13 Observação Ludica

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OBSERVAÇÃO LÚDICA

Observação E Avaliação De Atividades Lúdicas

1. A Escolha Do Material E Da Brincadeira (Atividade)

- Atividade e material que repetem a situação escolar, sem criatividade: ler livros, desenhar ou
escrever algo, repetir dobraduras que aprendeu na escola, recortar e colar como pesquisa escolar,
escrever contas automaticamente, etc.
- Seleciona material figurativo e faz guerras, fazenda, lojas, etc.
- Busca tintas, massa plástica, pinos e blocos e tenta criar alguma coisa.
- Escolhe material de sucata e transforma-o imaginando coisas novas.

2. O Modo De Brincar

- Usa o material mais ao alcance da mão, não explorando os restantes.


- Explora todo o material e depois se fixa em alguma coisa.
- Escolhe materiais planejando uma brincadeira (“vai sair um elevador”, e pega uma caixa e um
barbante para realizá-lo).
- Faz estimativa, faz medidas e cálculos ou não.
- Estrutura uma brincadeira com começo, meio e fim, com coerência interna, ou coloca aleatoriamente
os objetos sem uma antecipação e posteriormente atribui ou não um significado; dá ou não um uso
ao que fez.
- Tem flexibilidade no uso dos objetos (o mesmo objeto é trem, fogão, régua ou muro), modificando-o
conforme a necessidade; classifica os objetos (grupo de soldadinhos de pé e de soldadinhos
ajoelhados, mistura-os e separa em dois exércitos em função das cores) ou mantém uma brincadeira
estereotipada e perseverante, usando o tempo disponível na mesma atividade sem evoluir no seu
conteúdo, apenas repetindo-a (monta sempre a mesma casa, recorta o mesmo molde, pega a mesma
revista, usa o mesmo jogo, etc.).
- Faz brincadeiras criativas ou repete situações convencionais; parte de coisas conhecidas e as
amplia.
- Começa com uma atividade e a interrompe, passando a outra, sem nunca concluir a primeira,
ficando apenas na exploração de objetos.
- Permanece concentrada durante a brincadeira; se mantém continuidade na brincadeira de uma
sessão para outra, ou se abandona o que estava fazendo e na sessão seguinte ignora o que já fez
(construção interrompida, desenho inacabado).
- Faz, na brincadeira, mais ações de desmanchar, separar, dividir e cortar do que reunir, construir,
colar e juntar.
- Faz, num jogo dramático, os vários papéis ou se solicita que o terapeuta participe e, neste caso,
quais os papéis que escolhe para si.
- Se resolve as situações problemáticas que surgem e como o faz (papelão que se rasga, pino que
quebra, roda que cai, uma caixa para prender em um tubo, etc.).
- Usa o corpo na medida do necessário, movimentando-se, trocando de posição, ocupando bem o
espaço, se usa como parte do jogo, se usa a coordenação grossa e fina necessária à atividade.
3.A relação com o terapeuta
- Se brinca sozinho, concentrado e ignorando o terapeuta.
- Se brinca sozinho, mas olhando constantemente para o terapeuta.
- Se fica dependendo do terapeuta para brincar, pedindo sempre a sua ajuda.
- Se pede eventualmente a ajuda do terapeuta, quando esta parece necessária.
- Se só escolhe brincadeiras que necessitam da participação do terapeuta como parceiro.

O questionário acima foi montado com base nos dados fornecidos por WEISS (1994). É de suma
importância para os registros das sessões, auxiliando a sistematizar o trabalho do psicopedagogo e
acompanhar a evolução de seus clientes.

Um importante recurso psicopedagógico é a observação de sala de aula, como já foi dito em módulos
anteriores, que pode ser realizada pelo psicopedagogo clínico, quando trata de um caso específico
em seu consultório e, após conversa com a direção/coordenação escolar e professora da sala recebe
autorização para realizar a observação; ou pelo psicopedagogo escolar, quando este realiza também
um trabalho pontual, visando a observação de um aluno somente, ou de um grupo, com objetivo
preventivo. Este trabalho de observação do psicopedagogo escolar pode ser solicitado pela
coordenação/direção, pela professora, pelos pais, ou quando o próprio profissional sente a
necessidade diante do seu projeto de trabalho dentro desta instituição. Lembrando que o

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psicopedagogo pode trabalhar dentro da escola com um enfoque clínico também.

De acordo com a matéria publicada na revista Nova Escola (junho/julho 2010), durante a observação
em sala de aula, é preciso verificar como se desenvolvem as interações entre professores, alunos e
conteúdos e de que forma elas podem se tornar tema da formação continuada na escola. Abaixo
estão algumas questões que podem servir de roteiro para essa prática. Relacione as frases com
destaque colorido com as explicações nos tópicos abaixo do quadro.

Pauta de observação de sala de aula


Nome do professor ___________________________
Disciplina __________________________________
Conteúdo da aula ____________________________
Data da observação __________________________

1. A interação entre os alunos e o conteúdo

- O conteúdo é adequado às necessidades de aprendizagem da turma?


- As atividades e os problemas propostos são desafiadores e proveitosos para todos os alunos ou
para alguns foi muito fácil e, para outros, muito difícil?
- Há a retomada de conhecimentos trabalhados em aulas anteriores como um ponto de partida para
facilitar novas aprendizagens ou as atividades apenas colocam em jogo o que já é conhecido pela
turma?
- Os recursos utilizados são adequados ao conteúdo?
- Como está organizado o tempo da aula? Foram reservados períodos de duração suficiente para os
alunos fazerem anotações, exporem as dúvidas, debaterem e resolverem problemas?

2. A interação entre o professor e os alunos

- Os objetivos de aprendizagem de curto e longo prazos dos conteúdos em questão estão claros para
a turma?
- As propostas de atividades foram entendidas por todos? Seria necessário o professor explicar outra
vez e de outra maneira? As informações dadas por ele são suficientes para promover o avanço do
grupo?
- As intervenções são feitas no momento certo e contêm informações que ajudam os alunos a
refletir?
- O professor aguarda os alunos terminarem o raciocínio ou demonstra ansiedade para dar as
respostas finais, impedindo a evolução do pensamento?
- As hipóteses e os erros que surgem são levados em consideração para a elaboração de novos
problemas?
- As dúvidas individuais são socializadas e usadas como oportunidades de aprendizagem para toda a
turma?

3. A interação dos alunos com os colegas

- Os alunos se sentem à vontade para colocar suas hipóteses e opiniões na discussão?


- Nas atividades em dupla ou em grupo, há uma troca produtiva entre os alunos?
- Com que critérios a classe é organizada?
- Os alunos escutam uns aos outros?

Para pensar em novas abordagens

Problemas adequados são os que representam um desafio possível. Ou seja, não podem ser tão
fáceis a ponto de serem solucionados sem esforço nem tão difíceis que se tornem desestimulantes.
Quando 80% da turma acerta sem dificuldade as questões propostas, é hora de lançar novos
desafios. Se mais da metade não encontra solução, é preciso orientar o professor para que ele tente
novas abordagens e ajudá-lo a diversificar as atividades.

Como usar bem o material pedagógico


Mapas, slides, ilustrações, fotos e vídeos precisam ser adequados ao conteúdo trabalhado, utilizados
em momentos certos e ter qualidade técnica. Quando alguma dessas coisas não acontece, busque

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com o professor novas ferramentas ou indique maneiras mais eficientes de usar as já disponibilizadas
pela escola. No caso de recursos tecnológicos, é sempre recomendável testá-los antes da aula.

Em Busca De Clareza E Objetividade

Muitas dificuldades que aparecem durante os momentos de aprendizagem têm origem em uma
proposta confusa, mal elaborada ou comunicada de forma ineficiente. Durante a observação, anote
as falas do professor para posteriormente discutir a clareza e a pertinência das propostas. Para torná-
las mais claras, geralmente são necessárias mudanças simples, como a substituição das palavras
difíceis.

Fazer Do Erro Uma Oportunidade De Ensinar

Durante a observação, anote os erros e as dúvidas apresentados pelos alunos e verifique se o


professor consegue fazer com que as dificuldades individuais sejam oportunidades de avanço para
todo o grupo. Os erros e as intervenções dos professores também podem ser registrados para a
tematização da prática durante os encontros coletivos e os individuais.

Ajuda Na Formação De Grupos

É preciso observar se as duplas ou os grupos foram formados aleatória ou intencionalmente. A


escolha dos pares precisa ser planejada e a formação vai variar de acordo com os conteúdos. Ao
perceber que um agrupamento não é produtivo, analise com o professor o perfil dos alunos e ajude a
montar outros mais eficazes.

Para Cada Situação, Um Grupo

Ao perceber uma inadequação entre a organização da sala e o conteúdo, você pode indicar, na
devolutiva, outras formas de dispor os alunos. Em roda, em duplas, trios ou quartetos. A forma como
a turma trabalha deve estar relacionada aos objetivos pedagógicos. Geralmente, grupos grandes
servem para socializar estratégias, mas não para trocar informações. Já quando o objetivo é colocar
os conhecimentos de cada aluno em jogo, o melhor são as atividades individuais.

O psicopedagogo pode treinar os professores para realizar registros de comportamento dos alunos.
Pode ser usado material padronizado, como a Coleção EACI-P - Escala de Avaliação do
Comportamento infantil para o professor, de Gilberto Ney Ottoni de Brito. De acordo com a resenha, o
teste tem por objetivo fornecer informação na fase de triagem que possa assistir clínicos e
pesquisadores na compreensão de algumas dimensões importantes do comportamento da criança. É
um instrumento individual de fácil aplicação pelo professor, que fornece uma estimativa do
funcionamento da criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de comportamento:

- Hiperatividade.
- Problema de conduta.
- Funcionamento independente.
- Socialização positiva.
- Inatenção.
- Neuroticismo.
- Ansiedade.
- Socialização negativa.

Para cada item da escala, o professor é solicitado a responder da maneira mais breve possível e
considerar na sua resposta o comportamento da criança em relação ao de uma criança teoricamente
"média", do mesmo sexo e idade daquela que está sendo avaliada.

EACI-P - A Escala de Avaliação do Comportamento Infantil para o Professor é um instrumento


individual de fácil aplicação ou preenchimento pelo professor, que fornece uma estimativa do
funcionamento da criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de comportamento,
desde a idade de 4 anos até idades superiores a 14 anos.

Além do questionário padronizado, podem ser utilizados questionários como o sugerido abaixo:

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Avaliação comportamental
Nome do aluno:
Idade:
Escola:
Ano:

1.Em relação ao rendimento escolar o aluno apresenta:


a)Constante evolução.
b)Não apresenta evolução.
c)Evoluiu até certo ponto, depois parou.
d)Não realiza as atividades propostas em sala.

Observações: _______________________________________________________

2.Quanto ao ritmo de trabalho:


a)É lento.
b)É rápido.
c)É normal.

Observações: _______________________________________________________

3.Em relação à qualidade dos trabalhos apresentados pelo aluno:


a)É satisfatório, seus trabalhos são limpos e bem realizados.
b)Inicia o trabalho, mas não os conclui.
c)Faz mal feito, sem o mínimo de cuidado.
d)Os erros são apagados com freqüência.

Observações: ________________________________________________________

4.Com relação à frequência escolar:


a)É assíduo.
b)Apresenta faltas constantes.
c)Apresenta atrasos constantes.

Observações: ______________________________________________________
5.Em relação às suas dificuldades:
a)Não realiza perguntas quando apresenta dúvidas.
b)Pede auxílio da professora.
c)Outros comportamentos. Especificar: _______________________

Observações: ______________________________________________________

6.Seu relacionamento com a professora pode ser considerado:


a)Bom.
b)Regular.
c)Ruim.

Observações: _____________________________________________________

7.Quando é chamado a atenção:


a)Chora.
b)Agride.
c)Ignora.
d)Mostra-se magoado.
e)Argumenta.

Observações: _____________________________________________________

8.Em relação à sua memória:


a)Boa, sem dificuldade.

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b)Ruim, com dificuldade.


c)Não foi observado.

Observações: ______________________________________________________

9.Em relação à sua atenção:


a)Boa, sem dificuldade.
b)Ruim, com dificuldade.
c)Não foi observado.

Observações: _______________________________________________________

10.Em relação à sua percepção:


a)Boa, sem dificuldade.
b)Ruim, com dificuldade.
c)Não foi observado.

Observações: _____________________________________________________
11.Sua capacidade visual:
a)Parece normal.
b)Apresenta dificuldade.
c)Não foi observado.

Observações: ______________________________________________________

12.Sua capacidade auditiva:


a)Parece normal.
b)Apresenta dificuldade.
c)Não foi observado.

Observações: _______________________________________________________

13.O vocabulário e a pronúncia são:


a)Adequados.
b)Inadequados.
c)Prejudicados por troca de letras.
d)Apresenta gagueira.

Observações: _____________________________________________________

14.Costuma isolar-se? Se sim, de que forma?


_____________________________________________________________

15.Quais as atividades preferidas?


_____________________________________________________________

16.Quais as atividades rejeitadas?


_____________________________________________________________

17.Gosta de liderar as atividades em grupo?


____________________________________________________________

18.Apresenta algum sentimento de menos valia?


____________________________________________________________

19.Apresenta dificuldades para reproduzir fatos?


_____________________________________________________________

20.Domina os conceitos básicos de:


Tempo ( ) Lugar ( ) Espaço ( ) Quantidade ( ) Tamanho ( )

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Observações: _____________________________________________________

21.Correlaciona experiências adquiridas com situações novas?


_________________________________________________________________

22.Apresenta cansaço durante as atividades?


_________________________________________________________________

23.Obedece às ordens e regras combinadas previamente junto da professora?


__________________________________________________________________

Este relatório deve integrar o material do psicopedagogo ao realizar a visita inicial na escola.

O ambiente de trabalho psicopedagógico deve ser tranquilo, sem barulhos, sem grandes
movimentações, pois as crianças precisam aumentar sua atenção e não dispersar-se.

Abaixo, a partir de um consultório psicopedagógico, são apontados alguns pontos que são primordiais
para seu bom funcionamento e bom desempenho profissional. São recursos que facilitam a atuação
do psicopedagogo junto das crianças e adolescentes.

Estante Multiuso:

A estante ideal para o trabalho do psicopedagogo é no modelo sem portas, pois as crianças e
adolescentes podem se sentir mais à vontade ao chegar no consultório do que quando se deparam
com uma série de armários fechados, além da ideia de liberdade e proposta do trabalho que, ao
utilizar os jogos, prima pela saúde, eliminando medos e associações com outros profissionais. A
mesma impressão é passada aos pais, além de poderem visualizar os recursos de que o
psicopedagogo dispõe para o trabalho com seu filho(a), tranquilizando-os. Deixar fechado somente as
pastas com os registros das sessões e prontuários em arquivo próprio, pois isto dá segurança aos
clientes de que suas produções não serão vistas por outras pessoas.

Ter à mão livros para consulta de diversas matérias, dicionários, gramáticas, enfim, aquelas
publicações que são imprescindíveis aos estudantes em qualquer faixa etária.
Os jogos e materiais pedagógicos necessários às atividades psicopedagógicas, como massinha, lápis
de cor, giz de cera, tintas guaxe e de tecido, pincéis, cola, tesoura, alfabeto móvel, folhas diversas,
apontador, borracha, entre outros, devem ficar na parte intermediária e final da estante, para que a
criança, quando autorizada pelo profissional, tenha livre acesso. É importante que em algumas
sessões as crianças dirijam esse momento, pois assim teremos uma demonstração de como está sua
autonomia, seus interesses, seu comportamento em geral (se agitado, com vontade de destruir os
brinquedos, se insatisfeito, trocando constantemente de jogos, etc.). A customização de peças de
roupas levadas pela própria criança para que realize a pintura, é uma técnica utilizada para trabalhar
questões como rótulos de crianças “desastradas” e que, por consequência, tem baixa autoestima. Por
meio dessa técnica podemos mostrar à criança que ela consegue realizar certas atividades que
demandam maiores cuidados e que consegue produzir um bom trabalho.

É necessário ter uma variedade de jogos que trabalham diversas áreas cognitivas das crianças e
adolescentes: alfabetização, coordenação motora, tempo para execução, raciocínio, lógica,
antecipação, vocabulário, conhecimentos gerais, matemática, uso do dinheiro, ciências, conceitos
diversos, gramática e ortografia, localização espacial e temporal, memorização, criatividade, entre
outros.

Os livros paradidáticos devem sempre estar ao alcance das crianças para estímulo à leitura. Manter
livros com recursos diferentes, como sonorização, montagem de cenas com adesivos ou imãs, para
crianças menores; livros tipo RPG (Role playing game, traduzido como jogo de interpretação de
personagens) aventura solo, chamam bastante a atenção dos adolescentes, ao mesmo tempo em
que se trabalha a responsabilidade, pois no jogo, cada escolha leva a uma consequência, que pode
ser a morte do personagem da história, culminando no fim da mesma.Além de decorar o ambiente, a
amarelinha é um jogo que chama a atenção de qualquer faixa etária e gênero, desde que seja neutra,
sem motivos femininos. Uma boa oportunidade de mexer o corpo, sendo que muitos não têm

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habilidades, mas como estão num espaço só deles, tentam utilizar o brinquedo e gostam da
experiência, além de ser um elemento riquíssimo para avaliação de sequência numérica, localização
espacial e temporal, equilíbrio estático, coordenação motora, entre outros.

A caixa lúdica pode ser um espaço para conter fantoches, máscaras, fantasias, enfim, tudo o que a
criança pode utilizar para criar histórias, dramatizar, enfim, colocar sua criatividade em
funcionamento.

Outro recurso que tem chamado muito a atenção das crianças e adolescentes são as criações com
sucata. Esse momento de criação para algumas crianças traz tranquilidade e introspecção e pode ser
muito útil para acalmar crianças hiperativas, agitadas, ou agressivas. O profissional pode sentar com
a criança, mostrando que está à disposição para algo que precisar, situação que será transportada
para o atendimento psicopedagógico, entendendo que o profissional será alguém que irá auxiliá-lo,
facilitando a formação de vínculo e posterior intervenção.

Para estes momentos de criação, o chão é o melhor lugar. Utilize-se de tapetes de EVA. Este, com o
alfabeto, é um recurso psicopedagógico importante, tanto para crianças em processo de
alfabetização para identificação e associação das letras a figuras, quanto para crianças e
adolescentes com dificuldades de procurar palavras em dicionário, que contenham distúrbios
comprovado como a dislexia, falha no processamento auditivo, entre outras.

O consultório deve, além de oferecer os recursos psicopedagógicos adequados, oferecer conforto


para que haja o mínimo de interrupções possíveis durante a sessão. Água para beber, banheiro
próximo e com pia para lavar a mão e utensílios como pincéis, etc. facilitam o andamento da sessão.

O quadro branco é um recurso que remete imediatamente à escola. Quebrar essa barreira do cliente
é importante utilizando o quadro, primeiramente, para desenhos livres e para brincadeiras como a
“forca”.

Para isso tenha pincéis de diversas cores, façam um desenho em conjunto (facilitador de formação
de vínculo), enfim, explorar todas as possibilidades do quadro em forma de aprendizagens
significativas irá trazer um desbloqueio para a sala de aula como consequência, facilitando a
aprendizagem de novos conteúdos na escola.
WEISS (p. 75, 1994) sugere uma seleção de material que pode conter num consultório para as
sessões lúdicas, que dependerá do objetivo específico da sessão, do tempo disponível e da idade da
criança.

- folhas de papel (pautadas, lisas, brancas e coloridas), lápis, apontador, régua, lápis de cor,
canetinhas hidrocor, cola, tesoura, revistinhas, livros;
- material para carpintaria e construções: madeiras, pregos, tachinhas, arames, ferramentas, etc.;
- material de sucata (embalagens vazias, caixinhas, carretéis, rolhas, retalhos, fios, etc.);
- blocos de madeira ou plástico, pinos de encaixe;
- tintas diversas, massa plástica, cola plástica colorida;
- fantoches, miniatura, animais, flores, bonecos, pires, xícaras;
- jogos comerciais estruturados.

Mais opções:

- jogos pedagógicos de alinhavo, laços, botões, zíperes;


- kit vida prática: cozinha, ferramentas, médico, bebê, entre outros;
- casinha de boneca com família de pano;
- fantoches ou dedoches diversos;
- kits de bijuterias;
- alfabeto móvel em madeira ou papel cartão.

Há uma infinidade de materiais que podem ser trabalhados dentro de uma sessão de apoio ou
acompanhamento psicopedagógico. Ao profissional que se interessar em trabalhar nessa área são
necessários contínuos aperfeiçoamentos sobre o desenvolvimento humano, os novos distúrbios,
síndromes e transtornos descobertos, bem como as falhas biológicas e as dificuldades sociais atuais.
Como exemplo, citamos a Vigorexia, a Síndrome de Asperger, a Falha no Processamento Auditivo, o

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Diante desse panorama, de novas descobertas e cada vez mais necessidades do profissional diante
das dificuldades educacionais apresentadas por pais, professores e alunos, é um profissional
requisitado e que tem um enorme campo de trabalho, desde que as técnicas utilizadas e seu
ambiente de trabalho estejam de acordo com a demanda a qual atende.

Transtorno Da Conduta E Comportamento Anti-Social

Certos comportamentos, como mentir e matar aula, podem ser observados no curso do
desenvolvimento normal de crianças e adolescentes. Para diferenciar normalidade de psicopatologia,
é importante verificar se esses comportamentos ocorrem esporadicamente e de modo isolado ou se
constituem síndromes, representando um desvio do padrão de comportamento esperado para
pessoas da mesma idade e sexo em determinada cultura.

A literatura internacional aborda o tema do comportamento anti-social sob diferentes pontos de vista,
levando em conta os aspectos legais (criminologia) e psiquiátricos. Do ponto de vista legal, a
delinqüência implica em comportamentos que transgridem as leis. No entanto, como nem todas as
crianças ou jovens anti-sociais transgridem as leis, o termo delinqüente ficou restrito aos menores
infratores (definição legal). Os atos anti-sociais relacionados aos transtornos psiquiátricos são mais
abrangentes e se referem a comportamentos condenados pela sociedade, com ou sem transgressão
das leis do Estado.1

Com base em critérios diagnósticos internacionais, como os da última edição do Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV2), observa-se que o comportamento anti-social
persistente faz parte de alguns diagnósticos psiquiátricos. O transtorno da conduta (conduct disorder)
e o transtorno desafiador de oposição (oppositional defiant disorder) são categorias diagnósticas
usadas para crianças e adolescentes, enquanto o transtorno de personalidade anti-social (antisocial
personality disorder) aplica-se aos indivíduos com 18 anos ou mais.

No presente artigo, serão apresentadas as principais características do transtorno da conduta,


enfatizando seu diagnóstico, evolução e tratamento. Destacaremos os fatores associados ao
comportamento anti-social na infância e adolescência com o objetivo de ampliar a visão do
profissional de saúde mental sobre a família e a comunidade nas quais o paciente está inserido.

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