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Fobia Social e Fobia Específica na Infância e Adolescência
Thais Quintão

Introdução
Uma fobia é uma circunstância em que um indivíduo sofre do medo
intenso de um objeto ou de uma situação que dure por um período prolongado e
não tenha nenhuma causa racional.
Pode igualmente ser definida como a emergência de um medo indesejável
em relação a uma situação, a um incidente, ou a uns objetos particulares. As
fobias são um tipo de perturbação da ansiedade. As crianças que sofrem umas
ou várias fobias têm constantemente a ansiedade. As fobias as mais comuns
compreendem um medo das alturas, da interação pública, do sangue, dos
insetos, ou dos animais.
As fobias são comuns às crianças e aos adultos. Algumas fobias que
elevaram durante a resolução da infância espontaneamente enquanto a criança
cresce, quando outros puderem persistir. Algumas fobias importantes que
afetam crianças:

• Agorafobia: Neste estado a criança sente ansiosa ao incorporar um


espaço aberto

• Desordem de pânico: Uma ocorrência repentina do medo ou do


nervosismo que isso conduz a um aumento rápido no batimento cardíaco

• Fobias específicas: Circunstâncias em que a criança está receosa de


determinados objetos ou lugares

• Ansiedade de separação: Esta é uma circunstância onde as crianças


estejam receosas da separação das suas amadas (pai, matriz, irmãos, ou
o cuidador)

• Mutismo seletivo: Neste estado a criança está nervosa ou receosa falar


na frente de um público que recolhe como em um evento cultural ou uma
competição

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• Ansiedade social: Nesta desordem, as crianças comparam-se com
outras crianças e concluem-se que são menos dignas ou inúteis, se
tornando extremamente tímidas e incapazes da interação com as outro
fora de suas HOME

Pesquisas apontam que as causas da fobia se encontram em elementos


diferentes tais como biológico, família, e fatores ambientais.
• Causas biológicas: Quando os níveis de neurotransmissor importantes
tais como a dopamina e a serotonina são afetados, podem transformar-
se uma causa da ansiedade.

• Família ou fatores genéticos: Como a cor do cabelo, dos olhos, e da


pele, a criança tem uma tendência herdar uma predisposição genética
para temer de seus pais. Por exemplo, se um pai da criança tem um medo
das baratas, a seguir há uma possibilidade alta para que a criança
desenvolva os mesmos.

• Fatores ambientais: Os fatores ambientais podem provocar a revelação


das fobias nas crianças, tais como um evento traumático. Para crianças,
pôde ser uma situação comum como ir à escola após umas férias longas
esses resultados na ansiedade aumentada.

Medos Relativos À Idade Comuns


• 2-4 anos: As crianças desta idade temem ruídos altos, sons feitos por
animais, toaletes e banheiros, fantasmas, deficientes motores, morte, e
às vezes estar sozinhas.

• 4-6 anos: As crianças desta classe etária temem geralmente a escuridão.


São igualmente capazes de imaginar criaturas assustadores ou
fantasmas e da preocupação que estes podem os perturbar. Encontrar
desconhecido é um esforço enorme para algumas crianças, e este pode
criar muito esforço. Outros medos incluem a ansiedade sobre a perda de
seus pais, sobre a morte de um membro da família, ou de tornar-se feridos

• 8 anos: Estas crianças puderam queixar-se de medos simples e comuns


tais como o medo da rejeição social, deslocando a um lugar novo para

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viver, têm que ir à escola ou a estar atrasadas. Podem igualmente
constantemente preocupar-se sobre o perigo pessoal.

• 9-10 anos: Podem temer que seus pais separem ou divórcio, ou temem
que possam ter que enfrentar o perigo em sua vida. Isto manifesta
geralmente como o medo do sangue e da reunião com os ferimentos.

• 11-12 anos: Frequentemente, estas crianças pensam que podem ser


sequestradas. Estar sozinho ou em um lugar escuro igualmente cria a
ansiedade severa nestas crianças.

• 13 anos: Estas crianças têm todos os medos comuns de que umas


crianças mais novas têm. Contudo, igualmente parecem frequentemente
ter um medo das alturas.

• 14-16 anos: Porque estes adolescentes são mais maduros, comparado a


suas contrapartes mais novas, seus medos tomam outros formulários, tais
como o medo ilógico de estar nos acidentes de trânsito, nos acidentes de
aviação, nos ataques terroristas, no medo das infecções, no medo de
relações sexuais, e no medo da fala em público ou em uma multidão.

O diagnóstico clínico para transtornos de ansiedade em crianças e


adolescentes segue os mesmos critérios aplicados aos adultos, com exceção do
transtorno de ansiedade de separação, que é típico da infância e da
adolescência.
Para fazer um diagnóstico, o terapeuta deve estar baseado numa entrevista
clínica bem estruturada, fazendo o uso de métodos diversificados como
entrevistas, observações e escalas de mensuração que consigam captar as
formas nas quais os transtornos e sintomas de ansiedade possam estar
presentes. Tudo aquilo que for utilizado deve ser adaptado à faixa etária e à
etapa do desenvolvimento na qual a criança ou adolescente se encontra. Além
disso, é preciso considerar as informações coletadas nos diferentes contextos
nos quais o paciente está inserido.
Na avaliação inicial de uma criança ou adolescente, o terapeuta deve buscar
compreender como é o seu funcionamento de forma ampla, avaliando quando
se deu início os primeiros sintomas de ansiedade e se há existência de fatores
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precipitantes para esses sintomas, tais como história médica, escolar, história
familiar de transtornos psiquiátricos e de ansiedade, acontecimentos que
ocorreram em seu desenvolvimento, entre outros. Outro fator muito importante
que precisa ser avaliado são os motivos da procura ou encaminhamento. O
terapeuta deve investigar as variáveis, sua natureza e a extensão das
dificuldades psicológicas e comportamentais, que possam estar influenciando no
bem-estar emocional do paciente.

Fobia Social
A Fobia Social é uma condição comum e incapacitante que tem como
característica um medo patológico de agir de forma constrangedora ou
inadequada na presença de outras pessoas. Tende a se apresentar numa idade
mais precoce, frequentemente se desenvolve na infância com um pico na
adolescência. Diferentes estudos relatam que a idade média de início da Fobia
Social está entre 15 e 16 anos.
O início precoce da ansiedade social é um fator importante devido as suas
implicações para o desenvolvimento do indivíduo e os prejuízos acadêmicos e
nos relacionamentos sociais.
Há evidências de que indivíduos que iniciaram a patologia com idade muito cedo,
antes dos 15 anos, correm mais risco de desenvolverem depressão ou
alcoolismo futuramente.
A orientação de pais é uma intervenção importante no tratamento da
criança com Fobia Social, porque a infância é um período crítico para o
desenvolvimento das habilidades sociais e os pais são os mediadores dessa
aquisição.
As relações pai-filho possuem um caráter afetivo, educativo e de cuidado
que cria muitas e variadas demandas de habilidades sociais.
O exercício dessas habilidades é orientado para promover o
desenvolvimento integral dos filhos e prepará-los para a vida.
De acordo com o DSM-5, a Fobia Social se caracteriza por um medo acentuado
e persistente de situações sociais ou de desempenho nas quais o indivíduo
poderia sentir embaraço.

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A exposição à situação social ou de desempenho provoca, na maioria das
vezes, uma resposta imediata de ansiedade. A situação social ou de
desempenho, frequentemente, é evitada, embora, às vezes, seja suportada com
pavor.
Nas situações sociais ou de desempenho temidas, os indivíduos com
Fobia Social apresentam preocupações acerca de embaraço e desenvolvem
pensamentos de avaliação negativa.
Os fóbicos sociais podem estar incluídos em um subtipo generalizado que
corresponde ao medo da maioria das situações de interação social e de
desempenho, e em um subtipo mais circunscrito que seria medo de uma situação
pública de desempenho e de algumas situações de interação social.
Os adolescentes com Fobia Social reconhecem que o medo é excessivo
e irracional, no entanto, isto pode não ocorrer com crianças.
As crianças podem apresentar choro, ataques de raiva, imobilidade,
comportamento aderente ou permanência junto a uma pessoa familiar.
Crianças pequenas podem mostrar-se excessivamente tímidas em contextos
sociais estranhos, retraindo-se do contato, recusando-se a participar de
brincadeiras com pares, permanecendo tipicamente na periferia das atividades
sociais e tentando permanecer próximas a adultos conhecidos.
Diferentes dos adultos, as crianças com Fobia Social, em geral, não têm opção
de evitar completamente as situações temidas e podem ser incapazes de
identificar a natureza de sua ansiedade.
O impacto negativo da Fobia Social no desenvolvimento normal reflete-se
no baixo desempenho educacional, que é relatado em pesquisas.
O medo da interação com pequenos grupos na escola pode levar a
prejuízo acadêmico.
A educação tende a ficar comprometida em crianças que sofrem de
ansiedade social e eles têm mais chances de abandonar a escola precocemente.
A Fobia Social pode prejudicar o desenvolvimento social normal. A idade
precoce de início na adolescência interfere na aquisição das habilidades sociais
que são aprendidas nessa faixa etária. As consequências são percebidas no
isolamento dos indivíduos que apresentam a patologia. Em amostras clínicas,

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um número significativo de pacientes com Fobia Social apresenta contato social
restrito ao meio familiar.
O prejuízo do Transtorno em crianças, devido ao início precoce e curso
crônico da psicopatologia, tende a assumir a forma de um fracasso em atingir o
nível esperado de funcionamento, ao invés de um declínio a partir de um nível
mais elevado.
Em contraste, quando o início ocorre na adolescência, a patologia provoca
declínio no desempenho social e acadêmico. Segundo o DSMV a Fobia Social
tipicamente inicia em uma fase intermediária da adolescência, às vezes,
surgindo a partir de uma história de inibição social ou timidez na infância.
Alguns indivíduos relatam um início na infância. O início pode ser abruptamente
a uma experiência estressante ou humilhante ou pode ser insidioso. A Fobia tem
um curso contínuo frequentemente. A comorbidade mais frequente é com outros
Transtornos de Ansiedade.
O fóbico social apresenta um grande desejo de causar uma impressão
favorável nos outros e uma insegurança significativa na sua habilidade de atingir
esse objetivo.
Concluindo, o terapeuta deve no tratamento da criança com Fobia Social
estar atento aos seguintes pontos: avaliar se os pais apresentam algum
Transtorno Mental e compreender como a psicopatologia dos pais favoreceu
para o surgimento e manutenção da ansiedade social da criança, quando
necessário encaminhar os pais para tratamento individual. Avaliar as
habilidades-chave do dos pais para lidar e reforçar os comportamentos positivos
da criança.

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