Crisma - 38 Formação
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CRISMA 23/24
Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e em vós termine
tudo aquilo que fizermos. Por Cristo nosso Senhor.
Amém.
No encontro de hoje, formaremos sobre o Decálogo e como ele abrange nossa vida cristã. Nas
formações futuras, falaremos sobre cada mandamento e como devemos guardar cada um
deles. Todo cristão deve aprender os mandamentos de sua Fé para conseguirmos honrar cada
um deles da melhor forma.
Êxodo 20, 2-17 Deuteronômio 5, 6-21 Fórmula Catequética
Não terás outros deuses Não terás outros deuses Amar a Deus sobre todas
diante de mim. além de mim... as coisas.
Não pronunciarás em vão Não pronunciarás em vão Não tomar seu Santo
o nome do Senhor, teu o nome do Senhor Nome em vão.
Deus, porque o Senhor
não deixará impune
aquele que pronunciar em
vão O seu nome.
Não cometerás adultério. Não cometerás adultério. Não pecar contra a castidade.
Antes de iniciar, devemos alertar sobre a questão das diferenças entre o livro do Êxodo,
Deuteronômio e a fórmula catequética criada por Santo Agostinho e utilizada pela Igreja até
hoje. Em síntese, Jesus resume a Lei em dois grandes mandamentos que são Amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo e é exatamente o que vemos na fórmula
catequética sendo a primeira tábua os mandamentos referente a Deus e na segunda tábua os
mandamentos referentes ao próximo.
*LER OS MANDAMENTOS JUNTOS COM OS CRISMANDOS*
Leitura bíblica norteadora: Evangelho segundo São Mateus 19,16-22
● Nessa leitura, vemos um jovem que buscava completude em sua vida para o alcance
da vida eterna, Jesus o indica os mandamentos para com o próximo e ele já honrava todos
estes porém a Lei podia estar gravada em sua mente mas não no seu coração.
● No Evangelho de João capítulo 15, Jesus diz “Sem mim, nada podeis fazer” e com a
Lei precisamos desse mesmo entendimento; para nós, é necessário que Jesus grave os
mandamentos dEle no nosso coração para que obedeçamos a vontade dEle.
● E nesse entendimento de obediência a Deus, precisamos dar o nosso SIM a vocação
para qual Cristo nos escolheu; o jovem rico tinha muito apego aos seus bens e negou amar
a Deus sobre todas as coisas e seguir o chamado de Jesus.
OS DEZ MANDAMENTOS
Mestre, que devo fazer...?"
2052. "Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?" Ao jovem que lhe faz esta
pergunta, Jesus responde primeiro invocando a necessidade de reconhecer a Deus como "o único
bom", com o bem por excelência e como a fonte de todo bem. Depois, Jesus diz: "Se queres
entrar para a Vida, guarda os mandamentos". E cita ao seu interlocutor os preceitos que se
referem ao amor do próximo: "Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso
testemunho, honra pai e mãe". Finalmente, Jesus resume estes mandamentos de maneira
positiva: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 19,16-19).
2053. A esta primeira resposta é acrescentada uma segunda: "Se queres ser perfeito, vai, vende
os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me" (Mt 19,21).
Esta não anula a primeira. O seguimento de Jesus Cristo inclui o cumprimento dos mandamentos.
A Lei não foi abolida, mas o homem é convidado a reencontrá-la na pessoa de seu Mestre, que é
o cumprimento perfeito dela. Nos três Evangelhos sinópticos, o apelo de Jesus dirigido ao jovem
rico, de segui-lo na obediência do discípulo e na observância dos preceitos, é relacionado com o
convite à pobreza e à castidade. Os conselhos evangélicos são indissociáveis dos mandamentos.
Jesus deixa claro no Evangelho de Mateus capítulo 5 que não veio para abolir a Lei mas
sim dar uma completude e perfeição aos mandamentos que estavam sendo interpretados
sem o Amor que é próprio de Deus.
2054. Jesus, com efeito, retomou os Dez Mandamentos, mas manifestou a força do Espírito em
ação na letra deles. Pregou a "justiça que supera a dos escribas e fariseus", como também a dos
pagãos. Desenvolveu todas as exigências dos mandamentos. "Ouvistes que foi dito aos antigos:
'não matarás'... Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de
responder no tribunal" (Mt 5,21-22).
2055. Quando lhe é feita a pergunta: "Qual é o maior mandamento da lei?" (Mt 22,36), Jesus
responde: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o
teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse:
amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os
profetas" (Mt 22,37-40). O Decálogo deve ser interpretado à luz desse duplo e único mandamento
da caridade, plenitude da lei: Os preceitos - não cometerás adultério, não matarás, não furtarás,
não cobiçarás e todos os outros - se resumem nesta sentença: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo. A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é a plenitude da lei
(Rm 13,9-10).
A plenitude da Lei é alcançada em Jesus e nos seus dois mandamentos maiores e que
serão norte para todos nós buscarmos a vida eterna.
1°Amar a Deus sobre todas as coisas 2° Amar ao próximo como a ti mesmo
O DECÁLOGO NA SAGRADA ESCRITURA
2056. A palavra "Decálogo" significa literalmente "dez palavras (Ex 34,28; Dt 4,13; 10,4). Deus
revelou essas "dez palavras" a seu povo no monte sagrado. Ele as escreveu "com seu dedo", à
diferença de outros preceitos escritos por Moisés. São palavras de Deus de modo eminente.
Foram transmitidas no livro do Êxodo e no do Deuteronômio. Desde o Antigo Testamento, os
livros sagrados se referem às "dez palavras". Mas é em Jesus Crista na nova aliança, que será
revelado seu sentido pleno.
2057. O Decálogo deve ser entendido em primeiro lugar no contexto do êxodo, que é o grande
acontecimento libertador de Deus no centro da Antiga Aliança. Formulados como mandamentos
negativos (proibições), ou à maneira de mandamento positivos (como: "Honra teu pai e tua mãe"),
as "dez palavras indicam as condições de uma vida liberta da escravidão do pecado. O Decálogo
é um caminho de vida: Se amares teu Deus, se andares em seus caminhos, se observares seus
mandamentos, suas leis e suas normas, viverás e te multiplicarás (Dt 30,16). Esta força
libertadora do Decálogo aparece, por exemplo, no mandamento sobre o descanso do sábado,
destinado igualmente aos estrangeiros e aos escravos: Lembrai-vos de que fostes escravos numa
terra estrangeira. O Senhor vosso Deus vos fez sair de lá com mão forte e braço estendido (Dt
5,15).
O entendimento do decálogo deve também ser no sentido de libertação das prisões do
pecado como foi entendido no contexto da libertação do povo de Israel do Egito
estabelecendo essa aliança(antiga) entre Deus e o seu povo muito amado.
O DECÁLOGO NA TRADIÇÃO DA IGREJA
2064. Fiel à Escritura e de acordo com o exemplo de Jesus, a Tradição da Igreja reconheceu ao
Decálogo uma importância e um significado primordiais.
2065. Desde Sto. Agostinho, os "dez mandamentos" têm um lugar preponderante na catequese
dos futuros batizados e dos fiéis. No século XV, adotou-se o costume de exprimir os preceitos do
Decálogo em fórmulas rimadas, fáceis de memorizar, e positivas, que ainda estão em uso hoje.
Os catecismos da Igreja com frequência têm exposto a moral cristã seguindo a ordem dos "dez
mandamentos".
A Igreja reconhece a importância do Decálogo principalmente na catequese onde formamos
a nossa “razão cristã”. De forma simplificada, aprendemos os mandamentos de Amor.
A IGREJA MUDOU OS MANDAMENTOS?
Alguns acusam a Igreja de fazer alterações nos mandamentos, porém se trata de uma
grande falácia. O que a Igreja, em sua autoridade fez, foi simplificar o entendimento de seus
fieis, mas ainda assim temos em nossas bíblias as versões do Êxodo e Deuteronômio
provando que a fidelidade de Jesus sob sua Igreja permanece e que cabe a ela a
interpretação das Sagradas Escrituras.
Um exemplo é o primeiro mandamento no Êxodo onde Deus dá três ordens: Não terá
outros Deuses diante de mim, Não farás imagem ou escultura…, Não te prostrarás diante
desses…; Na fórmula catequética, estes são resumidos em “Amar a Deus sobre todas as
coisas”. * Caso acharem cabível, explicar questão das imagens*
2066. A divisão e a numeração dos mandamentos têm variado no decorrer da história. O presente
catecismo segue a divisão dos mandamentos estabelecida por Sto. Agostinho e que se tornou
tradicional na Igreja católica. É também a das confissões luteranas. Os padres gregos fizeram
uma divisão um tanto diferente, que se encontra nas Igrejas ortodoxas e nas comunidades
reformadas.
2067. Os dez mandamentos enunciam as exigências do amor de Deus e do próximo. Os três
primeiros se referem mais ao amor de Deus, e os outros sete ao amor ao próximo. Como a
caridade abrange dois preceitos com os quais o Senhor relaciona toda a Lei e os profetas (...)
assim os próprios dez preceitos estão divididos em duas tábuas. Três foram escritos numa tábua
e sete na outra.
2068. O Concílio de Trento ensina que os dez mandamentos obrigam os cristãos e que o homem
justificado ainda está obrigado a observá-los. E o Concílio Vaticano II afirma a mesma doutrina:
"Como sucessores dos Apóstolos, os Bispos recebem do Senhor (...)a missão de ensinar a todos
os povos e pregar o Evangelho a toda criatura, a fim de que os homens todos, pela fé, pelo
Batismo e pela observância dos mandamentos, alcancem a salvação"
Os três primeiros mandamentos se referem a nossa relação com Deus e os outro sete a
nossa relação com o próximo; a Igreja não cessa de repetir que esses mandamentos são
onde devemos trilhar nosso caminho de santidade.
A UNIDADE DO DECÁLOGO
2069. O Decálogo forma um todo inseparável. Cada "palavra" remete a cada uma das outras e a
todas; elas se condicionam 2 reciprocamente. As duas tábuas se esclarecem mutuamente,
formam uma unidade orgânica. Transgredir um mandamento é infringir todos os outros. Não se
pode honrar os outros sem bendizer a Deus, seu criador. Não se pode adorar a Deus sem amar a
todos os homens, suas criaturas. O Decálogo unifica a vida teologal e a vida social do homem.
É pertencente ao decálogo a unidade de todos os deveres do cristão, ou seja, se eu pecar
contra um dos mandamentos peco também contra os outros. Estes mandamentos derivam
a vida teologal e toda vez que o ferirmos estamos cometendo pecados graves nos
colocando longe da Graça e somente a confissão pode nos trazer de volta para esse
caminho.
O DECÁLOGO E A LEI NATURAL
2070. Os dez mandamentos pertencem à revelação de Deus. Ao mesmo tempo, ensinam-nos a
verdadeira humanidade do homem. Iluminam os deveres essenciais e, portanto, indiretamente, os
direitos humanos fundamentais, inerentes à natureza da pessoa humana. O Decálogo contém
uma expressão privilegiada da "lei natural": Desde o começo, Deus enraizada no coração dos
homens os preceitos da lei natural. Inicialmente Ele se contentou em lhos recordar. Foi o
Decálogo.
2071. Embora acessíveis à razão, os preceitos do Decálogo foram revelados. Para chegar a um
Conhecimento completo certo das exigências da lei natural, a humanidade pecador tinha
necessidade desta revelação: Uma explicação completa dos mandamentos do Decálogos e
tornou necessária no estado de pecado, por causa do obscurecimento da luz da razão e do desvio
da vontade Conhecemos os mandamentos de Deus pela Revelação divina que nos é proposta na
Igreja e por meio da consciência moral.
O decálogo está escrito verdadeiramente na nossa alma, ou seja, sem ler nenhum
mandamento já saberíamos o que é correto ou não para fazermos.
Deus, em sua infinita misericórdia, nos disponibiliza no decálogo a sua vontade para
nossas vidas por saber que o pecado nos dá uma cegueira porém entendemos que desde o
início de nossas vidas existem preceitos naturais.
A OBRIGATORIEDADE DO DECÁLOGO
2072. Visto que exprimem os deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o
próximo, os dez mandamentos revelam, em seu conteúdo primordial, obrigações graves. São
essencialmente imutáveis, e sua obrigação vale sempre e em toda parte. Ninguém pode
dispensar-se deles. Os dez mandamentos estão gravados por Deus no coração do ser humano.
2073. A obediência aos mandamentos implica, ainda, obrigações cuja matéria é, em si mesma,
leve. Assim, a injúria por palavra está proibida pelo quinto mandamento, mas só poderia ser falta
grave em função das circunstâncias ou da intenção daquele que a profere. "Sem mim, nada
podeis fazer"
O pecado mortal é caracterizado por “três condições”: 1. tem por objeto uma matéria
grave(10 mandamentos); 2. é cometido com plena consciência; 3. e de propósito
deliberado;
Nesse sentido, o decálogo vai fundamentar também a gravidade dos pecados e como
podemos fugir das situações de pecado.
2074. Jesus diz: "Eu sou a videira, e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele
produz muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15,5). O fruto indicado nesta palavra
é a santidade de uma vida fecundada pela união a Cristo. Quando cremos em Jesus Cristo,
comungamos de seus mistérios e guardamos seus mandamentos, o Salvador mesmo vem amar
em nós seu Pai e seus irmãos, nosso Pai e nossos irmãos. Suapessoa se toma, graças ao
Espírito, a regra viva e interior de nosso agir. "Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos
outros como eu vos amei" (Jo 15,12).
Vivemos onde o mundo grita pedindo para cometermos pecados e resmunga quanto a
dificuldade em viver em estado de Graça, sempre haverão aqueles que julgam como
impossível seguir os mandamentos porém confiemos em Deus e em sua bondade para
sermos obedientes.
“Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.”
João 15:5
RESUMINDO
2075. "Que devo fazer de bom para ter a vida eterna?" - "Se queres entrar para a vida, guarda os
mandamentos" (Mt 19,16-17).
2076. Por sua prática e por sua pregação, Jesus atestou a perenidade do Decálogo.
2077. O dom do Decálogo é concedido no contexto da Aliança celebrada por Deus com seu povo. Os
mandamentos de Deus recebem seu verdadeiro significado nessa Aliança e por meio dela.
2078. Fiel à Escritura, e de acordo com o exemplo de Jesus, a Tradição da Igreja reconheceu ao Decálogo
uma importância e um significado primordiais.
2079. O Decálogo forma uma unidade orgânica, em que cada "palavra ou mandamento" remete a todo o
conjunto. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei.
2080. O Decálogo contém uma expressão privilegiada da lei natural. Conhecemo-lo pela revelação divina e
pela razão humana.
2081. Os Dez Mandamentos enunciam, em seu conteúdo fundamental, obrigações graves. Todavia, a
obediência a esses preceitos implica também obrigações cuja matéria é, em si mesma, leve.
2082. O que Deus manda, torna-o possível por sua graça.
AVISOS
● Colocar a importância das Missas Dominicais.
ORAÇÃO FINAL!
AVISOS AOS CATEQUISTAS
● Coletar documentos daqueles que ainda estão devendo. *URGENTE*
● Precisamos urgentemente coletar todos os documentos que estão faltando de cada
crismando para planejarmos o batismo e a primeira Eucaristia dos que ainda não fizeram.