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XXV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HIDRÍCOS

MODELAGEM HIDROLÓGICA DE DISPOSITIVOS DE CONTROLE


NA FONTE DE DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL USANDO O SWMM
E O FEFLOW
Márcio Bittar Bigonha 1 ; Maria Elisa Leite Costa 2; Andréia de Almeida 3 & Sergio Koide 4
Abstract: The use of source runoff control measures in urban planning aims to provide
improvements in stormwater management by promoting the attenuation of flows generated by soil
sealing through retention and infiltration, as well as improving the water quality of stormwater runoff
(Baptista et al., 2005; Barbosa et al., 2012; Sörensen and Emilsson, 2019). The increasing use of
infiltration devices such as trenches, wells, and ditches make it important to check how well these
devices are simulated in computer simulation programs, such as SWMM. To evaluate the modeling
process for infiltration trenches, the infiltration flow rate was simulated using the SWMM program
and the FEFLOW program. The modeling performed by SWMM for infiltration trenches allowed to
verify that the model applies only the soil infiltration rate under saturation condition, which remains
constant throughout the simulation, as recorded by Rossman and Huber (2016). Using FEFLOW it is
possible to consider the effects of soil moisture, water table position, as well as trench bottom
clogging. Thus, using FEFLOW, a high infiltration rate was found at the beginning of the simulation,
generated by the high-pressure gradient observed between the fully saturated trench volume and the
soil parcels in the surroundings of the trench, in a natural state of low moisture.

Resumo: O uso de medidas de controle de escoamento na fonte no planejamento urbano visa a


proporcionar melhorias na gestão das águas pluviais, promovendo a atenuação dos fluxos gerados
pela impermeabilização do solo por meio de retenção e infiltração, bem como a melhoria da qualidade
da água do escoamento das águas pluviais (Baptista et al., 2005; Barbosa et al., 2012; Sörensen e
Emilsson, 2019). O crescente uso de dispositivos de infiltração, como trincheiras, poços e valas torna
importante a verificação da forma com que esses dispositivos são simulados nos programas
computacionais de simulação, como o SWMM. Para a avaliação do processo de modelagem de
trincheiras de infiltração, foi realizada a simulação da vazão infiltrada usando o programa SWMM e
o programa FEFLOW. A modelagem realizada pelo SWMM para trincheiras de infiltração permitiu
verificar que o modelo aplica apenas a taxa de infiltração do solo em condição de saturação, que
permanece constante durante toda a simulação, como registrado por Rossman e Huber (2016).
Utilizando o FEFLOW é possível considerar os efeitos da umidade do solo, posição do lençol freático,
bem como a colmatação do fundo da vala. Usando o FEFLOW, verificou-se uma alta taxa de
infiltração no início da simulação, gerada pelo elevado gradiente de pressão observado entre o volume
da trincheira, completamente saturado, e as parcelas de solo nos arredores da trincheira, em estado
natural de baixa umidade.
Palavras-Chave – Infiltração, trincheiras de infiltração, saturação do solo

1) Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de
Brasília (PTARH-UnB). [email protected]
2) Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília (PTARH-UnB); Coordenação de Regulação de Drenagem Urbana da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
(ANA). [email protected]
3) Professora da Universidade de Brasília (FUP-UnB), Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos,
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília (PTARH-UnB). [email protected]
4) Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de
Brasília (PTARH-UnB). [email protected]

XXV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos (ISSN 2318-0358) 1


INTRODUÇÃO
O uso de medidas de controle de escoamento na fonte no planejamento urbano visa a
proporcionar melhorias no manejo das águas pluviais, promovendo a atenuação dos fluxos gerados
pela impermeabilização do solo por meio de retenção e infiltração, bem como a melhoria da qualidade
da água do escoamento das águas pluviais (Baptista et al., 2005; Barbosa et al., 2012; Sörensen e
Emilsson, 2019). Estudos de drenagem urbana se utilizam de modelos hidrológicos combinados a
modelos hidráulicos para simular cenários e proposições. A modelagem hidrológica pode ser aplicada
em estudos de drenagem que contam com medidas de controle de escoamento na fonte. Existem
diversos métodos que buscam determinar vazões superficiais e subterrâneas dada a ocorrência de
precipitação. Diversos modelos para representação da infiltração têm sido propostos, como os
modelos de Horton, Green-Ampt, método de Santa Bárbara e o modelo SCS, que necessitam de
informações geomorfológicas e de uso da terra das bacias hidrográficas (Jehanzaib et al. 2022).
O modelo de infiltração CN do SCS (hoje NCRS) é um modelo simplificado baseado em
observações de campo. Foi desenvolvido pelo Serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos
e permite estimar a precipitação efetiva a partir do coeficiente Curva Número, parâmetro principal do
modelo. Quanto aos tipos de solo, o SCS propôs o agrupamento em apenas 4 classificações, com base
na composição granulométrica e, consequentemente, na capacidade drenante. Com relação à condição
de umidade antecedente do solo, o modelo considera três situações possíveis, que alteram o valor de
CN, que são denominadas como Antecedent Moisture Condition (AMC) I, II e III. Valores
padronizados para o parâmetro CN podem ser encontrados na literatura (SCS, 1972; Tucci, 2007).
Estudos hidrológicos e hidráulicos podem ser conduzidos mediante a utilização do modelo
computacional SWMM (Storm Water Management Model), que pode aplicar o modelo CN para
cálculos hidrológicos. Diversos estudos já foram publicados registrando a aplicação do SWMM para
a modelagem de cenários de incorporação de medidas de controle na fonte a sistemas de drenagem
(Zheng, 2018; Mobilia e Longobardi, 2020; Jehanzaib et al., 2022). Contudo, o funcionamento de
medidas compensatórias envolve fluxos hidráulicos no solo e os modelos hidrológicos admitidos no
SWMM não consideram o potencial matricial do solo na modelagem de medidas de controle. A
representação de dispositivos de infiltração no modelo leva em consideração apenas a condutividade
hidráulica saturada do solo abaixo do dispositivo (Rossman e Huber, 2016), uma simplificação que
pode gerar bons resultados, principalmente em modelos calibrados, mas também pode afastar a
modelagem da realidade em algumas condições de operação, como no caso de solos inicialmente
secos, ou o caso de colmatação do fundo do dispositivo de infiltração por sedimentos finos.
Para a resolução de problemas de águas subterrâneas em solos saturados, a lei de Darcy é
amplamente aplicada (Viessman e Lewis, 2012). Contudo, os dispositivos de infiltração operam
muitas vezes em condições de saturação parcial. Para fluxo de água em solos não saturados, o modelo
de Richards é o mais aplicado (Anderson e Mcdonnel, 2005), em que, em geral, métodos numéricos
são usados para resolver as equações diferenciais parciais de fluxo, com parâmetros fortemente não
lineares e dependentes da variável do problema (potencial matricial ou umidade). O modelo
computacional Finite Element Subsurface Flow Simulation (FEFLOW), distribuído pela Dansk
Hydraulisk Institut (DHI), utiliza o método dos elementos finitos para resolver as equações de
Richards. Assim, a aplicação do FEFLOW permite uma representação de processos de infiltração por
meio de métodos mais detalhados.
Esta pesquisa teve como objetivo simular uma trincheira de infiltração por diferentes métodos
de modelagem de modo a permitir comparação do funcionamento de cada modelo e suas
particularidades.

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METODOLOGIA
Para a avaliação do processo de modelagem da medida de controle dos modelos SWMM e
FEFLOW, foi feita a simulação de um mesmo cenário em ambos os modelos. Em uma parcela de
solo com características de latossolo de região de cerrado, propôs-se uma trincheira de infiltração
com dimensões 10 x 1 x 1 metro (figura 1), com o solo inicialmente com o potencial matricial
variando linearmente ao longo da profundidade, com gradiente unitário. Para a verificação dos
processos de infiltração foi mantida uma condição de contorno com a trincheira cheia de água (nível
constante). Assim, considerou-se a trincheira totalmente preenchida com água, sem considerar a
ocorrência de chuva no terreno adjacente, de modo que a única fonte de água para infiltração seria a
advinda da trincheira.

Figura 1 – Croquis do cenário estudado em planta e em corte.

Para a caracterização do solo, foram utilizados os dados de solo estudado por Lima (2010),
em área de latossolo localizada no Distrito Federal. Lima (2010) determinou, a partir de amostras
coletadas na área, os parâmetros da curva de retenção segundo o modelo de van Genuchten (Equação
1), além de porosidade e condutividade hidráulica saturada (Ks). A caracterização se deu pela
amostragem nas profundidades de 15-20 cm e de 60-65 cm. Os valores utilizados estão apresentados
na tabela 1.
1
(1 − )
1 𝑛
𝜃 = 𝜃𝑟 + (𝜃𝑠 − 𝜃𝑟 ) ( ) 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜓 ≤ 0 (1)
1 + (−𝐴𝜓)𝑛
Tabela 1 – Dados de caracterização do solo (Lima, 2010).
Camada Profundidade (cm) Ks (10-4 m.s-1) Sr Ss n A (m-1) Porosidade
1 15 – 20 4,0 0,2 0,5 1,7 10 0,45
2 60 – 65 0,5 0,2 0,5 1,5 10 0,45

Para a modelagem no SWMM, buscou-se representar o cenário proposto por meio da criação
de uma única sub-bacia de 10 m² completamente preenchida com o dispositivo de controle, como
apresentado na figura 2. Para o solo da sub-bacia, foi atribuído um valor de CN de 40, equivalente a
espaços abertos em boas condições para o grupo de solo tipo A (Tucci, 2007). O modelo apresenta a
trincheira de infiltração sem dreno no fundo, sem elevações laterais para aumento de volume de
armazenamento, sem declividade e sem vegetação na superfície. Uma vez que o cenário proposto
parte da consideração de que a trincheira está completamente preenchida de água e tem o seu nível
de água constante, considerou-se uma condição de saturação inicial da trincheira no SWMM de
100%.

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Figura 2 – Representação do cenário proposto no modelo SWMM.

Foi especificada uma chuva constante suficientemente elevada na superfície da trincheira de


modo que a infiltração não se limitasse pela disponibilidade de água no dispositivo. Para a camada
de armazenamento da trincheira, foi especificada uma espessura de 1 metro e fator de colmatação
zero. O modelo SWMM admite apenas um parâmetro de infiltração considerada na configuração da
trincheira para todo o solo subjacente. Para esse parâmetro, o manual do SWMM recomenda a
aplicação da condutividade hidráulica saturada do solo localizado abaixo da estrutura (Rossman e
Huber, 2016). Foram modelados 3 valores diferentes, associados aos valores registrados por Lima
(2010), como apresentados na tabela 2. O modelo SWMM_1 apresenta taxa de infiltração vinculada
ao valor de Ks obtido para a Camada 1 por Lima (2010), SWMM_3 apresenta taxa associada ao valor
da Camada 2, e SWMM_2 apresenta um valor intermediário, já que não é possível especificar
diferentes taxas de infiltração para o solo no modelo SWMM.
Tabela 2 – Valores de infiltração da camada de armazenamento no modelo SWMM.
Modelo Taxa de infiltração (mm/h)
SWMM_1 180
SWMM_2 810
SWMM_3 1440

Para a modelagem do cenário proposto no FEFLOW, definiu-se um modelo conceitual


tridimensional (3D) com dimensões horizontais de 18 x 9 m e profundidade de 9 m, com projeção
vertical tendo como referência a superfície do terreno (cota = 0 m) (Figura 3). Uma trincheira de 10
x 1 m foi posicionada no centro do modelo. O fundo da trincheira ficou a 1 metro da base do modelo.
Os primeiros 3 metros de profundidade do modelo foram discretizados em camadas de 0,2 m e, em
seguida, foram criadas camadas de 1 m até o fundo. Uma malha com 4050 elementos quadrangulares
uniformes possibilitou discretizar espacialmente o modelo. Após a configuração da malha de
elementos finitos, inseriram-se no modelo numérico as condições de contorno e as condições iniciais.
Foi aplicada uma condição de contorno de fluxo nulo nos limites do modelo e condição de nível
constante na trincheira, de modo que ela permanecesse sempre preenchida por água durante a
simulação.
Para a condição inicial de solo seco, admitiu-se carga hidráulica de -9 metros para todo o perfil
(nível de referência na superfície, nível freático a -9m e potencial matricial em equilíbrio) à exceção
da trincheira, em que a carga inicial foi de 0 m no contorno, para considerar a trincheira cheia de água
ao longo da simulação, como apresentado na Figura 3. Os parâmetros utilizados para o solo foram
aqueles apresentados na Tabela 1. Para os primeiros 20 cm do modelo, foram utilizados os valores
registrados para a Camada 1. Para o restante do solo, foram aplicados os valores da Camada 2. A
modelagem foi realizada com base nas equações de Richards para meios não saturados ou
variavelmente saturados em regime de fluxo transiente.

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Figura 3 – Carga hidráulica inicial no modelo FEFLOW

RESULTADOS
A partir da simulação dos modelos, foi possível obter resultados para taxas de infiltração e
volumes infiltrados para cada uma das configurações apresentadas. A figura 4 apresenta um gráfico
das taxas de infiltração das modelagens realizadas no SWMM e no FEFLOW. Pela sua análise, é
possível verificar que a modelagem realizada pelo SWMM para trincheiras de infiltração aplica
apenas a taxa de infiltração do solo em condição de saturação, que permanece constante durante toda
a simulação, como registrado por Rossman e Huber (2016). Assim, para cada uma das taxas de
infiltração apresentadas na tabela 2, obteve-se um patamar no gráfico da figura 4. Já para o modelo
implementado no FEFLOW, pode-se observar variação na dinâmica da infiltração, principalmente
nos instantes iniciais da simulação.
Figura 4 – Variação das taxas de infiltração para cada um dos modelos.

O que se percebe é uma elevada taxa de infiltração no início da simulação em comparação com
as taxas de infiltração simuladas pelo SWMM, possivelmente associada ao elevado gradiente de
pressão observado entre o volume da trincheira, completamente saturado, e as parcelas de solo que
se encontram nos arredores da trincheira, que estão em estado natural de reduzida umidade do solo.
Com alguns minutos de simulação, percebe-se que o modelo também oscila em torno de um patamar
próximo daqueles registrados pelo SWMM..
O gráfico apresentado na figura 5 apresenta os volumes infiltrados em cada uma das simulações
realizadas. Observa-se que, para os modelos formulados no SWMM, as taxas de infiltração
permanecem constantes. Já para a comparação entre o modelo FEFLOW e os modelos SWMM,

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percebe-se uma diferença principalmente nos primeiros 10 minutos de simulação, em que a
declividade da curva apresentada pelo modelo FEFLOW é ligeiramente mais acentuada que as dos
demais modelos, e que tende a uma estabilização semelhante à observada na figura 4 a partir dos 20
minutos.
Figura 5 – Variação dos volumes infiltrados para cada um dos modelos.

As diferentes curvas obtidas para os diferentes modelos permitem verificar, ainda que de uma
maneira introdutória, a variabilidade a que está submetido um estudo de drenagem urbana que aplica
modelos hidrológicos sem o processo de calibração. É interessante notar que, para o modelo SWMM,
o valor aplicado pelo usuário para a operação das medidas de controle pode gerar diferenças
significativas nos volumes infiltrados, uma vez que apenas um parâmetro acaba definindo a operação
dos dispositivos.
Pela comparação entre os desempenhos registrados para os modelos SWMM e para o modelo
FEFLOW, o que se observa é a relevância das condições iniciais e das características do solo. Uma
vez que o comportamento das curvas de ambos os modelos apresenta estabilidade no decorrer das
simulações, principalmente a partir de 20 minutos, fica em evidência o papel do processo de
umedecimento do solo, que não se dá instantaneamente e que, no cenário proposto, acaba
promovendo uma infiltração diferenciada no modelo FEFLOW, que o considera. Tal comportamento
pode ser potencializado para maiores áreas dedicadas a medidas de controle que operam com
infiltração. Desse modo, fica constatada a relevância do parâmetro de infiltração, definido pelo
usuário, para a simulação de medidas de infiltração no SWMM.
CONCLUSÕES
A partir das diferentes simulações do mesmo cenário de operação de uma trincheira, pode-se
perceber as características da modelagem de infiltração de cada modelo empregado. A comparação
das curvas produzidas pelas simulações aplicando o SWMM para diferentes taxas de infiltração
permite verificar na prática que a operação das trincheiras no modelo promove a simples aplicação
da taxa de infiltração do solo subjacente ao dispositivo para todo o período de simulação. Já a
comparação entre os resultados do SWMM e do FEFLOW permite que se observe que a modelagem
aplicada pelo FEFLOW apresenta as variações associadas ao processo de molhamento do solo e,
assim, permite uma representação mais detalhada da operação de dispositivos de infiltração. A
diferença identificada nesta pesquisa pode ser de fundamental importância para a aplicação dos

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dispositivos de infiltração no manejo de águas pluviais, pois permite representar mais fielmente essas
estruturas e assim quantificar seu impacto na restauração do ciclo hidrológico.
Apesar dos resultados numéricos acurados na comparação dos resultados entre ambos os
modelos, é importante registrar que os modelos aplicados não foram calibrados. Assim, os valores
apresentam validade para as comparações entre modelos, mas carecem de uma análise quanto a
precisão dos resultados visando a subsidiar cálculos de dimensionamento. Trabalhos futuros poderão
testar diferentes condições, verificando a influência de outros fatores relevantes para a operação de
medidas de controle que utilizam a infiltração. Colmatação, posição do aquífero, dimensões relativas
das trincheiras, condições iniciais de umidade do solo são algumas das questões importantes na
modelagem hidrológica quando se considera a infiltração e é possível que determinados modelos
permitam melhor representação dos fenômenos associados.

AGRADECIMENTOS – Os autores agradecem à CAPES e à FAP-DF pelo auxílio financeiro


fornecido para a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS
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Manual de drenagem e manejo de águas pluviais. Agência Reguladora de Águas, Energia e
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