Relatorio Pratica 2 Leo

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM - SENAI


UNIDADE AMÉRICO RENÊ GIANNETTI

CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS

LEONARDO OLIVEIRA

FUNDAMENTOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS


“Identificação de ácidos e bases”
ALI-03-N-24

Belo Horizonte
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SUMÁRIO

CAPA 1
SUMÁRIO 2
INTRODUÇÃO 3
OBJETIVO 3
MATERIAIS UTILIZADOS: 3
PROCEDIMENTO 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 5
QUESTÕES DE PÓS- LABORATÓRIO 6
CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 7
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INTRODUÇÃO

Ácidos e bases são dois grupos químicos relacionados entre si e desempenham um papel
crucial em nosso cotidiano. A principal característica dos ácidos é que, em solução aquosa,
eles sofrem ionização e liberam cátions, especificamente íons H⁺. Por outro lado, as bases
sofrem dissociação iônica, liberando ânions, ou íons OH⁻, também conhecidos como
hidroxilas.

Embora ácidos e bases sejam frequentemente apresentados como substâncias químicas


perigosas e corrosivas, capazes de provocar danos materiais e à saúde devido ao seu poder de
corrosão, a realidade de seu uso diário é mais ampla e menos agressiva. Eles estão presentes
em diversos produtos que utilizamos no dia a dia

OBJETIVO

Os ácidos e bases são dois grupos químicos inter-relacionados e de grande importância no


nosso cotidiano. Os ácidos são substâncias que, em solução aquosa, sofrem ionização,
liberando cátions, especificamente íons H⁺. Já as bases sofrem dissociação iônica, liberando
ânions, ou íons OH⁻, também conhecidos como hidroxilas.

Embora frequentemente apresentados como substâncias químicas perigosas e corrosivas,


capazes de causar danos materiais e à saúde, os ácidos e bases estão amplamente presentes em
produtos do nosso dia a dia de forma segura e não agressiva. Exemplos incluem o ácido
cítrico em refrigerantes, o ácido acético no vinagre e o ácido oleico no azeite. Eles também
são encontrados em remédios, produtos de higiene e cosméticos.

Os indicadores ácido-base são substâncias que mudam de cor conforme a concentração de


íons de hidrônio no meio. Os testes laboratoriais permitem utilizar o conhecimento das
reações de ácidos e bases para melhorar a nossa vida diária, proporcionando benefícios
significativos à comunidade e contribuindo para a criação de novos produtos.
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MATERIAIS UTILIZADOS:

Vidrarias e utensílios:
- Rack de suporte para tubos de ensaio;
- 15 tubos de ensaio;
- 5 Pipetas graduadas de 10 ml;
- 5 Peras/Pipetador
- 5 copos becker de 100ml
- Conta gotas

Substâncias e soluções:
- Água deionizada
- Bicarbonato de sódio
- Ácido bórico
- Cloreto de amônio
- Hidroxido de potassio
- Alaranjado de metila
- Fenolftaleína
- Extrato de repolho roxo

PROCEDIMENTO
Iniciamos com o preparo da mesa, utilizando álcool para higienizar a superfície e
secando-a com papel toalha. Em seguida, separamos as vidrarias, utilizando o suporte para
levar os tubos de ensaio, totalizando quinze unidades, que foram posicionadas sobre a mesa
com um papel toalha por baixo para identificar possíveis derramamentos de substâncias.

Separamos também as pipetas graduadas de 10 ml, cada uma equipada com uma
pera/pipetador, e organizamos na mesa, tomando o cuidado de colocar papel toalha sob os
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itens para evitar que as substâncias entrem em contato direto com a superfície da mesa após o
uso.

Com a mesa organizada, recebemos as soluções previamente preparadas: bicarbonato de


sódio, ácido bórico, cloreto de amônio e hidróxido de potássio. Cada uma dessas soluções
estava em um béquer de vidro de 100 ml, contendo 50 ml de cada substância. Nomeamos
cada uma das pipetas de acordo com as substâncias mencionadas.

Para o teste, separamos os tubos de ensaio em três grupos de cinco, utilizando o suporte.
Colocamos aproximadamente 2 ml de água destilada em cada tubo e, em quatro deles,
dispusemos as soluções preparadas anteriormente, cada uma em um tubo diferente.
Nomeamos cada tubo e enfileiramos-os na mesma ordem em cada fileira, começando pelo
tubo contendo apenas água destilada.

Recebemos as soluções de alaranjado de metila, fenolftaleína e extrato de repolho roxo. Com


um conta-gotas, adicionamos duas gotas de alaranjado de metila nos tubos da primeira fileira,
duas gotas de fenolftaleína nos tubos da segunda fileira e duas gotas de extrato de repolho
roxo nos tubos da terceira fileira.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Após testes realizados, obtivemos os resultados que seguem na tabela abaixo:

Soluções Alaranjado Ext. Repolho Fenolftaleína Identificação do


de metila roxo meio (ácido, neutro,
ou básico

Água Destilada Laranja Incolor Incolor Neutro

Bicarbonato de sódio Laranja Incolor Rosa Ácido

Ácido Bórico Laranja Incolor Incolor Neutro


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Cloreto de amônio Laranja Incolor Branco Neutro

Hidróxido de Laranja Incolor Rosa Ácido


Potássio

Durante o processo, notamos diferenças substanciais ao aplicar a fenolftaleína, observando


mudanças significativas na coloração: uma cor rosa forte ao aplicá-la em conjunto com
bicarbonato de sódio e hidróxido de potássio, e uma coloração branca ao aplicá-la ao cloreto
de amônio.

Não conseguimos observar mudança ao aplicar o extrato de repolho roxo, portanto,


discutimos se a concentração da solução foi insuficiente ou se tal reação era a esperada.
Chegamos ao consenso de que a substância apresentada era incolor. Decidimos realizar
pesquisas relacionadas ao extrato de repolho roxo para verificar se os dados coletados
coincidiam com os obtidos em experiências anteriores.

Observou-se que, quando o suco de repolho roxo foi misturado com a água (incolor), a
coloração roxa prevaleceu, indicando pH neutro. Quando misturado com água sanitária,
notou-se uma coloração amarelada, indicando basicidade. No bicarbonato de sódio, notou-se
uma coloração azulada, indicando que a mistura está levemente básica. No suco de limão, a
cor vermelha prevaleceu, caracterizando uma solução ácida, assim como no vinagre, mas com
uma intensidade menor na coloração avermelhada, permitindo assim verificar o pH dessas
soluções.

Após a pesquisa realizada, concluímos que o experimento deveria ter gerado mudanças
significativas nas amostras, principalmente na água, que deveria ter apresentado um tom roxo.
Portanto, o resultado obtido não pode ser considerado válido, uma vez que não corresponde
aos experimentos realizados anteriormente.

QUESTÕES DE PÓS- LABORATÓRIO


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1) A que funções inorgânicas pertencem cada uma das quatro substâncias que se
prepararam para as soluções?
R: Bicarbonato de sódio (NaHCO₃): Pertence à função sal. Especificamente,
é um sal ácido porque ainda possui um hidrogênio ionizável.
Ácido bórico (H₃BO₃): Pertence à função ácido. É um ácido fraco.
Cloreto de amônio (NH₄Cl): Pertence à função sal. É um sal formado pela
neutralização do ácido clorídrico (HCl) com a amônia (NH₃).
Hidróxido de potássio (KOH): Pertence à função base. É uma base forte.

2) Quais foram os caracteres (ácido, básico ou neutro) de cada uma das soluções?
R: Bicarbonato de sódio básico. Ácido bórico ácido, Cloreto de amônio neutro
e o Hidróxido de potássio básico.

3) As soluções dos sais apresentam carácter neutro?


R: Bicarbonato de sódio (NaHCO₃): Pertence à função sal. Especificamente,
é um sal ácido porque ainda possui um hidrogênio ionizável.
Ácido bórico (H₃BO₃): Pertence à função ácido. É um ácido fraco.
Cloreto de amônio (NH₄Cl): Pertence à função sal. É um sal formado pela
neutralização do ácido clorídrico (HCl) com a amônia (NH₃).
Hidróxido de potássio (KOH): Pertence à função base. É uma base forte.

4) Explique porque nem todos os sais têm as mesmas características de acidez.


R: Diversos fatores influenciam, principalmente devido à natureza dos ácidos
ou bases que podem ser utilizados e suas capacidades de liberar ou capturar
íons de hidrogênio.

5) Como os indicadores químicos funcionam?


R: Os indicadores são substâncias utilizadas na química para saber se uma
solução apresenta um pH ácido (menor que sete) básico (maior que sete) ou
neutro (sete) , estando entre as marcações.

CONCLUSÃO
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Após prática realizada, concluímos que o conhecimento sobre a química é vasto,


complexo, que demanda total atenção ao realizar os procedimentos mas que também pode ser
aprendido, reproduzido e utilizado de forma que podemos aprender muito sobre o mundo e as
formas que o compõem. Acreditamos que foi válida a experiência visto que podemos utilizar
itens do nosso cotidiano como o bicarbonato de sódio e o repolho roxo para realizar
experiências e aprendemos que nem todo ácido é ruim, estando presente no nosso uso
cotidiano.

Aplicação da pratica na industria de alimentos

A identificação de ácidos e bases na indústria de alimentos é fundamental para


garantir a qualidade, segurança e sabor dos produtos. Aqui estão algumas maneiras
de como essa identificação é utilizada na indústria de alimentos:

Controle de Qualidade e Segurança

1. Teste de pH:
○ Verificação do pH: Medir o pH de alimentos e bebidas é crucial para
assegurar que estejam dentro dos limites seguros para consumo. Um
pH inadequado pode indicar contaminação ou fermentação indesejada.
○ Conservação de Alimentos: Alimentos ácidos (pH baixo) são menos
suscetíveis ao crescimento de bactérias patogênicas, ajudando na
conservação e segurança dos produtos.
2. Monitoramento de Processos Fermentativos:
○ Fabricação de Bebidas Fermentadas: No processo de produção de
bebidas como vinho, cerveja e kombucha, o pH é monitorado para
garantir que a fermentação ocorra corretamente.
○ Produção de Laticínios: Durante a fabricação de queijos e iogurtes, o
pH é controlado para assegurar a textura e sabor desejados.

Desenvolvimento de Produtos

1. Ajuste de Sabor:
○ Balanceamento de Sabores: Ácidos são frequentemente usados para
equilibrar sabores doces e adicionar acidez a alimentos e bebidas. Por
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exemplo, ácido cítrico é comumente adicionado a refrigerantes e


doces.
○ Realce de Sabor: Certos ácidos, como o ácido glutâmico (na forma de
glutamato monossódico), são usados como realçadores de sabor.
2. Textura e Estabilidade:
○ Géis e Espessantes: Alguns ácidos e bases são usados para ajustar a
textura de produtos alimentícios, como na formação de géis em geleias
e sobremesas.
○ Emulsificação: Bases como hidróxido de sódio são utilizadas na
produção de cacau em pó alcalino, que melhora a solubilidade e a cor
do produto.

Conservação e Extensão da Vida de Prateleira

1. Uso de Conservantes Ácidos:


○ Ácido Acético: Comumente usado em conservas e molhos para impedir
o crescimento microbiano.
○ Ácido Láctico: Utilizado em carnes processadas para preservar a cor e
prolongar a vida útil.

Higienização e Limpeza

1. Sanitização de Equipamentos:
○ Limpeza com Ácidos e Bases: Ácidos como o ácido peracético e bases
como o hidróxido de sódio são usados para limpar e sanitizar
equipamentos na indústria de alimentos, garantindo a ausência de
contaminantes.

Exemplos Práticos

1. Processamento de Carnes:
○ Marinadas Ácidas: O uso de marinadas ácidas ajuda a amaciar a carne
e pode adicionar sabor.
○ Controle de pH em Produtos Cárneos: Ajustar o pH para melhorar a
textura e a cor dos produtos.
2. Panificação:
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○ Fermentação: O controle do pH é essencial na fermentação do pão,


afetando o crescimento do fermento e a qualidade final do pão.

Ao utilizar ácidos e bases na indústria de alimentos, é crucial seguir as


regulamentações e diretrizes de segurança alimentar, garantindo que os produtos
sejam seguros e de alta qualidade para os consumidores

REFERÊNCIAS

USBERCO, J. ; SALVADOR, E. Química. São Paulo, Ed. Saraiva, 2000, vol. 1, 494p.
PERUZZO, F.M. ; CANTO, E.L. Química, na abordagem do cotidiano. São Paulo, Ed.
Moderna, vol. 1, 479p. FELTRE, R. Química. São Paulo, Ed. Moderna, 2004, vol. 1, 384p.
RUSSELL, J. B. Química Geral. São Paulo, Ed. Makron Books, 1994, 621p. KRAULEDAT,
W.G. Notação e nomenclatura de Química Inorgânica. São Paulo, Ed. Edgar Blücher, 1970,
114p. Prática de Química Geral. Belo Horizonte: UFMG, 1991, 117p. (Apostila)

https://www2.ufjf.br/quimicaead/wp-content/uploads/sites/224/2013/09/QI_Aula1.pdf

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