Comunicação em Enfermagem
Comunicação em Enfermagem
Comunicação em Enfermagem
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OBJECTIVOS
Geral:
- Compreender os elementos relacionados ao processo e comunicação na enfermagem e
sua relevância para o cuidado do paciente.
Específicos:
- Relacionar as interações entre o enfermeiro e o paciente;
- Classificar os diversos níveis de comunicação;
- Conceituar a comunicação em enfermagem;
- Conhecer a importância da comunicação na prática da enfermagem;
- identificar os aspectos éticos e legais presentes na comunicação em enfermagem.
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CONCEITOS
Etimologicamente o termo comunicar, derivou do latim comunicare, que significa “pôr
em comum, entrar em relação com, partilhar”.
Para (Sousa, 2006, p. 23), a comunicação é uma parte integrante da vida de todas as
pessoas, do ambiente social, é impossível dissociar a comunicação dos diferentes
aspectos da vida, é importante desta forma, iniciar por uma abordagem dos aspetos mais
globais da comunicação.
Segundo (Luciano, 2012, p. 09), as razões porque temos de comunicar são, entre
outras, a troca de informações, o entendimento em relação a si próprio e aos outros, a
integração em grupos, comunidades, organizações e na própria sociedade, a satisfação
das necessidades económicas e a interação com os outros, fundamental para a
autoestima e equilíbrio. A comunicação é uma das principais ferramentas para o
desenvolvimento do ser humano, comunicamo-nos para expressar necessidades,
partilhar experiências, cooperar, descobrir a nossa essência e ampliar a nossa
consciência.
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COMUNICAÇÃO EM ENFERMAGEM
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NÍVEIS DE COMUNICAÇÃO
Comunicação intrapessoal;
Comunicação interpessoal;
Comunicação transpessoal;
Comunicação em pequenos grupos;
Comunicação com o público.
1- Comunicação Intrapessoal
O corre no interior de uma pessoa, também chamada de autodiálogo, auto-verbalização,
autoinstrução, raciocínio interno e diálogo interno.
2- Comunicação Interpessoal
Interação entre duas pessoas. Ex.: relação entre o enfermeiro e o paciente.
3- Comunicação transpessoal
Interação que ocorre no domínio espiritual da pessoa. Ex.: oração, meditação, reflexão
orientada, rituais religiosos ou outros meios para comunicar-se com forças superiores.
4- Comunicação em pequenos grupos
Interação com pequeno número de pessoas. Ex.: Comitês, grupo de apoio aos pacientes
e equipas de pesquisa.
5- Comunicação com o público
Interação com uma audiência. Ex.: apresentar trabalhos profissionais em conferências,
oportunidade de falar aos grupos de consumidores a respeito de temas relacionados a
saúde e liderar discussões em sala de aula com colegas ou estudantes.
RELACIONAMENTOS PROFISSIONAIS
No exercício da enfermagem, relacionamento são inevitáveis e essenciais para a
realização de um tratamento eficaz e que não sejam apenas passageiros, mas
transformem-se em atitudes a serem seguidas durante a vida. Existem 4 tipos de
relações que o enfermeiro deve aprimorar:
1. Relação Enfermeiro-Paciente;
2. Relação Enfermeiro-Família;
3. Relação Enfermeiro-Equipe de Saúde;
4. Relação Enfermeiro-Comunidade.
Criar um ambiente terapêutico, depende da habilidade do enfermeiro de comunicar-se,
confortar e ajudar os pacientes a satisfazer suas necessidades. 5
É importante destacar o fato de que o paciente, nessa relação, não deve ser apenas um
elemento passivo, antes participar do seu processo de cura, tomando as decisões
referentes a seu tratamento e seu ser. Essa relação é terapêutica, já que seus fins, quase
sempre, são a recuperação ou manutenção da saúde.
O enfermeiro estabelece, direciona e assume a responsabilidade pela interação (essa
deve ser criada com cuidado e habilidade e baseada na confiança), e as necessidades do
paciente passam a ter prioridade sobre as necessidades do enfermeiro.
O uso da socialização pode ser um facilitador dessa relação, desde que não se ultrapasse
os limites sócia e nessa comunicação trate-se também dos assuntos e preocupações que
afetam a saúde do paciente.
1- A relação Enfermeiro-Paciente
A relação Enfermeiro-Paciente pode durar, desde alguns minutos (Ex. numa conversa
na sala de espera), até anos (ex. um tratamento de uma doença crônica). Mas
independente da duração três fases podem ser identificadas nessa interação, são elas:
2- Relação Enfermeiro-Família
A relação enfermeiro-família é baseada na compreensão empática e possui três pilares
centrais, a interação, a comunicação e a informação, uma vez que promovem a
compreensão e favorecem a criação de relações empáticas e de confiança, o que
contribui para a humanização do cuidado profissional.
4- Relação Enfermeiro-Comunidade
Ao interagir com a comunidade os enfermeiros devem se tornar agentes de mudança
efetivos, compreendendo a importância dessa prática para toda a comunidade,
desenvolvendo juntamente suas habilidades, na busca de um papel de liderança no
cuidado de saúde geral.
Essa relação pode ocorrer através de canais como: boletins comunitários, quadro de
aviso públicos, jornais, rádios, televisão ou informações eletrônicas.
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CONCLUSÃO
Concluímos que a comunicação é uma habilidade essencial para a prática da
enfermagem, pois é através dela que os profissionais são capazes de estabelecer uma
relação de confiança e colaboração com os pacientes, identificar suas necessidades e
oferecer cuidado de qualidade e humanizado. Uma boa comunicação pode melhorar a
satisfação do paciente, a adesão às orientações terapêuticas e a qualidade do cuidado,
enquanto uma comunicação inadequada pode levar a complicações e insatisfação do
paciente.
Por isso, é fundamental que os profissionais de enfermagem sejam capacitados e
treinados para desenvolver habilidades de comunicação efetiva, incluindo a capacidade
de ouvir atentamente, expressar-se de forma clara e empática, e adaptar sua
comunicação às necessidades individuais de cada paciente.