13 Observação Ludica
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- Atividade e material que repetem a situação escolar, sem criatividade: ler livros, desenhar ou
escrever algo, repetir dobraduras que aprendeu na escola, recortar e colar como pesquisa escolar,
escrever contas automaticamente, etc.
- Seleciona material figurativo e faz guerras, fazenda, lojas, etc.
- Busca tintas, massa plástica, pinos e blocos e tenta criar alguma coisa.
- Escolhe material de sucata e transforma-o imaginando coisas novas.
2. O Modo De Brincar
O questionário acima foi montado com base nos dados fornecidos por WEISS (1994). É de suma
importância para os registros das sessões, auxiliando a sistematizar o trabalho do psicopedagogo e
acompanhar a evolução de seus clientes.
Um importante recurso psicopedagógico é a observação de sala de aula, como já foi dito em módulos
anteriores, que pode ser realizada pelo psicopedagogo clínico, quando trata de um caso específico
em seu consultório e, após conversa com a direção/coordenação escolar e professora da sala recebe
autorização para realizar a observação; ou pelo psicopedagogo escolar, quando este realiza também
um trabalho pontual, visando a observação de um aluno somente, ou de um grupo, com objetivo
preventivo. Este trabalho de observação do psicopedagogo escolar pode ser solicitado pela
coordenação/direção, pela professora, pelos pais, ou quando o próprio profissional sente a
necessidade diante do seu projeto de trabalho dentro desta instituição. Lembrando que o
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De acordo com a matéria publicada na revista Nova Escola (junho/julho 2010), durante a observação
em sala de aula, é preciso verificar como se desenvolvem as interações entre professores, alunos e
conteúdos e de que forma elas podem se tornar tema da formação continuada na escola. Abaixo
estão algumas questões que podem servir de roteiro para essa prática. Relacione as frases com
destaque colorido com as explicações nos tópicos abaixo do quadro.
- Os objetivos de aprendizagem de curto e longo prazos dos conteúdos em questão estão claros para
a turma?
- As propostas de atividades foram entendidas por todos? Seria necessário o professor explicar outra
vez e de outra maneira? As informações dadas por ele são suficientes para promover o avanço do
grupo?
- As intervenções são feitas no momento certo e contêm informações que ajudam os alunos a
refletir?
- O professor aguarda os alunos terminarem o raciocínio ou demonstra ansiedade para dar as
respostas finais, impedindo a evolução do pensamento?
- As hipóteses e os erros que surgem são levados em consideração para a elaboração de novos
problemas?
- As dúvidas individuais são socializadas e usadas como oportunidades de aprendizagem para toda a
turma?
Problemas adequados são os que representam um desafio possível. Ou seja, não podem ser tão
fáceis a ponto de serem solucionados sem esforço nem tão difíceis que se tornem desestimulantes.
Quando 80% da turma acerta sem dificuldade as questões propostas, é hora de lançar novos
desafios. Se mais da metade não encontra solução, é preciso orientar o professor para que ele tente
novas abordagens e ajudá-lo a diversificar as atividades.
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com o professor novas ferramentas ou indique maneiras mais eficientes de usar as já disponibilizadas
pela escola. No caso de recursos tecnológicos, é sempre recomendável testá-los antes da aula.
Muitas dificuldades que aparecem durante os momentos de aprendizagem têm origem em uma
proposta confusa, mal elaborada ou comunicada de forma ineficiente. Durante a observação, anote
as falas do professor para posteriormente discutir a clareza e a pertinência das propostas. Para torná-
las mais claras, geralmente são necessárias mudanças simples, como a substituição das palavras
difíceis.
Ao perceber uma inadequação entre a organização da sala e o conteúdo, você pode indicar, na
devolutiva, outras formas de dispor os alunos. Em roda, em duplas, trios ou quartetos. A forma como
a turma trabalha deve estar relacionada aos objetivos pedagógicos. Geralmente, grupos grandes
servem para socializar estratégias, mas não para trocar informações. Já quando o objetivo é colocar
os conhecimentos de cada aluno em jogo, o melhor são as atividades individuais.
O psicopedagogo pode treinar os professores para realizar registros de comportamento dos alunos.
Pode ser usado material padronizado, como a Coleção EACI-P - Escala de Avaliação do
Comportamento infantil para o professor, de Gilberto Ney Ottoni de Brito. De acordo com a resenha, o
teste tem por objetivo fornecer informação na fase de triagem que possa assistir clínicos e
pesquisadores na compreensão de algumas dimensões importantes do comportamento da criança. É
um instrumento individual de fácil aplicação pelo professor, que fornece uma estimativa do
funcionamento da criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de comportamento:
- Hiperatividade.
- Problema de conduta.
- Funcionamento independente.
- Socialização positiva.
- Inatenção.
- Neuroticismo.
- Ansiedade.
- Socialização negativa.
Para cada item da escala, o professor é solicitado a responder da maneira mais breve possível e
considerar na sua resposta o comportamento da criança em relação ao de uma criança teoricamente
"média", do mesmo sexo e idade daquela que está sendo avaliada.
Além do questionário padronizado, podem ser utilizados questionários como o sugerido abaixo:
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Avaliação comportamental
Nome do aluno:
Idade:
Escola:
Ano:
Observações: _______________________________________________________
Observações: _______________________________________________________
Observações: ________________________________________________________
Observações: ______________________________________________________
5.Em relação às suas dificuldades:
a)Não realiza perguntas quando apresenta dúvidas.
b)Pede auxílio da professora.
c)Outros comportamentos. Especificar: _______________________
Observações: ______________________________________________________
Observações: _____________________________________________________
Observações: _____________________________________________________
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Observações: ______________________________________________________
Observações: _______________________________________________________
Observações: _____________________________________________________
11.Sua capacidade visual:
a)Parece normal.
b)Apresenta dificuldade.
c)Não foi observado.
Observações: ______________________________________________________
Observações: _______________________________________________________
Observações: _____________________________________________________
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Observações: _____________________________________________________
Este relatório deve integrar o material do psicopedagogo ao realizar a visita inicial na escola.
O ambiente de trabalho psicopedagógico deve ser tranquilo, sem barulhos, sem grandes
movimentações, pois as crianças precisam aumentar sua atenção e não dispersar-se.
Abaixo, a partir de um consultório psicopedagógico, são apontados alguns pontos que são primordiais
para seu bom funcionamento e bom desempenho profissional. São recursos que facilitam a atuação
do psicopedagogo junto das crianças e adolescentes.
Estante Multiuso:
A estante ideal para o trabalho do psicopedagogo é no modelo sem portas, pois as crianças e
adolescentes podem se sentir mais à vontade ao chegar no consultório do que quando se deparam
com uma série de armários fechados, além da ideia de liberdade e proposta do trabalho que, ao
utilizar os jogos, prima pela saúde, eliminando medos e associações com outros profissionais. A
mesma impressão é passada aos pais, além de poderem visualizar os recursos de que o
psicopedagogo dispõe para o trabalho com seu filho(a), tranquilizando-os. Deixar fechado somente as
pastas com os registros das sessões e prontuários em arquivo próprio, pois isto dá segurança aos
clientes de que suas produções não serão vistas por outras pessoas.
Ter à mão livros para consulta de diversas matérias, dicionários, gramáticas, enfim, aquelas
publicações que são imprescindíveis aos estudantes em qualquer faixa etária.
Os jogos e materiais pedagógicos necessários às atividades psicopedagógicas, como massinha, lápis
de cor, giz de cera, tintas guaxe e de tecido, pincéis, cola, tesoura, alfabeto móvel, folhas diversas,
apontador, borracha, entre outros, devem ficar na parte intermediária e final da estante, para que a
criança, quando autorizada pelo profissional, tenha livre acesso. É importante que em algumas
sessões as crianças dirijam esse momento, pois assim teremos uma demonstração de como está sua
autonomia, seus interesses, seu comportamento em geral (se agitado, com vontade de destruir os
brinquedos, se insatisfeito, trocando constantemente de jogos, etc.). A customização de peças de
roupas levadas pela própria criança para que realize a pintura, é uma técnica utilizada para trabalhar
questões como rótulos de crianças “desastradas” e que, por consequência, tem baixa autoestima. Por
meio dessa técnica podemos mostrar à criança que ela consegue realizar certas atividades que
demandam maiores cuidados e que consegue produzir um bom trabalho.
É necessário ter uma variedade de jogos que trabalham diversas áreas cognitivas das crianças e
adolescentes: alfabetização, coordenação motora, tempo para execução, raciocínio, lógica,
antecipação, vocabulário, conhecimentos gerais, matemática, uso do dinheiro, ciências, conceitos
diversos, gramática e ortografia, localização espacial e temporal, memorização, criatividade, entre
outros.
Os livros paradidáticos devem sempre estar ao alcance das crianças para estímulo à leitura. Manter
livros com recursos diferentes, como sonorização, montagem de cenas com adesivos ou imãs, para
crianças menores; livros tipo RPG (Role playing game, traduzido como jogo de interpretação de
personagens) aventura solo, chamam bastante a atenção dos adolescentes, ao mesmo tempo em
que se trabalha a responsabilidade, pois no jogo, cada escolha leva a uma consequência, que pode
ser a morte do personagem da história, culminando no fim da mesma.Além de decorar o ambiente, a
amarelinha é um jogo que chama a atenção de qualquer faixa etária e gênero, desde que seja neutra,
sem motivos femininos. Uma boa oportunidade de mexer o corpo, sendo que muitos não têm
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habilidades, mas como estão num espaço só deles, tentam utilizar o brinquedo e gostam da
experiência, além de ser um elemento riquíssimo para avaliação de sequência numérica, localização
espacial e temporal, equilíbrio estático, coordenação motora, entre outros.
A caixa lúdica pode ser um espaço para conter fantoches, máscaras, fantasias, enfim, tudo o que a
criança pode utilizar para criar histórias, dramatizar, enfim, colocar sua criatividade em
funcionamento.
Outro recurso que tem chamado muito a atenção das crianças e adolescentes são as criações com
sucata. Esse momento de criação para algumas crianças traz tranquilidade e introspecção e pode ser
muito útil para acalmar crianças hiperativas, agitadas, ou agressivas. O profissional pode sentar com
a criança, mostrando que está à disposição para algo que precisar, situação que será transportada
para o atendimento psicopedagógico, entendendo que o profissional será alguém que irá auxiliá-lo,
facilitando a formação de vínculo e posterior intervenção.
Para estes momentos de criação, o chão é o melhor lugar. Utilize-se de tapetes de EVA. Este, com o
alfabeto, é um recurso psicopedagógico importante, tanto para crianças em processo de
alfabetização para identificação e associação das letras a figuras, quanto para crianças e
adolescentes com dificuldades de procurar palavras em dicionário, que contenham distúrbios
comprovado como a dislexia, falha no processamento auditivo, entre outras.
O quadro branco é um recurso que remete imediatamente à escola. Quebrar essa barreira do cliente
é importante utilizando o quadro, primeiramente, para desenhos livres e para brincadeiras como a
“forca”.
Para isso tenha pincéis de diversas cores, façam um desenho em conjunto (facilitador de formação
de vínculo), enfim, explorar todas as possibilidades do quadro em forma de aprendizagens
significativas irá trazer um desbloqueio para a sala de aula como consequência, facilitando a
aprendizagem de novos conteúdos na escola.
WEISS (p. 75, 1994) sugere uma seleção de material que pode conter num consultório para as
sessões lúdicas, que dependerá do objetivo específico da sessão, do tempo disponível e da idade da
criança.
- folhas de papel (pautadas, lisas, brancas e coloridas), lápis, apontador, régua, lápis de cor,
canetinhas hidrocor, cola, tesoura, revistinhas, livros;
- material para carpintaria e construções: madeiras, pregos, tachinhas, arames, ferramentas, etc.;
- material de sucata (embalagens vazias, caixinhas, carretéis, rolhas, retalhos, fios, etc.);
- blocos de madeira ou plástico, pinos de encaixe;
- tintas diversas, massa plástica, cola plástica colorida;
- fantoches, miniatura, animais, flores, bonecos, pires, xícaras;
- jogos comerciais estruturados.
Mais opções:
Há uma infinidade de materiais que podem ser trabalhados dentro de uma sessão de apoio ou
acompanhamento psicopedagógico. Ao profissional que se interessar em trabalhar nessa área são
necessários contínuos aperfeiçoamentos sobre o desenvolvimento humano, os novos distúrbios,
síndromes e transtornos descobertos, bem como as falhas biológicas e as dificuldades sociais atuais.
Como exemplo, citamos a Vigorexia, a Síndrome de Asperger, a Falha no Processamento Auditivo, o
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Diante desse panorama, de novas descobertas e cada vez mais necessidades do profissional diante
das dificuldades educacionais apresentadas por pais, professores e alunos, é um profissional
requisitado e que tem um enorme campo de trabalho, desde que as técnicas utilizadas e seu
ambiente de trabalho estejam de acordo com a demanda a qual atende.
Certos comportamentos, como mentir e matar aula, podem ser observados no curso do
desenvolvimento normal de crianças e adolescentes. Para diferenciar normalidade de psicopatologia,
é importante verificar se esses comportamentos ocorrem esporadicamente e de modo isolado ou se
constituem síndromes, representando um desvio do padrão de comportamento esperado para
pessoas da mesma idade e sexo em determinada cultura.
A literatura internacional aborda o tema do comportamento anti-social sob diferentes pontos de vista,
levando em conta os aspectos legais (criminologia) e psiquiátricos. Do ponto de vista legal, a
delinqüência implica em comportamentos que transgridem as leis. No entanto, como nem todas as
crianças ou jovens anti-sociais transgridem as leis, o termo delinqüente ficou restrito aos menores
infratores (definição legal). Os atos anti-sociais relacionados aos transtornos psiquiátricos são mais
abrangentes e se referem a comportamentos condenados pela sociedade, com ou sem transgressão
das leis do Estado.1
Com base em critérios diagnósticos internacionais, como os da última edição do Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV2), observa-se que o comportamento anti-social
persistente faz parte de alguns diagnósticos psiquiátricos. O transtorno da conduta (conduct disorder)
e o transtorno desafiador de oposição (oppositional defiant disorder) são categorias diagnósticas
usadas para crianças e adolescentes, enquanto o transtorno de personalidade anti-social (antisocial
personality disorder) aplica-se aos indivíduos com 18 anos ou mais.
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