Aula 18b - Energia
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Aula 18b - Energia
: Ney Alexandre
Energia
✓ Teorema da Energia Cinética
Considere um ponto material de massa m, numa superfície horizontal em relação a
determinado referencial. Sob a ação de uma força resultante constante e horizontal, o ponto
material apresenta, em certo instante, uma certa velocidade escalar. O trabalho da força
resultante nesse deslocamento será dado por:
v 2
− v 2
Pela equação de Torricelli temos: v 2 = v02 + 2ad ad = 0
2
v 2 − v02 mv 2 mv02
Logo: RES = mad RES = m RES = −
2 2 2
➢ Obs.: RES =
(ENEM-2015) Um carro solar é um veículo que utiliza apenas a energia solar para a sua
locomoção. Tipicamente, o carro contém um painel fotovoltaico que converte a energia do Sol
em energia elétrica que, por sua vez, alimenta um motor elétrico. A imagem mostra o carro
solar Tokai Challenger, desenvolvido na Universidade de Tokai, no Japão, e que venceu o
World Solar Challenge de 2009, uma corrida internacional de carros solares, tendo atingido
uma velocidade média acima de 100 km/h.
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Considere uma região plana onde a insolação (energia solar por unidade de tempo e de área
que chega à superfície da Terra) seja de 1000 W/m2, que o carro solar possua massa de 200kg
e seja construído de forma que o painel fotovoltaico em seu topo tenha uma área de 9,0m2 e
rendimento de 30%. Desprezando as forças de resistência do ar, o tempo que esse carro solar
levaria, a partir do repouso, para atingir a velocidade de 108 km/h, é um valor mais próximo
de
a) 1,0s b) 4,0s c) 10s d) 33s e) 300s
RESOLUÇÃO
1m 2 − − − − 1000W
9m 2 − − − − POTtotal POTtotal = 9000W
Pútil
= Pútil = 0,3.9000 Pútil = 2700W
Ptotal
mv 2
RES EC 2
2 2700 = 200.30 t 33s
Pútil = = Pútil =
t t t 2t
D
Antoine-Laurent de Lavoisier
a energia cinética e a potencial variam de formas inversas sob ação de forças conservativas
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EPG = mgh
kx 2
EPEL =
2
➢ obs.: trata-se de uma modalidade de energia que fica armazenada na mola sempre que
essa está deformada
E
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✓ Energia mecânica
(ENEM) A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de processos, fenômenos ou objetos em
que ocorrem transformações de energia. Nessa tabela, aparecem as direções de transformação
de energia. Por exemplo, o termopar é um dispositivo onde energia térmica se transforma em
energia elétrica.
Cinética (Espécie)
Mecânica
Potencial Gravitacional (Espécie)
(Gênero)
Nuclear
(Gênero)
A
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EM = EC + EP
sistema conservativo
EM 0 = EM EC0 + EP0 = EC + EP
desprezando a resistência do ar
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Quando dois corpos interagem, eles trocam entre si um par de forças do tipo ação-
reação. Os trabalhos realizados por essas forças estão relacionados com a energia transferida
entre esses corpos durante a interação entre eles.
No caso particular das forças conservativas, pode-se dizer que:
• ao realizar um trabalho positivo, uma força conservativa converte energia potencial em
energia cinética;
• ao realizar um trabalho negativo, uma força conservativa converte energia cinética em
energia potencial.
Quando uma força não conservativa realiza trabalho, ela contribui (positivamente
ou negativamente) com a energia cinética do sistema, mas não é capaz de compensar esse fato
armazenando mais ou menos energia potencial. Dessa forma, elas variam a energia mecânica
do sistema.
• quando uma força não conservativa realiza trabalho positivo, ela é chamada de força
injetiva;
• quando uma força não conservativa realiza trabalho negativo, ela é chamada de força
dissipativa.
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(UFT-2019) Um bloco de massa 3kg, inicialmente em repouso, desliza sem atrito de A para B
a partir de uma rampa de altura 5m, conforme a figura. Ao atingir o ponto B o bloco é
desacelerado e percorre uma distância de 10m até parar no ponto C. Desprezando a
resistência do ar, o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfície, do ponto B até o
ponto C, é: (Adote: g = 10 m/s2)
RESOLUÇÃO
• 1ª maneira: ENERGIA
Como há atrito no trecho BC, então usaremos o Teorema da Energia Cinética. Logo:
Re s = EC = EC − EC P + F + f = 0
0 N at
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mvB2 vB2 m
Em0 = Em mgh = 10.5 = vB = 10 B
2 2 s
No trecho BC, com atrito, temos:
m
v 2 = v02 + 2aS 02 = 102 + 2a.10 a = −5
s2
Assim:
f at = FR FN = ma mg = ma .10 = 5 = 0,5
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(FACISB-2021) Uma esfera, de massa 200g e raio desprezível, está em repouso e encostada
em uma mola de constante elástica 10 000 N/m, que se encontra comprimida em 2cm. A mola
é liberada, impulsionando a esfera que se move sem atritos em uma canaleta inicialmente
horizontal. Pouco mais adiante, a canaleta se encurva segundo um arco de circunferência de
raio r, que conduz a esfera a outra canaleta horizontal, onde se movimenta com velocidade
constante de 4 m/s.
Considerando que o sistema é ideal, não havendo dissipação de energia na forma de calor, e
que a aceleração da gravidade vale 10 m/s2, a medida do raio r é
a) 16cm. b) 25cm. c) 20cm. d) 40cm. e) 10cm.
RESOLUÇÃO
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Na bolinha, ao longo do percurso, atuam 3 forças: peso, força elástica e força normal.
As duas primeiras são conservativas e a terceira realiza trabalho nulo.
Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um sistema conservativo e a
energia mecânica dele se conserva. Logo:
kx 2 mv 2
Em0 = Em EPe = EPg + EC = mgh +
2 2
104 ( 2 10−2 )
2
0, 2 42
Assim: = 0, 2 10 2r + 2 = 4r + 1, 6 r = 0,1m = 10cm
2 2
E
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Ao escorregar por R, de seu ponto superior até o nível do chão, Mariana teve uma perda de
energia mecânica de 10% em relação a uma queda livre dessa altura. Ao escorregar por C, nas
mesmas condições, ela teve uma perda de 15% de energia mecânica em relação a uma queda
livre. A relação entre a velocidade final de Mariana ao sair de R e a velocidade final ao sair de C
vale:
RESOLUÇÃO
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mvR2
RES = EC P + F + f = EC − EC0 mgh − 0,1mgh =
N at
2
mvR2
Em = 90% Em0 = 0,9mgh vR2 = 1,8 gh
2
mvc2
RES = EC P + F + f = EC − EC0 mgh − 0,15mgh =
N at
2
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mvC2
Em = 85% Em0 = 0,85mgh vC2 = 1, 7 gh
2
Logo:
vR2 1,8 gh
=
vR
=
18 A
vC2 1, 7 gh vC 17
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(ITA-2016) Um pêndulo simples oscila com uma amplitude máxima de 60° em relação a
vertical, momento em que a tensão no cabo é de 10 N. Assinale a opção com o valor da tensão
no ponto em que ele atinge sua velocidade máxima.
a) 10 N b) 20 N c) 30 N d) 40 N e) 50 N
RESOLUÇÃO
centro da trajetória
mv 2
T − Py = FRcp T − P cos = T = P cos 600 tangencial
R
T
1
Logo: 10 = P. P = 20 N Px
2
Py
P normal
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−h 1 −h
cos 600 = = h=
2 2
D
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(UFT-2020) Considere uma pessoa de 100kg que salta do Macau Tower na China, o maior
“bungee jumping” comercial do mundo. O salto é realizado de uma altura de 233m do solo
(posição 1), tendo um tempo de queda-livre de 4,0s até atingir a posição 2, onde inicia a
deformação da corda. A seguir, após percorrer uma distância d, ele atinge a menor altura
(posição 3) a 53m do solo com a corda deformada ao máximo, como pode ser observado na
figura que segue.
Considere a corda com massa desprezível e perfeitamente elástica. Despreze o atrito com o ar,
os efeitos dissipativos e a altura da pessoa. Também adote como zero o valor da velocidade da
pessoa no início da queda e g = 10 m/s2. Com base no movimento de queda da pessoa no
“bungee jumping”, analise as afirmativas:
I. O tamanho natural da corda (sem distensão) é de 80m.
II. Na posição 2 a pessoa terá máxima velocidade escalar durante a queda.
III. A constante elástica da corda é menor que 40 N/m.
IV. No ponto mais baixo atingido pela pessoa a força peso é igual à força elástica da corda.
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RESOLUÇÃO
a 10
S = S0 + v0t + t 2 S II = .42 S II = 80m
2 2
Então, em II, quando a corda começará a esticar, seu
comprimento será de 80m.
233m
x II) A pessoa continuará acelerando após a posição II,
assim sua velocidade continuará aumentando.
kx 2 k .1002
EmI = EmIII mghI = + mghIII 100.10.233 = + 100.10.53
2 2
100k N
Logo: = 2330 − 530 k = 36
2 m
IV) No ponto mais baixo temos Fel > P, uma vez que a
pessoa já vinha freando, parará e será acelerada para
cima.
B
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(ENEM-2017) O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por uma lona circular flexível
horizontal presa por molas a sua borda. As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e
alternando suas formas de energia. Ao pular verticalmente, desprezando o atrito com o ar e os
movimentos de rotação do corpo enquanto salta, uma criança realiza um movimento periódico
vertical em torno da posição de equilíbrio da lona (h = 0), passando pelos pontos de máxima e
de mínima alturas, hmáx e hmín, respectivamente. Esquematicamente, o esboço do gráfico da
energia cinética da criança em função de sua posição vertical na situação descrita é:
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RESOLUÇÃO
reta decrescente
hmáx
Quando a criança atingir a altura máxima, teremos EC = 0.
kx 2
Em0 = Em EC0 = EC + EPG + EPEL EC0 = EC + mgh +
2
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kh 2
EC = − − mgh + cte
2
C
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(UFSC) Um pêndulo, constituído de uma massa de 0,5kg presa à extremidade de uma corda,
inextensível e de massa desprezível, de 1m de comprimento, é posto a girar em um círculo
vertical, passando pelos pontos A, B, C e D, assinalados na figura. Desconsidere qualquer atrito
do pêndulo com o ar entre o fio e o eixo de suspensão.
RESOLUÇÃO
P = FRCP
v A2
mg = m v A2 = Rg v A = 10
m TB
R s
P
Como o sistema é conservativo, temos:
mv A2 mvC2 10 vC2 m
EmA = EmC mgh + = 10.2 + = vC = 50
2 2 2 2 s
( )
2
mv2 0,5. 10
EC A = A
EC A = EC A = 2,5 J
2 2
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( )
2
v 2 30
TB = FRCP TB = m TB = 0,5.
B
TB = 15 N
R 1
FR
P
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(UESC) O progresso alcançado até hoje, no campo da Física, baseou-se nas investigações e
nas descobertas das diferentes modalidades de energia e na constatação de que as várias
formas de energia obedecem a um princípio de conservação. A figura representa a trajetória
descrita por um bloco sobre uma superfície circular de raio R. O bloco parte do repouso, de um
ponto A, desliza sem atrito e, ao atingir o ponto B, perde o contato com a superfície. Sabendo-
se que o módulo da aceleração da gravidade local é g e desprezando-se a resistência do ar, o
valor de cos θ, determinado com base na conservação da energia mecânica, é igual a
RESOLUÇÃO
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No ponto B, onde perde o contato com a pista, o bloco praticamente descola dela.
Logo, a força normal tende a zero.
h
Py PHR
R−h
Px
P
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R−h
cos = R − h = R cos h = R (1 − cos )
R
mvB2
EmA = EmB mgh = vB2 = 2 gh vB2 = 2 gR (1 − cos )
2
Da figura, temos que a componente “y” do peso será a resultante centrípeta, logo:
vB2 2 gR (1 − cos )
Py = FRCP P cos = m mg cos = m
R R
2
Assim: cos = 2 − 2 cos 3cos = 2 cos = D
3
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(UNB) A resolução dos efeitos do aquecimento global é outra justificativa para a busca por
outras fontes de energia. Por isso, a atenção de pesquisadores em todo o mundo está voltada
para as fontes de energia alternativas, como, por exemplo geradores eólicos. O vento é o
deslocamento de massas de ar provocado por diferenças de pressão atmosférica entre duas
regiões distintas. Essas diferenças de pressão têm origem térmica, estando diretamente
relacionadas com a radiação solar e com os processos de aquecimento de massas de ar,
Converte-se, atualmente, de 1% a 2% da energia proveniente do Sol em energia eólica, que é
em torno de 50 a 100 vezes superior à energia convertida em biomassa (0,0011%) por todas
as plantas da Terra. Um sistema de conversão de energia eólica em energia elétrica está
esquematizado na figura abaixo.
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Nesse esquema, as hélices convertem a energia cinética dos ventos em energia mecânica, que
pode ser transformada em energia elétrica. A figura ilustra a hélice de um gerador eólico
atingida por uma massa de ar m, de densidade ρ, contida em uma região cilíndrica imaginária
R1, cuja base tem área A1 e cuja altura é x1, que se desloca com velocidade constante v1.
Parte dessa energia faz a hélice girar para gerar eletricidade. Essa massa de ar sai com
velocidade v2 ocupando uma região cilíndrica imaginária R2 cuja base tem área A2 e cuja
altura é x2 < x1. A figura mostra também um gráfico da eficiência e do processo de
transformação de energia eólica
Com base nessas informações, julgue os itens:
01. A velocidade v2 deve ser maior que v1.
02. A potência fornecida às pás do gerador é proporcional ao cubo da velocidade v1.
RESOLUÇÃO
velocidade do vento
Vol Ah
z= z= z = A.v Vol = A.v.t
t t
m
Usando a relação da densidade temos: = Avt m = d ar Avt
d ar
mv 2
EC 2 2
2 = mv = d Avt v P = d ar Av
3
POT = POT =
t t 2t 2t
ar OT
2
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átomos, mas de núcleos e elétrons separados, num estado chamado plasma. Nessas
condições, não ocorrem mais reações químicas, mas sim reações nucleares.
1
1 H + 11H → 12 H + e + + + energia
2
1 H + 11H → 23 He + + energia
3
2 He + 23 He → 11H + 11H + 24 He + energia
Assim, iniciando-se com núcleos de hidrogênio, após reações intermediárias com a
com a emissão de pósitrons, neutrinos, fótons de radiação gama e liberação de energia (em
forma de energia cinética das partículas e energia das desintegrações), o produto final é o
núcleo de hélio. A essa série de reações dá-se o nome de fusão nuclear.
➢ Obs.: a radiação gama produzida interage com a matéria solar até atingir a parte externa da
estrela, sendo então emitida essencialmente na forma de luz, ultravioleta e infravermelho.
Cerca de 30% a 35% da energia solar é refletida de volta para o espaço, na forma de
ultravioleta. Cerca de 47% é absorvida pela atmosfera, pela superfície e pelos oceanos,
determinando a temperatura do planeta. Outros 23% são consumidos pela água, formando o
ciclo hídrico. Apenas 0,02% é absorvida pela clorofila das plantas e de alguns microorganismos,
iniciando a fotossíntese, a base energética do mundo vivo.
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✓ A bomba de hidrogênio: elas são exemplos de liberação de energia pela fusão nuclear.
Antes do desenvolvimento das bombas atômicas, as temperaturas necessárias para iniciar a
fusão nuclear eram impossíveis de serem obtidas. Quando se descobriu que as
temperaturas no interior de uma bomba atômica que explode eram de 4 a 5 vezes maiores
que a temperatura do centro do Sol, elas então tornaram-se possíveis (1951).
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