Trabalho de Economia - 074526
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MARINHOS
REGÊNCIA DE AQUICULTURA
4ºANO/2023
Docente As Estudantes
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Hedita Maria
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
2. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 8
3. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 9
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a aquicultura vem se destacando como uma atividade competitiva e
sustentável na produção de alimentos saudáveis, apresentando contribuição relevante para geração
de emprego e renda, bem como redução da pobreza e da fome em várias partes do mundo. Os
impactos econômicos e sociais gerados pelas atividades aquícolas foram tão abrangentes que essa
experiência passou a ser chamada, a “revolução azul”, em alusão à experiência com a “revolução
verde”, que proporcionou grandes transformações na atividade agropecuária e no modo de vida das
pessoas a partir da década de 1950. Desde o final dos anos 1980 a actividade da pesca estabilizou
a produção em 80 milhões de toneladas/ano, enquanto a aquicultura mais do que triplicou a
produção de peixes. A rápida expansão da aquicultura observada a partir da década de 1980 foi
baseada na introdução de novas técnicas de produção, com custos acessíveis e ganhos significativos
de produtividade e qualidade na produção de proteína animal. Com tais ganhos de competitividade
sustentando as expectativas otimistas para manutenção da tendência de alta da produção nas
próximas décadas, por meio de novas unidades intensivas e ampliação das áreas de produção em
terra e no mar. Apesar da liderança destacada da China e países asiáticos nesse período, a expansão
da aquicultura foi generalizada por todos os continentes (Pereira, 2019).
Dessa forma, deve-se ressaltar a importância crescente da aquicultura para a segurança alimentar
mundial, em função da capacidade para produzir alimentos saudáveis em escala mundial, de forma
competitiva e sustentável, podendo-se dizer que a expansão da aquicultura é uma alternativa eficaz
para enfrentar os impactos das mudanças climáticas sobre a agricultura e a pecuária nas próximas
décadas.
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1.1.Sustentabilidade Económica
A produção deve ser entendida como um processo amplo, que envolve todo um conjunto de
elementos que se inter-relacionam formando uma rede complexa. Esta é chamada cadeia produtiva.
Nas Figuras 1 a 3 foi representada a cadeia produtiva da aquicultura. Observa-se que ela envolve
elementos de diferentes áreas do conhecimento. Se qualquer um dos elos da cadeia for fraco a
atividade será fraca. Para se obter sustentabilidade econômica, deve-se fortalecer toda a cadeia
produtiva. Cada país, e mesmo dentro do mesmo país, cada setor apresenta cadeia produtiva com
características próprias. No entanto, a Transferência de Tecnologia e o Treinamento de Pessoal são,
com frequência, elementos fracos da cadeia produtiva da aquicultura, que dificultam o
desenvolvimento da atividade. Em alguns países, o Crédito é fácil, enquanto que em outros, há
disponibilidade de recursos, mas questões burocráticas impedem que o dinheiro cheque ao
produtor. De um modo geral, há maior restrição por parte dos gerentes de bancos para conceder
empréstimos para aquicultura porque esta é uma atividade mais recente e pouco conhecida. Outro
problema crucial é a falta de estratégias de marketing. Frequentemente, o produtor rural não se
preocupa com o mercado alvo, nem com a qualidade do seu produto.
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Trata-se de uma atividade que proporciona benefícios ambientais relevantes, à medida que pode
ser praticada em pequenas áreas, reduzindo-se, assim, o número de hectares para produção de uma
maior quantidade de proteínas, contribuindo, portanto, para a redução da pressão antrópica sobre
as florestas. Um novo modelo capaz de promover o aumento da produção, com competitividade e
sustentabilidade, fundamentado em planos ambientais e certificações para orientar a localização e
parâmetros técnicos das unidades de produção. O potencial de crescimento da aquicultura em todo
o mundo é realmente muito significativo, à medida que a actividade pode ser praticada nos oceanos,
os quais, apesar de representarem uma área equivalente a 70% da superfície do planeta, respondem
por apenas.
Em 2016, a produção aquícola registou nas diferentes províncias uma produção total de 655
toneladas de tilápia, tendo‐se verificado maior produção na província do Uíge 420 Toneladas, cerca
de 64% da produçãototalregistadaem2016.São cerca de 11 províncias que se dedicam em
aquicultura, tais como:Luanda;Bengo;Kwanza Sul;Malanje;Lunda Sul; Kwanza Norte; Lunda
Norte;Cunene ;Huíla;Zaire; Uíge; Bie ; Kuando Kubango ,Huambo e Benguela. Para estas
províncias, o impacto económico tem sido evidente, quer na saúde e educação no seio das famílias.
Segundo a FAO (2006, 2009), de maneira geral, as tendências e perspectivas para a evolução da
aquicultura global podem ser enumeradas em seis tópicos:
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➢ Continuada diversificação do uso de espécies;
1.3.Sustentabilidade Social
A aquicultura pode ser uma alavanca de desenvolvimento social, mas pode gerar impactos sociais
negativos se não houver harmonia com as comunidades locais. Os principais são: o deslocamento
ou eliminação de área extrativista, comprometendo o trabalho de comunidades locais; o desrespeito
à propriedade comum e a descaracterização da cultura das comunidades locais. Por outro lado, os
recursos naturais podem ser aproveitados de forma efectiva, com a geração de renda, criação de
postos de trabalho assalariado e/ou autoemprego (BELTRAME, 2003)
Se esta economia somada ao aumento de produtividade compensar os gastos com a mão de obra
adicional, temos um sistema mais sustentável sob o ponto de vista social, sem reduzir o lucro.
O desemprego tem sido um sério problema na maioria dos países do mundo. Portanto, está na
hora de mudar o paradigma da tecnologia e desenvolver técnicas que aumentam a eficiência, não
com máquinas ou automação, mas com uso de trabalho humano (ASCHE, 2004 ).
Dado que a sobrepesca dos nossos oceanos e outros recursos naturais aumenta continuamente de
ano para ano, os seres humanos necessitam de fontes alternativas de produtos do mar para alimentar
a população sempre crescente do planeta. Infelizmente, os dias de produtividade natural dos
oceanos para o planeta acabaram. Os peixes selvagens têm sido explorados há gerações. Alguns
estimam que a captura anual de proteínas marinhas comestíveis já ultrapassou o seu pico. Os
oceanos não podem naturalmente satisfazer a procura de produtos do mar. A aquicultura é o
instrumento para preencher a lacuna da oferta de produtos do mar. A criação de peixes de forma
responsável e sustentável é a solução para proporcionar às gerações futuras o acesso a opções
proteicas saudáveis e respeitadoras do ambiente (AUGUSTO, 2011).
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A aquicultura tem emissões de gases com efeito de estufa inferiores às de outros tipos de criação.
Com uma previsão de 10 mil milhões de pessoas a viver no planeta até 2050, a procura de proteínas
animais aumentará em 52%. As abordagens sustentáveis e saudáveis para alimentar o mundo são
mais críticas do que nunca. A fim de alimentar de forma sustentável a crescente população mundial
com uma proteína magra e saudável, o papel da aquicultura é da maior importância (ANA, 2007).
Os sistemas aquícolas vão desde os muito extensivos, passando pelos semi-intensivos e altamente
intensivos, até aos hiperintensivos.
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1.6.Vantagens e Desvantagens da Aquicultura
Vantagens:
Fonte de rendimento – criação de empregos: o processo exige poder humano e, por conseguinte,
dá oportunidades de emprego. Para os produtores, por outro lado, isto serve como fonte de
rendimento, uma vez que os produtos do mar são muito procurados comercialmente e entregues
não só localmente, mas também a outros países (ANA, 2007).
Pode reduzir as pressões sobre as populações locais: a gestão da biomassa tornou-se mais crítica
do que nunca em certas zonas do mar. Alguns habitats foram pescados até à extinção em 90% e
não recuperaram em mais de uma década de gestão sem intervenção (ASCHE, 2004 ).
Ajuda aos problemas de resíduos: Os apoiantes desta prática afirmam que a recirculação dos
sistemas de aquacultura é também uma grande ajuda na redução, reutilização e reciclagem de
resíduos saudáveis não só para as espécies de peixe cultivadas, mas também para o ambiente (Rana,
2000).
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Desvantagens:
Propagação de Espécies Invasora: Apesar das boas intenções de cultivar peixes para consumo e
aumentar a população de peixes, também pode levar ao aumento da população de espécies
invasoras que são prejudiciais para as outras espécies marinhas, porque retiram o abastecimento
alimentar aos peixes em estado selvagem.
Ameaça aos Ecossistemas Costeiros: os opositores à prática da aquacultura argumentam que este
método não contribui para a reciclagem dos resíduos, mas que, pelo contrário, é a sua causa. Um
exemplo é o cultivo do salmão, que é feito em águas costeiras imaculadas.
Contaminam a água e ameaçam a saúde: as pessoas que não são a favor da aquicultura e do
consumo de peixe capturado com este método dizem que, uma vez que as pisciculturas podem ser
construídas basicamente em qualquer corpo de água, as hipóteses de contaminação da água são
maiores, uma vez que os produtos residuais do peixe podem ficar na água que, por vezes, é utilizada
para beber pelas pessoas das comunidades pobres.
Impacto na população de peixes selvagens: Pode resultar numa diminuição da oferta de peixes
selvagens que pode afetar a população, bem como a continuidade da vida marinha.
Impacto sobre o ambiente: Com a destruição dos mangais, não haverá amortecedores para os
efeitos das catástrofes naturais. Se isso acontecer, a destruição de propriedades e a perda de vidas
podem ocorrer durante ciclones e furacões.
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2. CONCLUSÃO
A aquicultura sustentável pode ser definida como a produção lucrativa de organismos aquáticos,
mantendo uma interação harmônica duradoura com os ecossistemas e as comunidades locais. Deve
ser produtiva e lucrativa, mesmo incluindo as externalidades nos custos de produção.
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3. REFERÊNCIAS
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