Metodologia Da Língua Inglesa
Metodologia Da Língua Inglesa
Metodologia Da Língua Inglesa
SUMÁRIO
8 A FALA...................................................................................................... 15
10 A ESCRITA ............................................................................................ 20
2
11.1 Maneiras de corrigir um texto: ......................................................... 21
15 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 39
3
1 MÉTODO COMUNICATIVO
Fonte: cefecpalmeira.com.br
1.2 Introdução
4
importante instrumento de comunicação e que hoje em dia o inglês está muito
presente em nossa cultura, e todo aluno tem acesso cada vez mais fácil à língua
inglesa, através da internet, televisão e músicas. Ensinar inglês deve expor o aluno a
esta realidade, levando-o a desenvolver tarefas que o ajudem a lidar com essa
realidade.
A sala de aula deve oferecer ao aluno um espaço para vivenciar a língua,
deve ser agradável e favorecer a interação e participação de todos, e permitir que
cada um torne-se o sujeito de seu processo de aprendizagem. Sempre que o aluno
tiver contato com a língua inglesa, devemos transformar este momento em uma
oportunidade única de aprender mais e mais.
5
2 SUGESTÃO DE EXERCÍCIO PARA SALA DE AULA
Film
Fonte: semradar.com.br
• Grammar-Translation:
6
• Vocabulário apresentado em listas.
• Prática oral: “drill” (repetição/fixação).
• Prática escrita: repetição de frases novas.
• Dentro das quatro habilidades da língua inglesa; speaking (fala), reading
(leitura), writing (escrita), listening (compreensão auditiva), ultiliza-se apenas duas
delas: reading e writing.
• O método enfatiza a leitura e a escrita.
• As palavras são trabalhadas fora de um contexto, apenas são listadas:
(play, drink, eat...).
• As provas são feitas com um texto e a sua respectiva tradução.
1. Trabalhando a gramática
• Os alunos acompanham com o professor, no livro texto, o significado e
a descrição dos “Phrasal Verbs”.
• Os “Phrasal Verbs” desconhecidos são listados após a descrição.
• Os alunos deverão fazer a tradução desta lista.
For example:
or
7
get on take put
over off
break go by gro
in w up
show put up thi
off nk over
1. The police the house late at night.
When the students are finished with this exercise, they read their
answers aloud.
The students are asked to read a passage. At the end of the passage there is a
list of vocabulary items that appeared in the passage. The list is divided into two parts:
the first contains words, and the second, sentences. Next to each is a translation and
the students are asked to memorize the translation for homework, and also write a
sentence in English using each word learned.
It is a lovely spring morning. At nine o’clock, Mary and her group arrived in the
studio. They start playing a beautiful song. Mary woke up at six o’clock in the morning.
They were not worried about the time. After three long hours they felt hungry and
decided to go away for lunch…
List of
vocabulary:
Part one:
Worry – preocupar
Hungry – faminto
8
Part two: Lovely spring morning
– linda manhã de primavera
Go away
4 AUDIO – LINGUAL
9
4.2 Exemplos de atividades feitas em sala de aula:
Suzi:
Hello, Fred. Fred:
Hello, Suzi. Suzi:
How are you?
Fred: I’m fine, thanks.
And you? Suzi: Fine. Where are
you going? Fred: I’m going to
the bus station.
Suzi: Oh! I need to go there too. Shall we go
togheter? Fred: Sure. Let’s go!
Teacher says: listen again and repeat, please!
They repeat each line several times before moving on to the
next line. Teacher: repeat after me: bus station
Students: bus
sation. Teacher: to the
bus station. Students: to
the bus station.
Teacher: going to the bus
station. Students: going to the bus
station. Teacher: I’m going to the
bus station. Students: I’m going to
the bus station.
(2) The teacher will drill new lines and introduce some new vocabulary items.
Teacher says: I’m going to the library.
Students: I’m going to
the library.
Teacher: supermarket.
Students: I’m going to the supermarket.
Teacher: drugstore.
10
Students: I’m going to the
drugstore.
Teacher says: I have some
books.
Students: I have
some books.
Teacher: dictionaries.
Students: I have some
dictionaries.
Teacher: paper.
Students: I have some
paper.
Teacher says: I need
some sugar. Students: I need
some sugar.
Teacher: rice.
Students: I need
some rice.
Teacher: carrots.
Students: I need some carrots
Teacher says: I’m going to the library and I need some
books. Students: I’m going to the library and I need some
books.
Teacher: supermaket/sugar
Students: I’m going to the supermarket and I need
some sugar.
Teacher: drugstore/medicine
Students: I’m going to the drugstore and I need some
medicine.
3)Situational:
O método Situational é muito parecido com o método Áudio-lingual, citado
anteriormente. Entretanto, há uma diferença na apresentação dos diálogos que são
feitos através de situações criadas (exemplo: em um banco, em um correio).
11
Características do Situational:
• Método indutivo – primeiro o exemplo depois a explicação (direcionado).
Fat/ thin
12
• Is she fat?
Fair/dark
• Are they fair?
13
6 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO UTILIZADAS NA LÍNGUA INGLESA
Oral Listening Sp
(compreensão auditiva) eaking
(fala)
Escrita Re W
ading riting
(leitura) (escrita)
6.2 Como esse conceito deve ser aplicado à sala de aula/língua estrangeira.
Devemos lembrar que aprender uma língua não é apenas saber a gramática e
o seu vocabulário. Entendemos que para “saber” uma outra língua é preciso utilizá-la
adequadamente. O professor, dentro desse conceito, precisa trabalhar com os alunos
o desenvolvimento das habilidades de cada um, permitindo-lhes entender o inglês
que está no seu cotidiano através da internet, TV, rádio, lojas, shoppings,
camisetas e comidas.
7 O ALUNO AUTÔNOMO
14
O professor precisa ajudar o aluno a desenvolver a autonomia, mostrando a
ele a importância de tomar iniciativas para desenvolver seus conhecimentos e
habilidades.
No processo de aprendizagem onde o foco é a autonomia, o aluno sofrerá
mais exigências, ele trabalha mais e o professor é apenas um facilitador do processo.
Seu conhecimento será através de realização de projetos e na aplicação do
conhecimento adquirido.
A autonomia deve ser promovida aos poucos pelos professores, já que o aluno
está mais acostumado com salas de aula tradicionais. O professor não precisará
ser solicitado o tempo todo, dentro e fora da sala de aula. Este processo deve
ser inserido gradativamente na prática do ensino aprendizagem.
8 A FALA
15
relutantes em participar da atividade proposta e podem também causar um
afastamento entre professores e alunos.
Devemos lembrar que uma comunicação que foi bem sucedida em uma sala
de aula, não significa que será comunicação bem sucedida fora dela.
Uma importante atitude do professor em relação à correção de erros dos
alunos é não interrompê-los no momento da produção oral, mas anotar os erros
e posteriormente comentá-los sem identificar quem os cometeu.
• Prepare cards of paper with diferent names of famous people (example: Julia
Roberts, Richard Gere, Beckam, Denzel Washington, Madonna).
• Put the students in a circle.
16
• Give the cards to the students.
• Using the new names practicing: “Is your name...?” “No, it isn’t, it is ...”
(2)
Pair work:
Student A look at the picture (a) for one minute. Then tell your partner, student
B, who has got the picture (b), the names of the clothes and their colours.
Now change roles: student B look at the picture (b) for one minute. Then tell
your partner, student A, who has got the picture (a), the names of the clothes and their
colours.
(a) (b)
9.2 A leitura
(Seymour O’Connor)
17
As estratégias de leitura mais conhecidas são: scanning e skimming.
• Consultar o dicionário.
• Prever o conteúdo através do título ou ilustrações.
• Fazer uma leitura rápida e responder a algumas perguntas.
• Ensinar algumas palavras-chaves.
• Dar atividades pós-leitura como completar uma tabela de nomes.
• Fornecer um texto incompleto e pedir para fazer o final.
• Discutir tópicos do texto antes da leitura.
18
9.4 Exemplos de atividades feitas em sala de aula:
Interpretação de texto (Multiple Choice): Read the text below and answer
the questions:
Deals on wheels
Every weekend, thousands of Londoners get out of bed at dawn and turn shopkeeper for
the day at car – boot sales.
Legend has it that boot fairs first started, 25 years ago when a group of friends cleared
out their houses. Finding themselves with boxes full of unwanted toys, households appliances,
old clothes and garden tools, they loaded up their cars, set up camp with a “for sale” sign, and
sold the lot.
Time was when all you had to do was drive to a site and sell your unwanted clobber out
of the back of the motor – and this is still true for many fairs.
The important difference between boot fairs and proper markets, however, is that car
booting is cheap. You don’t need a market licence, which is both expensive and hard to come by.
Some boot fairs, particularly those held in outer London and on green – belt sites, have
been criticised for excessive traffic congestion, noise and litter. The London Boroughs Association
recently called for the repeal of the law which allows operators to hold such fairs on open land for
14 days a year without applying for planning permission.
Boot fairs usually take place on weekends, particularly Sundays.
Read the text below and complete the gaps with a suitable word
The Test
An Alexander County Deputy pulled a car over on I-57 about 2 miles north of the Missouri state line. When the Deputy asked
the driver why he was , the driver answered that he was a magician
and a juggler and he was on his way to Branson to do a show that night and didn't want to be late.
The deputy told the driver he was fascinated by juggling, and if the driver would do a little juggling for him that he
wouldn't give him a .
The driver told the deputy that he had sent all of his equipment on ahead and didn't have anything to juggle.
The deputy told him that he had some in the trunk of his squad car and asked if he could juggle them.
The juggler stated that he could, so the deputy got three flares, lit them and handed them to the juggler.
While the man was doing his juggling act, a car pulled in behind the squad car, a drunk got out and watched the performance
, he then went over to the squad car, opened the rear door and got in.
The deputy observed him doing this and went over to his squad car, opened the door and asked the what he thought he
was doing.
The drunk replied, "Might as well take me on to jail, there's no way in hell I can pass that test."
(www.short-funny-stories.com)
19
10 A ESCRITA
20
11.1 Maneiras de corrigir um texto:
12 O ENSINO DA GRAMÁTICA
21
12.2 Exemplos de atividades feitas em sala de aula:
(1) (a) Read the e-mail and circle all the mistakes you find:
years old.
Are you
18 years old
Cuban. And
you? Bye!
MariaLopez
22
(b) Now rewrite the correct e-mail :
November 13, 2007
8:00 a.m
Hello! Good …
Bye!
Maria Lopez
(2) BINGO:
Entregue as cartelas e os grãos de feijão aos alunos. Nas cartelas os verbos
estão no infinitivo. Diga o verbo no Simple Past. Os alunos devem verificar se o
infinitivo do verbo está na cartela e, caso esteja, devem marcar a palavra com um
grão de feijão. Vence quem marcar uma fileira inteira, na vertical ou na horizontal.
B C D
A
23
3 have live sen cut
d
8 k
A B C D
24
13.1 Sugestões de atividades para “listening”:
(1) (Colocar CD ou DVD) Listen to these interviews and complete the table:
25
Did I not tell you that I'm not
like that boy The one who likes it all
away - yeah
CHORUS:
Won't mess me up
26
Listen to the conversation and answer the questions:
It’s Friday morning and three friends are talking about what they are going to do
at the weekend.
1- The goal of the game is to:
c) Take something.
2- If you get hit with ink;
3
1
5
6
1
Fonte:www.pintarcolorir.com.br
2
Fonte: www.tudodesenhos.com
3
Fonte: sonhoesignificado.blogspot.com.br
4
Fonte: profissoes.colorir.com
5
Fonte: sp.olx.com.br
6
Fonte: www.blancodesigns.com.br
27
7
11
12
10
DUSTMAN SECRETARY LAWYER
DENTIST CLEANER DOORMAN
PILOT MODEL REPORTER
POLICE OFFICER POSTMAN STUDENT
Procedimento:
• recortar todos os quadros e plastificá-los.
• espalhar sobre uma mesa ou no chão.
• formar pares que combinam figura e nome da profissão.
• cada um deve jogar apenas uma vez na rodada, se formar um par pode
repetir a jogada.
• quem fizer maior número de pares vence o jogo.
Objetivo:
Fazer associação entre vocabulário e imagem para facilitar o aprendizado.
7
Fonte: publicdomainvectors.org
8
Fonte: www.lilianpacce.com.br
9
Fonte: anapaulacaggiano.blogspot.com.br
10
Fonte: www.tudodesenhos.com
11
Fonte: brogdoxicotripa.blogspot.com.br
12
Fonte: www.tudodesenhos.com
28
Objetivos: apresentação para os primeiros dias de aula.
Procedimento:
Recortar quantidades suficientes de cartões do tamanho de uma ficha, pedir o
aluno que escreva seu nome no centro e ao redor do nome várias informações
pessoais, tais como, horóscopo, cor favorita, comida favorita, matéria favorita, nome
de uma pessoa querida, uma característica importante, um evento importante de sua
vida e outras informações relevantes.
Depois que os alunos terminarem de confeccionar, colocam a ficha de
identificação no peito. Os alunos caminham pela sala, olhando e lendo as fichas dos
colegas de classe. O professor pede que se conheçam ao máximo, perguntando
sobre o conteúdo da ficha. Depois se senta e cada aluno vai dizendo quantos colegas
conheceram e o que mais lhe chamou a atenção nas fichas. Esta atividade é
apropriada para a primeira semana de aula em um grupo novo.
(3) CROSSWORDS
Red Happy
Blue
Susan
Family
29
Mother Father Aunt Uncle
Numbers
30
(2) PUZZLES
Across Down
1. four 1. ten
2. eight
3. five
4. eleven
6. one
5. three
8. twelve
7. nine
9. seven
8. two
10. six
11. tem
31
................................................
.......
................................................
........
................................................
Clothes
.......
• Match the clothes with their names:
A 13 ( ) SHORTS
13
Fonte: www.colorirgratis.com/desenhos-de-material-esportivo-para-colorir.html
32
B ( ) BOOTS
14
C ( ) SWEATS
15
HIRT
D 16
( ) SNEAKER
S
17
E ( ) JEANS
14
Fonte:br.guiainfantil.com/albuns/desenhos-para-colorir-e-pintar/desenhos-de-roupas-para-pintar-com-as-
criancas/desenho-de-calca-comprida-para-pintar/
15
Fonte: www.colorirgratis.com/desenhos-de-roupa-de-papai-noel-para-colorir.html
16
Fonte: www.tudodesenhos.com/d/blusa
17
Fonte: www.tudodesenhos.com/d/short
33
(5) ATIVIDADE ORAL
Objetivos: promover o desenvolvimento da oralidade.
Procedimento:
Student A: you have a copy of your Schedule for this year. Your friend has
got one too, but from a different level. Ask the following questions to your friend and
then he is going to ask you some questions too.
34
4. What time do you finish lunch?
5. What time does your first class finish?
6. Which one is Mr. Gonzales’ subject?
7. Which number is your laboratory class?
8. Have you got English class?
Student B: you have a copy of your Schedule for this year. Your friend has got
one too, but from a different level. Ask the following questions to your friend and then
he is going to ask you some questions too.
(12:05-
5th Geography 415 Olivia
12:30)
term (12:35-
1:30) 6th Laboratory 305 Dennis
term (1:35-
2:30)
Ask your friend:
35
8. What time do you finish school everyday?
14 ATIVIDADE ESCRITA
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
ATIVIDADE ESCRITA
Objetivos: promover o desenvolvimento da escrita e da gramática.
36
14.1 Atividade escrita e/ou oral
37
Martial status: Married to Victoria Current club: Real Madrid (Spain) Position:
Midfield
Squad number: 23
David and Victoria have two sons, Brooklyn & Romeo. David has Brooklyn's
name tattooed on his lower back and Romeo's across the back of his shoulders. He
also has Victoria's name tatooed on his arm in Hindi.
38
15 BIBLIOGRAFIA
SWAN, Michael & WALTER, Catherine. The New Cambridge English Course:
England: Cambridge University Press, 1994.
39
16 LEITURA COMPLEMENTAR
40
como um dos pontos centrais do processo de ensino-aprendizagem. Como podemos
observar nos PCNs-LE que diz:
41
Em seguida, conforme mencionado descrever-se-á o estudo das metodologias
e técnicas para aquisição da linguagem no processo de aprendizagem de língua
estrangeira na escola Rainha da Paz no município de Vale de São Domingos.
Finalizando, será estudado o contexto, o objeto do trabalho, o qual diz respeito ao
ensino da língua estrangeira, para então se fazer algumas considerações finais acerca
do tema estudado.
O problema
O problema que envolve o tema está expresso em forma de algumas perguntas
relevantes do ponto de vista teórico e prático, assim formuladas:
Como os professores têm feito uso das metodologias e técnicas descritas para
o ensino de língua inglesa?
Objetivos
O objetivo geral da presente dissertação consiste na análise do processo de
aquisição de língua estrangeira na Escola Rainha da Paz, em especial, o ensino
fundamental, a partir das metodologias e técnicas para aquisição da linguagem.
Entre os objetivos específicos destacamos o seguinte: descrever as diferentes
abordagens de ensino de língua estrangeira e as metodologias e técnicas
desenvolvidas na aprendizagem de uma segunda língua na Escola Rainha da Paz no
município de Vale de São Domingos.
Metodologia
A realização de um trabalho com estas características e objetivos requer o
desenho preciso do horizonte metodológico onde ele será inserido. A princípio,
busca-se orientação através dos conceitos acerca do tema em questão, objetivando
facilitar sua compreensão e desenvolvimento.
Os meios pelos quais se pretende buscar a fundamentação necessária para
discorrer a respeito deste tema, bem como, encontrar as respostas para as questões
norteadoras que motivaram a pesquisa, consistirão no desenvolvimento de uma
análise através da matriz teórica: a analítica. O método de trabalho compreende a
utilização do método histórico-comparativo na busca dos subsídios necessários para
o seu desenvolvimento.
42
Para tanto, as questões norteadoras que motivaram a pesquisa consistirão em
um levantamento bibliográfico, baseado em material publicado em livros, periódicos,
Internet, e também no relatório obtido na escola escolhida para a observação, entre
outros.
AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM
No Brasil, a mudança na educação vem sendo cada vez mais discutida. Esta
reorganização do ensino Fundamental é devido ao processo de universalização da
educação básica que começou a partir do século XX.
O mundo vem evoluindo a cada dia e a escola não pode ficar estagnada no
tempo com o desenvolvimento da indústria, a expansão dos meios de comunicação
e da tecnologia, os métodos e conteúdos da escola tornaram-se um fator a ser
questionado e discutido.
A proposta de reformulação do ensino de Língua Estrangeira é de longas
datas. Desde épocas anteriores a nossa, já se percebia a necessidade de mudanças,
pois o maior fator de reprovação escolar em todos os âmbitos era a deficiência na
leitura e na escrita.
Segundo Ubiratan D’Ambrósio: “a educação prepara os indivíduos para o
exercício da cidadania plena, ajudando-os a exercer seus direitos associados as
responsabilidade e deveres de todo o cidadão consciente e crítico” (P.E.P. EMT.
1995, p. 10)
Alguns tempos atrás, uma nova proposta de ensino de Língua Estrangeira vem
consolidar o pensamento de Ubiratam D’ Ambrósio, pois, para que o homem exerça
sua cidadania é preciso que ele domine a linguagem.
O mundo contemporâneo, em constantes mudanças, exige cada vez mais da
sociedade um preparo educacional maior e de melhor qualidade. Estima-se que,
atualmente, mais de milhões de pessoas falam o inglês em todo o mundo. Isso
ocorre devido ao grande poderio político e econômico do império britânico, associado
ao crescimento dos meios de comunicações e, hoje, principalmente, à globalização.
Disse Schütz (2003) numa Palestra apresentada no III Seminário Internacional
em Letras da UNIFRA / Santa Maria-RS, que:
43
demonstram como o mundo evoluiu a ponto de tornar-se uma vila global, e o
quanto necessário é que se estabeleça uma linguagem comum. (SCHÜTZ,
2003)
Neste sentido, para que isso aconteça é preciso que a escola leve a todos os
seus alunos os saberes linguísticos. Esta é uma das responsabilidades da escola:
tornar acessível aos alunos conhecimentos que os possibilitem exercer a cidadania.
Por isso, o ensino da Língua Estrangeira não pode ser apenas o ensino da
gramática, com exercícios contínuos de descrição gramatical, estudos de regras e
hipóteses de problemas, usando frases e termos descontextualizados.
De acordo com Paiva:
44
Neste sentido, a gramática não pode ser ensinada desvinculada das práticas
de linguagem, a gramática trabalhada de maneira desarticulada da linguagem serve
apenas como mais um conteúdo que precisa ser decorado para tirar notas na prova.
MÉTODOS DE ENSINO
No decorrer do processo de evolução do ensino de línguas estrangeiras, foram
desenvolvidas diversas abordagens ensino, cada qual apresentando uma visão
particular acerca do que é língua, e qual o melhor modo de ser ensinada e aprendida
(LEFFA, 2003).
De acordo com Anthony, quando se fala em metodologia, fala-se no nível nos
quais suposições e crenças acerca da língua e da aprendizagem de língua são
especificadas (apud RICHARDS e RODGERS, 1986).
Para Franzoni (1992) os métodos e técnicas de ensino se modificam na medida
em que variam seus pressupostos, dentre os principais métodos, pode-se destacar:
Método de gramática-tradução
Neste tipo de metodologia, o processo de ensino – aprendizagem não tem
como objetivo o foco no significado das expressões dos alunos, porém e apenas na
forma da língua.
Neste tipo de abordagem, a finalidade de se estudar uma língua estrangeira
consiste em prender a língua intelectualmente, possibilitando com isso o acesso a
textos literários, bem como um domínio da gramática normativa.
Apesar de ser amplamente criticada como ultrapassada e normativa devemos
à tradição gramatical que remonta à antiguidade greco-romana boa parte de nossa
informação gramatical. A classificação das palavras e suas variações tal qual são
ensinadas hoje em dia, é uma herança que recebemos da análise gramatical proposta
pelos gregos.
Pitágoras, no século V a.C., estabeleceu para a língua grega os três gêneros e
Platão distinguiu os nomes dos verbos. Aristóteles, no séc. IV a.C., denominou de
intermediário o gênero que hoje intitulamos de neutro e identificou variações temporais
no verbo grego. Os estóicos distinguiam quatro partes do discurso: nome, verbo,
conjunção e artigo, sendo que o adjetivo integrava a classe do nome.
Os alexandrinos estabeleceram paradigmas flexionais e acrescentaram às
categorias do nome, verbo, conjunção e artigos, as classes do pronome, advérbio,
45
preposição e particípio. A disciplina gramática, tal qual conhecemos hoje, aparece na
época helenística (NEVES, 2002, p.50).
Outro gramático de extrema importância à história da gramática ocidental foi
Apolônio Díscolo, do II século d.C. A sua importância deve-se ao fato de ele ter
inaugurado os estudos da análise sintática. Além disso, a sua obra é muito extensa,
os assuntos tratados cobrem quase todo o campo da análise linguística e o peso das
suas conceituações é bastante forte na história das ideias gramaticais (NEVES, 2002,
p.52).
No século XX inauguram-se duas grandes correntes que influenciaram
sobremaneira as gramáticas científicas: o estruturalismo e o funcionalismo. Na história
da gramática tradicional, nos impressiona o fato de que todos estes estudiosos
mencionados, cada um em seu tempo, com as suas ideologias vigorantes, trataram a
língua como uma matéria que não se esgota em si mesma em termos de
conhecimento. Dos estudiosos clássicos aos contemporâneos, todos de alguma forma
influenciaram as gramáticas tais quais conhecemos hoje. Uns menos, outros mais.
Uns de forma mais contributiva, outros menos.
Assim, no caso da língua estrangeira, a maioria dos livros didáticos são
construídos por regras gramaticais, listas de vocabulário e frases para tradução.
Desta forma, falar a língua estrangeira não representa o objetivo, sendo que a
prática oral consiste no fato dos alunos lerem em voz alta as frases que eles traduzem,
as quais, por sua vez, são construídas para ilustrar o sistema gramatical da língua.
Dentro desse contexto, a língua é então concebida como uma estrutura, na qual
o importante é aprender as suas regras e formas.
Método direto
O método direto tem por princípio fundamental o fato de que o aprendizado de
uma língua estrangeira deve ocorrer por meio do contato direto com esta. A língua
materna, portanto, deve ser excluída da sala de aula.
No que se refere às atividades propostas aos alunos, Cestaro (2002) afirma
serem as mesmas diversificadas, tais como: a) compreensão do texto e dos exercícios
de gramática, b) transformação a partir de textos de base, c) substituições, d)
reemprego de formas gramaticais, e) correção fonética e; f) conversação.
Ainda segundo Cestaro (2002), os exercícios de conversação têm por base
perguntas / respostas, perguntas essas fechadas, nas quais se realiza uma
46
preparação oral dos exercícios os quais, por sua vez, devem seguir um modelo
anteriormente proposto.
Método oral e ensino de línguas situacional
De acordo com o ensino de línguas situacional, a língua é concebida como
sendo um conjunto de estruturas relacionadas a situações.
A teoria de aprendizagem desta abordagem consiste no tipo de hábito de
aprendizagem. Para tanto, utiliza-se de frases previamente prontas, que são
apresentadas aos alunos e relacionadas a diferentes situações ou contextos para que
esses as memorizem e repitam.
Frisby (1957 apud RICHARDS e RODGERS, 1986, p.36), cita o ponto de vista
de Palmer como autoritário: “Como Palmer apontou, há três processos na
aprendizagem de língua – receber o conhecimento ou o material, fixá-lo na memória
por repetição e usá-lo numa prática real até ele se tornar uma habilidade pessoal”.
Desse modo, frases já prontas são apresentadas aos alunos, sendo
relacionadas a diferentes situações ou contextos para que os alunos as memorizem e
repitam. Esses exercícios de repetição são referidos como ‘drills’.
Método áudio-lingual
As atividades da metodologia áudio-lingual consistem em diálogos e ‘drills’. Os
alunos não utilizam a sua criatividade nem suas experiências prévias, tendo em vista
o fato de utilizarem diálogos previamente criados no sentido de fornecer os meios para
contextualizar as estruturas principais da língua, bem como, ilustrar as situações em
que as mesmas podem ser aplicadas, como alguns aspectos culturais da língua-alvo
(RICHARDS e RODGERS, 1986).
Abordagem comunicativa
Uma das principais inovações da abordagem comunicativo em relação às
demais anteriormente citadas diz respeito ao fato desta preocupar-se em levar para a
sala de aula materiais e tarefas que têm como preocupação central o significado ao
invés da forma da língua.
De acordo com Richards e Rodgers (1986), o ensino comunicativo de línguas
encontra as suas origens no processo de mudanças da tradição de ensino na década
de1960. Aabordagem comunicativa do ensino de línguas parte de uma teoria de língua
como comunicação.
47
Assim sendo, a finalidade central do ensino de línguas consiste no
desenvolvimento da chamada “competência comunicativa” (RICHARDS e RODGERS,
1986).
A competência comunicativa
O termo competência comunicativa foi proposto por Dell Hymes (1979), sócio-
linguista norte-americano, para definir os aspectos envolvidos na aprendizagem de
língua materna sob um enfoque funcional da língua. Dell Hymes analisa a organização
dos recursos de fala e dos repertórios que os falantes utilizam em diferentes contextos
e nas diversas interações humanas, a fim de descobrir as competências e habilidades
dos indivíduos para se comunicarem, sem dissociá-los da comunidade linguística a
que pertencem.
O sentido de competência comunicativa conceitua a língua, não como um
comportamento individual, porém, como um comportamento de muitos sistemas
simbólicos que membros de uma sociedade usam para se comunicarem.
Dell Hymes (1979) menciona vários fatores que interagem para determinar a
competência comunicativa, entre eles, a capacidade gramatical e a aceitação. Esta
última originada em parâmetros básicos expostos em quatro fatores para garantir a
comunicação: ser formalmente possível; ser possível em relação ao significado
comunicativo disponível; ser adequado ao contexto no qual é usado e avaliado; ser
desempenhado de fato.
Em suma, a competência comunicativa, para Dell Hymes, pode ser definida
como a capacidade do indivíduo de conhecer o sistema linguístico (incluindo os
conhecimentos psicolinguísticos, sociolinguísticos e pragmáticos) e a habilidade de
saber o quê, para quem e como produzir enunciados adequados a qualquer situação.
Esse enfoque de Dell Hymes gerou a abordagem comunicativa no ensino de
línguas, influenciando principalmente o ensino de língua estrangeira. Essa abordagem
considera necessárias no ensino tanto a competência linguística, como o uso dessa
competência em situações concretas de comunicação.
Canale (1984), baseado nas idéias de Dell Hymes, desenvolveu um modelo de
competência comunicativa que envolvia a competência gramatical, a competência
sociolinguística, a competência discursiva e a competência estratégica.
A competência gramatical diz respeito ao domínio da língua, entendida como
um sistema, englobando os conhecimentos fonológicos, morfológicos, sintáticos e
48
semânticos, além de pronúncia e ortografia. A competência sociolinguística
compreende os fatores de uso da língua em diferentes contextos, depende de fatores
contextuais como o status dos participantes, o propósito da interação, além das
normas e convenções dos grupos sociais e do repertório do indivíduo. A competência
discursiva diz respeito à conexão de uma série de orações e frases com a finalidade
de formar um todo significativo. Este conhecimento tem de ser compartilhado pelo
falante/escritor e ouvinte/leitor. A competência estratégica é entendida como a
competência para compensar a falta de conhecimento das regras de uso da língua.
Travaglia (2000, p.19) também insere a questão ao contexto sócio-cultural do
falante. Considera a competência comunicativa como uma:
49
Principais características da abordagem comunicativa
Dentre as principais características da abordagem comunicativa pode-se
destacar: a) enfatizar a produção de significado, de sentido em detrimento das formas
do sistema gramatical e; b) ensinar a língua estrangeira de modo que a mesma se
aproxime das situações exteriores à da sala de aula, denominadas por alguns autores
de ‘mundo real[1]’.
De acordo com Littlewood (1981), a abordagem comunicativa abre uma ampla
perspectiva na língua, uma vez que, considera a língua não apenas em termos de
suas estruturas (gramática e vocabulário), mas também em termos de funções
comunicativas que ela representa.
Desta forma, passa-se então a observar não somente as formas da língua,
contudo, também o que as pessoas fazem com estas formas no momento em que
elas desejam se comunicar (LITTLEWOOD, 1981).
Na mesma direção, afirma Almeida Filho (1993), que o ensino comunicativo
consiste naquele que organiza as experiências de aprender em termos de atividades
relevantes, tarefas de real interesse, bem como as necessidades a fim de que o
mesmo possa adquirir a capacidade de utilizar a língua-alvo para realizar ações reais
na interação com outros falantes-usuários dessa língua.
Segundo Thompson (1996), são várias as concepções equivocadas que alguns
professores de língua estrangeira possuem acerca da abordagem comunicativa,
sendo que uma delas diz respeito ao ensino da gramática, tendo em vista o fato de
muitos professores afirmarem que o ensino da gramática não ocorre na abordagem
comunicativa.
Para Thompson (1996), tal afirmação é incorreta, pois o que se tem é uma nova
concepção em substituição ao tratamento tradicional das regras gramaticais. Para o
autor, na medida do possível, os alunos são inicialmente expostos à nova língua num
contexto compreensível, assim, eles são capazes de entender a sua função e o seu
significado e então depois é que a atenção deles é voltada para examinar as formas
gramaticais que foram aplicadas para expressar aquele significado.
Neste sentido, a abordagem comunicativa inova em relação às demais
abordagens, tendo em vista se preocupar primeiramente com o domínio dos
significados da língua ao invés da forma.
A segunda característica da abordagem comunicativa consiste no fato de que
o ensino de línguas deve se aproximar das situações exteriores à sala de aula – o
50
“mundo real”. Assim sendo, a sala de aula deve fornecer oportunidades para o ensaio
de situações e comunicações da vida real, por meio de simulações, debates, diálogos,
etc.
Para Leffa (2003) os diálogos utilizados no processo de ensino-aprendizagem
devem apresentar personagens e situações reais de uso da língua, incluindo os ruídos
que normalmente interferem no enunciado, tais como conversas de fundo, vozes
distorcidas no telefone, sotaques, etc.
No caso dos textos escritos, não se deve restringi-lo aos livros ou artigos de
revistas, porém abranger todas as modalidades de impresso como jornais, cartas,
formulários, catálogos, cardápios, mapas, bilhetes, cartões, etc. A utilização de textos
simplificados deve ser evitada, uma vez que prejudica a autenticidade do material
(LEFFA, 2003, p. 14-15).
Professora A: 6ª série.
Conceito: Progressão com plano de apoio pedagógico.
“... reconhece o verbo to be affirmative fom, negative form, negative fom,
indefinit articles, A, AN. Tem conhecimento que os demonstratives this esta no
51
singular these no plural, that no singular e those no plural. Identifica algumas
palavras dentro de um dialogo em ingleses as estações do ano os meses e os
números ordinais de0 a 10. Apresenta certa dificuldade na pronuncia e escrita. O
aluno é participativo e desenvolve quase todas as atividades trabalhadas.”
Professora B: 7ª série.
Conceito: Progressão com plano de apoio pedagógico.
“...indentifica com certa dificuldade os vocabularys (the clothes, the human
body, sea Animal, Greetings, Words, Seasns, Professions). Reconhece com
dificuldade os cardinais numbers from 1 to 50 e aprendeu com dificuldade as
continhas de plus and minus em inglês, assimilou com muita dificuldade a introdução
do verbo to be no simple present tense (affirmative and contracted form) long and
short, affirmative, os definit article, apresenta certa dificuldade na produção e
tradução das frases em inglês e na pronuncia das palavras. Os conteúdos foram
trabalhados através de leituras, interpretações e produções de diálogo e
apresentação de leituras de textos para treinar a pronuncia das palavras, exercícios,
teatro, dinâmica, sendo avaliada através de participação, assiduidade,
desenvolvimento das atividades, trabalhos individuais e em grupos, porem
apresentou dificuldades nos conteúdos trabalhados obtendo resultado satisfatório.”
Professora B: 7ª série.
Conceito: Progresso simples
“... identifica com muita facilidade as forms do verb to be (affirmative,
Interrogative and negative and Plural), reconhece com facilidade os demonstrative
pronouns ( This and that), assimilou muito bem a definição dos articles ( the and
a/an) definido e indefinido,e long and short, affirmative, tem facilidade na produção
e tradução de frases em inglês e na pronuncia das palavras. Os conteúdos foram
trabalhados através de leituras, interpretações e produções de diálogos e
apresentação de leitura de textos para treinar a pronuncia das palavras, exercícios,
teatros, dinâmicas sendo avaliada através de participação, assiduidade,
desenvolvimento das atividades, trabalhos individuais e em grupos, obtendo
resultado satisfatório.”
Professora B: 7ª série.
52
Conceito: Progresso simples.
“... identifica com certa dificuldade os vocabularys (the clothes, the human
body, sea Animal, Greetings, Words, Seasns, Professions). Reconhece com
dificuldade os cardinais numbers from 1 to 50 e aprendeu com dificuldade as
continhas de plus and minus em inglês, assimilou com muita dificuldade a introdução
do verbo to be no simple present tense (affirmative and contracted form) long and
short, affirmative, os definit article, apresenta certa dificuldade na produção e
tradução das frases em inglês e na pronuncia das palavras. Os conteúdos foram
trabalhados através de leituras, interpretações e produções de diálogo e
apresentação de leituras de textos para treinar a pronuncia das palavras, exercícios,
teatro, dinâmica, sendo avaliada através de participação, assiduidade,
desenvolvimento das atividades, trabalhos individuais e em grupos, porem
apresentou dificuldades nos conteúdos trabalhados obtendo resultado satisfatório.”
Professor C: 7ª série.
Conceito: Progressão com plano de apoio pedagógico.
“..identifica com certa dificuldade os Adjetives and Opposites, Words in English
as forms do verb to have (affirmative and negative and plural), reconhece com
dificuldade os Adjectives Pátrios, assimilou com dificuldade as Interrogative words:
(What, Who and Where) e long and short, affirmative, apresenta certa dificuldade na
produção e tradução de frases em inglês e na pronúncia das palavras. Os conteúdos
foram trabalhados através de leituras, interpretações e produções de diálogo e
apresentação de leitura de textos para treinar a pronuncia das palavras, exercícios,
teatro, dinâmica, sendo avaliada através de participação,assiduidade,
desenvolvimento das atividades, trabalhos individuais e em grupo, porém apresentou
dificuldade nos conteúdos, trabalhados, obtendo resultado satisfatório.”
ANÁLISE DA COLETA DE DADOS.
Segundo os PCN-LE (Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Estrangeira), os profissionais da educação devem envolver o aluno como um ser
discursivo na construção do conhecimento de habilidades comunicativas da própria
língua e também de língua estrangeira. Essa construção deve ser feita com interação.
[2]
53
No material coletado na Escola Rainha da paz, nota-se que os professores
trabalham numa visão tradicional, sendo que o primeiro assunto a ser relatado em seu
relatório é a gramática. Como veremos a seguir:
[...] reconhece o verbo to be affirmative fom, negative form, negative fom,
indefinit articles, A, AN. Tem conhecimento que os demonstratives this esta no singular
these no plural, that no singular e those no plural. Identifica algumas palavras dentro
de um dialogo em ingleses as estações do ano os meses e os números ordinais de0
a 10 [...] (PROFESSORA A)
Percebemos que a professora A trabalha o “verbo to be...” administrando
conteúdo de forma descontextualizada dando ênfase a conteúdos gramaticais, sendo
assim, ela é tradicional [3] em alguns momentos e comunicativa em outros.
Percebemos que a professora A trabalha com diálogo em inglês na sala de
aula, forma esta que quando bem trabalhada pelo professor, proporciona aos alunos
familiarização com palavras do idioma almejado, para Leffa (2003) “os diálogos
utilizados no processo de ensino-aprendizagem devem apresentar personagens e
situações reais de uso da língua”, para que essa metodologia se enquadre na
categoria de abordagem comunicativa. Neste sentido, não temos subsídios suficientes
para definir se essa professora trabalha o diálogo adequadamente em sua sala de
aula.
Ao mesmo tempo em que é tradicional, a professoras B e C trabalham com
teatro, dinâmica e diálogos, que são atividades propostas pela abordagem
comunicativa. Como segue:
[...] Os conteúdos foram trabalhados através de leituras, interpretações e
produções de diálogo e apresentação de leituras de textos para treinar a pronuncia
das palavras, exercícios, teatro, dinâmica[...]. (PROFESSORA B e C)
A partir desta perspectiva, pressuponho que o professor B e C tiveram como
objetivo, nas aulas de língua estrangeira, levar o aluno a alcançar uma competência
comunicativa. Diante disso, torna-se imprescindível ter um vínculo entre a escola e o
mundo real como parte indispensável à competência comunicativa. No entanto, para
que esse trabalho tenha um resultado mais satisfatório, há requisitos importantes que
podem ser aplicados como, por exemplo, os diálogos, estes por sua vez devem
apresentar personagens e situações reais de uso da língua e, no caso dos textos
escritos, não se deve restringi-los aos livros ou artigos de revista, porém abranger
todas as modalidades de impresso como jornais, cartas, formulários, catálogos,
54
cardápios, mapas, bilhetes, cartões, etc. Por essa razão não podemos afirmar com
base nos relatórios, se o professor tem desenvolvido as atividades corretamente.
De acordo com o PCN, para se ensinar uma língua estrangeira é fundamental
a compreensão teórica do que seja a linguagem, e qual a sua importância de uso, bem
como, usufruí-la para a construção de significados no mundo no qual vivemos em
sociedade. A aprendizagem tem que ter significado para o aluno, neste sentido, é
importante a interação social no processo de ensino e aprendizado. Outros aspectos
indispensáveis para o sucesso da prática pedagógica é o uso da tecnologia que está
presente em nosso meio, sendo que através dela temos acesso a diversas línguas,
dentre elas o inglês.
Diante disso, com base nos relatórios dos professores A, B e C percebemos
que eles não utilizam a tecnologia, “data chow, sala de informática” que esta disponível
na instituição.
Outro aspecto relevante que os PCNs citam em relação ao ensino é a tarefa
trabalhada com os alunos. Num contexto de ensino aprendizagem de língua
estrangeira, a tarefa deve ter por objetivo facilitar a aprendizagem por meio do
engajamento dos alunos nas atividades em sala de aula, bem como fora dela. Esta
tem que ser bem definida, seu foco deve ter significado para o aluno.
Segundo Willis (1996, p. 23), as tarefas consistem em atividades por meio das
quais a língua alvo é aplicada pelo aluno para alcançar um resultado.
Segue as atividades propostas pelas professoras:
Os conteúdos foram trabalhados através de leituras, interpretações e
produções de diálogos e apresentação de leitura de textos para treinar a pronuncia
das palavras, exercícios, teatros, dinâmicas [...] obtendo resultado satisfatório.
(PROFESSORA B e C).
Neste sentido, temos acima a forma que era o desenvolvimento de tarefas
coordenadas pelas professoras B e C, estas atividades podem ter resultado para os
alunos um momento prazeroso onde o mesmo tenha a oportunidade de interagir,
desenvolver assim a língua alvo, obtendo com isso um resultado satisfatório da
aprendizagem do aluno em âmbito escolar.
Para Willis (1996, p. 23), através da utilização das tarefas, os papéis do
professor e dos alunos passam a ser redimensionados, sendo que o professor deixa
de ser o centro do processo, passando a ocupar o papel de facilitador da
aprendizagem, de gerenciador da realização das tarefas e ainda de planejador delas.
55
Os alunos, por sua vez, passam a ter mais oportunidades para interagir, opinar,
e com isso se envolver com a língua-alvo.
De acordo com Barbirato (2001), a tarefa comunicativa se diferencia dos
demais exercícios pelo fato da mesma não tomar a forma como elemento central, e
sim o sentido, por não focalizar o emprego de regras linguísticas assim como o uso
extensivo de exercícios mecânicos de automatização.
Para Nunan (1989), a tarefa comunicativa consiste naquela tarefa que envolve
os alunos na compreensão, manipulação, produção ou interação na língua-alvo,
sendo o foco de atenção centrado no sentido ao invés de ser centrado na forma.
Nesta perspectiva, a professora A se preocupa mais com a forma porque
trabalha mais conteúdos gramaticais de forma descontextualizada, e as professoras
B e C parecem se preocupar com as duas coisas, pois além de transmitir um
conhecimento sobre a língua, elas também trabalham com atividades comunicativas
como dialogo, teatro dinâmica, que vão ajudar no cotidiano dos alunos, obtendo
assim um resultado melhor com relação ao aprendizado do educando.
Ainda segundo o referido autor, as tarefas de sala de aula são, via de regra,
justificadas em termos de ‘mundo real’ ou em termos pedagógicos. As tarefas com
uma justificativa de ‘mundo real’ demandam dos alunos uma aproximação, em sala
de aula, aos tipos de comportamento que serão exigidos deles no mundo real.
No material coletado pelo relatório não podemos dizer se o conteúdo que as
professoras utilizaram em sala de aula foi ou não voltado para o mundo real dos
alunos, ou seja, para as necessidades atuais deles na aprendizagem de uma
segunda língua.
Segundo o parâmetro de Língua Estrangeira, a organização do ensino no 3º e
4º ciclo[4] deve levar em consideração as características de cada faixa etária de
aluno. Na esquematização dos conteúdos para o 3° ciclo, o professor deverá
considerar que geralmente este é o primeiro contato do educando com a língua
estrangeira também, de modo geral, esta é a idade de muitos conflitos que são
representados pela transformação do corpo, as suas emoções, a afetividade e os
instintos sexuais estão a flor da pele.
Nesta fase, os adolescentes relacionam de forma diferente com o mundo e a
sociedade que os circundam. O educador precisa considerar que esses alunos ainda
não conseguem fazer uma reflexão mais aprofundada sobre o funcionamento e uso
da própria língua, e para que eles possam compreender a construção do significado
56
da língua estrangeira, é necessário que o professor trabalhe concomitantemente
língua materna com a estrangeira para facilitar uma melhor compreensão e
adaptação.
No 4º ciclo à organização dos conteúdos tem que considerar todos estes
aspectos citados anteriormente no 3º ciclo, mas podem ser mais aprofundados
dando ênfase ao trabalho de reflexão sobre a língua como prática social, onde se
possam desenvolver habilidades linguísticas, produzir e interpretar discursos orais e
escritos. Neste ciclo, os conteúdos devem envolver conhecimento de mundo e
textual, englobando os conhecimentos sistêmicos.
Com base no material analisado, observa-se que os professores trabalham de
maneiras apropriadas para cada ciclo, mas ha professores que enfatizam muito os
estudos gramaticais nos ensinos de base, ou seja, no 3º ciclo, “verbo to be affirmative
fom, negative form, negative fom, indefinit articles, A, AN .[...] demonstratives this
esta no singular these no plural, that no singular e those no plural. ( PROFESSORA
A), sendo que segundo o PCN, esse conhecimento deverá ser incluído
gradativamente no 4º ciclo, junto do conhecimento de mundo e textual.
CONCLUSÃO
A amplitude do tema objeto do presente trabalho torna a elaboração de uma
síntese conclusiva uma tarefa árdua. Contudo, procurou-se desenvolver o trabalho
destacando aspectos relativos à aprendizagem de língua estrangeira, partindo das
metodologias e técnicas para aquisição da linguagem na escola Rainha da Paz no
Município de Vale de São Domingos.
Assim sendo, o trabalho teve por objetivo o estudo do processo de ensino-
aprendizagem de uma língua estrangeira, mais especificamente, o estudo do
processo de aquisição de língua estrangeira numa escola pública.
Para tanto, procurou-se inicialmente estudar aquisição da linguagem e sua
contextualização. Em seguida, estudou-se então os principais métodos de ensino,
apresentando as características de cada um, suas principais desvantagens,
destacando-se por último o método comunicativo.
Em seguida, destacou-se o conceito de competência comunicativa e depois se
enfatizou as principais características da abordagem comunicativa, para depois
analisar os relatórios de professores do Ensino Fundamental coletados na escola
Rainha da Paz. A partir desses elementos, foi analisada a questão do ensino da
57
língua estrangeira, fazendo uma descrição do trabalho das professoras da Escola
Rainha da Paz nas aulas de língua. Para tanto nos embasamos nos métodos e
técnicas propostos pelos modelos tradicionais e o proposto pela competência
comunicativa.
Considerou-se a sala de aula um lugar real, onde existem procedimentos,
atividades e comunicações que só acontecem neste contexto.
Para que se possa auxiliar os alunos a usarem a língua estrangeira o máximo
possível, é preciso que o professor os conscientize do significado das tarefas
realizadas. Para que o aluno possa participar de uma aula, onde a interação em
língua estrangeira é o objetivo principal, é importante que ele tenha interesse pelo
conteúdo e a forma ao qual é trabalhado este conteúdo em sala. Desta forma, ele
estará receptivo aos insumos recebidos e também participará dos eventos de sala
de aula, produzindo novos insumos.
Por fim, o presente trabalho não teve como meta o esgotamento do assunto,
mas somente uma tentativa de abordar a questão a partir de alguns parâmetros
escolhidos, sem deixar de reconhecer a existência de inúmeras outras possibilidades
de análise do mesmo.
BIBLIOGRAFIA
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com
certificado http://www.portaleducacao.com.br/idiomas/artigos/56678/abordagem-e-
metodologia-de-lingua-inglesa-no-ensino-fundamental-na-escola#ixzz4FYJjN3wg
58
FRANZONI, P.H. Nos bastidores da comunicação autêntica: uma reflexão em
lingüística aplicada. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992.
59
WILLIS, Jane. A Framework for Task-Based Learning. Longman Handbooks for
Language Teachers, 1996.
60