......................................................................... 7
1.1.2 Analisar convergências curriculares ........................................................................... 11
1.2. Descrever o Perfil Profissional de Conclusão ................................................................. 15
1.3. Redigir as competências ............................................................................................... 16
1.4. Organizar o perfil das qualificações profissionais técnicas ............................................. 18
2. Como estruturar a Organização Curricular do curso?.......................................................... 21
2.1. Elaborar a matriz curricular .......................................................................................... 22
2.2. Definir sequencialidade ................................................................................................ 23
3.Como realizar o detalhamento da Organização Curricular? .................................................. 24
3.1. Redigir os indicadores de competência ......................................................................... 24
3.2. Redigir os elementos da competência .......................................................................... 27
3.2.1. Definir o recorte dos conhecimentos ........................................................................ 28
3.2.2. Redigir as habilidades ............................................................................................... 30
3.2.3. Redigir atitudes/valores............................................................................................ 31
3.3. identificar os elementos de competência relacionados às Marcas Formativas .............. 33
3.3.1. Relacionar a Marca Formativa específica do aprendiz do Senac ................................ 36
3.4. Definir as Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada........................................... 37
3.4.1. Redigir propostas de temas geradores para o Projeto Integrador ............................. 38
3.4.2. Apresentar a organização do Estágio Profissional Supervisionado ............................. 41
3.4.3. Apresentar a organização da Prática Profissional Supervisionada ..................... 42
3.4.4. Apresentar a organização da Prática Profissional da Aprendizagem .......................... 42
3.4.5. Apresentar a organização da Prática Integrada das Competências ............................ 43
3.5. Calcular a carga horária ................................................................................................ 45
4.1. Redigir os requisitos de acesso ..................................................................................... 47
4.2. Redigir a justificativa e os objetivos .............................................................................. 48
4.3. Detalhar as orientações metodológicas ........................................................................ 48
4.4. Propor instalações, equipamentos e recursos didáticos ................................................ 51
4.5. Propor o perfil docente ................................................................................................ 52
4.6. Propor a bibliografia ..................................................................................................... 52
5. Como atestar se o Plano de Curso atende aos requisitos do Modelo Pedagógico do Senac? 54
6. Elaboração de cursos de formação continuada .................................................................... 58
7. Checklist b– Planos de Cursos de formação continuada ....................................................... 62
Apêndice A – Fontes documentais para elaboração de perfis .................................................. 65
Apêndice B – Lista de habilidades, atitudes e valores .............................................................. 66
Apresentação
Nessa perspectiva, a própria estrutura curricular dos cursos e programas do Senac reflete e
reforça a escolha didático-pedagógica da Instituição, uma vez que as unidades curriculares
correspondem às competências do perfil profissional de conclusão do curso.
Para apoiar esse processo, o Departamento Nacional estruturou o Guia de elaboração de planos
de curso, fruto do esforço coletivo de um grupo de trabalho com representatividade
institucional, desenvolvido para promover o alinhamento pedagógico e reforçar a unidade
institucional.
Trata-se de uma ferramenta de apoio para os grupos elaboradores de Planos de Curso Nacionais,
com orientações detalhadas para a concepção e o desenvolvimento da organização curricular
dos cursos de Aperfeiçoamento, Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio, Especialização
Técnica, Qualificação Profissional e Aprendizagem Profissional no Modelo Pedagógico Senac.
Importante frisar que, além desse Guia, os grupos elaboradores precisam consultar a Coleção
de documentos técnicos do Modelo Pedagógico Senac e as Diretrizes do Modelo Pedagógico
Senac, nos quais são apresentados os conceitos e referenciais que embasam essa proposta.
2
O que é preciso saber antes de iniciar a elaboração de um Plano de Curso
Nacional?
Para dar início ao trabalho de elaboração de Planos de Curso a partir do Modelo Pedagógico do
Senac, é essencial que os elaboradores tenham acesso, estudem e internalizem os aspectos
basilares do Modelo Pedagógico, de forma que os Planos de Curso elaborados estejam
condizentes com suas prerrogativas: organização de cursos em estruturas curriculares cuja
competência é a própria Unidade Curricular; prática pedagógica que assuma o aluno como
protagonista da cena educativa; avaliação da aprendizagem a serviço do desenvolvimento de
competências; Projetos Integradores delineados como Unidade Curricular; e estratégias para a
articulação de competências.
3
proposta de modelo curricular representa um modo de conceber e orientar a prática
pedagógica baseada na possibilidade de articulação dos fazeres profissionais expressos
nos Perfis Profissionais de Conclusão e na evidência de Marcas Formativas. Em grande
medida, trata-se de uma mudança de paradigma em relação ao ensino tradicional,
porque constitui uma alternativa à fragmentação do ensino, característica de cursos
organizados por disciplinas.
b) O que são Planos de Cursos Nacionais: são instrumentos do trabalho pedagógico cujo
objetivo é referenciar a ação docente no decorrer do processo de ensino-aprendizagem,
tendo em vista o desenvolvimento das competências previstas no Perfil Profissional de
Conclusão de Curso. Os Planos de Cursos são chamados “Nacionais” porque
estabelecem Perfil Profissional de Conclusão e Organização Curricular comuns a todos
os Departamentos Regionais que ofertam o título alinhado ao Modelo Pedagógico
Senac. Com os Planos de Cursos Nacionais, os Departamentos Regionais organizam a
oferta desses cursos, os gestores planejam ações estratégicas junto às equipes
pedagógicas, os docentes encontram as informações necessárias para elaboração de
seus Planos de Trabalho Docente e os alunos conhecem as características do curso que
escolheram. Em especial, com os Planos de Cursos Nacionais, o Senac apresenta à
sociedade sua perspectiva de educação profissional e reforça a institucionalidade do
Modelo ao preconizar padrões nacionais de referência para a oferta de cursos de
Aprendizagem Profissional, Qualificação Profissional, Habilitação Profissional Técnica de
Nível Médio e Especialização Técnica de Nível Médio.
c) Quais são os subsídios para a elaboração dos Planos de Cursos Nacionais: são
documentos importantes a legislação da educação profissional, a Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO), o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), o Catálogo
CONAP - Mais Nacional de Programas de Aprendizagem (Conap) e o Guia Pronatec de Cursos de
de 70 itens
sobre Formação Inicial Continuada. Além dessas fontes de consulta, podem ser realizadas
comunicação
diferentes formas de escuta do mercado, consubstanciadas, por exemplo, em mapas
assertiva e/ou
habilidade de funcionais produzidos por meio de Fóruns Setoriais.1 Essa metodologia de consulta ao
comunicação.
mercado de trabalho permite identificar os principais fazeres do exercício profissional
de determinada ocupação ou de um conjunto de ocupações de um mesmo itinerário
1Para obter mais informações sobre os Fóruns Setoriais, consultar o Guia para mediadores dos Fóruns Setoriais do
Senac.
4
formativo.2 Os Fóruns Setoriais são importantes instâncias consultivas, cujo produto —
o Mapa Funcional — está na origem da elaboração de Planos de Cursos Nacionais à luz
do Modelo Pedagógico Senac. Esses fazeres profissionais consolidados no Mapa
Funcional serão tratados pedagogicamente pelos grupos elaboradores e darão origem
às competências que compõem o Perfil Profissional de Conclusão do curso.
2Considera-se itinerário formativo o “conjunto de etapas que compõem a organização da educação profissional em
uma determinada área, possibilitando o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos" (Decreto Federal nº
5.154, de julho de 2004).
3Para conhecer os itens flexíveis do Plano de Curso, consultar Diretrizes do Modelo Pedagógico Senac, p. 14.
5
Como utilizar este Guia?
Há dois materiais de apoio neste Guia que também são imprescindíveis para a elaboração dos
Planos de Cursos Nacionais: a listagem padronizada de habilidades e atitudes/valores, bem
como o checklist, que deve ser utilizado para atestar a qualidade do Plano de Curso elaborado.
Os elementos de competência são definidos com base na competência específica com que se
relacionam. As habilidades e atitudes/valores presentes na listagem são uma sugestão para a
padronização do modo de escrita. Portanto, quando as habilidades ou atitudes/valores forem
similares ao que consta na listagem, recomenda-se seguir o padrão. Porém, se forem diferentes,
é possível elaborá-las, desde que as orientações contidas neste documento sejam seguidas.
6
1. Como redigir o Perfil Profissional de Conclusão do curso?
4Senac. DN. Planejamento docente. Rio de Janeiro, 2022, p. 8. (Coleção de Documentos Técnicos do Modelo
Pedagógico Senac, 3).
5Trata-se de documento não normativo, utilizado como referência para definição da carga horária mínima dos cursos
de Qualificação Profissional.
7
Outra forma de levantamento de informações a respeito de um Perfil Profissional é a consulta a
órgãos que realizam pesquisas de mercado e estudos setoriais. Os dados e as tendências
referentes aos setores profissionais podem ser obtidos em instituições como Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), MEC, Ministério da Economia, universidades e fundações,
entre outras.6 Também são fontes para coleta de informações consultores externos e pesquisas
com representantes de empresas, universidades, sindicatos, associações e conselhos
profissionais.
É importante que, ao coletar informações sobre a ocupação, o grupo elaborador esteja atento
às características de inovação da ocupação que tenham determinado (ou possam vir a
determinar) mudanças substantivas em suas atividades, processos, métodos e técnicas. O Perfil
Profissional de Conclusão deve também considerar as demandas do cidadão e da sociedade nos
âmbitos local, regional e nacional.
Essa análise é importante porque, ao compreender os fazeres profissionais que podem ser
comuns a mais de uma ocupação, o grupo elaborador pode identificar convergências
curriculares entre diferentes cursos, o que contribui para tornar mais consistente e alinhado ao
mundo do trabalho o itinerário formativo do Senac e proporcionar maior clareza para o aluno
sobre os cursos mais apropriados para sua profissionalização.
8
expressar o recorte específico da ocupação que será objeto do Plano de Curso. Considerar a
premissa da convergência curricular e a lógica de níveis de competência, sobretudo em eixos
tecnológicos e segmentos com menor direcionamento legal, ajuda a organizar um portfólio que
permita o desenvolvimento crescente e o aproveitamento adequado das competências comuns
a mais de um perfil profissional. Para essa análise, aspectos como a legislação que regulamenta
a ocupação, as características do itinerário profissional, a forma como os fazeres são exercidos
no mundo do trabalho e até mesmo o eixo ao qual pertence a ocupação serão determinantes
para que o grupo compreenda os níveis de competência e a possibilidade de convergência. Um
caminho para a análise dos níveis de competência é pensá-los a partir do que é proposto pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para a OIT, as competências podem apresentar
diferentes graus de complexidade, autonomia, responsabilidade e mobilização de
conhecimentos, habilidades e atitudes, desde níveis mais elementares até níveis mais elevados,
de acordo com a complexidade do fazer. No quadro a seguir, estão relacionados os quatro níveis
de competência apresentados pela OIT:
Nível de Competência
8ZÚÑIGA, F.V. Competencias clave y aprendizaje permanente. Montevidéu: Cinterfor, 2004. p. 22.
9
Esse quadro revela a existência de uma hierarquia nos níveis de competência, ou seja, quanto
mais alto for o nível de competência, maiores serão a variedade e a complexidade de contextos
em que o profissional atuará na rotina de trabalho, e menor o grau de supervisão a ser exercida
sobre ele. Ao contrário, quanto mais básico for o nível de competência, menor será o grau de
autonomia no processo de trabalho e, portanto, maior a necessidade de supervisão. A análise
do nível das competências de determinada ocupação ou de um conjunto de ocupações de um
mesmo itinerário profissional é fundamental para os grupos elaboradores porque permite
identificar, entre os diferentes níveis, aquele mais adequado à formação do trabalhador. Esse
posicionamento favorece a organização dos cursos conforme a modalidade de educação
profissional, pois cursos de Formação Inicial e Continuada tendem a apresentar Organização
Curricular com competências nos níveis 1 e 2. Por sua vez, cursos de Educação Técnica de Nível
Médio tendem a ser compostos por competências dos níveis 2 e 3, e cursos de educação
superior costumam apresentar, em suas organizações curriculares, competências dos níveis 3 e
4. Além de favorecer o desenvolvimento do itinerário profissional, a hierarquia de níveis de
competências favorece também o desenvolvimento do itinerário formativo. Por exemplo: a
ocupação de atendente de loja requer menor grau de complexidade e responsabilidade se
comparada à de um profissional que atua como gerente de vendas de uma loja de
departamentos; porém, apesar de existirem nos perfis desses profissionais competências com
níveis distintos, também é possível observar que alguns fazeres profissionais desses profissionais
são comuns a ambos, o que poderá originar competências equivalentes entre os Perfis
Profissionais de Conclusão desses cursos. A mesma relação hierárquica está presente entre o
auxiliar de enfermagem, o técnico em enfermagem e o enfermeiro; o assistente administrativo
e o técnico em administração; ou ainda entre o auxiliar de cozinha, o cozinheiro e o técnico em
alimentos e bebidas.
10
ocupações de um mesmo itinerário, como também não gerar desvio de função da ocupação
para ter a convergência curricular.
Quando determinado fazer é comum a mais de uma ocupação — sem que haja qualquer tipo de
distinção em termos de nível de complexidade, autonomia, responsabilidade e mobilização de
conhecimentos, habilidades e atitudes — é recomendado verificar se há Plano de Curso Nacional
de ocupações relacionadas. Caso a competência em comum conste em um Perfil Profissional de
11
Conclusão já elaborado nacionalmente, é possível aproveitar a Unidade Curricular, evitando,
assim, descrições diferentes para o mesmo fazer.
Na sequência, apresenta-se uma lista de questões que colaboram para a reflexão do grupo
elaborador quando estiver dedicado à identificação de competências que possam ser
aproveitadas de um curso já elaborado.
Existe outra ocupação que, em algum momento de seu exercício profissional, exerça a
mesma ação/fazer dessa competência?
Em que momento esse fazer é requerido?
Essas ações/fazeres têm os mesmos elementos? Em caso negativo, em que medida são
diferentes? Na carga horária? Na quantidade de elementos, que são mais necessários
em um fazer do que em outro? No nível de aprofundamento da abordagem de seus
elementos?
O Perfil Profissional de Conclusão permite identificar outras ações/fazeres diferentes
das ações/fazeres consideradas convergentes?
As diferenças percebidas são no contexto da atuação?
A partir das reflexões sobre essas questões, o grupo poderá decidir com mais segurança se deve
realizar a convergência entre os currículos.
Essa ocorrência é mais frequente em cursos de mesmo eixo/segmento, mas pode também
ocorrer em cursos de eixos diferentes. Assim, faz-se necessário verificar a lógica do mundo do
trabalho dos diversos eixos tecnológicos/segmentos.
9Mapa Funcional do Segmento é o produto do Fórum Setorial e apresenta, de maneira sistematizada, as informações
e demandas prospectadas junto aos convidados. Os Mapas Funcionais estão disponíveis no site do Departamento
Nacional: . Acesso em: 26 dezembro 2022.
12
Convergência curricular vertical: cursos de Recepcionista de eventos, Organizador de eventos e
Técnico em eventos.
Observa-se nesse itinerário que os fazeres atribuídos ao Recepcionista de Eventos são distintos
dos fazeres dos demais profissionais; contudo, há uma ação profissional que é executada tanto
pelo Organizador de Eventos quanto pelo Técnico em Eventos. A competência “Planejar
eventos” (108 horas) integra os dois Perfis Profissionais de Conclusão.
13
Convergência curricular horizontal: Competência Organizar o ambiente de trabalho para
produções gastronômicas.
Nesse caso, houve o aproveitamento da competência por diversos perfis profissionais de cursos
do mesmo segmento.
É importante ressaltar que cada competência é única, ou seja, é composta por indicadores e
elementos de competência próprios e com definição de carga horária para seu
desenvolvimento. Portanto, para que se estabeleça a convergência, é necessário manter a
competência exatamente como foi concebida.
ATENÇÃO:
14
No encaminhamento do Plano de curso para validação, é importante informar ao Comitê
Validadora existência de convergência curricular no Plano de Curso, identificando a competência
e o curso que serviram de base para a equivalência.
No ambiente intra-hospitalar, atua na assistência direta e indireta aos clientes das unidades
de baixa, média, alta complexidade e de cuidados paliativos; participa de comissões de
certificação de serviços de saúde, como núcleo de segurança do paciente, serviço de
controle de infecção hospitalar, gestão da qualidade, gestão de riscos, comissões de ética
de enfermagem, transplantes, óbitos e outros.
10As Marcas Formativas são aquelas que identificam e diferenciam, no mercado de trabalho, os profissionais formados
nos cursos do Senac. São baseadas nos valores institucionais e nos princípios educacionais. Para saber mais sobre as
Marcas Formativas do Senac, consultar o documento técnico: SENAC. DN. Concepções e princípios. Rio de Janeiro,
2022. (Coleção de Documentos Técnicos Modelo Pedagógico Senac, 1).
15
centros de educação infantil, escolas, instituição de longa permanência e centros de
referência de atenção à saúde. Atua ainda em instituições que prestam atendimento pré-
hospitalar e serviços de diagnósticos, de resgate, remoção e transporte de clientes e em
programas de saúde pública, como a Estratégia Saúde da Família (ESF).
O técnico em enfermagem formado pelo Senac tem como pilares de sua atuação profissional
a humanização na assistência em saúde, a segurança do paciente e a postura profissional; é
comprometido com a produção do cuidado prestado nos diferentes contextos
socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, da família e da
coletividade. Compõe e interage com a equipe interdisciplinar e multidisciplinar e exerce
suas atividades sob a supervisão do enfermeiro.
O profissional habilitado pelo Senac tem como marcas formativas: domínio técnico-
científico, visão crítica, colaboração e comunicação, criatividade e atitude empreendedora,
autonomia digital e atitude sustentável, com foco em resultados. Essas Marcas reforçam o
compromisso da instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos
relacionados com o mundo do trabalho e o exercício da cidadania. Tal perspectiva propicia
o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma
visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de
transformação da sociedade.
A ocupação está situada no eixo tecnológico Ambiente e Saúde, cuja natureza é “cuidar”, e
pertence ao segmento de Saúde. No Brasil, o exercício profissional é regulamentado pelo
Decreto no 94.406/87 – regulamentação da Lei no 7.498/86.
11Para
saber mais sobre competência na perspectiva do Senac, consultar o documento técnico: SENAC. DN.
Competência. Rio de Janeiro, 2015. (Coleção de Documentos Técnicos Modelo Pedagógico Senac, 2).
16
A resposta deverá ser iniciada com um verbo (ação/fazer profissional), seguido do objeto sobre
o qual incide a ação profissional.
Exemplo:
Ação Objeto
Logo, a competência “Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem” será uma das
Unidades Curriculares do curso de Recepcionista em meios de hospedagem.
Uma boa estratégia é testar se a redação da competência atende ao conceito proposto pelo
Senac por meio das seguintes perguntas:
Questões Detalhamento
A redação da competência deve apresentar um fazer/ação observável cujo
1. É um fazer/ação
resultado é um produto mensurável. Esse fazer/ação ocorre no aspecto macro da
profissional
ocupação, sendo mais complexo do que a tarefa, porque mobiliza habilidades,
observável?
conhecimentos, atitudes e valores em sua realização.
2. É O fazer/ação descrito no enunciado da competência deve se referir a um
potencialmente trabalho que pode ser feito de diferentes maneiras, de forma que não resultem
criativo e remete a somente em procedimentos protocolares. O fazer profissional rotineiro e
uma ação repetitivo, que prescinde da autonomia do trabalhador e da possibilidade de
complexa? experimentação durante a execução, não será considerado uma competência.
A condição de articular conhecimentos, habilidades, atitudes/valores indica que
esses são os três principais pilares da competência, tendo em vista serem os
elementos que são por ela mobilizados. Seu exercício ultrapassa a soma desses
3. Articula itens, pois os alunos devem mobilizar os elementos de acordo com as situações
conhecimentos, e os desafios apresentados pela ocupação. Essa perspectiva reduz a
habilidades e possibilidade de formação de profissionais com pleno conhecimento sobre um
atitudes/valores? fazer, capazes de descrever etapas e processos, mas que não desempenham de
forma satisfatória suas funções; também desestimula a formação de
profissionais com domínio de habilidades, porém sem domínio dos
conhecimentos necessários para a atuação profissional.
4. Permite Essa condição para a redação da competência tanto pressupõe a necessidade
desenvolvimento de aprimoramento da competência, tendo em vista as constantes
contínuo? transformações do mundo do trabalho e o progresso científico e tecnológico da
17
Questões Detalhamento
sociedade, quanto expressa sua inerente capacidade de estimular o
desenvolvimento pessoal no contexto do trabalho, pois realiza bem um fazer
profissional, complexo e criativo, em consonância com o contexto no qual ele é
produzido.
Para ilustrar como essas perguntas auxiliam na redação da competência, segue o exemplo de
uma competência do curso de Qualificação Profissional em Recepcionista em meios de
hospedagem:
COMPETÊNCIA 1: Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem.
1. É um fazer/ação profissional observável, uma vez que o docente pode observar, por meio de
situações de aprendizagem, o aluno “recepcionando” e “atendendo” clientes.
2. É potencialmente criativa, pois é uma ação complexa, que pode ser realizada de maneiras variadas,
exigindo uma postura crítico-reflexiva do aluno durante sua execução.
3. Exige que o aluno articule e mobilize vários conhecimentos, habilidades e atitudes/valores durante
sua execução.
4. Permite aprimoramento contínuo, por meio da vivência da ação, tanto em situação simulada quanto
em contexto real de trabalho.
A certificação do aluno em uma Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio é feita no fim
do curso. Determinados cursos técnicos, no entanto, podem oferecer a possibilidade de
certificações intermediárias ao longo do curso. Essas certificações são obtidas quando um
conjunto de competências da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio compõe o perfil
de uma ocupação reconhecida pelo mundo do trabalho. Essas certificações são denominadas
qualificações profissionais técnicas e se caracterizam por:
18
Referir-se a uma ocupação devidamente reconhecida pelo mercado de trabalho;
Constituir uma etapa com terminalidade, com carga horária mínima de, pelo menos,
20% da carga horária total da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio 12 e com
os mesmos requisitos de acesso;
Permitir certificação independente da conclusão da Habilitação Profissional Técnica;
Estar contida no itinerário de uma Habilitação.
No Plano de Curso Nacional, a certificação intermediária deve ser nomeada com o título da
ocupação, devendo explicitar a descrição do perfil e as competências que serão desenvolvidas.
Um exemplo de curso com certificação intermediária é a Habilitação Profissional Técnica de
Nível Médio em Análises clínicas que, conforme desenho curricular do curso no Senac, pode
certificar o aluno para exercer a ocupação de Auxiliar de laboratório de análises clínicas.
12CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (Brasil). Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 11/2012, aprovado
em 9 de maio de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 set. 2012. Seção 1, p. 98.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (Brasil). Resolução CNE/CP nº 1, de 05 de janeiro de 2021.
19
Qualificação Profissional versus Qualificação Profissional Técnica
Esses dois tipos de curso pertencem a níveis educacionais distintos e podem apresentar
requisitos de acesso específicos, bem como exigências de carga horária diferentes.
Enquanto a definição da carga horária do curso de Qualificação Profissional é mais
flexível, assim como nos demais tipos de cursos de formação inicial e continuada, a
definição de carga horária do curso de Qualificação Profissional Técnica deve
considerar as exigências previstas na legislação educacional, ou seja, ter carga horária
total correspondente a pelo menos 20% da carga horária total da Habilitação
Profissional Técnica.
Esses tipos de curso são desenvolvidos com Perfil Profissional de Conclusão e Organização
Curricular diferenciados, podendo uma Habilitação Profissional Técnica e sua respectiva
Qualificação Profissional Técnica incluir em sua Organização Curricular as competências de uma
Qualificação Profissional, favorecendo o aproveitamento de estudos entre níveis e contribuindo
para a consolidação do itinerário formativo.
13Aos alunos matriculados na Habilitação Profissional Técnica que concluírem com aprovação as Unidades
Curriculares convergentes com uma Qualificação Profissional, mediante solicitação por requerimento, poderá ser
emitido o certificado da Qualificação Profissional, por meio do processo de aproveitamento de estudos. Conforme
exemplificado no caso do Auxiliar de saúde bucal:
– PC da QP de Auxiliar em Saúde Bucal: necessidade de aprovação do PC pelo Conselho Regional do Senac (CRS) para
obtenção da Portaria de Autorização para atendimento ao CFO.
– PC do Técnico em Saúde Bucal: aproveitamento das UCs convergentes às da QP do ASB para certificação dos alunos
que estejam cursando essa Habilitação Técnica (receberão certificado de Qualificação Profissional em Auxiliar em
Saúde Bucal).
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2. Como estruturar a Organização Curricular do curso?14
A Organização Curricular é um conjunto integrado e articulado de Unidades Curriculares,
concebidas e organizadas a partir do Perfil Profissional de Conclusão do curso de modo a
promover aprendizagens profissionais significativas.
Há dois tipos de Unidades Curriculares nos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio: I) a Unidade Curricular que corresponde à própria competência a ser desenvolvida; e II)
as Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada, que visam a promover a vivência articulada
das competências, contribuindo para o desenvolvimento do Perfil Profissional de Conclusão do
curso: Projeto Integrador, Estágio Profissional Supervisionado, Prática Profissional
Supervisionada, Prática Profissional da Aprendizagem, UCs da Jornada Juventudes e Prática
Integrada das Competências, sendo esta última prevista apenas para os cursos técnicos dos
segmentos de Saúde e Beleza.
Para estruturar a Organização Curricular dos cursos, são necessários dois processos:
14Para saber mais sobre a organização curricular no Modelo Pedagógico, conferir o documento técnico: SENAC. DN.
Concepções e princípios. Rio de Janeiro, 2015. (Coleção de Documentos Técnicos Modelo Pedagógico Senac, 1).
15As competências que compõem os cursos de Aprendizagem são as mesmas que compõem as competências das
21
2.1. Elaborar a matriz curricular
Carga
Unidades Curriculares Pré-requisitos
Horária
___________________
UC1: XXh
UC5: Projeto
Integrador
UC2: XXh
(XXh)
UC3: XXh
UC4: XXh
Apesar de a matriz curricular ser estruturada nesse ponto do processo de elaboração de Planos
de Cursos, inclusive com alguma possibilidade de previsão de cargas horárias, somente após o
detalhamento de cada Unidade Curricular é que se torna possível atribuir, com maior segurança,
a carga horária necessária para cada Unidade Curricular e verificar se há necessidade de indicar
pré-requisitos.
22
Curriculares do curso. Em relação à definição de carga horária, este Guia apresenta maior
detalhamento no item 3.5.
Pré-requisitos: são as Unidades Curriculares cuja aprovação é condição prévia para que
o aluno possa prosseguir em outras Unidades Curriculares.
Após definido o Perfil Profissional de Conclusão, com sua respectiva matriz curricular, devem ser
identificados e redigidos os indicadores de cada competência, bem como listados os elementos
de competência, ou seja, os conhecimentos, as habilidades e as atitudes/valores que serão
mobilizados para o desenvolvimento da competência. O processo de detalhamento da
Organização Curricular é apresentado a seguir.
23
3.Como realizar o detalhamento da Organização Curricular?
16Parasaber mais sobre os indicadores de competência, consultar o documento técnico: SENAC. DN. Avaliação da
aprendizagem. Rio de Janeiro, 2015. (Coleção de Documentos Técnicos Modelo Pedagógico Senac, 5).
24
São exemplos de indicadores:
25
Acolhe hóspedes e demais clientes, mantendo postura e apresentação, conforme as
normas de etiqueta profissional e do meio de hospedagem.
Atende às necessidades do cliente, respeitando procedimentos e legislações vigentes.
Competência: Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem.
Qualificação Profissional Recepcionista em Meios de Hospedagem.
26
registro de observação e análise de casos, uma vez que permitem aferir o desempenho
do aluno.
Não devem apresentar nos enunciados a finalidade da ação a ser realizada, pois não faz
parte da estrutura para a escrita de indicadores, já que isso tornaria o texto longo e
levaria a repetir a própria competência.
Caso o indicador não apresente contexto/condição em que ocorre o fazer previsto,
cumpre avaliar se realmente é um indicador ou se é um elemento de competência.
É possível existirem indicadores com ação e objetos iguais e com apenas contextos
diferentes.
Deve-se averiguar se a condição/contexto pressupõe as circunstâncias necessárias que
caracterizam o modo de realizar as ações previstas no indicador, pois é a
condição/contexto que dá parâmetros seguros para que o indicador cumpra sua função
de avaliação. Se a condição/contexto proposta for muito específica e limitada ou muito
ampla e genérica, dificilmente atingirá esse objetivo.
É importante que, no momento de elaboração de um Plano de Curso, seja considerada
a viabilidade de verificação dos indicadores na oferta a distância, sem, contudo, diminuir
a exigência do processo avaliativo. Nesse caso, devem ser previstas alternativas, como
a realização de encontros presenciais ou a utilização de recursos tecnológicos que
assegurem o acompanhamento do desempenho do aluno. Caso a avaliação do indicador
exija a presença do aluno, o curso não poderá ser ofertado inteiramente a distância.
Não há uma relação exata entre a carga horária da competência e a quantidade de
indicadores redigidos. Para definir a quantidade de indicadores presentes em uma
competência, é preciso avaliar a carga horária da competência, sua complexidade e os
elementos necessários para seu desenvolvimento. Vale ressaltar que a existência de
competências com uma extensa lista de indicadores ou com poucos indicadores pode
trazer dificuldades de avaliação para os docentes.
27
Para garantir a operacionalidade do modelo curricular proposto, é necessário definir cada
elemento, lembrando que todos estão inter-relacionados na prática educativa e profissional.17
Para redação dos elementos da competência, é preciso estar atento aos seguintes aspectos:
Para a redação desse elemento, deve-se explicitar apenas o recorte específico do conhecimento
relativo à competência, evitando-se utilizar categorias amplas ou temas genéricos, que gerem
dúvidas aos docentes no momento de planejar as aulas. O exemplo a seguir ilustra o recorte que
deve ser priorizado na redação dos conhecimentos:
Inadequado Adequado
Matemática básica Cálculo de entrega de mercadoria
Legislação trabalhista CLT: direitos e deveres
Anatomia Vascularização dos membros inferiores
17Para saber mais sobre a relação dos elementos de competência com a prática docente, consultar o documento
técnico: SENAC. DN. Planejamento docente. Rio de Janeiro, 2015. (Coleção de Documentos Técnicos Modelo
Pedagógico Senac, 3).
28
No que se refere ao elemento conhecimento, ressalta-se a importância de inserir o recorte que
deverá ser dado a cada competência em específico, uma vez que os elementos são elencados
de acordo com a competência. Caso não haja distinção entre o recorte, isso não significa que
esse elemento deverá ser abordado pelos docentes repetidas vezes. O planejamento integrado
do curso visa a, entre outras coisas, evitar situações como essa. Os conhecimentos são descritos
com o recorte do que deve ser abordado no contexto específico da Unidade Curricular. Por
exemplo, no curso Habilitação Profissional Técnica em Enfermagem, o conhecimento
relacionado com a “Política Nacional de Humanização (Ministério da Saúde)” está distribuído,
nas Unidades Curriculares, a partir do seguinte recorte:
Unidade
Conhecimento
Curricular
Política Nacional de Humanização: princípios, diretrizes, métodos, equipe
UC1
transdisciplinar de referência, apoio matricial, clínica ampliada e redes de atenção.
UC5 Política Nacional de Humanização (Ministério da Saúde): escuta ativa e acolhimento.
Humanização: acolhimento e ambientação do cliente e acompanhantes no ambiente
UC9
cirúrgico.
Acolhimento e humanização na unidade de terapia intensiva: responsabilidades, fluxo
UC15 de atendimento, protocolos, atuação da equipe interdisciplinar e aspectos éticos e
legais.
Para verificar se os conhecimentos definidos estão adequados, sugere-se que sejam respondidas
positivamente às seguintes perguntas:
29
O conhecimento indicado corresponde ao que o aluno precisa saber para desempenhar
o fazer profissional descrito na competência?
Para os cursos de Aprendizagem Profissional, deverá ser acrescido, ao final da listagem dos
conhecimentos de cada competência, um quadro com o texto-padrão que menciona a
necessidade de contemplar os conteúdos de formação humana e científica previstos na
legislação e que subsidiam a Marcas Formativa específica da Aprendizagem. Na sequência,
devem ser indicados os conteúdos que podem ser abordados de maneira contextualizada na
respectiva competência. Esses aspectos serão abordados de maneira mais detalhada no item 3.3,
relativo às Marcas Formativas.
Deve-se evitar a escrita de habilidades no nível do fazer prescrito no tempo (tarefas), de forma
genérica ou abrangente, ou, ainda, ainda, de forma que não remeta a fazeres claramente
relacionados à competência em questão. Por exemplo, “trocar fraldas”, “dar banho” e “escovar
os dentes” são tarefas realizadas pelo cuidador de idosos no âmbito da ocupação, o que requer
desse profissional a habilidade de “higienizar o idoso”.
30
Um exemplo de escrita que, não raro, parece genérica demais é a habilidade18 de “comunicar-
se com clareza e objetividade”. Como “comunicar-se” é um fazer que, pela natureza da ação,
perpassa por todos os perfis profissionais, é preciso ter cuidado ao adotá-lo como uma das
habilidades no contexto das competências, verificando se realmente é um saber fazer inerente
àquela competência. Por exemplo, para as ocupações de Operador de telemarketing e
Recepcionista, “comunicar-se” é uma habilidade inerente ao processo de trabalho de ambas,
pois, independentemente das técnicas específicas de comunicação previstas nos conhecimentos
dos cursos, para essas ocupações é imprescindível o domínio dessa capacidade.
Uma habilidade pode ser necessária em mais de uma competência do curso ou, ainda, estar
presente em ocupações distintas.
Exemplo:
31
Para identificar as atitudes/valores necessárias ao desenvolvimento da competência, deve-se
qualificar os valores habitualmente preconizados — como ética, cooperação e respeito — no
contexto da competência a ser desenvolvida, evitando valores genéricos ou abrangentes.
Exemplo:
Proatividade no encaminhamento das informações de cálculo
Indica uma
disposição A que atende o comportamento
individual
Objeto
Habilidades
Atitudes/Valores
32
Cordialidade no trato com as pessoas.
Sigilo no tratamento de dados e informações.
II) É preciso ter atenção à redação da capacidade/destreza que se deseja expressar no enunciado
da habilidade, evitando confundi-la com os objetivos de aprendizagem. Um objetivo de
aprendizagem específica, em termos de ação docente, o que se espera que o aluno alcance ao
fim de um processo educativo; portanto, não se traduz em habilidades a serem mobilizadas no
âmbito das competências. Exemplos de objetivos de aprendizagem que comumente se
confundem com habilidades: “desenvolver destreza manual e coordenação motora” e
“demonstrar visão sistêmica”.
III) Na redação da habilidade, não se deve abordar o contexto ou a finalidade da ação expressa,
e nem a condição para ocorrência desse fazer, sob o risco de a redação da habilidade ser
confundida com a redação do indicador. Assim, por exemplo, “acompanhar e perceber a reação
da pele durante os procedimentos de peeling e estímulos eletroterápicos” apresenta a condição
para a ocorrência do fazer. Uma possibilidade seria retirar o contexto e centrar a redação do
enunciado na ação principal da habilidade: “identificar as reações da pele”.
IV) Uma habilidade denota ação, enquanto as atitudes/valores apresentam disposições e formas
de percepção de mundo. A depender das características da competência, um termo pode ser
apresentado como habilidade ou como atitude/valor. Exemplo: um curso apresenta a habilidade
“ser proativo na resolução de problemas”. Essa habilidade duplica-se, no mesmo curso, na
atitude/valor “proatividade na resolução de problemas”. Nesse caso, o mais indicado é que o
grupo elaborador opte por um elemento ou outro.
Derivadas dos princípios educacionais do Senac, as Marcas Formativas Senac são pautadas no
mundo do trabalho e representam o compromisso da Instituição com a formação integral do
profissional e do cidadão. Enquanto atributos que compõem o perfil profissional de conclusão
33
do egresso, as Marcas Formativas são características predominantemente socioemocionais a
serem evidenciadas e fomentadas nos alunos ao longo do processo formativo.
De acordo com as especificidades de cada curso, o Grupo Elaborador deve avaliar como as
Marcas estão contempladas nas Unidades Curriculares, tendo em vista inserir nas orientações
metodológicas boas práticas, metodologias e elementos de competência que podem contribuir
para a evidência das Marcas Formativas ao longo do curso.
Para subsidiar esse processo, seguem alguns exemplos de como as Marcas Formativas podem
estar associadas aos elementos de competência:
34
impactos de suas ações, além de indicadores de maus tratos;
propor transformações para a encaminhamentos.
realidade em que vive. É capaz, Habilidades: Mediar conflitos
assim, de conceber novas nas situações de trabalho.
possibilidades e Atitudes/valores: Iniciativa no
identificar as melhores soluções, planejamento das atividades
contribuindo para o aprimoramento com o idoso.
dos processos produtivos e da
comunidade.
Refere-se à análise permanente do Curso: Cuidador de idoso
campo de atuação profissional em Unidade Curricular: Estimular a
um contexto complexo e incerto. Essa independência e autonomia do
marca evidencia a capacidade de idoso em suas atividades de
desenvolver, propor e utilizar vida diária
diferentes estratégias diante de Elementos de Competência:
desafios, com vistas a implementar Conhecimentos: Mercado de
mudanças no ambiente de trabalho trabalho para o Cuidador de
ou criar novos negócios. O aluno do Idoso: atribuições, campos e
Senac, aberto a novas ideias, limites de atuação; Classificação
Criatividade e
identifica oportunidades, demonstra Brasileira de Ocupações - CBO
Atitude
iniciativa, autonomia e dinamismo (5162-10), Projetos de Lei
Empreendedora em diferentes situações de trabalho. vigentes; empregabilidade,
empreendedorismo,
apresentação pessoal, e
planejamento de carreira.
Habilidades: Organizar o
ambiente de permanência do
idoso.
Atitudes/valores: Atitude
propositiva no desenvolvimento
do trabalho
Refere-se aos princípios da Curso: Cuidador de idoso
sustentabilidade social, econômica e Unidade Curricular: Estimular a
ambiental, de forma a promover o independência e autonomia do
consumo consciente, o uso racional idoso em suas atividades de
dos recursos naturais e vida diária
organizacionais, a cidadania, o Elementos de Competência:
respeito à diversidade e à ética nas Conhecimentos: Ambiência:
relações interpessoais e profissionais. conceito, mobilidade,
O aluno do Senac avalia diferentes segurança, higiene, organização
Atitude
contextos e faz escolhas orientadas e adaptações no
sustentável pela busca do equilíbrio entre a ambiente respeitando valores
preservação ambiental, o morais, culturais, éticos e
desenvolvimento econômico e a religiosos
equidade social, além de fortalecer os Habilidades: Organizar o
vínculos comunitários e o ambiente de permanência do
compromisso com as organizações e idoso.
as gerações futuras. Atitudes/valores:
Responsabilidade
socioambiental.
35
Refere-se à promoção de relações Curso: Cuidador de idoso
interpessoais éticas e construtivas e Unidade Curricular: Estimular a
ao uso eficaz da comunicação em independência e autonomia do
variados contextos. A marca idoso em suas atividades de
evidencia vida diária
que o aluno do Senac trabalha em Conhecimentos: Comunicação
equipe, exerce a escuta ativa e pode verbal e não verbal: barreiras
Colaboração e utilizar diferentes linguagens, mídias comunicacionais (idioma,
Comunicação e tecnologias para se expressar e inibição, estereótipo,
compartilhar informações, deficiências, agressividade,
experiências e ideias. Para atingir os dentre outros), estratégias de
objetivos comunicação com o idoso.
em comum, compartilha a Habilidades: Comunicar-se de
responsabilidade pelo trabalho maneira assertiva.
realizado de Atitudes/valores: Cordialidade e
modo colaborativo empatia no trato com as pessoas
Refere-se às condições para viver e Curso: Cuidador de idoso
trabalhar na sociedade em rede, Unidade Curricular: Estimular a
considerando a apropriação dos independência e autonomia do
meios digitais para participar e idoso em suas atividades de
comunicar vida diária.
conteúdos, produtos e serviços. O Elementos de Competência:
aluno do Senac utiliza ferramentas Conhecimentos: Dependência,
digitais para a realização do seu independência e autonomia do
trabalho e para o seu idoso: conceitos, ações e
Autonomia
aprimoramento. importância do estímulo e
Digital Busca se atualizar sobre as manutenção.
tecnologias relacionadas à sua área e Habilidade: Comunicar-se de
identifica oportunidades para maneira assertiva.
incorporá-las às suas atividades, Atitudes/valores: Iniciativa no
assumindo postura crítica em relação planejamento das atividades
às informações e fontes disponíveis, com o idoso.
bem como
respeitando os princípios da
segurança da informação
O jovem aprendiz do Senac, quando egresso da instituição, deve apresentar, além das Marcas
Formativas, o protagonismo juvenil, social e econômico, Marca específica do programa de
Aprendizagem Profissional Comercial do Senac, que sintetiza os conteúdos de formação humana
e científica contidos nos incisos X, XI e XII das diretrizes relacionadas no art. 336 da Portaria MTP
671/2021.
Essa Marca reforça o compromisso da instituição com a formação integral do ser humano,
considerando aspectos relacionados com o mundo do trabalho e o exercício da cidadania. Tal
perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho e o
36
desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sua
capacidade de transformação da sociedade.
A inclusão das Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada nos Planos de Cursos Nacionais
deve atender aos seguintes critérios:
37
Prática Integrada das Competências: pode constar na Organização Curricular dos Planos
de Cursos Nacionais dos cursos técnicos dos segmentos de Beleza e Saúde.
Prática Profissional Supervisionada: não consta nos Planos de Cursos Nacionais, mas
pode estar presente nas versões regionais.
PC DR1 PC DR2
Assim, nos Planos de Cursos Nacionais devem constar o tema gerador do Projeto, alguns indicativos
de desafios e possíveis estratégias metodológicas (visita técnica, estudo de situações-problema,
entre outras), considerando-se a necessidade de maior ou menor direção das propostas. Destaca-
se ainda que a complexidade dos temas geradores propostos deve considerar as especificidades do
curso e de seu público-alvo, como idade, escolaridade e carga horária.
38
Para os cursos que possuem certificação intermediária, é necessário redigir propostas de temas
geradores do Projeto Integrador para cada Qualificação Profissional Técnica de Nível Médio.
Nesses casos, devem ser redigidos temas geradores que integrem as competências de cada
Qualificação Profissional Técnica. Considerando que as Qualificações estão no itinerário de um
mesmo Perfil Profissional, o tema gerador de cada Projeto precisará relacionar-se com os
demais, colaborando para a articulação das competências da Habilitação Profissional Técnica de
Nível Médio. Nesse sentido, recomenda-se que os Projetos Integradores das Qualificações
Profissionais Técnicas representem entregas parciais do Projeto Integrador da Habilitação
Profissional Técnica de Nível Médio, que é transversal a todo o curso.
Para exemplificar, seguem temas geradores propostos para o curso de Qualificação Profissional
Recepcionista em meios de hospedagem:
39
a públicos diversificados, tais como: pessoas com
deficiência, hóspedes no contexto da diversidade
cultural, religiosa, de gênero, faixa etária, entre
outros. O desafio proposto deve considerar ainda
a dinâmica do segmento da hospedagem e as
especificidades das demandas regionais.
Prioritariamente, deve ser uma questão real do
mundo do trabalho. Quando não for possível
apresentar um problema de uma empresa real, é
indicada a utilização de casos fictícios que
retratem situações e personagens possíveis em
um meio de hospedagem.
19SENAC. DN. Avaliação da aprendizagem. Rio de Janeiro, 2015. (Coleção de Documentos Técnicos Modelo
Pedagógico Senac, 5).
40
Os indicadores do Projeto Integrador estão focados nos objetivos estratégicos dessa ação
pedagógica. Para a avaliação do Projeto Integrador, foram propostos os indicadores que deverão
ser inseridos no Plano de Curso Nacional, conforme a seguir:
Na Organização Curricular dos Planos de Cursos Nacionais, constará como Unidade Curricular
de Natureza Diferenciada obrigatória somente o Estágio Profissional Supervisionado previsto
por determinações de órgãos de classe, estando devidamente descrito no Catálogo Nacional de
Cursos Técnicos vigente. No entanto, os Departamentos Regionais podem optar por oferecer
estágio em cursos nos quais não há exigência legal para sua realização, acrescentando essa
Unidade Curricular à versão regional do Plano de Curso Nacional.
Para a avaliação do estágio profissional, foram propostos os seguintes indicadores, que deverão
ser inseridos no Plano de Curso:
20
Esse último indicador tem como função avaliar o progresso dos alunos em relação às Marcas Formativas, que são
as características a serem evidenciadas pelos alunos ao longo do processo formativo. Importante ressaltar que serve
para reforçar a importância da observação e registro pelo docente e para acompanhamento institucional, não sendo
considerado para fins de reprovação do aluno.
21BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de alunos […]. Diário Oficial da União,
41
Elabora os relatórios que apresentam os resultados do estágio com coerência e coesão,
posicionando-se a partir da visão crítica e do fazer profissional no segmento de atuação.
A Prática Profissional Supervisionada não é obrigatória nos cursos do Senac, mas estimulada
como complemento para a formação do aluno. Considerando as diversidades regionais, decidiu-
se não incluir a Prática Profissional Supervisionada como Unidade Curricular obrigatória no
Plano de Curso Nacional. Os Departamentos Regionais que têm as condições necessárias para
sua realização e optem por sua inclusão em seus cursos poderão inserir Prática Profissional
Supervisionada como Unidade Curricular de Natureza Diferenciada na Organização Curricular do
curso.
22BRASIL. Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 2000.
42
No entanto, a Portaria nº 1.005/2013 (artigo 11, § 1º)23 destaca que “a carga horária prática do
curso poderá ser desenvolvida, total ou parcialmente, em condições laboratoriais, quando
essenciais à especificidade da ocupação objeto do curso, ou quando o local de trabalho não
oferecer condições de segurança e saúde ao aprendiz”.
A Prática Integrada das Competências é indicada para cursos nos quais as atividades pedagógicas
integradoras dos fazeres profissionais, desenvolvidas nas Unidades Curriculares e no Projeto
Integrador, não são suficientes para garantir o desenvolvimento da visão holística do
profissional em relação ao paciente/cliente. Essa é uma característica de alguns cursos técnicos
dos segmentos de Beleza e Saúde, como o curso de Técnico em Estética, no qual é necessário o
aporte de carga horária específica para integração dos fazeres profissionais.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 723, de 23 de abril de 2012. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 24 abr. 2012.
23BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 1.005, de 1º de julho de 2013. Diário Oficial da União,
43
Propiciar aos alunos ampla vivência do processo de trabalho, de forma a favorecer sua
inserção no mundo do trabalho.
Evitar que o aluno foque sua atenção apenas nos aspectos procedimentais da ocupação.
Propiciar aos alunos a compreensão e o atendimento das necessidades do
paciente/cliente como um todo.
44
Prática Profissional Estágio Profissional Prática Integrada das
Variáveis
Supervisionada Supervisionado Competências
Prevista como Previsto como Prevista como Unidade
Unidade Curricular Unidade Curricular Curricular de Natureza
Organização de Natureza de Natureza Diferenciada ou como
Curricular Diferenciada ou Diferenciada estratégica
como estratégica (conforme metodológica
metodológica legislação)
Vivência do trabalho Vivência no Vivência no exercício
trabalho das atividades
profissionais em uma
Perspectiva de
perspectiva que
aprendizagem
possibilite a visão
holística do
cliente/paciente
Deve-se prever o período adequado para a mobilização dos diversos elementos que compõem
a competência, ou seja, o número de horas mínimo considerado adequado para viabilizar o
desenvolvimento das competências do perfil. Para tanto, deve-se considerar a carga horária
total de cada curso, conforme Cadastro Nacional de Cursos Senac e outras fontes legais, que
estabelecem a carga horária mínima dos cursos. O cálculo da carga horária por Unidade
Curricular deve atender aos seguintes critérios:
26Essa regra aplica-se aos cursos de Aprendizagem, Qualificação Profissional, Habilitação Profissional Técnica de Nível
Médio e Especialização Técnica. Para os cursos de formação inicial e continuada que desenvolvem competências e
que serão desenvolvidos regionalmente, fica a cargo do Departamento Regional optar por adotar ou não a regra.
45
máximo de 5% do total do curso. Para cursos de Habilitação Profissional Técnica
com certificação intermediária, a Unidade Curricular Projeto Integrador deve ter
carga horária de 5% a 10% da carga horária total do curso. Para cursos de
Aprendizagem Profissional Comercial, a carga horária das Unidades Curriculares
Projetos Integradores devem ser de, no máximo, 10% da carga horária total do
curso.
Em síntese, os cursos devem adotar a carga horária mínima prevista nos documentos
normatizadores e no cadastro de cursos do Senac. Portanto, após a indicação das cargas horárias
das Unidades Curriculares, deve-se realizar a compatibilização com a carga horária total do
curso, conforme documentos legais e institucionais.
Na matriz curricular do curso de Comprador, é possível visualizar a forma como a carga horária
total do curso foi distribuída entre as Unidades Curriculares:
46
Unidades Curriculares Carga Horária
UC3: Projeto
UC1: Selecionar e negociar com fornecedores 60h
Comprador
Integrador
(16horas)
UC2: Executar e supervisionar o processo de
84h
aquisição de produtos, mercadorias e serviços
O item Requisitos de acesso descreve quais são as condições mínimas que o candidato precisa
apresentar para ingressar no curso, de acordo com a legislação e as diretrizes vigentes para cada
oferta.
Os itens essenciais para todos os cursos e modalidades são: idade mínima, escolaridade e
documentação. Em determinados casos, outros itens poderão ser incluídos, como idade máxima
para os cursos do Programa de Aprendizagem, conforme previsto em legislação, e saberes
específicos, previamente exigidos, conforme demanda do curso. No subitem Documentos exigidos
para matrícula, podem ser acrescidos, nas versões regionais do Plano de Curso Nacional,
documentos previstos pela legislação estadual de cada Departamento Regional.
47
4.2. Redigir a justificativa e os objetivos
A justificativa deve ser redigida em, no máximo, uma lauda. O primeiro parágrafo deve
apresentar, em linhas gerais, o contexto atual no qual se insere a ocupação e algumas tendências
com base em dados e informações de pesquisas, citando sempre a fonte. O segundo deve trazer
os desafios e as perspectivas atuais relacionadas com a ocupação e que, portanto, justificam a
oferta do curso. O último parágrafo deve concluir com a relevância social que a ocupação pode
assumir na sociedade. Quanto aos objetivos, há um texto-padrão que consta no modelo de
Plano de Curso e que deverá ser adotado.
Esse item tem como objetivo contribuir para o planejamento e o desenvolvimento do curso. Na
máscara de Planos de Curso Nacionais há um texto padrão com orientações gerais que se
referem a todas as ofertas, pois norteiam o acompanhamento e a avaliação de competências no
contexto do Modelo Pedagógico Senac. De acordo com a demanda e a característica do curso,
deverá ser incluída a indicação de estratégias metodológicas específicas para cada Unidade
Curricular, com recomendações de atividades que contribuam para evidenciar as Marcas
Formativas e o desenvolvimento do Perfil Profissional de Conclusão.
No quadro a seguir são apresentados alguns exemplos de como as Marcas Formativas podem
ser incorporadas na prática docente de forma intencional e percebidas pelos alunos como
relevantes para sua atuação profissional.
48
da vida do idoso. Registrar a rotina de cuidados diários
exercidos em determinado período para
familiares/tutores e outros profissionais da equipe que
também atendem ao idoso.
49
dinamismo da rotina diária exercendo o cumprimento
das suas ações com autonomia, agilidade.
Pode-se notar que existem inúmeras possibilidades de abordagem e de articulação das Marcas
Formativas nas unidades curriculares do curso, a depender das situações de aprendizagem que
podem ser planejadas pelos docentes e dos recursos disponíveis.
50
Júri simulado e outras atividades que
contemplem a defesa de ideias e a
argumentação
Visitas técnicas
Palestras
Colaboração e Ações com ferramentas colaborativas
comunicação Realização de ações socioprofissionais
Trabalho em equipe
Dinâmicas de grupo
Estudo de situações-problema
Heteroavaliação
27Não serão descritos no Plano de Curso Nacional os insumos utilizados nos cursos. Cada Departamento Regional
poderá optar por incluir em suas versões regionais ou listar insumos em documento à parte, prevendo as
especificações e quantidades mínimas dos materiais necessários para a operação do curso.
28Os insumos são descritos por cada Departamento Regional.
51
sejam motivadoras e eficazes no desenvolvimento de competências profissionais”.29
Correspondem aos recursos a serem utilizados pelo aluno (livros e outros materiais), cabendo
ao Departamento Regional especificar o que será adquirido ou fornecido pelo Senac em caso de
alunos do Programa Senac de Gratuidade (PSG) ou de algum programa específico do Governo,
quando for o caso.
No caso da oferta a distância, caberá ao Departamento Regional Sede da Rede Nacional detalhar
a formação e a experiência profissional requeridas nessa modalidade de oferta, a qual exige
competências específicas relacionadas com a tutoria.
No item Bibliografia, devem ser listadas as referências atualizadas que subsidiarão o curso e que
estarão disponíveis na biblioteca para consulta. Devem ser incluídas as bibliografias básica e
complementar para cada Unidade Curricular. Recomenda-se que no item Bibliografia sejam
indicados até três títulos. Qualquer quantidade de títulos superior a essa recomendação deve
ser justificada pelo DR elaborador. Além disso, os cursos de formação continuada que
desenvolvem competência, quando corresponderem a Unidades Curriculares de cursos
(Qualificação Profissional, Qualificação Profissional Técnica, Especialização Técnica Nível Médio
ou Habilitação Técnica de Nível Médio) já elaborados, devem seguir a mesma referência que
consta na Unidade Curricular do curso original, ou seja, nesse caso, dividida entre básica e
complementar. Conceitua-se:
29 SENAC. DR. SP. Diretrizes para os recursos didáticos. São Paulo: Senac São Paulo, 2012.
52
referências mínimas necessárias para subsidiar o processo de ensino-
aprendizagem. É considerada a fonte primária da Unidade Curricular.
b) Bibliografia complementar: relação das fontes de consulta no formato
impresso ou digital indicadas para o aprofundamento do estudo e da
pesquisa dos elementos mobilizados na competência. Pode extrapolar a
abordagem dos elementos da competência desenvolvidos, ampliando o
processo de ensino-aprendizagem. É considerada a fonte secundária da
Unidade Curricular.
Para as Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada, esse item não é obrigatório, podendo
haver indicação de bibliografia conforme especificidade da Unidade Curricular.
É possível sugerir o mesmo título como indicação de bibliografia para mais de uma Unidade
Curricular, considerando a relevância e a abrangência de temas tratados no material indicado.
Para definir a quantidade de indicações, devem ser estimados a carga horária, os elementos da
competência e o perfil do público-alvo. Além disso, é importante consultar as referências de
outros cursos que estão no mesmo eixo/segmento, levando-se em conta os itinerários
formativos possíveis.
Cabe ressaltar que os Planos de Curso de Referência não trazem a divisão entre básica e
complementar e a quantidade de títulos distinta.
Orienta-se indicar de um a três títulos para compor a bibliografia básica e de um a cinco títulos
para compor a bibliografia complementar.30
Recomenda-se a indicação prioritária de livros das editoras do Senac e de títulos que estejam
disponíveis em e-books, tendo em vista compatibilizar o acervo físico e digital, possibilitando o
alinhamento das referências dos títulos ofertados na modalidade a distância com a oferta
presencial.
30Nos Planos de Cursos Nacionais, o grupo elaborador, considerando as particularidades de cada curso, pode indicar
quantidades superiores, desde que justificadas para aprovação do Comitê Validador.
53
5. Como atestar se o Plano de Curso atende aos requisitos do Modelo
Pedagógico do Senac?
Depois de elaborar o Plano de Curso, é preciso conferir se seus itens atendem aos critérios de
alinhamento ao Modelo Pedagógico do Senac. Para tanto, sugere-se um checklist, que deverá
ser utilizado tanto pelo grupo elaborador quanto pelo Comitê Validador para análise do Plano
de Curso Nacional no decorrer e após o processo de elaboração.
Na coluna “Atendido”, para cada item, deve-se marcar S (sim), P (parcialmente), N (não) ou NA
(não se aplica), tendo em vista os critérios de análise. Para os casos de Parcialmente atendido
ou Não atendido, recomenda-se justificar a resposta e reencaminhar as considerações para o
grupo elaborador. Somente quando todos os itens aplicáveis ao tipo de curso apresentarem S
(sim) é que o Plano de Curso Nacional estará finalizado.
1. Identificação do Curso
Itens Atendido
Título do curso, conforme o Cadastro Nacional de Cursos Senac.
Eixo tecnológico, conforme o Cadastro Nacional de Cursos Senac.
Segmento, conforme o Cadastro Nacional de Cursos Senac.
Carga horária total (em horas), conforme Cadastro Nacional de Cursos Senac.
Código da oferta, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), caso a
ocupação seja classificada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Para os cursos da Aprendizagem Profissional Comercial, foram incluídos os códigos
CBO para as ocupações que os compõem.
3. Justificativa e Objetivos
Itens Atendido
Constam, no primeiro parágrafo da justificativa, o contexto atual no qual se insere a
ocupação e algumas tendências com base em dados e pesquisas.
Constam, na nota de rodapé, as referências das fontes consultadas para obtenção dos
dados e pesquisas mencionados no primeiro parágrafo.
No segundo parágrafo, apresentam-se os desafios e as perspectivas atuais
relacionadas com a ocupação que justificam a oferta do curso.
No parágrafo final, menciona-se a relevância social que a ocupação pode assumir.
O texto relativo ao objetivo atende ao padrão definido, conforme previsto na máscara
de Planos de Cursos Nacionais.
54
4. Perfil Profissional de Conclusão
Itens Atendido
O texto introdutório identifica quem é o profissional e descreve suas atribuições: o que
ele faz, o contexto e a finalidade de suas atividades.
Em relação às profissões regulamentadas, as principais atribuições funcionais
referentes ao exercício profissional da ocupação, previstas em legislação específica e
mapeadas pelo grupo elaborador, constam na descrição do perfil.
Há texto-padrão sobre as Marcas Formativas, conforme previsto na Máscara de Planos
de Cursos Nacionais.
Indica legislação específica mapeada pelo grupo elaborador, no caso das profissões
regulamentadas.
As competências que compõem o perfil da ocupação atendem ao conceito de
competência definido pelo Modelo Pedagógico do Senac.
As competências que compõem o perfil da ocupação atendem aos requisitos da
função, sem provocar divergência entre níveis de atuação/formação e especificações
legais da ocupação.
Foram analisadas as possibilidades de convergência curricular com outros cursos já
existentes.
Obs.: Se identificada convergência, sinalizar após a matriz curricular do curso, com o
nome do curso e o código com o qual ocorreu o aproveitamento das competências.
No caso de habilitações técnicas com certificação intermediária, apresentam-se a
descrição e as competências do Perfil Profissional de Conclusão das qualificações
técnicas.
5. Organização Curricular
Itens Atendido
Apresenta quadro-síntese com todas as Unidades Curriculares, respectivas cargas
horárias e indicação de pré-requisitos e correquisitos, e convergência curricular,
quando houver.
O somatório da carga horária das Unidades Curriculares é igual à carga horária total do
curso.
A carga horária das Qualificações Profissionais Técnicas e as Unidades Curriculares que
as compõem foi explicitadas no quadro da Organização Curricular.
A carga horária das Qualificações Profissionais Técnicas respeita o mínimo exigido pela
legislação.
A carga horária das competências é múltipla de 12 e atende aos limites estabelecidos.
A carga horária da Prática Integrada das Competências atende aos critérios
estabelecidos.
A Unidade Curricular Projeto Integrador respeita o percentual de carga horária
máxima estabelecida para cada tipo de curso.
Os indicadores das competências atendem aos critérios:
1. verificáveis em ambiente pedagógico; 2. a condição/contexto do indicador faz
referência aos elementos da competência; 3. possibilitam verificar o desenvolvimento
da competência; 4. redação (verbo na 3ª pessoa do Presente do Indicativo + objeto +
condição/contexto da ação); 5. Redação clara e objetiva que explicita o que será
avaliado para todos os envolvidos no processo de aprendizagem.
Dispõe os elementos de competência (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes/Valores)
em tópicos.
No caso dos cursos de Aprendizagem, os elementos têm a indicação dos conteúdos
legais exigidos.
Os conhecimentos apresentam recorte do que será abordado na competência.
As habilidades listadas representam as capacidades/destrezas necessárias ao fazer da
competência, conforme concepção de habilidade do Modelo Pedagógico do Senac.
A redação da habilidade segue a seguinte estrutura: verbo no Infinitivo
(capacidade/destreza) + objeto.
55
As atitudes/valores listadas são disposições de comportamentos esperados na
ocupação e estão contextualizadas na competência e na ocupação.
A redação da atitude/valor segue a seguinte estrutura:
substantivo (disposição a comportamentos esperados na ocupação) + (a que ou quem
se dirige a ação da atividade profissional).
Apresenta texto-padrão da Unidade Curricular Projeto Integrador, conforme máscara.
O item Proposta de temas geradores apresenta o assunto do Projeto e as perspectivas
para sua problematização (possíveis desafios e questões a serem respondidas).
As propostas de temas geradores perpassam pelas competências do curso e propiciam
sua integração.
Sugere dois temas geradores distintos, por ocupação.
Relaciona os indicadores para avaliação do Projeto Integrador (padrão).
Ao observar a Organização Curricular do curso, identificam-se as Marcas Formativas do
Senac.
As demais Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada, quando presentes na
Organização Curricular do Plano de Curso Nacional, estão adequadamente
apresentadas, e seus indicadores-padrão foram inseridos.
6. Orientações Metodológicas
Itens Atendido
Sugere orientações gerais e por Unidade Curricular, inclusive para o Projeto
Integrador, que auxiliam no planejamento e no desenvolvimento do trabalho docente.
Os textos padronizados correspondem aos que constam na máscara.
8. Avaliação
Itens Atendido
Apresenta texto-padrão com as orientações relativas à avaliação: forma de expressão
dos resultados; menção por indicador de competência; menção por Unidade
Curricular; menção para aprovação no curso; e recuperação.
12. Bibliografia
Itens Atendido
56
Indica referência por Unidade Curricular, respeitando o limite de títulos recomendado
por tipo de bibliografia (um a três títulos para bibliografia básica e um a cinco títulos
para bibliografia complementar).
Caso o grupo elaborador tenha indicado mais títulos do que o recomendado, há
parecer justificando a necessidade.
13. Certificação
Itens Atendido
Apresenta texto-padrão, de acordo com o tipo de certificação do curso.
Nos casos de Qualificação Profissional Técnica (certificações intermediárias), identifica
as Unidades Curriculares referentes à qualificação e o nome do curso.
57
6. Elaboração de cursos de formação continuada
Estrutura da redação:
Verbo na 3ª pessoa do Indicativo (ação a ser realizada) + objeto (material, pessoa, situação
etc.) + condição/contexto da ação (o que é necessário para ocorrer a ação)
técnico Metodologias ativas (Coleção de Documentos Técnicos do Modelo Pedagógico Senac, 2018).
58
demais tipos de cursos, ou seja, duração mínima de 36 horas e limite máximo de 108 horas. A
diferença fundamental é que o Projeto Integrador não é obrigatório na estrutura curricular
desses tipos de curso. Ressalta-se que não há relação direta entre a carga horária da
competência e a quantidade de indicadores redigidos. Para definir a quantidade de indicadores
presentes em uma competência, é preciso avaliar a carga horária da competência, sua
complexidade e os elementos necessários para seu desenvolvimento. A existência de
competências com uma extensa lista de indicadores ou com poucos indicadores pode trazer
dificuldades de avaliação para os docentes.
Segue a síntese das principais características dos cursos de formação continuada que
desenvolvem competências:
59
não se trata de uma competência profissional. Sugere-se, preferencialmente, definir por um ou
no máximo dois tipos de elementos. Quando houver a necessidade dos três tipos, verificar
primeiramente se o curso, na verdade, não poderia desenvolver competências.
A carga horária das Unidades Curriculares tem como referência mínima 15 horas, não havendo
limite máximo. A definição da duração do curso é estabelecida com base nos elementos a serem
abordados e nas estratégias de ensino-aprendizagem previstas para a formação.
Segue a síntese das principais características dos cursos de formação continuada que não se
comprometem com o desenvolvimento de competências:
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Estrutura da redação:
A avaliação por frequência ou participação dos alunos deve adotar como critério de aprovação
no curso o percentual de carga horária definido pelo próprio Departamento Regional em seu
Regimento Interno. Conforme tratado no documento Diretrizes para elaboração de PCs de
referência nacional, quanto aos elementos a serem mobilizados, reforça-se a recomendação de
que tenham recorte adequado ao objetivo e indicador do curso, e que estejam em número e
complexidade passíveis de execução na carga horária prevista. No item Orientações
Metodológicas dos Planos de Cursos devem constar orientações que sirvam de subsídio para o
docente planejar atividades diferenciadas e específicas para atendimento do objetivo do curso.
Recomenda-se que no item Bibliografia sejam indicados até três títulos. Qualquer quantidade
de títulos superior a essa recomendação deve ser justificada pelo DR elaborador. Além disso, os
cursos de formação continuada que desenvolvem competência, quando corresponderem a
Unidades Curriculares de cursos (QP, QPT, ETNM ou HTNM) já elaborados, devem seguir a
mesma referência que consta na Unidade Curricular do curso original, ou seja, nesse caso
dividida entre básica e complementar.
PONTO DE ATENÇÃO
Aperfeiçoamento e Programas com avaliação por frequência ou participação
NÃO apresentam indicadores de objetivo.
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7. Checklist b– Planos de Cursos de formação continuada
Parecer
2. Organização curricular
(A/NA)
2.1. Os indicadores das competências atendem aos critérios: 1. verificáveis em ambiente pedagógico;
2. a condição/contexto do indicador faz referência aos elementos da competência; 3.
possibilitam verificar o desenvolvimento da competência; 4. redação (verbo na 3ª pessoa do
Presente do Indicativo + objeto + condição/contexto da ação); 5. Redação clara e objetiva, que
explicita o que será avaliado para todos os envolvidos no processo de aprendizagem.
2.2. Dispõe os elementos de competência (conhecimentos, habilidades e atitudes/valores) em
tópicos.
2.3. Os conhecimentos apresentam recorte do que será abordado na competência.
2.4. As habilidades listadas representam as capacidades/destrezas necessárias ao fazer da
competência, conforme concepção de habilidade do Modelo Pedagógico do Senac.
2.5. A redação da habilidade segue a seguinte estrutura: verbo no Infinitivo (capacidade/destreza) +
objeto.
2.6. As atitudes/valores listadas são disposições de comportamentos esperados na competência.
2.7. A redação da atitude/valor segue a seguinte estrutura: substantivo (disposição a
comportamentos esperados na ocupação) + (a que ou quem se dirige a ação da atividade
profissional).
2.8. Ao observar a organização curricular do curso, identifica-se a presença de uma ou mais Marcas
Formativas do Senac, conforme o objetivo do curso.
Parecer
3. Demais itens
(A/NA)
3.1. Sugere orientações metodológicas gerais e por Unidade Curricular que auxiliam no planejamento
e no desenvolvimento do trabalho docente.
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3.6. Indica bibliografia por Unidade Curricular condizente com o objetivo e as competências do curso.
3.7. Apresenta texto-padrão, de acordo com o tipo de certificação do curso.
Parecer
2. Organização Curricular
(A/NA)
a) Se forem estabelecidos “indicadores de objetivo” para avaliação do aluno, os enunciados
propostos:
2.1. Permitem verificar se o aluno alcançou ou não o objetivo do curso, possibilitando emitir juízo de
valor.
2.2 Apresenta a seguinte estrutura: verbo na 3ª pessoa do Presente do Indicativo + objeto
+condição/contexto.
b) Para cursos que não desenvolvem competência, tendo ou não “indicador de objetivo”:
Parecer
3. Demais itens
(A/NA)
3.1. Sugere orientações metodológicas que auxiliam no planejamento e no desenvolvimento do
trabalho docente.
3.2. Apresenta texto-padrão com as orientações relativas à avaliação: forma de expressão dos
resultados; menção por indicador de competência; menção por Unidade Curricular; menção para
aprovação no curso; e recuperação.
3.3. Discrimina instalações e equipamentos indicados para a oferta do curso.
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3.4. Especifica as exigências de escolaridade, experiência e formação docente, de acordo com o
objetivo do curso.
3.5. Indica bibliografia condizente com o objetivo e as competências do curso.
3.6. Apresenta texto-padrão, de acordo com o tipo de certificação do curso.
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Apêndice A – Fontes documentais para elaboração de perfis
BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). Brasília, DF,
2014. Disponível em: http://cnct.mec.gov.br/. Acesso em: 13 fev. 23.
BRASIL. Ministério do Trabalho. CBO – Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, DF, [s.
d.]. Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf. Acesso em: 13 fev. 23.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Relação anual de informações sociais. Brasília, DF, 2010.
Disponível em: http://www.rais.gov.br/sitio/consulta_trabalhador_identificacao.jsf. Acesso
em: 13 fev. 23.
65
Apêndice B – Lista de habilidades, atitudes e valores
Nas tabelas a seguir, são listadas habilidades, atitudes e valores de maior ocorrência nos Planos
de Cursos Nacionais. Essa lista foi construída a partir de uma análise dos primeiros 29 Planos de
Cursos elaborados em 2014 e deverá ser tomada como referência. Vale ressaltar que, a
depender das especificidades dos fazeres profissionais característicos das ocupações, o grupo
elaborador pode inserir outras habilidades, atitudes e valores além desses listados. Nesse caso,
recomenda-se que a redação siga a lógica proposta nos exemplos aqui discutidos.
O objetivo, com essa listagem, é padronizar a escrita desses elementos, de forma que, toda vez
que se fizer necessária sua mobilização no âmbito da competência, deve-se utilizar, no Plano de
Curso Nacional, a forma alinhada, apresentada na tabela.
I) Lista de habilidades
66
Argumentos: a interpretação pressupõe leitura, por isso a habilidade “ler” pode ser suprimida
dos enunciados das habilidades dessa natureza.
67
mediação, o que remete à compreensão de diferentes pontos de vista, com o intuito de buscar
consensos na esfera das situações de trabalho.
4. Habilidades matemáticas
68
7. Habilidades de criatividade
Vale acrescentar que entendemos a criatividade, nesse contexto, como a possibilidade de criar
algo (produto, metodologia, processo, proposta, serviço etc.), não necessariamente com o
compromisso do ineditismo, mas que, ao propor soluções, contribua para o desenvolvimento
do trabalho.
69
Organizar a rotina de trabalho. Organizar o local de reposição de
Organizar o ambiente de trabalho. mercadorias e produtos; organizar
Organizar e limpar o ambiente de trabalho. materiais, instrumentos, documentos e
Organizar materiais, instrumentos, documentos e local de trabalho etc.
local de trabalho.
Argumentos: habilidades de administração e organização do trabalho referem-se às relações
entre tempo, utilização de recursos e busca de resultados nas situações de trabalho.
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II) Lista de atitudes e valores
2. Atitude colaborativa
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3. Atitude responsável
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5. Postura pessoal e zelo profissional
A primeira deve ser utilizada na forma fechada, para as competências em que esse elemento se
fizer necessário, e a segunda deve ser complementada com o fazer específico da ocupação.
Assim, por exemplo, alguém que apresenta atitude proativa no trabalho, geralmente, é quem
toma as iniciativas e propõe soluções. Por sua vez, nem sempre quem apresenta soluções é,
necessariamente, proativo, ou quem toma a iniciativa é capaz, também, de ser propositivo.
Essas atitudes/valores relacionam-se de forma complexa na dinâmica social das ocupações, o
que significa dizer que seu significado constrói-se a partir das características de cada ocupação
e respectivo perfil de competências.
Com vistas a clarear o entendimento, propomos que as redações sejam distintas para cada uma
dessas atitudes/valores, considerando seus conceitos mais gerais:
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Atitude de proatividade: predisposição em antecipar as responsabilidades pelas
próprias escolhas e ações frente às situações impostas pelo trabalho.
6. Atitude propositiva
7. Atitude de proatividade
8. Atitude de iniciativa
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