Livro - Resistencia Dos Materiais
Livro - Resistencia Dos Materiais
Livro - Resistencia Dos Materiais
Curitiba
2021
Ficha Catalográfica elaborada pela Editora Fael.
FAEL
3. Deformação | 35
5. Flexão pura | 65
6. Flexão composta | 81
Gabarito | 187
Referências | 193
Carta ao Aluno
Prezado(a) aluno(a),
O ensino nos exige constante atualização, e no desenvol-
vimento desta obra não foi diferente. A pesquisa e a atualização
constantes são necessárias para qualquer aspecto pessoal e pro-
fissional. Neste texto inicial, gostaria de colocar que o estudo
desta disciplina, Resistência dos Materiais, requer habilidade ou
conhecimento prévio sobre conceitos de materiais e mecânica, e
irá contar com sua atenção e dedicação. Nesta disciplina, vamos
tratar dos primeiros passos para o aprendizado dos conceitos de
resistência dos materiais, a sua importância e a utilização nas
várias áreas da engenharia. Assim, qualquer aluno que se dedi-
que a entender as regras básicas e os procedimentos entenderá
os conceitos. Aprender esta disciplina não significa aprender a
calcular, pois é necessário aprender como representar um objeto,
aprender a interpretar os esforços e como usá-los nas aplicações
dos problemas.
Resistência dos Materiais
– 6 –
1
Objetivos e aplicações
de Resistência
dos Materiais
– 8 –
Objetivos e aplicações de Resistência dos Materiais
– 9 –
Resistência dos Materiais
Medula
Cerne
Raios medulares
Anéis de crescimento
Alburno
Camada de células cambiais
Casca interna
Casca externa
– 10 –
Objetivos e aplicações de Resistência dos Materiais
Fonte: Stock.adobe.com/mzglass96
– 11 –
Resistência dos Materiais
– 12 –
Objetivos e aplicações de Resistência dos Materiais
– 13 –
Resistência dos Materiais
Fonte: https://youtu.be/lHQHgFNx2kw
– 14 –
Objetivos e aplicações de Resistência dos Materiais
Fonte: Stock.adobe.com/PiyawatNandeenoparit
– 15 –
Resistência dos Materiais
– 16 –
Objetivos e aplicações de Resistência dos Materiais
Fonte: Cdang/CC.
– 17 –
Resistência dos Materiais
Atividades
1. Quais outras aplicações de resistência dos materiais seriam pos-
síveis encontrar em sua casa?
2. Cite e descreva o funcionamento de dois ensaios mecânicos uti-
lizados em resistência dos materiais.
3. Cite e explique uma vantagem e uma desvantagem do material
madeira.
4. Descreva a importância de pelo menos duas propriedades mecâ-
nicas dos materiais.
5. Cite e explique uma vantagem e uma desvantagem do material aço.
– 18 –
2
Tensão normal:
compressão e tração
– 20 –
Tensão normal: compressão e tração
Onde:
2 σ : Tensão normal
2 F: Força
2 A: Área
Um fator muito importante é saber qual unidade será utilizada na
tensão normal, ela é função das unidades informadas tanto de força como
de área. Abaixo, estão listadas algumas possibilidades de unidades a
serem utilizadas:
2 força – newton, quilograma força, tonelada força, libra força,
kip.
2 área – metros quadrados, centímetros quadrados, milímetros
quadrados.
– 21 –
Resistência dos Materiais
– 22 –
Tensão normal: compressão e tração
Exemplo numérico 1
Figura 2.4 – Problema referente
ao exemplo numérico 1
A Figura 2.4 ilustra D C
uma luminária de 250 N
que é sustentada por três
hastes de aço interligadas
por um anel em A. Deter- 45° 30°
mine qual das hastes está A
submetida à maior tensão
normal média e calcule
seu valor. Considere = 30°
(HIBBELER, 2010).
Luminária
Fonte: adaptada de Hibbeler (2010).
– 23 –
Resistência dos Materiais
TAC
P
Fonte: elaborada pelo autor.
0
∑ fy =
– 24 –
Tensão normal: compressão e tração
TADx TACx
P
Fonte: elaborada pelo autor.
As forças decompostas são função dos ângulos que os cabos fazem com
o eixo x. Dessa forma, segue a correspondente de cada uma dessas forças:
TADx = TAD cos α
– 25 –
Resistência dos Materiais
TADy TAD
= = sen45 0,71TAD
TAC x TAD
= = cos30 0,87 TAC
TAC y TAD
= = sen30 0,5 TAC
P
Fonte: elaborada pelo autor.
– 26 –
Tensão normal: compressão e tração
Desenvolvendo:
TAD = 223, 21 N ( 5)
Ao substituir a Equação (5) em (4), temos:
Em posse das forças, é necessário calcular a área de cada uma das
hastes. A haste AD possui diâmetro de 7,5 mm e a haste AC possui diâme-
tro de 6,0 mm. Como as hastes são circulares, iremos utilizar a fórmula da
área para seções circulares. Para a haste AC, temos:
π d ² ac
Aac =
4
π 7,5²
Aac
= = 44,18 mm ²
4
– 27 –
Resistência dos Materiais
183,03
=σ = 4,14 mPa
44,18
223, 21
=σ = 7,89 mPa
28, 27
– 28 –
Tensão normal: compressão e tração
Haste Tensão
AB 3,93 mPa
AD 7,89 mPa
AC 4,14 mPa
Fonte: elaborada pelo autor.
10.0 kN
15.0 kN
10.0 kN
A
B
– 29 –
Resistência dos Materiais
FA FB
Fonte: elaborada pelo autor.
Para descobrir a intensidade das forças nos apoios (FA e FB), é neces-
sário realizar as condições de equilíbrio da estática. Nesse caso, iniciare-
mos com a somatória das forças em y sendo zero, considerando as forças
apontadas para cima como positivas. Dessa forma, temos que:
0
∑ fy =
FA + FB − 10 − 10 − 15 − 10 − 7,5 =
0 ( 6)
A outra condição de equilíbrio necessária para resolver o exercício
é a somatória dos momentos em um ponto igual a zero. Calcularemos o
momento no ponto de aplicação da Força em A e consideraremos como
positivos os giros impostos no sentido horário. Sendo assim, temos que:
0
∑ Ma =
FA = 36,6 kN (7)
Ao substituir a Equação (7) na Equação (6), temos o seguinte:
( 36,6 ) + FB − 10 − 10 − 15 − 10 − 7,5 =
0
FB = 15,9 kN
– 30 –
Tensão normal: compressão e tração
Chapa a a Chapa b b
a b
Fonte: elaborada pelo autor.
36600
2,8 =
a²
36600
a² =
2,8
– 31 –
Resistência dos Materiais
36600
a=
2,8
a = 114,33 mm
15900
2,8 =
b xb
15900
2,8 =
b²
15900
b² =
2,8
15900
b=
2,8
b = 75,35 mm
– 32 –
Tensão normal: compressão e tração
Atividades
1. A coluna está sujeita
a uma força de 8 kN,
conforme ilustrado a
seguir. Essa força é
aplicada no centro da
área da seção transver-
sal. Calcule a tensão
normal atuante sobre a
seção transversal.
2. O bloco de concreto
tem as dimensões
ilustradas na figura a
seguir. Calcule a ten-
são normal atuante
caso ele seja subme-
tido a uma força P de
4 kN aplicada no cen-
tro da peça. 25 mm 75 mm 75 mm 25 mm
25 mm
100 mm P
25 mm
50 mm 50 mm 50 mm
– 33 –
Resistência dos Materiais
52 mm
C A
30 kN 60 mm
53 mm
10 mm
40 mm
Fonte: adaptada de Hibbeler (2010).
– 34 –
3
Deformação
Fonte: Shutterstock.com/Maridav
– 36 –
Deformação
ções. Uma barra de aço, por exemplo, tem um menor número de vazios do
que um solo. Nesse caso, também há deformações quando impomos um
carregamento, contudo, dificilmente observam-se as deformações a olho nu.
Figura 3.2 – Piscina de bolinhas
– 37 –
Resistência dos Materiais
∆ s′ − ∆ s
ε= (1)
∆s
– 38 –
Deformação
– 39 –
Resistência dos Materiais
– 40 –
Deformação
Diagrama tensão-deformação convencional e real para material dúctil (aço) (sem escala)
Fonte: adaptada de Hibbeler (2010).
– 41 –
Resistência dos Materiais
Por meio da Figura 3.6 podemos notar quatro regiões de interesse que
demonstram o comportamento do material: região elástica, escoamento,
endurecimento por deformação e estricção.
A região elástica (Figura 3.6) tem comportamento elástico, ou seja, há
uma proporcionalidade entre tensão e deformação. Dessa forma, nessa região
não temos uma curva, e sim uma reta que vai até a tensão limite de proporcio-
nalidade. Nesse trecho, devido à proporcionalidade entre tensão e deforma-
ção, é possível aplicar a lei de Hooke, que está representada na Equação (5):
σ = Eε ( 5)
Nela, σ é a tensão aplicada, ε é a deformação e E é o módulo de
elasticidade que corresponde à rigidez do material. O limite superior para
essa linearidade entre tensão e deformação é a tensão limite de proporcio-
nalidade. Se a tensão ultrapassar essa tensão, o material ainda se compor-
tará de forma elástica, no entanto, a reta tende a se curvar e achatar. Uma
característica dos materiais que atuam em níveis de tensões e deforma-
ções compatíveis com a região elástica é que, ao cessar o carregamento
imposto, o material voltará ao seu formato original, não havendo nenhum
ganho permanente de deformação.
A segunda região é denominada de resistência ao escoamento, con-
forme ilustrado na Figura 3.6. Nesse período, o material deixa de ter com-
portamento elástico e passa a ter comportamento plástico. Ao cessar o
carregamento, ocorrerá uma deformação irrecuperável do corpo de prova,
resultando em uma deformação irreversível, característica pertinente à
região de comportamento plástico. Nessa região, ocorre uma deformação
acentuada sem que ocorra um aumento da tensão aplicada. A Figura 3.6
não está em escala, no entanto, Hibbeler (2010) afirma que as deforma-
ções induzidas nesta região são de 10 a 40 vezes maiores que as produzi-
das até o limite de elasticidade. A elevação da tensão nesta fase da defor-
mação plástica pode causar o fenômeno do encruamento, que é o aumento
da dureza do material. Sobre este fenômeno, recomenda-se ao aluno a
pesquisa nas bibliografias indicadas nesta disciplina.
A terceira região ilustrada na Figura 3.6 é a de endurecimento por
deformação. Quando terminam as deformações por cisalhamento, é possí-
– 42 –
Deformação
– 43 –
Resistência dos Materiais
– 44 –
Deformação
∆LBD 10,0
=
3,0 7,0
4, 28 mm
∆LBD =
4, 28
ε BD =
4000,0
– 45 –
Resistência dos Materiais
mm
ε BD = 0,00107
mm
∆LCE
ε CE =
LCE
10,0
ε CE =
4000,0
mm
ε CE = 0,0025
mm
– 46 –
Deformação
10,0 ∆LCE
=
7,0 5,0
7,14 mm
∆LCE =
10,0 ∆LBD
=
7,0 3,0
4, 28 mm
∆LCE =
– 47 –
Resistência dos Materiais
∆LCE
ε CE =
LCE
4, 28
ε CE =
4000,0
mm
ε CE = 0,00107
mm
∆LBD
ε BD =
LBD
7,14
ε BD =
3000,0
mm
ε BD = 0,00238
mm
Atividades
1. Os dois cabos estão interligados em A, conforme mostra a figura
a seguir. Se a força P provocar um deslocamento máximo de 2
mm no ponto em A, determine a deformação normal desenvol-
vida em cada cabo.
– 48 –
Deformação
– 49 –
Resistência dos Materiais
– 50 –
4
Propriedades
geométricas da
seção transversal
– 52 –
Propriedades geométricas da seção transversal
∑ v 'A
v= (1)
∑A
– 53 –
Resistência dos Materiais
∑ u 'A
u= ( 2)
∑A
– 54 –
Propriedades geométricas da seção transversal
– 55 –
Resistência dos Materiais
– 56 –
Propriedades geométricas da seção transversal
Figura 4.8 – Distância v' do retângulo 1 Figura 4.9 – Distância v' do retângulo 2
∑ v 'A
v=
∑A
v=
(11,5 . 24,0 ) + ( 5,0 . 20,0 )
( 24,0 + 20,0 )
v=
( 276,0 ) + (100,0 )
( 44,0 )
– 57 –
Resistência dos Materiais
376,0
v=
44,0
v = 8,55 cm
– 58 –
Propriedades geométricas da seção transversal
– 59 –
Resistência dos Materiais
– 60 –
Propriedades geométricas da seção transversal
bh3 bh3
Iz = + ( Ady ² ) + + ( Ady ² )
12 12
V CG – Sistema V Peça dy
Retângulo 1 8,55 cm 11,50 cm 2,95 cm
Retângulo 2 8,55 cm 5,00 cm 3,55 cm
Fonte: elaborada pelo autor.
Com base nos dados das Tabelas 4.1 e 4.2, é possível realizar o cál-
culo a seguir:
8,0.3,03 2,0.10,03
Iz = + ( ( 24,0 ) .(2,95² ) + + ( ( 20,0 ) .(3,55² )
12 12
– 61 –
Resistência dos Materiais
Iz = 645,57 cm 4
bh3 bh3
Iy = + ( Adz ² ) + + ( Adz ² )
12 12
3,0.8,03 10,0.2,03
Iy = + ( ( 24,0 ) . ( 0,0 ) ² ) + + ( ( 20,0 )( 0,0 ) ² )
12 12
(134,66 ) + ( 6,66 )
Iy =
Iy = 34,66 cm 4
Com base nos valores calculados, é possível observar que a peça pos-
sui maior resistência ao giro em torno do eixo z em relação a y.
– 62 –
Propriedades geométricas da seção transversal
Atividades
1. Para as seções ilustradas a seguir, determine as coordenadas u
e v do centro de gravidade e os momentos de inércia I y e I z .
Obs.: todas as dimensões estão dadas em centímetros.
a) c)
20 20 60
4
16
z CG
6 y
z CG 64
v
v 2
y u
2
Fonte: elaborada pelo autor.
u
2 2 4 2 d)
Fonte: elaborada pelo autor.
1
4
b)
20 10 10 20 1
z CG
4
1
30 y
v 4
CG 10
z
1
u
v y
30
2,5 1 2,5 1 2,5
u
Fonte: elaborada pelo autor.
Fonte: elaborada pelo autor.
– 63 –
5
Flexão pura
– 66 –
Flexão pura
– 67 –
Resistência dos Materiais
– 68 –
Flexão pura
Mz
σ= ± y (1)
Iz
– 69 –
Resistência dos Materiais
– 70 –
Flexão pura
– 71 –
Resistência dos Materiais
Exemplo numérico 1
Para a seção transversal ilus-
trada na Figura 5.9, confeccione
o diagrama de tensão normal e a
orientação da linha neutra. Sabe-
-se que o momento é aplicado no
centro de gravidade e as medidas
das figuras estão em centímetros.
Considere os seguintes momen-
tos:
a) Mz = 10 kN.m
b) Mz = -10 kN.m
Coordenada Valor
v 8,55 cm
u 4,00 cm
Fonte: elaborada pelo autor.
– 72 –
Flexão pura
– 73 –
Resistência dos Materiais
Ponto Coordenada y
A -4,46 cm
B 8,55 cm
Fonte: elaborada pelo autor.
– 74 –
Flexão pura
1000
σa =
+ ( −4, 46 )
645,57
σ a = −6,91 kN .cm
Mz
σb = + yb
Iz
1000
σb = + (8,55)
645,57
σ b = 13, 24 kN .cm
Sinal positivo, pois trata-se de uma tensão de tração. Com base nes-
ses valores, é possível traçar o diagrama de tensões normais que está ilus-
trado na Figura 5.12.
Nesse momento, será realizado o cálculo do Mz com intensidade
negativa de -10 kN.m. Por ser negativo, ele está orientado à direita, no
– 75 –
Resistência dos Materiais
– 76 –
Flexão pura
σ a = +6,91 kN .cm
1000
σb = − (8,55)
645,57
σ b = −13, 24 kN .cm
– 77 –
Resistência dos Materiais
Atividades
1. A haste de aço com diâmetro de 20 mm está sujeita a um
momento fletor. Determine a tensão criada nos pontos A e B e
trace o diagrama de tensão normal que age na seção.
38 mm
m
0m
25
A
300 mm
25 mm
M
38 mm
B 150 mm
– 78 –
Flexão pura
25 mm A
D
150 mm
M
25 mm B 25 mm
150 mm
y
5 mm
A 60 mm
5 mm 60 mm
z 5 mm
B
60 m
60 m
m
m
– 79 –
6
Flexão composta
– 82 –
Flexão composta
– 83 –
Resistência dos Materiais
Mz N
0=
± y± ( 2)
Iz A
Exemplo numérico 1
Determine a posição da Sabe-se que a máxima tensão de tra-
força P ilustrada na Figura 6.3. ção é igual ao módulo da tensão de com-
Figura 6.3 – Figura utilizada no pressão máxima dividido por 4. O retân-
exemplo numérico 1 gulo utilizado na Figura 6.3 possui base
de 12 centímetros e altura de 30 cm.
Primeiramente, é necessário ajustar
a seção transversal – é feito o transporte
da força normal para o centro de gravi-
dade e, para compensar, um momento é
adicionado. Conforme demonstrado na
Figura 6.2, a força normal ilustrada na
Figura 6.3 é uma força normal de com-
pressão, sendo assim, é necessário colo-
car um momento que comprima a parte
superior da peça. O momento é uma força
multiplicada por uma distância, logo, o
momento em z é definido como:
M z = P.E
– 84 –
Flexão composta
Como temos um
momento fletor em conjunto
com uma força normal,
temos um caso típico de fle-
xão composta. Assim, pre-
cisamos definir os sinais da
Equação (1) para este caso.
Sabe-se que o momento
fletor (Mz) traciona a parte
positiva do eixo y, então o
primeiro sinal da equação
é positivo. A força normal
é de compressão, então a
fórmula da flexão para a
parcela da força normal será
negativa. A Equação (1)
para este exemplo assume
a forma representada na
Equação (3).
Mz N
σ=
+ y− ( 3)
Iz A
– 85 –
Resistência dos Materiais
σ compressão máxima
σ tração máxima =
4
Logo:
PE P PE P
4 (15) − = ( −15) −
27000 360 27000 360
E 1 E 1
4 (15) − = ( −15) −
27000 360 27000 360
15.E 1 15.E 1
4 − = +
27000 360 27000 360
– 86 –
Flexão composta
1,66.10−3 E = 5,54.10−3
E = 3,37 cm
– 87 –
Resistência dos Materiais
– 88 –
Flexão composta
1
Mz′ = 222,5 kN .cm = 2, 22 kN .m
100
10 − 2, 22 =
Mz = 7,78 kN .m =7,78.102 kN .cm
– 89 –
Resistência dos Materiais
Mz N
σ=
+ y+
Iz A
7,78.102 50
σ=
+ ( −4, 45) +
645,57 44
σ=
−5,36 + 1,13
σ = −4, 23 kN
7,78.102 50
σ=
+ (8,55) +
645,57 44
σ=
+10,30 + 1,13
σ = +11, 43 kN
7,78.102 50
0=
+ y+
645,57 44
−1,13 =
1, 20 y
y = −0,94 cm
– 90 –
Flexão composta
– 91 –
Resistência dos Materiais
=Mz 75
= . 6,10 457,5 kN .cm
A seção transversal
com o momento apontado
para a direita (comprime
fibras inferiores) e a força
normal estão ilustradas na
Figura 6.10. Os pontos de
interesse A (y=-4,45 cm)
e B (y=8,55 cm) também
estão ilustrados. Fonte: elaborada pelo autor.
– 92 –
Flexão composta
Mz N
σ=
− y−
Iz A
457,5 75
σ=
− ( −4, 45) −
645,57 44
σ=
+3,15 − 1,70
σ = +1, 45kN
457,5 75
σ=
− (8,55) −
645,57 44
σ=
−6,06 − 1,70
σ = −7,76 kN
457,5 75
0=
− y−
645,57 44
1,70 = −0,71y
y = −2,39 cm
– 93 –
Resistência dos Materiais
Atividades
1. Duas forças de 10 kN são aplicadas a uma barra retangular de 20
milímetros x 60mm, como ilustrado a seguir. Determine a tensão
no ponto A quando C é igual a 15 mm (BEER, 1996).
y
mm
10
A
30 mm
mm 10
z
30 10 kN
mm
C
10 kN x
25 mm
– 94 –
Flexão composta
– 95 –
7
Flexão oblíqua
composta
Fonte: Stock.adobe.com/navintar
Para ilustrar o que ocorre com uma terça, observe o esquema demons-
trado na Figura 7.2. A Figura 7.2 (a) poderia facilmente ilustrar o que ocorre
com uma viga ao receber o carregamento de uma parede. A seção transver-
sal está armada na maior altura para ter uma maior resistência ao giro,
conceito estudado nos capítulos anteriores no que se refere ao momento de
inércia. O carregamento resultante é um momento perpendicular ao carre-
gamento aplicado. Neste caso, as fibras inferiores da viga estariam sendo
tracionadas e as fibras superiores estariam sendo comprimidas.
Figura 7.2 – Mudança do esforço devido a mudanças na posição da seção transversal
– 98 –
Flexão oblíqua composta
Fonte: Stock.adobe.com/f11photo
– 99 –
Resistência dos Materiais
– 100 –
Flexão oblíqua composta
– 101 –
Resistência dos Materiais
– 102 –
Flexão oblíqua composta
– 103 –
Resistência dos Materiais
M My
σ=
± z y± z ( 2)
Iz Iy
M M N
± z ( y → arbitrar valor ) ± y z ±
0=
Iz Iy A
M M N
± z y ± y ( z → arbitrar valor ) ±
0=
Iz Iy A
– 104 –
Flexão oblíqua composta
– 105 –
Resistência dos Materiais
z y
Ponto A 1,50 m -1,50 m
Ponto B -1,50 m -1,50 m
Ponto C 1,50 m 1,50 m
Ponto D -1,50 m 1,50 m
Fonte: elaborada pelo autor.
– 106 –
Flexão oblíqua composta
parte positiva do eixo z, então esta parcela possui sinal positivo. A força
normal é de tração, sendo assim, esta parcela possui sinal positivo. Desen-
volvendo a equação acima, temos:
σ=
−8,89 y + 10,67 z + 13,33
y = 3,30 m
– 107 –
Resistência dos Materiais
z = −1, 25 m
Atividades
1. A viga tem seção transversal retangular conforme mostrado na
figura a seguir. Se estiver sujeita a um momento fletor de 3500
– 108 –
Flexão oblíqua composta
y
15
0m
z m
15
0m
m
30 M = 3500 N∙m
º
x
15
0m
m
y M = 15kN∙m
150 mm 150 mm
50 mm
y
z 60º
200 mm
50 mm
Fonte: adaptada de Hibbeler (2010).
– 109 –
Resistência dos Materiais
M = 520 N∙m
20 mm 12
B
5
y 13
z C
200 mm
20 mm 20 mm
200 mm 200 mm
– 110 –
8
Flexão em vigas
compostas
Fonte: Stock.adobe.com/ETAJOE
Os elementos estudados
nesta seção ainda estão sub-
metidos à flexão, no entanto,
o método de resolução é dife-
rente. Casos como este serão
resolvidos pelo método da
seção transformada.
– 112 –
Flexão em vigas compostas
– 113 –
Resistência dos Materiais
E2
n=
E1
Repare que a seção ficou mais delgada na área em que estava o mate-
rial 2 (Figura 8.4) devido a esse fator n ser menor do que 1.
Realizaremos agora a transformação da viga no material 2. O fator n
nesta situação será a relação do módulo de elasticidade do material 1 pelo
módulo de elasticidade do material 2. Assim, temos o seguinte fator n:
E1
n=
E2
– 114 –
Flexão em vigas compostas
– 115 –
Resistência dos Materiais
– 116 –
Flexão em vigas compostas
Emadeira 12
=n = = 0,06
Eaço 200
– 117 –
Resistência dos Materiais
∑ v 'A
v=
∑A
v=
(150.20 )10 + ( 9.150 ) 95
(150.20 ) + (150.9 )
v = 36,38 mm
– 118 –
Flexão em vigas compostas
150.20³ 9.150³
I Z
= + (150.20 )( 36,38 − 10 ) ² + + ( 9.150 )( 95 − 36,38 ) ²
12 12
I Z = 9,35.106 mm 4
Ponto coordenada y
1 -133,62 mm
2 0,00 mm
3 16,38 mm
4 36,38 mm
Fonte: elaborada pelo autor.
20.106
σ1 =
+ ( −133,62 ) =
−285,5 MPa
9,35.106
– 119 –
Resistência dos Materiais
20.106
6 ( )
σ2 =
+ 0 =0 MPa
9,35.10
20.106
6 (
σ3 =
+ 16,38 ) =
35 MPa
9,35.10
20.106
6 (
σ4 =
+ 36,38 ) =
77,8MPa
9,35.10
0,06 . ( −285,5 ) =
σ= −17,13 MPa
=σ 0,06
= . ( 0 ) 0 MPa
=σ 0,06
= . ( 35 ) 2,1 MPa
Como o ponto 4 é aço e sempre foi aço, então essa tensão é real e
não precisa ser convertida. O diagrama de tensões para este exemplo está
ilustrado na Figura 8.10
– 120 –
Flexão em vigas compostas
– 121 –
Resistência dos Materiais
Eaço
naço =
Econcreto
– 122 –
Flexão em vigas compostas
∑ v 'A
v=
∑A
h'
=0 ( bh ') + ( n . Aaço ) − ( d − h ')
2
Desenvolvendo, temos:
b '2
h + nAaço h′ − nAaço d =
0
2
Eaço 200
n=
aço = = 8
Econcreto 25
– 123 –
Resistência dos Materiais
47.103.8 11,76.103
n . Aaço 1,=
=
– 124 –
Flexão em vigas compostas
225.170³ 2
+ ( 225.170 ) ( 85 ) + ( 0 ) + 11781( 280 ) 1, 29.109
2
=I z =
12
Mz = 75,88 kN .m
– 125 –
Resistência dos Materiais
Mz = 86,38 kN .m
Atividades
1. As partes superior e inferior da viga de madeira são reforçadas
com tiras de aço, como mostra a figura a seguir. Determine a
tensão de flexão máxima desenvolvida na madeira e no aço se a
viga for submetida a um momento fletor M = 5 kN.m. Trace um
rascunho da distribuição de tensão que age na seção transversal
Considere Emad = 11 GPa; Eaço = 200 GPa (HIBBELER, 2010).
– 126 –
Flexão em vigas compostas
– 127 –
9
Tensão de
Cisalhamento
Por meio da Figura 9.1 (c) ficou evidente o esforço cortante que tende
a cortar um corpo em duas faces de corte. Quando falamos em esforço cor-
tante, você consegue lembrar de algum objeto que utilizamos no dia a dia?
Eu, pelo menos, penso numa tesoura. Sim, a tesoura é um objeto que corta
os objetos pela tensão de cisalhamento. Vamos considerar o material cor-
tante demonstrado na Figura 9.2. Este material é constituído por duas lâmi-
nas que cortam o material usando o princípio da alavanca. O corte na planta
é realizado pelo movimento descendente da lâmina superior, que acaba por
criar uma zona de deformação, ocorrendo consequentemente o corte pelo
esforço cortante (cisalhamento). Conseguiu compreender o mecanismo
de corte por cisalhamento?
Pensando do ponto de vista Figura 9.2 – Alicate cortando uma planta
da tesoura, esse conceito é
facilmente explicado. Dessa
forma, como seria possível
observar o esforço cortante
em outras questões práticas
do dia a dia e da Engenha-
ria? Reflita um momento e
tente pensar agora em três
situações em que podemos
ter a aplicação do conceito
de esforço cortante. Fonte: Stock.adobe.com/krisana
– 130 –
Tensão de Cisalhamento
Reações Reações
Fonte: adaptada de Adobe Stock.
– 131 –
Resistência dos Materiais
Eu sei que você deve estar ansioso para ver uma aplicação dentro do
âmbito da Engenharia. E eu tenho uma aqui: a aplicação em vigas de con-
creto armado. Comumente, as vigas de concreto armado estão sujeitas aos
– 132 –
Tensão de Cisalhamento
Você deve estar se perguntando como fazemos para evitar esse tipo
de patologia. É simples, para evitar a ocorrência desse tipo de fratura colo-
camos estribos verticais dentro da via de concreto armado na posição ver-
tical. Os esforços cortantes tendem a tracionar a viga em direção perpen-
dicular a fissura (45°). Você deve lembrar que o concreto não resiste bem
a esforços de tração, por isso colocamos barras de aço.
– 133 –
Resistência dos Materiais
Fonte: Stock.adobe.com/somchairakin
Exemplo numérico 1
Considere uma base metálica presa na base, sendo tracionada com
uma força de 20 kN, formando um ângulo de 75° com a base. Considere
uma tensão de cisalhamento admissível de 30 MPa. Calcule qual é o diâ-
metro que deve ter o parafuso.
Repare que estamos diante de um problema de cisalhamento duplo.
Então, a força cortante V é dividida nas duas hastes. O diagrama de corpo
livre é apresentado na Figura 9.7.
– 134 –
Tensão de Cisalhamento
20 kN
V=0,5F V=0,5F
Fonte: elaborada pelo autor.
30 =
( 20.10³ ) / 2
πd²
4
d 2 = 424, 41
d = 20,60 mm
Sendo assim, deve ser escolhido um parafuso com uma área superior
a 20,60 milímetros para que não ocorra a ruptura por cisalhamento.
Exemplo numérico 2
Considere o sistema demonstrado na Figura 9.8. Desejamos desco-
brir qual é a maior carga que pode ser puxada pela máquina, de forma que
não ocorra a ruptura por tração na corda nem a ruptura da estrutura interna
da haste por cisalhamento. Sabe-se que a corda tem uma tensão admissível
de 80 MPa e um diâmetro de 60 mm. A estrutura interna da haste possui
um diâmetro de 150 mm e uma tensão admissível de 45 MPa.
– 135 –
Resistência dos Materiais
F
80 =
2827, 43
=F 226.194,
= 4 N 226,19 kN
– 136 –
Tensão de Cisalhamento
V=0,5F V=0,5F
Fonte: elaborada pelo autor.
πd² π .150²
=A = = 17671, 46 mm²
4 4
V
τ=
A
F /2
τ=
A
F /2
45 =
17671, 46
=F 1.590.431,
= 4 N 1.590, 43 kN
A haste interna resiste uma força de até 1.590,43 kN. Sendo assim, a
maior força que pode ser aplicada no sistema é de 226,19 kN para que não
ocorra ruptura na corda nem na haste interna.
– 137 –
Resistência dos Materiais
Exemplo numérico 3
Os dois elementos estão interligados por pinos em B (sujeitos a cisa-
lhamento simples), como mostra a Figura 9.70 (HIBBELER, 2010).
Figura 9.70 – Problema utilizado no exemplo numérico 3
=β 36,87°
– 138 –
Tensão de Cisalhamento
TBCy = TBCsenβ
– 139 –
Resistência dos Materiais
TBC cos39,87 − Ax =
0
Ax = 0,8 TBC
Ay + TBCsen39,87 − 6 =0
TBC = 6,66 kN
Ax = 5,33 kN
6,66.10³
115 =
π dbc ²
4
dbc2 = 73,73
dbc = 8,59 mm
– 140 –
Tensão de Cisalhamento
Pino B:
Como dito no enunciado, o pino B é de cisalhamento simples. A força
que atinge o pino B é a mesma da barra BC. Sendo assim, temos:
V
τ=
A
6,66.10³
90 =
π db ²
4
db2 = 94, 22
db = 9,70 mm
db = 10,0 mm
Pino A:
Figura 9.114 – Força resultante
no Pino A
Conforme dito no enunciado,
a configuração do problema diz
que o pino A sofre cisalhamento
duplo. No entanto, há duas forças
atuantes no pino A, e é necessá-
rio obter a resultante dessa força.
O sistema de forças no Pino A é
demonstrado na Figura 9.114:
– 141 –
Resistência dos Materiais
Então, temos:
R 2 Ax 2 + Ay ²
=
R 2 5,332 + 2²
=
R = 2,84 kN
F /2
τ=
A
2,84.10³ / 2
90 =
π da ²
4
d a2 = 40,17
d a = 6,33 mm
d a = 7,0 mm
Atividades
1. A viga é apoiada por um pino em A e um elo curto BC. Se P =
15kN, determine a tensão de cisalhamento nos pinos A, B e C.
Todos os pinos estão sujeitos a cisalhamento duplo, como mos-
tra a figura a seguir, e cada um tem diâmetro de 18 mm. A barra
BC tem inclinação de 30°
– 142 –
Tensão de Cisalhamento
– 143 –
Resistência dos Materiais
– 144 –
10
Flambagem
Cabeça
ACHATAMENTO
Coberturas Mezaninos
EMPENAMENTO
Vigas
Carga Carga
Pontes
Principal
Eixo
Base
– 146 –
Flambagem
– 147 –
Resistência dos Materiais
– 148 –
Flambagem
Comprimento de
Tipo de vinculação K
flambagem (Le)
Extremidades presas por pinos L=Le 1
Uma extremidade engastada e a outra livre Le=2L 2
Extremidades engastadas Le=0,5L 0,5
Extremidades engastadas e presas por pinos Le=0,7L 0,7
Fonte: elaborada pelo autor.
π 2 EI
Pcr =
( KL ) ²
Para a correta compreensão dos fatores demonstrados na Tabela 10.1,
recomenda-se a leitura de bibliografia especializada.
– 149 –
Resistência dos Materiais
Exemplo numérico 1
Um tubo de aço com E = 200 GPa e σ y = 250 MPa possui 7,2 m de
comprimento e a seção transversal, conforme mostrada na Figura 5, deve
ser utilizada como uma coluna presa por pinos na extremidade. Determine
a carga axial admissível que a coluna pode suportar sem sofrer flambagem
(HIBBELER, 2010).
Figura 10.5 – Ilustração utilizada no exemplo numérico 1
– 150 –
Flambagem
π (150 ) π (140 )
4 4
I= − = 5,99.106 mm 4
64 64
π 2 EI
Pcr =
( L) ²
π 2 ( 200.103 )( 5,99.106 )
Pcr =
( 7200 ) ²
3
=Pcr 228,08.10
= N 228,08 kN
Exemplo numérico 2
A treliça é feita de barras de aço com E = 200 GPa e σ y = 250 MPa
, e cada uma delas tem seção transversal circular. Se a carga aplicada
for de P = 50 kN, determine, com aproximação de múltiplos de 5 mm,
o diâmetro do elemento estrutural AB, conforme ilustrado na Figura
10.6, que impedirá que esse elemento estrutural sofra flambagem.
As extremidades dos elementos estruturais estão apoiadas por pinos
(HIBBELER, 2010).
Figura 10.6 – Ilustração utilizada no exemplo numérico 2
– 151 –
Resistência dos Materiais
Decompondo as forças:
=TAC x TAC
= cos36,87 0,8 TAC
=TAC y TAC
= sen36,87 0,6 TAC
– 152 –
Flambagem
TAC = 83,33 kN
FAB = 66,66 kN
π 2 EI
Pcr =
( KL ) ²
π 2 ( 200.103 ) I
66,66.10³ =
(1.2400 ) ²
I = 194,51.10³ mm 4
πd4
I=
64
πd4
194,51.10³ =
64
d = 44,61 nn
– 153 –
Resistência dos Materiais
Exemplo numérico 3
O mecanismo articulado é composto por duas hastes de aço (Figura
9) com E = 200 GPa e σ y = 250 MPa e uma seção transversal circular.
Determine, com aproximação de múltiplos de 5 mm, o diâmetro de cada
haste que suportará uma carga P de 30 kN. Considere que as extremidades
estão acopladas por pinos (HIBBELER, 2010).
Figura 10.9 – Ilustração utilizada Figura 10.10 – Diagrama
no exemplo numérico 3 de forças no nó B
FABx FAB
= = cos 45 0,71 FAB
FABy FAB
= = sem45 0,71 FAB
FBC x FBC
= = cos 60 0,5 FBC
FBC y FBC
= = sem60 0,87 FBC
– 154 –
Flambagem
30 − 0,87 FAB
FAB =
0,71
FAC = 1, 41FAB
FAC = 21,90 kN
π 2 ( 200.103 ) ( I )
15,53.10³ =
(1.5091,17 ) ²
I = 203,93.103 mm 4
πd4
203,93.10³ =
64
d = 45,15 nn
π 2 ( 200.103 ) ( I )
21,90.10³ =
(1.4156,92 ) ²
I = 191,71.103 mm 4
πd4
19171.10³ =
64
d = 44, 45 nn
Atividades
1. Determine a força máxima P que pode ser aplicada ao cabo ilus-
trado na figura a seguir, de modo que a haste de controle de
aço com E = 200 GPa e σ y = 250 MPa não sofra flambagem. A
haste tem diâmetro de 30 mm e está presa por pinos nas extremi-
dades (HIBBELER, 2010).
– 156 –
Flambagem
– 157 –
Resistência dos Materiais
– 158 –
Flambagem
– 159 –
11
Conceitos
de isostática
– 162 –
Conceitos de isostática
contrário, agindo contra a mão daquele que desferiu o golpe. É uma visão
otimista de enxergar as coisas: o pugilista golpeado poderia dizer que ele
foi nocauteado pelo fato de ele ter desferido um golpe contra a mão do
adversário com seu rosto. Vai que cola, né?
Figura 11.2 – Luta de boxe
Fonte: Stock.adobe.com/alphaspirit
– 163 –
Resistência dos Materiais
Fonte: Stock.adobe.com/rommma
– 164 –
Conceitos de isostática
F. Cabo 3
F. Cabo 1
F. Cabo 2
Peso Viga
F. Cabo 3
F. Cabo 1
F. Cabo 2
– 165 –
Resistência dos Materiais
0
∑ Fx =
0
∑ Fy =
F₂
F₁
F₃
– 166 –
Conceitos de isostática
F2y
F1y
F2x F1x
F3x x
F3y
Fonte: adaptada de Hibbeler (2005).
F1y = F1senα
F1y = F1 cos θ
– 167 –
Resistência dos Materiais
– 168 –
Conceitos de isostática
TABx TAB
= = cos30 0,87 TAB
Considerando o ângulo de
30º, temos que: TABy TAB
= = sen30 0,5 TAB
0
∑ Fy =
Realizando o somatório
das forças em y, temos que: 0,5 TAB − 2500 =
0
TAB = 5000 N
0
∑ Fx =
Realizando o somatório
das forças em x, temos que:
0,87 TAB − TAD =
0
– 169 –
Resistência dos Materiais
– 170 –
Conceitos de isostática
F equivalente
q N/m
A B
L m
L/2 L/2
– 171 –
Resistência dos Materiais
− Ax + 20 − 15 =
0
– 172 –
Conceitos de isostática
Ax = 5 kN
By = 76, 25 kN
+ Ay − 100 − 30 − 15 + 76, 25 =
0
Ay = 68,75 kN
Atividades
1. Determine a intensidade das forças F1 e F2, de modo que o
ponto material P esteja em equilíbrio.
y
400 lb
30°
P
x
5
5
60° 4
F₂ F₁
– 173 –
Resistência dos Materiais
– 174 –
12
Forças internas
– 176 –
Forças internas
– 177 –
Resistência dos Materiais
Fonte: Stock.adobe.com/Anlomaja
Fonte: Stock.adobe.com/somchairakin
– 178 –
Forças internas
– 179 –
Resistência dos Materiais
Para não perder tempo com a resolução das reações de apoio, vamos
pegar os cálculos do exemplo numérico 2 do capítulo 11, que é igual a
este. Desta forma, temos que: AX = 5 kN, By = 51,25 kN, Ay = 93,75 kN.
Iremos aplicar o método das seções. Vamos fazer os cortes antes
e depois de apoio e antes e depois de força. O sinal das forças será
obtido conforme a Figura 12.5. Os cortes a serem realizados estão na
figura a seguir.
Figura 12.7 – Seções escolhidas
– 180 –
Forças internas
2 N: + 5,0 kN
2 V: + 93,75 kN
2 M: 93,75 . 0,0 = 0,0 kN.m
Seção 3: realiza o corte e olha para a esquerda.
Figura 12.9 – Esquema da seção 3
2 N: + 5,0 kN
2 V: + 93,75-100,00 = -6,25 kN
2 M: +(93,75 . 4,0)-(100 . 2,0) = 175,00 kN.m
– 181 –
Resistência dos Materiais
2 N: + 5,0 kN
2 V: + 93,75-100,00-30,00 = -36,25 kN
2 M: +(93,75 . 4,0)-(100 . 2,0)-(30,0 . 0,0) = 175,00 kN.m
Seção 5: realiza o corte e olha para a esquerda.
Figura 12.11 – Esquema da seção 5
2 N: + 5,0 kN
2 V: + 93,75-100,00-30,00 = -36,25 kN
2 M: +(93,75 . 5,0)-(100 . 3,0)-(30,0 . 1,0) = 138,75 kN.m
– 182 –
Forças internas
2 N: -15,0 kN
2 V: +15,0-51,25 = -36,25 kN
2 M: +51,25 . 2,0 = 102,50 kN.m
– 183 –
Resistência dos Materiais
2 N: -15,0 kN
2 V: -51,25 kN
2 M: +51,25 . 2,0 = 102,50 kN.m
Seção 9: realiza o corte e olha para a direita.
Figura 12.15 – Esquema da seção 9
2 N: -15,0 kN
2 V: -51,25 kN
2 M: 0,0 kN.m
– 184 –
Forças internas
– 185 –
Resistência dos Materiais
Atividades
1. Confeccione os diagramas de momento fletor, força normal e
cortante para a figura a seguir:
– 186 –
Gabarito
Resistência dos Materiais
1. Objetivos e aplicações de
Resistência dos Materiais
1. Resposta do aluno
2. Resposta do aluno
3. Resposta do aluno
4. Resposta do aluno
5. Resposta do aluno
3. Deformação
mm
1. ∆AC = 0,00578
∆AC = .
mm
mm
2. ε AB = 0,00251 .
mm
3. 4,383 mm.
4. 11,20 mm.
– 188 –
Gabarito
5. Flexão pura
1. σa = 382 MPa, σb = 270,1 MPa.
2. σ = 0,684 Mpa.
3. σ = 40 Mpa, M = 36,5 kN.m.
4. Mz = 14,15 kN.m, My = 4,08 kN.m.
6. Flexão composta
1. 1. 8,33 MPa.
2. 2. -14,81 MPa.
3. 3. 174,2 kN <= P <= 212 kN.
– 189 –
Resistência dos Materiais
9. Tensão de Cisalhamento
1. τ=
b τ=
c τ=
a 324, 2 MPa
2. P=3,70 kN
3. P = 168 kN
4. Abc = 1834,42 mm²; da = 41,85 mm e db = 29,59 mm
10. Flambagem
1. P = 64,6 kN.
2. P = 1,16 kN.
3. 9,46 kN/m
4. d = 40mm
– 190 –
Gabarito
– 191 –
Referências
Resistência dos Materiais
– 194 –
Referências
– 195 –
A Resistência dos Materiais é um ramo da mecânica que estuda as relações
entre as cargas externas aplicadas a um corpo deformável e a intensidade das
forças internas que atuam dentro do corpo. Este livro foi dividido de forma a
maximizar sua aprendizagem. Passaremos por conceitos básicos da disciplina,
como tensões de tração e compressão, deformação, propriedades mecânicas
dos materiais, flexão, flambagem e diversos outros. Os dois últimos capítulos
são dedicados a uma pequena revisão sobre os conceitos de isostática e
elaboração de diagramas de estado. Caso não se sinta seguro, sugiro que
comece por estes dois capítulos.