Ebook Tecnologias - Educacionais - Ensino - e - Aprend
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Organizador
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Ensino e Aprendizagem
em Diferentes Contextos
- Volume 1
1ª Edição
2020
Copyright© 2020 por Editora Científica Digital
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possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Conselho Editorial
Vinícius Gonçalves de Souza; Jéssica dos Santos Fernandes; Carla Silva Siqueira Miranda; Natane
Barbosa Barcelos
CAPÍTULO 02 .......................................................................................................................................... 18
Aline Dayane Silva; Jessyca Suamy da Silva; Gésica Kelly Oliveira; Gleidson Monteiro dos Santos
CAPÍTULO 03 .......................................................................................................................................... 29
CAPÍTULO 04 .......................................................................................................................................... 44
CAPÍTULO 05 .......................................................................................................................................... 58
Átilla Mary Almeida Elias; Manoel Gilvan Carvalho do Nascimento; Sandra Jacqueline Almeida Elias
Carvalho
CAPÍTULO 06 .......................................................................................................................................... 71
Giulliano Monteiro de Souza; Humberto Carlos da Silva Junior; Danileno Meireles do Rosário; Reinaldo
Eduardo da Silva Sales
CAPÍTULO 07 .......................................................................................................................................... 87
Iorlete Lima Ferreira; Luciana Salazar dos Reis; Jessica Machado da Silva; José Francisco da Silva
Ferreira
SUMÁRIO
CAPÍTULO 08 .......................................................................................................................................... 99
CAPÍTULO 10 .........................................................................................................................................119
Jerry Wendell Rocha Salazar; Ana Maria Ramalho Melo; Luiz Carlos Rodrigues da Silva
João Batista de Sousa Carvalho; Roneide dos Santos Sousa; Francisco Denis Veras Souza
Mariana Ribeiro de Lima; Vinícius Gonçalves de Souza; Aline Rezende de Abreu; Natane Barbosa
Barcelos
Erival Gonçalves Prata; Renan Ferreira de Sousa; Josiney Farias de Araújo; Leandro Marques Correia;
Simonny do Carmo Simões Rolo de Deus
Fernanda de Nazaré Cardoso dos Santos Cordeiro; José Antonio Cordero da Silva
Mateus Silva Rêgo; Guilherme Melo Figueiredo; Fernando Wesley Pinheiro Brito; Pedro Henrique Macedo
Barros; Nadson de Jesus da Silva Trindade; Ricardo Gomes; Jailson dos Santos Silva; Lucas Viana
Oliveira; João Alberto Santos Porto
Ana Caroline Brito Moura; Iago Gomes Albuquerque; Victor Hugo Gomes Castro; Rafael João Costa
Lima; Carlos Eduardo Lopes Albuquerque; Gisvani Lopes de Vasconcelos; Mauro Vinicius Dutra Girão
10.37885/2200700763
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Figura 1. Mapa conceitual sobre adaptações celulares, exemplificando as alterações relacionadas ao volume (azul), à
divisão (verde), à diferenciação (rosa) e à proliferação e diferenciação (lilá/roxo).
Figura 2. Mapa conceitual sobre mecanismos de lesões celulares (amarelo), exemplificando as alterações relacionadas
aos danos mitocondriais (verde), à depleção de ATP (azul), aos defeitos da membrana (rosa), à homeostase do cálcio
(laranja) e ao estresse oxidativo (vermelho).
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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10.37885/200600562
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Dos artigos que atenderam aos critérios de inclusão obteve-se a amostra de oito artigos
entre eles nos anos de 2007 a 2014, tendo (50%) quatro publicações em 2011, e nos anos
de 2007, 2010, 2013, 2014 com (12,5%) respectivamente, uma publicação a cada ano. O
quadro 1 a seguir mostra a distribuição dos artigos quanto ao autor/ano, periódico, titulo,
tipo de estudo e objetivo.
Quadro 2. Apresenta as contribuições que os artigos analisados trouxeram referente ao método estudo de caso na
formação em enfermagem.
Apresenta o estudo de caso como modalidade de pesquisa, de caráter investigador, onde sua aplica-
A1 bilidade dar-se em diversas áreas do conhecimento, na qual, o pesquisador deve limitar e simplificar
seus dados.
Ressalta que o método de ensino em questão é bastante instigante e motivadora,para o ensino do
A2 processo de enfermagem e uso de linguagem padronizada e oferece ao aluno a oportunidade de ser
sujeito do próprio processo de aprendizado.
Demonstrar a contribuição do estudo de caso para o uso da interdisciplinaridade, sendo possível corre-
A3 lacionar e integrar os conhecimentos entre as disciplinas do curso de graduação em enfermagem e na
associação e aproximação entre a teoria e prática.
Ressaltar que atividades por meio de chat educacionais, promovem uma troca de informações e conhe-
cimentos em grupos de estudantes para resoluções de estudos de casos, assim, trata-se de antecipar
A4
a realidade que será encontrada no ambiente hospitalar, o que pode amenizar o medo e a angústia que
esta experiência gera no aluno de Enfermagem.
Evidência as vantagens para a aprendizagem baseada em competências, demonstra suas utilidades e
A5 benefícios para o processo ensino-aprendizado, com caráter interativo que promovam as capacidades
de análise e de reflexão, sejam promotoras da tomada de decisão.
A metodologia ativa baseada em estudo de caso é a estratégia de ensino mais utilizada na enferma-
A6 gem, onde envolve uma conduta educacional do professor como facilitador e o aluno como protagonista
da aprendizagem.
O estudo traz o enriquecimento da capacidade de comunicação oral, relacionada à habilidade de argu-
A7
mentação, trabalho em grupo, tomada de decisão, criatividade e o desenvolvimento do senso crítico.
Salientar as contribuições que a utilização de estudo de caso poderá trazer para o contexto na vida
A8 estudantil, enfatizando assim que, com a introdução desse método a uma grande iniciação para que
estudantes tome decisões mais seguras.
Mostra o método do caso como uma simulação de um evento real, com o propósito no ensino em gra-
A9
duação para melhorar a experiência pedagógica dos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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v.20, n.5, Out. 2007. Disponível em: <http://www.polo.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/o_estu-
do_de_caso_como_modalidade_de_pesquisa.pdf> Acesso em: 04 Maio 2016.
10.37885/200700789
RESUMO
O ensino da matemática não é realizado como deveria, porque a maioria dos profes-
sores da especialidade dá pouca importância e interesse à aplicação real e verdadeira dos
procedimentos, de estratégias metodológicas ativas para uma boa compreensão e apren-
dizagem da Matemática para os alunos.
Com a aplicação de métodos clássicos em matemática de ensino aprendizagem o
resultado é quase zero, então não há reprovações em maior número, tédio e acompanhada
pela frustração, a inibição de suas habilidades, "lacunas" intelectuais, notas baixas, repre-
endendo apatia, recriminações etc. que fazem os alunos se sentirem incompetentes.
Dada a diversidade de questões que afetam a compreensão e aprendizagem estudantes
de matemática, os professores podem tomar uma variedade de tons, incluindo: sensibilizar
professores e alunos a encontrar soluções, criar novas estratégias que são coerentes com
os métodos de estudo do aluno.
Por esta razão, através deste trabalho de pesquisa pretende inovar uma estratégia
participativa para os estudantes universitários resolverem as suas questões de compreensão
e aprendizagem de matemática com grande facilidade aplicando o "estilo de ensino da mate-
mática através do método ativo inovador" MAI, é uma nova estratégia que estamos gerando
para uma melhor compreensão e aprendizagem da matemática em estudantes universitários
no país, porque é uma tática sistemática de fácil manuseio, é a razão para criar o método
de atualização chamado de "estilo de ensino da matemática através Método Ativo Inovador
para a compreensão e aprendizagem de estudantes universitários ".
OBJETIVOS
Objetivo geral
Propor o método ativo inovador como uma estratégia adequada para a compreensão
e aprendizagem da matemática pelos alunos durante o desenvolvimento do ensino e da
aprendizagem.
Objetivos específicos
• Justificar que o ensino de matemática através do método ativo inovador gera com-
preensão e aprendizagem efetiva nos alunos.
HIPÓTESE
Hipótese Geral
Hipóteses específicas
MARCO TEÓRICO
"... será que o que está sendo ensinado pode despertar interesse e partici-
pação do aluno, influenciar sua vida? ... estamos proporcionando atividades
(rotineiras) ou experiências? ...os alunos estão passivos ou participam pes-
soalmente? estão ‘aceitando’ atividades ou frequentemente têm experiências
que se tornam parte de suas vidas?" (RATHS, 1977,p. 361
MATERIAIS E MÉTODOS
Entendendo e aprendendo
ASPECTO TEÓRICO
A motivação de realização pode ser definida como "o desejo de ter sucesso". É o mais
importante.
a) A razão,
b A expectativa e
c) O incentivo.
Relacionado ao aprendizado
Não apenas os alunos devem ser avaliados, mas os professores também devem ser
avaliados a cada final do semestre ou ano letivo pelos alunos anonimamente, depois de
conhecer suas médias finais para que não haja retaliação.
Nas avaliações dos professores os alunos devem ser considerados, mais ou menos:
seu caráter, comportamento, responsabilidade, tratamento pessoal, método de ensino, do-
mínio do curso, estado emocional, interesses, etc.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Relacionado ao aprendizado
Para manter a atenção na aula de matemática, você pode aplicar algumas estratégias
motivacionais, como:
a) Filmes Matemáticos
b) Utilização de calculadoras para competências operacionais complexas
c) divertidos jogos matemáticos e charadas
d) Questões de abstração do que eles sabem
Relacionado ao ensino
CONCLUSÃO
APOIO
FUNADESP - Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular
REFERÊNCIAS
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10.37885/200600560
RESUMO
A palavra “habilidade” pode ser entendida de duas formas diferentes: como atos ou
tarefas que exigem a realização de uma ou mais ações, ou seja, de respostas a metas que
consistem em movimentos do corpo ou de suas partes; como o “nível” de realização dessas
tarefas. Segundo Schmidt e Wrisberg (2010, p. 25), a palavra “habilidade” designa:
[...] uma tarefa com uma finalidade específica a ser atingida. Por exemplo,
costumamos dizer que “multiplicação é uma habilidade fundamental da mate-
mática” ou que “tocar piano é uma habilidade que exige prática”. Desses dois
exemplos, a habilidade de tocar piano inclui uma habilidade motora, porque é
de fato uma habilidade que exige movimentos voluntários do corpo e/ou dos
membros para atingir o objetivo. Analisando sob esse ângulo, a habilidade
de tocar piano envolve as habilidades de pressionar as teclas corretas na
sequência certa e exige movimentos de mãos e dedos para atingir o objetivo.
TAXONOMIA UNIDIMENSIONAL
TAXONOMIA BIDIMENSIONAL
Outra forma de classificação das habilidades motoras foi desenvolvida por Gentile (2000)
e leva em consideração as seguintes características gerais: as demandas do ambiente (o
quanto o ambiente está estacionário ou em movimento, como a variabilidade regulatória e
a possibilidade de mudança ambiental entre uma tentativa de performance e a seguinte) e
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O teste de coordenação corporal para crianças – difundido na literatura como teste KTK
– é capaz de avaliar a coordenação motora de crianças. Trata-se de um protocolo composto
por quatro tarefas motoras básicas que objetivam avaliar as habilidades motoras de uma
criança, entre elas: equilíbrio em marcha à retaguarda, saltos monopedais, saltos laterais e
transferência sobre plataformas.
REFERÊNCIAS
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ZWICKER, J. G. et al. Developmental coordination disorder: a pilot diffusion tensor imaging study.
10.37885/200800927
RESUMO
A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com
objetivos militares seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter
as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais
de telecomunicações.
Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população em geral.
Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibili-
tando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente
interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado.
Nos dias de hoje, não é mais um luxo ou simples questão de opção uma pessoa uti-
lizar e dominar o manuseio e serviços disponíveis na Internet, pois é considerada o maior
sistema de comunicação desenvolvido pelo homem. Se comunicar e procurar informações
tornou-se uma atividade do dia a dia em qualquer lugar do mundo, isso devido a chegada
da fibra ótica, computadores, conexões sem fio, 3G e outras tecnologias. A conexão com o
mundo e o contato direto com novas tecnologias e informações se faz necessário uma vez
que a sociedade hoje é defina com a “sociedade da informação”.
Em resumo, a Internet é um conjunto de redes de computadores interligadas que tem
em comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados
possam desfrutar de serviços de conhecimento e comunicação de alcance mundial.
No cotidiano social, não podemos mais negar o valor que as tecnologias adquiriram e
deixar esse acontecimento para trás seria retardar nossos conhecimentos sobre a realidade
social a qual vivemos. Deixando de ser algo exclusivo de classes sociais mais favorecidas
as tecnologias de informação para entraram no dia a dia de todos os sujeitos da nossa
atualidade.
Ao passar dos anos, encontramos cada vez mais utilidades para esse instrumento.
Além de uma fonte inesgotável de informações, a rede também pode ser utilizada como fer-
ramenta para divulgação e disseminação de informações como por exemplo as relacionadas
a saúde, em especial a dos pacientes portadores de diabetes mellitus Tipo 2.
Estamos falando de mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, hoje no
Brasil, o que representa 6,9% da população. De acordo com a International Diabetes Fe-
deration, entidade ligada à ONU, existem no mundo mais de 380 milhões de pessoas com
diabetes. E em 2040, o número de pessoas com diabetes aumentará em 65% na America do
Sul e Central. O número é crescente e em muitos casos, o diagnostico demora, favorecendo
o aparecimento de complicações.
A Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD, em parceria com o laboratório farmacêu-
tico Abbott, realizaram uma pesquisa que mostrou que cerca de 90% das pessoas com
JUSTIFICATIVA
PROBLEMA DE PESQUISA
Quais são os principais benefícios das mídias sociais digitais como ferramenta de
educação para saúde no tratamento e controle de pacientes portadores de diabetes mellitus
tipo 2?
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Identificar quais são os principais benefícios das mídias sociais digitais como ferramen-
ta de educação para saúde no tratamento e controle de pacientes portadores de diabetes
mellitus tipo 2.
Objetivos Específicos
Muito rica e com muitos fatos históricos a história do diabetes se faz importante e curio-
sa. Seus primeiros relatos foram registrados no Egito por volta de 1500 a.C pela primeira
vez no Papiro de Ebers, sendo o primeiro documento conhecido a mencionar uma doença
que causava eliminação excessiva de urina (poliúria), muita sede polidipsia, e muita fome
polifagia, além de ter uma perda de peso rápida sugerindo até alguns tratamentos à base
de frutos e plantas. Os curandeiros da época também notaram que a urina dessas pessoas
atraía formigas, mas não sabiam dizer o porquê. (Carvalho, 2007).
Mas foi apenas no século II d.C, na Grécia Antiga, que esta enfermidade recebeu o
nome de diabetes. O termo Diabetes foi introduzido por Apollonius de Memphis (do grego,
dia= através; betes= passagem) para designar a doença, uma vez que a eliminação exces-
siva de urina lhe recordava a passagem de agua através de um sifão. (Sociedade Brasileira
de Endocrinologia, 2018).
Confirmado somente a partir dos estudos de Willis, no século XVII, e Dobson, no século
XVIII, na Inglaterra. O primeiro degustou a urina de um paciente com diabetes e mencionou
que era “doce como mel”. E o segundo esquentou a urina até o ressecamento, formando um
resíduo açucarado, provendo evidências de conhecimento os quais mostraram que pessoas
com diabetes eliminavam realmente açúcar pela urina. (SBE, 2018).
O adjetivo mellitus (do latim, mel) foi acrescentado somente no século XVIII, em fun-
ção do sabor adocicado na urina, por Cullen, distinguindo os tipos de diabetes em diabetes
mellitus, caracterizado pela urina abundante com odor e sabor de mel, e diabetes insípidos,
com urina também abundante, clara, e não adocicada. Posteriormente em meados do século
XIX, Lanceraux e Bouchardat, sugeriram que existiriam dois tipos de diabetes, um em pes-
soas mais jovens, e que se apresentava com mais gravidade, e outro em pessoas com mais
idade, e que surgia com mais frequência em pacientes com excesso de peso (SBE, 2018).
As pesquisas não pararam de evoluir e na década de 70 foi classificada pela primeira
vez como tipo1 e tipo2. Em todo o mundo a incidência da doença vem aumentando. Com
alta prevalência no brasil e no mundo hoje essa doença é identificada como uma doença
crônica não transmissível. Constituindo a maior causa de amputação das extremidades,
não traumática em membros inferiores e a maior causa de cegueira adquirida, dentre outras
consequências (SBD, 2002).
Diabetes tipo 1:
Em geral se manifesta de forma abrupta em crianças e adolescentes ou em adultos
jovens, em geral com menos de 30 anos, não havendo mais a produção de insulina, o trata-
mento é feito com aplicações diárias de injeções de insulina pois os sintomas se apresentam
bem mais intensos e aparece repentinamente (IDF, 2015).
Diabetes tipo 2:
Costuma se manifestar depois dos 40 anos de idade, aparecendo quando o organis-
mo deixa de usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente
para manter controlada as taxas de glicemia. Em geral os sintomas são leves, não sendo
identificados facilmente. O Diabetes do tipo 2, geralmente só é diagnosticado quando o pa-
ciente já tem vários anos de hiperglicemia. Medidas preventivas devem ser tomadas para
evitar a doença, como: alimentação saudável, perda de peso e atividades físicas regulares
(eliminando-se assim alguns dos fatores de risco). Muitas pessoas conseguem controlar o
Diabetes tipo2 somente com a perda e manutenção posterior de seu peso. Geralmente o
tratamento é feito com o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glico-
se, mas em alguns casos, de acordo com a conduta médica, também podem ser utilizadas
injeções de insulina (IDF, 2015).
Uma vez que a doença é diagnosticada as pessoas diabéticas recebem nos consultórios
informações técnicas sobre a doença. Essas pessoas devem tomar medicamentos/insulina
de acordo com a prescrição médica, aprender a fazer o teste de glicemia capilar e registrar
os valores da glicemia, bem como, saber tomar decisões e ter conhecimento de métodos que
as mantenham sempre dentro dos valores glicêmicos adequados, definidos com o médico.
Ter uma alimentação balanceada e saudável, praticar atividade física regularmente, visitar
com frequência o médico, nutricionista, oftalmologista e dentista (IDF, 2003).
Diabetes mellitus: o que todos deveriam saber
Sabemos que o diagnóstico da doença traz com ele uma quebra no antes e depois da
CONCLUSÃO
REFERENCIAS
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10.37885/200700687
RESUMO
O mundo moderno está diretamente ligado à tecnologia, e isto inclui também a escola.
Por isso, são necessárias mudanças nas estratégias tradicionais de ensino, uma vez que não
fazem mais os efeitos esperados na aprendizagem dos alunos/as. Com o avanço tecnológico,
os/as aprendizes passaram a ter com mais frequência contato com o mundo virtual. Isto faz
com que esses sujeitos não tenham apenas uma fonte de informação (livros didáticos físi-
cos), mas a um conjunto significativo de materiais digitais (vídeos, e-books, jogos), tornando
assim, os meios digitais mais interessantes do que as metodologias de ensino tradicionais.
A existência de novas ferramentas educativas só reforça a ideia de que a escola pre-
cisa se atualizar a esse novo cenário, para a promoção de um ambiente educacional mais
inovador. Os estudantes estão diferentes, eles/as não são mais os mesmos para os quais o
nosso sistema educacional foi criado e a escola precisa se transformar para poder atendê-los.
Assim, os/as professores/as precisam entender que a comunicação com os/as alunos/as
é uma etapa fundamental do processo de ensino e aprendizagem, e para isso é necessário
que sejam pensados novas maneiras para compartilhar o conhecimento. Como alternativa,
sugere-se a utilização dos jogos tecnológicos para gerar ludicidade e fazer com que os
conteúdos sejam apropriados de forma mais atrativa.
Por isso, a intenção deste trabalho é demonstrar que os jogos de Realidade Alternativa
(do inglês, Alternate Reality Game ou ARGs) são propícios para construir situações lúdicas
de ensino e aprendizagem. O foco é evidenciar como um jogo de realidade alternativa pode
ser usado como meio de avaliação da aprendizagem. O interesse por este estudo surgiu
mediante as contínuas transformações tecnológicas e educacionais para atender a um novo
perfil de ensino e aprendizagem de alunos muito mais engajados no mundo digital.
A utilização da tecnologia como ferramenta na educação tem sido cada vez mais fre-
quente o que implica em uma relação mais participativa entre professores/as e estudantes.
Inúmeras técnicas podem ser empregadas durante o processo de criação, testes e avaliação
de produtos educacionais. Oliveira e Porto (2017) demonstram que a tecnologia é uma fer-
ramenta que traz consigo a ludicidade. Como um instrumento lúdico, os jogos tecnológicos
são um elemento fundamental na produção da subjetividade proporcionando assimilação
dos conteúdos estudados.
Soldati (2017) lembra que muitos jogos tecnológicos (ação, aventura, lógicos e estra-
tégicos) estão presentes na realidade atual, mas nem todos podem ser usados como ferra-
menta educacional, uma vez que cada tipo de jogo causa estímulos diferentes nas pessoas.
Os Role-Playing Game (RPGs) podem ser considerados a primeira geração dos jogos
de representação. Em sua evolução, os jogos tecnológicos ganharam em 2006 uma nova
modalidade de game, chamado de ARG (alternate reality games) ou simplesmente jogos
SÍNTESE DA METODOLOGIA
A pesquisa ocorreu tendo como base a realização de uma atividade prática com a
aplicação de um jogo de realidade alternativa em uma turma de Licenciatura em Informática
do Campus Castanhal do Instituto Federal do Pará (IFPA).
O instrumento usado para a coleta foram à observação participante, além de anotações
de comentários que os sujeitos da pesquisa faziam na hora da atividade e análise do tempo
utilizado para a solução das etapas do jogo, ambas registradas em uma ficha preparada
antecipadamente para esse fim.
A Abordagem usada para a análise dos dados foi a qualitativa. De acordo com Severi-
no (2007), esse tipo de abordagem não busca enumerar ou medir eventos, mas serve para
obter dados descritivos que expressam os sentidos dos fenômenos. Buscou-se através de
experiências com ARG’s consolidar a assertiva de que ele pode ser usado como instrumento
de avaliação para qualquer disciplina do currículo escolar, diferentes perfis de alunos/as e
para vários níveis educacionais.
Para a consecução deste objetivo, verificou-se o aprendizado obtido pelos estudantes,
seu nível de interação quando submetidos em um processo de imersão e como o uso de
ferramentas tecnológicas pode ser um aliado no processo de avaliação.
O jogo foi realizado no dia 25 de abril de 2019, durante uma atividade proposta pela
professora da disciplina Prática Pedagógica, na qual foi sugerido criar uma oficina com te-
mática livre, porém que integrasse o conhecimento técnico do curso de Informática ao peda-
gógico/educacional. Participaram 14 pessoas com faixa etária entre 21 a 35 anos, divididas
em 2 grupos (7 jogadores cada). Utilizando-se da observação acompanhamos cada grupo
para coleta de dados, sem interferir no andamento do jogo, fato que será apresentado na
próxima seção deste artigo.
1 Termo utilizado nas tecnologias, em especial para fazer upload de arquivos, ou seja, colocar um determinado arquivo online.
A tabela estava alimentada com vários cadastros com nomes de cidades, idades e
datas de nascimento, além de uma consulta que requisitava o nome de todos que nasciam
em uma determinada cidade. Segundo a anotação do Traidor, era necessário lembrar a letra
inicial do primeiro nome de cada saída, assim, ao realizar a consulta do banco de dados,
eram separados quatro nomes, que quando filtradas as letras inicias davam a senha para
ser usada no arquivo RAR, citado na etapa anterior.
A finalização do jogo ocorreu no momento que as equipes descompactaram o arquivo
zipado e identificam um link para um vídeo no You Tube que ao analisar, percebem que em
determinado frame a imagem do Traidor apareceu.
Para o cumprimento das etapas do jogo foram aplicados critérios de avaliação, tendo
como base as seguintes métricas:
De 1 a 10 2
Descobrir o número de telefone a partir de um código
1 De 11 a 15 1,5
JAVA
A partir de 16 1
De 1 a 10 2
Descobrir o nome do autor a partir dos nomes espalha-
2 De 11 a 15 1,5
dos em cadeiras pela sala
A partir de 16 1
De 1 a 15 2
Encontrar o livro utilizando as dicas dadas pelo infor-
3 De 16 a 20 1,5
mante
A partir de 21 1
De 1 a 10 2
Descobrir a senha escondida dentro do banco de dados
4 De 11 a 15 1,5
e utilizá-la no arquivo zipado
A partir de 16 1
De 1 a 10 2
Encontrar a imagem do traidor no vídeo do YouTube e
5 De 11 a 15 1,5
finalizar a atividade
A partir de 16 1
Grupo 1 Grupo 2
Tempo 22:15 23:54
1ª Etapa
Pontuação 1 Ponto 1 Ponto
Tempo 05:17 17:03
2ª Etapa
Pontuação 2 Pontos 1 Ponto
Tempo 24:34 15:00
3ª Etapa
Pontuação 1 Ponto 1,5 Pontos
Tempo 03:11 08:01
4ª Etapa
Pontuação 2 Pontos 2 Pontos
Tempo 02:33 02:55
5ª Etapa
Pontuação 2 Pontos 2 Pontos
Tempo 00:57:50 01:06:53
Total
Pontuação 8 pontos 7,5 pontos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir deste trabalho pode-se observar que os Jogos de Realidade Alternativa são
uma ferramenta pedagógica para o envolvimento com o trabalho em equipe, pois analisa e
estimula o desempenho dos estudantes além de ser uma forma de avaliação eficaz, já que
se mostra empolgante o fato de sentirem ansiosos por concluírem os objetivos, desvendando
os enigmas e utilizando o conhecimento adquirido nas disciplinas do curso.
Quanto aos objetivos, mostrou-se como uma ferramenta interessante e efetiva para
a análise de conhecimento, pois desenvolveu nos/as alunos/as a interação, cooperação,
interesse voluntário, características presentes em jogos lúdicos.
Um ponto a considerar durante o desenvolvimento de um ARG é que torná-lo educacio-
nal é uma tarefa difícil, pois sua estrutura deve envolver os jogadores, para que os incentive
a participar e completar a experiência, enquanto eles/as passam pelo processo avaliativo. É
importante lembrar, que cada jogo deve ser criado de acordo com o perfil da turma, exigindo
que passe por revisões e testes antes de ser aplicado em turmas diferentes, para em suma
fazer alterações pertinentes de acordo com a estrutura da instituição de ensino e caracte-
rísticas referentes ao conteúdo ministrado.
Algumas das barreiras identificadas para o uso efetivo da ARG incluem o acesso a
novas tecnologias entre os participantes da atividade, os idealizadores devidamente treina-
dos para a aplicação do jogo, questões de segurança, dificuldades para combinar jogos e
os objetivos do currículo escolar.
Como trabalhos futuros sugere-se a aplicação de variações de jogos no qual, pode
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10.37885/200700751
RESUMO
Mello e Vitória (2011) muito cedo, os bebês emitem sons articulados que lhes
dão prazer e que revelam seu esforço para comunicar-se com os outros. Os
adultos e crianças mais velhas interpretam essa linguagem peculiar, dando
sentido à comunicação dos bebês. A construção da linguagem oral implica,
portanto, na verbalização e na negociação de sentidos estabelecidos entre
pessoas que buscam comunicar-se. Ao falar com os bebês, os adultos, princi-
palmente, tendem a usar uma linguagem simples, breve e repetitiva, que facilita
o desenvolvimento da linguagem e da comunicação (BRASIL, 1998, p. 125).
Os bebês não entendem o que é lhe ditos apenas aos poucos vão estabelecendo uma
relação entre a escuta e fala, a partir desta aprendizagem acontece construção da linguagem
falada, Vygotsky (1984 p. 53) afirma “que o contato da criança com a linguagem é através
da relação com o outro”.
Entre os 2 e 3 anos as crianças iniciam a fala linguística, a partir daqui começa, onde?
Como? Por quê? Descreve cores primaria (vermelho, azul, verde) ao processar a linguagem
oral, a criança incumbe-se de uma agregação de conceito e regras que permite melhorar a
sua comunicabilidade adequá-lo na sociedade em que vive Sim-Sim I. Silva, & Nunes.
Trabalhar a oralidade é de suma importância, uma vez que, promove um amplo desen-
volvimento oral das crianças, logo é fundamental para que elas possam comunicar-se melhor
nas diversas situações sociais, e o professor é um mediador na aquisição da linguagem
oral, para isso ele conta com as atividades que amplie ainda mais o vocabulário dos alunos.
Os profissionais deverão oportunizar momentos e contextos diversificados como: roda
de conversa, tarefas com narrativas, histórias com a participação da turma, reconto de
histórias, brincar com textos orais, com cantigas de roda, são exercícios adotadas pelos
docentes para uma boa ampliação da oralidade e interações com os outros. Os educandos
precisam saber usar a linguagem nas diferentes situações comunicativa, ao longo do seu
processo de desenvolvimento.
Segundo Referencial Curricular Nacional Educação Infantil (1998) ampliação da capa-
cidade oral ocorre gradualmente por meio de um processo de idas e vindas que envolvem
tanto a participação das crianças nas conversas cotidianas, em situações de escuta e conto
de músicas em brincadeiras. Nessa percepção é relevante que o educador venha trabalhar
diariamente atividades que venham contribuir para o desenvolvimento da oralidade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) apresentam a necessidade de se apli-
car no contexto escolar atividades que amplie os diferentes modos de falar, no qual sejam
adaptados os gêneros orais que melhor trabalhe a modalidade. Os gêneros indicados pelos
PCN’s para ser trabalhado a abrangência de texto por meio da linguagem oral são: cordéis,
textos dramáticos, comentários, entrevista, debates, exposições, propaganda entre outros.
Sendo assim, o docente deverá desenvolver casos comunicativos, estimular a conhe-
cimento dos pequenos nas atividades como conversa debates, discussões, dramatização,
músicas, poesias, exposições orais. De maneira a garantir um bom desenvolvimento da
oralidade através das atividades desenvolvidas. Oferecer contexto de prática continua a
motivar o exercício de diferentes oralidades na sala e também fora dela, como apresenta-
ções no pátio da escola.
• O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as crianças
vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que
existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista.
• Corpo, gestos e movimentos – Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, mo-
vimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças,
desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabele-
cem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o
outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscien-
tes dessa corporeidade.
METODOLOGIA
Para a construção desse estudo tomou-se como base a proposta pedagógica de Vy-
gotsky e Piaget, para Vygotsky, o desenvolvimento se dá numa relação lógica entre o sujeito
e a sociedade ao seu redor e que todo aprendizado necessita de um intermediário. A teoria
de Jean Piaget sobre o desenvolvimento das crianças de 0 a 11 anos, esta teoria reúne não
somente na concepção de como as crianças adquirem informação, mas também na própria
natura da inteligência conforme as suas fases.
De acordo com o que relatamos, vimos que é fundamental compreender que fala é um
processo ativo e que se aumenta a partir de situações que sejam altamente significativas
para as crianças. Está artigo partiu de pesquisa bibliográfica. Conforme esclarece Boccato
(2006, p. 266).
RESULTADOS E A DISCUSSÃO.
Ou seja, para criança o simples fato do brincar está relacionado à sua aprendizagem
e desenvolvimento tanto cognitivo, quanto psicomotor e sua linguagem ela expressa através
do brincar, quando a começa a emitir os sons que objetos fazem, por exemplo: os meninos
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
REFERÊNCIA
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10.37885/200801001
RESUMO
Para Freeman et al. (2014) a aprendizagem ativa pode aumentar o desempenho dos
alunos. Porem muitos professores tentam encontrar formas de incorpora-las na sala de aula.
Uma estratégia que se tornou popular atualmente é o modelo de Sala de Aula Invertida (SAI),
em que os alunos aprendem os conteúdos antes da aula por meio das tecnologias digitais e
realizam atividades práticas tais como: projetos, experimentos, debates, atividades em grupo
e pesquisas, durante a aula tirando suas dúvidas e compartilhando seus aprendizados, com
o auxílio do professor (MATTAR, 2017).
Behar, Passerino & Bernardi (2007, p.3) descrevem os modelos como sendo “um sis-
tema figurativo que reproduz a realidade de forma mais abstrata, quase esquemática, e que
serve de referência”. Os modelos pedagógicos são erroneamente definidos na literatura
como sinônimos de estratégias de ensino, metodologias de ensino, currículo ou como teoria
de aprendizagem. A definição adotada neste estudo é de que o modelo pedagógico é “um
sistema de premissas teóricas que representa, explica e orienta a forma como se aborda o
currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas e nas interações professor-aluno-
-objeto de conhecimento” (BEHAR; PASSERINO & BERNARDI, 2007, p. 4).
O modelo pedagógico segundo Behar (2009), é constituído basicamente por dois ele-
mentos: a Arquitetura Pedagógica (AP), que é a estrutura principal; e as estratégias para a
aplicação da mesma, que são as dinâmicas do modelo pedagógico, que dependem do con-
texto e variáveis que envolvem o processo educativo. O ML-SAI é um modelo pedagógico
construído a partir de estudos exploratórios, utilizando os conceitos de sala de aula invertida
combinada com alguma tecnologia móvel, como Kahoot, WhatsApp e Facebook. Estas inves-
tigações permitiram encontrar novas possibilidades e potencialidades da utilização da Teoria
da Sala de Aula Invertida com o auxílio de Tecnologia Móvel (MARTINS & GOUVEIA, 2019).
A popularidade dos aplicativos móveis cresceu significativamente nos últimos anos,
simplesmente pelo fato destes aplicativos serem executados em dispositivos móveis, prin-
cipalmente nos smartphones se tornaram praticamente onipresentes. Para sua utilização
basta simplesmente baixa-los on-line, no App Store da Apple ou Google Play for Android
Apps (JABANGWE et al., 2018). Os aplicativos para dispositivos móveis são softwares com
objetivos específicos, destinados a facilitar o desempenho de atividades de diversas finalida-
des, como por exemplo o modelo pedagógico ML-SAI. Estes aplicativos apresentam como
vantagem: a facilidade de uso, melhorando a experiência com o uso de recursos e interface
dos dispositivos, otimizando a navegação e a agilizando as ações; menor custo de acesso,
a interface é adaptada para o dispositivo, o tráfego de dados necessários para navegação é
muito menor se comparado ao uso de navegadores convencionais; melhor uso dos recursos
que o aparelho possui, tais como: GPS, câmera fotográfica, bluetooth, entre outros; e acesso
APRESENTAÇÃO DO ML-SAI
Arquitetura Pedagógi-
Estratégias para a Aplicação da AP
ca (AP)
Definir os objetivos e motivos das atividades e ações proposta, deixando-os claros para todos os envol-
Contexto vidos;
Identificar os instrumentos, recursos, características das atividades e ações, dos alunos e do curso;
Organizar regras e procedimentos para orientar as ações e interações;
Normatização
Estabelecer normas para utilização dos dispositivos móveis (quando utilizar, qual a finalidade, etc.);
Compreender o papel do aluno no processo de aprendizagem, suas motivações, interesses e habilidades;
Papeis
Entender o papel do professor como condutor e facilitador da aprendizagem;
Definir os dispositivos móveis, aplicativos e recursos tecnológicos que serão utilizados, considerando as
características físicas, técnicas e funcionais dos mesmos, tais como: ambiente virtual, Sílabe, Moodle,
Tecnologias Facebook, Khan Academy, YouTube, vídeo-aula, músicas, slides, fotografias, áudios, textos, entre outros,
estabelecendo prioridade para aplicativos livres e gratuitos;
Verificar a necessidade e disponibilidade de conexão com a Internet;
Especificar se as ações serão individuais, em grupo ou ambas, se estas serão comuns a todos os alunos
ou diferenciadas por aluno ou grupo de alunos;
Definir ferramentas de comunicação e sistemas de apoio para dar suporte aos alunos em caso de difi-
culdades;
Definir se as ações serão realizadas em um mesmo local, ao mesmo tempo ou em locais e momentos
distintos;
Estabelecer práticas educacionais favoráveis ao aprendizado (situações problemas, aplicações práticas,
colaborativas, autônomas, críticas, em contextos reais, pesquisas), levando em consideração os ambien-
tes de aprendizagem (on-line, salas de aula, laboratórios) de preferência com os dispositivos móveis dos
próprios alunos;
Incentivar a interação entre os alunos e com o professor, por meio do uso de dispositivos móveis, com
foco no desenvolvimento da atividade proposta;
Determinar os mecanismos de avaliação de desempenho e certificação da aprendizagem, se individuais
Ações ou em equipes, de preferência continua, e disponibiliza-los para os alunos;
Estabelecer momentos de reflexão e análise das atividades realizadas, buscando colaborar na melhoria
continua de novas atividades;
Estruturar os conteúdos que serão disponibilizados em ambiente virtual, para que os alunos possam
acessa-los por meio de um dispositivo móvel, quando e quantas vezes quiserem, se possível com o
acompanhamento das visualizações pelo professor;
Realizar uma curadoria dos conteúdos já existentes na Internet, por meio de plataformas como Khan Aca-
demy e o YouTube em busca de bons vídeos educativos, ou caso não sejam encontrados, gravar vídeos
ou áudios utilizando as ferramentas que existem no próprio dispositivo móvel;
Estimular diferentes formas de aprendizado por meio de diferentes fontes de conteúdo, tais como: vídeos,
áudios, imagens, textos, slides, questões, entre outras;
Elaborar um roteiro de atividades do que será feito dentro da sala de aula, de modo a otimizar o tempo
em sala de aula, utilizando projetos, trabalhos ou solução de problemas, que se conectem com o que foi
visto previamente na plataforma;
Levantar os principais pré-requisitos das atividades e possíveis distratores do aprendizado;
Identificar quais conteúdos podem ser melhor trabalhados com tecnologias móveis;
Verificar se os materiais pedagógicos podem ser utilizados em dispositivos móveis, considerando tama-
Limitações nho da tela, usabilidade, capacidade de armazenamento e modelos de dispositivos diferentes;
Verificar a disponibilidade de dispositivos móveis, tomadas para recarregar as baterias dos celulares,
conexão com a Internet, quando necessário, e se os aplicativos apresentam interface adequada a apren-
dizagem do conteúdo.
MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
O aplicativo foi desenvolvido com o emprego do software livre App Inventor. Escolhido
por ser um ambiente de programação visual de código aberto, que possibilita a criação de
aplicativos para Android com conhecimentos básicos de programação, funcionando online
possibilitando a codificação por meio de blocos de códigos prontos e montáveis
Os procedimentos utilizados para a pesquisa e desenvolvimento deste trabalho é de
caráter exploratório, com o desenvolvimento de pesquisa bibliográfica, buscando alinhar os
fatores teóricos ao projeto prático, com o desenvolvimento de atividade prática de elaboração
do aplicativo ML-SAI.
A presente pesquisa é classificada como exploratória pois segundo Brown (2006) este
tipo de estudo busca abordar novos problemas sobre os quais pouca ou nenhuma pesqui-
sa anterior foi feita. Para tal, foram definidas as etapas de criação do aplicativo conforme
Beltrame et al. (2017), com a concepção das ideias, modelagem da solução, desenho das
telas, programação, revisão, testes e publicação do aplicativo na plataforma de distribuição.
IMPLEMENTAÇÃO DO ML-SAI
CONCLUSÕES
Referências
BEHAR, P. A. Modelos pedagógicos em educação a distância. 311 p. Porto Alegre: Artmed. 2009.
BEHAR, P. A.; PASSERINO, L.; BERNARDI, M. Modelos Pedagógicos par a Educação a Distância:
pressupostos teóricos para a construção de objetos de aprendizagem. Revista Novas Tecnologias
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BROWN, R. B. Doing your Dissertation in Business and Management: The Reality of Researching
and Writing. SAGE, London. 2006.
FREEMAN, S., EDDY, S. L., MCDONOUGH, M., SMITH, M. K., OKOROAFOR, N., JORDT, H.;
WENDEROTH, M. P. Active learning increases student performance in science, engineering, and
mathematics. PNAS, v. 111, n. 23, p. 8410–8415. 2014.
HARDESTY, L. The MIT roots of Google’s new software. 19/08/2010. Disponível em: http://news.
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JABANGWE, R.; EDISONB, H.; DUCC, A. N. Software engineering process models for mobile
app development: A systematic literature review. The Journal of Systems & Software, v. 145, p.
98–111. 2018.
MATTAR, J. Metodologias Ativas: para a educação presencial, blended e a distância. 1 ed. São
Paulo: Artesanato Educacional, 118p. 2017.
10.37885/200600539
RESUMO
Nos diversos períodos da educação brasileira, podemos dizer que a educação do Brasil
teve início no ano de 1549 com o advento da chegada dos jesuítas mandando pela coroa
portuguesa com o intuito de colonizar os povos indígenas por meio dos moldes da civilização
ocidental cristã, ou seja, o ensino neste período destinada aos adultos tinha um caráter
religioso do que educacional, sendo assim, pode-se afirmar que neste momento começar a
se estabelecer um jogo político pela educação.
Diante disso Haddad (2007) ressalta que esta educação teve influência europeia, de
modo que o próprio termo “para todos os cidadãos “, incluía a educação de adultos, diante
disso, o ensino básico para pessoas adultas se constitui por meio da história da educação
no Brasil na década 30 , na qual abre espaços para as políticas públicas brasileira por meio
de novas diretrizes tanto econômicas quanto educacionais, com o objetivo de ampliar o aten-
dimento voltado a educação, na qual encarregava os estados e municípios para exercer a
desígnio educacional , de modo, a incentivar a amplitude do ensino para os jovens e adultos.
Diante disso, Gadotti; Romão (2005, p.15) adverte que a
A educação de jovens e adultos no Brasil de acordo com Soares (2001, p.201), se im-
planta em meio “à sua desvalorização e à indiferença, convivemos com numerosas iniciativas
e consolidação de propostas em seu âmbito”. Diante disso, a EJA necessita de políticas
públicas mais eficientes devido às especificidades dessa modalidade de ensino.
Neste contexto, uma das dificuldades que os alunos da EJA, encontram neste processo
de ensino e aprendizagem incide sobre os enigmas de concluir os estudos depois de tanto
tempo fora da escola, carecendo de professores capacitados, dentre outros desafios que
precisam ser vencidos.
Portanto, esta modalidade de ensino já sofreu muitas reformas educativas, mas que
infelizmente resultaram em poucas melhorias, sendo o caso dos descasos da EJA nas comu-
nidades indígenas, pois, ainda é comum n/os dias atuais inúmeros problemas neste âmbito
de ensino, como por exemplo: os currículos inadequados, estruturas físicas do ambiente
escolar e consequentemente um dos problemas mais visível nesta modalidade de ensino
que é a evasão escolar.
Dessa forma, podemos conceber que a ampliação da EJA como modalidade de ensino
é reconhecida em todo o Brasil, inclusive no contexto indígena onde a situação é ainda mais
precária, tendo em vista que, garantir o acesso à educação é direito de todos, no intuito não
apenas de reduzir a taxa de analfabetismo funcional, mas sobretudo, de formar cidadãos
críticos e ativos perante a sociedade.
Nesse contexto, a constituição de 1988 com as determinações alteradas pelas emen-
das constitucionais de 1994 adverte nos seus artigos 205 a 214 que a educação é direito
de todos e dever do estado e da família possibilitar o desenvolvimento da pessoa para o
preparo da cidadania e do trabalho.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A escola onde foi realizada a observação denomina-se Escola Estadual Índio Luiz
Ambrósio, localizada na região Alto São Marco, a 5 km da sede do município de Pacaraima,
localizada na comunidade Indígena Ingaarumã. As modalidades de ensino ofertada nesta
instituição na EJA são: 7º e 9º do Ensino Fundamental e o 2º ano do Ensino Médio.
Neste sentido, a escola pesquisada tem sua estrutura de madeira, piso revestido de
cimento grosso, sem janelas e portas, a referente possui apenas três salas de aula, na qual
uma destas salas serve de secretaria, biblioteca e copa. Cabe ressaltar que esta escola não
tem banheiro, não tem bebedouro, apenas água encanada que vem de uma fonte de água.
Não há energia elétrica na comunidade, mas a comunidade tem o auxílio de um motor mo-
vido por combustível (óleo diesel). Outro elemento que nos chamou atenção foi as cadeiras
dos alunos que são bem precárias, tendo em vista que, por ser adultos a maioria trabalha
e consequentemente vê a escola como fator para conseguir um objetivo na vida como a
maioria relatou-nos, mas infelizmente muitos desistem, pois, a escola torna-se desconfortável
a medida que não oferecem políticas públicas para atender a demanda desta instituição.
Neste contexto, diante da formação e do perfil dos professores pesquisados, Freire e
Shor (1986, p.58), alertam que a concepção moderna do educador exige uma sólida formação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FREIRE, P. e SHOR, I. Medo e ousadia: cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24. ed. São Paulo:
Paz e Terra, 1997
HADDAD, Sérgio (org.). Novos caminhos em educação de jovens e adultos – EJA: um estudo de
ações do poder público em cidades de regiões metropolitanas brasileiras. São Paulo: Ed. Global,
2007.
LEMOS, Marlene Emília Pinheiro de. Proposta curricular. In: BRASIL. Salto para o futuro: Educa-
ção de Jovens e Adultos. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999. Vol. 10, p. 19-25, 112 p.
LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e Adultos como Sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Revista Brasileira de Educação, n°12, set- dez, ANPED, 1999.
PEREIRA, Maria Zuleide da Costa; Currículo e Contemporaneidade, Campinas, SP: Editora, Alí-
nea. 2ª Edição 2011.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,
1998.
10.37885/200700594
RESUMO
Este artigo apresenta os resultados obtidos a partir duma pesquisa e as análises dela
decorrentes. A pesquisa em questão, foi inspirada nas discussões promovidas no âmbito
do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Tecnologias Digitais na Educação (GEP-TDE)
da Universidade Federal do Maranhão e trata da relação entre a práxis pedagógica e o
ensino/aprendizagem mediada por smartphone. O objetivo desta pesquisa foi analisar a
influência dos smartphones numa escola da rede pública de São Luís/MA, bem como, a
sua utilização nas atividades pedagógicas e as transformações suscitadas nas relações
de ensino/aprendizagem. Serviram de aporte teórico: Pierre Lévy (1993,1995,1999),
Jean Baudrillard (1992,1995,1996,2009); Karl Marx (2008), Karel Kosik (2002), Frigotto
(2000), Vazquez (2003); Tardif (2000), Masetto (2000), dentre outros. Como abordagem
metodológica utilizou-se a Quali/Quanti fundamentada no “Materialismo Histórico-
Dialético”. Os resultados obtidos demonstraram que a tecnologia do smartphone em sala
de aula se constitui como o elemento material potencializador do processo de ensino-
aprendizagem, além de promover a e transformação da práxis pedagógica. Acrescenta-
se ainda que os professores/as que introduziram os smartphones às suas práticas
pedagógicas, ao invés de abolirem sua utilização em sala de aula, têm obtido êxito e maior
motivação por parte dos alunos/as. Um outro dado observado foi a necessidade de maior
atenção das autoridades educacionais maranhenses para a qualidade da infraestrutura de
conectividade oferecida pela unidade escolar que, neste caso, é precária, onde podemos
inferir que outras unidades escolares rurais mais distantes dos grandes centros urbanos,
sofrem da mesma precariedade.
1 São comumente chamados de gadgets dispositivos eletrônicos portáteis como PDAs, celulares, smartphones, leitores de MP3, entre
outros. Dicionário Cambridge. Consultado em 17 de janeiro de 2018
2 A “Economia da Informação” é um campo de estudos interdisciplinar entre a Economia, a Ciência da informação e a Comunicação
que trata da informação como mercadoria e bem de produção necessária às atividades econômicas no sistema capitalista pós-indus-
trial.
3 A expressão “on-line”, do inglês, que significa literalmente em português: “em linha”, que no jargão da internet, quer dizer: estar conec-
tado direta ou remotamente a uma rede por um ponto de acesso que pode ser um computador ou aparelho móvel (celular ou tablet).
Grifo nosso.
4 O termo “ciberespaço” foi criado em 1984 por William Gibson, um escritor norte-americano em seu livro de ficção científica, Neu-
romancer. O ciberespaço é definido como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das
memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92).
Embora a classificação desta geração não seja, de fato, consensual entre os analistas
sociais e pesquisadores da educação, o que nos interessa, é entender que nossa amostra
está inserida em um meio social com características distintas das gerações precedentes.
É a partir da constatação empírica da presença dos smartphones em sala de aula que
partimos para compreender a interferência que estes dispositivos exercem na mesma e, em
especial, na relação ensino/aprendizagem. Para tanto, seguimos o rigor científico tomando
como base metodologia e procedimentos que passamos a apresentar agora.
A metodologia utilizada situa-se numa abordagem Quali/Quanti na perspectiva do
Materialismo Histórico Dialético, onde, por meio desta, pretendemos expor as contradições
existentes no fenômeno, em busca de sua totalidade material e, por conseguinte de sua
práxis transformadora.
RESULTADOS E DICUSSÃO
A pesquisa foi dividida em três fases, a saber: a fase de observações, coleta de dados,
análise dos dados. A fase da coleta de dados se deu por meio de questionários aplicados aos
alunos e entrevistas feitas com professores, o que caracterizam os nossos dois momentos.
Como primeiro momento da coleta de dados da pesquisa de campo utilizamos como
instrumento de pesquisa o questionário semiaberto, ou seja, aquele que contem questões
fechadas e abertas, no total de 10 (dez) questões, aplicados às três turmas de ensino médio
de séries distintas, respectivamente: 1ª, 2ª e 3ª séries.
O questionário foi organizado da seguinte maneira: dados gerais para identificação da
amostra contendo: nome, turma, idade, série e sexo; duas questões fechadas dicotômicas
de itens de resposta “Sim” e “Não” (questões 1 e 3); três questões tricotômicas de itens de
resposta “Sim”, “Não” e “às Vezes” (questões 5 e 7), e uma de itens de resposta “Sim”, “Não”
e “Talvez”, esta com justificativa inclusa (questão 10); uma questão fechada de múltipla es-
cola de itens de resposta “Jogos”, “Redes Sociais”, “Atividades Escolares” e “Ouvir música”
Sendo assim, codificamos as perguntas fixas do questionário com a letra “D” para
identifica-los como “Discentes” e um índice numérico (1, 2, 3, etc.), que classificam os alunos
inqueridos na amostra em suas respectivas séries da seguinte forma:
Série Código
O questionário foi elaborado e aplicado com a finalidade de buscar junto ao corpo dis-
cente, informações que pudessem trazer à tona, os elementos materiais que correspondem
à práxis da relação ensino/aprendizagem mediada pelo uso dos Smartphones, ao tomar em
perspectiva, categorias como: “posse”, “uso”, “política”, “ensino/aprendizagem” e “ferramenta
pedagógica”; ao mesmo tempo que identifica as disciplinas em que os agentes pedagógi-
cos - os docentes - mais se inserem em um contexto de ensino mediado por dispositivo
móvel (smartphone) para posterior coleta de dados junto aos professores/as por meio de
entrevistas, além de aferir a crença que os inqueridos (alunos) possuem sobre o uso do
smartphone como ferramenta pedagógica. Para tanto, as perguntas foram divididas em 6
(seis) blocos conforme a tabela:
Fonte: Autor
Como forma de análise, procedemos com a tabulação dos dados em planilha eletrônica
de Excel-2013, para a formulação de uma base de dados que pudesse nos trazer solidez
aos resultados da amostragem; nos facilitasse o cruzamento de dados e a produção das
tabelas e gráficos que compõem a etapa de apresentação e análise dos dados da pesquisa.
Sendo assim, escolhemos como primeiro bloco de nossa pesquisa, questões que pudes-
sem esclarecer sobre a posse de smartphones e os principais usos que os estudantes fazem
de seus acessos à internet, respectivamente: questões 1 e 2 do questionário. Vejamos então
a resposta dada à questão 1 (Q1) – Possui Smartphone (celular com conexão à internet)?
Fonte: Autor
Neste item vemos claramente que 20% dos alunos (14 alunos) da unidade escolar não
possuem Smartphone conectado à internet e 80% (57 alunos), fazem uso do dispositivo com
conexão à internet.
Este índice demostra que os dados da ANATEL, sobre a conectividade per capita
regional tomadas como referência no início de nosso estudo, se reflete enquanto realidade
observável dentro de nosso campo de pesquisa, visto que o índice de acesso registrado
Fonte: Autor
Como pode ser observado pelo gráfico, quase a metade dos discentes utilizam a inter-
net para acesso às “redes sociais (49%); 30%, indicaram usar para “Atividades escolares”;
17%, afirmaram que o seu principal uso é para “Ouvir Música” e apenas 4%, orientam o uso
da internet para “Jogos”.
O Smartphone é um gadget (dispositivo) versátil, para o qual várias mídias e modos
comunicacionais convergiram, o que decorre que um único aparelho é capaz de executar
uma diversidade de ações com uma variedade muito grande de aplicações: executar áudios,
vídeos, textos, entrar em sites de internet, etc. E dentre os usos que a população em geral
Fonte: Autor
Ao cruzarmos as informações, o que foi revelado pela amostra, é de certa forma sur-
preendente, em virtude de manifestar uma dinâmica mais complexa, versátil e total. Aqui,
percebemos um duplo movimento de proporções complementares a partir das percepções
de “posse do smartphone” e “principais usos da internet”, visto que aqueles que disseram
“Sim” para a posse de um smartphone (celular) conectado à internet (Q1), indicaram como
principal uso de sua internet (Q2), respectivamente: 1º, “Redes Sociais” com 56%; 2º, “Ati-
vidades Escolares” com 21%; 3º, “Ouvir Música” com 18% e 4º lugar, “Jogos” com 5%. Já
aqueles que responderam “Não” para o quesito “posse” (Q1), indicaram também fazer uso
da internet (Q2), mas em uma relação diversa, com a seguinte ordem de prioridades: 1º,
“Atividades Escolares” com 64%; 2º, “Redes Sociais” com 21%; 3º, “Ouvir Música” com 14%
e não houve indicações de uso de internet para “Jogos”.
O que podemos inferir de tal cruzamento de dados? A primeira coisa que podemos
destacar é que, de fato, os indivíduos de nossa amostra encontram-se inseridos em uma con-
Então, entendemos por meio da materialidade dos fatos aqui levantados neste primeiro
bloco de questões que, embora exista um contingente relevante de indivíduos portadores
de smartphones ainda persiste um número significativo de indivíduos que não possuem tal
ferramenta, o que não os impede de ter acesso à rede mundial de computadores (internet),
por outros meios, mas impõe ao docente que se predisponha a atuar com esta tecnologia,
um arranjo cooperativo e colaborativo em sala de aula, para facilitar o acesso daqueles que
não possuem o aparelho. Assim como o uso das redes sociais, mídias e jogos, parecem ser
meios possíveis de engajar ensino e aprendizagem de forma significativa e criativa dentro
Fonte: Autor
Em nossa amostra 70% dos discentes afirmaram “Não” fazer uso do smartphone em
sala de aula e 30% dos alunos disseram “Sim”, fazer uso do aparelho em sala.
Como a intensão deste bloco de questões está vinculada a práxis do uso que o aluno
faz em sala de aula, a questão aberta (Q4) se direciona no sentido de buscar aprofundar
junto aos alunos que disseram “Sim”, o para quê e o como os mesmos dinamizam este uso
em sala. Vejamos algumas respostas:
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Já os que disseram “Não” ser permitido o uso do celular na escola, entendem que esta
proibição decorre do fato de o uso indevido do celular interfere no rendimento do aluno, por
competir com a atenção dada ao professor e entendem que esta proibição é uma política
implementada pela direção/coordenação pedagógica da escola com a intenção de coibir o
mal-uso do aparelho em sala de aula, muito embora alguns afirmem burlar deliberadamente
as “regras”, e algum outro não vê sentido na proibição. Vejamos as falas:
D02 – “Não, porque o celular no colégio nem sempre tem a função de ajudar o aluno
e pode ser usado como uma distração.”
D04 – “mas eu uso mesmo assim.”
D06 – “Porque a diretora não permite.”
D08 – “O uso do smartphone não é permitido na sala de aula.”
D09 – “Uso em sala escondido e na hora do intervalo.”
E por fim aqueles que afirmaram que o uso do celular é permitido na escola “Às vezes”,
reafirmaram existir uma política regulada/restritiva, vinculada à tempos e espaços pertinen-
tes, com autorização e/ou permissão do professor para realização de tarefas escolares tais
como pesquisas, apresentações e atividades vinculadas aos assuntos curriculares ou para
algum caso especial urgente, também de forma autorizada pelo docente. Vejamos:
Fonte: Autor
Como pode ser visto pelo gráfico acima, mais da metade dos alunos (53%) afirmaram
que “às vezes” o (s) professor (es) solicitam ou permitem o uso do smartphone em sala
de aula; 27% acreditam que “Sim”, o professor solicita/permite o uso do aparelho e 20%
demonstram que o professor “Não” solicita nem permite o uso do aparelho. Ou seja, as
contradições do uso do aparelho ainda pairam em nosso núcleo escolar, onde a percepção
de intermitência (“às vezes”) é predominante. Já no gráfico abaixo vemos os resultados da
questão 7 por séries:
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Aqui temos que todas as disciplinas foram mencionadas ao menos duas vezes, como
que solicitando ou permitindo o uso do smartphone em sala de aula, mas percebe-se,
Gráfico 10.. A crença dos/as aluno/as no uso do smartphone como ferramenta pedagógica
Fonte: Autor
A grande maioria dos inqueridos (76%) acredita que o smartphone pode ser usado como
uma ferramenta pedagógica, enquanto que 17% acreditam parcialmente (Talvez) e apenas
7% acreditam que o aparelho “Não” possa servir para tal finalidade. Vamos às justificativas:
A percepção daqueles que “Não” acreditam que o smartphone possa ser usado como
uma ferramenta pedagógica, nos casos aqui aferidos, relatam que esta impossibilidade de-
corre da dispersão do foco da atenção (distração) que o smartphone induz ao aluno; e uma
outra perspectiva aponta que pelo fato de o smartphone ser uma tecnologia muito avançada
a pedagogia não teria a capacidade de influir e se desenvolver dentro de um universo de
tecnologia. Vejamos:
D03: “Porque o aluno vai se distrair com o celular e esquecer da aula. O celular tira o
foco do aluno. ”
D08: “Não, o smartphone simplesmente é uma tecnologia muito avançada e a peda-
gogia influi em outros casos.”
Das falas acima, destacam-se aquelas que demonstram dúvidas (Talvez) sobre a
capacidade de o smartphone ser usado como uma ferramenta pedagógica, torna-se nova-
mente recorrente a compreensão de que o aparelho possui um caráter dispersivo, inclusive
atribuindo ás redes sociais, como uma das aplicações dispersivas, e que nestes casos o seu
D15: “Sim, porque com o uso do aparelho celular podemos descobrir coisas novas,
ampliar o nosso conhecimento.”
D19: “Ajuda até mais que os livros com pesquisas, mas deveria ser usado somente
para fazer pesquisas”
D21: “Sim, para as pesquisas, apresentar trabalho, para as atividades”
D23: “Pois auxilia os estudantes a entender melhor o conteúdo a ser estudado, ou
como fonte de mais conhecimento que certos livros didáticos não possui. Mas claro
que devemos usar de forma consciente.”
D25: “para que nossas pesquisas sejam mais aprofundadas. Na sala de aula seria bom.”
É importante ressaltar nas evocações dos alunos/as que, embora haja uma crença
maior na possibilidade do uso dos aparelhos, os alunos mantêm um olhar crítico sobre os
mesmos ao declararem os perigos de seu uso indevido, ao ressaltarem a perda de foco e
distração; a substituição da busca do conhecimento pela simples cópia de conteúdos da
internet etc. Mas, seriam estes perigos maiores do que as vantagens?
Toda mudança de paradigmas, incorre em certos riscos para aqueles envolvidos no
processo e, neste caso, não é diferente. O smartphone é um aparelho cognitivo que torna
cada vez mais intuitivos os usos que fazemos dos mesmos ao incorporarem mais funções
à medida que avançam. Se pensarmos de forma tradicional, o ato de replicar um texto da
internet constitui-se como um ato de plágio (cópia), e que nesse contexto não contribui em
nada para a formação pessoal do sujeito.
O que temos de entender é que em virtude da presença das tecnologias cognitivas
ao alcance das mãos, o que se exige é um novo modelo performático do fazer pedagógico
que inclua, em definitivo, aparelhos do tipo smartphone como parte dos planos pedagógico
É evidente, também, que neste contexto de uso dos aparelhos celulares, estão envolvi-
das uma variedade de competências e habilidades que os professores devem possuir, para
dirimir os aspectos conflitantes que surgem a partir da presença dos smartphones em sala
de aula, notadamente, a perda do foco da atenção e dos objetivos propostos pelo docente
e que, portanto, dizem respeito à gestão de classe. Segundo Tardif (2000, p.15): “A gestão
de classe exige a capacidade de implantar um sistema de regras sociais normativas e de
fazer com que estas sejam respeitadas, graças a um trabalho complexo de interações com
os alunos”. É o que vimos na fala de “P01”, onde, ao perceber a perda de foco dos alunos
em virtude do uso dos smartphones para jogos, tenta ressignificar o uso dos mesmos, num
primeiro momento, a partir do uso de aplicativos direcionados para a atividade curricular, e
em não obtendo êxito, reformula a sua estratégia para uma atividade mais detida e orientada.
Todas estas situações revelam o quão transformador e complexa é a presença dos
smartphones em sala de aula, levando os docentes a reformularem suas estratégias e
práticas de ensino para a inclusão do aparelho de forma producente, o que demandou um
grande esforço dos mesmos, mas com resultados positivos para todos estes profissionais
que, parafraseando o professor “P01”, deixaram de “rivalizar” com a tecnologia e passaram a
incorpora-la às suas práticas pedagógicas, de forma crítica e reflexiva. Dito isto, seguiremos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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10.37885/200700768
RESUMO
A pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de curso do primeiro autor. O estudo tem
por objetivo realizar um diagnóstico da percepção do ensino e aprendizagem dos alunos do
curso de licenciatura plena em Geografia da modalidade a distância (EAD) da Universidade
Federal do Piauí, em relação à estrutura, a dinamicidade do curso e a interação aluno-tu-
tor-professor conteúdista. Atualmente o curso de graduação em Geografia na modalidade
EAD está presente em 21 polos de apoio semipresencial distribuídos geograficamente nos
municípios piauienses, referente às turmas que ingressaram no período de 2014.2 e no
período de 2017.2.
A pesquisa procurou sintetizar como ocorreu o processo da educação a distância, e
os meios que proporcionaram a expansão desta modalidade de ensino no país, bem como
entender como a Geografia foi incluída ao ensino à distância, no Brasil e especificamente
no estado do Piauí, e como essa modalidade de ensino EAD se propagou nesse estado e
como as tecnologias da informação contribuíram para propagação do ensino a distância,
facilitando o acesso ao conhecimento dos docentes.
A pesquisa está estruturada da seguinte forma, primeiramente foi realizado um breve
levantamento histórico da EAD no Brasil e no Piauí, discussão das potencialidades e desa-
fios da educação a distância, e por fim sobre as Tecnologias da Informação e o ensino de
Geografia.
A pesquisa procurou sintetizar como ocorreu o processo da educação a distância, e
os meios que proporcionaram a expansão desta modalidade de ensino no país, bem como
entender como a Geografia foi incluída ao ensino à distância, no Brasil e especificamente
no estado do Piauí, e como essa modalidade de ensino EAD se propagou nesse estado e
como as tecnologias da informação contribuíram para propagação do ensino a distância,
facilitando o acesso ao conhecimento dos docentes.
A pesquisa está estruturada da seguinte forma, primeiramente foi realizado um breve
levantamento histórico da EAD no Brasil e no Piauí, discussão das potencialidades e desa-
fios da educação a distância, e por fim sobre as Tecnologias da Informação e o ensino de
Geografia.
METODOLOGIA
REFERÊNCIAS
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10.37885/200700757
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo conceituar, caracterizar e fundamentar Etnografia como
um método de pesquisa e descrever as suas principais características levando em
consideração a observação participante, que, nos métodos qualitativos pode se subdividir
em observação participante periférica e observação participante ativa, enquanto que a
entrevista semi ou não estruturada não tem apenas a função de coletora instrumental
de dados, mas tem também, a finalidade de aprofundar as questões e esclarecer os
problemas, e, a análise dos documentos disponíveis como instrumentos de coleta de
informações que facilitam a compreensão dos fenômenos, do ambiente, das práticas
e dos indivíduos pesquisados, à luz de autores de referência, contribuindo, assim,
para a confrontação dos documentos com as realidades observadas e/ou verificadas
através das entrevistas, uma vez que se transforma num poderoso recurso para esse
tipo de investigação, constituindo-se num manancial constante e facilitando o serviço do
investigador. Justifica-se este trabalho pelo fato de oferecer um entendimento àqueles que
iniciam uma tarefa de pesquisa qualitativa na perspectiva de contribuição para a difusão
da etnografia como uma facilitadora na compreensão das realidades submetidas à análise
por parte do pesquisador. Como procedimentos metodológicos ressalta-se inicialmente o
exame da bibliografia referenciada além da utilização de conceitos originados na prática
da pesquisa, concluindo assim, numa alusão da etnografia como capaz de descrever uma
situação ou uma comunidade com a finalidade de compreender essa mesma realidade
pesquisada.
Ponderando que a palavra Etnografia pode ser decomposta em “ethnos”, que quer
dizer grupo de pessoas, mais “graphein”, que significa escrever, ou seja, escrever sobre um
grupo de pessoas, pode-se deduzir que, apesar da Etnografia ter surgido como uma técnica
antropológica (SOUSA, 2011), uma pesquisa etnográfica na área da educação ou da escola,
está relacionada com a vivência ou convivência nesses ambientes. De acordo com André
(2010, p. 27), “etimologicamente Etnografia significa ‘descrição cultural’”. Complementando
o raciocínio que nos conduz à compreensão do que seja esse tipo de método de pesquisa,
Axpe Caballero (2003, p. 15) a descreve da seguinte maneira: “Etimológicamente la palabra
etnografia proviene del griego Ethnos, que significa pueblo y Graphen, que significa describir.
Según el Diccionario de la Real Academia Española (2001), etnografía es ‘estudio descriptivo
de las costumbres y tradiciones de los pueblos’”.
Refletindo sobre essas definições fica claro que é fundamental a implicação do pesqui-
sador no trabalho de campo pois “la implicación del investigador en el trabajo de campo de
maneira que no sólo ‘participa’ sino que permite que tema y sentido de la investigación sea
definido por los propios ‘nativos’”(SABIRÓN-SIERRA, 2011, p.36), sendo que o investigador
não apenas participa mas, também, os integrantes do universo pesquisado em que o tema
e o sentido da pesquisa tenham efetiva participação dos nativos na sua elaboração “pues
entendemos la emancipación de la persona como la finalidad última de la ciencia: y aquí a
implicación equivale a compromiso” (SABIRÓN-SIERRA, 2011, p. 36). Por sua vez, André
(2010, p. 17), explica que a pesquisa etnográfica “é o estudo do fenômeno em seu aconte-
cer natural”, enquanto que Lapassade (2005, p. 82) esclarece que “a pesquisa etnográfica
pode ser descrita como ‘um encontro social’, como, aliás, é feito na tradição interacionista,
em que se considera, precisamente, que o trabalho de campo pode ser ele mesmo o objeto
de uma sociologia”.
Por outro lado, Macedo (2012, p. 87) diz que “fundadas na tradição das pesquisas
ditas qualitativas de base epistemológica clínico-crítica, a etnopesquisa emerge como dis-
tinção a partir de um modo de pesquisar em que a perspectiva e a inspiração teórica da
etnometodologia são realçadas enquanto teoria do social” e complementa afirmando que
“a etnopesquisa é, em suma, um modo intercrítico de se fazer pesquisa antropossocial e
educacional” (MACEDO, 2006 p. 10).
Igualmente, Geertz (2008, p. 4) resume assim sua interpretação sobre etnopesquisa: “E
é justamente ao compreender o que é a Etnografia, ou mais exatamente, o que é a prática
da Etnografia, é que se pode começar a entender o que representa a análise antropológica
como forma de conhecimento”, significando dizer que através do entendimento do que seja
Etnografia se consegue compreender a amplitude e suas perspectivas em relação ao julga-
Nesse contexto, como mais uma característica, “a linguagem aqui é um forte fator de
mediação para a apreensão da realidade e não se restringe apenas à noção de verbaliza-
ção” (MACEDO, 2006, p. 103). Listando além das características como “contextualista”,
“interatividade”, “combinação de observação e entrevistas”, “natureza mais exploratória do
que avaliativa”, “descoberta do ponto de vista nativo”, “linguagem” pode-se acrescentar as
seguintes sem classificação quanto suas importâncias no contexto da pesquisa etnográfica: A
Etnografia se relaciona com sentidos e significados, é acionalista e construcionista, privilegia
a linguagem, compreende compreensões, trabalha interpretando etnométodos, toma a teoria
como inspiração, tem origem na descritiva das realidades, cultiva o círculo hermenêutico,
além de ser construída como uma composição interpretativa.
Resumindo, a Etnografia se caracteriza por ser “conduzida em um ambiente natural
(o campo), uma fonte de dados para uma estreita interação” (CRESWELL, 2014, P. 51).
Além disso, fundamenta-se no trabalho do pesquisador como muito importante na coleta de
informações; utiliza diversos métodos e raciocínio complexo; focaliza os pontos de vista dos
participantes, com seus respectivos significados e situações subjetivas; relaciona-se com
um projeto não pré-configurado, ou seja, não há um projeto pronto, acabado, mas evidencia
situações globais bastante complexas (CRESWELL, 2014). Relacionando a realidade da
vida com as atividades do dia a dia das pessoas, Garfinkel (2006, p. 1) afirma que “em el
que hacer sociológico, tanto profesional como lego, toda referencia al ‘mundo real’, incluso
a eventos físicos o biológicos, es una referencia a las actividades organizadas de la vida
cotidiana”.
Creio que sei por que me é gratificante ouvir alguém. Quando consigo realmen-
te ouvir alguém, isso me coloca em contato com ele, isso enriquece a minha
vida. Foi ouvindo pessoas que aprendi tudo o que sei sobre as pessoas, sobre a
personalidade, sobre as relações interpessoais. Ouvir verdadeiramente alguém
resulta numa outra satisfação especial (ROGERS, 1987, p. 7).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Raphael Colares de Sá
Unichristus
10.37885/200700679
RESUMO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Caracterização demográfica e profissional dos especialistas participantes da primeira etapa do estudo.
Fortaleza-CE.
Variável Percentual
Sexo F: 29 (90,6%) M: 3 (9,4%)
F: Feminino. M: Masculino.
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos da pesquisa.
Com base nas opiniões dos enfermeiros especialistas, obteve-se como consenso que
das 31 habilidades propostas, 24 foram selecionadas para compor o logbook, uma vez que
foram os procedimentos julgados como “concordo fortemente” (5) ou “concordo” (4) por pelo
menos 70% dos especialistas.
As 24 habilidades de enfermagem selecionadas foram: exame físico; evolução de en-
fermagem; sistematização da assistência de enfermagem; aprazamento; balanço hídrico;
aferição de sinais vitais; banho no leito; curativo simples; curativo complexo; troca de bolsa
de estomia; punção de acesso periférico; retirada de pontos; sondagem vesical de demora;
sondagem vesical de alívio; sondagem oro ou nasogástrica; sondagem oro ou nasoenteral;
instalação de nutrição enteral; instalação de nutrição parenteral; oxigenoterapia; aspiração
de vias aéreas; diluição de medicamentos; administração de medicamentos; hemotransfu-
são; e eletrocardiograma.
As sete habilidades não incluídas foram a coleta de gasometria arterial; a retirada de
cateter venoso central; a retirada de dreno; a manutenção de drenos; o manuseio de bomba
de infusão contínua; a aferição de pressão venosa central por coluna de água e os cuidados
pós morte.
Quanto aos discentes que participaram da pesquisa utilizando o logbook durante o
internato hospitalar de enfermagem, suas informações demográficas estão resumidas na
Tabela 2.
F: Feminino. M: Masculino.
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos da pesquisa.
SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem. SSVV: Sinais Vitais. AVP: Acesso Venoso Periférico. SVD: Sondagem Vesical de
Demora. SVA: Sondagem Vesical de Alívio. SOG: Sondagem Orogástrica. SNG: Sondagem Nasogástrica. SOE: Sondagem Oroenteral.
SNE: Sondagem Nasoenteral. NE: Nutrição Enteral. NP: Nutrição Parenteral. VA: Vias Aéreas.
Para esta pesquisa, o núcleo de sentidos relevantes foi a percepção dos discentes
Temas Categorias
Pontos positivos x pontos negativos
Instrumento x aplicação Versão impressa x versão digital
Sugestões ao instrumento
Logbook como autoavaliação
Autoavaliação x avaliação docente
Logbook como avaliação docente
O primeiro tema dos grupos focais foi direcionado à percepção dos discentes quanto
ao uso do logbook durante o internato hospitalar. Assim, foram definidas três categorias no
planejamento: pontos positivos x pontos negativos; versão impressa x versão digital; e as
sugestões ao instrumento. A partir da análise das falas, foram observadas sete subcatego-
rias, conforme apresentado no Quadro 2.
Categorias Subcategorias
Não há pontos negativos
Pontos positivos x Pontos negativos
É fácil e prático de se usar
Versão impressa x Versão digital A versão digital seria melhor
Deveria incluir outros procedimentos
Sugestões ao instrumento Notificação no celular como lembrete na versão digital
Feedback periódico usando o logbook
A partir dos discursos, identificou-se uma unanimidade ao relatarem não haver pontos
negativos quanto ao uso do logbook:
Ainda que não tenha sido ressaltado nenhum ponto negativo quanto ao uso do logbook
na percepção dos discentes, a literatura mostra que é comum os alunos avaliarem os lo-
gbooks como sendo chatos, repetitivos, burocráticos ou não são bem aceitos (REMMEN et
al., 1998; SHUMWAY; HARDEN, 2003; BUSEMANN et al., 2012).
“Eu acho que a versão digital vai ser bem melhor, porque eu acho que é mais
acessível por você tá com o celular direto, você pode esquecer alguma coisa”.
(A6, Grupo 2)
“No aplicativo do celular você tá com o celular toda hora e quando você sai do
estágio, ou até mesmo no estágio você já pode ir preenchendo.” (A4, Grupo 2)
“A versão digital seria bem mais moderna, mais atrativa, mais estimuladora
pra gente fazer.” (A9, Grupo 1)
“Poderia ter no final outras atividades. Porque lá tem atividades que a agente
faz e não tem como opção, poderia ter um espaçozinho pra você colocar [...].”
(A2, Grupo 1)
“Ficou faltando alguns pontos que a gente faz no estágio que não tinha.” (A11,
Grupo 1)
“A minha opinião é que pudesse ter um espaço para acrescentar alguns pro-
cedimentos que nós acabamos realizando.” (A9, Grupo 2)
Outra sugestão disse respeito exclusivamente à uma futura versão digital. Foi sugerido
pelos discentes que o aplicativo enviasse notificações diárias ao telefone do usuário, lem-
brando-o do preenchimento do logbook, uma vez que esta estratégia diminuiria as chances
de subregistro no instrumento:
A última sugestão proposta pelos discentes foi direcionada a uma ponto crucial do uso
do logbook, que é a possiblidade de ser usado como instrumento de feedback. Foi proposto
pelos alunos que fossem realizados, com base nos registros nos logbooks, feedbacks peri-
ódicos, semanais, mensais ou no mínimo ao final de cada rodízio de estágio:
“Que o feedback seja por meses, ou então por campos de estágios, pra você
poder diferenciar o que fez naquele estágio, o que eu preciso fazer.” (A12,
Grupo 1)
“O feedback tem que ser durante ou um período de 15 dias, 20 dias, porque
geralmente feedback é no final de cada estágio.” (A11, Grupo 1).
“Falando do feedback, né? A gente ia ter uma visão do que a gente fez, ia
tentar procurar fazer o que estava deficiente.” (A9, Grupo 1)
Lefroy et al. (2015) sugerem uma definição mais ampla e atual de feedback na educação
médica, considerando que se trata de uma conversa de apoio que esclarece a conscientiza-
ção do estudante sobre suas competências em desenvolvimento, aprimora sua autoeficácia
para progredir, desafia-o a estabelecer objetivos para melhoria e facilita o desenvolvimento
de estratégias para permitir que essa melhoria ocorra.
De fato, o feedback é essencial para o crescimento do aluno, fornecendo orientação,
aumento de confiança, motivação e autoestima, uma vez que avalia sua prática clínica de
maneira realista. Caso os alunos não recebam feedback, podem fazer comparação com ou-
tros colegas e se autoavaliar de forma inadequada, levando à diminuição da autoestima do
aluno e impactando negativamente nas práticas subsequentes (CLYNES; RAFTERY, 2008).
Quadro 3. Organização da análise do conteúdo em categorias e subcategorias do tema “autoavaliação x avaliação docente”.
Fortaleza-CE.
Categorias Subcategorias
Identificar pontos em que posso melhorar
Logbook como autoavaliação
Estimular a buscar de oportunidades
Avaliar as oportunidades de estágio e buscar estratégias
Logbook como avaliação docente
Não é adequado para avaliação de desempenho
“Justamente o fato de você conseguir quantificar, você olhar o que você fez e
avaliar o que você fez menos.” (A3, Grupo 2)
“[...] você faz uma vez e não está totalmente perfeita, mas você faz a segunda,
a terceira e vai aprimorando. Posso ver o que preciso melhorar.” (A12, Grupo 1)
“S se tem o procedimento que eu sei que eu fiz muito pouco, ou que eu não
fiz, eu posso usar pra estudar sobre ele.” (A4, Grupo 2)
“[...] se for semanalmente pegue e observado ele vai ver o que realmente o
aluno fez e o que ele deixou de fazer.” (A11, Grupo 1)
“De alguma forma ele tentar desenvolver essa atividade mesmo que não mais
nos estágios.” (A8, Grupo 2)
“Fica mais fácil pro docente avaliar e, de alguma forma, tentar fazer, se não
tiver oportunidade no campo que seja no hospital simulado.” (A11, Grupo 2)
“Eu acho que o professor não deve nos avaliar pela quantidade de procedi-
mentos realizados.” (A9, Grupo 2)
“Em questão da avaliação docente, eu já acho que não seria uma avaliação,
porque seria muito quantitativo.” (A7, Grupo 2)
“Porque não necessariamente a quantidade vai dizer que você tá apto àquilo.”
(A10, Grupo 2)
Os pesquisadores deste estudo concordam que o logbook não deve ser utilizado com
critério de avaliação formativa ou somativa, mas sim na avaliação das oportunidades vi-
venciadas pelos alunos e dos campos de prática, auxiliando no diagnóstico situacional de
fragilidades no alcance dos objetivos de aprendizagem. Este fato foi evidenciado na pesquisa
de Alabbad et al. (2018), na qual não foi encontrada correlação estatística entre a quantida-
de de experiências clínicas registradas nos logbooks com as notas obtidas nas avaliações.
CONCLUSÃO
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10.37885/200700767
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Após a realização de cada aula realizou-se uma análise subjetiva dos métodos empre-
gados a partir do feedback e posicionamento dos discentes. Além disto, também foi analisado
o desempenho dos alunos em provas e testes.
– O estudo prévio do conteúdo por meio da proposta de sala de aula invertida consiste
em um dos maiores desafios. No início do semestre, a maioria dos alunos não liam
os materiais enviados. No entanto, a própria “competição positiva” gerada pelos ga-
mes e softwares estimulou muitos discentes a estudar em casa para garantir uma
boa performance em sala de aula.
– Por fim, o desempenho dos alunos foi maior nos conteúdos planejados dentro dos
conceitos das técnicas de metodologias ativas, uma vez que os mesmos tiveram
maior número de acertos de questões em provas e testes.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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10.37885/200700775
RESUMO
Para Lévy (2017) a tecnologia é um agente de transformação que gera implicações para
a sociedade. Desse modo, a compreensão sobre o uso das TIC na educação tem avançado
no sentido de dar importância ao uso inteligente do celular no ensino e aprendizagem escolar
com vistas a um modelo de aprendizagem móvel denominado Mobile Learning.
Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNES-
CO, 2012), dispositivos móveis como tablets e celulares estão significativamente mais baratos
e acessíveis em nossa realidade. Além disso, dados móveis estão disponíveis de maneira
fluída em todos os dispositivos pessoais.
Dispositivos móveis permeiam nossa vida diária, promovendo o acesso sem preceden-
tes à comunicação e à informação, haja vista que final de 2012, já se estimava que o número
de dispositivos móveis superasse o total da população mundial (CISCO, 2012).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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10.37885/200600565
RESUMO
O ensino a distância tem sido implementado ao longo de décadas e aplicado por di-
versas instituições de ensino ao redor do mundo, o surgimento e aplicação deste método
de ensino, deve-se da necessidade gerada pela elevada demanda e contingente de alu-
nos, levando as instituições a adoção desta prática de ensino na tentativa de suprir essas
necessidades relacionadas ao ensino e formação dos discentes (KEEGAN, 1996; KELES
& ÖZEL, 2016).
O avanço da tecnologia fez com que o ensino a distância passasse por constantes
adequações visando a sua melhoria, adequabilidade e aplicação por meio de plataformas
digitais com recursos multimídias, que são empregados como ferramentas no ensino online
a distância (KEENGWE & KIDD, 2010; KELES & ÖZEL, 2016).
Dentre os diferentes conceitos de plataformas digitais utilizamos a definição do conjunto
formado pelo software, hardware e processos e padrões organizacionais associados, afim
de possibilitar seu funcionamento e aplicabilidade (TILSON et al., 2012).
Enquanto que recursos de multimídia resultam da combinação de textos com imagens,
sons, vídeos, jogos, animações, artes gráficas, que quando utilizadas no ensino tem como
objetivo facilitar a aprendizagem (VAUGHAN, 2011).
Apesar do ensino a distância ser uma realidade em instituições de ensino há anos (KE-
EGAN, 1996), com o surgimento da COVID-19 (KISSLER et al., 2020) e sua caracterização
de doença pandêmica em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (WHO,
2020), o ensino por meio das diversas plataformas digitais com o auxílio de recursos de
multimídia passou a fazer parte da realidade do processo ensino-aprendizagem de diversas
instituições que pouco utilizavam esta metodologia de ensino ou mesmo não a utilizavam
(MENDIOLA et al., 2020; MENDIOLA et al., 2020; PASCHOALINO et al., 2020).
A necessidade de adaptação na forma de ensino a nova realidade da pandemia que
estamos vivendo, leva as instituições de ensino, os docentes e discentes que a compõem
ao se adaptar, escolher e trabalhar com as diferentes plataformas digitais e multimídias (DE
REUVER et al., 2018; PASCHOALINO et al., 2020), sendo que o método de ensino a distância
tem vantagens como a flexibilização de horário para as aulas, diminuição de gastos econô-
micos, acesso ao ensino sem gastos com transportes e moradia (KELES & ÖZEL, 2016).
Por outro lado, há desvantagens associadas a esta modalidade de ensino, a falta de
internet pode ocorrer repentinamente, atividades presenciais em laboratório não podem
ser executadas a distância, ausência de suporte técnico e treinamento adequado (KELES
& ÖZEL, 2016). Estas vantagens e desvantagens precisam ser levadas em consideração
pelas instituições de ensino, pois podem afetar direta e indiretamente docentes, discentes
e todo o conjunto de ensino envolvido (SHANKER & HU, 2008; MENDIOLA et al., 2020).
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho contou com a participação de vinte e dois docentes, sendo 63,7% do gênero
feminino com idade média (34,6 anos) e 36,4% do gênero masculino com idade média (33,8
anos). Pertencentes a cinco estado brasileiros, onde o Estado do Pará, destacou-se com oito
cidades sediando onze instituições de ensino, isso porque dois docentes informaram apenas
estarem trabalhando na Secretaria Municipal de Educação mais sem mencionar a quantidade
de escolas em que atuam, seguido dos e Estados do Amazonas, Ceará, Maranhão e Santa
Catarina com uma cidade em cada um destes Estados abrigando uma instituição de ensino
por cidade conforme a Quadro 1.
Quadro 1. Informações em relação ao Estado, Munícipio e instituição de ensino de origem dos docentes participantes
deste estudo.
Figura 1. Níveis do ensino e a respectivas porcentagens de atuação dos docentes durante a pandemia.
As diferentes plataformas utilizadas pelos docentes para ministração das aulas estão
associadas a repentina necessidade de adoção da forma de ensino online causada pela
pandemia da COVID-19 em substituição ao modelo de aulas presenciais, como forma de
garantir que não houvesse a perda do ano letivo (LEAL, 2020).
A demanda na procura por plataformas de ensino online é reportada para outros países
da América do Sul como o Paraguai e Argentina, cuja adoção do novo método de ensino
também foi gerada pela necessidade de concluir o ano letivo (BRÍTEZ, 2020). Sendo que é
devido a maioria das instituições de ensino não ofertava aula online antes da pandemia e,
as poucas que ofertam no Brasil utilizam softwares que necessitam de adaptação exclusiva
para o ensino online (BARBOSA et al., 2020).
Quando perguntados a respeito dos principais fatores que influenciaram e ou motivaram
a escolhas das plataformas digitais, dentre os variados motivos destacamos: recomendação
por parte da instituição a qual pertencem mesmo que ocorrendo algumas vezes sem consul-
ta prévia aos docentes. Número de pessoas por reunião, facilidade para compartilhamento
do link da reunião e possibilidade de gravar as aulas deixando-as disponíveis aos alunos,
conforme mostrado na Tabela 1.
Tabela 1. Alguns exemplos de respostas dos motivos cruciais que influenciaram os docentes na escolha das plataformas
como ferramenta de ensino online em tempos de pandemia.
Tabela 2. Exemplos de pontos positivos destacados pelos docentes na utilização de plataformas digitais para o ensino
online em tempos de pandemia.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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2020.
10.37885/200700645
RESUMO
Objetivo: Realizar uma revisão narrativa sobre o portfólio reflexivo como ferramenta
avaliativa no processo de ensino-aprendizagem dos cursos de formação de profissionais
de saúde. Revisão Bibliográfica: O portfólio é uma ferramenta inovadora que consiste na
coleção dos melhores trabalhos do estudante e que revela seu progresso e as realizações.
Mostra também os pontos fracos e que necessitam de melhorias na trajetória do aluno,
mediado pelo professor com a finalidade de formar profissionais críticos e reflexivos que,
a partir das experiências vivenciadas, possam tomar decisões e criar soluções para os
problemas na prática, articulando com a teorização. O portfólio facilita a avaliação criando
um ambiente favorável a discussão, avaliação interpares e autoavaliação através de
feedback constante. Considerações finais: Conclui-se que o portfólio é ferramenta útil
e potencializadora de aprendizagem significativa levando ao desenvolvimento pessoal
e profissional.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O portfólio
Tipos de portfólios
Não existe uma definição ou um padrão de portfólio ideal, a escolha depende dos ob-
jetivos a serem alcançados, onde o aluno documenta, registra e estrutura as ações por meio
de um discurso crítico e reflexivo elaborado de forma contínua (COTTA, RMM, et al., 2016).
Existem inúmeras classificações e subtipos conhecidos de portfólios, como por exemplo
o particular utilizado pelo professor, o de apresentação que ilustra as competências do aluno,
resultados por ele alcançados, os de aprendizagem que contém as atividades e demonstram
o percurso na apropriação do conhecimento, evidenciando dificuldades, tentativas de supe-
ração e a evolução. Existem ainda os portfólios demonstrativos que mostram importantes
avanços, problemas que persistem, podendo revisitar os trabalhos construídos, auxiliando
na compreensão e oferecendo subsídios para a construção de propostas de ensino. O
portfólio de avaliação determina claramente os objetivos, define critérios para avaliação e
decisões a serem tomadas, portfólio de trabalho reúne atividades guiadas pelos objetivos
de aprendizagem em torno de um tema determinado para atingir objetivos curriculares (MAK
P, et al., 2017)
Todos os portfólios compartilham três características básicas que permitem que eles
sejam usados como uma ferramenta de avaliação: habilidade para coletar materiais criados
ao longo do tempo, capacidade de selecionar desta coleção e organizá-la, e capacidade de
envolver o trabalho com informações e conteúdo adicionais, para lembrar que portfólios são
mais do que apenas arquivos gigantes (GOLDSMITH DJ, 2018).
Reflexão e feedback
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNITAU
10.37885/200700621
RESUMO
MÉTODO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A presente seção trata da descrição dos dados e discussão dos resultados, coletados
a partir de entrevistas com os egressos do projeto Jovens Radialistas do Semiárido.
A iniciativa do projeto Jovens Radialistas do Semiárido foi concebida visando trabalhar
a democratização dos processos comunicacionais a partir da formação de radialistas na
região do vale do rio Guaribas, proporcionando novas oportunidades de qualificação profis-
sional e inserção no mercado de trabalho da Comunicação. O projeto traz ainda a intenção
[...] agora tenho uma visão bem mais abrangente. Após participar do projeto
tive a oportunidade de criar o meu próprio site, meu próprio empreendimento,
e também minha pequena empresa de Comunicação. Não é rádio especifica-
mente, mas é uma coisa ligada também ao rádio, pois pude vivenciar que a
área comunicação é bem abrangente. E tudo isso eu devo a esse novo olhar
sobre a comunicação, através do projeto Jovens Radialistas do Semiárido
(Entrevistado 01, 26 anos, Picos-PI).
Um dos entrevistados relatou que a sua vida profissional, mesmo após sua passagem
Percebe-se através dessa resposta que obter uma qualificação técnica se mostra sig-
nificante para o cenário em que se está inserido mesmo para aqueles que em um primeiro
momento não adentraram em um novo emprego. O aprendizado por si só tem por dever
o estímulo de capacidades para a suplantação da indiferença, da baixa autoestima e da
amarração política ideológica. Por consequência disso gerar um sentimento de integração
na procura efetiva da plenitude de identidade no sentido de se manter digno e honrado no
lugar de suas origens, ou no local que lhe for adequado. A aprendizagem deve lhe abrir os
olhos para a vontade de “ser”, o motivo para existir e conviver ali onde se está, como pessoas
com esperança e consciência para encarar e refletir as ações que impedem o movimento
de construção de liberdade e cidadania.
Segundo Rogers (1997) isso abrange a autoimagem como item que é fundamento para
a autoestima, o prestígio das capacidades pessoais e o discernimento de que ser alguém
é estar em incessante transformação e contínuo processo de conhecimento de si mesmo
e do mundo que o cerca. Deve ter como produto o entendimento de que ser alguém não
é uma peça acabada, mas sim uma ação ininterrupta de se transformar na significação e
ressignificação de si e na remodelação da existência que incide em uma perene evolução
de aprendizagem (ROGERS, 1997).
Novas perspectivas e um alargamento da forma de pensar a Comunicação como uma
ferramenta, de acordo com a totalidade dos participantes, se expressa na forma como o curso
foi pensado e ministrado. Por meio do rádio os jovens se sentem incentivados a percorrer
o caminho da qualificação quanto ao estudo aplicado da Comunicação inserindo – neste
contexto de sua formação técnica – estudos e práticas vinculadas aos próprios conceitos
vivenciados no dia a dia do sertão piauiense.
Expressões como "o projeto Jovens Radialistas do Semiárido me abriu novos hori-
zontes", "após o curso tive novas oportunidades de trabalho" ou "aprendemos a trabalhar
a Comunicação no contexto da nossa região" foram recorrentes nas falas dos participantes
jogando luz na mudança de perspectiva profissional proporcionada a esses jovens que hoje
tem a opção de exercer uma profissão totalmente diferente das que lhe fora um dia imputada
pelos pais ou pela falta de outro ofício a se desempenhar. Ademais foi perceptível também
o surgimento de novas alternativas para se trabalhar a Comunicação no semiárido para
Após o curso eu fui trabalhar numa rádio aqui de Picos e agora estou cursando
a faculdade de Jornalismo. No momento estou estagiando na área de asses-
soria de comunicação e também estou abrindo a minha empresa de prestação
de serviços em cerimonial (Entrevistado 05, 23 anos, Alegre do Piauí).
Narrativas de outros dois novos comunicadores que foram laureados com o prêmio
de melhor locutor da região revelam o potencial de talentos ainda a serem descobertos na
região do semiárido piauiense.
Fui escolhido pela votação de várias pessoas como melhor jornalista de Rádio
aqui na cidade de Picos (PI), sem pedir votos. Fui escolhido mesmo. O curso
reacendeu meu amor pela Comunicação. Decidi que realmente era isso que
eu queria para a minha vida. (Entrevistado 04, 29 anos, Picos-PI).
Um aspecto a se considerar é que o projeto é financiado por uma ONG de capital ex-
terno, desse modo o projeto encontra-se restrito às regras do edital aprovado pela instituição
mantenedora. Sabe-se que a entidade financiadora de projetos sociais realiza uma análise
de admissibilidade da proposta de financiamento, que promove a verificação documental
e o exame preliminar. Em seguida, a proposta é transformada em projeto e segue para as
unidades técnicas de análise correspondente ao segmento cultural do produto principal. Uma
possível maneira de readequação seria uma revisão do cronograma de oferta de disciplinas
do projeto, bem como a redistribuição de carga-horária no programa de ensino que pudesse
atender de forma ampliada às demandas comunicacionais existentes.
Quando inquiridos a respeito de como a Comunicação pode servir como ferramenta
para o Desenvolvimento Regional, os participantes entrevistados fizeram referência à tôni-
ca das disciplinas e metodologia aplicada no projeto no que diz respeito à valorização da
convivência das pessoas da localidade com o semiárido.
O conceito de Desenvolvimento Regional Sustentável trabalhado na presente pesquisa
é baseada em Chacon (2007), que colabora para o entendimento das relações entre as con-
cepções de desenvolvimento sustentável e o Sertão Semiárido em sua conjuntura política e
econômica desafiadora em que destaca a mitologia do progresso econômico e o processo
de exclusão social. Nova no Brasil, a noção de Desenvolvimento Regional Sustentável tem
proveniência na Europa. Discorre sobre o advento de que o crescimento científico e tecno-
lógico, ampliado a partir da outra metade do século XX, fez crescer a pobreza humana, a
exclusão social e a deterioração ambiental. A porta para reversão desta representação é
sugerida pelo Desenvolvimento Regional Sustentável por meio da redenção do entendimento
local e ambiental, das conversas entre as recordações e o que há de inovador, da moral do
cuidar, e do reconhecimento das potencialidades locais e dos indivíduos com suas culturas
e conhecimentos territoriais, como forma de superação do sentimento de não pertença e
baixa autoestima, produto dos anos de indiferença política e obstinação em apresentar o
Sertão como uma localidade caracterizada pelas intempéries climáticas.
Apoiador do Ecodesenvolvimento, Sachs (2009), sugere um ponto de vista de desen-
[...] aprendi que o rádio não é só aquela coisa de tocar música e mandar alô
para o ouvinte. É também sim, é claro. Mas que é muito mais abrangente
a questão da comunicação voltada para o desenvolvimento, voltada para a
reivindicação das pessoas, para ouvir a população. Ou seja, aquele elo entre
comunicador e a população levando ao ar os anseios dos ouvintes. (Entrevis-
tado 01, 26 anos, Picos-PI).
López Vigil (2003, p.487) explica que a construção e manutenção da autoestima não
ocorrem apenas no nível individual. “A comunidade se escuta e escutando-se, aumenta sua
autoestima individual e coletiva. Os vizinhos se conhecem mais, se reconhecem melhor.
A rádio local constrói identidade”. Cada vez mais presente, até mesmo no sertão do Piauí,
a ideia de representatividade coletiva nos meios de comunicação é solidificada pela parti-
cipação deste novo time de comunicadores populares nos grandes e pequenos meios de
comunicação, sejam eles comunitários ou comerciais.
Os participantes do projeto Jovens Radialistas do Semiárido demonstram, em seus
argumentos, ter superado as marcas do preconceito histórico do Semiárido Nordestino e da
vergonha nacional de ser e pertencer a um “lugar pobre e atrasado”. Assumem a atitude de
quem não se sente vitimizado nem pela seca e nem pela política; atitude de pessoas que
não se deixam ser humilhadas e se impõem com liberdade no ato de falar sobre si mesmas,
como percebem a si mesmas e compreendem a sua região. Gente que reconhece os pontos
desafiadores e seus potenciais locais – se enxergando como pessoas de potencialidades
características, capacidade para desenvolver-se e colaborar com a região onde vive, cons-
cientes e comprometidos pelo sentimento de pertencimento.
Cicilia Peruzzo (2002) reitera que o direito à Comunicação por meio dos elementos
tecnológicos é um dos tópicos primordiais da cidadania. Para a autora, a Comunicação é
um direito vital para a cidadania de qualquer indivíduo, trazendo aplicação ainda mais re-
levante na composição da identidade e na percepção política da juventude. Tal premissa
coaduna com as devolutivas dos alunos nas entrevistas quando indagados sobre o papel
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em ações prévias que verificaram a viabilidade da aplicação deste trabalho
a partir dos dados primários analisados compreende-se que o projeto Jovens Radialistas do
Semiárido beneficia os participantes permitindo a eles protagonismo profissional por meio
da formação em rádio favorecendo também o Desenvolvimento Regional.
Por meio do curso oferecido pelo projeto Jovens Radialistas do Semiárido pode-se
observar que a capacitação proporcionou aos ex-alunos novas oportunidades de trabalho
e, por conseguinte, opções viáveis para melhorias na condição social. A habilitação e trei-
namento para um novo ofício tem a capacidade de promover a liberdade de escolha, antes
dificultada pela escassez de oportunidades na região. Dessa forma, a profissionalização age
como elemento propulsor para geração de oportunidades para jovens em condição social
excludente, que com o advento da formação profissional chegaram a experimentar esse
protagonismo de sua própria história de vida.
Quanto à influência que o curso promovido pelo projeto exerceu na vida profissional
dos ex-alunos, foi possível identificar como elemento das representações dos participantes
a visão de que o curso trouxe um impulsionamento profissional para a carreira de cerca de
60% dos entrevistados. Dos 18 (dezoito) entrevistados, 11 (onze) relataram o surgimento
de novas oportunidades profissionais na área da Comunicação, tendo inclusive relatos de
casos de novos empreendedores no setor da comunicação corporativa com abertura de
empresas de cerimonial e portais de notícias na Internet.
Por outro lado, também foi possível registrar o caso de um dos egressos que não alcan-
çou mudanças significativas em sua atividade profissional. Mesmo após a sua passagem pelo
projeto, permaneceu na mesma situação. Ainda que o jovem não obtenha uma colocação
profissional logo após a conclusão do curso, é preciso considerar que o aprendizado possui
o dever de estímulo de capacidades para a superação da baixa autoestima, da indiferença
e da amarração política ideológica. Diante isso, é pertinente inferir também que a formação
profissional por si só, não garante ao egresso o desenvolver de uma carreira profissional na
REFERÊNCIAS
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Tradução de Michael Thiollent. DP&A: Consulado Geral na França. COPPE/UFRJ, 2006.
10.37885/200801002
RESUMO
Este estudo consiste em uma revisão sistemática da literatura científica sobre aprendi-
zagem móvel. A revisão sistemática é realizada de forma a identificar, selecionar e sintetizar
estudos primários de pesquisa para fornecer uma visão abrangente e confiável do tópico
em estudo, para responder a uma pergunta específica (Gough et. al., 2012). No presente
trabalho, a pergunta de pesquisa que o norteou é: Como estão sendo apresentados os es-
tudo sobre aprendizagem móvel ao longo dos últimos dois anos?
A revisão sistemática foi escolhida como método, por diversas características específi-
cas, tais como: pode ser reprodutível, pode ser rapidamente atualizada, possibilita identificar
lacunas no campo de pesquisa e fornece base confiável para tomada de decisão. As revisões
sistemáticas são investigações científicas, com métodos pré-planejados, baseados na revisão
de artigos provenientes de estudos originais disponíveis. Para Transfield, Denyer e Smart
(2003) a realização de uma revisão sistemática da literatura auxilia o pesquisador na com-
preensão de determinados fenômenos, por fornecer evidências sobre as práticas do estudo.
A estratégia utilizada neste trabalho para a realização da revisão sistemática da literatura
sobre aprendizagem móvel, teve como procedimentos quatro passos distintos, sendo eles:
Em outra análise feita com base nos dados coletados sobre o ranking dos autores que
mais publicaram sobre o tema aprendizagem móvel nos anos de 2016 e 2017. Destaque
para os autores com duas publicações nestes anos. Conforme ilustrado na Tabela 2.
Crompton, Helen; Burke, Diane; Gregory, Kristen. Computers & Education, July 2017, Vol.110, pp.51-63
Journal of Science Education and Technology, 2016, Vol.25(2),
Crompton, Helen; Burke, Diane; Gregory, Kristen.
p.149-160
Outra análise do presente trabalho diz respeito ao tipo de estudo utilizado pelos auto-
res pesquisados. Nessa categoria, a maioria dos autores não identificaram se a pesquisa
realizada foi qualitativa ou quantitativa. Mas em relação aos trabalhos que identificaram, a
maioria utilizou método de pesquisa qualitativa. Conforme apresentado no Gráfico 1.
A partir dos dados coletados, verificou-se que o campo da aprendizagem móvel sofreu
um aumento no volume de publicações nos periódicos indexados a SCOPUS de 2016 para
2017. Em 2016 foram 43 publicações e em 2017 foram 45 publicações, mostrando que mes-
mo sendo um campo propício a novos estudos, aparentemente apresenta crescimento, mas
não de forma absurda em termos de número de estudos voltados para a temática.
Verificou-se que o maior número de pesquisas foram realizadas no ensino superior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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10.37885/200700795
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo a prática do uso das ferramentas via computacionais
inserida na Física, para encontrar soluções de problemas propostos. Nesse trabalho,
visamos entender o comportamento do volume da hiperesfera de N dimensões, com raio
igual a 1 (podendo ser modificada), utilizando-se o algoritmo de Monte Carlo e por fim,
discutimos o teor do cálculo numérico e do teórico em termos de uma parametrização
imposta pelo o algoritmo. Já o segundo e ultimo problema discutido foi à caminhada
aleatória para 1-D e 2-D, buscamos entender estatisticamente as posições simuladas para
estimar o local esperado e a incerteza do caminhante, além disso, mostrar a importância
desse estudo em termo de aplicação.
O estudo dos fenômenos da natureza vem sendo realizado desde a antiguidade, ten-
do grande avanço na Grécia antiga com os chamados filósofos naturais, que tinham como
objetivo o estudo desses fenômenos para assim racionalizar o mundo, deixando de lado
conceitos míticos e religiosos (VITAL, 2017). Grandes filósofos contribuíram para a investi-
gação empírica desses fenômenos, nomes como Platão, Aristóteles, Pitágoras, Sócrates e
outros, foram de suma importância para esse avanço.
Essa forma de estudo teve uma importante revolução a partir dos séculos XVII e
XVIII com Galileu Galilei (1564 – 1642), onde deu – se início a era do método científico,
conhecido também como indução. O método científico se baseia na observação, análise,
indução, verificação, generalização e confirmação. Logo após o método de Galileu ter bons
resultados, Francis Bacon (1561 – 1626) introduziu ao método a observação e comprovação
experimental. Seguindo os passos de Galileu e Bacon, Descartes chegou à conclusão de
que o método científico não é elaborado pela indução, mas sim, pela dedução, contendo
esse, quatro tópicos importantes na execução da pesquisa científica, são eles: evidência,
análise, síntese e enumeração (LAKATOS, 1992).
Os cientistas até o século XIX dedicavam – se em duas formas de agir, uma era a cria-
ção de modelos matemáticos que descreviam os resultados experimentais, assim permitindo
entender tais resultados, e a outra era realizando pequenos experimentos que permitiam
corrigir os seus modelos matemáticos. Contudo, após esse século houve uma distinção entre
física teoria e experimental, vale ressaltar que elas são inseparáveis pois uma necessita da
outra como complemento em sua fundamentação, assim se tornando uma subárea da física.
Segundo o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF (2017) A física teórica tem
como atividade central a compreensão e formulação de modelos dos fenômenos físicos,
baseados em paradigmas científicos nas áreas de física estatística e sistemas complexos,
física clássica e física quântica, física atômica e molecular, física de fluidos e plasmas, física
da matéria condensada, física matemática e ótica. Sendo uma atividade fundamental, pois é
a partir desses modelos que se pode realizar grandes avanços tecnológicos e experimentos
de grande potencial.
A física experimental, como o próprio nome diz, é baseada na experimentação. Sendo
uma parte importante da física, pois todo fenômeno físico pode ser demonstrado experimen-
talmente, assim levando a uma melhor compreensão sobre o fenômeno. Tais observações
experimentais têm como objetivo elucidar sobre os resultados obtidos de alguns fenômenos
são obra do acaso ou dependente do fenômeno analisado, atualmente esses experimentos
são importantes para a melhor compreensão dos fenômenos quânticos.
Com a evolução tecnológica surgiu uma nova subárea, a física computacional que veio
JUSTIFICATIVA
O aprimoramento dos sistemas computacionais nas máquinas atuais fez com que hou-
vesse um aumento significativo de sua capacidade de armazenamento e de processamento
de dados. O ramo acadêmico possibilita um crescimento do conhecimento dos discentes
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Física computacional
Nos dias atuais, é notória que cada vez mais a presença de novas tecnologias, surgindo
para facilitar a convivência e trocas de informações entre as sociedades. Sabe-se que uma
parte dessas novas tecnologias engloba também a computação em si. Que de acordo com
ALVES et. al., 2016 é importante que se tenha conhecimentos dos conceitos fundamentais da
computação, permitem que as pessoas não se limitem apenas ao uso de suas ferramentas,
mas também podem ajudar a desenvolver a criatividade.
No ensino tradicional, pode-se observar que a introdução da computação é um obstá-
culo a ser superado. De acordo com COLPO et. al., 2015 os resultados do PISA (Programa
Internacional de Avaliação de Alunos) verificou-se que nas edições entre 2009 e 2012 o en-
sino de ciências estagnou com incríveis 0% de melhora. Isso, faz com que o governo busque
soluções para melhoria deste ensino, introduzindo a modernização das escolas equipando-as
com computadores (CARRANO, 2010). Entretanto a falta de qualificação de professores e
falta de manutenção dos equipamentos fazem com que os laboratórios entrem em desuso.
Assim, a introdução de conceitos computacionais está apenas restrito à graduação e
pós graduação. É importante que no ensino básico se tenha conceitos iniciais de computação,
para promover variedade de caminhos profissionais, desenvolver capacidade de resolução
de problemas (FRANÇA; AMARAL 2013), podendo se tornar um ser crítico e autônomo,
facilitando assim sua adaptação e construção de novas habilidades (ALVES et. al., 2016).
O Método de Monte Carlo se baseia num modelo de simulação estatístico artificial que
busca definir simulações através de sequências de números aleatórios (YORIAZ, 2009). Este
método consolidado após o matemático Stanislaw Ulan tentou calcular jogadas em um jogo
de paciência utilizando análise combinatória tradicional. Entretanto, depois de muitos cálculos
ele percebeu que era mais conveniente a realização de ῾῾n jogadas᾿᾿ (como por exemplo, 100
ou 1000 jogadas) e assim verificar a quantidade de acertos e erros. (CARVALHO, 2017).
A caracterização do MMC pode ser dividida em a) Função de Densidade de Probabi-
lidade (FDP); b) Gerador de Números Aleatórios; c) Técnicas de Amostragem. A FDP pode
ser calculada através da integral que caracteriza uma distribuição de probabilidades com
(Equação 1)
(Equação 2)
O x1, x2, x3... xn serão os números que serão sorteados, ou gerados aleatoriamente. Em
seguida fazendo a média destes números sorteados podemos reescrever a equação 1 como:
(Equação 3)
Com n tendendo ao infinito, conseguimos inferir que a equação 1 e 3 podem ser es-
critas na forma:
(Equação 4)
Uma esfera usual é definida pelo conjunto de pontos p = (x, y, z, ) Ɛ ao espaço R3 eu-
clidiano que distam R de um ponto c, onde R é o raio e c = (cx, cy, cz) é o centro da esfera,
ou seja, trata-se de uma superfície tridimensional. (FAGUNDES, 2002).
O volume e a área de uma esfera usual de raio r, em duas dimensões chamada de S2,
parametrizada por dois ângulos, podem ser expressos na forma:
(Equação 5)
Neste caso de S2, o menor cubo que ela pode ser inserida é de aresta 2r e o menor
cubo que ela pode ser inserida, tem aresta r⁄√3 .
Seguimos com este mesmo estudo para esferas em n dimensões. Quando se trata de
altas dimensões têm-se o problema das hiperconfusões. O raio para uma hiperesfera (de n
dimensões) com uma hipersuperfície de Rn+1 é dada por:
(Equação 6)
Onde
Coordenadas da Hiperesfera
(Equação 9)
(Equação 10)
(Equação 11)
(Equação 12)
(Equação 13)
(Equação 14)
(Equação 15)
(Equação 16)
(Equação 17)
Chegam-se ao resultado para a área An e volume Hvol de uma hiperesfera para N di-
mensões:
(Equação 18)
(Equação 19)
Com n1 sendo os passos para a direita e n_2 sendo os passos para a esquerda. Sendo
que:
-N ≤m ≤ N (Equação 22)
(Equação 25)
(Equação 26)
Portanto, a probabilidade WN (n1) de dar (no total de N passos) n1 passos para a direita
e n2 passos para a esquerda, será dada pela multiplicação da equação (25) pela (26), assim
teremos:
(Equação 27)
(Equação 28)
(Equação 29)
Na equação (24) mostra que se a partícula realiza n1 passos para a direita em um total
de N passos, o deslocamento m desde a origem é determinado. Sendo assim, a probabilida-
de PN (m) na qual a partícula pode ser encontrada é a mesma que a probabilidade equação
(3.27), WN (n1), assim temos que:
PN (m)= WN (n1) (Equação 30)
Deixando explicito nas equações (21) e (23) o número de passos para cada sentido,
direita ou esquerda, temos:
(Equação 31)
(Equação 32)
METODOLOGIA
Comparando a tabela acima com a tabela do caso em 2D, analisa-se em uma con-
formidade a convergência entre os valores numéricos e analíticos, à medida que N cresce.
Observando o caso em 2D o número de repetição de 101 o valor do cálculo numérico é bem
abaixo em relação ao analítico. Já no caso em 3D para essa mesma situação constata-se
um valor superior com relação ao analítico. O motivo da diferença para os dois casos está
no fato que se aumentou o valor da dimensão na equação 19.
Na Figura 4 é mostra-se novamente o erro entre os valores da coluna 2 e 3 da tabela
2. Pode-se inferir ligeiramente que o erro decai linearmente da repetição de 101 para 102,
diferente da Figura 1 em que esta situação ocorre entre a repetição de 102 e 103.
Ainda analisando o gráfico da Figura acima, percebe-se que na média entre os intervalos
de 104 e 105 os valores da Tabela 2 começam a convergir unicamente para os analíticos,
conforme é ilustrado no gráfico da Figura 5 da convergência abaixo.
Na Figura 7.A, mostra um caminhante realizando 1200 passes em 1D, e na figura 7.B, o
histograma informa, que você pode calcular estatísticas das posições simuladas para estimar
o local esperado e a incerteza na estimativa, com isso a simulação indica que o caminhante
deve estar a 440 unidades da origem após 1000 etapas. Cerca de 90% das vezes, a posição
final do caminhante fica entre 308 e 572 unidades.
Na Figura 8.A, mostra um caminhante realizando 1*104 passes em 2D, e na Figura 8.B,
mostra um caminhante realizando 1*105 passes em 2D, essa simulação pode representar
o movimento Browniano, que é o movimento aleatório das partículas suspensas em um
fluido (líquido ou gás), resultante da sua colisão com átomos rápidos ou moléculas no gás
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos, este trabalho cumpriu com seu objetivo sendo possível
destacar a praticidade e eficiência de cada método (computacional e analítico) dentro de
suas áreas de atuação como foi proposto no início deste trabalho.
Na discussão apresentada, ao comparar os resultados do caso do volume da hiperesfera
em 2D com os resultados da mesma em 3D, observa-se a convergência entre os valores
numéricos e analíticos, com o aumento de N. Mostrando assim que, a precisão do cálculo
via método computacional é diretamente proporcional ao número de repetições.
Foi possível destacar que o aumento da dimensão da hiperesfera provocou uma dife-
rença no valor do cálculo numérico para o número de repetições na ordem de 10¹, ou seja,
a dimensão é um parâmetro que influencia no cálculo do volume da hiperesfera.
Também foi visto, que o aumento dos passes influência drasticamente na estatística
do problema. Portanto, o domínio da prática computacional é o diferencial de um trabalho
proposto como esse.
Portanto, é importante sempre está buscando novos conhecimentos de algoritmos para
implementação em novos problemas, como também solucionar esse mesmos problemas
com outros tipos de linguagens computacionais.
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10.37885/200700661
RESUMO
As instituições de ensino devem incluir novos métodos, afim de inovar seus o processo
de ensino-aprendizado, procurando adequá-los, para que possam explorar os avanços das
tecnologias educacionais (VALENTE, 2014; OLIVEIRA, 2016; VALENTE, 2020).
O professor deve-se utilizar de estratégias para que o estudante atinja resultados
satisfatórios na disciplina cursada. É de extrema importância a inserção de metodologias
apropriadas a cada turma, tendo em vista a aprendizagem heterogênea dos estudantes
(TREVELIN; PEREIRA; OLIVEIRA NETO, 2013).
As metodologias ativas são um processo de aprendizagem centrada no estudante e pos-
sui como característica principal a inserção do estudante, como agente principal responsável
pela sua aprendizagem. A responsabilidade pela aquisição do conhecimento é compartilhada
entre educador e educando, visando a melhoria da qualidade do ensino (OLIVEIRA, 2016).
Atualmente, as tecnologias digitais estão cada vez mais inseridas na vida das pessoas
e podem ser utilizadas pelo professor para motivem e estimulem o pensamento criativo dos
estudantes com o objetivo de promover uma maior assimilação dos conteúdos pelos alunos
(PEREIRA et al., 2012).
Uma disciplina básica na formação de estudantes da área da saúde é a Histologia, um
campo de estudo da morfologia que realiza observações de lâminas histológicas de diversos
sistemas orgânicos ao microscópio. Um dos sistemas, é o cardiovascular, constituído pelo
coração e vasos sanguíneos, sendo responsável pelo bombeamento de sangue para todos
os tecidos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2011; CAMILLO et al, 2017).
Diante do exposto, buscou-se criar e aplicar uma proposta de aula metodológica ino-
vadora para a motivação do estudante da área da saúde em utilizar o smartphone, como
recursos de aprendizagem nas aulas de Histologia cardiovascular.
DESENVOLVIMENTO TEXTUAL
Execução da atividade
Figura 2. Registro fotográfico de células sanguíneas utilizando dispositivo móvel smartphone em aulas práticas de Histologia.
Figura 3. Registro fotográfico as camadas histológicas dos vasos sanguíneos utilizando dispositivo móvel smartphone em
aulas práticas de Histologia.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CAMILLO, Christina da Silva et al. Caderno de histologia: texto e atlas. Natal: EDUFRN, 2017.
GIRÃO, Mauro Vinicius Dutra, BARBIERI, Danielle Gonçalves Fernandes Vieira. Morfologia. LMR
Distribuidora. Disponível em: https://md.uninta.edu.br/geral/morfologia/. Acesso em: 01 jul. 2020.
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SOUSA, Polyanna; SANTOS, Thayane. O uso dos dispositivos móveis na educação de jovens
e adultos. 2017. 77 f. Trabalho De Conclusão De Curso (TCC). Faculdade Federal Da Paraíba.
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TREVELIN, Ana Teresa Colenci; PEREIRA, Marco Antonio Alves; OLIVEIRA NETO, José Dutra.
A utilização da “sala de aula invertida” em cursos superiores de tecnologia: comparação entre o
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Revista de Estilos de Aprendizagem, n. 12, v.11, p.1-14, 2013
VALENTE, José Armando. Aprendizagem Ativa no Ensino Superior: a proposta da sala de aula
invertida. Departamento de Multimeios, Nied e GGTE - Unicamp & Ced – PucSP. Disponível em:
http://www.unifebe.edu.br/site/docs/arquivos/noticias/2014/valente.pdf.Acesso em 25 jan. 2020.
VALENTE, José Armando. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala
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JUNQUEIRA E CARNEIRO. Histologia Básica. Texto & Atlas. 12 a. Rio de Janeiro; Editora: Gua-
nabara Koogan S.A. 2013.
Leandro Pereira
SENAC
10.37885/200800914
RESUMO
Um projeto tem como base o planejamento para a concretização de uma ação ou negócio,
deve apresentar objetivos claros, determinando os passos de forma eficiente e eficaz.
Para conceber um projeto completo, o Project Model Generation utiliza um Canvas que
é uma metodologia de fácil visualização e gestão para a realização das etapas, de
forma simples e inteligente. Sendo a questão da sustentabilidade importante para a
sociedade e meio ambiente, projetos como o “Canto Verde”, da prefeitura da cidade de
São Paulo, devem ser concretizados e incentivados a fim de promover um número maior
de áreas verdes e manutenção adequada. Este estudo tem como objetivo demonstrar
as funcionalidades do Project Model Canvas e demonstrar a sua aplicação no projeto
“Canto Verde”, para isso, foi realizado revisão bibliográfica sobre o Project Model Canvas
em uma abordagem analítica com o método dedutivo.
Etapas Descrição
Preenchimento dos 13 blocos, em sequenciamento lógico, para o de-
Conhecer
senvolvimento do projeto.
Integrar Agrupamento dos blocos para fazer correlações necessárias
Ações de balanceamento do projeto são encomendadas para equipe,
Resolver
clientes e patrocinadores.
Comunicar a informação do projeto (em grupos). O modelo de sucesso
Compartilhar é compartilhado para ser trabalhado e aperfeiçoado pelos demais mem-
bros da organização.
O Projetc Model Canvas, possui uma estrutura agrupada por blocos e cada um deles,
possui uma funcionalidade na concepção de um projeto. O quadro abaixo sintetiza o ob-
jetivo de cada um dos elementos. A primeira parte da metodologia, consiste na reflexão e
preenchimento destes elementos. Conforme afirma o SEBRAE (2013) O propósito é ajudar
na organização das ideias, descobrir que cada bloco está relacionado aos demais e permitir
o ajuste quantas vezes for necessário, até conseguir perceber o negócio como um todo.
Elementos Descrição
Justificativa Descreve, de modo sucinto, os problemas a serem sanados com o projeto.
Especificação do objetivo do projeto de modo realista, mensurável, alcançável
Objeto Smart
e delimitado no tempo, por meio de uma frase.
Consiste na descrição da geração de valor proporcionada pelo projeto (redu-
Benefícios
ção de custo, aumento de receita, giro de ativos etc.)
Todo projeto, concebe um produto tangível (estrada, equipamento etc) ou in-
Produto tangível (software, processo etc.). Este deve ser especificado de modo sucinto
neste quadrante.
Consistem nas características do produto, que atendem nossos clientes; por-
Requisitos
tanto consiste em elencar os aspectos do produto concebido.
São identificados os envolvidos no ambiente externo (organizações, órgãos,
Stakeholders
ministérios, parceiros etc), bem como os fatores externos (regime de chuva,
Externos
alta temporada etc.) que impactam na concepção do projeto.
É a equipe interna da organização subordinada, mesmo que parcial ou tempo-
Equipe
rariamente, ao gestor de projetos.
Suposições, arbitrariamente prováveis em relação ao ambiente externo.
Premissas
(exemplo: o fornecedor entregará o material solicitado em até 2 dias úteis).
São os produtos e resultados entregues, pela equipe, na concepção do pro-
jeto. Faz-se necessário agrupar as ideias, para uma melhor visão do contexto
Grupos de Entregas
(exemplo: realizar a aquisição de produtos de alta qualidade e certificados
internacionalmente).
Consistem nas limitações das pessoas ou entregas (exemplo: budget para
Restrições compra de produtos é estipulado em R$ 1 mil; equipes não podem trabalhar
em 2 turnos etc.).
Estão atrelados a possíveis problemas que podem ocorrer nas premissas ou
Riscos grupo de entregas (atrasos de abastecimento, atividades internas realizadas
de modo equivocado ou fora do prazo etc.).
Corresponde ao tempo de cada uma das entregas e seu eventual sequen-
Linha de tempo ciamento, permitindo a identificação de atividades que podem ser realizadas
simultaneamente ou não.
Custos Corresponde ao budget para a concepção do projeto.
Finnochio (2013), afirma que as justificativas (1) devem fazer referência somente ao
passado, antes do projeto e que os benefícios, ao contrário falam do futuro, após a implanta-
ção do projeto. Dessa maneira a realização do Objetivo Smart é a ponte que nos transporta
do passado com problemas, para o futuro com benefícios e geração de valor.
Em relação ao segundo ponto de integração (2), faz-se necessário estar atento se o
Objeto Smart, está adequado com o produto a ser concebido pelo projeto, bem como se as
características do produto estão corretas, além de elencar as mais significativas que estão
expostas e estabelecer prioridades. Pode-se também revisar os stakeholders que foram
listados, para evitar equívocos.
A seguir (3), faz-se fundamental verificar a relação entre premissas e stakeholders,
segundo Finnochio (2013), uma boa maneira de inventariarmos as premissas relevantes,
seria perguntar-se o que estamos contando sobre cada um dos stakeholders externos e
também o que supomos dos fatores externos.
O quarto ponto (4) a ser validado é a correlação entre as entregas elencadas e a equipe
de trabalho, com o intuito de confirmar se as entregas estipuladas são de fato desenvolvidas
pela equipe mencionada, evitando a perda de escopo do projeto. Durante a revisão do plano
estabelecido, há também a necessidade de identificar se as restrições foram determinadas
com foco nas equipes e seus respectivos grupos de entregas.
Por fim (5), durante a validação do plano, é importante avaliar se os riscos estão rela-
cionados às premissas e aos grupos de entregas.
A resolução de problemas
Compartilhamento do Canvas
O Projeto Canto Verde, tem como objetivo contribuir com empresas de pequeno e
médio porte, da cidade de São Paulo, na zeladoria, manutenção e reparo de áreas verdes.
Segundo o art.1 do decreto n° 57.583 de Janeiro de 2017, a prefeitura do município
de São Paulo, por meio do programa “Adote Uma Praça”, busca viabilizar ações do Poder
Público Municipal e da sociedade civil visando o aprimoramento de serviços de manutenção
e zeladoria, bem como a conservação, execução e manutenção de melhorias urbanas, am-
bientais e paisagísticas de praças e de áreas verdes do Município com área de até 10.000m²
(dez mil metros quadrados), sob exclusiva administração das Prefeituras Regionais. O quadro
3 demonstra, os objetivos do programa, conforme dispostos no art. 2:
I - incentivar e viabilizar ações para a conservação, execução e manutenção de melhorias urbanas, am-
bientais e paisagísticas de praças e de áreas verdes;
II - aperfeiçoar as condições de uso dos espaços públicos e entornos, com melhorias da iluminação, lim-
peza e segurança;
III - incentivar a instalação e a manutenção de mobiliário urbano que atenda as melhores práticas de pre-
servação ambiental;
IV - priorizar a recuperação da paisagem urbana e a manutenção da biodiversidade existente na Cidade
de São Paulo;
V - aprimorar os serviços de manutenção e zeladoria de praças e de áreas municipais;
VI - capacitar e incluir zeladores no mercado de trabalho, criando perspectivas para sua reinserção social;
VII - implantar e expandir os meios de acesso à internet nas praças e área verdes.
Diante da proposta e dos objetivos elencados acima, o Projeto Canto Verde, visa atuar
como uma consultoria que auxilia empresas de pequeno e médio porte no ingresso ao pro-
grama “Adote Uma Praça”, mas que não dispõem de expertise ou bases para concepção
de um projeto que constitua o Termo de Cooperação necessário para adoção da área verde
pretendida, conforme as informações dos art. 5 e art. 6 do decreto n° 57.583 de Janeiro de
2017.
Elementos Descrição
Quadro 5. Resultados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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reinventar sua carreira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2013.
CLEMENTS, J.P; GIDO, J. Gestão de Projetos. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
G1 NOTÍCIAS. Em SP, 10% das praças públicas são adotadas pela iniciativa privada. 21/04/2014.
Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/04/em-sp-10-das- pracas-publicas-
-sao-adotadas-pela-iniciativa-privada.html> Acesso dia 20/04/2019 as 17h28min
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<https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/noticias/?p=250495 Acesso
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de negócios. 2013. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/
Cartilha%20o%20Quadro%20d o%20Modelo%20de%20Negocios.pdf>. Acesso em: 19 Abril. 2019
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