Apostila Enem 2024
Apostila Enem 2024
Apostila Enem 2024
Guilherme Nascimento
RE-VISE
(ORGS.)
Copyright © 2024
por Guilherme do Nascimento Cunha; RE-VISE.
Impresso no Brasil
Nascimento, Guilherme
RE-VISE
173 p. : il
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podem ser responsáveis por processos criminais e reclamações cíveis por danos.
Nota dos autores: Este material busca abordar as principais teorias da área de Língua
Portuguesa e suas Literaturas, presentes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Visando
preparar vocês o melhor possível para a prova, passaremos de forma detalhada por cada
conteúdo. Esperamos que esse material possa ajudar de alguma maneira cada um de vocês.
Bons estudos!
Conhecendo as competências ENEM: saiba como se preparar para o exame
A correção das redações do Enem é feita com um modelo padronizado de critérios. Ou seja,
tirar a nota máxima não é sorte, é capacidade de fazer um texto que se enquadre no que é
pedido.
Por isso, para que você compreenda como a sua redação será avaliada e saiba o que fazer na
hora da prova para atingir esse objetivo, confira detalhadamente quais são as competências
cobradas na redação do Enem. Lembre-se que um bom texto é aquele que cumpre a sua função
ao mesmo tempo em que se encaixa nessas 5 competências, disponíveis no Manual de Redação
do Enem.
É importante lembrar que cada competência é avaliada gerando uma pontuação entre 0 e 200
pontos, sendo dividida em 6 níveis diferentes de adequação. Ou seja, o aluno pode tirar 200,
160, 120, 80, 40 ou 0 pontos. Cada um desses níveis tem características pré-definidas para evitar
que as opiniões pessoais do examinador interfiram na nota do estudante.
Competência 1
A competência 1 diz que o candidato deve demonstrar domínio da norma padrão da língua
escrita, ou seja, é preciso ter consciência da distinção entre as modalidades escrita e oral, bem
como entre os registros formal e informal. Na redação do Enem, é pedido ao aluno que escreva
na norma culta. Isso significa que deve ser usada a linguagem ensinada nas escolas e presentes
em provas, documentos e trabalhos escolares.
É fundamental que seu texto seja claro, objetivo e direto. Procure empregar um vocabulário
variado e preciso, não o mesmo utilizado quando você conversa com amigos. Isso não significa
que você tenha que usar palavras que não conhece, usar mesóclise ou forçar uma escrita
“difícil”. Apenas não use expressões casuais ou gírias e tome cuidado com erros de português.
Ao estudar para o ENEM, você pode direcionar seu treino para usar ao máximo suas habilidades
com a língua portuguesa, mas não há necessidade de exagerar.
Nível de desempenho 1
Nível de desempenho 2
Nível de desempenho 3
Nível de desempenho 4
Nível de desempenho 5
Nível de desempenho 6
Competência 2
Nível de desempenho 1
Nível de desempenho 2
O candidato desenvolve bem o tema proposto, mas acaba por não explorar os seus principais
aspectos. A argumentação desenvolvida é consistente e o participante apresenta bom domínio
do tipo textual, mas não apresenta argumentos bem desenvolvidos. Esses argumentos, apesar
de mal desenvolvidos, não ficam restritos à reprodução das ideias contidas na coletânea e nem
no senso comum.
Nível de desempenho 3
Nível de desempenho 4
Nível de desempenho 5
Nível de desempenho 6
Competência 3
A competência de número 3 pede que o aluno seja capaz de selecionar, organizar e interpretar
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista, mas como fazer
isso? Para que a sua redação atenda aos requisitos estipulados dentro desta competência, é
necessário que você construa um texto que apresente de maneira clara a ideia a ser defendida.
Além disso, acrescente argumentos para justificar a posição assumida por você com relação à
temática proposta. Mas não é só isso. Essa competência avalia as ideias que você escolhe e
como elas são apresentadas. Isso inclui o julgamento da veracidade dos seus argumentos e da
qualidade da sua linha de pensamento. Idealmente, cada parágrafo apresenta uma nova ideia,
que naturalmente leva à conclusão presente no último parágrafo e são todas baseadas no mundo
real. Isso é o necessário para tirar 200 nessa competência. Para receber uma boa avaliação, é
preciso que as ideias desenvolvidas no texto correspondam aos conhecimentos de mundo
relacionados com o tema. A competência de número 3 trata da inteligibilidade do texto do
candidato, ou seja, da coerência e da possibilidade de que seu texto seja entendido pelo leitor.
No entanto, isso deve ser feito sem deixar de considerar o seu conhecimento de mundo.
Nível de desempenho 1
Nível de desempenho 2
Nível de desempenho 3
Nível de desempenho 4
Nível de desempenho 5
O candidato não defende ponto de vista nenhum, ou seja, não apresenta opinião a respeito do
tema proposto. Informações, fatos, opiniões e argumentos estão pouco relacionados ao tema
proposto e também se relacionam pouco entre si. Em outras palavras, os argumentos oferecidos
nesse texto não se articulam de forma coerente.
Nível de desempenho 6
As informações apresentadas pelo candidato, bem como os fatos, opiniões e argumentos, são
incoerentes ou não apresentam nenhum ponto de vista.
Pontuação do nível: 0 pontos.
Competência 4
Nível de desempenho 1
O participante demonstra pleno domínio dos recursos coesivos, articulando as partes do texto
sem apresentar inadequações na utilização desses recursos. Uma redação que se enquadre neste
nível de desempenho pode conter eventuais desvios de menor gravidade, como o emprego
equivocado do conector; emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória;
repetição ou substituição inadequada de palavras sem se valer dos recursos oferecidos pela
língua. No entanto, o mesmo erro não poderá se repetir. Frases fragmentadas que comprometam
a estrutura lógico-gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos;
ausência de paragrafação e frases apenas com orações subordinadas sem oração principal
eliminam a sua redação deste nível.
Nível de desempenho 2
O candidato recebe essa pontuação ao demonstrar domínio dos recursos coesivos, por meio de
partes do texto bem articuladas, com poucas inadequações no uso dos recursos coesivos. A
redação desse nível pode conter pequenos desvios de menor gravidade, como o emprego
equivocado do conector; o emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória;
a repetição desnecessária de palavras ou substituição inadequada sem se valer dos recursos de
substituição oferecidos pela língua. Frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-
gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos; ausência de
paragrafação e frases apenas com orações subordinadas, sem oração principal eliminam a sua
redação deste nível.
Nível de desempenho 3
O estudante que alcança a nota reservada para o nível de desempenho 4 demonstra domínio
regular dos recursos coesivos. Esse participante articula as partes do texto, mas apresenta
algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos. A redação enquadrada neste nível
pode apresentar desvios eventuais como frases fragmentadas que comprometam a estrutura
lógico-gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos; ausência de
paragrafação e frases apenas com orações subordinadas, sem oração principal. Além disso, o
texto apresenta ainda desvios de menor gravidade, como emprego equivocado do conector;
emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória; repetição desnecessária de
palavras ou substituição inadequada sem se valer dos recursos de substituição oferecidos pela
língua.
Nível de desempenho 4
A redação enquadrada neste nível demonstra pouco domínio dos recursos coesivos. O
participante articula as partes do texto com muitas inadequações na utilização desses recursos.
É possível detectar desvios eventuais como frases fragmentadas que comprometam a estrutura
lógico-gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos; ausência de
paragrafação e frases apenas com orações subordinadas, sem oração principal. Ainda são
comuns a existência de desvios leves como emprego equivocado do conector; emprego do
pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória; repetição desnecessária de palavras ou
substituição inadequada sem se valer dos recursos de substituição oferecidos pela língua.
Nível de desempenho 5
O candidato não articula as partes do texto, ou faz isso de maneira precária e/ou inadequada,
apresentando desvios graves e frequentes de coesão textual. Para ser enquadrada neste nível a
redação deve apresentar sérios problemas na articulação das ideias e na utilização dos recursos
coesivos, com frases fragmentadas; frases sem oração principal; períodos muito longos sem o
emprego dos conectores adequados; repetição desnecessária de palavras e falta de elementos
que se refiram a termos que apareceram anteriormente no texto.
Nível de desempenho 6
Para ser enquadrado no pior nível de desempenho da competência, o texto do participante deve
apresentar informações desconexas e que não se configuram como texto.
Competência 5
Nível de desempenho 1
O candidato elabora uma proposta de intervenção clara e inovadora, que se relacione bem com
a tese e que esteja bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. Os meios para realizar
a proposta ficam explícitos.
Nível de desempenho 2
O participante elabora uma proposta de intervenção clara, que se relacione bem com a tese
desenvolvida e que esteja bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. Os meios para
colocar a proposta em prática também ficam explícitos.
Nível de desempenho 3
Nível de desempenho 4
Nível de desempenho 5
O participante elabora uma proposta de intervenção tangencial ao tema, ou que esteja
subentendida no desenvolvimento da argumentação.
Nível de desempenho 6
Para alcançar a menor pontuação possível na competência, ou seja, 0 pontos, o candidato não
apresenta proposta de intervenção nenhuma.
Com o treino, muitos alunos conseguem desenvolver essa habilidade e escrever bons textos,
mas afinal o que é avaliado em uma redação e por que ela existe nos vestibulares? O primeiro
ponto importante é que não se avalia a redação como as outras disciplinas técnicas. Não há
exercícios com respostas comprovadas, de múltipla escolha ou matérias e mais matérias para
resumir. A redação existe para avaliar o que as outras matérias não conseguem. É a partir dela
que os corretores analisam a competência de formular uma resposta sustentável para o que
proposto pelo tema da redação, a partir da elaboração de argumentos que culminam em uma
conclusão lógica. Manter-se informado por meio de jornais, revistas e livros é fundamental para
uma boa escrita e aumento de repertório cultural. Além disso, a prática é que vai te dar a
agilidade e melhorar a sua habilidade de escrita e argumentação. Por isso, a dica de ouro para
quem está começando a estudar para o ENEM e quer ir bem na prova de redação é praticar
muito! Redija o máximo de redações que puder, mantenha um ritmo de treino e o bom resultado
estará cada vez mais próximo!
Conclusão
Se é esse é o seu primeiro ano prestando o ENEM, pode parecer muita informação para você
ter em mente ao elaborar sua redação. Por isso, destacamos que o diferencial entre o candidato
bem preparado e aquele que ainda não descobriu como estudar para o ENEM é o tempo de
treino e a técnica. Conhecer as competências ENEM certamente cumpre um papel no seu
preparo, mas você deve estar atento para não incorrer em erros bobos, especialmente aqueles
erros que já são notórios por significar o grau zero para o candidato.
Vamos começar?
Um dos grandes segredos para estudar Linguagens é ter muita atenção ao que você está lendo.
Não dá tempo de ler o mesmo enunciado várias vezes. Então já comece praticando a leitura
focada e atenta para na hora da prova estar com olho afiado. Abaixo segue algumas dicas para
você turbinar o seu aprendizado e a sua leitura:
As questões da prova de Português do ENEM são enormes. Para que você não se perca no meio
de tanto texto, é muito importante sublinhar os comandos do enunciado. Assim, fica mais fácil
ir direto ao ponto quando você for analisar as alternativas.
Cada questão do ENEM tem cinco alternativas de resposta. Sempre uma delas é “absurda”. Ou
seja, já de cara você sabe que aquela não é a resposta correta. Ao fazer uma questão, elimine
essas alternativas. O ideal é que o candidato fique em dúvida apenas entre dois itens. Estar
ligado nesse detalhe é muito importante. Dar bobeira e marcar uma alternativa nada a ver com
a questão conta pontos na sua média geral do exame. Por isso, atenção redobrada!
Ao ler uma questão, veja qual o propósito do enunciado. Aquele texto pretende vender um
produto? A intenção é informar ou sensibilizar o leitor? Essas nuances são pistas para que o
candidato reconheça que público-alvo o emissor da mensagem pretende alcançar. Quando você
consegue descobrir o intuito, já é meio caminho andado para chegar à alternativa correta.
Vamos começar com alguns conteúdos básicos. Segue abaixo, uma explicação e um resumo de
cada um deles.
Substantivo e Artigo
O que é Substantivo?
Substantivo é uma classe de palavras que nomeia seres, objetos, fenômenos, lugares,
qualidades, ações, dentre outros. Eles podem ser flexionados em gênero (masculino e
feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Tipos de Substantivos
Os substantivos são classificados em nove tipos: comum, próprio, simples, composto, concreto,
abstrato, primitivo, derivado e coletivo.
1. Substantivo Comum
Os substantivos comuns são as palavras que designam os seres da mesma espécie de forma
genérica:
2. Substantivo Próprio
Os substantivos próprios, grafados em letra maiúscula, são palavras que particularizam seres,
entidades, países, cidades, estados da mesma espécie.
4. Substantivo Composto
5. Substantivo Concreto
Os substantivos concretos designa as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas, objetos,
animais ou lugares.
6. Substantivo Abstrato
7. Substantivo Primitivo
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras
palavras.
Exemplos: casa, folha, chuva.
8. Substantivo Derivado
9. Substantivo Coletivo
Exemplos: flora (conjunto de flores), álbum (conjunto de fotos), colmeia (conjunto de abelhas).
De acordo com o gênero (feminino e masculino) das palavras substantivas, elas são
classificadas em:
➢ Substantivos Biformes: apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e outra
para o feminino, por exemplo: professor e professora; amigo e amiga.
➢ Substantivos Uniformes: somente um termo especifica os dois gêneros (masculino e
feminino), sendo classificados em:
✓ Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se aos animais, por
exemplo: foca (macho ou fêmea).
✓ Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas,
por exemplo: criança (masculino e feminino).
✓ Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros (masculino e
feminino), identificado por meio do artigo que o acompanha, por exemplo: "o
artista" e "a artista".
Veja também: Flexões de gênero do substantivo
Fique Atento!
✓ Singular: palavra que designa uma única coisa, pessoa ou um grupo, por exemplo: bola,
mulher.
✓ Plural: palavra que designa várias coisas, pessoas ou grupos, por exemplo: bolas,
mulheres.
Quer ter sucesso neste assunto? Então leia sempre outros textos relacionados com tema:
De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em aumentativo e diminutivo:
Aumentativo
Palavra que indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em:
Diminutivo
✓ Palavra que indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se
em:
✓ Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez, por exemplo:
casa pequena.
✓ Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de diminuição, por
exemplo: casinha.
O que é Adjetivo?
Tipos de Adjetivos
Adjetivo Simples
Adjetivo Composto
Adjetivos Primitivos e Derivados
Grau Comparativo
Grau Superlativo
➢ Superlativo Absoluto:
Saiba tudo sobre a formação dos graus comparativos e superlativo em: Grau dos
Adjetivos e Grau Superlativo.
Adjetivos Pátrios
Locução Adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo.
Exemplos:
Pronome Adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de adjetivo. Surgem
acompanhados do substantivo, modificando-os. Exemplos:
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Artigos Definidos
Eu comprei o carro.
Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos pelo emprego
correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira exata o substantivo em
questão: o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas. Assim, fica claro que o artigo definido
indica de modo particular o substantivo já conhecido. Note que estes estão presentes no texto
ou no pensamento do locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).
Artigos Indefinidos
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo:
Eu comprei um carro.
Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa ou lugar. Nos
dois primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou “qual a tarde” em que o evento
ocorre. Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a festa. Por
fim, “umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais camisas” são essas. Cuidado para
não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o numeral é uma palavra
utilizada para indicar quantidade.
Preposições Artigos
a ao, aos à, às - -
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar
problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas
principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral,
informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e,
posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo
artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém
a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados
transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos
escritores em seus textos literários.
✓ o garoto - os garotos.
✓ a menina - as meninas.
✓ um mês - uns meses.
✓ uma mesa – umas mesas.
3. De acordo com sua posição na frase, os artigos podem transformar qualquer tipo de palavra
em substantivo, independentemente de sua classe gramatical. Exemplos:
✓ O andar de Elisa é muito sensual. (neste caso, o verbo “andar” foi transformado em
substantivo).
✓ O vermelho de seus olhos indicou sua tristeza. (neste caso, o adjetivo “vermelho” foi
transformado em substantivo).
4. Os artigos definidos podem ser empregados com o intuito de indicar um conjunto de seres
ou uma espécie inteira. Dessa forma, o artigo é empregado no singular, entretanto, faz referência
a uma pluralidade de seres. Exemplos:
5. Na construção das frases a utilização dos artigos indefinidos deve ser moderada, de modo
que o excesso de seu uso no texto provoca um “inchaço” ou uma “redundância” desnecessária,
tornando-o, deselegante e “pesado”. Exemplos:
✓ Ter (uma) boa educação é fundamental.
✓ São detentores de (um) bom conhecimento.
6. Para uma adequada coesão textual, antes de pronome de sentido indefinido, utiliza-se as
palavras como “tal, certo (a), outro (a)”. Exemplos:
7. O artigo indefinido é usado como recurso expressivo para reforçar enunciados exclamativos.
Exemplos:
O que é Numeral?
Cardinais
Forma básica dos números (1, 2, 3,4,5…), as quais adjetivam uma quantidade, sendo que alguns
deles variam em gênero, por exemplo: um-uma, dois-duas, alguns no grupo das centenas
(duzentos, duzentas, trezentos, trezentas, etc.). Além disso, alguns números cardinais variam
em número, como é o caso: milhão-milhões, bilhão-bilhões, trilhão-trilhões, e assim por diante.
Indica ordem de uma sequência, ou seja, representa a ordem de sucessão e uma série, seja de
seres, coisas ou objetos (primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…). Importante destacar que
alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras que variam em gênero
(masculino-feminino) e número (singular e plural), por exemplo: primeiro-primeira, primeiros-
primeiras; terceiro-terceira, terceiros-terceiras, etc.
Fracionários
São os números fracionários que indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja,
representam uma parte de um todo, por exemplo, ¼ (lê-se um quarto, um sobre quatro), ½ (lê-
se meio ou metade, um sobre dois), ¾ (lê-se três quartos ou três sobre quatro).
Coletivos
Número exato que faz referência a um conjunto de seres, por exemplo, dúzia (conjunto de 12),
dezena (conjunto de 10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bimestre
(conjunto de 2). Os números coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural): dúzia-
dúzias, dezena-dezenas, centenas-centenas.
Multiplicativos
Relaciona um conjunto de seres, objetos ou coisas, dando-lhes uma característica, de forma que
determina o aumento da quantidade por meio de múltiplos, por exemplo, dobro, triplo,
quádruplo, quíntuplo, etc. Os multiplicativos são numerais, flexionados em gênero e número
quando atuam em função adjetiva, e, do contrário, são invariáveis (função substantiva). Dessa
forma, de acordo com sua função, os numerais podem apresentar valor de substantivo ou
adjetivo, sendo classificados em:
Tabela de Numerais
Numerais Romanos
Os números romanos são representações numéricas utilizadas para indicar séculos, capítulos e
páginas de livros, horas dos relógios, nomes dos papas e reis, dentre outros.
São representados por letras maiúsculas, num total de 7 numerações: I (1), V (5), X (10), L (50),
C (100), D (500), M (1000).
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São
flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de modo,
intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.
De acordo com a circunstância que os advérbios exprimem nas frases, eles podem ser:
Advérbio de Modo
Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, debalde e grande parte das
palavras que terminam em "-mente": cuidadosamente, calmamente, tristemente, dentre outros.
Exemplos:
Advérbio de Intensidade
Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, demais, mais, menos, quanto,
quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.
Exemplos:
Advérbio de Lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, defronte,
atrás, detrás , atrás, além, aquém, antes, algures, nenhures, alhures, aonde, longe, perto.
Exemplos:
✓ Minha casa é ali.
✓ O livro está embaixo da mesa.
Advérbio de Tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim,
entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente, imediatamente,
antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente.
Exemplos:
Advérbio de Negação
Exemplos:
Advérbio de Afirmação
Exemplos:
Advérbio de Dúvida
Exemplos:
✓ Provavelmente irei ao banco.
✓ Quiçá chova hoje.
Os advérbios são considerados palavras invariáveis pois não sofrem flexão de número
(singular e plural) e gênero (masculino, feminino); porém, são flexionadas nos graus
comparativo e superlativo.
Grau Comparativo
1. Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim é tão
baixo quanto Pedro.
2. Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Joana é
menos alta que Sílvia.
3. Superioridade:
✓ analítico: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana é mais alta
que Carolina.
✓ sintético: formado por "melhor ou pior que" (do que), por exemplo: Paula tirou nota
melhor que Júlia na prova.
Grau Superlativo
1. Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito
baixo.
2. Sintético: quando é formado por sufixos, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.
Curiosidades
➢ Há também os advérbios que exprimem exclusão (só, somente, salvo, exclusivamente,
apenas), inclusão (também, inclusivamente, ainda, mesmo, até) e ordem (ultimamente,
depois, primeiramente).
➢ Os Advérbios Interrogativos são utilizados nas interrogações diretas e indiretas
relacionados com as circunstâncias de modo, tempo, lugar e causa. São eles: quando,
como, onde, aonde, donde e por que.
➢ As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que exercem a função de advérbio,
por exemplo, às pressas, passo a passo, de longe, hoje em dia, de vez em quando, dentre
outras.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de
subordinação donde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro.
a + o = ao
a + os = aos
A contração, por sua vez, ocorre quando, ao juntar-se a outra palavra, há redução da
preposição, podendo, inclusive, haver alteração fonética ou junção de sons — geralmente,
estamos falando de preposição + artigo (definido: o/a/os/as, indefinido: um/uma/uns/umas), ou
pronome (pessoal na 3ª pessoa: ele/ela/eles/elas, demonstrativo:
este/isto/esse/isso/aquele/aquilo e suas variáveis no feminino e no plural). Ao ligarmos a
preposição a ao artigo a, temos, por contração, a preposição à (utilizamos crase para indicar
essa contração):
a+a=à
a + as = às
a + aquele = àquele
a + aqueles = àqueles
a + aquela = àquela
a + aquelas = àquelas
em + o = no
em + os = nos
em + a = na
em + as = nas
em + ele = nele
em + eles = neles
em + aquela = nela
em + aquelas = nelas
Alguns verbos podem exigir que uma preposição venha acompanhada para dar sentido ao
enunciado. É o que chamamos de regência verbal. Observe o exemplo:
Locuções Prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição,
sempre terminando por uma preposição, por exemplo:
✓ abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, ao lado
de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de,
por causa de, através de, etc.
Importante notar que, algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras.
Assim, quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma
combinação, por exemplo:
✓ ao (a + o)
✓ aos (a + os)
✓ aonde (a + onde
Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética,
teremos a chamada contração, por exemplo:
✓ do (de + o)
✓ dum (de + um)
✓ desta (de + esta)
✓ no (em + o)
✓ neste (em + este)
✓ nisso (em + isso)
Crase
Crase antes de horas
Crase facultativa
Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a) e pro (para o). Essas
palavras não pedem acento, já que se trata de palavras átonas. por exemplo:
A interjeição é uma palavra invariável (não sofre variação em gênero, número e grau), que
representa um recurso da linguagem afetiva, de modo que expressa sentimentos, sensações,
estados de espírito, sendo sempre acompanhadas de um ponto de exclamação (!). As
interjeições são consideradas “palavras-frases” na medida em que representam frases-
resumidas, formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou
por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções interjetivas (Meu Deus! Ora
bolas!).
Tipos de Interjeições
Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma interjeição pode
expressar sentimentos ou sensações distintas, as interjeições ou locuções interjetivas são
classificadas em:
✓ Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, Devagar!,
Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
✓ Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!, Cai
fora!, Vaza!
✓ Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, Valeu!,
Valeu a pena!
✓ Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que bom!
✓ Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
✓ Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!, Inteirinho!, Bora!
✓ Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
✓ Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!, Apoiado!,
Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
✓ Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
✓ Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-
hã!
✓ Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
✓ Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
✓ Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
✓ Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
✓ Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
✓ Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
✓ Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!, Meu Deus!,
Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai!
✓ Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!, Força!, Toca!,
Upa!, Vai nessa!
✓ Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!, Francamente!,, Que
medo!, Jesus!, Jesus Maria e José!
✓ Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!
✓ Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!
✓ Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico fechado!
Locução Interjetiva
As locuções interjetivas são compostas de uma ou mais palavras que desempenham o papel da
interjeição. Com efeito, se a interjeição é uma palavra que expressa uma ideia, a locução
interjetiva trabalha da mesma forma, por exemplo: Ai de mim!, Puxa vida!, Virgem Santa!,
Valha-me Deus!, Cruz Credo!, Quem me dera!
DENOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu
sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e
enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real,
dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função
referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos
assuntos, como é o caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo
científico, ata, memorando, receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros.
Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a
conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.
Exemplos:
CONOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu
sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo
significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o
sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as. De maneira geral, é
possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais
primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários,
ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem
conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos
gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais
expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido
nos leitores/ouvintes.
Exemplo:
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe
a maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical,
estabelecendo uma relação entre eles.
Exemplos:
Conjunções Coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São
divididas em cinco tipos:
1. Conjunções Aditivas
Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e, nem, não só...mas também, não
só...como também.
2. Conjunções Adversativas
3. Conjunções Alternativas
4. Conjunções Conclusivas
Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo),
portanto, por conseguinte, assim.
5. Conjunções Explicativas
Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto,
por conseguinte.
Conjunções Subordinativas
Na
tirinha, o "já que" é uma conjunção subordinativa causal
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e são
divididas em dez tipos:
1. Conjunções Integrantes
Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá.
2. Conjunções Causais
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que,
já que, uma vez que.
Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula.
3. Conjunções Comparativas
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, como.
4. Conjunções Concessivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora,
ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que.
5. Conjunções Condicionais
Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração
principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.
6. Conjunções Conformativas
Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro:
segundo, como, conforme.
8. Conjunções Temporais
Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que,
sempre que.
9. Conjunções Finais
Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que.
Neste post, você vai tirar todas as suas dúvidas sobre uma classe gramatical que costuma gerar
muitas dúvidas: o pronome.
Os pronomes existem para remeter, retomar ou qualificar outras palavras expressas no seu
texto. Sem eles, muitas orações e frases ficariam confusas e longas demais. Quer um exemplo?
Vamos supor que você tem um amigo chamado João, e que, neste momento, ele começa a falar
de sua mãe:
Soa no mínimo estranho, certo? Afinal, quem falaria sobre si mesmo na terceira pessoa? Além
disso, por que repetir o nome da mãe duas vezes? Por isso é possível imaginar que, se você
realmente tivesse uma amigo de verdade chamado João, ele provavelmente falaria a mesma
frase da seguinte forma:
Para facilitar o entendimento do que foi dito, João usou os pronomes “ela” e “minha”. Percebeu
como usar esse tipo de estratégia pode deixar o texto bem mais simples? Pense em todas as
palavras que podem ser usadas com essas mesmas funções! São muitas, não é mesmo?
Os pronomes que atuam como substantivos (no caso: ‘ela’) são conhecidos como pronomes
substantivos, e os que acompanham essa classe (no caso: ‘minha’), qualificando-a ou
especificando-a, chamam-se pronomes adjetivos. No entanto, além dessa classificação
principal, existem muitas outras determinações que caracterizam os tipos de pronomes
existentes na língua portuguesa. Está preparado para conhecê-los?
3. Tipos de pronomes
De acordo com o que determina a nossa gramática normativa, existem seis tipos de pronomes:
os pessoais, demonstrativos, interrogativos, possessivos, relativos e indefinidos.
Pronomes pessoais
A melhor maneira de entender esses tipos de pronomes é pensar neles como elementos-chave
na construção de um diálogo ou discurso. Continue a imaginar que você está conversando com
seu amigo João, sobre sua mãe. Os pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas na
conversa:
✓ O locutor (ou quem fala): 1ª pessoa, que seria “eu” (no singular) ou “nós” (plural);
✓ O interlocutor (com quem se fala): 2ª pessoa, que seria “tu/você” (singular) ou
“vós/vocês” (plural);
✓ O assunto (de quem ou do que se fala): 3ª pessoa. que seria “ela/ele” (singular) ou
“elas/eles” (plural).
Estes são os pronomes pessoais, ou seja: aqueles que indicam as três pessoas do discurso (eu,
tu, ele, nós, vós, eles). Como aqui no Brasil o “vós” raramente é empregado em conversas
informais e situações cotidianas, muita gente utiliza “vocês” para substituí-lo. Nunca se esqueça
que todos os pronomes pessoais são pronomes substantivos também. Esse tipo de pronome é
classificado entre retos e oblíquos, de acordo com a função que desempenham na oração. Os
pronomes do caso reto exercem função de sujeito, ou seja, na afirmação “ela canta muito bem”
a palavra “ela” é um pronome pessoal do caso reto. Os pronomes pessoais do caso oblíquo, por
outro lado, exercem função de objeto de um verbo, como um complemento. Para todo pronome
reto, há um correspondente no caso oblíquo. Quer ver só?
Por isso, quando você diz “conversei com João e ele me disse que sua mãe canta bem”, é
possível concluir que, nessa afirmação, a palavra “ele” é um pronome pessoal reto, e “me” é
um pronome pessoal oblíquo.
Pronomes possessivos
Os pronomes possessivos, como você já deve imaginar, são aqueles que você usa para falar de
algo que indica posse em relação à alguém da conversa. Um exemplo claro está na afirmação
de João: “Fernanda é minha mãe”. Fácil, não é mesmo? Você sempre pode usar esses tipos de
pronomes para falar de alguma coisa que você ou outro(s) têm. Pode ser um objeto, um
sentimento, uma relação, um espaço etc. Veja abaixo a relação de cada pessoa do discurso com
seus pronomes possessivos:
Pronomes demonstrativos
Estes são usados para indicar a localização de seres, seja no espaço, seja no tempo. Não há
muito segredo: se você pensa em uma palavra que sirva para situar algo na sua conversa,
provavelmente vai fazer uso desse tipo de pronome. Quando o assunto está situado próximo ao
locutor ou interlocutor, os pronomes demonstrativos usados podem ser os seguintes:
Pronomes interrogativos
Quando você pergunta que horas são, qual é o dia certo para entregar um trabalho, quem vai
na sua festa de aniversário ou quando essa pessoa sairá de casa, está fazendo o uso de pronomes
interrogativos. Esses auxiliares servem para formular perguntas, tanto diretas quanto indiretas.
As palavras que fazem parte desse grupo são: que, quem, qual, quais, quanta, quanto, quantas
e quantos.
Pronomes relativos
Você já sabe que os pronomes em geral possuem a função de substituir ou remeter uma palavra
à outra, certo? Os pronomes relativos usam termos específicos para que o texto fique menos
repetitivo e mais direto. Veja alguns exemplos:
São eles: onde, que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais, quanto, quantos, cujo, cuja, cujos,
cujas, quantas, etc. Eles retomam substantivos, substituindo-os na oração seguinte. Você pode
não perceber, mas faz uso de todos eles constantemente, em provavelmente todos os seus textos.
Pronomes indefinidos
Quem nunca viu alguma mensagem sem a especificação do destinatário nas redes sociais? As
famosas “indiretas” servem para criticar, alertar ou desabafar, e geralmente começam com
pronomes indefinidos. Quer ver alguns exemplos?
Essas palavras (algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto,
qualquer, alguém, ninguém, tudo, nada, cada, demais, algo) que se referem a substantivos de
modo impreciso ou genérico são os pronomes indefinidos. Um macete para especificar esse tipo
de pronome na sua cabeça é sempre se lembrar das “indiretas”, pois os indefinidos se
referem sempre à 3ª pessoa do discurso. Ou seja, são usadas para falar de alguém (ou algo) sem
dizer de forma clara quem é. Vale lembrar que os pronomes indefinidos também podem
aparecer na forma de locuções ( cada um, cada qual, qualquer um, seja qual for, seja quem for,
todo aquele que, etc.).
4. Curiosidades/erros comuns
Com tantas classificações e detalhes, é comum acabar se confundindo. Por isso, o conhecimento
extra é sempre bem-vindo para evitar possíveis erros gramaticais.
Algumas formas flexionadas de pronomes possessivos podem deixar o leitor confuso. Veja os
exemplos:
✓ Encontrei minha irmã perto da sua casa ontem (a casa do interlocutor ou da irmã?)
✓ Falei com a mãe da noiva que se acidentou (quem se acidentou? A noiva ou a mãe dela?)
✓ Lá vem o moço do carro vermelho que precisa de água (quem precisa de água? O moço
ou o carro?)
Para evitar estas ambiguidades, é possível usar outras variações do mesmo tipo de pronome.
Exemplo: encontrei minha irmã perto da casa dela ontem.
“Eu” e “mim”
Como você já aprendeu, o pronome pessoal “eu” desempenham a função de sujeito, diferente
de “mim”, que exerce a função de objeto indireto. Sendo assim, a palavra “eu” geralmente é
usada seguida de uma ação, enquanto “mim” é sempre acompanhado de preposição. Exemplos:
Por isso, jamais use “mim” para acompanhar verbos, evitando frases como: “tinham muitas
coisas para mim fazer” ou “preciso de um feriado para mim descansar”. Apenas o “eu”, “tu”,
“ele/ela”, “nós”, “vós” e “eles” conjugam verbos.
Verbo: conceito, modos, vozes, semânticas, formas nominais
O que é um Verbo?
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da
natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações
de pessoa, número, tempo, modo, voz e aspeto.
Modos Verbais
Os modos verbais estão intimamente ligados aos tempos presente, passado e futuro.
Modo Indicativo
O modo indicativo manifesta ações habituais, bem como expressa tanto fatos presentes, como
passados ou futuros.
Exemplos:
Modo Subjuntivo
O modo subjuntivo manifesta desejos ou hipóteses no tempo presente, bem como no passado e
no futuro.
Exemplos:
Modo Imperativo
Exemplos:
Estrutura do Verbo
1. Radical
2. Vogal Temática
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O
resultado dessa união chama-se tema.
1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.
3. Desinências
As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas
podem ser:
Exemplos:
Flexões
✓ Pessoa: 1.ª (eu, nós); 2.ª (tu, vós) e 3.ª (ele, eles).
✓ Número: Singular (eu, tu, ele) e Plural (nós, vós, eles).
✓ Tempo: Presente, Pretérito e Futuro.
✓ Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
✓ Voz: Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva.
As vozes verbais, ou vozes do verbo, são a forma como os verbos se apresentam na oração a
fim de determinar se o sujeito pratica ou recebe a ação. Elas podem ser de três tipos: ativa,
passiva ou reflexiva.
Voz ativa
Exemplos:
Voz passiva
Na voz passiva o sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação.
Exemplos:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação
conjugado no particípio + agente da passiva.
Exemplos:
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do
pronome se), é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador "se" + sujeito
paciente.
Exemplos:
Voz reflexiva
Na voz reflexiva o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, uma vez que ele pratica e
recebe a ação.
Exemplos:
Verbo na voz ativa + pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos), que serve de objeto direto ou, por
vezes, de objeto indireto, e representa a mesma pessoa que o sujeito.
Exemplos:
A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo reflexivo indica
reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos praticam a ação, ao mesmo tempo que
também são pacientes.
Exemplos:
Geralmente, por uma questão de estilo, podemos passar a voz verbal ativa para a voz verbal
passiva. Ao fazer a transposição, o sujeito da voz ativa torna-se o agente da passiva e o
objeto direto da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva.
Observe que o verbo auxiliar "foi" está no mesmo tempo verbal que o verbo "aspiramos" estava
na oração cuja voz é ativa. O verbo "aspiramos" na oração cuja voz é passiva está no particípio.
Sujeito + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) conjugado no mesmo tempo verbal que
o verbo principal da oração na voz ativa + verbo principal da ação conjugado no particípio +
agente da passiva.
É importante lembrar que somente os verbos transitivos admitem transposição de voz. Isso
porque uma vez que os verbos intransitivos não necessitam de complemento, não têm objeto
que seja transposto em sujeito.
Formas Nominais
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal
quando, por sua vez, não tem sujeito.
Exemplos:
Particípio
O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos
ou como adjetivo.
Exemplos:
Gerúndio
Exemplos:
✓ Verbos Regulares - Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
✓ Verbos Irregulares - Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é alterado.
Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são chamados
de Verbos Anômalos; é o caso dos verbos ser e vir.
✓ Verbos Defectivos - Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas
as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:
✓ Verbos Abundantes - Os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais
formas. É comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto,
segurado e seguro.
O sujeito é alguém ou algo de quem ou do que se fala. Ele é facilmente identificado na oração
através da utilização do método de pergunta, por exemplo:
Ao responder à pergunta “quem correu muito com o veículo?”, identificará o sujeito da oração
que, nesse caso, é “o ajudante da loja”.
Classificação do sujeito
Tipos de sujeito
Sujeito simples
O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja, um termo principal, por exemplo:
Sujeito composto
O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos, por exemplo:
Sujeito oculto
O sujeito oculto, também chamado de elíptico, desinencial ou implícito, é aquele que não está
declarado na oração. Apesar disso, ele é classificado como determinado porque pode ser
identificado pelo contexto e pela conjugação verbal presente na oração, por exemplo:
✓ No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que pela conjugação verbal
“passei” podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”. Logo, “No trajeto para
casa, (eu) passei pelo parque da cidade.”)
✓ Gostamos de pular Carnaval. (pela conjugação verbal, identificamos o sujeito oculto da
oração: “(Nós) Gostamos de pular Carnaval.”)
✓ Armando saiu da escola muito cedo. À tarde levou tudo para casa. (Aqui temos o sujeito
“Armando” na primeira oração e na segunda, o sujeito da ação que já foi mencionado
anteriormente é “ele”: À tarde (ele) levou tudo para a casa.)
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não podemos identificar o agente da ação, nem pelo
contexto, nem pela terminação verbal do enunciado. A despeito do sujeito ser um termo
essencial na oração, o sujeito inexistente pode se manifestar pelo desconhecimento ou
desinteresse do agente que executa a ação. Além disso, também acontece quando o verbo não
se refere a uma pessoa determinada. Há três maneiras de identificá-lo:
1) com verbo na 3.ª pessoa do plural que não se refere a nenhum substantivo citado
anteriormente na oração, por exemplo:
Sujeito inexistente
Nas orações sem sujeito, o sujeito é inexistente uma vez que elas são constituídas por verbos
impessoais, ou seja, que não admitem agentes da ação, como é o caso de:
Exemplos:
O núcleo do sujeito representa o termo mais importante. Quando o sujeito é seguido de artigos,
por exemplo, o núcleo é apenas o substantivo que vem depois dele. Assim, embora o artigo e o
substantivo sejam o sujeito, o seu núcleo é aquilo que semanticamente tem mais importância,
por exemplo:
sujeito: As meninas
núcleo do sujeito: meninas
Sujeito e Predicado
O sujeito e o predicado são os termos essenciais da oração. Isso quer dizer que eles são
essenciais na construção de uma oração, ainda que haja orações em que o sujeito seja
inexistente. Lembre-se que o predicado é o que se fala acerca do sujeito.
Sujeito: As estudantes
Predicado: gravaram um vídeo sobre a aula.
Predicado
O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo que se declara sobre a ação do sujeito,
concordando em número e pessoa com ele. Para compreender melhor, observe o exemplo:
Tipos de Predicado
De acordo com seu núcleo significativo, os predicados são classificados em três tipos:
Predicado Verbal
Indica uma ação, sendo constituído por um núcleo, que é um verbo nocional (verbo que indica
uma ação). Nesse caso, não há presença de predicativo do sujeito, por exemplo:
Predicado Nominal
Indica estado ou qualidade, sendo constituído por um verbo de ligação (verbo que indica
estado) e o predicativo do sujeito (complementa o sujeito atribuindo-lhe uma qualidade). Há
somente um núcleo, caracterizado por um nome (substantivo ou adjetivo), por exemplo:
Predicado Verbo-Nominal
Ao mesmo tempo que indica ação do sujeito, esse tipo de predicado informa sua qualidade ou
estado, sendo constituído por dois núcleos: um nome e um verbo. Nesse caso, há presença de
predicativo do sujeito ou predicativo do objeto (complementa o objeto direto ou indireto,
atribuindo-lhes uma característica), por exemplo:
✓ Suzana chegou cansada. (núcleos: chegou, cansada)
✓ Terminaram satisfeitos o trabalho. (núcleos: terminaram, satisfeitos)
✓ Considerou a caminhada desagradável. (núcleos: considerou, desagradável)
Para identificar um predicado verbo-nominal, o verbo que indica ação está expresso na oração.
O verbo que indica estado ou qualidade, por sua vez, está oculto. Assim, “Suzana chegou”
caracteriza o verbo nocional, o qual representa a ação do sujeito. Enquanto que “(estava)
cansada” indica o estado do sujeito, onde o verbo não nocional não aparece declarado na frase.
Predicativo do Sujeito
Predicativo do sujeito é o termo do predicado que tem a função de atribuir uma qualidade ao
sujeito. Essa função é feita por meio de um verbo que pode ou não ser de ligação. Nesse caso,
a função do verbo é informar algo relacionado ao sujeito.
Exemplos
O papel do predicativo do sujeito numa sentença pode ser desempenhado por um adjetivo,
substantivo, numeral, advérbio ou pronome. Para compreender melhor o conceito de
predicativo do sujeito, veja os exemplos abaixo:
Exemplo 1
A modelo é desastrada.
Sujeito = A modelo
Verbo de Ligação = é
Predicativo = desastrada
Exemplo 2
Exemplo 4
A função sintática do predicativo é indicar uma característica para o sujeito ou para o objeto,
complementando-o. O predicativo do sujeito, juntamente com o predicativo do objeto, fazem
parte do termo da oração que denominamos predicativo. Diferente do predicativo do sujeito, o
predicativo do objeto é um termo que atribui uma característica ao objeto.
Exemplo:
Exemplo 1:
A mulher tinha necessidade de medicamentos.
Nome (substantivo): necessidade
Complemento nominal: de medicamentos.
Exemplo 2:
Exemplo 3:
Exemplo:
Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na oração
com valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de oração substantiva
completiva nominal.
Exemplo:
Agente da Passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a ação
expressa por um verbo na voz passiva.
Exemplo:
O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz
passiva.
Complemento Verbal
Objeto Direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição obrigatória. Ele
indica o ser para a qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por substantivo, pronome,
numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Exemplos:
Nunca enganaram a mim.
Objeto direto preposicionado: a mim.
Verbo transitivo direto: enganaram
Objeto Indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre acompanhado de
preposição. Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome, numeral,
expressão substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Amélia acredita em discos voadores.
Sujeito: Amélia
Verbo transitivo direto: em discos voadores.
Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Objeto indireto: lhe
Verbo transitivo indireto: interessava-lhe.
Aposto e Vocativo
O aposto é o nome que se dá ao termo que exemplifica ou especifica melhor outro de valor
substantivo ou pronominal, já mencionado anteriormente na oração. Geralmente, a pausa entre
um termo e outro vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois pontos,
parênteses ou travessão.
Exemplos:
Tipos de aposto
Segundo a intenção do discurso o aposto pode ser classificado em:
1. Explicativo
2. Distributivo
3. Enumerativo
4. Comparativo
5. Resumidor ou recapitulativo
Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de um país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
6. Especificativo
Especifica um termo da oração:
7. Aposto de oração
Aposto e Vocativo
Muito comum haver confusão entre o aposto e o vocativo. Porém, enquanto o aposto explica
um termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é um chamamento, uma invocação ou pode
caracterizar uma pessoa que chama pela outra no enunciado. Além disso, o vocativo
corresponde a um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração de forma
que não faz parte nem do sujeito e nem do predicado. Enquanto isso, o aposto mantém relação
sintática com outros termos da oração.
Exemplos:
Formação do vocativo
Exemplos de vocativos
O vocativo pode aparecer de diversas maneiras nas orações. Ele pode surgir no final ou início
da frase, acompanhar interjeições, surgir entre o nome ou o verbo e o complemento, e ainda,
após ou antes a verbo no imperativo.
As Orações Coordenadas são orações independentes, ou seja, não há relação sintática entre
elas. Elas são classificadas em: Orações Coordenadas Sindéticas e Orações Coordenadas
Assindéticas.
Orações Assindéticas
Exemplos:
Orações Sindéticas
As Orações Coordenadas Sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligadas por meio
de uma conjunção coordenativa. Nesse caso, as orações, dependendo dos conectivos, podem
ser: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas e Explicativas.
Aditivas
Os conectivos que coordenam as orações aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda,
como, assim.
Exemplos:
Adversativas
Os conectivos que coordenam as orações adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto,
porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Exemplos:
Alternativas
Os conectivos que coordenam as orações alternativas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer;
seja…seja.
Exemplos:
Conclusivas
Os conectivos que coordenam as orações conclusivas são: logo, portanto, por fim, por
conseguinte, pois, então, consequentemente.
Exemplos:
Explicativas
Os conectivos que coordenam as orações explicativas são: isto é, ou seja, a saber, na verdade,
porque, que, pois.
Exemplos:
Uma oração é subordinada quando exerce função sintática sobre outras, ou seja, depende de
outra para que a frase estabeleça seu sentido completo. As orações subordinadas são
classificadas em adverbiais, adjetivas e substantivas dependendo da função sintática exercida
na frase. Assim, as orações subordinadas adverbiais exercem a função do advérbio e
funcionam como adjunto adverbial sendo classificadas em: causais, comparativas, concessivas,
condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais.
As orações subordinadas adverbiais são iniciadas com uma conjunção subordinativa (ou
locução), isto é, aquelas que ligam as frases (principal e a subordinada). São classificadas em
nove tipos, de acordo com a circunstância que exprimem na frase:
Causais
Comparativas
Concessivas
Condicionais
Conformativas
Exemplo: Consoante às regras de conduta, Antenor preferiu alertar seus colegas de trabalho.
Consecutivas
Exemplo: O palestrante falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a apresentação.
Finais
Temporais
As Orações Subordinadas Substantivas são aquelas que possuem papel de substantivo. Elas
podem exercer as funções sintáticas de sujeito, predicado, complemento nominal, objeto direto,
objeto indireto e aposto.
1. Subjetiva: exerce valor de sujeito da oração principal, por exemplo: É fundamental que
você chegue antes à reunião.
2. Predicativa: exerce valor de predicativo do sujeito, ou seja, aquilo que se revela sobre
o sujeito da oração, por exemplo: Nosso desejo é que ela vencesse o campeonato.
3. Completiva Nominal: possui valor de complemento nominal (completa o sentido do
nome da oração principal), sendo sempre iniciada por uma preposição, por exemplo:
Temos fé de que a humanidade para de destruir o planeta.
4. Objetiva Direta: possui valor de objeto direto do verbo da oração principal, por
exemplo: Desejo que vocês sejam felizes.
5. Objetiva Indireta: possui valor de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo
iniciada por preposição, por exemplo: O gerente precisa (de) que esteja tudo em
ordem.
6. Apositiva: possui valor de aposto de qualquer termo da oração principal, por exemplo:
Todos pensam a mesma coisa: que eu sou um vitorioso.
As Orações Subordinadas Adjetivas são aquelas que exercem a função sintática de adjetivo.
Geralmente, são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo,
etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente.
Separadas por vírgulas, as orações subordinadas explicativas, como o próprio nome já indica,
explicam melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Orações Desenvolvidas Orações Reduzidas
Ele foi o primeiro orador que Ele é sempre o primeiro a encantar a plateia. (oração
encantou a plateia. reduzida de infinitivo)
Assisti as atuações dos velhinhos que Assisti as atuações dos velhinhos cantando. (oração
cantam. reduzida de gerúndio)
Arrumou o quarto que a criança Arrumou o quarto bagunçado pela criança. (oração
bagunçou. reduzida de particípio)
Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pausa,
bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte, o
papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão da
informação transmitida. Confira abaixo os dez sinais de pontuação utilizados na nossa língua,
assim como as situações em que devem ser empregados, seguidas de exemplos.
1. Ponto (.)
b) Separar períodos:
c) Abreviar palavras:
2. Dois-pontos (:)
Ela gritou:
– Vá embora!
Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de
domar.”
3. Reticências (...)
Usa-se para:
Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.
Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à
corrupção... assim caminha a humanidade.
4. Parênteses ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também, podem substituir
a vírgula ou o travessão:
Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela
última vez.
a) Após vocativo:
Fuja!
c) Após interjeição:
Que lástima!
Quando utilizar:
a) Em perguntas diretas:
b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
7. Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias
situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não
formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.
a) Separar o vocativo:
b) Separar apostos:
Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.
Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.
Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.
l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto):
Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me
escuta.
m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam
sentido de adição (adversidade, consequência, por):
Entre orações:
Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro
e mandão.
o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.
a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
1 xícara de trigo;
4 ovos;
1 xícara de leite;
1 xícara de açúcar;
1 colher de fermento.
b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos,
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares:
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz
e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já
esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").
A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com
acento grave.
Antes de verbos:
Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:
Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as,
ocorre crase, dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as = às.
Ocorre crase:
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem
a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo
se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a, …
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra
feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres porque
nestes casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido.
Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com
a preposição a, ficando à:
✓ Vim da Bahia.
✓ Estou na Bahia.
✓ Vou à Bahia no próximo mês.
Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não
haverá contração com a preposição a, permanecendo a:
✓ Vim de Brasília.
✓ Estou em Brasília.
✓ Vou a Brasília no próximo mês.
Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade,
se esta estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um
adjunto adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.
O que é a crase?
A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum à da preposição a
com o artigo definido feminino a (a + a = à).
Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com
os pronomes demonstrativos a aquele, aquela e aquilo:
a + aquele = àquele;
a + aquela = àquela;
a + aquilo = àquilo.
Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o
substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da
preposição a contraindo com o artigo definido a.
Atenção!
Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto
uso da crase depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma
capacidade de análise do enunciado frásico, sendo importante compreender que não
ocorre crase se houver apenas a preposição a, ou apenas o artigo definido a ou apenas
o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que haja uma sequência de
duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase.
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de
ser.
1) Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou
vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
Dicas:
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com eles
em pessoa e número.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência
mundial.
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o
verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à
aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. -
o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância
atrativa).
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado
no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade,
temendo a violência da rua, permanecem em casa.
2) Sujeito composto
Regra geral
O verbo vai para o plural.
Casos especiais:
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo
mais próximo do verbo.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo.
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá
ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos
(lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará
com o aposto resumidor.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... -
o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular
quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos:
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim...
como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural,
embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Dicas:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e
com ele devem concordar.
Exemplos:
4) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do
singular.
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Esperei-as chegar.
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o
verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo
(ver, ouvir, sentir e sinônimos).
Exemplos:
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o
verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Exemplos:
Dicas:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.
Dicas:
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra
dia.
Exemplos:
Dicas:
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que
aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.
f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço,
peso, quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular.
Exemplos:
g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo pode
ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou
concordar com o sujeito posposto.
Exemplos:
h - Na expressão: é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre
o verbo “ser” e o “que”, ficará invariável. Se aparecer, o verbo concordará com o
sujeito.
Exemplos:
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos que se
seguem a ele e completam o seu sentido. Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos
(direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Para entender melhor sobre esse
assunto e não errar mais, confira abaixo alguns exemplos e suas respectivas explicações:
Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a preposição em (morar
em algum lugar). No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige
preposição (implicar algo, e não implicar em algo). No terceiro exemplo, ir exige a preposição
a, o que faz dele um verbo transitivo indireto. Na forma padrão, a oração “Isso implica em
mudança de horário” não está correta. Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como
eles são regidos. Alguns, conforme o seu significado, podem ter mais do que uma forma de
regência.
1. Assistir
2. Chegar
Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.
3. Custar
4. Obedecer
Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o pai!
5. Proceder
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
6. Visar
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como
verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.
7. Esquecer
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.
8. Querer
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:
11. Ir
Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige
preposição:
13. Morar
14. Namorar
15. Preferir
16. Simpatizar
17. Chamar
Chama o Pedro!
Paga o sorvete?
Corriqueiras, por sinal, não é verdade? Mas imagine quando a interlocução se refere a casos
do tipo:
Dessa forma, no intuito de evitarmos situações como essas, observe o modo como deveriam
ser expressos os enunciados acima:
Polissemia e ambiguidade
A ambiguidade é vista como um vício de linguagem, isto é, como um desvio das normas
padrão estabelecidas para a língua portuguesa. Embora seja aceitável na linguagem lírica e
poética, devido à maior liberdade criativa nesse tipo de escrita, a ambiguidade é um vício que
deve ser evitado em textos jornalísticos, acadêmicos e, mesmo, durante a comunicação
informal enquanto troca de informações objetivas e precisas, já que causa problemas na
interpretação dessas informações.
Tipos de ambiguidade
A língua portuguesa apresenta alguns tipos específicos de ambiguidade que ocorrem devido
à maneira como o próprio idioma estabelece-se. Vamos conhecer esses tipos vendo exemplos
e maneiras de evitá-los.
Uso indevido de pronomes possessivos
A mochila era de Andréia ou de Fabiano? Para evitar esse tipo de ambiguidade, evite usar o
pronome seu ou sua nesses casos e use dele ou dela:
Leia mais: A ambiguidade gerada pelo emprego inadequado dos pronomes possessivos
Ocorre quando há uso indistinto de um termo que pode servir como pronome relativo (aquele
que retoma um antecedente, representando-o no início de uma oração) ou como conjunção
integrante (aquela que introduz orações substantivas) dependendo de onde ele é encaixado na
frase. Exemplo:
Quem estava correndo: a garota ou o vizinho? Mudando a posição das orações, temos o
seguinte:
Ambiguidade e polissemia
Exemplos de polissemia
Vejamos alguns exemplos no qual as mesmas palavras são utilizadas em diferentes contextos:
Exemplo 1
Logo, constatamos que a palavra "letra" é um termo polissêmico, visto que abarca significados
distintos dependendo de sua utilização.
Exemplo 2
1. A boca da garrafa de cerveja está com ferrugem.
2. O seu João continua mandando bocas para a vizinha do 1.º D.
3. E que tal se você fechasse a boca?
Exemplo 3
Polissemia e Ambiguidade
Exemplo: Ninguém conseguia se aproximar do porco do tio, tão bravo ele era.
• Essa oração pode ser entendida com ironia, na medida em que pode ser interpretada
como uma ofensa ao tio. Ao mesmo tempo, o tio pode realmente ter um suíno que é
bravo.
Polissemia e Homonímia
Há outros termos que apesar das semelhanças gráficas e na pronúncia, apresentam significados
diferentes. Trata-se dos homônimos perfeitos. A diferença entre os termos polissêmicos e os
homônimos é que a sua origem etimológica, além da ideia que expressam, são diferentes.
Exemplos:
1. Estava uma fila enorme no banco por causa do dia do pagamento dos trabalhadores.
2. Joana sentou no banco da praça para terminar de ler seu livro.
3. Se você não tiver dinheiro, eu banco nossa viagem ao exterior.
No exemplo acima, podemos constatar que o termo "banco" é homônimo. A mesma palavra
significa: instituição financeira (oração 1); assento (oração 2) e arcar com as despesas, pagar
(oração 3).
O que é intertextualidade?
Tipos de Intertextualidade
Exemplos
Intertextualidade na Literatura
Texto Original
(Oswald de Andrade)
Outro exemplo é o poema de Gonçalves Dias (1823-1864) intitulado Canção do Exílio o qual
já rendeu inúmeras versões. Dessa forma, segue um dos exemplos de paródia, o poema de
Oswald de Andrade (1890-1954), e de paráfrase com o poema de Carlos Drummond de
Andrade (1902-1987):
Texto Original
Paródia
Intertextualidade na Música
Funções da Linguagem
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua
história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que
o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.
Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo
principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui
um caráter pessoal. Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários.
Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de
exclamação, etc.
Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe
chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em
uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero
encontrar essa casa em ordem, combinado?!?
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do
sentido conotativo das palavras. Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a
mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de
linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem. Note que esse tipo
de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função poética
na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de
tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que
o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no
canal de comunicação. Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas
expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.
Exemplos
• Vote em mim!
• Entre. Não vai se arrepender!
• É só até amanhã. Não perca!
Função Metalinguística
Exemplo
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica
a função metalinguística.
Abaixo, você encontra um diagrama com as funções da linguagem e sua relação com os
elementos da comunicação:
Elementos da Comunicação
Fique Atento!!!
Importância da Comunicação
O ato de comunicar-se é essencial tanto para os seres humanos e os animais, uma vez que
através da comunicação partilhamos informações e adquirimos conhecimentos. Note que somos
seres sociais e culturais. Ou seja, vivemos em sociedade e criamos culturas as quais são
construídas através do conjunto de conhecimentos que adquirimos por meio da linguagem,
explorada nos atos de comunicação. Quando pensamos nos seres humanos e nos animais, fica
claro que algo essencial nos distingue deles: a linguagem verbal. A criação da linguagem verbal
entre os seres humanos foi essencial para o desenvolvimento das sociedades, bem como para a
criação de culturas. Os animais, por sua vez, agem por extinto e não pelas mensagens verbais
que são transmitidas durante a vida. Isso porque eles não desenvolveram uma língua (código)
e por isso, não criaram uma cultura.
Importante lembrar que existem duas modalidades básicas de linguagem, ou seja, a linguagem
verbal e a linguagem não verbal. A primeira é desenvolvida pela linguagem escrita ou oral,
enquanto a outra pode ocorrer por meio de gestos, desenhos, fotografias, dentre outros.
Meios de Comunicação
Tipos de Comunicação
Funções da Linguagem
Dessa forma, grosso modo, a comunicação corresponde ao efeito ou ato de transmitir e receber
mensagens; em outras palavras ela é um intercâmbio que ocorre por meio de um código
linguístico (língua), entre um emissor (locutor), aquele que produz o enunciado, e o receptor
(interlocutor), encarregado de decodificar a mensagem transmitida.
Fatores Pragmáticos
Linguagem é toda forma que o ser humano usa para se comunicar. A linguagem inclui a língua
que, por sua vez, é um sistema convencionado pelos homens e utilizados por grupos. Um desses
sistemas convencionados é a Gramática, ou seja, as regras que estabelecem o uso de uma língua.
Exemplos:
A dança, as placas sinalizadoras e o semáforo são exemplos de linguagem.
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua oficial, tal como as línguas portuguesa
e espanhola, por exemplo.
Tipos de Linguagem
Já deu para perceber que existem diferente tipos de linguagem, não é? Para você ficar craque
no assunto, vamos explicar cada um deles. Confira!
A linguagem verbal é aquela que utiliza palavras para transmitir uma mensagem. Essa
informação é muito importante, porque muitos ainda pensam que o vocábulo “verbal” está
relacionado a “verbalizar” no sentido da oralidade. Contudo, ao escrevermos, utilizamos uma
estrutura configurada em sua relação com um determinado código, que deve ser compreendido
e reconhecido, tanto pelo emissor quanto pelo receptor, para que ocorra comunicação.
Assim, é correto dizer que, para que façamos uso da linguagem verbal, é essencial que sejamos
falantes/usuários de uma língua, que consiste em um sistema de representação (social e
historicamente construído), formado por signos linguísticos. O ser humano tem necessidade
de comunicar-se. É por meio desse processo que nos construímos socialmente, que produzimos
conhecimentos, que convivemos. Nesse sentido, recorremos a diferentes formas de
estabelecermos esses contatos, que não se limitam ao uso da linguagem verbal. O nosso
corpo, as nossas expressões faciais e o próprio silêncio, às vezes, constroem mais sentido do
que uma fala ou um texto escrito. Basta nos lembrarmos daquele olhar de mãe, ao repreender
uma criança sem sequer pronunciar uma palavra. E é por isso que também nos valemos da
chamada linguagem não verbal em nossos atos comunicativos, um tipo de linguagem que não
se estabelece por meio de palavras, mas, muitas vezes, por meio de índices, ícones e símbolos,
por exemplo. Essa linguagem é tão importante que, mesmo que estejamos comunicando-nos
com alguém que não compartilha conosco do mesmo código, conseguimos, muitas vezes,
efetivar a comunicação por meio de mímicas, da forma como postamos o nosso corpo, ou até
mesmo utilizando-nos de um sorriso.
Exemplo:
A carta é um exemplo de linguagem verbal.
A linguagem não-verbal é aquela que utiliza imagens, sinais, gestos, entre outros para transmitir
uma mensagem.
Exemplo:
As
pinturas são exemplos de linguagem não-verbal. Na imagem, Guernica (1937), de Pablo
Picasso.
Linguagem Mista
A linguagem mista, por sua vez, é uma combinação das linguagens verbal e não-verbal, ou seja,
além de palavras, ela faz uso de recursos visuais.
Exemplo:
As charges combinam imagens e palavras, por isso são exemplos de linguagem mista.
O que é fala?
A fala, por sua vez, é uma linguagem oral que, além disso, recorre à língua para se manifestar.
Por exemplo, as pessoas falam português, inglês, espanhol, entre tantas outras línguas.
Conforme o contexto dos seus falantes, surgem diferentes níveis da fala:
✓ Fala coloquial: utilizada em situações informais, logo, comum no dia a dia dos falantes,
cujo vocabulário pode ser mais simples e marcado por gírias.
✓ Fala culta: utilizada em situações formais, o vocabulário é mais polido.
Figuras de Palavras
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo
comparativo fica subentendido na frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Uso
da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável".
Comparação
Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Uso
da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado".
Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais
específica.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião,
embarcar é o utilizado.
O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica.
Sinestesia
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
Na
tirinha, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia.
Perífrase
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do
leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
Na
charge acima, a "Terra da Garoa" substitui "cidade de São Paulo" .
Figuras de Pensamento
Hipérbole
A
expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.
Eufemismo
Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao
eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.
Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são
boas.
No exemplo acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você deveria
aperfeiçoar essa técnica".
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Nota-se o uso da ironia, uma vez que o personagem está zangado com a pessoa e utilizou
o termo "inteligente" de maneira irônica.
Personificação
A
personificação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé Lelé afirma que o
espelho está olhando ele. Assim, utilizou-se uma caraterística dos seres vivos (olhar) em
um ser inanimado (o espelho).
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo; mal,
bem; paz e guerra.
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como
no caso da antítese).
Gradação
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
Na
tirinha, o personagem foi explicando de forma crescente a ideia.
Apóstrofe
Figuras de Sintaxe
Elipse
Na
segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer
sanduíches entre as refeições...".
Zeugma
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
A
zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um
descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!".
Hipérbato
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
A ordem direta do nosso hino é "Das margens plácidas do Ipiranga ouviram um brado
retumbante de um povo heroico".
Polissíndeto
Assíndeto
Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
Anacoluto
Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)
Pleonasmo
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
Na
tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já significa
"para fora".
Silepse
A silepse é a concordância com o que se entende e não com o que está implícito. Ela é
classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
✓ Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada
cidade de São Paulo.)
✓ A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A
maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)
✓ Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós,
em vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)
Anáfora
Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei
aqui sempre para você.
Aliteração
Uso
da aliteração em "O rato roeu a roupa do rei de Roma".
Paronomásia
Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda
a cavalo, cavalheiro = homem gentil)
Uso
da paronomásia por meio dos termos que possuem sons parecidos: "grama" e "grana".
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
Na
tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a" em: "massa",
"salga", "amassa".
Onomatopeia
No
primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e
"Buááá...; Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do
cebolinha.
Gêneros Textuais
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais
dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas
textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-
argumentativo, expositivo e injuntivo.
Conceito de gênero
Os gêneros textuais podem ser definidos como unidades formadoras de sentido, com
determinados propósitos ou intencionalidades discursivas. Nesse sentido, a vontade do
emissor (locutor) poderá ser revelada por meio do discurso: informar, convencer, contar uma
história, persuadir, posicionar-se, opinar etc. Importante ressaltar que não é o fato de pertencer
a um determinado gênero que fará com que o texto seja rigorosamente imutável, ou seja, é uma
inverdade dizer que todos os artigos de opinião serão iguais. A estrutura do texto e o que ele
enuncia sempre dependerão das condições de produção: quem diz, por que diz, para quem,
como, por meio de qual veículo, com qual intenção e em que contexto. Para entendermos
melhor o contexto dos gêneros textuais, podemos construir a seguinte imagem: os gêneros são
elementos constitutivos de grandes conjuntos, uma vez que reúnem determinadas sequências
linguísticas em sua composição, mas se diferem com relação à intencionalidade, e trazem
também outras características que se desenvolvem considerando o contexto cultural e
temporal a que estão submetidos.
Vejamos: se pensarmos em um grande conjunto chamado tipo narrativo, poderemos ver dentro
dele diversos elementos: fábula, conto, crônica narrativa, diário, romance etc. O que esses textos
têm em comum? Todos eles contam histórias, narram, relatam... No entanto, todos eles realizam
isso da mesma forma? Não. Se observarmos os gêneros fábula e conto, veremos imediatamente
que, embora pertençam ao tipo narrativo, são textos que se diferenciam, por exemplo, com
relação à construção das personagens e à intenção discursiva, tanto que a fábula, de maneira
alegórica, provoca, por meio da narrativa, a reflexão sobre um ensinamento, uma moral, algo
que não pertence ao universo composicional do conto.
Enquanto os gêneros são formas flexíveis de textos, os tipos, por sua vez, caracterizam-se
pela rigidez, pela estruturação pautada em sequências linguísticas, pelo uso de vocabulário
específico, por relações lógico-semânticas com propriedades mais fixas, sendo os grandes
conjuntos nos quais estão contidos os gêneros textuais. Os estudos linguísticos, em sua maioria,
reconhecem pelo menos os seguintes tipos ou tipologias textuais: narração, argumentação,
descrição, injunção e exposição. Quando conseguimos reconhecer os tipos textuais, temos mais
condições de interpretá-los com eficácia, uma vez que os efeitos de sentido produzidos pelos
textos estão também relacionados à forma como estruturam-se. Veja, a seguir, um quadro
comparativo, bastante didático que elenca as diferenças entre tipos e gêneros textuais.
Sua nomeação abrange um conjunto limitado Sua nomeação abrange um conjunto aberto e
de categorias teóricas determinadas por praticamente ilimitado de designações
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e concretas determinadas pelo canal, estilo,
tempo verbal. conteúdo, composição e função.
Podemos dizer que existem três elementos básicos na formação dos gêneros textuais, os quais
são formadores do discurso: tema, forma composicional e estilo. Com relação ao tema, é
importante dizer que não se trata apenas do assunto que será tratado no texto, mas é aquilo que
parte também de um determinado ponto de vista ou intencionalidade de quem diz ou escreve.
Assim, o tema será o conteúdo trabalhado com base em um determinado valor ou ideologia,
de acordo com estudiosos da área. Já a forma composicional e o estilo ligam-se às escolhas
com relação ao vocabulário, estrutura e registro, ou seja, à forma como o texto irá organizar-
se para que cumpra com seu papel de intervir socialmente. Esses elementos demonstram,
portanto, que os textos, de acordo com as condições de produção que são dadas no momento
da fala e da escrita, observando-se os papéis sociais dos envolvidos nos atos comunicativos,
aproximam-se ou distanciam-se uns dos outros, a depender da forma como quer-se intervir por
meio deles.
Texto Narrativo
✓ Romance
✓ Novela
✓ Crônica
✓ Contos de Fada
✓ Fábula
✓ Lendas
Texto Descritivo
✓ Diário
✓ Relatos (viagens, históricos, etc.)
✓ Biografia e autobiografia
✓ Notícia
✓ Currículo
✓ Lista de compras
✓ Cardápio
✓ Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
✓ Editorial Jornalístico
✓ Carta de opinião
✓ Resenha
✓ Artigo
✓ Ensaio
✓ Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos
como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação. Alguns exemplos de
gêneros textuais expositivos:
✓ Seminários
✓ Palestras
✓ Conferências
✓ Entrevistas
✓ Trabalhos acadêmicos
✓ Enciclopédia
✓ Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de
modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso,
apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo.
✓ Propaganda
✓ Receita culinária
✓ Bula de remédio
✓ Manual de instruções
✓ Regulamento
✓ Textos prescritivos
✓ Anedota
✓ Blog
✓ Reportagem
✓ Charge
✓ Carta
✓ E-mail
✓ Declaração
✓ Memorando
✓ Bilhete
✓ Relatório
✓ Requerimento
✓ ATA
✓ Cartaz
✓ Cartum
✓ Procuração
✓ Atestado
✓ Circular
✓ Contrato
Compreensão Textual
Compreensão textual está relacionada diretamente com aquilo que um texto a ser interpretado
informa de modo completo, sem necessidade de inferir. A Compreensão Textual abrange
uma análise de decodificação daquilo que realmente é escrito no texto. Ou seja, as
informações pontuais existentes no texto farão parte da resposta a ser encontrada.
Por outra vertente hã também a interpretação de texto. Apesar de muitas pessoas acreditarem
que as palavras sejam sinônimas, na realidade são bastante diferentes.
Enquanto uma está ligada à ideia concreta do texto, denotando aquilo que se tem a partir do
texto. A outra está relacionada à conexão de ideias a fim de inferir/interpretar uma realidade a
partir do texto.
A compreensão textual está relacionada a decodificação dos signos presentes no texto para
entender a mensagem passada. É uma análise totalmente subjetiva de palavras, ideias e
expressões que são presentes no texto analisado.
Dessa maneira, algumas expressões encontradas nos enunciados das questões referentes ao
texto analisado explicitarão o conceito. Tem-se, assim, a caracterização da compreensão textual
a partir das expressões:
As expressões, portanto, farão referências aquilo que o autor/texto está informando. Sem análise
subjetiva do leitor do contexto e de tudo o que envolve as informações do texto. Objetividade,
apontamento e direcionamento à informação levantada.
Diferença entre Compreensão Textual e Interpretação de Texto
A compreensão textual definitivamente não é simples. Afinal, é necessário desprender toda uma
ideia anterior de sinônimo com relação à Interpretação de Texto. Após exposta as notórias
diferenças, dicas para a compreensão se tornam mais fáceis de elucidar:
✓ Fazer uma primeira leitura calma e pausada do texto, geralmente com o dedo como guia
da leitura (guiar a leitura é aperfeiçoamento, não retrocesso);
✓ Fazer uma segunda leitura apontando a palavra-chave de cada período;
✓ Elaborar um pequeno fluxograma dinâmico para entender as informações existentes no
texto;
✓ Analisar os enunciados das questões anteriormente à leitura com intuito de verificar as
expressões;
A Estilística é a parte dos estudos da linguagem que, como o próprio nome denota, preocupa-
se com o estilo. Nela, a linguagem pode ser utilizada para fins estéticos, conferindo à palavra
dados emotivos. A linguagem afetiva é representada por esse importante recurso, no qual
podemos observar os processos de manipulação da linguagem utilizados para extrapolar a mera
função de informar. Na Estilística há um interessante contraste entre o emocional e o intelectivo,
estabelecendo uma relação de complementaridade entre seu estudo e o estudo da Gramática,
que aborda a linguagem de uma maneira mais normativa e sistematizada. Muitas pessoas ainda
associam o estilo a uma ideia de deformação da norma linguística, o que não é necessariamente
uma verdade, visto que existe uma grande diferença entre traço estilístico e erro gramatical.
O traço estilístico acontece quando há uma intenção estético-expressiva que justifique o desvio
da norma gramatical. Já o erro gramatical não apresenta uma intenção estética, pois configura-
se apenas como um desconhecimento das regras.
⇒ Estilística fônica;
⇒ Estilística morfológica;
⇒ Estilística sintática;
⇒ Estilística semântica.
Para auxiliar na organização das palavras, tanto na linguagem escrita como na linguagem oral,
a Estilística ocupa-se do estudo dos elementos expressivos, abarcando assim a conceitualização
e os diversos usos das figuras, vícios e funções de linguagem. A partir da leitura de nossos
artigos, você poderá entender quão importante é a Estilística, um recurso amplamente utilizado
em diversos gêneros, especialmente na linguagem poética e na linguagem publicitária.
A Estilística está relacionada com a função expressiva, que pretende conferir emoção ao discurso através de
recursos como as figuras de linguagem
Campos da Estilística
De acordo com os estudiosos, a Estilística pode ser dividida nos seguintes campos:
Estilística Fônica
Nesse campo, as figuras de som contribuem para atribuir harmonia aos textos mediante a
sonoridade, como podemos verificar nas figuras de som ou harmonia abaixo:
Estilística Morfológica
Esse campo da Estilística se preocupa principalmente com a forma. Para tanto, o recurso mais
utilizado para exprimir mais emoção ao texto são os sufixos aumentativos e diminutivos.
Exemplo:
No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente em relação à comida. Nada nos desperta
sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha.
- Mais um feijãozinho?
O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de antropófagos com
capacidade para três missionários. Leva porcos inteiros, todos os miúdos e temperos
conhecidos e, parece, um missionário. Mas a dona de casa o trata como um mingau de todos
os dias.
- Mais um feijãozinho?
- Um pouquinho.
- E uma farofinha?
- Ao lado do arrozinho?
- Isso.
- E quem sabe mais uma cervejinha?
- Obrigadinho.
Estilística Sintática
A Estilística Sintática recorre a uma série de recursos para proporcionar efeitos estéticos nos
textos. Veja abaixo como as figuras de sintaxe ou de construção contribuem nesse sentido:
Uso
da anáfora pela repetição de "se for"
Estilística Semântica
No campo da Estilística Semântica os efeitos responsáveis por trazer emoção ao texto são as
figuras de palavras ou semânticas. Dentre elas, destacam-se:
Metáfora: a comparação de palavras que não se relacionam entre si torna o texto mais atrativo.
Exemplo:
Na
imagem acima, a aderência do o pneu à pista está sendo comparada à do durex no papel
Metonímia: é marcada pela transposição de significados, que considera a parte pelo todo.
Exemplo:
A metonímia está presente na ideia "comer o pratos". Na verdade, a pessoa não comeu os pratos,
mas o que continha neles.
No sentido de integrá-lo(a) de forma efetiva ao que por ora nos propomos, considere que por
muitas vezes resolvemos sair do mundo real e resolvemos mergulhar por inteiro num mundo,
talvez, irreal, digamos assim. Dessa forma, damos liberdade ao pensamento e, como resultado
desse ato, surge uma história que com certeza irá envolver nosso interlocutor. Prosseguindo
com nossos intentos, nesse mundo fictício em que nos posicionamos, achamos por bem
descrever acerca de alguns detalhes, de alguns pormenores que, de uma forma ou outra,
sobressaem-se ao que desejávamos conquistar. Optamos, portanto, em extravasar, fazendo
com que os cinco sentidos entrem em ação (dessa vez, metaforicamente dizendo). Como saldo
de nossa habilidade criativa, todas essas percepções captadas se transformam numa espécie de
fotografia verbalizada. Tais exemplos, usuário(a) amigo(a), foram expressos no sentido de
fazer com que você entenda que, levando em conta as intenções que desejamos “provocar” em
nosso interlocutor, há formas distintas de organizarmos nosso discurso – o que depreende dizer
que muitas são as vezes em que praticamos a narração, como, também, desenvolvemos a
descrição. Esticando nosso diálogo, em se tratando de exemplos recorrentes, em algumas
circunstâncias deixamos esse lado sonhador e voltamos para a realidade, posicionando-nos
firmemente acerca de um determinado assunto e defendendo-o com toda postura, fazendo uso
de argumentos tão sólidos e tão convincentes que alternativa alguma terá o interlocutor senão
atribuir a credibilidade necessária àquilo que dissemos. Quando assim procedemos, estamos
fazendo uso da argumentação, que também representa uma modalidade resultante da forma
como organizamos nosso discurso. Pois bem, eis o resultado de todos os objetivos a que nos
propomos ao criar um espaço como este, no qual poderá compartilhar os detalhes que se
mostram relevantes quando a pauta da conversa diz respeito às distintas modalidades resultantes
da organização discursiva, traduzidas pela narração, dissertação, descrição, entre outros
detalhes afins.
As entidades do texto
Há três modos básicos de organização de um texto: o narrativo, o descritivo e o
dissertativo. Todo texto é apresentado por um “eu” que não tem existência real. Há uma
diferente entidade para cada modo de organização de texto. Essas entidades não são os autores
do texto, mas aqueles que “falam” no texto. O modo de organização é determinado também
pelo conteúdo e construído conforme o objetivo da produção do texto. Observe a seguir:
Quem “fala”
Narração...............narrador
Descrição..............observador
Dissertação...........argumentador
Conteúdo
Narração..........ações, acontecimentos
Dissertação......opiniões, argumentos
Objetivo
Narração..........relatar
NARRAÇÃO
O texto narrativo apresenta uma história vivida por determinadas personagens, em tempo e
lugar definidos. Um narrador conta a história. Quando há trechos descritivos, servem para que
o leitor visualize melhor os acontecimentos narrados.
DESCRIÇÃO
O texto descritivo apresenta um observador. O olhar desse observador pode ser objetivo ou
subjetivo, profundo ou superficial. Uma pessoa do século I e uma do século XXI, por exemplo,
observariam de forma bem diferente um mesmo fenômeno. A descrição, em geral, aparece
dentro de um texto narrativo ou dissertativo. Toda descrição tem um tema-núcleo, que pode
ser um objeto, um ser animado ou inanimado ou mesmo um processo.
DISSERTAÇÃO
Na dissertação, o autor defende seu ponto de vista com uma série de argumentações, com o
propósito de convencer o leitor. O tema pode estar na 1ª ou na 3ª pessoa. O texto dissertativo
costuma ter três partes principais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
DISCURSO
A produção de um texto oral ou escrito ocorre com base em uma situação ou contexto, do qual
fazem parte: a pessoa que fala, com quem ela dialoga, o porquê da conversação, qual a intenção
de quem fala etc. A compreensão integral do texto se realiza através da organização clara desses
diversos aspectos. Discurso é a atividade comunicativa entre interlocutores que apresenta
sentido e está inserida em um contexto.
TIPOS DE DISCURSO
No discurso direto, o narrador introduz a personagem e termina a frase com dois pontos. Em
seguida, faz um novo parágrafo e coloca um travessão, seguido da fala da personagem.
Normalmente, há um verbo de elocução (verbo que introduz a fala da personagem: dizer,
responder, falar, perguntar, pedir, etc.), que pode ser colocado também no meio ou depois da
fala. Observe:
Nas frases acima, o narrador conta o que as personagens (professora Ana e um aluno) disseram,
reproduzindo as suas palavras. Tem-se aí o discurso indireto.
“Ela o cumprimentou arisca meio de longe, estendendo-lhe as pontas dos dedos, os olhos no
chão. Depois saiu ligeira para os fundos da casa, não apareceu mais. E a prima? Disse ao se
despedir, já no cavalo. Deixa pra lá, tem dessas esquisitices de ausência de moça solteira,
desculpou o pai.”
Neste outro texto, há um discurso misto: o discurso do narrador (“Ela o cumprimentou arisca...
não apareceu mais.”) e as falas das personagens que se introduzem, revelando o seu fluxo de
pensamento (“E a prima? Disse ao se despedir, já no cavalo. Deixa pra lá, tem dessas
esquisitices de ausência de moça solteira, desculpou o pai.”) A mistura do discurso indireto do
narrador é chamada discurso indireto livre. Na passagem do discurso direto para o indireto e
vice-versa, ocorrem algumas modificações. Veja abaixo
Discurso Direto
A fala aparece na 1ª pessoa do singular (eu) ou do plural (nós), sendo possível também encontrar
“você” e “senhor(a)”. Exemplo:
Presente do Indicativo
Presente do Subjuntivo
Imperativo
- Experimente a sobremesa.
A mãe disse:
- Vamos jantar.
Discurso Indireto
Futuro do Pretérito
Ausência de pontuação depois do verbo de elocução, que vem seguido do conectivo que.
MONÓLOGO
➢ língua e linguagem;
➢ funções da linguagem;
➢ tipologia textual;
➢ intertextualidade;
➢ figuras de linguagem;
➢ verbos;
➢ pronomes;
➢ coesão textual;
➢ classes gramaticais;
➢ gêneros literários;
➢ sintaxe;
➢ correção gramatical.
Revise a matéria
Antes de partir para o estudo, que tal dar uma revisada? É sempre bom garantir que a
matéria está fresca na nossa cabeça!
LITERATURA
ESCOLAS LITERÁRIAS:
Principais autores:
- Pero Vaz de Caminha:
Escreveu “Carta ao Rei Dom Manuel” em 1500 para relatar a chegada ao Brasil.
- Padre José de Anchieta:
Escreveu textos religiosos e para teatro com destaque para a moral cristã e clara divisão entre
o bem o mal.
- Padre Manuel da Nóbrega:
Coordenou a primeira missão jesuítica ao Brasil e escreveu relatos aos superiores.
A literatura barroca é marcada pelo conflito entre matéria e espírito, o apelo à religião, ao
sobrenatural e ao misticismo, bem como o exagero e a extravagância. O contexto aborda a
dominação espanhola no Brasil e a sombra da inquisição, que condenou o Padre Antônio
Vieira por seus textos. A poesia satírica também é um dos elementos de destaque do período.
Principais autores:
- Bento Teixeira:
Autor de Prosopopéia, obra que é o marco da introdução do barro no Brasil.
- Gregório de Mattos:
As poesias do escritor baiano também conhecido como "Boca do Inferno" possuem diferentes
facetas: lírica, satírica e religiosa – esta última em sua maturidade literária.
- Padre Antônio Vieira:
Talvez o mais polêmico dos autores, Vieira é autor do Sermão de Santo Antônio ou dos
Peixes e foi preso pela inquisição de 1665 a 1667.
A produção desta escola literária tem como características o predomínio da razão, o objetivismo
e o universalismo. A natureza é utilizada como constante plano de fundo e a imitação da cultura
clássica greco-latina também. A linguagem é simples e majoritariamente descritiva, sem
subjetivismo.
Principais autores:
O romantismo pode ser dividido em três gerações: a primeira possui influências neoclássicas e
aborda questões históricas e políticas. O subjetivismo é extremo, a produção é medievalista e
nacionalista, com bastante idealização da mulher. A segunda fase é marcada pelo pessimismo,
sentimentalismo exagerado e irracionalismo. Já a terceira inicia a transição para o realismo e
há uma diluição das características românticas.
Principais autores:
1.ª fase: Gonçalves Dias – Canção do Exílio
Principais autores:
- Aluísio de Azevedo – O Cortiço
Principais autores:
- Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, O Alienista.
Escola pautada pelo subjetivismo, pessimismo e a dor de existir. A linguagem é vaga, fluida e
busca sugerir em vez de nomear. O uso de figuras de linguagem como metáforas, comparações,
aliterações (repetições de sons iguais ou semelhantes) e assonâncias (repetir sons de vogais em
verso ou frase) e sinestesias (mistura de diferentes sensações) é frequente.
Principais autores:
- Cruz e Souza – Tropos e Fantasias
- Alphonsus de Guimarães – Setenário das Dores de Nossa Senhora
O gosto pela descrição nítida, as concepções tradicionais sobre ritmo e rima, além do ideal da
impessoalidade são as características principais das obras parnasianas. O culto à forma é
fundamental: os autores desta escola estão preocupados em fazer a arte pela arte, sem discutir
questões sociais.
Principais autores:
- Olavo Bilac – Tratado de Versificação
No começo do século a literatura passa por um momento de transição em que as escolas mais
recentes convivem por igual importância, ao mesmo tempo em que os autores buscam
apresentar coisas novas. É um período eclético: há a ascensão da burguesia urbana e diversas
agitações de operários imigrantes no começo da industrialização do país, que aos poucos
substituia o foco na produção de café para uma diversificação econômica.
Principais autores:
- Euclides da Cunha – Os Sertões
- Monteiro Lobato – Reinações de Narizinho
- Lima Barreto – Triste Fim de Policarpo Quaresma
- Augusto dos Anjos – Eu
- Graça Aranha – Canaã
10 - Modernismo
O período modernista é dividido em três etapas: na primeira, chamada de fase heroica, existe a
busca por uma ruptura com a preocupação das estruturas clássicas no parnasianismo e o
simbolismo. Há grande influência de movimentos de vanguarda como o dadaísmo, cubismo e
surrealismo.
Principais autores:
Primeira fase:
- Manuel Bandeira – Libertinagem; Lira dos Cinquent'anos, Estrela da Vida Inteira (poesia),
Crônicas da Província do Brasil.
- Mário de Andrade – Lira Paulistana (poesia), Macunaíma (rapsódia), Amar, verbo intransitivo
(romance).
- Oswald de Andrade – O Rei da Vela.
Segunda fase:
- Carlos Drummond de Andrade – Claro Enigma.
- Cecília Meirelles – Espectros.
- Érico Veríssimo – O Tempo e o Vento, Incidente em Antares.
- Graciliano Ramos – São Bernardo, Vidas Secas.
- Jorge Amado – Capitães de Areia, O Cavaleiro da Esperança, Gabriela, cravo e canela.
- Rachel de Queiróz – Quinze.
Terceira fase:
- Guimarães Rosa – Sagarana.
- Clarisse Lispector – A Hora da Estrela.