Polinização

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Plano de manejo de polinizadores e

polinização

Unidade 2: Polinização

Polinizar significa:
“transportar o pólen da parte masculina para a parte
feminina da flor”, ou seja, transferir o grão de pólen
do androceu (antera) para o gineceu (estigma) das
flores, possibilitando a fecundação da flor e,
posteriormente, o desenvolvimento do fruto.
Tipos de Polinização

• A transferência de pólen pode ser por meio de


fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos,
ou abióticos, por meio de fatores ambientais. Os
tipos gerais de polinização são os seguintes:
Tipos de Polinização

Autopolinização, autogamia ou polinização direta:


é a transferência do pólen da antera para o estigma
da mesma flor (caso que só ocorre quando a planta
é hermafrodita). Os estames desenvolvidos
projetam-se sobre o gineceu, deixando cair os
grãos de pólen de suas anteras, os quais fixam-se
ao estigma.
Tipos de Polinização

Geitonogamia:
é a transferência do pólen da antera para o estigma
de outra flor situada na mesma planta, geralmente
com flores masculinas e femininas (plantas
monoicas).
Tipos de Polinização

Polinização cruzada, alogamia, polinização indireta


ou xenogamia:
é a transferência do pólen da antera para o estigma
de uma flor situada em outra planta da mesma
espécie. É o tipo que ocorre na maioria das plantas.
Fatores que influenciam a polinização cruzada

• Os fatores que influenciam a polinização cruzada


são: físicos, temporais e genéticos.

Fatores Físicos
• Heterostilia: diferença de comprimento entre
estiletes e estames. Há casos em que o estilete é
maior que os estames e outros em que o estilete é
menor (Ex.: Prímula).
• Hercogamia: separação espacial entre anteras e
estigmas.
Fatores que influenciam a polinização cruzada

• Monoicismo: flores com apenas um único sexo no


mesmo indivíduo. Isso pode ocorrer com o
abortamento das estruturas femininas,
transformando a flor em masculina.
Andromonoicismo: ou pelo abortamento das
estruturas masculinas, transformando a flor em
feminina, Ginomonoicismo.
Fatores que influenciam a polinização cruzada

• Fatores Temporais
• Dicogamia: diferença no desenvolvimento
fisiológico dos estames e do gineceu.
Há dois casos a considerar na dicogamia:
• Protandria ou proterandria: quando as anteras
atingem a maturidade antes que o estigma. Como
em muitas compostas, Campanulaceae, Apiaceae,
Geraniaceae.
Fatores que influenciam a polinização cruzada

Protoginia ou proteroginia: quando o estigma


amadurece primeiro que as anteras, tornando-se
receptivo ao pólen, como na tanchagem
(Plantagomedia), no arum e no papo-de-peru, ou
aristolóquia.
Fatores que influenciam a polinização cruzada

• Fator Genético
• Autoincompatibilidade: é a incapacidade de uma
planta fértil formar sementes quando fertilizada
por seu próprio pólen. É um mecanismo fisiólogico,
com base genética, que promove a alogamia.
Mecanismos de Transferência de Pólen

• Abióticos (vento, água)

• Anemofilia: por meio do vento

• Hidrofilia: por meio da água


Mecanismos de Transferência de Pólen

Bióticos
Os tipos gerais de polinização são os
seguintes:
•Melitofilia: polinização feita pela abelhas;
•Cantarofilia: polinização feita com auxílio de
besouros;
•Psicofilia: polinização efetuada por
borboletas;
•Falenofilia: polinização feita por meio de
mariposas;
Mecanismos de Transferência de Pólen

• Miiofilia: polinização feita por moscas e


mosquitos (Diptera);
• Malacofilia: polinização feita por caracóis
(Molusco);
• Ornitofilia: polinização feita por aves;
• Quiropterofilia: polinização por morcegos;
• Terofilia: mamíferos não voadores;
• Artificial: por meio do homem.
Síndromes da Polinização

• Síndrome da Melitofilia
• A polinização é o processo de transferência de
pólen entre estruturas reprodutivas vegetais e é
frequentemente realizada por agentes
polinizadores. Importante para o equilíbrio
ecológico de sistemas silvestres e produtividade
dos sistemas agrícolas, especialmente para a
produção de alimentos e fármacos (POWER, 2010).
Síndromes da Polinização

Síndrome da Falenofilia e Psicolilia


(Lepitdópteros)

Compreendendo as borboletas e mariposas, a


ordem Lepidoptera é a segunda maior da classe
Insecta, atrás apenas de Coleptera em número de
espécies.

Entre os Lepidoptera, os visitantes florais


pertencem à divisão Ditrysia, a qual concentra mais
de 90% das espécies da ordem (WILLMER, 2011).
Síndromes da Polinização

Síndrome da Cantarofilia

A polinização por besouros, também


denominada de cantarofilia, ocorre nas mais
variadas espécies de plantas, pertencentes
às mais variadas famílias em regiões
temperadas e, principalmente, nos trópicos.
Síndromes da Polinização

Síndrome da Miiofilia

Os dípteros, em particular, são o segundo grupo


de insetos em importância como polinizadores.
Esses insetos atuam na polinização desde o surgimento
das primeiras plantas com flores, e representantes de
quase todas as famílias já foram registrados associados
às flores.
Síndromes da Polinização

Síndrome da Ornitofilia

As aves são os principais vertebrados polinizadores.


Abrangem mais de cinquenta famílias e estão ausentes
apenas na Europa.
No Brasil, duzentas e trinta e quatro espécies
podem atuar como polinizadores.
Síndromes da Polinização

Síndrome da Quiropterofilia
Os morcegos são animais do Filo Chordata,
Classe Mammalia, e os únicos com a capacidade
de voo entre todos os mamíferos, devido à
transformação de seus braços em asas.
Pertencem à ordem Chiroptera, palavra que
significa, em latim, “mão transformada em asa”.

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