Indústria 4.0

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 34

Indústria 4.

0: o que é,
consequências,
impactos positivos e
negativos [Guia
Completo]
11 de novembro de 2020, 10:00

FIA
A Indústria 4.0 nos mostra que é um grande erro pensar que a
tecnologia já evoluiu ao nível máximo na indústria.

O termo é utilizado para caracterizar a utilização do que há de mais


moderno para produzir bens de consumo: big data, internet das
coisas, inteligência artificial e muito mais.

Em suma, é a continuação do aperfeiçoamento das máquinas, um


processo que começou na primeira Revolução Industrial e nunca
mais parou.

Neste artigo, trataremos de explorar a fundo o mundo da indústria


4.0 e seus impactos na vida de todos nós. Partindo do ponto de
vista de que o avanço da tecnologia é inevitável e, por isso, não
deveria ser encarado como uma coisa ruim.

Em vez disso, devemos buscar compreender o momento e, a partir


daí, melhor aproveitar os impactos positivos e minimizar os
negativos.

Gestão de Negócios para Indústria 4.0


A Indústria 4.0 é uma realidade e quem não se adaptar vai ficar para
trás.
Faça a pós-graduação da FIA Online.
Quero saber mais!Esse conhecimento é importante
principalmente para gestores e empreendedores.

Afinal, na maioria das vezes, eles são os responsáveis por


implementar as novidades na prática. Seja na sua linha de
produção, nos processos internos de sua empresa ou nos produtos
e serviços que comercializa.

A partir de agora, você vai ver:

o O que é a Indústria 4.0?


o Agenda brasileira para a Indústria 4.0
o Os principais números da indústria 4.0 no Brasil
o Princípios da Indústria 4.0
o As 10 tecnologias essenciais da Indústria 4.0
o Impactos positivos da Indústria 4.0
o Impactos negativos da Indústria 4.0
o O mercado de trabalho na era da Indústria 4.0
o Principais desafios da Indústria 4.0
o Principais mudanças nas empresas
o Como as empresas podem se preparar melhor para a
indústria 4.0?
o Quais cursos fazer para ficar atualizado?

Boa leitura!

O que é a Indústria 4.0?


A indústria 4.0 traz um salto tecnológico que eleva a automação à
máxima potência

Indústria 4.0 é um conceito que engloba automação e tecnologia


da informação, além das principais inovações tecnológicas desses
campos.

Tudo isso aplicado à manufatura – entendendo o termo como


sendo a transformação de matérias-primas em produtos de valor
agregado.
Pois manufatura, junção das palavras “mão” e “acabamento” em
latim, designava um trabalho artesanal, feito à mão.

O que acontece é que a indústria é incompatível com a ideia de


fazer as coisas de forma manual.

Você pode estar pensando “ok, mas qual a novidade disso?”.

De fato, já faz muito tempo que as mãos dos operários têm


sido substituídas pelas máquinas.

Mesmo assim, continuamos avançando na automação, que é a


capacidade dessas máquinas trabalharem sem nenhum operador
humano no comando.

A robótica, com sistemas previamente programados para que os


equipamentos desempenhem determinadas funções sozinhos,
também não é muito recente.

O que a indústria 4.0 traz é o salto tecnológico de elevar essa


automação à máxima potência, permitindo aos robôs
desempenharem funções cada vez mais complexas.

E não estamos falando apenas do operacional, como soldar duas


placas de aço, mas também de tarefas que pensávamos serem
exclusivas de nosso intelecto.

São algoritmos que fazem as máquinas analisarem dados em uma


velocidade que um humano não conseguiria em uma vida inteira.

No final, podemos dizer que a indústria 4.0 é a realidade na qual a


tecnologia industrial está cada vez mais eficiente: mais
inteligente, mais rápida e mais precisa.

E independente.

Em resumo, o que é a Quarta Revolução


Industrial?
Em resumo, o que é a Quarta Revolução Industrial?

A indústria 4.0 também é frequentemente chamada de Quarta


Revolução Industrial. Por que esse nome?

Primeiro, entenda que a palavra “revolução” caracteriza fenômenos


em que há uma transformação radical em uma sociedade.

Então, não é qualquer novidade no processo de um fabricante que


desencadeia uma revolução industrial, e sim uma tendência
tecnológica que impacta a produção a nível mundial.
Ela não ocorre da noite para o dia. Demora décadas para se
consolidar e para ser reconhecida como revolução.

Já se fala em automação e internet das coisas, por exemplo, há


mais tempo do que se fala em Quarta Revolução Industrial e
indústria 4.0.

A primeira aconteceu em meados do século 18, com o surgimento


das máquinas a vapor e ferrovias, substituindo o uso de
animais para gerar força.

Entre o final do século 19 e início do 20, desenvolveu-se a Segunda


Revolução Industrial, com a energia elétrica e a linha de produção
criada por Henry Ford, possibilitando a produção em larga escala.

A terceira chegou junto com a informática, internet, computadores


pessoais e toda a gama de plataformas digitais que modernizou o
trabalho em fábricas e escritórios.

Em cada uma dessas revoluções, as máquinas passaram a disputar


ou roubar o protagonismo do homem em várias funções.

E é o que acontece hoje também, mas vamos retomar esse assunto


mais adiante.

Agenda brasileira para a Indústria 4.0


Como a maioria dos elementos da Quarta Revolução Industrial já
estão presentes no mercado e têm o potencial de elevar a
lucratividade, diversos países têm incentivado o
desenvolvimento da indústria 4.0 em seu território.

Para tanto, é necessário que estabeleçam objetivos e tracem


planos para impulsionar e favorecer a modernização de suas
fábricas, começando por um mapeamento para saber em que fase
elas se encontram.
No Brasil, esse processo começou em junho de 2017, quando
associações, governo e indústrias se uniram para formar o Grupo
de Trabalho para a Indústria 4.0 (GTI 4.0).

Integrando mais de 50 entidades representativas, o GTI 4.0 nasceu


com a missão de elaborar uma proposta de agenda nacional para o
tema.

Para tanto, foram definidas quatro premissas, citadas no site


oficial com informações do Grupo:

o Fomentar iniciativas que facilitem e habilitem o investimento


privado, haja vista a nova realidade fiscal do país
o Propor agenda centrada no industrial/empresário,
conectando instrumentos de apoio existentes, permitindo
uma maior racionalização e uso efetivo, facilitando o acesso
dos demandantes, levando o maior volume possível de
recursos para a “ponta”
o Testar, avaliar, debater e construir consensos por meio da
validação de projetos-piloto, medidas experimentais,
operando com neutralidade tecnológica
o Equilibrar medidas de apoio para pequenas e médias
empresas com grandes companhias.

Após nove meses de debates, o GTI 4.0 finalizou a Agenda


Brasileira para a Indústria 4.0, lançada pelo Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em parceria com a Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

A ideia é oferecer condições para que os empresários dispostos


alcancem a transformação digital, aumentando a competitividade
da indústria nacional.

As 8 etapas da Agenda brasileira para a


Indústria 4.0
Inicialmente, a jornada para atualização do setor produtivo no país
deve seguir por oito etapas principais:
1. Sensibilização – consiste na difusão do conhecimento sobre
o tema, a fim de conscientizar os empresários sobre a
necessidade de modernização
2. Avaliação e oportunidades de negócios – a ideia é oferecer
uma plataforma que permita ao industrial avaliar dimensões
tecnológicas, operacionais, organizacionais e estratégicas
para saber quais os primeiros passos rumo à transformação
digital
3. Fábricas do futuro – são ambientes reais para testes de
soluções inovadoras (ou testbeds) que ficarão disponíveis
para as indústrias que desejarem se arriscar, testando
tecnologias inovadoras
4. Conexão entre startups e indústrias – através do programa
Startup Indústria 4.0, desenvolvido pela ABDI, empresas
nascentes recebem investimentos para criar soluções para as
indústrias brasileiras. Também são promovidas mudanças
culturais rumo à transformação digital
5. Financiamento – descreve as linhas de crédito especiais,
pensadas para a modernização das plantas produtivas,
produção de máquinas ou sistemas. BNDES e FINEP são
exemplos de programas e instituições participantes dessa
iniciativa
6. Mercado de trabalho – para suprir a necessidade por mão
de obra qualificada, a Agenda prevê a formação inicial de 1,5
mil professores de educação profissional e tecnológica em
indústria 4.0, além da capacitação de 10 mil alunos da rede
federal de educação profissional e tecnológica
7. Comércio internacional – engloba a inclusão do tema
indústria 4.0 em todos os acordos comerciais dos quais o
Brasil faz parte e a redução ou dispensa de impostos para
facilitar a entrada de novas tecnologias desse universo, como
robôs industriais e impressoras 3D
8. Revisão de normas – aprovação e atualização de normas
nacionais para acelerar a robotização, modernização e
digitalização do parque industrial, além de dispositivos que
aumentem a segurança jurídica no mundo digital.
Como está a Indústria 4.0 hoje no Brasil?
Algumas empresas nacionais estão iniciando a jornada rumo à
transformação digital, no entanto, o setor ainda
engatinha quando comparado a países desenvolvidos.

Dentre os principais esforços para agilizar as mudanças está a


criação de um centro de estudos e pesquisa voltado para a
indústria 4.0, com o propósito de preparar as empresas para as
inovações necessárias.

Chamado C4IR Brasil, o local deveria começar a funcionar ainda no


primeiro semestre de 2020, em São Paulo/SP, segundo aponta esta
matéria.

No entanto, dificuldades relativas à pandemia pelo coronavírus e


decorrente isolamento social parecem ter atrasado o projeto.

Contudo, algumas medidas da Agenda Brasileira para a Indústria


4.0 seguem sendo implementadas, a exemplo da conexão
entre startups e indústrias.

Inclusive, esse trabalho conjunto tem auxiliado no combate à


propagação do coronavírus desde março de 2020.

Em Belo Horizonte/MG, a startup 3DLopes auxiliou o Hospital das


Clínicas de BH, produzindo máscaras transparentes de proteção
para as equipes de saúde em tempo recorde, graças a tecnologias
como a impressão 3D.

Embora a gravidade das complicações dessa emergência de saúde


pública tenha favorecido alguns progressos, há cinco desafios a
serem superados pela indústria nacional: segurança, falta de
habilidade, tecnologias legadas, Inteligência Artificial (IA) e
conectividade.

Os principais números da indústria 4.0


no Brasil
Os números relativos a esse assunto evidenciam a importância da
indústria 4.0 para garantir a produtividade, competitividade e
diminuir gastos do setor no Brasil.

De acordo com levantamento da ABDI, uma vez que a nova forma


de produzir esteja implementada, a estimativa é que haja redução
nos custos industriais de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano.

Desse total, R$ 34 bilhões/ano viriam dos ganhos de eficiência, R$


31 bilhões/ano da redução nos custos de manutenção de
máquinas e R$ 7 bilhões/ano da redução no consumo de energia.

Essa economia e aumento na eficiência dos processos de


produção têm o potencial de mudar o quadro do país no cenário
internacional, melhorando nossa posição no ranking global de
competitividade.

Divulgado em outubro de 2019, relatório do Fórum Econômico


Mundial colocou o Brasil na 71ª posição, num total de 141 países
avaliados.

Mais específico, o Índice Global de Competitividade da Manufatura


mostrou que, entre 2010 e 2016, o país despencou da 5ª para a 29ª
posição.

No mesmo período, a produtividade da indústria brasileira caiu


mais de 7%, e sua participação passou a representar menos de
10% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme levantamento da
Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Princípios da Indústria 4.0


Seis princípios caracterizam o termo Indústria 4.0

O termo indústria 4.0 surgiu de um projeto de um grupo de


trabalho presidido Siegfried Dais e Henning Kagermann.

Em 2012, eles apresentaram um relatório de recomendações para


o governo alemão, planejando a implementação e
desenvolvimento do que chamaram de indústria 4.0.
Segundo eles, seis princípios caracterizam o projeto. São os
seguintes:

1. Tempo real: a capacidade de coletar e tratar dados de forma


instantânea, permitindo uma tomada de decisão qualificada
em tempo real
2. Virtualização: é a proposta de uma cópia virtual das fábricas
inteligentes, graças a sensores espalhados em toda a planta.
Assim, é possível rastrear e monitorar de forma remota todos
os seus processos
3. Descentralização: é a ideia da própria máquina ser
responsável pela tomada de decisão, por conta da sua
capacidade de se autoajustar, avaliar as necessidades da
fábrica em tempo real e fornecer informações sobre seus
ciclos de trabalho
4. Orientação a serviços: é um conceito em que softwares são
orientados a disponibilizarem soluções como serviços,
conectados com toda a indústria
5. Modularidade: permite que módulos sejam acoplados e
desacoplados segundo a demanda da fábrica, oferecendo
grande flexibilidade na alteração de tarefas
6. Interoperabilidade: pega emprestado o conceito de internet
das coisas, em que as máquinas e sistemas possam se
comunicar entre si.

Pilares da indústria 4.0


Os pilares que listamos acima se manifestam na prática graças a
uma série de avanços tecnológicos que surgiram nas últimas
décadas.

É por esse conjunto de inovações que podemos chamar a indústria


4.0 de Quarta Revolução Industrial, como falamos antes.

Cada conceito tem suas particularidades, mas todos têm em


comum o objetivo de tornar as máquinas mais eficientes.
Abaixo, listamos algumas das tecnologias que podemos considerar
os pilares disso tudo.

As 10 tecnologias essenciais da
Indústria 4.0

As 10 tecnologias essenciais da Indústria 4.0


Partindo dos princípios listados acima, ferramentas e sistemas
incorporam a dinâmica da indústria 4.0.

Seu propósito maior é tornar as máquinas mais eficientes e os


processos produtivos mais enxutos, encurtando o tempo e os
recursos necessários para produzir com qualidade.

A seguir, conheça 10 das tecnologias que estão viabilizando a


quarta revolução industrial.

Internet das Coisas


A internet das coisas, também conhecida pela sigla IoT (de Internet
of Things), é um conceito que trata da conexão de aparelhos físicos
à rede.

Não se trata de ter mais dispositivos para acessar a internet, mas


sim a hiperconectividade ajudando a melhorar o uso dos objetos.

Isso acontece dentro das residências (televisão, ar condicionado,


geladeira e campainha conectados, por exemplo).

Mas também nas indústrias, com máquinas gerando relatórios


instantâneos de produção para o software de gestão na nuvem.

Essa possibilidade é uma das bases da indústria 4.0.

Big Data
Big Data é o termo utilizado para se referir à nossa realidade
tecnológica atual, em que uma quantidade imensa de dados é
coletada e armazenada diariamente na rede.

Também é um conceito-chave para a Quarta Revolução Industrial,


porque são esses dados que permitem às máquinas trabalharem
com maior eficiência.

Eis aqui uma questão que um filósofo julgaria um paradoxo: são


desenvolvidos algoritmos que permitem aos robôs tratarem e
aproveitarem grande parte desses dados.
Afinal, os humanos não têm a capacidade de fazer isso por conta
própria.

A ironia é que esses algoritmos são criados por cientistas da


computação, que são seres humanos.

Inteligência artificial
Com o big data (coleta, armazenamento e tratamento de dados) e
da internet das coisas (conexão entre máquinas e sistemas), uma
fábrica tem as ferramentas básicas para entrar na Quarta
Revolução Industrial.

Para uma atuação realmente inovadora, no entanto, falta


a inteligência artificial (IA), que é o que permite a tomada de
decisão da máquina sem a interferência humana.

Essa é uma questão bastante polêmica e temida por muitos que


tentam enxergar o futuro da IA a longo prazo, tema que
abordaremos mais adiante.

Segurança
A segurança do trabalho está longe de ser uma questão nova.

Está entre as maiores preocupações de grandes empresas, que


dedicam diretorias inteiras para cuidar da área.

O problema é que quase todo o conhecimento acumulado ao


longo de décadas sobre o assunto foca no comportamento
humano.

Com fábricas cada vez mais automatizadas e máquinas


inteligentes, o viés da segurança do trabalho muda um pouco.

A preocupação passa a ser menos manuais de conduta e


mais robustez nos sistemas de informação e prevenção de
problemas na comunicação entre as máquinas.
Computação em nuvem
Na computação em nuvem, os sistemas são armazenados
em servidores compartilhados e interligados pela internet, de
modo que possam ser acessados em qualquer lugar do mundo.

No contexto da indústria 4.0, isso permite ultrapassar os limites


dos servidores da empresa e ampliar as possibilidades de
conectividade entre sistemas.

Tudo isso com menos custo e de forma mais ágil e eficiente que o
modelo antigo.

Cobots
O futuro, sob muitos ângulos, é colaborativo, e os cobots são prova
dessa tendência.

Seu nome vem de uma junção entre “collaborative” e “robot”,


formando uma explicação simples e clara sobre a função dessas
máquinas.

Elas servem para desempenhar tarefas difíceis, repetitivas ou


que demandam grande esforço, com a vantagem de serem
capazes de trabalhar lado a lado com humanos.

Esse é um grande diferencial, uma vez que a maioria das linhas de


montagem que contam com robôs acabam restringindo o acesso
de pessoas, pois as máquinas representam riscos à sua integridade
física.

Por não dispor de inteligência ou bom senso, robôs comuns


podem acabar ferindo trabalhadores desavisados que interfiram
em suas atividades.

Já os cobots são dotados de sensores que paralisam qualquer


movimento antes que prejudiquem uma pessoa, além de permitir
que o empregado os controle temporariamente para os tirar do
caminho, por exemplo.
Digital Twin
Emprestado do inglês, o termo já conta com tradução e utilização
por parte de empresas nacionais.

Gêmeos digitais são modelos replicados que existem virtualmente


e são dinâmicos, permitindo simulações e coleta de dados para
facilitar a manutenção preventiva.

Ou seja, essa tecnologia serve para monitorar equipamentos e


sistemas, rastreando falhas e prevenindo pequenos ou grandes
eventos, desde a quebra de um acessório até um acidente com
vítimas.

Um exemplo do uso de digital twins são motores de avião


produzidos pela GE Aviation, que possuem uma série de sensores
que geram dados, em tempo real, sobre sua performance.

Eles contam com gêmeos digitais que possibilitam monitorar suas


condições, mesmo a distância, prezando pelo bom funcionamento,
prevenção de falhas e segurança.

Manufatura Aditiva
Corresponde a uma das principais tecnologias de impressão 3D,
através da qual um objeto é fabricado a partir da adição de
camadas finas, uma sobre a outra.

A manufatura aditiva auxilia tanto na visualização de moldes


odontológicos, por exemplo, quanto na produção de itens que
serão utilizados pelo usuário final.

Peças pequenas e grandes, prédios e até órgãos humanos já foram


impressos com sucesso por meio do processo, que tem sido
adaptado para atender a diferentes finalidades.

Como a impressão 3D se baseia em protótipos detalhados,


construídos em softwares específicos, ela confere não apenas
agilidade, mas também personalização aos itens.
Em um futuro próximo, indústrias podem pedir instruções ao
cliente e fabricar produtos com as características que eles desejam,
melhorando toda a experiência de compra e uso.

Biologia Sintética
Segundo a definição do GTI 4.0, biologia sintética:

“É a convergência de novos desenvolvimentos tecnológicos nas áreas


de química, biologia, ciência da computação e engenharia, permitindo
o projeto e construção de novas partes biológicas tais como
enzimas, células, circuitos genéticos e redesenho de sistemas
biológicos existentes.”

Bioquímica, engenharia genética e bioinformática são as disciplinas


que viabilizam a criação de partes ou organismos artificiais, que
poderiam atender à medicina ao combater doenças hoje
incuráveis.

Sistemas Cyber Físicos (CPS)


Essencial para a integração entre máquinas e sistemas na
indústria 4.0, o CPS faz a ligação entre os sistemas e a parte
mecânica da fábrica.

Por meio de sensores, informações obtidas por softwares são


encaminhadas, armazenadas e podem gerar insights a respeito do
funcionamento das máquinas, dando suporte na manutenção
preditiva.

Outra vantagem é o envio de alertas e a composição de relatórios,


além de dar base à interação entre o mundo físico e o virtual,
como observa, em artigo, a especialista Gabriela Pederneiras:

“Um segundo passo seria interligar internet das coisas nessa operação
para programar a ‘conversa’ entre máquinas e softwares. Assim,
quando um equipamento emite uma informação, o outro poderá dar
uma resposta condizente. Por exemplo: quando um pedido é
adicionado em um software, a máquina já começa sua produção, sem
para isso precisar de um comando humano.”

Impactos Positivos da Indústria 4.0

A indústria 4.0 traz benefícios para os gestores, mas também para


o público consumidor

Para enxergar todos os benefícios da indústria 4.0, o gestor precisa


ter uma visão estratégica dos negócios.
Investindo na modernização dos processos industriais, ele terá
uma grande redução nos custos de produção.

Mas é claro que, antes de entrar com tudo na Quarta Revolução


Industrial, é necessário um detalhado planejamento.

Mudam todos os processos e também o organograma da


companhia.

Uma oportunidade para ter menos profissionais com função


operacional e mais com incumbências estratégicas (o que pode ser
um desafio, como veremos a seguir).

Desenvolver essa cultura organizacional de valorização da


estratégia, é possível aproveitar ainda mais os pontos positivos da
indústria 4.0.

Com máquinas inteligentes e o princípio da modularidade, é


possível ter uma produção muito mais flexível.

Desse modo, o gestor, ao identificar demandas e tendências do


mercado, poderá agir com muita velocidade para colocar um novo
produto na rua.

Assim, a realidade da indústria 4.0 traz impactos positivos também


para o público consumidor, que terá maior acesso a produtos
personalizados, de qualidade e a um custo menor.

O setor de tissue
A indústria de papéis tissue fabrica papel higiênico, lenços,
toalhas de papel, entre outros produtos voltados para a higiene.

A composição de seus itens faz a diferença no resultado, o que


exige especificidade na seleção das quantidades utilizadas na
produção.

Assim, essa indústria pode se beneficiar muito das ferramentas


pertencentes à indústria 4.0, como inteligência artificial e Sistemas
Cyber Físicos.
Controlando melhor os processos de fabricação e uso de matéria-
prima, as indústrias diminuem os custos de produção e ganham
competitividade.

Impactos Negativos da Indústria 4.0

Ficar mais dependente da tecnologia pode trazer alguns problemas

Sem dúvidas, é possível problematizar a indústria 4.0 por uma série


de ângulos. Os ciberataques, por exemplo, já são um problema.
Quanto mais conectada a empresa está, mais sujeita ele fica
à espionagem industrial.

Outro possível impacto negativo da indústria 4.0 é a distribuição do


poder a tecnocratas, aqueles que detém o conhecimento técnico a
respeito das novas tecnologias.

Além da finalidade comercial, as inovações podem ser usadas para


fins nobres, mas também para subjugar nações inteiras
economicamente, acabando com seu mercado interno.

Outra questão que vale a pena ser mencionada é a utilização da


inteligência artificial também para fins escusos, como golpes,
guerras e fake news (esse último um problema bastante em voga
atualmente).

Mas nenhuma das questões que acabamos de mencionar


preocupa tanto quanto os inevitáveis impactos da Quarta
Revolução Industrial no mercado de trabalho.

O mercado de trabalho na era da


Indústria 4.0
É inegável que a indústria 4.0 terá um impacto no mercado de
trabalho

Como deixamos claro no início do texto, a indústria


4.0 potencializa a automação. O que basicamente significa que as
máquinas assumem ainda mais funções humanas.

Para você ter uma ideia, até já saiu notícia de um robô-jornalista da


Google, que projeta escrever 30 mil notícias por mês.
Claro que, com a nova realidade, surgem novas profissões, como o
cientista de dados.

Sem contar que os profissionais cuja posição deixa de existir


podem ser realocados para atividades estratégicas, como
sugerimos antes.

Mas tudo indica que o saldo, no final, será negativo.

As máquinas inteligentes vão resultar em demissões no mundo


todo.

Especialmente na Europa, governantes e economistas começam a


planejar uma solução para esse problema.

Uma das ideias propostas é aperfeiçoar o Estado de bem-estar


social que vigora com sucesso especialmente em países nórdicos,
como a Dinamarca do economista Erik Brynjolfsson.

No livro A segunda era das máquinas, Brynjolfsson afirma que a


sociedade precisa discutir a distribuição da prosperidade com
urgência. Afinal, a indústria 4.0 trará riqueza para alguns, mas a
demissão de milhões.

Em 2016, uma pesquisa feita junto a empresários de 15


economias estimou que as novas tecnologias suprimiriam até 7
milhões de postos de trabalhos em países industrializados nos
cinco anos seguintes.

Para o economista dinamarquês, devem ser consideradas soluções


como o aumento de impostos ou a renda básica universal.

Principais desafios da Indústria 4.0


A indústria 4.0 carrega imensos desafios, especialmente nas
empresas onde acontecerão as mudanças

Um dos grandes problemas da economia brasileira é que ela é


baseada em serviços e em produtos de pouco valor agregado,
altamente sujeitos à volatilidade do mercado internacional e com
margens de lucro pequenas.

A indústria se encontra estagnada e pode-se dizer que estamos na


rabeira tecnológica, mesmo se comparados a outros países em
desenvolvimento.
Ou seja, implantar a realidade da Quarta Revolução Industrial é um
desafio, tendo em vista que sempre engatinhamos nas revoluções
anteriores.

Para não ficar para trás, o país precisa formar profissionais


qualificados, para planejar, executar e gerenciar as inovações
tecnológicas.

Além do conhecimento técnico, é necessário estimular a


criatividade, proatividade e gosto de inovação. E ofertar uma
melhor infraestrutura em logística e telecomunicações.

Principais mudanças nas


empresas
Você pode encarar os desafios da Indústria 4.0 com uma base
sólida de conhecimento

Aderindo à Quarta Revolução Industrial, as empresas


terão processos mais ágeis, ambientes híbridos e maior espaço
para profissionais qualificados.

Os processos ágeis têm o potencial de enxugar custos e aumentar


os lucros, permitindo que demandas emergenciais sejam atendidas
– por exemplo, o pedido por máscaras para diminuir o contágio
pelo coronavírus, que citamos acima.

Ambientes híbridos pedem grande flexibilidade dos profissionais


e gestores, que precisarão lidar e coordenar times formados por
humanos e robôs.
Enquanto as pessoas assumem tarefas que exigem criatividade,
avaliação humanizada e ampla, as máquinas farão as atividades
repetitivas, monótonas e que demandam grande esforço físico.

Para os gestores, faz sentido buscar a informação para


compreender os conceitos, princípios e tecnologias da indústria
4.0.

Assim, terão a possibilidade de mensurar de forma precisa todos


os impactos e benefícios da implementação das novas
tecnologias em suas empresas.

No caso do desafio da mão de obra qualificada, se não for possível


encontrar o perfil de profissional desejado no mercado, a saída é
investir na formação.

Basta identificar, entre os recursos humanos da empresa, os


colaboradores com maior disposição e potencial para aprender as
aptidões necessárias.

Investir na formação de um especialista pode até ser mais


vantajoso do que contratar alguém de fora, pois o profissional já
conhece a cultura organizacional da empresa, e a tendência é que,
para retribuir o investimento, seja leal a ela.

Como as empresas podem se


preparar melhor para a indústria
4.0?
Como as empresas podem se preparar melhor para a indústria
4.0?

O primeiro passo é fazer um mapeamento das atividades da


empresa, verificando quais delas podem ser automatizadas, quais
necessitam ser modernizadas e o que tem impactado na eficiência
dos processos.

Embora iniciar a trajetória para a transformação digital implique


em investir um valor considerável para modernizar os
equipamentos, esse investimento pode ser recuperado
rapidamente se houver um planejamento organizado.

Portanto, assim que possível, monte seu plano e dê os primeiros


passos.
Você pode começar fornecendo capacitação para os funcionários,
melhorando a gestão de dados e automatizando as tarefas
operacionais.

Outra boa pedida é priorizar áreas em que se concentra a expertise


da companhia e se manter conectado com fornecedores e
parceiros que também apostam na indústria 4.0.

Afinal, eles podem ajudar a otimizar sua produção, oferecendo


alternativas quanto a peças, metodologias e processos inovadores.

Quais cursos fazer para ficar atualizado?


Ao longo deste texto, você deve ter reparado que os impactos da
indústria 4.0 vão além do setor produtivo, alcançando áreas
correlatas.

Daí a importância de se preparar, turbinando seu currículo e


formação com conhecimentos a respeito desse campo.

Na hora de escolher a melhor instituição de ensino para o seu


aprimoramento, considere estudar na Fundação Instituto de
Administração (FIA), referência entre as escolas de negócio do
país.

Confira, abaixo, opções de qualidade para aprender sobre a quarta


revolução industrial:

o Análise de Big Data e Inteligência Artificial para Iniciantes :


ideal para começar a compreender segmentos como Big
Data, Inteligência Artificial e Business Intelligence
o Tecnologias e Práticas em Cibersegurança : desenvolvido para
gestores e lideranças, é indicado para atualizar sua
perspectiva a respeito de assuntos ligados a cibersegurança e
legislação digital.
o Pós-Graduação Administração Estratégica : como ressaltamos
aqui, a indústria 4.0 demanda um pensamento mais
estratégico por parte dos empreendedores.
o Big Data: as implicações do big data nos negócios podem ser
entendidas na Pós-Graduação Análise de Big Data e no MBA
Analytics em Big Data.
o Pós-Graduação Análise de Dados e Data Mining : para saber
como aproveitar a realidade do big data na prospecção e
compreensão do ambiente competitivo.
o Inovação e Empreendedorismo: tanto a pós-
graduação quanto o MBA capacitam o gestor a liderar
projetos de inovação na área onde atua.
o Inteligência de mercado: pós-graduação ou MBA para o
gestor qualificar a sua tomada de decisão a partir do que o
big data proporciona.
o MBA Gestão da Tecnologia de Informação: ótimo curso para
quem quer ter uma compreensão ampla do mercado de TI e
desenvolver habilidades de gestão e liderança na área.
A Indústria 4.0 é inevitável e você pode fazer parte dessa revolução

Conclusão
A indústria 4.0 pode até demorar para se difundir completamente
no Brasil. Mas ela já está aí.

É uma tendência global inevitável: as máquinas serão cada vez


mais inteligentes e os processos de produção continuarão se
alterando.

Em vez de temer a tecnologia, é preciso se antecipar aos desafios


que a nova realidade vai trazer e pensar em maneiras de
potencializar seus impactos positivos.
O primeiro passo, que é buscar mais informações sobre o assunto,
você já deu lendo este artigo.

Agora busque a qualificação com os cursos da FIA e comece a


pensar na formação de seus colaboradores também.

Ficou com alguma dúvida sobre a indústria 4.0, também chamada


de Quarta Revolução Industrial? Deixe um comentário abaixo
ou entre em contato conosco

Você também pode gostar