Aula 18b - Energia

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Ciências da Natureza – Física Prof.

: Ney Alexandre

Energia
✓ Teorema da Energia Cinética
Considere um ponto material de massa m, numa superfície horizontal em relação a
determinado referencial. Sob a ação de uma força resultante constante e horizontal, o ponto
material apresenta, em certo instante, uma certa velocidade escalar. O trabalho da força
resultante nesse deslocamento será dado por:

 RES = F .d .cos    RES = m.a.d

v 2
− v 2
Pela equação de Torricelli temos: v 2 = v02 + 2ad  ad = 0

2
 v 2 − v02  mv 2 mv02
Logo:  RES = mad   RES = m    RES = −
 2  2 2

energia cinética, que é a energia associada ao movimento do corpo


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grandeza escalar que depende do referencial

 RES = EC − EC   RES = EC


0

➢ Obs.:  RES = 

(ENEM-2015) Um carro solar é um veículo que utiliza apenas a energia solar para a sua
locomoção. Tipicamente, o carro contém um painel fotovoltaico que converte a energia do Sol
em energia elétrica que, por sua vez, alimenta um motor elétrico. A imagem mostra o carro
solar Tokai Challenger, desenvolvido na Universidade de Tokai, no Japão, e que venceu o
World Solar Challenge de 2009, uma corrida internacional de carros solares, tendo atingido
uma velocidade média acima de 100 km/h.
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Considere uma região plana onde a insolação (energia solar por unidade de tempo e de área
que chega à superfície da Terra) seja de 1000 W/m2, que o carro solar possua massa de 200kg
e seja construído de forma que o painel fotovoltaico em seu topo tenha uma área de 9,0m2 e
rendimento de 30%. Desprezando as forças de resistência do ar, o tempo que esse carro solar
levaria, a partir do repouso, para atingir a velocidade de 108 km/h, é um valor mais próximo
de
a) 1,0s b) 4,0s c) 10s d) 33s e) 300s

RESOLUÇÃO

Inicialmente, deve-se determinar a potência útil desse veículo. Logo:

1m 2 − − − − 1000W
9m 2 − − − − POTtotal  POTtotal = 9000W

Pútil
=  Pútil = 0,3.9000  Pútil = 2700W
Ptotal

De acordo com o Teorema da Energia Cinética, temos:


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mv 2
 RES EC 2
2  2700 = 200.30  t  33s
Pútil = =  Pútil =
t t t 2t
D

✓ Energia potencial gravitacional


Considere um ponto material abandonado de um certo ponto a uma altura h de um
plano horizontal de referência e que a única força que nele atua seja seu próprio peso, uma vez
que foi desprezada a resistência do ar.
Na posição inicial, embora o ponto material tivesse energia cinética nula, ele possuía
outro forma de energia, que foi transformada em energia cinética durante sua queda. É a
chamada energia potencial gravitacional, associada à posição que o ponto material ocupa.
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Antoine-Laurent de Lavoisier

Sendo o peso a força resultante, é possível demonstrar que a energia potencial


gravitacional é medida pelo trabalho do peso no deslocamento da posição inicial até o plano
horizontal de referência. Assim, a função energia potencial é dada por:

 RES = EC   RES = EC − EC   Peso = EP − EP


0 0

a energia cinética e a potencial variam de formas inversas sob ação de forças conservativas
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Portanto, por definição:

EPG = mgh

➢ obs.: a energia potencial gravitacional poderá assumir


valores negativos, dependendo do PHR adotado

➢ obs.: a EPG fica armazenada no campo gravitacional do


sistema Terra-corpo

Plano Horizontal de Referência (PHR)

A energia potencial, seja gravitacional ou de outro tipo, tem significado apenas


quando ela se transforma – quando ela realiza trabalho ou transforma-se de uma forma em
outra de energia. O que importa é a quantidade de energia potencial que foi convertida em
outra forma. Apenas variações de energia potencial é que possuem significado.

✓ Energia potencial elástica


Considere um sistema elástico constituído de uma mola de constante elástica k e de
um bloco. Deformando a mola x em relação à posição natural, temos que o trabalho da força
elástica nesse deslocamento equivale à energia que o sistema possui quando deformado ou
energia potencial elástica.
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Portanto, por definição:

kx 2
EPEL =
2

➢ obs.: trata-se de uma modalidade de energia que fica armazenada na mola sempre que
essa está deformada

(ENEM-2012) Os carrinhos de brinquedo podem ser de vários tipos. Dentre eles, há os


movidos a corda, em que uma mola em seu interior é comprimida quando a criança puxa o
carrinho para trás. Ao ser solto, o carrinho entra em movimento enquanto a mola volta à sua
forma inicial.
O processo de conversão de energia que ocorre no carrinho descrito também é verificado em
a) um dínamo.
b) um freio de automóvel.
c) um motor a combustão.
d) uma usina hidroelétrica.
e) uma atiradeira (estilingue).
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E
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✓ Energia mecânica
(ENEM) A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de processos, fenômenos ou objetos em
que ocorrem transformações de energia. Nessa tabela, aparecem as direções de transformação
de energia. Por exemplo, o termopar é um dispositivo onde energia térmica se transforma em
energia elétrica.

Dentre os processos indicados na tabela, ocorre conservação de energia


a) em todos os processos;
b) somente nos processos que envolvem transformação de energia sem dissipação de calor;
c) somente nos processos que envolvem transformação de energia mecânica;
d) somente nos processos que não envolvem energia química;
e) somente nos processos que não envolvem energia química nem térmica.
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Carl von Linné e a taxonomia

Cinética (Espécie)

Mecânica
Potencial Gravitacional (Espécie)
(Gênero)

Potencial Elástica (Espécie)


Elétrica
Energia (Gênero) Calor Sensível (Espécie)
(Família)
Térmica
(Gênero) Calor Latente (Espécie)

Nuclear
(Gênero)

A
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Para erguer um martelo pesado de um bate-


estacas é necessário realizar trabalho, e, em consequência, o
martelo adquire a propriedade de ser capaz de realizar
trabalho sobre uma estaca abaixo, caindo sobre ela. Diz-se
que o martelo ganhou algo que o tornou capaz de realizar
trabalho. É a chamada energia.
A energia mecânica de um ponto material é a
soma de suas energias cinética e potencial:

EM = EC + EP

Para um ponto material que se desloca entre duas


posições A e B temos que, quando ele se movimenta sob
a ação de forças conservativas e eventualmente de
outras forças que realizam trabalho nulo, a energia
mecânica se conserva.

sistema conservativo

EM 0 = EM  EC0 + EP0 = EC + EP

princípio da conservação da energia mecânica


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desprezando a resistência do ar
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Quando dois corpos interagem, eles trocam entre si um par de forças do tipo ação-
reação. Os trabalhos realizados por essas forças estão relacionados com a energia transferida
entre esses corpos durante a interação entre eles.
No caso particular das forças conservativas, pode-se dizer que:
• ao realizar um trabalho positivo, uma força conservativa converte energia potencial em
energia cinética;
• ao realizar um trabalho negativo, uma força conservativa converte energia cinética em
energia potencial.
Quando uma força não conservativa realiza trabalho, ela contribui (positivamente
ou negativamente) com a energia cinética do sistema, mas não é capaz de compensar esse fato
armazenando mais ou menos energia potencial. Dessa forma, elas variam a energia mecânica
do sistema.

desprezando o atrito, a caixa adquire velocidade crescente,


aumentando sua energia mecânica

o coelho terá que se alimentar

• quando uma força não conservativa realiza trabalho positivo, ela é chamada de força
injetiva;
• quando uma força não conservativa realiza trabalho negativo, ela é chamada de força
dissipativa.
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(UFT-2019) Um bloco de massa 3kg, inicialmente em repouso, desliza sem atrito de A para B
a partir de uma rampa de altura 5m, conforme a figura. Ao atingir o ponto B o bloco é
desacelerado e percorre uma distância de 10m até parar no ponto C. Desprezando a
resistência do ar, o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfície, do ponto B até o
ponto C, é: (Adote: g = 10 m/s2)

a) 0,4 b) 0,5 c) 0,6 d) 0,7

RESOLUÇÃO

• 1ª maneira: ENERGIA
Como há atrito no trecho BC, então usaremos o Teorema da Energia Cinética. Logo:

 Re s = EC   = EC − EC   P +  F +  f = 0
0 N at
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mgh + f at d cos1800 = 0  mgh −  mgd = 0

Substituindo os valores fornecidos, temos:

10.5 −  .10.10 = 0   = 0,5

• 2ª maneira: ENERGIA e LEIS DE NEWTON


No trecho AB, a energia mecânica conserva-se. Logo:

mvB2 vB2 m
Em0 = Em  mgh =  10.5 =  vB = 10 B
2 2 s
No trecho BC, com atrito, temos:

De acordo com a equação de Torricelli:

m
v 2 = v02 + 2aS  02 = 102 + 2a.10  a = −5
s2
Assim:

f at = FR   FN = ma   mg = ma   .10 = 5   = 0,5
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(FACISB-2021) Uma esfera, de massa 200g e raio desprezível, está em repouso e encostada
em uma mola de constante elástica 10 000 N/m, que se encontra comprimida em 2cm. A mola
é liberada, impulsionando a esfera que se move sem atritos em uma canaleta inicialmente
horizontal. Pouco mais adiante, a canaleta se encurva segundo um arco de circunferência de
raio r, que conduz a esfera a outra canaleta horizontal, onde se movimenta com velocidade
constante de 4 m/s.

Considerando que o sistema é ideal, não havendo dissipação de energia na forma de calor, e
que a aceleração da gravidade vale 10 m/s2, a medida do raio r é
a) 16cm. b) 25cm. c) 20cm. d) 40cm. e) 10cm.

RESOLUÇÃO
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Na bolinha, ao longo do percurso, atuam 3 forças: peso, força elástica e força normal.
As duas primeiras são conservativas e a terceira realiza trabalho nulo.
Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um sistema conservativo e a
energia mecânica dele se conserva. Logo:

kx 2 mv 2
Em0 = Em  EPe = EPg + EC  = mgh +
2 2

104  ( 2 10−2 )
2
0, 2  42
Assim: = 0, 2 10  2r +  2 = 4r + 1, 6  r = 0,1m = 10cm
2 2

E
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(FGV-2016) Nesse parquinho infantil, há dois escorregadores de mesma altura h


relativamente ao chão. Um deles é retilíneo (R) e outro é curvilíneo (C) em forma de tobogã,
como indica a figura.

Ao escorregar por R, de seu ponto superior até o nível do chão, Mariana teve uma perda de
energia mecânica de 10% em relação a uma queda livre dessa altura. Ao escorregar por C, nas
mesmas condições, ela teve uma perda de 15% de energia mecânica em relação a uma queda
livre. A relação entre a velocidade final de Mariana ao sair de R e a velocidade final ao sair de C
vale:

RESOLUÇÃO
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Para o caso R, temos:


• 1ª maneira: Teorema da Energia Cinética

mvR2
 RES = EC   P +  F +  f = EC − EC0  mgh − 0,1mgh =
N at
2

Logo: vR2 = 2.0,9 gh  vR2 = 1,8 gh

• 2ª maneira: usando a ideia da energia mecânica

mvR2
Em = 90% Em0  = 0,9mgh  vR2 = 1,8 gh
2

Para o caso C, temos:


• 1ª maneira: Teorema da Energia Cinética

mvc2
 RES = EC   P +  F +  f = EC − EC0  mgh − 0,15mgh =
N at
2
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Logo: vc2 = 2.0,85 gh  vc2 = 1, 7 gh

• 2ª maneira: usando a ideia da energia mecânica

mvC2
Em = 85% Em0  = 0,85mgh  vC2 = 1, 7 gh
2

Logo:
vR2 1,8 gh
= 
vR
=
18 A
vC2 1, 7 gh vC 17
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(ITA-2016) Um pêndulo simples oscila com uma amplitude máxima de 60° em relação a
vertical, momento em que a tensão no cabo é de 10 N. Assinale a opção com o valor da tensão
no ponto em que ele atinge sua velocidade máxima.
a) 10 N b) 20 N c) 30 N d) 40 N e) 50 N

RESOLUÇÃO

centro da trajetória

Representando a situação do pêndulo simples, temos:

mv 2
T − Py = FRcp  T − P cos  =  T = P cos 600 tangencial
R
T 
1
Logo: 10 = P.  P = 20 N Px
2
 Py

P normal
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−h 1 −h
cos 600 =  =  h=
2 2

Trata-se de um sistema conservativo. Logo:


−h 600
mv 2
Em0 = Em  mgh =  v2 = 2g  v2 = g T

2 2

No ponto mais baixo, temos:


h

v2
T − P = FRcp  T − mg = m P
R
g
T − mg = m  T = 2mg  T = 40 N

D
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(UFT-2020) Considere uma pessoa de 100kg que salta do Macau Tower na China, o maior
“bungee jumping” comercial do mundo. O salto é realizado de uma altura de 233m do solo
(posição 1), tendo um tempo de queda-livre de 4,0s até atingir a posição 2, onde inicia a
deformação da corda. A seguir, após percorrer uma distância d, ele atinge a menor altura
(posição 3) a 53m do solo com a corda deformada ao máximo, como pode ser observado na
figura que segue.

Considere a corda com massa desprezível e perfeitamente elástica. Despreze o atrito com o ar,
os efeitos dissipativos e a altura da pessoa. Também adote como zero o valor da velocidade da
pessoa no início da queda e g = 10 m/s2. Com base no movimento de queda da pessoa no
“bungee jumping”, analise as afirmativas:
I. O tamanho natural da corda (sem distensão) é de 80m.
II. Na posição 2 a pessoa terá máxima velocidade escalar durante a queda.
III. A constante elástica da corda é menor que 40 N/m.
IV. No ponto mais baixo atingido pela pessoa a força peso é igual à força elástica da corda.
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Assinale a alternativa CORRETA.


a) Apenas as afirmativas II, III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

RESOLUÇÃO

Representando a situação, temos:

I) Ele cai 4,0s em queda livre, logo:

a 10
S = S0 + v0t + t 2  S II = .42  S II = 80m
2 2
Então, em II, quando a corda começará a esticar, seu
comprimento será de 80m.

233m
x II) A pessoa continuará acelerando após a posição II,
assim sua velocidade continuará aumentando.

53m III) Como a energia mecânica conserva-se, temos:


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kx 2 k .1002
EmI = EmIII  mghI = + mghIII  100.10.233 = + 100.10.53
2 2

em que x = d  x = 233 − 53 − 80  x = 100m

100k N
Logo: = 2330 − 530  k = 36
2 m

IV) No ponto mais baixo temos Fel > P, uma vez que a
pessoa já vinha freando, parará e será acelerada para
cima.

B
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(ENEM-2017) O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por uma lona circular flexível
horizontal presa por molas a sua borda. As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e
alternando suas formas de energia. Ao pular verticalmente, desprezando o atrito com o ar e os
movimentos de rotação do corpo enquanto salta, uma criança realiza um movimento periódico
vertical em torno da posição de equilíbrio da lona (h = 0), passando pelos pontos de máxima e
de mínima alturas, hmáx e hmín, respectivamente. Esquematicamente, o esboço do gráfico da
energia cinética da criança em função de sua posição vertical na situação descrita é:
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RESOLUÇÃO

Analisando, inicialmente, a situação de altura máxima, temos:


• 1ª parte: criança indo da cama até a altura máxima (h variando de 0 até hmáx)

Em0 = Em  EC0 = EC + mgh  EC = −mgh + cte

reta decrescente
hmáx
Quando a criança atingir a altura máxima, teremos EC = 0.

• 2ª parte: criança indo da posição de equilíbrio da cama elástica (h = 0) até a máxima


compressão (h = – hmín)

kx 2
Em0 = Em  EC0 = EC + EPG + EPEL  EC0 = EC + mgh +
2
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A deformação da cama elástica corresponde à própria altura, logo:

kh 2
EC = − − mgh + cte
2

parábola com concavidade para baixo

C
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(UFSC) Um pêndulo, constituído de uma massa de 0,5kg presa à extremidade de uma corda,
inextensível e de massa desprezível, de 1m de comprimento, é posto a girar em um círculo
vertical, passando pelos pontos A, B, C e D, assinalados na figura. Desconsidere qualquer atrito
do pêndulo com o ar entre o fio e o eixo de suspensão.

Em relação ao exposto, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


01. O módulo da força de tensão na corda no ponto C é igual ao peso.
02. No ponto B atuam três forças sobre a pedra: o peso, a força centrípeta e a força de tensão
da corda.
04. A menor velocidade que a massa pode ter no ponto C de modo a descrever a trajetória
circular completa é de √50 m/s.
08. A menor energia cinética que a massa pode ter no ponto A de modo a descrever a
trajetória circular completa é 2,5 J.
16. Se a velocidade da massa no ponto B for de √30 m/s, a tensão na corda, nesta posição,
será de 15 N.
32. Se a velocidade da massa no ponto B for de √30 m/s, a força resultante sobre a massa,
nesta posição, será menor do que 7,5 N.
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RESOLUÇÃO

IV) No ponto mais alto, a velocidade mínima é dada por:


TA P
( vmín ) A  TA 0

P = FRCP
v A2
 mg = m  v A2 = Rg  v A = 10
m TB
R s
P
Como o sistema é conservativo, temos:

mv A2 mvC2 10 vC2 m
EmA = EmC  mgh + =  10.2 + =  vC = 50
2 2 2 2 s

VIII) A energia cinética em A será de:

( )
2
mv2 0,5. 10
EC A = A
 EC A =  EC A = 2,5 J
2 2
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XVI) No ponto B, a tração será a força resultante centrípeta. Logo:

( )
2
v 2 30
TB = FRCP  TB = m  TB = 0,5.
B
 TB = 15 N
R 1

XXXII) A força resultante será dada por:


FR2 = P 2 + TB2  FR2 = ( 0,5.10 ) + 152
2

TB FR2 = 25 + 225  FR2 = 250  FR = 5 10 N

FR
P
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(UESC) O progresso alcançado até hoje, no campo da Física, baseou-se nas investigações e
nas descobertas das diferentes modalidades de energia e na constatação de que as várias
formas de energia obedecem a um princípio de conservação. A figura representa a trajetória
descrita por um bloco sobre uma superfície circular de raio R. O bloco parte do repouso, de um
ponto A, desliza sem atrito e, ao atingir o ponto B, perde o contato com a superfície. Sabendo-
se que o módulo da aceleração da gravidade local é g e desprezando-se a resistência do ar, o
valor de cos θ, determinado com base na conservação da energia mecânica, é igual a

a) 5/3 b) 4/3 c) 1 d) 2/3 e) 1/3

RESOLUÇÃO
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No ponto B, onde perde o contato com a pista, o bloco praticamente descola dela.
Logo, a força normal tende a zero.

h
Py PHR

R−h 
Px

P
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Inicialmente, determinaremos a altura h:

R−h
cos  =  R − h = R cos   h = R (1 − cos  )
R

Como o sistema é conservativo, temos:

mvB2
EmA = EmB  mgh =  vB2 = 2 gh  vB2 = 2 gR (1 − cos  )
2

Da figura, temos que a componente “y” do peso será a resultante centrípeta, logo:

vB2 2 gR (1 − cos  )
Py = FRCP  P cos  = m  mg cos  = m
R R

2
Assim: cos  = 2 − 2 cos   3cos  = 2  cos  = D
3
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➢ Obs.: Energia eólica


Aproveita a energia de movimento originada dos ventos – causada pelo aquecimento
desigual da superfície da Terra pelo Sol. No aerogerador uma turbina é rotacionada,
produzindo energia elétrica. Cada metro quadrado produz apenas 1 W, o que exige a ocupação
de grandes áreas.
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(UNB) A resolução dos efeitos do aquecimento global é outra justificativa para a busca por
outras fontes de energia. Por isso, a atenção de pesquisadores em todo o mundo está voltada
para as fontes de energia alternativas, como, por exemplo geradores eólicos. O vento é o
deslocamento de massas de ar provocado por diferenças de pressão atmosférica entre duas
regiões distintas. Essas diferenças de pressão têm origem térmica, estando diretamente
relacionadas com a radiação solar e com os processos de aquecimento de massas de ar,
Converte-se, atualmente, de 1% a 2% da energia proveniente do Sol em energia eólica, que é
em torno de 50 a 100 vezes superior à energia convertida em biomassa (0,0011%) por todas
as plantas da Terra. Um sistema de conversão de energia eólica em energia elétrica está
esquematizado na figura abaixo.
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Nesse esquema, as hélices convertem a energia cinética dos ventos em energia mecânica, que
pode ser transformada em energia elétrica. A figura ilustra a hélice de um gerador eólico
atingida por uma massa de ar m, de densidade ρ, contida em uma região cilíndrica imaginária
R1, cuja base tem área A1 e cuja altura é x1, que se desloca com velocidade constante v1.
Parte dessa energia faz a hélice girar para gerar eletricidade. Essa massa de ar sai com
velocidade v2 ocupando uma região cilíndrica imaginária R2 cuja base tem área A2 e cuja
altura é x2 < x1. A figura mostra também um gráfico da eficiência e do processo de
transformação de energia eólica
Com base nessas informações, julgue os itens:
01. A velocidade v2 deve ser maior que v1.
02. A potência fornecida às pás do gerador é proporcional ao cubo da velocidade v1.

RESOLUÇÃO

A vazão do ar em relação às hélices será:

velocidade do vento

Vol Ah
z= z=  z = A.v  Vol = A.v.t
t t

área varrida pelas hélices


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m
Usando a relação da densidade temos: = Avt  m = d ar Avt
d ar

Assim, a potência média será dada por:

mv 2
EC 2 2
2 = mv = d Avt v  P = d ar Av
3
POT =  POT =
t t 2t 2t
ar OT
2
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➢ Obs.: Energia solar


O Sol, na sua superfície, possui temperatura de 6000 K e chega a aproximadamente
2 . 10 K na região central. A essa temperatura, a matéria solar não é mais constituída de
7

átomos, mas de núcleos e elétrons separados, num estado chamado plasma. Nessas
condições, não ocorrem mais reações químicas, mas sim reações nucleares.

1
1 H + 11H → 12 H + e + +  + energia
2
1 H + 11H → 23 He +  + energia
3
2 He + 23 He → 11H + 11H + 24 He + energia
Assim, iniciando-se com núcleos de hidrogênio, após reações intermediárias com a
com a emissão de pósitrons, neutrinos, fótons de radiação gama e liberação de energia (em
forma de energia cinética das partículas e energia das desintegrações), o produto final é o
núcleo de hélio. A essa série de reações dá-se o nome de fusão nuclear.

➢ Obs.: a radiação gama produzida interage com a matéria solar até atingir a parte externa da
estrela, sendo então emitida essencialmente na forma de luz, ultravioleta e infravermelho.

Cerca de 30% a 35% da energia solar é refletida de volta para o espaço, na forma de
ultravioleta. Cerca de 47% é absorvida pela atmosfera, pela superfície e pelos oceanos,
determinando a temperatura do planeta. Outros 23% são consumidos pela água, formando o
ciclo hídrico. Apenas 0,02% é absorvida pela clorofila das plantas e de alguns microorganismos,
iniciando a fotossíntese, a base energética do mundo vivo.
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A fusão nuclear só pode ocorrer se os núcleos estiverem suficientemente próximos


para que a força de atração nuclear vença a força de repulsão elétrica. Para que os núcleos se
aproximem ao ponto de que a atração nuclear seja suficiente para fundi-los, é necessário que a
energia cinética associada a cada um seja grande. Energia cinética grande implica alta
velocidade ou alta temperatura, e isso significa que o gás deve ser superaquecido, a
temperaturas da ordem de 107 K, para produzir a fusão. A essa temperatura o gás está
altamente ionizado, tornando-se plasma.
Devido à temperatura extremamente alta do plasma, ele não pode ser contido em
recipientes materiais. Entretanto, devido às suas propriedades eletromagnéticas, ele pode ser
confinado através de campos magnéticos. Os projetos de reatores nucleares basicamente se
resumem na tentativa de encontrar sistemas que possam manter as temperaturas altas.
Isso leva a problemas de ordem técnica, por exemplo: a produção de um campo
magnético suficientemente grande para confinar o plasma por tempo suficiente; a necessidade
de usar materiais especiais para a construção do núcleo do reator etc. Atualmente, a energia
consumida para manter um reator de fusão é ainda maior que a que poderia ser produzida.

✓ A bomba de hidrogênio: elas são exemplos de liberação de energia pela fusão nuclear.
Antes do desenvolvimento das bombas atômicas, as temperaturas necessárias para iniciar a
fusão nuclear eram impossíveis de serem obtidas. Quando se descobriu que as
temperaturas no interior de uma bomba atômica que explode eram de 4 a 5 vezes maiores
que a temperatura do centro do Sol, elas então tornaram-se possíveis (1951).
Ciências da Natureza – Física Prof.: Ney Alexandre

o lítio é usado pois não encontramos trítio na natureza


Ciências da Natureza – Física Prof.: Ney Alexandre

A Castle Bravo foi a maior bomba de hidrogênio ou termonuclear já detonada pelos


Estados Unidos, ela foi detonada em 1 de março de 1954 no Atol de Bikini, nas Ilhas Marshall.
A sua reação nuclear gerou uma explosão de 15 megatons, equivalente a
15.000.000 de toneladas de TNT. Sua nuvem de cogumelo teve 40km de altura e 100km de
diâmetro.
Depois da detonação, o vento (que havia mudado de direção e chegaria ao
continente, fato que foi informado ao governo momentos antes da detonação) lançou as cinzas
nucleares que se espalharam e contaminaram partes da Índia, Austrália, Europa, Japão, E.U.A
e quase todas as ilhas da Oceania.

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