Daniel Conegero - Qual o Significado Da Páscoa
Daniel Conegero - Qual o Significado Da Páscoa
Daniel Conegero - Qual o Significado Da Páscoa
Daniel Conegero
Páscoa?
A Páscoa ORIGINAL é uma celebração judaica instituída por Moisés seguindo uma
ordem específica do próprio Deus.
Esse mês se tornou o primeiro mês do calendário judaico. Eles tem outro
calendário, o civil, em relação a Criação.
A Páscoa também está ligada à Festa dos Pães Asmos e a dedicação dos
primogênitos.
O Senhor também ordenou que eles comessem com pressa, com “os lombos
cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão”, pois naquela mesma noite Deus
mandaria seu anjo executor passar sobre o Egito (Êxodo 12:11).
Quando o juízo de Deus atingiu o Egito, morreram todos os primogênitos, desde os
homens até os animais.
Assim como na primeira Páscoa ainda no Egito, a festa anual era comemorada no
crepúsculo do décimo quarto dia do primeiro mês, seguida de sete dias
consecutivos (do décimo quinto ao vigésimo primeiro dia), denominados como
“Festa dos Pães Asmos”.
O cordeiro macho e sem defeito de até um ano que seria sacrificado, era separado
do rebanho por cada família no décimo dia do primeiro mês e guardado até o
décimo quarto dia. O animal deveria ser assado inteiro, e sem que nenhum osso
fosse quebrado.
O animal tinha que ser comido muito rapidamente com as ervas amargas e os pães
asmos. Os judeus também deveriam comer do cordeiro com trajes de viagem, para
que a saída apressa do Egito fosse celebrada. As sobras do cordeiro também
deveriam ser queimadas, pois não era permitido aproveitá-las no dia seguinte.
Nessa época, o cordeiro era sacrificado na área do Templo, e seu sangue era
lançado por um sacerdote sobre o altar. A refeição pascal podia ser comida em
qualquer casa da cidade.
Era comum os judeus se reunirem em grupos, assim como o grupo de Jesus e seus
discípulos que se reuniu no Cenáculo, formando um tipo de unidade familiar.
Por ocasião da Páscoa, acredita-se que entre 60 e até 180 mil judeus compareciam
a Jerusalém.
Obviamente a maioria deles era formada por judeus da Diáspora, ou seja, judeus
que viviam fora da Palestina. Os gentios não podiam participar da Páscoa, porém
os prosélitos que aceitassem satisfazer as condições exigidas para tal celebração
podiam participar dela.
Aquela foi a última ceia pascal, ou seja, a última vez que a instrução dada ainda no
Egito deveria ser observada. Após aquele momento, ninguém mais deveria
sacrificar um cordeiro, assá-lo e comê-lo com ervas amargas e pães asmos.
Já a Ceia do Senhor aponta para o passado, para trás, como símbolo da promessa
que se cumpriu.
Celebrar a Páscoa judaica é celebrar aquilo que era temporário, é voltar ao que é
inferior. O escritor de Hebreus expôs essa verdade como o tema principal de sua
epístola. Assim, Cristo é a nossa Páscoa perfeita.
O apóstolo Paulo foi claro quando escreveu que Cristo é o “nosso Cordeiro
pascal” que foi sacrificado (1 Coríntios 5:7). Dessa forma, nós, cristãos, não
celebramos a Páscoa uma vez por ano entre os meses de Março e Abril, mas nos
reunimos para celebrar a Ceia do Senhor durante o ano todo, em memória de seu
sacrifício no Calvário. Ali seu sangue foi derramado satisfazendo a justiça de Deus, e
impedindo que seu povo fosse lançasse em condenação eterna.
Para nós, a Páscoa significa que, pelos méritos da obra de Cristo na cruz, a ira de
Deus “passou por cima” das nossas vidas, pois nos umbrais de nossas portas seu
precioso sangue atestou que fomos justificados.
É por isso que num determinado sentido os cristãos não comemoram a Páscoa,
antes, celebram a Ceia do Senhor.
Seja como for, tais elementos não possuem qualquer ligação com a Páscoa judaica
ou com a Ceia do Senhor. Infelizmente em muitas igrejas tais elementos são
incorporados até mesmo num tipo de culto especial de Páscoa.
Apesar da Páscoa judaica não ser uma data sagrada para nós, devemos agir com
sabedoria e prudência. Devemos aproveitar essa data onde muitas famílias se
reúnem, para explicar o verdadeiro significado da Páscoa, desde sua origem,
apontando para Cristo como o Cordeiro de Deus, até sua consumação no Calvário,
onde nossas correntes foram quebradas.