Orações Ouvidas
Orações Ouvidas
Orações Ouvidas
INTRODUÇÃO v. 13
> “… se chama pelo meu nome” – Quando um filho faz algo vergonhoso, ele desonra o nome de
seu pai, sua família. Somos chamados pelo nome de Deus, que jamais o desonremos!
Por ocasião da dedicação do Templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, o Senhor fez uma
pro-messa ao povo de Israel (aplicável à sua igreja de todas as épocas). Quando estivessem em
dificulda-des, enfrentando períodos de seca e esterilidade, bastaria dirigir um clamor ao Senhor que a
resposta viria. Con-tudo, Deus estabele-ceu algumas condições para que a sua bênção fosse derramada,
como veremos a seguir.
Orações ouvidas, pecados perdoados e terra sarada é o que todos queremos. Mas existem algumas
CONDIÇÕES a serem observadas:
O caminho da humil-dade passa pelo reconhecimento humano da infinita grandeza divi-na, seu imenso
poder e sua glória suprema. O Deus que fez o céu, a Terra e tudo o que nela há (Gn 2.4). O Deus que da
Terra faz o escabelo de seus pés (Is 66.1). O Deus que mediu na concha de sua mão as águas do planeta
(Is 40.12). O Deus que com seu poder sustenta todas as coisas (Hb 1.3). Quan-do Jó questionou ao
Senhor, foi surpreendido por uma sequência reveladora de perguntas divinas que o levaram a ter
consciência da magnificência, grandiosidade e sabedoria de Deus (Jó 38 — 41). Ao refletir acerca da
grandeza de Deus, Jó caiu em si, reconheceu a sua limitação, arrependeu-se e submeteu-se
completamente ao propósito divino para sua vida (Jó 42.1-6).
> Tornar humilde – só se torna humilde algo que está em posição de orgulho. Quando deixamos de buscar
a Deus, é como se arrogantemente estivéssemos dizendo que não dependemos dEle!
> Humildade: Virtude que nos dá o sentimento de nossa fraqueza; Submissão.
II.) ORAR
> Ao orar, o cristão declara sua total dependência de Deus e do Espírito Santo.
> Alguém que ora pode não ser um verdadeiro cristão, mas é impossível um cristão verdadeiro não sentir
a urgência de orar.
> Foi por não ter conseguido orar e vigiar com o Senhor Jesus que Pedro caiu em tentação, atingiu o servo
do sumo sacerdote com sua espada e depois negou a Cristo. Se tivesse orado, provavelmente teria
entendido o que estava acontecendo (em relação à prisão de Jesus) e teria tido forças para não negar a
Cristo.
> 1 Tm 2.1 ss; Ef 6.18; Tg 4.3 A oração que abre todas as portas é aquela que busca o reino de Deus e
sua justiça.
III.) BUSCAR A DEUS
> Buscar a Deus, as coisas de Deus, conhecer a Deus. Creio que pode se referir ao conhecimento da
Palavra.
> Quanto temos lido da Palavra por dia, semana, mês, ano?
> Podemos dizer que conhecemos com profundidade as Escrituras? Conheceremos mais a Deus quando
conhecermos mais a Sua Palavra, na qual Ele se revela.
IV.) SE CONVERTER DOS SEUS MAUS CAMINHOS
> Conversão = mudar de rumo, de direção.
> Faça uma reflexão e aliste aquelas áreas em que você sabe que precisa mudar / melhorar: vida
devocional, familiar (como pai, mãe, filho, esposo, esposa, irmão), etc.
> Não dependa de você para mudar, dependa do Espírito Santo
> Lembre-se: “… sem mim nada podeis fazer … quem permanece em mim e eu nele esse dá muito fruto
…” (Jo 15) – necessidade de permanência, comunhão!
Quando o homem tem uma noção de sua pequenez, limi-te, natureza, e do quão miserável e indigno é diante de um Deus
tão poderoso e santo, ele naturalmen-te se aproxima do Criador com humildade, porquanto sabe que é pó e que são as
misericórdias do Senhor a causa de ele estar de pé (Lm 3.22).
2. A necessidade da humil-dade.
Ao falar com o povo, Deus afirmou que, no caso de ocorrer um afasta-mento entre ambos, o que provocaria seca, fome,
pragas, etc., o povo deveria reconhe-cer seu erro e desobe-diência aos preceitos da Lei de Deus e se humilhar.
Hu-milhar-se é submeter-se, sujeitar-se a alguém. No caso do homem com Deus, é reconhecê-lo como Deus, Senhor,
Soberano, Criador, Todo-Poderoso e reconhecer-se como criatura pecadora, indigna de estar em sua presença e carente
de sua misericórdia, graça e perdão. É com esse espírito humilde que o homem deve achegar-se a Deus e, assim, colocar
diante dEle suas petições, a fim de ser ouvido em tempo oportuno.
Após chegar à pre-sença de Deus com humildade, a recomendação divina para a restauração de seu povo é orar, suplicar
e buscar a face dEle. Essa busca envolve: voltar-se para o Senhor, buscando obter novamente a comunhão que fora
quebrada, e colocar diante dEle o seu pecado (Sl 32.5; 51.3), os seus desejos (Sl 38.9), as suas petições (Sl 119.170), as
suas ansiedades (1 Pe 5.7).
Buscar a face de Deus não é apenas manter com Ele uma conversa amena, ou colocar petições e pedidos diante dEle. É
um desejo intenso de conhecê-Lo, estar familiarizado com sua voz e conhecer sua vontade. Isso demanda tempo e esforço
do homem, pois muitas vezes será necessário abrir mão do conforto físico, de algum tempo de lazer e até mesmo dos
próprios planos.
Entretanto, nada no mundo é mais valioso do que a presença de Deus na vida do homem e sua comunhão com Ele. Buscar
a face do Senhor e anelar a sua presença e comunhão conosco deve ser mais do que uma necessidade, mas um prazer
para o crente (Sl 105.4; 42.1,2; 84.1,2).
O apóstolo João fala em sua primeira carta universal que o crente ainda está sujeito a pecar (1 Jo 1.8). Quem diz que não
peca é mentiroso. Contudo, isso não é um convite ao pecado, mas o reconhecimento de que o homem é, por natureza,
pecador, e que só estará livre para sempre do pecado no céu.
1. Arrependimento.
O ar-rependimento genuíno provém da tristeza por haver pecado, desagradado ao Senhor e entriste-cido o Espírito Santo
(2 Co 7.10).
Aquele que, de fato, se arrepende, confessa e abandona o erro. Não basta apenas reconhecer o erro, mas também é
imprescindível que se deixe o pecado, a fim de alcançar misericórdia (Pv 28.13).
A recomendação de João é: “Não pequeis”. Todavia, para aquele que pecou, ainda existe solução: Jesus, o Advogado. Se
você se ar-repender sinceramente e suplicar-lhe perdão, Ele intercederá junto ao Pai, a fim de que você receba o perdão
divino e seja reconciliado com Deus.
2. Conversão.
A primeira recompensa pelas atitudes mencionadas acima é ter suas orações ouvidas e aten-didas pelo Senhor. O nosso
Deus responde às orações daqueles que o temem (Sl 145.19). Para esses, o seu ouvido não está agravado, mas aberto (2
Cr 7.15; Is 59.1).
Jesus ensinou a respeito de um Pai amoroso que está sempre pronto a dar boas dádivas a seus filhos e incentivou seus
discípulos a pedir e buscar a Deus, incessantemente, sem desfalecer (Lc 11.9; 18.1-7), porque Deus ouve e vê até o que
está em secreto (Mt 6.6;Jo 9.31).
Portanto, se você é um filho obe-diente ao seu Pai, esteja certo de que suas orações estão subindo diante dEle e logo serão
respondi-das. Aguarde e confie!
A segunda resposta do Senhor ao povo seria o perdão. Davi conhecia a longanimidade e misericórdia divinas, porquanto
havia experimentado a graça do perdão divino.Por isso, escre-veu que o Senhor está pronto a perdoar àqueles que o
invocam (Sl 86.5).
A Bíblia está repleta de exemplos do perdão de Deus, tanto para com seu povo Israel quanto para todos quantos lhe
imploraram o perdão.Por várias vezes e para diversas pessoas, Jesus declarou: “Perdoados são os teus pecados” (Mt 9.2;
Lc 7.48).
Através do nome de Cristo, Deus perdoa os nossos pecados (1 Jo 2.12). Se você pecar contra Deus, creia que:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo
1.9).
A terceira resposta divina diz respei-to ao nosso sustento. Deus não está preocupado apenas em salvar nossa alma e
espírito, Ele sabe que necessitamos nos alimentar, vestir, morar, ou seja, de ter nossas necessidades básicas supridas.
No caso de Israel, sua sobrevivência dependia de chuvas que regassem a terra, que produzia o fruto para a alimentação do
homem e dos ani-mais. Deus disse a Salomão que, se o povo abandonasse os seus maus caminhos, Ele tornaria a abençoar
a terra, a fim de que o pão de cada dia fosse garantido ao povo.
Jesus ensinou que o Pai co-nhece as necessidades humanas e deseja supri-las (Mt 6.31,32). O Se-nhor cuida daqueles que
o amam e o obedecem. Além disso, há uma interpretação espiritual desta passagem. “Sarar a terra”, voltando a enviar
chuvas, trata-se também de uma renovação espiritual do povo e do envio do Espírito Santo (Jl 2.28-32).
Ainda hoje, o Senhor faz brotar rios de água viva dentro de cada um que recebe o dom do Espírito (Jo 7.37), que é seu
próprio Espírito dentro do homem. Essa corrente de águas vivas flui atra-vés da vida do crente e atinge os outros com a
mensagem sanadora do Evangelho. Portanto, clame por essa promessa maravilhosa!
CONCLUSÃO
Embora o texto bíblico desta lição fora dirigido a Isra-el, sua aplicação pode ser feita aos crentes de todas as épo-cas.
Portanto, Igreja de Cristo, humilhe-se, retorne ao Senhor, converta-se de seus maus cami-nhos, busque a presença divina
continuamente, a fim de que o nosso Deus, segundo as suas riquezas, supra todas as nossas necessidades em glória, por
Cristo Jesus (Fp 4.19).