Funcoes Reais de Variavel Real

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS


Administração e Gestão Hospitalar
Matemática
4o Ano Semi-Presencial

FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

Nomes:
Celcio Bone Remisse

Quelimane, Maio de 2021


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS

.FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

Trabalho Científico de Carácter Avaliativo a


ser entregue Universidade Católica de
Moçambique na Faculdade de Ciências
Sociais e Politicas na Cadeira Matemática
leccionada pela:

Quelimane, Maio de 2021

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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
2. FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL...........................................................................5
2.1. Definições e propriedades elementares sobre funções reais de variável real......................5
2.2. Exemplos de funções...........................................................................................................8
2.2.1. Funções Polinomiais.........................................................................................................8
2.2.2. Funções Racionais..........................................................................................................10
2.2.3. Função Exponencial e Logarítmica................................................................................11
2.2.4. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas...................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................16

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Introdução

O presenta trabalho subordina-se ao tema: FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL. Dizer


que uma função é uma aplicação entre conjuntos. As funções descrevem fenómenos
numéricos e podem representar-se através de gráficos sobre eixos cartesianos. O gráfico de
uma função permite ver, muito facilmente, toda a sua evolução. Porém, por vezes, pode ser
mais cómodo trabalhar com a equação ou fórmula da função, já que com ela temos à nossa
disposição o conjunto de operações que devemos aplicar à variável independente,
normalmente representada por x, para obter a variável dependente, normalmente representada
por y. Podemos imaginar que uma função é uma máquina em que introduzimos um número x
do conjunto de partida, dela saindo o número f(x).

Quanto a metodologia dizer para concretização do presente trabalho recorreu-se a consulta de


livros, artigos que continham a informação do tema, pesquisa na internet, técnica de resumo e
digitação, assim como as pesquisas e bibliotecas com o intuito de trazer o essencial e
melhorar o desenvolvimento científico do trabalho. Esse método é uma revisão do estado da
arte do tema, o qual permite identificar como e onde eles estão disponíveis, no âmbito
académico-científico. Para organizar a pesquisa, buscou-se publicações em livros e artigos
científicos que abordam as temáticas principais de género.

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2. FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

Introdução ao estudo de funções reais de variável real: noções básicas e exemplos; funções
trigonométricas inversas.
Como este é um conteúdo com que todos os alunos já tiveram algum contato prévio, não serão
apresentados muitos exemplos para as noções mais elementares. Cada um destes posts baseia-
se no que aconteceu durante uma aula do curso, onde o tempo disponível obriga a algumas
opções na apresentação.

2.1. Definições e propriedades elementares sobre funções reais de variável real

Dados dois conjuntos e , dizemos que é uma função definida com valores de para
a toda a correspondência entre e que a cada elemento de faz corresponder um e um só
elemento de . Representamos esta correspondência por e também
escrevemos para indicar que ao elemento fazemos corresponder o
elemento .

Ao elemento chamamos objeto e ao elemento chamamos imagem de .


Ao conjunto chamamos domínio de (escrevemos ) e ao conjunto
chamamos conjunto de chegada de . Chamamos contradomínio de ao conjunto das
imagens (escrevemos ), ou seja, ao conjunto dos elementos que são imagem pela
função dos elementos do domínio, o qual é naturalmente subconjunto de e pode ser
representado por

Dizemos que é uma função real de variável real (frvr) quando e são subconjuntos
de .
De agora em diante, a menos que seja dito algo em contrário, consideraremos sempre funções
reais de variável real, que, para simplificar o texto, passaremos a tratar simplesmente por
funções.

Chamamos gráfico da função ao conjunto


.

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Dizemos que é uma função limitada se existe tal que , para todo
o . Por outras palavras, é uma função limitada se é um conjunto limitado. Também
dizemos que é uma função majorada/minorada se o for enquanto conjunto.
De modo análogo, ao supremo/ ínfimo /máximo/ mínimo do conjunto chamamos supremo/
ínfimo/ máximo/ mínimo de , sempre que existirem.
Exemplo:

Exemplo:
A função , com tem contradomínio . É uma função
minorada, tem mínimo , mas não é uma função majorada, pelo que não é, então, uma função
limitada.

Dizemos que uma função


 é crescente se sempre que tivermos ;
 é decrescente se sempre que tivermos ;
 é estritamente crescente se sempre que tivermos ;
 é estritamente decrescente se sempre que tivermos ;
 é monótona se é crescente ou decrescente;
 é estritamente monótona se é estritamente crescente ou estritamente decrescente.
Exemplo: A função é estritamente decrescente no intervalo e
estritamente crescente no intervalo . A sua representação gráfica torna mais intuitiva
a descrição da monotonia da função:

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Dizemos que uma função
 é par se para todo o ;
 é ímpar se para todo o .
O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas, enquanto que o
gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem.

Exemplo: A função é uma função par, pois

O seu gráfico é simétrico em relação ao eixo das ordenadas. Por outro lado, a
função é uma função ímpar, pois


Dizemos que uma função é uma função periódica de período se
para todo o .
O gráfico de uma função periódica de período repete-se de em unidades do eixo das
abcissas, associado aos objetos da função.
Exemplo: A função é periódica de período , pois para qualquer ,

Veremos adiante mais algumas informações sobre esta função.


Dada uma função , aos elementos tais que
chamamos zeros de .
Os zeros são as abcissas dos pontos de intersecção do gráfico da função com o eixo
.Exemplo: Determinemos os zeros da função :

O conjunto dos zeros de é .

Dizemos que uma função

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 é injetiva se para todo o tais que tivermos ;
 é sobrejetiva se para todo o existe tal que ;
 é bijetiva se for injetiva e sobrejetiva.
Uma função é injetiva se o seu gráfico interseta qualquer reta horizontal, no máximo, uma
vez.
Exemplo:

Exemplo: A função não é injetiva pois , por exemplo . Repare-


se que conseguimos facilmente traçar uma reta horizontal que intersete o gráfico da função
em dois pontos distintos. A função que resulta da restrição de ao intervalo
é injetiva.
[Definimos a restrição de a , a qual representamos por , à função de em tal

que para cada .]


Sejam e duas funções tais que .
Definimos a função composta de com , a função designada por , cujo domínio
é e para cada , .

Dada uma função injetiva , definimos a função inversa de , como


sendo tal que para todo o ;
assim, . Representaremos a função inversa de por .
Por exemplo, a função inversa de é .
O gráfico de resulta do gráfico de fazendo uma simetria em relação à reta .

2.2. Exemplos de funções

2.2.1. Funções Polinomiais

Dizemos que uma função é polinomial de grau n se tem a forma

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onde são constantes reais, chamadas coeficientes.
Em particular, se uma função polinomial tem grau zero, um, dois ou três, é chamada
de função constante, afim, quadrática ou cúbica, respetivamente. Vejamos os seguintes
exemplos:
Função constante ( )

O seu gráfico é uma reta paralela ao eixo das abcissas e que contém o ponto (0, ).

Função afim ( )

O seu gráfico é uma reta que interseta o eixo das ordenadas (eixo ) no ponto e tem
declive .

Função quadrática ( )

O seu gráfico é uma parábola de eixo vertical e concavidade voltada para cima se , ou
concavidade voltada para baixo se ; a parábola interseta o eixo das abcissas nos zeros
da função.

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2.2.2. Funções Racionais

Dizemos que uma função real de variável real é racional se pode ser escrita na forma

onde e são polinómios em . O domínio de uma função racional com esta forma é
o conjunto de todos os números reais, excepto aqueles para os quais se tem .

Exemplo: .
O seu domínio é .
Uma representação do seu gráfico é

Exemplo: , com .

O seu domínio é . Seguem-se representações dos seu gráficos:

2.2.3. Função Exponencial e Logarítmica

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Seja $latex a\in{\mathbb R}^+\setminus\{1\}. Chamamos função exponencial de base à
função real de variável real

O seu domínio é e o contradomínio é . A função é injetiva e sua monotonia depende do


valor de . Em particular, se a função é estritamente crescente, enquanto que
se a função é estritamente decrescente.

Exemplo: Representações dos gráficos de algumas funções exponenciais com base maior que
1:

Não confundir com . [Exercício: Comparar os gráficos de


e .]
Exemplo: Representações dos gráficos de algumas funções exponenciais com base menor que
1:

Exemplo: Representações dos gráficos das funções exponenciais de base e :

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Recordemos algumas propriedades das potências de números reais. Sejam
e .

1. Exemplo: .

2. Exemplo: .

3. Exemplo: .

4. Exemplo: .

5. Exemplo: .

6. Exemplo: .

7. Exemplo: .

8. Exemplo: .

Como qualquer função exponencial de base é injetiva, admite função
inversa. Seja , chamamos função logarítmica de base à função real de variável
real
.

O domínio é e o contradomínio é , sendo que tem um zero em . A função é injetiva


e o seu gráfico depende do valor de .

Exemplo: Função logarítmica com base maior que 1.

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Em particular, quando , chamamos logaritmo Neperiano ao logaritmo de base e
representa-se usualmente por . Temos se e só se . No caso de a base ser 10
representa-se simplesmente por .
É necessário, no entanto, ter algum cuidado com a notação, pois alguma bibliografia opta
por para representar o logaritmo Neperiano.

Exemplo: Representações dos gráficos de e .

Exemplo: Função logarítmica com base menor que 1.

Temos que se e só se , ou seja, a função logarítmica de base é a inversa


da função exponencial de base .
De acordo com o que foi dito atrás sobre a função inversa, o gráfico de
obtém-se fazendo uma simetria do gráfico de em relação à reta .

Vejamos agora algumas propriedades bastante interesantes dos logaritmos. Sejam


, e .

1.

2.

3. para todo o

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4. (mudança de base)

5. e

2.2.4. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas

Seno e arco seno


Consideremos a função seno dada por , . O seu domínio é e tem
contradomínio . Trata-se de uma função ímpar, já que .
Uma representação do seu gráfico é

A função seno – GeoGebra Folha Gráfica Dinâmica

Seja e consideremos a restrição da função seno a este intervalo, , a qual


designamos por restrição principal. A função é injetiva, pelo que podemos tomar a sua
função inversa arco seno:
função essa que a cada faz corresponder o arco cujo seno é , tem por domínio e

contradomínio . Uma representação do seu gráfico é

Para cada temos .

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A função arco seno – GeoGebra Folha Gráfica Dinâmica

Note-se que a escolha do intervalo é uma mera convenção e não resulta de


qualquer cálculo.

Bibliografia

https://calcubi.wordpress.com/2013/10/16/aula-3-introducao-as-funcoes-reais-de-variavel-
real/ acessado aos 10 de Maio de 2021 as 11h: 25m

Pereira , Rossana M.M. Sodré, Ulysses. Matemática Essencial Ensino Fundamental, Médio
e Superior no Brasil

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