p7 Valinhos Vol2
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PLANO MUNICIPAL
DE SANEAMENTO BÁSICO
E PLANO MUNICIPAL DE
GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
2016-2035
Analândia
Itirapina Corumbataí
CORUM BATAÍ
Rio Claro
Ipeúna Cordeirópolis
Santa
Gertrudes
Jarinu Atibaia
Bom
Itupeva Jesus dos
Salto Jundiaí Perdões Nazaré
JUNDIAÍ Paulista
VOLUME II
B&B Engenharia Ltda.
1
APRESENTAÇÃO
O presente documento constitui-se na Versão Final do Plano Municipal de Saneamento Básico e do Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (VOLUME II) do Município de Valinhos, apresentando os
trabalhos de consultoria desenvolvidos no âmbito do Contrato nº 25/2013, assinado entre a Fundação Agência das
Bacias PCJ e a B&B Engenharia Ltda., que tem por objeto a “Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico
conforme a Lei Federal nº 11.445/2007, contendo determinações sobre os Sistemas de Abastecimento de Água
Potável, Esgotamento Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana e Manejo de
Águas Pluviais, bem como o desenvolvimento do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, em
conformidade com a Lei Federal nº 12.305/2010”.
Com este documento dá-se atendimento ao item 10.1, subitem VII do Termo de Referência que norteia a presente
contratação.
Este documento é a associação dos Produtos 1 ao 6, que se constitui como Produto 7, o qual foi elaborado
considerando-se os tratamentos decorrentes da análise do Grupo de Trabalho Local constituído pelo município e da
fiscalização da Fundação Agência das Bacias PCJ. Tal produto é apresentado em dois volumes, os quais são
estruturados da seguinte maneira:
I. Volume I: Contempla o diagnóstico da situação da prestação de serviços de saneamento básico (Produto 3),
sendo anexos o Plano de Trabalho (Produto 1), o Plano de Mobilização Social (Produto 2) e o Estudo de
Composição Gravimétrica;
II. Volume II: Contempla os prognósticos e alternativas para universalização dos serviços de saneamento básico,
objetivos e metas (Produto 4); concepção dos programas, projetos e ações necessárias para atingir os
objetivos e as metas do PMSB e definição das ações para emergência e contingência (Produto 5);
Mecanismos e procedimentos de controle social e dos instrumentos para o monitoramento e avaliação da
sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das ações programadas (Produto 6), tendo como anexo os
Programas Governamentais de Interesse ao PMSB e o Memorial de Cálculo.
2
ÍNDICE ANALÍTICO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 16
2.1. CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DAS POPULAÇÕES TOTAL, URBANA E RURAL… ......................... 21
7.2. CONCEPÇÃO PROPOSTA PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA ÁREA URBANA ......... 44
7.3. CONCEPÇÃO PROPOSTA PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA ZONA RURAL ........... 49
3
10.1. CRITÉRIOS DE PROJEÇÃO ADOTADOS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................. 78
11.1. CONCEPÇÃO PROPOSTA PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA ÁREA URBANA ........ 81
11.2. CONCEPÇÃO PROPOSTA PARA OS SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO NA ÁREA RURAL ........ 92
16. MODELO DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. ............ 147
17. MODELO TECNOLÓGICO PARA MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................... 149
19.1. OBJETIVOS E METAS PARA OS RESÍDUOS DOMICILIARES E DE LIMPEZA URBANA.. ....................... 159
4
19.2. OBJETIVOS E METAS PARA OS RESÍDUOS SÓLIDOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL..................................169
20. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ATENDIMENTO DAS DEMANDAS ................................. ...........181
22. PREVISÃO DE DESPESAS E RECEITAS POTENCIAIS COM OS SERVIÇOS DE COLETA E MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS.. ........................................................................................................................................................ 205
24. MODELO DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS. ........... 215
5
26.2. DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DE FUNDO DE VALE.....................................................................223
28.2.MEDIDAS ESTRUTURAIS...................................................................................................................241
29. PREVISÃO DE DESPESAS COM A MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS. .......... 244
CAPÍTULO VII – DIRETRIZES DE CARATER GERAL PARA GESTÃO DO PLANO ................................................. 250
6
32. MECANISMOS DE AVALIAÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ......................................................... 265
7
LISTA DE FIGURAS
8
LISTA DE TABELAS
9
Tabela 43 – Custos Unitários de Estações de Tratamento de Esgoto. .................................................. 106
Tabela 44 - Custos de Implantação dos Sistemas de Transporte e Tratamento de Esgoto. ................... 107
Tabela 45 - Cronograma Plurianual dos Investimentos no Sistemas de Esgotamento Sanitário. ........... 109
Tabela 46 - Cronograma dos Investimentos nos Períodos de Planejamento do PMSB para o Sistema de
Esgotamento Sanitário. ...................................................................................................................... 110
Tabela 47 - Setores de Abastecimento de Água do Projeto de Setorização. ......................................... 117
Tabela 48 - Medidores de Vazão Selecionados. .................................................................................. 118
Tabela 49 - Pontos Medição de Vazão, Nível e Estações Remotas. ..................................................... 120
Tabela 50 - Cronograma e Custos de Implantação dos Projetos do Programa de Controle e Redução de
Perdas. .............................................................................................................................................. 126
Tabela 51 - Investimentos Anuais Previstos no Horizonte do PMSB. ................................................... 133
Tabela 52 - Balanço Simplificado. ...................................................................................................... 140
Tabela 53 - Fluxo de Caixa. ................................................................................................................ 142
Tabela 54 - Resumo do Fluxo de Caixa. .............................................................................................. 143
Tabela 55 - Processos tecnológicos relacionados a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. ..... 149
Tabela 56 - Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil em 2008. ..... 153
Tabela 57 - Composição Gravimétrica do município de Valinhos. ........................................................ 155
Tabela 58 - Resumo da Composição Gravimétrica do município de Valinhos. ..................................... 155
Tabela 59 - Geração Per Capita de Resíduos Sólidos Domiciliares em Função da População Residente,
Conforme Levantamento do CETESB. ................................................................................................. 160
Tabela 60 - Projeção da Geração de Resíduos Sólidos Urbanos. ......................................................... 161
Tabela 61 - Projeção das Quantidades de Resíduos Coletados e Reciclados. ...................................... 163
Tabela 62 - Evolução das Quantidades de Resíduos Orgânicos para Aproveitamento e Disposição Final em
Aterro Sanitário. ................................................................................................................................. 165
Tabela 63 - Cenários de Implantação de um Aterro Sanitário Municipal. .............................................. 168
Tabela 64 - Classificação e Destinação de Resíduos da Construção Civil (RCC). ................................. 169
Tabela 65 - Composição Típica dos Resíduos da Construção Civil (RCC). .......................................... 170
Tabela 66 - Informações Sobre a Geração de RCC em Diversas Cidades. ........................................... 170
Tabela 67 - Projeção da Geração e da Composição dos Resíduos Sólidos da Construção Civil............ 171
Tabela 68 - Projeção da Geração dos Resíduos Sólidos Volumosos. .................................................. 173
Tabela 69 - Projeção da Geração dos Resíduos de Serviços de Saúde. ............................................... 176
Tabela 70 - Parâmetros para Projeção da Geração dos Resíduos de Logística Reversa Obrigatória...... 178
Tabela 71 - Projeção da Geração de Resíduos de Logística Reversa Obrigatória. ................................. 178
Tabela 72 - Cenário Proposto para a Implantação de Um Novo Aterro Municipal. ................................ 198
Tabela 73 - Resumo dos Custos de Implantação e Operação das Instalações de Manejo dos Resíduos
Sólidos Domiciliares........................................................................................................................... 202
Tabela 74 - Resumo dos Custos de Implantação e Operação das Instalações de Resíduos Sólidos da
Construção Civil. ................................................................................................................................ 203
Tabela 75 - Resumo dos Custos Totais de Implantação e Operação das Instalações de Resíduos
Sólidos. ............................................................................................................................................. 204
Tabela 76 - Parâmetros para Projeção das Despesas com Coleta e Varrição. ...................................... 205
Tabela 77 - Projeção das Despesas com os Resíduos Sólidos. ........................................................... 205
Tabela 78 - Receitas da Unidade de Triagem (Preços Unitários). ......................................................... 207
Tabela 79 - Distribuição Percentual dos Resíduos Recicláveis Passíveis de Reaproveitamento. ........... 207
Tabela 80 - Receitas das Unidades de Compostagem (Preços Unitários). ........................................... 208
Tabela 81 - Resumo das Receitas Potenciais com RCC. ..................................................................... 208
Tabela 82 - Projeção Anual das Receitas Potenciais com Resíduos Sólidos. ....................................... 209
Tabela 83 - Balanço Anual das Despesas, Investimentos e Receitas Potenciais com Resíduos Sólidos.210
10
Tabela 84 - Resumo das Despesas, Investimentos e Receitas Potenciais por Período. ........................ 211
Tabela 85 - Projeção Populacional e Estimativa de Demanda dos Serviços. ........................................ 241
Tabela 86 - Estimativa dos custos de ampliação do sistema de microdrenagem. ................................ 242
Tabela 87 - Previsão dos investimentos em medidas estruturais. ........................................................ 243
Tabela 88 - Estimativa das Despesas com Manutenção do Sistema de Drenagem. .............................. 244
Tabela 89 - Despesas e Investimentos para o Sistema de Manejo de Águas Pluviais. .......................... 246
Tabela 90 - Composição dos Custos com o Sistema de Manejo de Águas Pluviais. ............................ 247
Tabela 91 - Demonstrativo da Dívida Fundada por exercício com respectivos percentuais em relação às
Receita Arrecadada e Receita Corrente Líquida - Município de Valinhos. ............................................. 252
Tabela 92 - Demonstrativo da Dívida Ativa por exercício, com percentuais de inscrição, recebimento e
cancelamento – Município de Valinhos. .............................................................................................. 252
Tabela 93 - Metas de Atendimento com Abastecimento de Água......................................................... 274
Tabela 94 - Índices de qualidade da água desejados no horizonte de Projeto. ...................................... 276
Tabela 95 - Metas de Controle de Perdas. .......................................................................................... 278
Tabela 96 - Metas de Cobertura e Atendimento Urbano com Esgotamento Sanitário. ........................... 280
Tabela 97 - Metas de Tratamento dos Esgotos Coletados. .................................................................. 281
Tabela 98 - Índices de qualidade de tratamento de esgoto desejados no horizonte de projeto. ............. 282
11
LISTA DE QUADROS
12
LISTA DE GRÁFICOS
13
LISTA DE SIGLAS
14
PDMAP – Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais.
PML – Prefeitura Municipal de Valinhos
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico.
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos.
PNSB – Política Nacional de Saneamento Básico.
RCC – Resíduos de Construção Civil.
RDO – Resíduos Domiciliares Orgânicos.
RPU – Resíduos Sólidos Públicos.
RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares.
RSS – Resíduos dos Serviços de Saúde.
RSU – Resíduos Sólidos Urbanos.
SAA – Sistema de Abastecimento de Água.
SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.
SES – Sistema de Abastecimento de Esgoto.
SMA – Secretaria do Meio Ambiente.
SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.
SP – São Paulo.
SRS – Sistema de Resíduos Sólidos.
SUS – Sistema Único de Saúde.
15
1. INTRODUÇÃO
O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS) foram elaborados, respectivamente, de acordo com o Artigo 19 da Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro
de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e com o Artigo 19 da Lei Federal nº 12.305
de 02 de agosto de 2010, que estabelece o conteúdo mínimo para a elaboração do PMGIRS.
O presente documento, denominado como Volume II, apresenta-se separadamente uma vez que possui um caráter
executivo, estabelecendo-se como um instrumento de planejamento sobre o qual a administração pública deverá
pautar-se por sua efetivação e a sociedade poderá efetuar a fiscalização sobre o mesmo.
16
17
CAPÍTULO I – PROJEÇÃO DA EVOLUÇÃO
POPULACIONAL
18
2. PROJEÇÃO DA EVOLUÇÃO POPULACIONAL
Neste item apresenta-se a metodologia utilizada para a determinação da evolução da população ao longo do período
de estudo do plano, o qual foi definido para 20 anos, com início em 2016, estendendo-se até 2035.
Assim, a sequência da análise é apresentada a partir de:
Fonte de Informações;
Estudos Existentes;
Métodos para Previsões Populacionais;
Critérios para Determinação das Populações Total, Urbana e Rural do Município.
a. Fonte de Informações
Para a estimativa de evolução populacional do município de Valinhos utilizou-se os dados oficiais do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatísticas – IBGE (censos demográficos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010) e da Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados - Fundação SEADE.
b. Estudos Existentes
Foram levantadas informações de estudos existentes, onde constem previsões populacionais, com o objetivo de se
buscar, quando possível, manter uma coerência entre estas previsões e as levantadas no presente estudo, de modo
que não coexistam informações muitas vezes, totalmente discrepantes e que levam a resultados muito diferentes nas
etapas posteriores dos estudos, tais como, previsões de demandas, necessidades de investimento, etc.
Neste sentido, merece destaque o estudo de projeção populacional constante no “Plano das Bacias Hidrográficas
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020 (com propostas de atualização do Enquadramento dos Corpos
d’Água e de Programa para Efetivação do Enquadramento dos Corpos d’Água até o ano de 2035)”, onde estudos que
compõem o Plano tiveram início no ano de 2007, de modo que a base de dados utilizada para a elaboração das
previsões populacionais, não contempla o censo demográfico realizado pelo IBGE no ano de 2010, pois as
informações mais atuais que foram utilizadas, são referentes à contagem populacional dos municípios brasileiros com
menos de 200.000 habitantes, realizada pelo IBGE em 2007.
No âmbito do presente PMSB e PMGIRS, tais aspectos justificam a utilização de uma previsão populacional mais
atual, a qual considera o Censo 2010, conforme será apresentado nos itens e capítulos posteriores do presente
relatório.
19
Métodos Matemáticos ou Estatísticos.
O Método dos Componentes Demográficos considera a tendência passada, verificado pelas variáveis demográficas:
fecundidade, mortalidade e migração, onde são formuladas hipóteses de comportamento futuro (TSUTIYA & ALEM
SOBRINHO, 2000), o qual é expresso pela seguinte equação:
Equação 1: P = P0 + (N − M) + (I − E)
Onde:
P e P0 são, respectivamente, as populações em uma data determinada e a população no período dos
estudos;
(N - M) representa o crescimento vegetativo no período, sendo N e M os nascimentos e mortes no período,
respectivamente;
(I - E) representa o crescimento social do período, sendo I as imigrações e E as emigrações no mesmo
período.
Os Métodos Matemáticos utilizam equações matemáticas para a previsão do crescimento populacional em um
determinado período, tendo como base, informações conhecidas sobre as populações de períodos anteriores. Os
principais métodos matemáticos são: aritmético, geométrico, exponencial e logarítmico.
Estes métodos são amplamente utilizados pela praticidade de execução, dependendo apenas da disponibilidade de
informações censitárias de períodos anteriores, através das quais é possível ajustar as diversas curvas de regressão
existentes, disponíveis no Microsoft Excel, adotando-se a que melhor represente o comportamento estatístico da
evolução populacional no período analisado. Para tanto, se utiliza o coeficiente de determinação R², que representa
o grau de confiabilidade da equação matemática; quanto mais próximo da unidade estiver, melhor é o ajuste.
O coeficiente de determinação é uma medida da proporção da variação total dos dados em torno da média, assim,
por exemplo, um coeficiente igual a 0,9920 significa que o grau de confiabilidade da regressão é de 99,20%.
Os métodos matemáticos, no entanto, que avaliam basicamente tendências, apresentam certas limitações, pois não
levam em conta importantes aspectos que compõem a dinâmica do crescimento populacional de uma dada região,
como taxas de mortalidade, natalidade, migrações e etc.
Já o Método das Componentes tem como base justamente estes aspectos, assim, tende a ser mais confiável. Por
outro lado, esta metodologia, quando comparada com os métodos de regressão matemática, é mais complexa e exige
estudos mais elaborados.
No Estado de São Paulo, a Fundação SEADE, realiza previsões populacionais com base no Método dos Componentes
Demográficos, para os municípios e regiões do estado. Estas previsões são atualizadas, particularmente, após a
divulgação dos dados de novos Censos do IBGE.
20
Como subsídio à metodologia utilizada, a Fundação SEADE realiza, mensalmente, uma pesquisa nos Cartórios de
Registro Civil de todos os municípios do Estado de São Paulo, coletando informações detalhadas sobre o registro
legal dos eventos vitais – nascimentos, casamentos e óbitos.
Estas informações, associadas àquelas provenientes dos Censos Demográficos, formam a base de dados para
aplicação do método dos componentes demográficos pela fundação.
Com base no que foi exposto, e visando permitir a atualização destas projeções com dados constantemente
atualizados pela Fundação SEADE, foram adotadas as projeções da mesma para a população total do município. A
apresentação detalhada desta metodologia consta no portal eletrônico da Fundação SEADE.
Para as projeções da população urbana e rural foi adotada a metodologia que será apresentada no item seguinte.
a) População Total
No presente PMSB e PMGIRS adotaram-se os dados dos estudos da Fundação SEADE, referentes ao crescimento da
população total do município de Valinhos, os quais estão disponíveis no portal eletrônico da referida fundação,
constando as projeções da população total para o período de 2011 a 2019 e para os anos de 2020, 2025 e 2030.
Para o restante do período abordado neste relatório (2031 a 2035) os dados foram obtidos através do ajuste de uma
curva aderente à curva de crescimento populacional do período anterior (2010 a 2030). Para os períodos
intermediários (2021 a 2024 e 2026 a 2029), foram feitas interpolações lineares entre cada período.
b) População Urbana
A previsão do crescimento da população urbana foi realizada com base na interpolação de uma curva de crescimento
linear da taxa de urbanização do município, entre dois cenários (atual e futuro), conforme o critério a seguir:
1) Cenário Inicial: Taxa de Urbanização existente no ano de 2010, conforme Censo IBGE;
2) Cenário Futuro: Taxa de urbanização para o ano 2035, conforme o previsto no Plano das Bacias Hidrográficas
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020.
c) População Rural
A população rural foi determinada pela diferença entre a população total e urbana.
a) Resultados dos censos demográficos de 1970 a 2010 elaborados pelo IBGE (Tabela 1).
21
Tabela 1 - População Residente Conforme Censos do IBGE (1970 a 2010).
b) Projeção da população total do município de Valinhos, elaborada pela Fundação SEADE (Tabela 2).
2011 108.678
2012 110.829
2013 113.022
2014 115.258
2015 117.540
2016 118.947
2017 120.369
2018 121.809
2019 123.268
2020 124.742
2025 130.121
2030 133.638
Fonte: Fundação SEADE.
c) Cenário tendencial de evolução da urbanização no município conforme Plano de Bacias do PCJ 2010 -2020
(Tabela 3).
Como os estudos do referido plano de bacias foi elaborado em uma época anterior ao Censo IBGE 2010, julgou-se
conveniente adotar-se apenas o cenário previsto para o fim de plano, 2035, que será menos impactado pela não
utilização dos dados do Censo IBGE 2010.
22
No caso, a taxa de urbanização prevista para 2035, foi de 96%, conforme indicado na Tabela 3, o que significa uma
estagnação da área urbana praticamente nos mesmos níveis atuais, da ordem de 95,2%.
23
3. RESULTADOS OBTIDOS DA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS
Projeção Evolução
100,0%
90,0%
80,0%
Grau de Urbanização
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Período (Anos)
A Tabela 4 é apresentada de acordo com os critérios citados no Item 3.1., ou seja, são elencados os dados de entrada
a partir do ano de 2010, respeitando-se as informações coletadas no Censo IBGE 2010 e na Projeção Populacional
da Fundação SEADE. Finaliza-se então, a apresentação dos dados no ano de 2035, os quais constam no Plano de
Bacias do PCJ 2010 – 2020. A partir desta tabela serão utilizadas as informações de projeção populacional para o
período do plano (2016 a 2035).
24
Tabela 4 - Projeção Populacional 2010 – 2035.
População Grau de População População Taxa de Crescimento (%aa)
Ano Total Urbanização Urbana Rural
(hab) (%) (hab) (hab) Total Urbano Rural
2.010 106.793 95,16% 101.626 5.167
2.011 108.678 95,20% 103.456 5.222 1,765% 1,801% 1,060%
2.012 110.829 95,23% 105.541 5.288 1,979% 2,015% 1,268%
2.013 113.022 95,26% 107.667 5.355 1,979% 2,015% 1,262%
2.014 115.258 95,30% 109.836 5.422 1,978% 2,014% 1,257%
2.015 117.540 95,33% 112.050 5.490 1,980% 2,016% 1,253%
2.016 118.947 95,36% 113.431 5.516 1,197% 1,233% 0,470%
2.017 120.369 95,40% 114.828 5.541 1,195% 1,231% 0,464%
2.018 121.809 95,43% 116.242 5.567 1,196% 1,232% 0,459%
2.019 123.268 95,46% 117.676 5.592 1,198% 1,233% 0,455%
2.020 124.742 95,50% 119.125 5.617 1,196% 1,231% 0,448%
2.021 125.818 95,53% 120.194 5.623 0,862% 0,898% 0,111%
2.022 126.894 95,56% 121.265 5.629 0,855% 0,890% 0,098%
2.023 127.969 95,60% 122.336 5.634 0,848% 0,883% 0,085%
2.024 129.045 95,63% 123.407 5.638 0,841% 0,876% 0,073%
2.025 130.121 95,66% 124.480 5.641 0,834% 0,869% 0,060%
2.026 130.824 95,70% 125.197 5.628 0,541% 0,576% -0,237%
2.027 131.528 95,73% 125.914 5.614 0,538% 0,573% -0,246%
2.028 132.231 95,77% 126.632 5.600 0,535% 0,570% -0,255%
2.029 132.935 95,80% 127.350 5.585 0,532% 0,567% -0,264%
2.030 133.638 95,83% 128.068 5.570 0,529% 0,564% -0,273%
2.031 134.341 95,87% 128.788 5.554 0,526% 0,561% -0,283%
2.032 135.045 95,90% 129.507 5.538 0,524% 0,559% -0,292%
2.033 135.748 95,93% 130.227 5.521 0,521% 0,556% -0,301%
2.034 136.451 95,97% 130.947 5.504 0,518% 0,553% -0,311%
2.035 137.154 96,00% 131.667 5.486 0,515% 0,550% -0,321%
Fonte: IBGE, 2010; Fundação SEADE, 2011; Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
25
Gráfico 2 - Evolução das Populações Total e Urbana do Município.
160.000
140.000
População (Habitantes)
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Período (Anos)
5.700
5.600
População (Habitantes)
5.500
5.400
5.300
5.200
5.100
5.000
4.900
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Período (Anos)
26
4. POPULAÇÃO FLUTUANTE
Em alguns municípios, além da população residente, ou seja, a população que efetivamente está presente no município
em todos os períodos do ano, existe também aquela que permanece no município temporariamente, particularmente,
em feriados e finais de semana prolongados. É o caso, por exemplo, de cidades balneárias, estâncias climáticas,
estâncias minerais e etc. Sendo esta população denominada como população flutuante.
O afluxo ocasional desta população nos municípios aumenta as demandas por bens e serviços, podendo causar
sobrecargas nos mesmos, a ponto de superar a capacidade de atendimento local, ocasionando diversos transtornos,
caso a infraestrutura municipal não esteja preparada para tal. Entre os itens impactados pela população flutuante,
estão os serviços de saneamento básico, particularmente o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, bem
como àqueles relacionados aos resíduos sólidos, limpeza pública e coleta de resíduos.
No presente caso, o município de Valinhos não se encontra em nenhuma das situações citadas. Contudo, para
possibilitar a determinação do impacto causado pela população que ocasionalmente visita o município, foi
desenvolvida uma metodologia simplificada de previsão da população flutuante. Assim, tomou-se como base a
situação de ocupação dos domicílios, particularmente dos “domicílios particulares não ocupados de uso ocasional”,
conforme apresentado na Tabela 5.
27
Tabela 6 - Projeção da População Flutuante.
População flutuante Taxa de População Total em
População Total Acréscimo
Ano em feriados e fins de Crescimento feriados e fins de
Residente Percentual
semana (%) semana
2.010 8.855 106.793 115.648 8%
2.011 9.011 1,765% 108.678 117.689 8%
2.012 9.190 1,979% 110.829 120.019 8%
2.013 9.371 1,979% 113.022 122.393 8%
2.014 9.557 1,978% 115.258 124.815 8%
2.015 9.746 1,980% 117.540 127.286 8%
2.016 9.863 1,197% 118.947 128.810 8%
2.017 9.981 1,195% 120.369 130.350 8%
2.018 10.100 1,196% 121.809 131.909 8%
2.019 10.221 1,198% 123.268 133.489 8%
2.020 10.343 1,196% 124.742 135.085 8%
2.021 10.432 0,862% 125.818 136.250 8%
2.022 10.522 0,855% 126.894 137.415 8%
2.023 10.611 0,848% 127.969 138.580 8%
2.024 10.700 0,841% 129.045 139.745 8%
2.025 10.789 0,834% 130.121 140.910 8%
2.026 10.848 0,541% 130.824 141.672 8%
2.027 10.906 0,538% 131.528 142.434 8%
2.028 10.964 0,535% 132.231 143.195 8%
2.029 11.023 0,532% 132.935 143.957 8%
2.030 11.081 0,529% 133.638 144.719 8%
2.031 11.139 0,526% 134.341 145.481 8%
2.032 11.198 0,524% 135.045 146.242 8%
2.033 11.256 0,521% 135.748 147.004 8%
2.034 11.314 0,518% 136.451 147.765 8%
2.035 11.372 0,515% 137.154 148.526 8%
Fonte: IBGE, 2010; Fundação SEADE, 2011; Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Conforme se pode observar da Tabela 6, o acréscimo populacional devido à população flutuante é pouco significativo
quando comparado à população total.
Os resultados obtidos, conforme os critérios estabelecidos levaram em conta as condições existentes no período do
Censo 2010. Conforme informações do DAEV as localidades que anteriormente eram utilizadas como chácaras de
recreio, foram sendo ocupadas por população residente, de modo que atualmente a população flutuante é
insignificante no município.
Deste modo, as projeções de demanda adotadas no plano, levaram em conta exclusivamente a população residente.
28
29
CAPÍTULO II – PROGNÓSTICOS E
CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
30
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Os objetivos específicos a serem atendidos com relação ao abastecimento de água devem atender os aspectos
indicados no Quadro 1.
Objetivos Gerais
Objetivos específicos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resolver carências de abastecimento, garantindo o fornecimento de água a
toda a população, indústria e irrigação.
0
Promover a qualidade dos serviços de abastecimento de água,
ultrapassando-se a “fase da quantidade” para entrar decididamente na “fase
da qualidade” e penetrar, o mais possível, na “fase da excelência”.
Reforçar os mecanismos de fiscalização da qualidade da água distribuída.
Estabelecer medidas de apoio à reabilitação dos sistemas existentes e à
implementação de novos sistemas.
Criar condições para que a fixação das tarifas obedeça a critérios
econômicos sadios e a objetivos sociais justos.
Desenvolver medidas para valorização dos recursos humanos,
nomeadamente no âmbito da formação profissional dos agentes envolvidos
na gestão dos sistemas.
Aumentar a eficiência da utilização da água para irrigação e consumos
especiais.
Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.
Objetivos Gerais:
5. Proteção Contra Situações Hidrológicas Extremas e Acidentes de Poluição; 10. Outros Objetivos.
31
6. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS FUTURAS DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
32
6.1.4. Índice de Perdas de Água
Onde:
Categoria A: Redução adicional de perda pode não ser econômica, ao menos que haja insuficiência de
abastecimento; são necessárias análises mais criteriosas para identificar o custo de melhoria efetiva;
Categoria B: Potencial para melhorias significativas; considerar o gerenciamento de pressão; práticas
melhores de controle ativo de vazamentos, e uma melhor manutenção da rede;
Categoria C: Registro deficiente de vazamentos; tolerável somente se a água é abundante e barata; mesmo
assim, analisar o nível e a natureza dos vazamentos e intensificar os esforços para redução de vazamentos;
Categoria D: Uso muito ineficiente dos recursos; programa de redução de vazamentos é imperativo e
altamente prioritário.
33
Na elaboração do Volume I - Diagnóstico, constatou-se que o município não possui programas e/ou controle das
perdas no sistema de abastecimento de água, de modo que as análises foram efetuadas com base nos dados
disponíveis até então.
Entretanto, em concomitância ao presente plano, um Plano Diretor de Combate às Perdas está em fase final de
elaboração. Desta forma, as análises e proposições do presente relatório adotaram como referência o referido PDCP.
Aqui, também foram consideradas as diretrizes constantes no Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí 2010-2020, referentes ao tema em questão.
34
Tabela 7 - Indicadores de Perdas do Município de Valinhos – Referência: Ano de 2014.
Indicador Valor
Índice de Perda Total - (%) 40,61
Índice de Perda de Faturamento (IPF) - (%) 33,58
Índice de Perda na Distribuição (IPD) - (%) 38,45
Índice Linear Bruto de Perda (ILB) - (l/Km.dia) 19.980,28
Índice de Perda por Ligações (IPL) - l/lig.dia 354,94
Índice de Perda Física na Distribuição (PFD) -% 26,48
Índice Linear de Perda Física (ILF) - l /km.dia 13.761,87
Fonte: Plano Diretor de Perdas, 2015.
O IPD atual (2014) de 38,45% ou 354,94 l/lig.dia (vide Tabela 7)) coloca a gestão de perdas do município em uma
categoria de desempenho RUIM. Se analisado com base na classificação da IWA, o município se enquadra na
categoria C, ou seja, é prioritário aprimorar o controle de perdas e intensificar os esforços para redução de
vazamentos, visto que existe deficiência na disponibilidade hídrica local.
O Plano Diretor de Combate às Perdas estabelece como meta atingir o índice de perdas no sistema de abastecimento
de água igual à 20% em um horizonte de tempo de 20 anos.
Já o Plano de Redução de Controle de Perdas, constante no Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí 2010-2020, estabeleceu um IPD limite de 24% até 2020, conforme apresentado anteriormente.
Assim, para compatibilizar-se as metas estabelecidas em ambos os planos, propõe-se o seguinte cronograma de
redução do nível de perdas:
Redução do índice de perdas de 38,45% para 24% em 5 anos, ou seja, até o ano de 2020;
Redução do índice de perdas para 20% em um prazo de 10 anos, ou seja, até o ano de 2030 e manutenção
deste patamar até o final do plano.
Entretanto, o DAEV, considera impraticável o atendimento da referida meta do índice de perdas, no prazo estabelecido,
ou seja 2020. Deste modo, como alternativa, estabeleceu-se, em conjunto com o DAEV, o seguinte cronograma de
redução do nível de perdas:
Redução do índice de perdas de 38,45% para 30% em 5 anos, ou seja, até o ano de 2020;
Redução do índice de perdas para 24% em um prazo de 5 anos, ou seja, até o ano de 2025;
Redução do índice de perdas para 20% em um prazo de 5 anos, ou seja, até o ano de 2030 e respectiva
manutenção deste patamar até o final do plano.
Para o atendimento destas metas, o município deverá implementar as ações propostas no Plano Diretor de Combate
às Perdas.
35
máximo diário e máximo horário ocorrido no período de um ano, no qual se associa o denominado consumo médio.
Para a apuração destes coeficientes é necessário que existam dados de vazões produzidas ao longo de pelo menos
um ano, com registros de suas variações diárias e horárias.
Devido à falta de elementos para apuração destes coeficientes, usualmente adotam-se os coeficientes bibliográficos
e recomendados pelas normas técnicas da ABNT, os quais são:
Coeficiente de Dia de Maior Consumo: K1 = 1,20;
Coeficiente de Hora de Maior Consumo: K2 = 1,50.
Serão estes, portanto, os coeficientes a serem adotados neste trabalho. Conhecido o consumo médio anual, obtém-
se o consumo máximo diário pela multiplicação do consumo médio por K1, e o consumo máximo horário pela
multiplicação do consumo máximo diário por K2.
36
Tabela 8 - Projeção das Demandas de Água.
37
7. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Neste item serão realizadas as análises e propostas mediadas para a adequação e ampliação do sistema de
abastecimento das áreas urbana e rural, considerando-se a situação atual, e as demandas futuras advindas do
crescimento populacional e do atendimento das metas de abastecimento estabelecidas.
A concepção proposta para o sistema de abastecimento de água, apresentada a seguir, adotou como referência, além
das informações coletadas na fase de diagnóstico, os seguintes estudos:
Plano Diretor de Combate às Perdas de Água em Sistemas de Abastecimento de Público do Município de
Valinhos, 2014.
A concepção atual do sistema de abastecimento de água (SAA) do município de Valinhos é composta basicamente
por um sistema integrado que atende a cerca de 88% da área urbana do município e por 6 (seis) sistemas isolados,
que representam 12%.
O atendimento do sistema integrado é feito através de 5 (cinco) mananciais superficiais, cujas aguas brutas são
recalcadas para duas Estações de Tratamento de Água existentes, denominadas de ETA I e ETA II. Quatro poços
profundos complementam a produção do sistema integrado.
O abastecimento dos sistemas isolados é feito a partir de 16 (dezesseis) poços profundos, que encaminham a água
captada diretamente para os reservatórios de distribuição após receberem desinfecção e fluoretação.
38
Piracicaba e Sorocaba, ocupando uma área de 52 mil km², contendo 180 municípios e 74% da população do Estado,
e envolve ainda 9 UGRHI (Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos).
Particularmente, para o atendimento das necessidades dos municípios situados nas bacias do PCJ, os estudos do
Plano Diretor da Macrometrópole Paulista propõem como uma de suas alternativas, para o aumento da disponibilidade
hídrica, a construção de dois reservatórios de regularização na bacia do rio Piracicaba. Tratam-se dos reservatórios
de Duas Pontes e Pedreira, situados nos rios Camanducaia e Jaguari, respectivamente, que objetivam criar uma
reserva hídrica estratégica na bacia do PCJ e reduzir a dependência em relação ao Sistema Cantareira. A construção
dos novos reservatórios ficaria a cargo do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
Conforme informações do Plano, os dois reservatórios poderão “regularizar no total, cerca de 18 m³/s e incrementar
em cerca de 7 m³/s as disponibilidades hídricas atuais das Bacias PCJ, com garantia de 95% de tempo”.
A Barragem de Pedreira será construída no rio Jaguari, e ocupará uma área de 4,3 quilômetros quadrados nos
municípios de Pedreira e Campinas, com capacidade para acumular um total de 26,3 milhões de metros cúbicos de
água e vazão regularizada de 7,3 metros cúbicos por segundo. A segunda barragem, de Duas Pontes, no rio
Camanducaia, terá capacidade para 41 milhões de metros cúbicos e ocupará uma área de 7,6 quilômetros quadrados
no município de Amparo, com vazão regularizada de 6,5 metros cúbicos por segundo.
Com a construção destes reservatórios e a consequente regularização de vazões, haveria o aumento da
disponibilidade hídrica para os municípios que captam água dos rios Jaguari, Camanducaia e Piracicaba.
Há, porém, trechos importantes dos rios Atibaia, Jundiaí e Capivari que não seriam beneficiados com essas barragens,
razão pela qual foi previsto um sistema adutor de água bruta, denominado Sistema Adutor Regional, para atendimento
destes trechos. No total seriam atendidos 20 municípios, sendo que 6 seriam beneficiados diretamente a partir
operacionalização das duas novas barragens, e 14 municípios atendidos a partir da implantação do Sistema Adutor
Regional.
Os municípios a serem atendidos estão indicados no Quadro 3.
39
Quadro 3 - Condições de Atendimentos dos Municípios.
Condição de Atendimento
Município
Paulínia
Jaguariúna
Pedreira Benefício Direto com a Regularização de Vazão
Americana
Limeira
Piracicaba
Jundiaí
Campo Limpo Paulista
Várzea Paulista
Valinhos
Itatiba
Vinhedo
Louveira Atendimento Através do Sistema Adutor Regional
Campinas
Indaiatuba
Itupeva
Sumaré
Hortolândia
Monte Mor
Nova Odessa
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
O Sistema Adutor Regional será constituído por um complexo de adutoras de água bruta que a partir da captação na
barragem Pedreira, farão a transposição de água da bacia do rio Jaguari para as bacias dos rios Atibaia, Capivari e
Jundiaí, para reforço da disponibilidade hídrica destas bacias, permitindo a melhoria das condições de abastecimento
de água, atuais e futuras dos 14 municípios acima relacionados. A Figura 1 ilustra a concepção do Sistema Adutor
Regional.
40
Fonte: Plano Diretor de Recursos Hídricos da Macrometrópole Paulista.
Quanto ao planejamento de implantação desta proposição, os projetos básicos das represas de Duas Pontes e
Pedreira já foram concluídos e estão sendo analisados no âmbito do CBH- PCJ; os Estudos de Impacto Ambientais
(EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da construção dos reservatórios já foram contratados.
A implantação e início de operação dos reservatórios foram previstos no Plano Diretor, para 2018. No entanto, as
análises que vem sendo feitas pelos responsáveis pela implantação completa dos sistemas, estimam que se leve de
6 a 8 anos (2020/2022), considerando-se as novas etapas a serem cumpridas após a conclusão do projeto executivo
tais como as audiências públicas para aprovação dos EIA/RIMA, negociações com os proprietários das terras que
serão inundadas e por fim, a construção das barragens e o consequente enchimento das mesmas.
Das informações acima apresentadas, constata-se que o município de Valinhos está entre os municípios que se
encontram na região classificada como de abastecimento crítico, e que serão beneficiados pela regularização de
vazão, particularmente pelo Sistema Adutor Regional, favorecendo a captação no Rio Atibaia.
41
o Volume de Armazenamento: 130 mil de m³;
o Vazão de Referência Q 95%: 75 l/s;
o Vazão Outorgada: 50 l/s.
Esta barragem é utilizada somente no período de março a outubro, período de estiagem, através do bombeamento de
água bruta para a Barragem das Figueiras.
Rio Atibaia:
O Rio Atibaia no ponto de captação atual tem as seguintes características:
42
o Vazão de Referência Q 7,10: 6.200 l/s;
o Vazão Outorgada: 250 l/s;
o Vazão Captada Atual: 170,0 l/s.
A água captada no Rio Atibaia é encaminhada à ETA II.
A Tabela 9 a seguir, resume as informações referentes à disponibilidade superficial do município. Vale ressaltar ainda,
que está apresentada como Peça Gráfica ao final do presente documento, a localização das barragens de captação
listadas na Tabela 9.
Nas condições acima descritas a disponibilidade hídrica dos mananciais superficiais utilizados para abastecimento
público, conforme outorga vigente, é de 441,0 l/s, sendo 250,0,0 l/s correspondente ao sistema ETA II e 191,0 l/s
correspondente ao sistema ETA I, considerando que a captação no córrego Santana do Cuiabano é utilizada apenas
para regularizar a captação na barragem das Figueiras, de modo que não é somado aos demais, na Tabela 9.
Apesar da disponibilidade hídrica global estar acima das demandas atuais, com a severa estiagem que teve início em
2013 e o elevado consumo de água no município fizeram com que o volume armazenado no reservatório Figueira,
responsável por cerca de 25% do abastecimento de água do município, atingisse 40% de sua capacidade o que levou
à necessidade de redução da vazão captada. Da mesma forma a captação no córrego Bom Jardim foi reduzida.
Estes acontecimentos, levaram à necessidade de se implantar rodízio de abastecimento de água e à necessidade se
fazer a captações em caráter emergencial em dois novos córregos do município. São elas:
o Captação Emergencial no Córrego Invernada: Suas águas, provenientes de nascentes na região do Porto
Seguro, contribuem com cerca de 1.000.000 de litros/dia para o tratamento na ETA I, correspondente a cerca
de 2,5% da demanda do município.
o Captação Emergencial no Córrego Ponte Alta: Suas águas, provenientes de nascentes na região do Jardim
do Lago, contribuem com cerca de 1.000.000 de litros/dia para o tratamento na ETA I, correspondente a
cerca de 2,5% da demanda do município.
43
Segundo o DAEV, as duas captações emergenciais foram de grande importância para minimizar os impactos no
abastecimento de água do município de Valinhos.
A potencialidade para futuras ampliações está restrita ao rio Atibaia, já que os demais corpos d’agua estão com suas
capacidades esgotadas.
44
abastecimento de água do município, possa ser feito através um sistema integrado, a partir das duas estações de
tratamento existentes. Isto permitiria maior flexibilidade e menor custo operacional. Dentro da concepção proposta,
as captações subterrâneas, embora representem menos de 10%, deverão ser utilizadas como reserva estratégica e/ou
complementar do sistema integrado.
Ainda dentro da concepção proposta, os sistemas isolados deverão ser paulatinamente inseridos ao sistema
integrado, na medida da ampliação do mesmo. A maior parte das unidades dos sistemas isolados, reservatórios,
adutoras, estações elevatórias e rede de distribuição poderão ser aproveitadas. Novas adutoras deverão fazer a
interligação dos sistemas. Eventualmente, algum destes sistemas poderão continuar isolado na medida em que sua
interligação ao sistema integrado se mostre inviável técnico e ou economicamente.
É importante frisar, que a concepção proposta, conforme já referido, tem uma visão de longo prazo, necessitando
deste modo, a convivência dos sistemas isolados e integrados, durante as fases de transição.
Analisando a condição de cada componente do sistema de abastecimento de água é possível verificar as
necessidades básicas descritas a seguir.
a) Mananciais
Conforme vazões de captação outorgadas, a capacidade de captação dos principais mananciais do município de
Valinhos, superficiais e subterrâneos, é de 493,4 l/s, sendo 441,0 l/s correspondente aos mananciais superficiais e
52,4 l/s correspondente aos mananciais subterrâneos. Cabe destacar, que para as análises da disponibilidade hídrica
frente às demandas futuras, não foram considerados os mananciais Córrego Invernada e Ponte Alta, que foram
utilizados em caráter emergencial no período de estiagem, conforme Tabela 10, a seguir.
Os mananciais superficiais que compõem o sistema ETA I, já estão operando com sua capacidade de exploração
máxima, de modo que não haverá possibilidade de aumento futuro, de modo que o aumento da produção só poderá
ser feito a partir do rio Atibaia, conforme supracitado.
A captação do rio Atibaia, que operava com vazão acima da vazão de outorga anterior de 170,0 l/s, foi regularizada
com a nova outorga de 250,0 l/s aprovada pelo DAEE.
Com o aumento previsto de 170 l/s, da capacidade nominal da ETA II, será necessário adequar a outorga da captação
do rio Atibaia à nova capacidade nominal de tratamento da ETA II, que passará a ser de 340 l/s.
45
O ideal é que se possa prever, na outorga de captação, vazões acima da capacidade nominal, para melhor
aproveitamento da capacidade de tratamento da ETA e enfretamento de eventos imprevistos. No caso, considerando-
se um sobrecarga de cerca 20% na ETA, a outorga de captação poderia ser de 400 l/s.
Obviamente, deve-se considerar que o Rio Atibaia abastece oito cidades da região (Campinas, Itatiba, Valinhos,
Morungaba, Americana, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia e Vinhedo) e as restrições impostas por resolução da
Agência Nacional das Águas (ANA) em função da crise hídrica atual. A restrição acontece no Rio Atibaia quando a
vazão atingir 3,5m³/s.
A restrição determina às indústrias e setor agrícola a redução de 30% na retirada, e às empresas de saneamento, em
20%. Deste modo, a ampliação da captação no Rio Atibaia deve levar em conta as demandas dos municípios situados
a jusante, o que significa a necessidade de uma solução conjunta, que poderá ser alcançada com a implantação do
Sistema Adutor Regional.
Cabe lembrar, que conforme apresentado anteriormente, a implantação do Sistema Adutor Regional (SAR) foi
concebido para atender às necessidades de todos os municípios da bacia do PCJ, incluindo o município de Valinhos.
Recomenda-se que o DAEV acompanhe o desenvolvimento do projeto do SAR que está em fase de elaboração, assim
como o cronograma de implantação das obras previstas.
b) Tratamento de Água
Na concepção proposta, a ETA I será mantida em operação com a capacidade nominal atual de 210,0 l/s. A ETA II
terá sua capacidade nominal ampliada, de 170m l/s para 340 l/s, conforme ações que já estão em andamento. Nestas
condições a capacidade nominal conjunta das estações de tratamento passará de 380,0 l/s para 550,0 l/s.
Considerando-se os poços profundos existentes a capacidade de produção de água tratada passará de 432,4 l/s para
60,2,4 l/s. Conforme mostrado na Tabela 11, a seguir.
c) Reservação
A reservação total existente é composta de 39 reservatórios, sendo 29 (viste e nove) no sistema integrado e 10(dez)
nos sistemas isolados conforme discriminado na Tabela 12.
46
Tabela 12 - Quantidade e Capacidade de Reservação Atual.
Integrado 29 11.773
Isolados 10 2130
Total 39 13.903
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Na concepção proposta serão mantidos em operação os 29 reservatórios que constituem o sistema integrado. Os
reservatórios existentes no sistema isolado, poderão ou não ser incorporados ao sistema integrado, na medida em
que o mesmo for sendo ampliado.
No planejamento do DAEV, existe a previsão de ampliação de mais 5.400 m³.
No PDCP foi prevista a ampliação da reservação no setor Vila Palmares em mais 100 m³.
d) Sistemas de Adução
- Adução de Água Bruta:
De acordo com informações levantadas junto ao DAEV, o município possui 22.516m de adutora de água bruta e
87.818,76m de adutoras de água tratada.
As adutoras de água bruta possuem uma extensão total de 22.516m, assim distribuída:
Ferro Fundido Dúctil, classe K-7, J.E; com: 9.284 m;
Ferro Fundido Cinzento, classe K-7, J.E; com: 3.017 m;
Ferro Forjado; com: 5.340 m;
Concreto Centrifugado; com: 4.875 m.
Conforme concepção proposta, o aumento da produção será realizado a partir da ampliação da vazão captada no Rio
Atibaia, através da EEAB e adutora existente, D=400 mm, L=8.034 m, para a qual deverá ser verificado a necessidade
ou não de duplicação.
Não serão previstas a substituições de nenhum trecho das adutoras de água bruta.
47
Além da verificação da necessidade de ampliação das adutoras de água tratada, para atendimento da expansão do
sistema de abastecimento de água, deverá ser previsto a extensão de novas adutoras até os sistemas isolados,
considerando que a concepção proposta prevê que os sistemas isolados deverão ser incorporados ao sistema
integrado atual.
Deverá ser analisada a necessidade/viabilidade de substituição dos trechos em fibrocimento, numa extensão total de
22.546,22 m.
e) Setorização
O sistema de distribuição de água da área urbana do município, não está completamente setorizado, conforme
verificado na fase de diagnóstico, estando apenas subdividido em dois setores, o setor ETA I com 11 (onze)
reservatórios, e o setor ETA II, com 19 (dezenove) reservatório além dos 5 (cinco) sistema isolados, com 10 (dez)
reservatórios.
O Plano Diretor de Combate a Perdas do município de Valinhos contemplou estudos para setorização do sistema de
abastecimento de água do município.
No referido estudo foram delimitados 46 (quarente e seis) setores, vinculados aos reservatórios existentes no
município. Foram considerados tanto os reservatórios do sistema integrado, como os dos sistemas isolados.
Para cada setor foi verificado a necessidade de ampliação da reservação, em função das demandas previstas para o
setor. No caso, somente o setor 35 – Jardim dos Palmares, foi constatada a necessidade de ampliação de mais 100
m³.
A relação dos setores está apresentada no item 14.2 – Projetos Programas e Ações de Gestão.
48
Vale ressaltar, que está apresentada como Peça Gráfica ao final do presente documento, a localização dos sistemas
isolados listados na Tabela 13.
Conforme já enfatizado, na concepção proposta para o abastecimento de água na área urbana, os sistemas isolados
deverão, na medida do possível, ser incorporados ao sistema integrado atual, composto pelos setores ETA I e ETA II.
Conforme planejamento do DAEV, as seguintes ações serão tomadas:
O sistema San Fernando será interligado ao sistema Country Club, pois são adjacentes. Essa obra está
prevista para o exercício de 2016;
O sistema Vale Verde (R-1 e R-2) também deverá ser interligado ao sistema Country Club. Para essa obra
ainda não há um horizonte para implantação, deverá ser implantada em médio prazo;
Para os sistemas Parque Valinhos e São Bento do Recreio não há previsão para interligação ao sistema
integrado, uma vez que ambos os sistemas estão muito distantes do sistema integrado.
49
Fonte: Filho e Feitosa (2002).
Figura 2 - Esquema de Contaminação de Poços Rasos por Fossa.
A partir da Figura 2 observa-se que a distribuição da população na área do município, bem como o tipo de destinação
final dos esgotos gerados, têm papel fundamental na ocorrência da contaminação do poço, visto que a utilização de
poços rasos para populações dispersas oferece menor risco de contaminação por esgoto, enquanto que em
aglomerados populacionais, onde existe a destinação inadequada de esgoto, por meio de fossas negras, por exemplo,
a situação se torna mais crítica.
Contudo, a destinação de esgoto para cada uma destas situações será tratada posteriormente.
De forma geral, para os aglomerados populacionais recomenda-se a utilização de poços tubulares profundos,
enquanto que para a população dispersa a utilização de poços rasos pode ser adequada, desde que atendidos alguns
requisitos básicos.
Para os poços rasos (cacimbas ou cisternas), o DAEE recomenda através da Instrução Técnica DPO nº 006, atualizada
em 03/08/2012, que as seguintes medidas sejam tomadas a fim de se evitar a contaminação:
a) A parede acima do nível da água deverá ser revestida com alvenaria ou anéis de concreto, com extremidade
situada a pelo menos 0,50 m acima da laje;
b) Deve ser circundada por laje de concreto circular com no mínimo de 1,00 m de largura e espessuras interna
de 0,15 m e externa (borda) de 0,10 m;
c) A tampa deve ser feita em concreto, composta preferencialmente de duas partes semicirculares, que
proporcionem boa vedação. Deve-se ainda contar com orifícios de diâmetros adequados à instalação das
tubulações da bomba;
d) Os poços escavados e ponteira devem ser construídos no nível mais alto do terreno e à uma distância
superior a 30 m em relação às fossas sépticas, para evitar a contaminação das águas subterrâneas.
50
A Figura 3 apresenta um esquema de proteção de poços rasos.
Para garantir a qualidade microbiológica da água dos poços, são recomendados os procedimentos de desinfecção e
limpeza periódica dos mesmos.
Existem diversos procedimentos para a desinfecção de poços, podendo-se utilizar desde o hipoclorito de sódio, a cal
clorada até a água sanitária. Um processo bastante eficiente para a desinfecção de poços é a garrafa dosadora para
poços, a qual consiste em uma garrafa plástica comum, preenchida com pastilhas de cloro e areia grossa lavada.
São feitos furos na garrafa, que é mergulhada no poço, presa por fio de nylon ou barbante resistente, tal como
mostrado na Figura 4.
51
Fonte: Acqualab, [s.d.].
Figura 4 - Garrafa Dosadora de Cloro.
Ressalta-se que para as áreas urbanas, onde exista rede de abastecimento público, o DAEE recomenda a não
utilização das águas provenientes de poços escavados (cacimbas ou cisternas) ou ponteiras, com finalidade de uso
como solução alternativa de abastecimento, em vista da facilidade de contaminação das mesmas, podendo-se
acarretar problemas de saúde pública.
Outra medida que pode auxiliar na garantia da qualidade da água consumida na área rural é um tipo de clorador
desenvolvido pela EMBRAPA, o qual pode ser observado na Figura 5.
52
O clorador da EMBRAPA pode ser construído pelo usuário a partir de componentes simples disponíveis no mercado.
A solução de cloro pode ser preparada utilizando-se a quantidade de 1,5 a 2 g (equivalente a uma colher rasa de café)
de Hipoclorito de Cálcio 65% em 1.000 Litros de água. Todos os dias deve-se adicionar o cloro.
Conforme informações da EMBRAPA, a solução equivale a 1 a 1,5 mg/L de cloro ativo, o que atende a Portaria MS
nº 2.914/2011.
Cabe ressaltar, que a desinfecção de um poço elimina momentaneamente a contaminação presente, mas não tem
nenhuma ação sobre o lençol freático, propriamente dito, de modo que a água do poço pode voltar a se contaminar.
Este aspecto reforça a necessidade de o poder público acompanhar a qualidade da água do lençol freático, nos locais
onde vem sendo utilizados para consumo humano.
No caso da identificação poços contaminados, estes deverão ser fechados, procurando-se então outros locais de
perfuração ou outra alternativa de abastecimento, carros-pipa, por exemplo.
53
No caso dos aglomerados populacionais, conforme já relatado, existem maiores riscos de contaminação do lençol
freático que supre os poços rasos usados para abastecimento de água, assim como outras fontes alternativas,
recomendando-se que se adotem soluções coletivas.
54
Tabela 14 - Necessidades do SAA da Biquinha.
Vale a pena destacar, que a solução técnica apresentada tem apenas caráter orientativo técnico e de estimativa de
custos, de modo que a regularização efetiva da área em questão dependerá de análise de alternativas de concepção
de abastecimento de água e esgotamento sanitário para o local, que será feita nos estudos do Plano Diretor do
município. De acordo com o DAEV, não há ainda uma definição de prazo para essa localidade.
b) População Dispersa
Para a população rural dispersa existente no município, considera-se aceitável o abastecimento por outras fontes
alternativas, desde que a prefeitura exerça o controle, fiscalização e monitoramento da qualidade das mesmas, bem
como auxilie na implementação de medidas orientadoras e apoio à desinfecção de tais fontes.
55
7.4.1. Produção de Água
A previsão das necessidades futuras de produção de água tratada foi feita considerando a demanda máxima diária,
correspondente ao consumo no dia de maior consumo acrescido das perdas no sistema de distribuição.
Em decorrência da concepção proposta, onde se prevê a captação futura sendo realizada exclusivamente pelos
mananciais superficiais, a partir da desativação progressiva dos poços profundos existentes. Deste modo, a análise
dos déficits globais de produção e as eventuais necessidades de ampliação ao longo do horizonte do plano, foram
feitas considerando-se as seguintes etapas:
Capacidade Inicial (2014): Correspondente à capacidade de tratamento da ETA I (210,0 l/s) e ETA II
(170,0l/s), e dos poços profundos existentes (52,4 l/s), totalizando 432,40 l/s;
Duplicação em 2015 da ETA II, para uma capacidade nominal de 340,0 l/s, totalizando 602,4 l/s;
Desativação progressiva dos poços profundos, com exceção dos poços do sistema isolado Vale Verde que
será mantido no horizonte do plano, totalizando 594,4 l/s.
56
Tabela 16 - Demandas de Produção em Função dos Índices de Perdas.
CENÁRIO 1 - OTIMISTA CENÁRIO 2 - PESSIMISTA
Consumo Índice de Demanda (l/s) Índice de Demanda (l/s)
Ano
Médio (l/s) Perdas Máxima Perdas Máxima
(%) Média (%) Média
Diária Diária
2.016 242,93 38,45 394,69 443,28 38,45 394,69 443,28
2.017 246,66 35,56 382,77 432,10 38,45 400,74 450,07
2.018 250,44 32,67 371,95 422,04 38,45 406,88 456,97
2.019 254,28 29,78 362,11 412,97 38,45 413,12 463,97
2.020 258,17 24,00 339,69 391,33 30,00 419,44 471,07
2.021 261,25 23,60 341,95 394,20 28,80 424,45 476,70
2.022 264,35 23,20 344,21 397,08 27,60 429,49 482,36
2.023 267,46 22,80 346,46 399,95 26,40 434,55 488,04
2.024 270,59 22,40 348,70 402,82 25,20 439,63 493,75
2.025 273,74 22,00 350,95 405,70 24,00 444,74 499,49
2.026 275,32 21,60 351,17 406,23 23,20 447,31 502,37
2.027 276,89 21,20 351,39 406,77 22,40 449,87 505,25
2.028 278,47 20,80 351,61 407,30 21,60 452,43 508,13
2.029 280,05 20,40 351,82 407,83 20,80 455,00 511,01
2.030 281,63 20,00 352,04 408,37 20,00 457,57 513,89
2.031 283,21 20,00 354,02 410,66 20,00 460,14 516,78
2.032 284,80 20,00 355,99 412,95 20,00 462,71 519,67
2.033 286,38 20,00 357,97 415,25 20,00 465,28 522,55
2.034 287,96 20,00 359,95 417,55 20,00 467,85 525,44
2.035 289,5 20,00 361,93 419,84 20,00 470,42 528,33
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
- Cenário 1 - Otimista:
Demanda Média: 361,93 l/s;
Demanda Máxima Diária: 419,84 l/s.
Neste caso, com o atendimento das metas de perdas, as demandas tendem a se manter estáveis ao longo do período
do PMSB, mesmo com o crescimento populacional.
- Cenário 2 - Pessimista:
Demanda Média: 470,42l/s;
Demanda Máxima Diária: 528,33 l/s.
57
Desativação dos poços existente no setor ETA II, com capacidade total de 11,8 l/s, prevista para 2018;
Desativação dos poços dos sistemas isolados San Fernando, Vale Verde e Country Club com capacidade
conjunta de 30,5 l/s, em 2021.
58
Tabela 18 - Produção: Cenário 2.
59
Tabela 18, indicam que no Cenário 1, onde são atendidas plenamente as metas de redução de perdas, a capacidade
de produção atende com folga as demandas, mantendo um superávit superior a 30%, ao longo do período do plano.
No cenário 2, em que os índices de perdas são reduzidos em um período de tempo maior, a demanda de água
permanece alta até o final do plano, porém a capacidade de produção continua atendendo com folga um pouco menor.
Neste cenário, haveria necessidade de ampliação da capacidade de produção a partir de 2028 e/ou as desativações
de poços propostas, deixam de ser uma opção, ratificando a importância de se implantar o programa de controle e
redução de perdas.
O Gráfico 4 permite visualizar estes cenários.
Gráfico 4 - Análise dos Cenários de Produção.
Análise de Cenários
Cenário1 D média Cenário1 D máx Cenário2 D média
Cenário2 D máx Capacidade de Tratamento
700
600
500
Demanda (l/s)
400
300
200
100
7.4.2. Reservação
Quanto aos volumes necessários de reservação de água tratada, considerou-se os estudos de Azevedo Netto (1982),
que admite como estimativa válida a relação de Frühling, que estabelece que o volume mínimo requerido é de 1/3 do
volume distribuído no dia de maior consumo.
Assim, considerou-se que o volume de reservação corresponderá a 1/3 da demanda máxima diária, corresponde ao
consumo do dia de maior consumo acrescido das perdas no sistema de distribuição. Com base nestas informações
e na projeção das demandas máximas diárias, foram calculados os déficits globais de reservação e verificada a
necessidade de ampliações ao longo do horizonte do PMSB. A capacidade total atual de reservação é de 13.309 m³,
considerando os reservatórios do sistema integrado e dos sistemas isolados.
A projeção das necessidades de reservação ao longo período do plano, permite constatar que do ponto de vista global,
não existirá déficit de reservação no período do plano. Por outro lado, faz parte do planejamento do DAEV, a
60
implantação de 3 (três) novos reservatórios, com volume total de 3.000 m³, a saber: R-9D (1.000 m³), R-10B (1.000
m³) e apoiado Silvânia (1.000 m³), conforme Tabela 19, a seguir.
61
a) Ampliação das Ligações de Água
Para a projeção das necessidades de ligação de água, adotou-se os seguintes parâmetros:
Densidade domiciliar: 3,18 habitantes por domicílio (Fundação SEADE, 2010);
Participação das economias residencial de água no total das economias de água: 90,1% (DAEV, 2014);
Densidade de economias de água por ligação de água: 1,37 economias por ligação (DAEV, 2014);
Extensão de rede de água por ligação de água: 18 metros por ligação (valor usual de projeto).
A Tabela 20 apresenta os resultados obtidos das projeções.
b) Ampliação da Hidrometração
Alcançar o nível de hidrometração de 100% é uma das prioridades do PMSB, devendo ser alcançado a curto prazo.
No município de Valinhos, o índice de hidrometração já é de 100%, devendo, portanto, ser mantido ao longo de todo
o período do plano. Deste modo que todas as ligações de água são hidrometradas, e não haverá necessidade de
instalação de hidrômetros ao longo de todo o período do plano, como mostra a Tabela 21.
62
Tabela 21 - Ampliação da Hidrometração.
Instalação de Ligações
Ligações Índice de
Ano Novos ativas com
Ativas Totais Hidrometração
Hidrômetros medição
2.016 0 33.448 33.448 100,0%
2.017 0 33.877 33.877 100,0%
2.018 0 34.311 34.311 100,0%
2.019 0 34.753 34.753 100,0%
2.020 0 35.200 35.200 100,0%
2.021 0 35.555 35.555 100,0%
2.022 0 35.911 35.911 100,0%
2.023 0 36.270 36.270 100,0%
2.024 0 36.630 36.630 100,0%
2.025 0 36.991 36.991 100,0%
2.026 0 37.173 37.173 100,0%
2.027 0 37.354 37.354 100,0%
2.028 0 37.536 37.536 100,0%
2.029 0 37.717 37.717 100,0%
2.030 0 37.899 37.899 100,0%
2.031 0 38.081 38.081 100,0%
2.032 0 38.263 38.263 100,0%
2.033 0 38.445 38.445 100,0%
2.034 0 38.627 38.627 100,0%
2.035 0 38.809 38.809 100,0%
Obs. Considera-se que todas as novas ligações de água disponham de hidrômetro.
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
63
Tabela 22 - Ampliação da Rede Pública de Água.
Extensão de Novas Redes Extensão de Novas Redes Públicas Extensão Total de Redes Públicas
Ano
de Água (m) de Água (m) de Água (m)
d) Necessidades de Substituições
Estimou-se as necessidades potenciais de substituições de hidrômetros, de ligações domiciliares e de redes de
distribuição de água, os quais sofrem deterioração ao longo da vida útil.
Assim, considerou-se os seguintes critérios:
Hidrômetros: Como a vida útil média de hidrômetros é da ordem de 5 a 10 anos, recomenda-se que haja a
substituição total do parque de hidrômetros ao final da sua vida útil, a fim de se garantir a qualidade da
medição e minimizar os efeitos da submedição que tende a se elevar com o aumento do parque de
hidrômetros.
No caso do município de Valinhos, foi prevista a renovação do parque de hidrômetros a cada 5 anos.
Ligações Domiciliares de Água: A má qualidade das ligações de água está entre os principais responsáveis
pelas perdas físicas nos sistemas de distribuição de água. Este fato, junto ao índice de perdas atual, torna
fundamental a implementação de uma campanha de substituição de parte das ligações existentes em um
curto prazo.
Para o presente caso, adotou-se uma taxa de substituição de 10% ao ano no período de 2015 a 2019, que
permitirá substituir 50% das ligações existentes. Para o restante do período do PMSB, adotou-se uma taxa
de substituição anual de 1%.
64
Redes de Distribuição de Água: A má qualidade da rede de distribuição de água é um dos fatores
responsáveis por rupturas e pelo índice de perdas físicas de água.
A rede de distribuição do município é constituída de tubulações de ferro fundido, PVC, DeFoFo e cimento amianto,
com diâmetros variando de 20 mm a 600 mm, com extensão total de 625.729,99, conforme mostra a Tabela 23.
Cimento
Diâmetro PVC DeFoFo FoFo Total
Amianto
20 mm 351,31 351,31
50 mm 318.055,96 2.811,80 86.748,18 407.615,94
63 mm 607,70 607,70
75 mm 70.327,57 862,17 376,19 71.565,93
100 mm 38.517,10 5.383,63 186,11 680,51 44.767,35
125 mm 1.225,11 1.225,11
150 mm 24.819,70 5.781,72 30.601,42
200 mm 27.558,10 1.239,16 6.154,58 34.951,84
300 mm 6.734,24 3.202,80 971,60 10.908,64
350 mm 3.624,67 3.624,67
375 mm 3.615,53 3.615,53
400 mm 14.208,41 1.612,45 15.820,86
600 mm 73,69 73,69
Total 427.859,64 65.720,78 26.199,67 105.949,90 625.729,99
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Conforme critério estabelecido no PDCP, deverão ser substituídas as tubulações de ferro fundido e cimento amianto
com diâmetro inferior a 100 mm, numa extensão total de 92.725,19m. Entretanto, a efetiva necessidade de
substituição de redes de distribuição necessitam de uma análise mais elaborada, em função da real situação das
tubulações (incidência de vazamentos, rupturas, etc.).
Conforme avaliação conjunta com o DAEV, estabeleceu-se como meta a substituição, no horizonte do plano, de 50%
do total de rede de ferro fundido e cimento amianto, previsto no PDCP, num total de 46.362,6m, a iniciar-se em 2017.
As projeções são apresentadas na Tabela 24.
65
Tabela 24 - Substituições no Sistema de Distribuição de Água.
Hidrômetros Ligações de Água Rede de Água
Ano A A
Existentes A substituir Existentes Existentes
substituir substituir
(unid.) (unid.) (unid.) (m)
(unid.) (m)
66
Tabela 25 - Cronograma Físico de Implantação Ações Globais Necessárias do Sistema de Abastecimento de Água.
67
7.5. NECESSIDADES ESPECÍFICAS DO SAA
No item anterior foram abordadas as necessidades globais do sistema de abastecimento de água (SAA) para a
universalização do serviço no horizonte do plano de saneamento.
No presente item serão abordadas necessidades específicas do SAA, que complementem às que foram apuradas nos
itens anteriores, as quais sejam:
- Ações Pré-definidas: Correspondem às necessidades apuradas na fase de diagnóstico e no Plano Diretor de Controle
de Perdas (PDCP), que por sua vez foram consolidadas no âmbito do DAEV;
- Ações Complementares: Compreendem às ações necessárias para a operacionalidade do SAA, mas que não foram
previstas na fase de apuração global.
68
e) Distribuição de Água Tratada
Execução de reforços no sistema primário de distribuição de água dos setores ETA-1 e ETA-2 (conforme
definição do novo plano diretor);
O custo total estimado para a implantação dos empreendimentos acima é de cerca de R$ 13.343.360,21, sendo que
R$ 3.265.295,26 são referentes às obras licitadas e, portanto, não oneram o plano. O total de investimentos pré-
definidos de água, que compõem o plano é R$ 10.078.064,95.
Na Tabela 26 a seguir, são apresentados os custos estimados e o cronograma dos empreendimentos acima referidos.
Conforme indicado na tabela, os custos relacionados à expansão e melhoria da rede de distribuição foram
considerados como fazendo parte dos custos apropriados com base nas necessidades globais, que serão
apresentados no item “Investimentos no Sistema de Abastecimento de Água”.
69
OBS.: (A): Orçamento DAEV.
(B): Orçamento B&B Engenharia.
(C): Plano Diretor de Combate a Perdas (PDCP).
(D): Custos inclusos no orçamento global.
70
8. INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A verificação dos custos dos investimentos a serem realizados no SAA foi feita para cada um de seus componentes,
de forma que, para cada um deles, foram adotados critérios de apuração de quantitativos, assim, os custos foram
levantados com base em preços unitários médios, usualmente adotados em estudos de concepção de SAA, os quais
foram obtidos por meio do Estudo de Custos de Empreendimentos da SABESP, o qual tem a data base de janeiro de
2014.
Com base nesta referência foram compostos os seguintes preços unitários:
Aumento da Capacidade de Tratamento por ETA Convencional: R$ 40 mil por litro por segundo de capacidade
nominal;
Poço Profundo: R$ 200.000,00 a R$ 300.000,00 por unidade;
Aumento da Reservação: R$ 685,00 por m³;
Rede de Distribuição: R$ 223,74 por metro linear, valido tanto para implantação, quanto para substituição de
rede de água;
Ligação Domiciliar de Água: R$ 405,00 por ligação, incluso hidrômetro, valido tanto para implantação, quanto
para substituição de ligação de água;
Hidrômetro individual: R$ 55,00 por unidade.
Além dos investimentos apurados com base nos preços unitários e os quantitativos obtidos na apuração das
necessidades globais do SAA, foram considerados também outros investimentos advindos de orçamentos pré-
definidos e das necessidades complementares, conforme apresentado anteriormente.
71
c) Rede de Distribuição, Ligações Domiciliares de Água e Hidrometração
A previsão dos investimentos necessários na rede de distribuição e nas ligações domiciliares de água foi realizada
com base nas premissas e critérios abordados no Item 8.4.3. podendo-se destacar os seguintes aspectos:
Consideraram-se as necessidades de ampliação da rede de distribuição e das ligações de água para o
atendimento dos índices de abastecimento de água estabelecidos e para o acompanhamento do crescimento
vegetativo da população ao longo do horizonte do PMSB;
Considerou-se a necessidade de substituição de redes e ligações de água ao longo do horizonte do PMSB
como uma medida necessária no combate às perdas físicas no sistema de distribuição;
Considerou-se a necessidade de substituição de hidrômetros em função da idade do parque, como uma
medida de redução da sub medição e manutenção da qualidade da micromedição.
Os custos apurados são apresentados no item seguinte.
72
Tabela 27 - Cronograma Plurianual dos Investimentos no Sistema de Abastecimento de Água.
73
Tabela 28 - Cronograma dos Investimentos nos Períodos de Planejamento do PMSB para o Sistema de Abastecimento de
Água.
74
75
CAPÍTULO III – PROGNÓSTICOS E
CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
76
9. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Os objetivos específicos a serem atendidos com relação ao esgotamento sanitário devem atender os aspectos
indicados no Quadro 4.
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resolver carências de atendimento, garantindo o esgotamento a
toda a população, indústria e irrigação.
Resolver as deficiências e atenuar as disfunções ambientais atuais
associadas à qualidade dos meios hídricos, resultantes do não
cumprimento da legislação vigente.
Resolver outras deficiências e amenizar outras disfunções
ambientais atuais associadas à má qualidade dos recursos hídricos.
Adaptar a infraestrutura disponível para tratamento de esgoto e
despoluição dos corpos hídricos à realidade resultante do
desenvolvimento socioeconômico do município e à necessidade de
melhoria progressiva da qualidade da água.
Proteger e valorizar os mananciais de especial interesse, com
destaque para os destinados ao consumo humano.
Caracterizar, controlar e prevenir os riscos de poluição dos corpos
hídricos.
Aprofundar o conhecimento relativo a situações cujas
especificidades as tornam relevantes no âmbito da qualidade da
água.
Desenvolver e/ou aperfeiçoar sistemas de coleta, armazenamento e
tratamento de dados sobre aspectos específicos relevantes em
relação à qualidade das águas.
Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação
ambiental.
Objetivos Gerais:
1. Promoção da Salubridade Ambiental e da Saúde Coletiva; 6. Valorização Social e Econômica dos Recursos
2. Proteção dos Recursos Hídricos e Controle da Poluição; 7. Ordenamento do Território;
Ambientais;
3. Abastecimento de Água às Populações e Atividades Econômicas; 8. Quadros Normativo e Institucional;
4. Proteção da Natureza; 9. Sistema Econômico-financeiro;
5. Proteção Contra Situações Hidrológicas Extremas e Acidentes de 10. Outros Objetivos.
Fonte: Ministério das Cidades, 2011.
Poluição;
77
10. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS FUTURAS DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Padrões de Atendimento
O município de Valinhos possui atualmente índice de atendimento urbano com esgotamento sanitário de 92,0%.
Todo o esgoto coletado é tratado na ETE Capuava.
Para fins de apropriação das demandas ao longo do período do plano foram adotadas as metas de atendimento, que
são resumidas a seguir:
o Universalização do esgotamento sanitário da zona urbana até 2025;
o Tratamento de 100% dos esgotos coletados.
Coleta Média: Corresponde à população atendida com esgotamento sanitário multiplicada pela coleta per
capita;
Vazão de Infiltração: Corresponde à taxa de infiltração multiplicada pela extensão de rede de esgotos;
Vazões de Esgotos com Infiltração: Correspondem às vazões médias, máximas diárias e máximas horárias
acrescidas das vazões de infiltração;
Vazões de Tratamento de Esgotos: Correspondem às vazões coletadas multiplicadas pelos índices de
tratamento de esgotos adotados. No caso, como o objetivo é obter as vazões de esgoto a serem tratadas,
adotou-se um índice de tratamento de 100% do esgoto coletado;
Coeficiente de Retorno: Quando se tratam de estudos de concepção, as Normas Técnicas da ABNT
recomendam a adoção de 80% para o coeficiente de retorno;
Taxa de Infiltração: Normalmente, estes valores situam-se na faixa de 0,05 a 0,5 l/s/km de rede. Os valores
mais baixos são praticados em áreas com lençol freático profundo e tubulações de PVC. Para o presente
PMSB, adotou-se uma taxa de infiltração de 0,15 l/s/km.
78
10.1.1. Valores Apurados nas Projeções do Sistema de Esgotamento Sanitário
Baseando-se na evolução da população urbana do município e nos critérios estabelecidos nos itens anteriores, foram
apuradas as demandas do sistema de esgotamento sanitário. Na Tabela 29 e na Tabela 30 são apresentados os
valores apurados nas projeções.
79
Tabela 30 - Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto.
SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS - TRATAMENTO
População
Urbana do População Índice de População com Vazão de Tratamento (l/s)
Ano com Coleta Tratamento Tratamento
Município Máx.
(hab.) de Esgoto Necessário Média Máx. Diária
(hab.) (%) (hab.) (%) Horária
80
11. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
81
Quadro 5 - Condições Básicas para Funcionamento da ETE.
Período
Parâmetro
1ª Etapa 2ª Etapa
Para análise do desempenho atual da ETE, foram adotados alguns parâmetros de qualidade dos esgotos referentes
ao ano de 2013, verificando as respectivas concentrações no esgoto afluente, efluente do reator UASB, e efluente da
ETE, conforme Quadro 6 a seguir.
82
As informações constantes no Quadro 6 permitem as seguintes conclusões:
A concentração média de DBO no esgoto do município no ano de 2013 foi de 454 mg/l), atingindo valores
mínimos e máximos de 332 e 594 mg/l, o que o caracteriza como esgoto forte;
Estes valores são muito superiores aos 200 mg/l previstos no dimensionamento da ETE. Se forem
consideradas as condições atuais, a concentração dos esgotos de origem doméstica seria da ordem de 240
mg/l;
Os aspectos acima referidos indicam que existe uma Carga de esgoto Não Doméstico, de origem
desconhecida pelo DAEV e que precisa ser investigada;
A eficiência da remoção de DBO e a concentração do efluente, que são respectivamente, da ordem de 90%
e 40 mg/l estão adequados com os padrões de lançamento da Resolução CONAMA 430/2011 que estabelece
um limite mínimo de 60% de remoção. Igualmente estão adequados às exigências Portaria 8468 cuja
concentração máxima admissível de DBO é de 60 mg/l e a remoção mínima admissível é de 80%. Porém, a
concentração média do efluente, da ordem de 40 mg//l, é muito superior à expectativa de projeto, que era de
13, 3 mg/l;
O Nitrogênio Amoniacal efluente da ETE, da ordem de 40 mg/l é o dobro do padrão estabelecido pela
Resolução CONAMA 430/2011, que é de 20 mg/l;
Outro aspecto relativo ao Nitrogênio Amoniacal é que no dimensionamento da ETE a expectativa era de uma
eficiência de 35% de remoção nos tanques de flotação o que não tem acontecido;
A remoção de fosfato total foi da ordem de 80%, o que está razoavelmente dentro do esperado para o
processo de flotação por ar dissolvido;
Quanto aos Coliformes totais e fecais com taxas de remoção da ordem de 94% e 75%%, com quantidades
da ordem de 106 /100 ml, mostram eficiência abaixo do esperado pelo dimensionamento da ETE que previa
NMP de Coliformes da ordem de 103, antes da desinfecção.
Estes aspectos, e principalmente a eficiência da remoção de DBO, mostram a necessidade de se adequar o processo
de tratamento da ETE para fazer frente às necessidades futuras.
A recomendação é que implante uma unidade de aeração, conforme previsto no projeto original da ETE. Assim
espera-se que a eficiência da ETE seja igual ou superior a 94% em termos de remoção de DBO.
Cabe lembrar na época da implantação da ETE optou-se pela concepção modificada que prescindia do tanque de
aeração.
Outro aspecto a ser frisado é a necessidade de investigação das fontes de carga orgânica de origem não doméstica,
que são provavelmente originadas por despejos clandestinos.
83
a) Carga Orgânica per capita (CPC): 54 g de DBO por habitante por dia (valor típico);
b) Referência de Classificação: Concentrações Típicas de DBO 5,20 (Metcalf & Eddy, 1991):
o Forte: 400 mg/l;
o Médio: 200 mg/l;
o Fraco: 110 mg/l.
Considerou-se a carga orgânica total dos esgotos do município, sendo composta de duas parcelas, de origem
doméstica (CD) e não doméstica (CND). Para as condições atuais, os cálculos foram feitos usando as seguintes
equações:
- Equações:
Equação 1.................................CD= (CPC x Pec)/1.000
Equação 2: ................................CT = Kt x Qec
Equação 3: ................................CND = CT-CD
Onde:
o CPC: Carga Orgânica Per Capita= 54 g/hab.dia;
o CD: Carga Orgânica de Origem Doméstica, em Kg/dia;
o CND: Carga Orgânica de Origem Não Doméstica, em Kg/dia;
o CT: Carga Orgânica Total, em Kg/dia;
o Kt: Concentração Média do Esgoto Total do Município, em mg/l;
o KD: Concentração Média do Esgoto Doméstico do Município, em mg/l;
o Knd: Concentração Média do Esgoto Não Doméstico do Município, em mg/l;
o Pec: População atendida com coleta de esgoto;
o Qec: Vazão de esgoto coletado, em l /dia.
Com as equações acima é possível calcular a evolução das cargas, com base no crescimento populacional e nos
índices de coleta e tratamento. A carga orgânica não doméstica calculada, foi mantida constante ao longo do período
do plano. A eficiência na remoção de DBO foi considerada igual a 90% para as condições atuais da ETE e 94% após
a implantação do (s) tanque (s) de aeração, que foi previsto para o ano de 2018.
Os itens apurados foram:
o Carga Orgânica Potencial Urbana;
o Carga Orgânica Processada: Coletada pelo SES, e encaminhada à ETE;
o Carga Orgânica Lançada do corpo receptor: Sem tratamento e com tratamento;
o Carga Orgânica Removida.
Os valores apurados estão indicados na Tabela 31.
84
Tabela 31 - Balanço da Carga de DBO.
85
11.1.3. Balanço da Remoção de Coliformes Termotolerantes
Coliformes termotolerantes são definidos como microrganismos do grupo coliforme, sendo representados
principalmente pela Escherichia coli e, também por algumas bactérias dos gêneros Klebsiella, Enterobacter e
Citrobacter. Dentre esses microrganismos, somente a E. coli é de origem exclusivamente fecal, estando sempre
presente, em densidades elevadas nas fezes de humanos, mamíferos e pássaros, sendo raramente encontrada na
água ou solo que não tenham recebido contaminação fecal. Os demais podem ocorrer em águas com altos teores de
matéria orgânica, como por exemplo, efluentes industriais, ou em material vegetal e solo em processo de
decomposição.
Os coliformes termotolerantes não são, dessa forma, indicadores de contaminação fecal tão bons quanto a E. coli,
mas seu uso é aceitável para avaliação da qualidade da água. São disponíveis métodos rápidos, simples e
padronizados para sua determinação, e, se necessário, as bactérias isoladas podem ser submetidas a diferenciação
para E. coli. Além disso, na legislação brasileira, os coliformes fecais são utilizados como padrão para qualidade
microbiológica de águas superficiais destinada a abastecimento, recreação, irrigação e piscicultura. (CETESB,2009)
As densidades típicas dos coliformes termotolerantes presentes no estão na faixa de 10 6 a 109 organismos por 100
ml, sendo usual a utilização de 107 org./100 ml, em análises conceituais.
86
Quadro 7 - Padrões Estabelecidos para Coliformes Termotolerantes em Águas Naturais.
87
Nestas condições haveria necessidade de que o efluente fosse lançado em corpos da grande vazão para alcançar
condições adequadas de diluição. Em condições mais extremas, a relação entre a vazão do corpo receptor e do
efluente da ETE pode chegar a cerca de 1.000 vezes.
Para se alcançar padrões adequados de emissão, a eficiência na remoção de microrganismos pelo processo de
tratamento de esgoto deveria ser de 99,99% (4 log de remoção), condição esta só encontrada em raríssimas
situações, como por exemplo nos casos de lagoas ou UASB seguidos por lagoas de maturação, ou Lodos ativados
seguidos de filtração terciária.
Uma alternativa que vem sendo adotada para se alcançar padrões de lançamento adequados é a desinfecção de
efluente da ETE, o que pode ser feito por cloração, ozonização, dióxido de cloro, ou radiação ultravioleta.
Na Tabela 32, a seguir apresenta-se alguns processos de tratamento de esgoto e respectivas eficiências médias de
remoção de coliformes termotolerantes, encontrados na bibliografia.
Conforme apresentado na Tabela 32 os conceitos de eficiência de remoção utilizados são: Porcentagem de Remoção
e Log de Remoção, calculados conforme equações abaixo:
88
- Percentagem de Remoção:
% de Remoção = 𝑁1−𝑁𝑜
onde,
𝑁0
- Log de Remoção:
𝐿𝑜𝑔 𝑁1
Log de Remoção =
𝐿𝑜𝑔 𝑁0
Com base nestes parâmetros foram calculadas as quantidades de CTT em org./dia dos esgotos encaminhados para
tratamento na ETE, considerando-se a quantidade afluente e efluente, calculada com base na eficiência de remoção
adotada. Também se calculou as quantidades encaminhadas ao corpo receptor sem tratamento. Com estes dois
parâmetros calculou-se a concentração média equivalente, admitindo-se que ocorre a mistura entre as duas, antes
de lançamento no corpo se água.
Os resultados são apresentados a seguir na Tabela 33 e Tabela 34, para as quais se consideram duas condições: Na
primeira considera-se que o efluente da ETE passa por processo de desinfecção; e, na segunda condição não ocorre
a desinfecção.
Obs. Admitiu-se que os esgotos não coletados não são lançados no corpo d’ água.
89
Tabela 33 - Balanço de Coliformes Termotolerantes com Desinfecção.
90
Tabela 34 - Balanço de Coliformes Termotolerantes sem Desinfecção.
91
11.1.5. Sistemas Isolados
Conforme já enfatizado, na concepção proposta para o esgotamento sanitário da área urbana, os sistemas isolados
deverão, na medida do possível, ser incorporados ao sistema integrado atual.
Neste sentido, planejamento do DAEV prevê as seguintes ações:
Para o San Fernando e Country Club está sendo implantada a rede coletora de esgotos e interligada ao sistema
integrado de coleta/afastamento/tratamento de esgotos da cidade de Valinhos;
O São Bento do Recreio será atendido por ETE que será instalada no loteamento, cuja contratação já foi
formalizada; a ETE deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2016;
O Vale Verde assim como o Parque Valinhos deverá ser atendido por sistema de esgotamento sanitário em
médio prazo, porém não há projeto para implantação do sistema no momento. Esses dois loteamentos serão
interligados ao sistema integrado de coleta/afastamento/tratamento de esgotos da cidade de Valinhos.
92
Uma opção que pode ser viável é a utilização da “Fossa Séptica Biodigestora” (FSB), associada ao “Jardim Filtrante”,
que são tecnologias desenvolvidas pela EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, para aplicação na
zona rural.
A Fossa Séptica Biodigestora é um sistema de tratamento de esgoto sanitário rural, que além de decompor a matéria
orgânica, também promove o tratamento biológico do esgoto, removendo cerca de 90% dos coliformes totais,
evitando a contaminação de água e do solo por coliformes fecais.
Este sistema também produz um efluente orgânico pode ser usado como adubo em plantas perenes. Para ter esta
funcionalidade, a fossa séptica biodigestora só pode receber esgoto do vaso sanitário. Além disto, necessita de um
inoculante biológico, que é feito com cerca de 5 litros esterco de bovino.
Conforme informações da EMBRAPA, o custo da FSB é da ordem de R$ 1.500,00 (referência de março/2013) e a
manutenção é bastante simples.
A Figura 6 apresenta um esquema de FSB.
1– Válvula de retenção
2 – Chaminé de alívio (suspiro)
3 – Curva de 90º
4 – “T” de inspeção
5 e 6 – Caixas de 1.000 ml
7 – Registro
Fonte: Novaes, 2002.
Figura 6 - Estrutura da Fossa Séptica Biodigestora.
Já a tecnologia do Jardim Filtrante tem a função de complementar o tratamento da Fossa Séptica Biodigestora. A
FSB, por suas características trata apenas a “água negra”, efluente do vaso sanitário. Já o Jardim Filtrante trata a
93
“água cinza”, proveniente da pia, chuveiro, tanque, etc. O efluente da FSB que não for utilizado na agricultura também
será desviado para o Jardim Filtrante.
O objetivo do Jardim Filtrante é criar um ambiente onde plantas, adequadamente escolhidas, e microrganismos,
trabalhem juntos para a depuração do esgoto e absorção dos nutrientes e contaminantes. O comportamento do
sistema é semelhante ao de áreas alagadas naturais.
O sistema é basicamente constituído por um reservatório enterrado com área de 10 m² por 0,5 m de profundidade,
impermeabilizado com uma geomembrana, preenchido com areia grossa e brita, onde são plantados arbustos. Antes
de ser encaminhado ao Jardim Filtrante, o esgoto deve passar por uma caixa de retenção de sólidos e uma caixa de
areia.
Conforme orientação da EMBRAPA, as plantas escolhidas devem ser preferencialmente nativas da região onde o
sistema está instalado. Pode-se inclusive escolher plantas que produzem flores para melhorar visualmente o ambiente.
Na Figura 7 é apresentado um esquema de um corte longitudinal do Jardim Filtrante, com seus diversos componentes.
94
Deste modo, é fundamental que se procure alternativas de sistemas coletivos de coleta por rede de esgoto seguido
de um sistema de tratamento de esgoto mais adequado a cada caso. Existem diversas alternativas para o tratamento
de esgoto para atendimento às pequenas comunidades, podendo-se destacar:
Tanques sépticos seguidos de sistemas de infiltração no solo;
Estações de Compactas Tratamento de Esgoto para Pequenas Comunidades.
Ainda, existem outras possibilidades, mas a título de exemplo, ilustramos apenas as duas alternativas acima indicadas.
a) Tanques Sépticos
Conforme a norma NBR 7.229/93, um tanque séptico é uma unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo
horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão, conforma ilustrado na
Figura 8, mostrando-se o funcionamento destes processos de tratamento, no interior de um tanque séptico.
Ainda, conforme a referida norma, o uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para áreas desprovidas de
rede pública coletora de esgoto; alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas e rede coletora local; retenção
prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com diâmetro e/ou declividade reduzidos para
transporte de efluente livre de sólidos sedimentáveis, devendo respeitar as seguintes distâncias mínimas:
1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e ramal predial de água;
3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
5,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.
95
Após passar pela fossa, o efluente líquido, isento de materiais sedimentáveis e flutuantes (retidos na fossa) deve ser
disposto de alguma forma no meio ambiente.
Entre os processos eficientes e econômicos de disposição do efluente líquido das fossas estão:
Diluição (corpo d’água receptor);
Sumidouro;
Vala de infiltração;
Vala de infiltração e filtro de areia.
Destes processos o mais simples são os sumidouros, que consistem em escavações, cilíndricas ou prismáticas,
tendo as paredes revestidas por tijolos, pedras ou outros materiais. Os sumidouros funcionam como poços
absorventes, recebendo os efluentes diretamente das fossas sépticas e permitindo sua infiltração no solo.
A Figura 9 mostra um esquema de distribuição de sumidouros, onde destaca-se a importância de se manter o fundo
dos sumidouros no mínimo 1,5 metros acima do nível de água do lençol freático.
96
Na Figura 10 é apresentado um exemplo de ETE Compacta Pré-Fabricada.
No exemplo indicado na Figura 10, a ETE tem capacidade de tratamento de vazões diárias de 4 m³ (4.000 litros/dia)
a 20 m³ (20.000 litros/dia) por módulo, o que representa, em média, 210 usuários.
O tanque possui 2,0 m de diâmetro e é fabricado de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro), o que confere
resistência e alta proteção química à corrosão do esgoto sanitário.
A área necessária para a implantação do sistema varia entre 23 m² e 38 m².
O processo de tratamento é composto por um reator anaeróbio, um filtro aeróbio com difusão de ar por bolhas finas
e decantador secundário com sistema de air lift para retorno do lodo.
O sistema de desinfecção é feito por meio de pastilhas de cloro, já integrado ao produto.
Conforme informações do fabricante a implantação do módulo pode ser feita tanto acima do nível do solo como
enterrada.
Conforme já citado, existem diversas outras alternativas no mercado, que podem ser estudas para se obter o melhor
resultado para cada caso.
Um fator importante a se considerar no caso de opção pela utilização de ETE Compacta é que a mesma exige
manutenção nos seus componentes hidráulicos, elétricos e de processo, o que demandará mão-de-obra
especializada. Neste sentido, a prefeitura deverá avaliar a existência de profissionais qualificados em seu quadro de
funcionários, e caso necessário optar pela contratação destes profissionais ou terceirizar os serviços.
97
12.2.3 Esgotamento Sanitário Proposto para a Zona Rural do Município de Valinhos
Conforme levantamento feito pelo IBGE em 2010, 64,6% dos domicílios existentes na área rural tinham fossa séptica
e 32,3% tinham disposição em fossas rudimentares (fossas negras) e outros tipos de disposição inadequados,
conforme mostra a Tabela 35. Apesar de constar no levantamento do Censo 2010, não existe rede de esgoto na área
rural.
Tabela 35 - Situação do Atendimento com o Esgotamento Sanitário Conforme Censo IBGE 2010.
Domicílios
Atendimento com Esgoto
Total Urbano Rural
Total 33.633 32.109 1.524
Rede geral de esgoto ou pluvial 29.727 29.679 48
Fossa Séptica 2.235 1.250 985
Fossa Rudimentar 1.584 1.141 443
Vala 5 5 -
Rio, lago ou mar 48 24 24
Outro tipo 17 5 12
Não tinham 17 5 12
Atendimento com rede de esgoto (%) 88,4% 92,4% 3,1%
Atendimento com fossa séptica (%) 6,6% 3,9% 64,6%
Outros (inadequados) (%) 5,0% 3,7% 32,2%
Fonte: Censo IBGE, 2010.
a) População Dispersa
Com relação aos locais com ocupação dispersa de domicílios, não se dispõe de informações quantitativas mais
recentes, mas com base nos dados da tabela pode se depreender diversas situações com disposição inadequada de
esgoto. Para estes locais recomenda-se que a prefeitura implante um programa específico para implantação de fossas
sépticas, e principalmente fossas sépticas biodigestoras, padrão EMBRAPA, nestas localidades. Este programa
deverá buscar alternativas de fontes de recursos para subsidiar a implantação.
Independentemente da substituição das fossas negras por fossas sépticas, é importante o monitoramento da
qualidade da água utilizada para consumo nestes locais, bem como apoio e orientação à população local, seguindo
as recomendações feitas no capítulo específico sobre abastecimento de água na zona rural, apresentado
anteriormente.
Um importante parceiro que o município deve procurar para ajudar na implantação das FSB, é a CATI - Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral, pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do governo do Estado de
São Paulo. A CATI já vem realizando ações em alguns municípios através da difusão tecnologia e parcerias com
outras entidades.
98
b) Aglomerados Populacionais
Conforme já apresentado anteriormente, o único aglomerado populacional existente na área rural do município é o
Sitio São João (Biquinha), que se encontra em situação irregular, por ocupar área de proteção ambiental, de modo
que o DAEV está impossibilitado de implantar infraestrutura no local, o que implica que não existe sistema público de
esgotamento sanitário, o que caracteriza a existência de risco sanitário, pela contaminação do lençol freático, já que
os moradores se utilizam de poços rasos para abastecimento de água. Conforme já relatado, a situação do local será
tratada no novo Plano Diretor do município, que está em análise.
Por outro lado, a exemplo, a exemplo do que foi feito para o sistema de abastecimento de água apresenta-se a seguir
uma proposta de implantação de sistema de esgotamento sanitário, com caráter apenas orientativo, caso a Prefeitura
opte por regularizar a área.
Neste sentido, foi feito análise das necessidades e uma proposta de implantação de ligações e rede de esgoto no
local, cujos esgotos coletados são encaminhados a uma ETE compacta, conforme apresentado na Tabela 36. Na
Tabela 37, é apresentada uma estimativa de custos de implantação da solução proposta.
99
Ligações domiciliares de esgotos.
As necessidades referentes ao sistema de transporte e destinação final serão tratadas no item “Necessidades
Específicas do SES”.
a) Tratamento de Esgoto
Com base na capacidade de tratamento da ETE existente, que é de 350l/s e na projeção das demandas de tratamento
de esgoto, foram calculados os déficits globais de tratamento e a necessidade de ampliações ao longo do horizonte
do plano.
Os resultados da simulação indicaram que a ETE existente tem capacidade de atender todo o período do plano, quando
se analisa o aspecto exclusivo de vazões. Porém, esta folga não existe do ponto de vista da remoção de DBO, visto
que a concentração de DBO considerada no projeto da ETE foi de 230 mg/l e a concentração atual é da ordem de
400,0 mg/l.
Dentro da classificação usual dos esgotos, a concentração é característica de esgotos fortes.
Face a estas condições é recomendável que a ETE seja adequada, a curto ou médio prazo. Para os fins das análises
que se seguem, no presente plano, propôs-se a implantação de uma unidade de aeração, conforme previsto no projeto
original da ETE. Os resultados da simulação são apresentados na Tabela 38 e Gráfico 5, apresentados a seguir.
400,0
350,0
300,0
Vazão de esgoto (l/s)
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
Período (anos)
100
Tabela 38 - Implantação do Tratamento de Esgoto.
População Estação de Tratamento de Esgoto - ETE (l/s)
Ano Atendida
Existente Necessidade Saldo Desativar Implantar
(hab.)
2.016 105.264 350,0 265,7 84,3 0,0 0,0
2.017 107.479 350,0 270,5 79,5 0,0 0,0
2.018 109.733 350,0 275,4 74,6 0,0 0,0
2.019 112.027 350,0 280,3 69,7 0,0 0,0
2.020 114.360 350,0 285,4 64,6 0,0 0,0
2.021 116.348 350,0 289,6 60,4 0,0 0,0
2.022 118.354 350,0 294,0 56,0 0,0 0,0
2.023 120.378 350,0 298,3 51,7 0,0 0,0
2.024 122.420 350,0 302,7 47,3 0,0 0,0
2.025 124.480 350,0 307,2 42,8 0,0 0,0
2.026 125.197 350,0 308,5 41,5 0,0 0,0
2.027 125.914 350,0 309,9 40,1 0,0 0,0
2.028 126.632 350,0 311,2 38,8 0,0 0,0
2.029 127.350 350,0 312,6 37,4 0,0 0,0
2.030 128.068 350,0 313,9 36,1 0,0 0,0
2.031 128.788 350,0 315,3 34,7 0,0 0,0
2.032 129.507 350,0 316,6 33,4 0,0 0,0
2.033 130.227 350,0 318,0 32,0 0,0 0,0
2.034 130.947 350,0 319,3 30,7 0,0 0,0
2.035 131.667 350,0 320,7 29,3 0,0 0,0
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
101
A Tabela 39 demonstra os resultados obtidos nas projeções.
102
Extensão de rede de esgoto por ligação de esgoto: 15 metros por ligação (valor usual de projeto).
103
Tabela 41 - Substituições do Sistema de Esgotamento Sanitário.
104
Implantação/readequação de interceptores de esgotos (diversos - conforme definição do novo Plano Diretor).
Além das ações acima, propõe-se também a adequação da ETE Capivari, com a implantação de mais uma unidade
de aeração, conforme previsto no projeto original da ETE.
Na Tabela 42 a seguir são apresentados os custos estimados dos empreendimentos acima referidos. Conforme
verifica-se na tabela alguns custos não foram considerados, pois já estão inclusos na projeção das nas necessidades
globais.
b) Emissário Final
O emissário final existente tem extensão de 100 m, D=800 mm e lança o efluente tratado no Ribeirão dos Pinheiros.
Não será necessária a ampliação do mesmo no período do plano.
105
12. INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A verificação dos custos dos investimentos a serem realizados no SES foi feita para cada um de seus componentes,
de forma que, para cada um deles, foram adotados critérios de apuração de quantitativos, assim, os custos foram
levantados com base em preços unitários médios, usualmente adotados em estudos de concepção de SES, os quais
foram obtidos por meio do Estudo de Custos de Empreendimentos da SABESP, o qual tem a data base de janeiro de
2014.
Com base nesta referência foram compostos os seguintes preços unitários:
Rede Coletora de Esgoto: R$ 465,12 por metro linear, valido tanto para implantação, quanto para substituição
de rede de esgoto;
Ligação Domiciliar de Esgoto: R$ 412,60 por ligação, valido tanto para implantação, quanto para substituição
de ligação de água;
Aumento da Capacidade de Tratamento por ETE Convencional: Conforme Tabela 43.
Além dos investimentos apurados com base nos preços unitários e os quantitativos obtidos na apuração das
necessidades globais do SES, foram considerados também outros investimentos advindos de orçamentos pré-
definidos e das necessidades complementares, conforme apresentado anteriormente.
106
Tabela 44 - Custos de Implantação dos Sistemas de Transporte e Tratamento de Esgoto.
Ano EEE’s de Rede EEE Final Interceptores Emissário Total Transporte ETE
R$ R$ R$ R$ R$ R$
2.016 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00
2.017 0,00 0,00 0,00 0,00 299.824,50 0,00
2.018 0,00 0,00 299.824,50 0,00 0,00 3.000.000,00
2.019 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.020 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.021 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.022 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.023 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.024 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.025 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.026 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.027 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.028 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.029 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.030 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.031 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.032 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.033 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.034 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.035 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.300.000,00
Total 0,00 0,00 299.824,50 0,00 299.824,50 6.600.000,00
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Para apuração dos custos de implantação foram adotados os seguintes preços unitários:
o Rede de esgoto: R$ 465,12;
o Ligação de Esgoto: R$ 412,60.
Os custos apurados para estão discriminados apresentados no item seguinte.
107
12.1.3. Cronograma Geral dos Investimentos no Sistema de Esgotamento Sanitário
Na Tabela 45 e na Tabela 46 são apresentados os cronogramas dos investimentos no sistema de esgotamento
sanitário.
Os investimentos no sistema de esgotamento sanitário somam R$ 45.132.279,62 no horizonte do plano, sendo R$
16.737.541,17 no curto prazo, R$ 12.398.562,58 no médio prazo, e, R$ 15.996.175,86 no longo prazo.
108
Tabela 45 - Cronograma Plurianual dos Investimentos no Sistemas de Esgotamento Sanitário.
REDE DE ESGOTO LIGAÇÕES DE ESGOTO
TRANSPORTE TRATAMENTO Total Geral
ANO Ampliação Substituição Total Ampliação Substituição Total
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2.016 0,00 300.000,00 2.690.336,05 249.769,44 2.940.105,49 227.290,58 35.483,60 262.774,18 3.502.879,68
2.017 299.824,50 0,00 2.735.265,77 252.560,16 2.987.825,93 231.086,43 35.896,20 266.982,63 3.554.633,06
2.018 0,00 3.000.000,00 2.784.003,36 255.350,88 3.039.354,24 235.203,98 36.308,80 271.512,78 6.310.867,02
2.019 0,00 0,00 2.834.422,24 258.141,60 3.092.563,84 239.463,57 37.134,00 276.597,57 3.369.161,42
2.020 0,00 0,00 2.880.900,67 260.932,32 3.141.832,99 243.390,26 37.546,60 280.936,86 3.422.769,84
2.021 0,00 0,00 2.455.895,12 263.257,92 2.719.153,04 207.484,05 38.371,80 245.855,85 2.965.008,89
2.022 0,00 0,00 2.477.901,90 266.048,64 2.743.950,54 209.343,28 38.784,40 248.127,68 2.992.078,22
2.023 0,00 0,00 2.499.930,08 268.374,24 2.768.304,32 211.204,31 39.197,00 250.401,31 3.018.705,62
2.024 0,00 0,00 2.521.979,64 271.164,96 2.793.144,60 213.067,14 40.022,20 253.089,34 3.046.233,94
2.025 0,00 0,00 2.544.050,59 273.490,56 2.817.541,15 214.931,79 40.434,80 255.366,59 3.072.907,74
2.026 0,00 0,00 265.599,60 273.955,68 539.555,28 74.796,46 40.434,80 115.231,26 654.786,54
2.027 0,00 0,00 265.774,40 273.955,68 539.730,08 74.845,69 40.847,40 115.693,09 655.423,17
2.028 0,00 0,00 265.949,21 274.420,80 540.370,01 74.894,92 40.847,40 115.742,32 656.112,33
2.029 0,00 0,00 266.124,01 274.420,80 540.544,81 74.944,15 41.260,00 116.204,15 656.748,96
2.030 0,00 0,00 266.298,82 274.885,92 541.184,74 74.993,37 41.260,00 116.253,37 657.438,11
2.031 0,00 0,00 266.459,55 274.885,92 541.345,47 75.038,64 41.672,60 116.711,24 658.056,71
2.032 0,00 0,00 266.606,13 275.351,04 541.957,17 75.079,92 41.672,60 116.752,52 658.709,69
2.033 0,00 0,00 266.738,46 275.816,16 542.554,62 75.117,18 41.672,60 116.789,78 659.344,40
2.034 0,00 0,00 266.856,45 275.816,16 542.672,61 75.150,41 42.085,20 117.235,61 659.908,22
2.035 0,00 3.300.000,00 266.960,00 276.281,28 543.241,28 75.179,57 42.085,20 117.264,77 3.960.506,05
Total 299.824,50 6.600.000,00 29.088.052,04 5.368.880,16 34.456.932,20 2.982.505,71 793.017,20 3.775.522,91 45.132.279,62
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
109
Tabela 46 - Cronograma dos Investimentos nos Períodos de Planejamento do PMSB para o Sistema de Esgotamento
Sanitário.
110
111
CAPÍTULO IV – PROGRAMAS, PROJETOS E
AÇÕES PARA ATINGIR AS METAS DE
UNIVERSALIZAÇÃO – SAA E SES
112
13. PROGRAMAS PROJETOS E AÇÕES PARA ATINGIR AS METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO
Neste capítulo, aborda-se a relação dos programas, projetos e ações necessários para o alcance dos objetivos e
metas estratégicas estabelecidas no PMSB, com vistas à universalização da prestação de serviços de abastecimento
de água e esgotamento sanitário no município de Valinhos.
Como as ações para a universalização dos dois eixos estão intimamente ligadas, e impactam diretamente umas nas
outras, os mesmos foram tratados conjuntamente neste capítulo.
A estruturação proposta para o gerenciamento das medidas contidas no presente PMSB foi dividida em dois módulos
distintos, mas que se complementam, os quais são:
Programas, Projetos e Ações de Gestão;
Programas de Investimentos das Obras de Ampliação e Renovação dos Sistemas Operacionais.
a) Estudos e Projetos
Para a gestão adequada das ações e dos investimentos no sistema de abastecimento de água (SAA) e de esgotamento
sanitário (SES) do município, torna-se necessário a contratação de estudos e projetos para os mesmos, prevendo-
se:
Contratação imediata de Plano Diretor de Água e Plano Diretor de Esgoto;
Contratação de projetos de ampliação para o SAA e para o SES ao longo do período do PMSB. Neste particular
os projetos desta natureza, são executados internamente pela equipe do DAEV, deste modo, não serão
previstos custos neste item.
Estudos e projetos para melhoria dos processos de tratamento de esgoto.
113
A maior concentração de ações está no tema das perdas de água nos sistemas públicos de abastecimento, motivo
pelo qual deve-se atentar à sua melhor compreensão conceitual.
As perdas de água englobam tanto as perdas reais (físicas), que representam a parcela não consumida, como as
perdas aparentes (não físicas), que correspondem à água consumida e não registrada. As perdas reais originam-se
de vazamentos no sistema, que vão desde a captação até a distribuição propriamente dita, além de procedimentos
operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede, quando esses provocam consumos superiores ao
estritamente necessário para operação. No que diz respeito às perdas aparentes, as mesmas originam-se de ligações
clandestinas ou não cadastradas, hidrômetros parados ou que sub medem, além de fraudes em hidrômetros, entre
outros.
A redução de perdas reais diminui os custos de produção, pois propicia um menor consumo de energia, de produtos
químicos e de outros insumos, utilizando as instalações existentes para ampliação da oferta, sem expansão do
sistema produtor. No caso das perdas aparentes, sua redução permite aumentar a receita tarifária, melhorando a
eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador dos serviços.
Ação também premente principalmente pelas implicações financeiras decorrentes. Dentre as ações para redução e
controle das perdas, as ações para redução das perdas aparentes (comerciais ou não físicas) já estão contempladas
pelo recadastramento dos consumidores, pela instalação de hidrômetros em ligações não medidas e pela substituição
de hidrômetros antigos, quebrados ou violados.
Tem-se que abordar agora a implantação de modelos de “caça fraude” e a redução das perdas reais (físicas ou
vazamentos), as quais devem ser antecedidas pela execução das ações para redução e controle de perdas aparentes,
citadas acima, e da implantação de medidores, de forma a que se conheçam os reais volumes de água produzida e
se possam apurar os volumes perdidos por vazamentos.
Propõe-se, inicialmente, a execução de pesquisa de vazamentos não visíveis com utilização de geofones eletrônicos,
serviço que poderá ser contratado com terceiros, o que permitirá a manutenção do programa de redução e controle
de perdas físicas. Algumas das ações previstas no Programa de Redução e Controle de Perdas são apresentadas
adiante:
114
água na cidade, é uma necessidade de curto prazo, que permitirá o controle operacional do sistema e, proporcionará
o conhecimento das vazões produzidas, juntamente com o conhecimento dos volumes efetivamente consumidos
(micromedidos).
Permitirá também conhecer as reais perdas físicas por vazamentos, o que é necessário para um correto
dimensionamento das ações a serem determinadas para redução das perdas e, consequentemente, na redução do
consumo de energia, além de ser um item necessário para a obtenção da outorga de uso de água no município.
115
Na situação atual, o índice de perdas na distribuição-IPD do município é igual a 38,45%. No plano diretor foi
estabelecida como meta de redução atingir o índice de perdas no sistema de abastecimento de água igual a 20% no
prazo de 20 anos, bem como um índice de perda financeira igual a 15%.
De forma geral o PDCP propõe as seguintes ações prioritárias:
Implantação de projeto de setorização da rede de distribuição em zonas de pressão;
Implantação de macromedidores de vazão no sistema de abastecimento de água;
Substituição dos hidrômetros mais antigos e dimensionamento adequado dos grandes consumidores;
Realização de pesquisa de vazamento não visível na rede de distribuição de água;
Implantação de sistema de monitoramento via remota das vazões, níveis dos reservatórios e pressões em
pontos estratégicos do sistema de distribuição de água;
Reforma de reservatórios;
Substituição das redes e ramais mais antigos do sistema de distribuição de água.
Também foram previstas ações complementares tais como:
Implantação de sistemas que visam redução do consumo energético;
Elaboração das outorgas das captações.
Para o presente PMSB, propôs-se algumas modificações na metodologia de implantação, proposta no PDCP, de
modo a se compatibilizar com as ações propostas do plano de saneamento, sem, entretanto, ferir os aspectos
fundamentais do mesmo. Este novo arranjo comporá o Programa de Redução e Controle de Perdas do município de
Valinhos. Neste sentido, as ações propostas no PDCP foram agrupadas em 9 (nove) projetos, conforme descrito a
seguir:
P1- Projeto de Setorização do SAA;
P2 - Projeto de Macromedição;
P3 - Projeto de Automação e Controle do SAA;
P4 - Projeto de Pesquisa de Vazamento Não Visível;
P5 - Projeto de Adequação do Setor Comercial;
P6 - Projeto de Manutenção dos Reservatórios;
P7 – Projeto de Substituição de Rede de Distribuição Deteriorada
P8 - Projeto de Treinamento dos Funcionários do SAA;
P9 - Projeto de Ações Complementares.
As ações de substituição dos hidrômetros mais antigos do sistema de distribuição de água e a substituição das redes
e ligações mais antigas, previstas no PDCP, deixaram de compor o “Programa de Redução e Controle de Perdas”,
pois foram tratadas no programa de investimentos “PI-2: Programa de Investimentos para Renovação do SAA”.
Para estes itens considerou-se apenas as contratações de projetos previstos no PDCP.
Os custos referentes à reforma de reservatórios, manutenção nos poços e conjuntos motor-bombas existentes nas
captações de água bruta e tratada também previstos no PDCP, foram considerados no “Programa de Manutenção
116
Preventiva nas Unidades Operacionais de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário”, que é um dos programas
de gestão previstos no PMSB.
Tendo-se como referência o PDCP do município, a seguir é apresentada uma breve descrição dos projetos que
compõem o Programa de Redução e Controle de Perdas do PMSB.
117
Tabela 47 - Setores de Abastecimento de Água do Projeto de Setorização (Continuação).
25 Vila São José Vila São José 1185
26 Santo Antonio Santo Antonio 1390
27 Bela Vista Bela Vista 1984
28 Jardim Bom Retiro Jardim Bom Retiro 1327
29 Ortizes Ortizes 370
30 Macuco Macuco 130
31 Village Do Itamaracá Village Do Itamaracá 844
32 Recreio Do S Palmares Recreio Dos Palmares 135
33 São Jorge São Jorge 1131
34 Santa Elisa Santa Elisa 908
35 Jardim Dos Palmares Jardim Dos Palmares 1196
36 Parque Valinhos Parque Valinhos 220
37 São João Batista São João Batista 249
38 Ponte Alta Ponte Alta 1525
39 Morada Do Sol Morada Do Sol 480
40 Alameta Itajubá Alameda Itajubá 98
41 Fazenda São José Fazenda São José 417
42 Portal Do Lago 169
43 Cond. Green Boulevard 163
44 Bosque Dos Cambarás 153
45 Vale Verde Vale Verde 500
46 Country Club Country Club 650
TOTAL GERAL DE LIGAÇÕES: 35.334
Fonte: PDCP. Valinhos, 2015.
P2 - Projeto de Macromedição:
O objetivo do projeto é a instalação de 54 (cinquenta e quatro) macromedidores de vazão, distribuídos nos recalques
dos poços e nos reservatórios setoriais. Os macromedidores selecionados foram do tipo Ultrassônico Flangeado,
conforme indicado na Tabela 48.
Diâmetro
Nº Local Tipo
(mm)
118
Tabela 48 - Medidores de Vazão Selecionados (Continuação).
MM 11 Saída 01 Do Reservatório São Bento - Country Club Para A Rede 200 Ultrassônico Flangeado
MM 12 Saída 02 Do Reservatório São Bento - Country Club Para A Rede 200 Ultrassônico Flangeado
MM 13 Saída Do Booster Campos Salles Para O R10 (Principal) 200 Ultrassônico Flangeado
MM 14 Saída 02 Do R10 (Principal) Para Reservatório Cerejeiras 75 Ultrassônico Flangeado
MM 15 Saída do Booster Lausanne Para O R01 (Zurich Doorf) 100 Ultrassônico Flangeado
MM 18 Saída Do Reservatório São Bento Do Recreio Para A Rede 150 Ultrassônico Flangeado
MM 21 Saída Da ETA 02 Para O R06 (ETA 02) /R09 (ETA 02) 400 Eletromagnético Carretel
Saída Do Booster Colina Dos Pinheiros Para O Reservatório Colina Dos
MM 22 75 Ultrassônico Flangeado
Pinheiros 01
MM 23 Saída Do Reservatório Colina Dos Pinheiros 01 Para A Rede 75 Ultrassônico Flangeado
MM 25 Saída Do Booster Espírito Santo Para O Reservatório Espírito Santo 100 Ultrassônico Flangeado
MM 29 Saída do R02 (São Marcos) para A Rede/R01 (Santa Maria) 200 Ultrassônico Flangeado
MM 34 Saída Da Bomba Do Reservatório Ribeirão Pinheiro Para O R06 (ETA 02) 100 Ultrassônico Flangeado
MM 36 Saída 02 Da Bomba Do R01 (Parque Valinhos) para R02 (Parque Valinhos) 100 Ultrassônico Flangeado
MM 38 Saída 02 Da Bomba Do R02 (Parque Valinhos) para R03 (Parque Valinhos) 150 Ultrassônico Flangeado
Fonte: PDCP Valinhos, 2015.
119
automação. Serão implantadas estações remotas, cujos dados coletados serão enviados via remota, por telemetria,
para o centro de controle operacional (CCO) existente. As principais ações previstas são:
Medição de vazão através de macromedidores: Instalação de 33 (trinta e três) medidores de vazão
ultrassônicos flangeados e 5 (cinco) medidores eletromagnéticos de inserção;
Medição de nível de reservatórios: Implantação de 5 medidores de nível tipo sensor de nível hidrostático;
Estações remotas: Implantação de 22 unidades;
Status de bombas (indica ligada/desligada): a definir;
Controle de medição de vazão - Medidor: 38 pontos;
Controle de medição de nível - Medidor: Todos os reservatórios (atual:35 pontos);
Implantação do CCO (Centro de Controle da Operação) incluindo software para supervisionar e controlar os
parâmetros de vazão, pressão, níveis e status de bombas nas unidades remotas;
Instalação e montagem da telemetria com transmissor de dados até o Centro de Controle Operacional (CCO).
Na Tabela 49 apresentam-se os pontos de medição de vazão, medição de nível e as estações remotas previstas.
120
Tabela 49 - Pontos Medição de Vazão, Nível e Estações Remotas (Continuação).
MM-17 Saída 02 do R01 (Zurich Doorf) para a Rede
MM-18 Saída do Reservatório São Bento do Recreio para a Rede
MM-19 Saída do R02 (San Fernando) para a Rede
MM-20 Saída da Captação Rio Atibaia para a ETA 02
MM-21 Saída da ETA 02 para o R06 (ETA 02) / R09 (ETA 02)
MM-22 Saída do Booster Colina dos Pinheiros para o Reservatório Colina dos Pinheiros 01
MM-23 Saída do Reservatório Colina dos Pinheiros 01 para a Rede
MM-24 Saída do Booster Ana Carolina para a Rede
MM-25 Saída do Booster Espírito Santo para o Reservatório Espírito Santo
MM-26 Saída do Reservatório Espírito Santo para a Rede
MM-27 Saída da Bomba do R01 (Parque Portugal 01) para o R02 (Parque Portugal 01)
MM-28 Saída do R01 (São Marcos) para a Rede
MM-29 Saída do R02 (São Marcos) para a Rede/R01 (Santa Maria)
MM-30 Saída do R01 (Santa Maria) para a Rede
MM-31 Saída do R02 (Santa Maria) para a Rede
MM-32 Saída do Reservatório Palmares para a Rede
MM-33 Saída do Booster Di Napoli para o Reservatório Di Napoli
MM-34 Saída da Bomba do Reservatório Ribeirão Pinheiro para o R06 (ETA 02)
MM-35 Saída 01 do R01 (Parque Valinhos) Para Rede
MM-36 Saída 02 da Bomba do R01 (Parque Valinhos) para R02 (Parque Valinhos)
MM-37 Saída 01 do R02 (Parque Valinhos) para rede
MM-38 Saída 02 da Bomba do R02 (Parque Valinhos) para R03 (Parque Valinhos)
MN-1 Reservatório Marf II
MN-2 Reservatório San Fernando R02
FonteMedição de
Nível de MN-3 Reservatório San Fernando R01
Reservatórios
MN-4 Reservatório São Bento - Country Club
MN-5 Reservatório do Sistema de Poços Profundos Ribeirão Pinheiro
Medição de Pressão MP A definir
ER 01 P03 Poço Vale Verde
ER 02 P04 Poço Vale Verde
ER 03 P06 Poço Vale Verde
Transmissão de
ER 04 R1 e R2 San Fernando
Dados
ER 05 Poço San Fernando
ER 06 P07 Poço Vale Verde
ER 07 P05 Poço Vale Verde
121
Tabela 49 - Pontos Medição de Vazão, Nível e Estações Remotas (Continuação).
No Plano Diretor de Combate às Perdas de Água constam as especificações de todos os componentes do projeto em
questão.
Ainda conforme o PDCP, após a aquisição dos equipamentos serão necessários dois meses para realização das
pesquisas de campo, sendo um mês para treinamento da equipe e mais um mês para a realização da pesquisa
propriamente dita.
A relação dos equipamentos e veículos necessários é apresentada a seguir:
01 veículo tipo van ou Kombi;
01 locador de massa metálica;
01 locador de tubulações metálicas.
122
A prefeitura poderá optar por fazer um primeiro lote de pesquisas através da contratação de uma empresa
especializada, com acompanhamento da equipe própria, fazendo deste evento uma parte do treinamento previsto.
Como a pesquisa de vazamentos não visíveis deve ser uma tarefa contínua, futuras pesquisas poderão ser feitas pela
equipe da prefeitura, já que foi previsto a compra dos equipamentos.
Deve fazer parte do trabalho de pesquisa de vazamento, a identificação de fraudes (ligações clandestinas), visando à
redução das perdas aparentes.
123
Criação do cargo de analista comercial, que terá a função de analisar os dados propostos neste trabalho,
bem como ser responsável por administrar as metas a serem estabelecidas;
Treinamento para os funcionários do setor comercial, bem como para os leituristas, mostrando para estes
que as suas funções são essenciais para a sustentabilidade do processo de captar, tratar e distribuir a água
para a população;
Implantação de sistema de telefonia (0800), onde deve ser incentivado a denúncia de fraudes e ligações
clandestinas e etc.
124
técnicas existentes, principalmente nas juntas elásticas e realização de novas ligações com materiais
atualizados no mercado;
Funcionários do departamento de gestão comercial: o objetivo deste treinamento é qualificar os
funcionários para que os mesmos dimensionem adequadamente os hidrômetros (principalmente dos grandes
consumidores) e gerenciem os dados dos consumos dos usuários através do software comercial;
Funcionários responsáveis pela eletromecânica: o objetivo deste treinamento é qualificar os funcionários
responsáveis pela manutenção dos conjuntos motor-bombas, incluindo os painéis elétricos, podendo atuar
de forma preventiva no sistema e não ocorrerem interrupções no abastecimento em virtude de paralisações
dos conjuntos motor-bombas;
Funcionários responsáveis pelo gerenciamento da Central de Comando Operacional (CCO): uma vez
implantado o sistema de macromedidores de vazão e níveis dos reservatórios, bem como dos sensores de
pressão na rede de distribuição, deverá ser implantado um profissional que será responsável por analisar
estes dados que serão coletados e encaminhados para a Central de Comando Operacional (CCO);
Funcionários responsáveis pelo cadastro e projeto: deverá ser montado o procedimento para cadastrar as
redes sempre que ocorrerem ordens de serviços para abertura de valas (serviços de manutenção das redes),
pois nestes serviços é possível visualizar as redes existentes, sendo necessário confrontar estas informações
com o cadastro existente no sistema de abastecimento de água. Destaca-se que os técnicos do sistema de
abastecimento de água também deverão passar por treinamento, visando entender os cálculos dos
parâmetros hidráulicos (pressão e vazão) em sistemas de distribuição de água;
Funcionários responsáveis pelos serviços de pesquisa de vazamento não visível: o objetivo deste
treinamento é qualificar os funcionários que serão responsáveis pelo manuseio dos equipamentos de
pesquisa de vazamento não visível, tais como geofone eletrônico, haste de escuta.
125
e GPS de alta precisão. Destaca-se que o plano diretor executou os projetos através das curvas de níveis
gerados pelas imagens de satélites do Google Earth, sendo que este levantamento não possui uma exatidão
para nível de projeto executivo;
Elaboração das outorgas das captações: para que o município possa obter recursos junto a órgãos
responsáveis por financiamentos, as outorgas devem existir e estarem regularizadas;
Realização de simulações através de modelagem matemática com o software de simulação hidráulica
atualmente existente no DAEV, o qual deve ser permanentemente atualizado com informações cadastrais:
com esta ferramenta, os gestores do sistema de distribuição de água poderão realizar diagnósticos com o
objetivo de encontrar discrepâncias antes não identificadas, como por exemplo, interligação de uma rede que
o cadastro não informava, ou um grau de corrosão acentuado em uma tubulação que provoca maiores perdas
de cargas;
Implantar o cadastro das redes, ligações e usuários em base SIG (Sistema de Informação Geográfica): com
este sistema implantado, será possível gerenciar com maior precisão o sistema de distribuição, incluindo
também a gestão do comercial, pois será possível integrar informações como por exemplo área construída
do imóvel com o seu consumo, ou se o imóvel possui piscina e verificar o consumo;
Realização de serviços para monitorar os perfis de consumo de diferentes usuários (residencial, comercial e
industrial): com este estudo será possível dimensionar adequadamente os micromedidores, tendo desta
forma, maior retorno de faturamento pois a medição estará mais precisa.
Na Tabela 50 são apresentados o orçamento e o cronograma de implantação dos projetos que compõem Programa
de Redução e Controle de Perdas.
Tabela 50 - Cronograma e Custos de Implantação dos Projetos do Programa de Controle e Redução de Perdas.
Ano de
Projetos Item Atividades Valor (R$)
Implantação
126
Tabela 50 - Cronograma e Custos de Implantação dos Projetos do Programa de Controle e Redução de Perdas (Continuação).
Total do Projeto P2 1.391.476,30
127
Tabela 50 - Cronograma e Custos de Implantação dos Projetos do Programa de Controle e Redução de Perdas (Continuação).
128
componentes dos sistemas: áreas, edificações, equipamentos instalados, etc. Este conhecimento é fundamental para
que se possam programar as ações de conservação, manutenção e até de correção diante de eventos danosos que
venham a ocorrer.
Previu-se a elaboração de cadastros digitais de todas as unidades, incluindo plantas, cortes, locação de
equipamentos, níveis e coordenadas (referenciados a marcos oficiais), características técnicas e operacionais, com
campos para registro de ocorrências e controle operacional, tudo em meio digital, disponibilizado em rede. Com o
advento das novas tecnologias empregadas na construção e atualização de sistemas cadastrais, faz-se necessário
neste programa, a inclusão de geoprocessamento e integração de subsistemas, como de manutenções e sistema
comercial, por exemplo.
129
h) Programas Gerenciais
Podem ser definidos diversos programas que visem o estabelecimento de metas gerenciais com vistas aos sistemas
de melhoria de desempenho gerencial da prestação de serviço. No presente PMSB, são recomendados dois
programas, que visam respectivamente, o aumento da arrecadação e diminuição de despesas. São eles:
Programa de Gestão Comercial: Objetiva implementar ferramentas de gestão comercial, melhorias no
sistema comercial e metodologias de atuação junto aos clientes de água e esgoto;
Programa de Gestão de Custos Operacionais: Objetiva implementar ferramentas de gestão para controle e
redução dos custos operacionais.
No Quadro 8 são apresentados as principais ações, projetos e programas de gestão com as respectivas previsões de
custos.
Total 24.368.120
** Incluso no Plano de Perdas.
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
130
13.2. PROGRAMAS DE INVESTIMENTOS EM OBRAS DE AMPLIAÇÃO E RENOVAÇÃO DOS SISTEMAS
OPERACIONAIS
Quanto às obras a serem implementadas pode-se dizer que surgem da necessidade de ampliação dos sistemas para
atender ao crescimento da demanda e da previsão da renovação de infraestruturas, que previsivelmente alcancem
sua vida útil no horizonte do PMSB.
De modo a facilitar a gestão dos investimentos das obras previstas, propõe-se a estruturação dos mesmos em
programas.
Neste sentido, os investimentos foram divididos em 4 (quatro) programas de investimentos, agrupados em dois
módulos referentes à ampliação e renovação dos sistemas operacionais, respectivamente, conforme apresentado a
seguir:
PI-1: Programa de Investimentos para Ampliação do SAA;
PI-2: Programa de Investimentos para Renovação do SAA;
PI-3: Programa de Investimentos para Ampliação do SES;
PI-4: Programa de Investimentos para Renovação do SES.
Quadro 9 - Programas de Investimentos em Obras de Ampliação e Renovação dos Sistemas de Água e Esgoto.
131
Quadro 9 - Programas de Investimentos em Obras de Ampliação e Renovação dos Sistemas de Água e Esgoto (Continuação).
a) Totais apurados
O total dos Investimentos que compõem o presente PMSB, conforme critérios anteriormente estabelecidos estão
agrupados em 3 (três) categorias, como segue:
Investimentos no Sistema de Abastecimento de Água;
Investimentos no Sistema de Esgotamento Sanitário;
Investimentos em Programas.
132
Tabela 51 - Investimentos Anuais Previstos no Horizonte do PMSB.
133
Gráfico 6 - Perfil Geral dos Investimentos.
45,0%
40,0%
Percentual de Investimentos
41,1%
35,0% 38,2%
30,0%
25,0%
20,0%
15,0% 20,6%
10,0%
5,0%
0,0%
134
da produção, reservação e adução correspondem, respectivamente, a 13,5%, 4,4% e 4,1% do total dos investimentos
no SAA.
As novas ligações de água e a hidrometração representam respectivamente 15,0% e 15,4%. O perfil dos investimentos
no SAA, é apresentado no Gráfico 8.
40,0%
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
15,0% 15,4%
15,0% 13,5%
10,0%
4,4% 4,1%
5,0%
0,0%
Produção Reservação Adução Rede de Água Ligação de Hidrômetros
Água
135
Gráfico 9 - Perfil dos Investimentos no Sistema de Esgotamento Sanitário.
90,0%
80,0% 76,3%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0% 14,6%
8,4%
10,0%
0,7%
0,0%
Transporte Tratamento Rede de Esgoto Ligação de Esgoto
136
14. PREVISÃO DE RECEITAS E DESPESAS DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
137
Gráfico 10 - Metas de Redução da Inadimplência.
2,5%
2,0%
Inadimplência (%) 2,0%
1,5%
1,5%
1,0%
1,0%
0,5%
0,5%
0,0%
2016 2020 2024 2034
Período ( anos)
a) Pessoal Próprio
As despesas com pessoal serão apuradas com base no custo unitário médio atual por empregado próprios, expresso
em R$/ano X empregado, que será mantido constante ao longo do período do plano. A variação das despesas com
pessoal próprio será em função da quantidade de empregados existentes em cada período.
O valor apurado para com os dados do SNIS 2013 foi de R56.458,43/ empregado x ano.
Considerou-se o acréscimo de 8 (oito) novos empregados próprios por conta da ampliação dos sistemas
abastecimento de água e de esgotamento sanitário, particularmente para a estação de tratamento de água (ETA) e
estação de tratamento de esgoto (ETE).
Novas ampliações no quadro de empregados serão definidas com base em estudos específicos a serem conduzidos
pelo DAEV, de modo que o acréscimo de pessoal previsto acima é de caráter sugestivo.
138
b) Produtos Químicos
O parâmetro da avaliação das despesas com produtos químicos será o custo unitário por m³ tratado de água e esgoto,
apurado com base nos dados atuais, sendo mantido constante ao longo do período do plano. Com base nos dados
do SNIS (2013), o valor deste parâmetro é de R$ 170,85 por 1000 m³ tratado de água e esgoto por ano.
c) Energia Elétrica
Para a energia elétrica, considerou-se o custo unitário por m³ processado, representado pelo volume produzido de
água e pelo volume coletado de esgoto, tendo em conta que são dependentes de bombeamentos. O parâmetro
apurado com base nos dados da DAEV (2013) foi de R$ 163,43/1000 m³ processado, ou seja, produzido de água e
coletado de esgoto.
d) Serviços de Terceiros
Com relação às despesas com serviços de terceiros levou-se em conta a sua relação com a manutenção dos
sistemas, tendo sido considerado como referência de variação as extensões de rede de água e de esgoto. O parâmetro
apurado com base nos dados da DAEV (2013) foi de R$ 6.283,80/Km de rede de água e esgoto.
139
15. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
A análise econômico-financeira foi elaborada através de um balanço simplificado, que tem como objetivo mostrar as
relações entre despesas, receitas e investimentos, no qual não foram consideradas as despesas financeiras e um
fluxo de caixa do projeto.
a) Balanço Simplificado
Com base nas receitas, despesas e investimentos apurados nos itens anteriores foi possível elaborar e um balanço
simplificado do plano conforme apresentado na Tabela 52.
Curto
Prazo
134.216.194 16.638.328 20.160.311 7.961.760 44.760.399 199.185.999 20.209.406
Médio
Prazo
262.247.348 25.046.816 18.375.444 13.775.379 57.197.639 443.426.404 123.981.417
Longo
Prazo
125.770.089 6.843.064 6.596.525 2.630.980 16.070.569 234.098.304 92.257.645
Da Tabela 52 acima, pode-se observar que o resultado do plano é positivo em todos os períodos do plano, de modo
que o resultado final também é positivo, ajudado pelo fato de que a tarifa média total (água e esgoto) se mantém
acima das despesas de exploração (DEX/m³) em todo período do plano, conforme mostrado no Gráfico 11.
140
Gráfico 11 - Evolução do DEX/por m³ faturado e da tarifa média.
2,40
2,20
2,00
1,80
DEX/m³ Faturado
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
Período ( anos)
Cabe destacar que no balanço simplificado não foram levados em conta as despesas financeiras, o que será feito no
fluxo de caixa apresentado a seguir.
No presente caso, como a gestão dos serviços de água e esgoto está a cargo de uma autarquia municipal, o DAEV
está isento destas taxas, conforme consta justificado em documento no ANEXO III do presente plano, de modo que
não foram consideradas no balanço.
Obs. Considerou-se apenas o efeito da inadimplência, conforme critério apresentado anteriormente.
141
iii) Incidentes Sobre o Lucro
Imposto de Renda (IR): 24%;
Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL): 10%.
Da mesma forma, que nos casos do PIS e COFINS, o DAEV é isento de imposto de renda e da CSLL, pelo fato de ser
uma autarquia municipal.
Foram ainda adotados os seguintes critérios:
Taxa de Desconto: A taxa de desconto normalmente adotada para análise de fluxo de caixa em
empreendimentos governamentais é de 12%. A fim de se ter uma amplitude maior de cenários, adotou-se, a
pedido do DAEV, taxas de 12%, 10% e 8%;
Considerou-se a depreciação dos investimentos ao longo do período do plano;
Não foram consideradas amortizações.
Os resultados do fluxo de caixa, com a aplicação destas deduções financeiras é apresentado na Tabela 53 e na Tabela
55.
142
Tabela 54 - Fluxo de Caixa (Continuação).
Investimentos
Receita Bruta Resultado IR & Investimentos Programas de Resultado do
Sistema de
Período (R$) (1) Operacional CSSL Sistema de Água Gestão Fluxo de Caixa
Esgoto
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Da análise do fluxo de caixa ao longo do período do plano, podem ser obtidas as seguintes informações:
Existe superávit operacional, em todo período do plano, garantido pela relação positiva entre as receitas e as
despesas, conforme ilustrado no Gráfico 11, anteriormente apresentado;
Os resultados do fluxo de caixa são positivos no curto, médio e longo prazos;
O resultado final do plano tem VPL negativo para todas as taxas de retorno consideradas.
Estes resultados mostram que há sustentabilidade econômico-financeira na implantação do plano, de modo que as
receitas cobrem não só as despesas como os investimentos previstos no horizonte do PMSB.
Entretanto, há que se considerar que nem sempre os investimentos com recursos próprios são os mais adequados.
Nesta situação faz-se necessário a obtenção de outras fontes de recurso para financiamento parcial ou total dos
investimentos.
143
No Capítulo VII são apresentadas diversas alternativas de obtenção de recursos através de fontes de financiamento,
parcerias público-privadas e de participação em programas governamentais disponibilizados pelos governos federal
e estadual.
144
145
CAPÍTULO V – PROGNÓSTICO E
CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE LIMPEZA
URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
146
16. MODELO DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Neste capítulo são abordadas as questões institucionais e os instrumentos de planejamento e gestão dos serviços de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, aplicáveis ao município de Valinhos, visando o atendimento da Política
Nacional de Saneamento Básico.
A Lei Federal nº 11.445/2007 estabelece, no Art. 2º, os princípios fundamentais da prestação de serviços de
drenagem urbana e manejo de águas pluviais onde destaca-se:
Universalidade do acesso;
Integralidade, atendimento das necessidades da população e maximização dos resultados;
Disponibilidade, em todas as áreas urbanas;
Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional;
Eficiência e sustentabilidade econômica;
Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
A gestão dos serviços de resíduos sólidos no município deve partir de uma visão mais integrada do ambiente urbano
e das relações entre os sistemas que o compõem. Este trabalho exige o planejamento e desenvolvimento de
estratégias para o gerenciamento de diversos aspectos abordados no presente documento.
Em grande parte dos municípios brasileiros não há uma estrutura organizacional específica responsável pela gestão
dos serviços resíduos sólidos, gerando uma falta de autonomia administrativa e financeira, e causando uma
fragmentação excessiva das ações relacionadas a este tipo de infraestrutura.
É recomendável que o titular da prestação de serviços, institua no município uma estrutura organizacional específica
para a gestão do tema de Resíduos Sólidos como forma de garantir que as ações definidas no PMSB com seus
respectivos desdobramentos, tenham continuidade e possam atender de forma sustentável às necessidades do
município. Na composição desta estrutura é muito importante respeitar as seguintes premissas: caráter tecnicista na
composição da equipe, envolvimento e articulação com demais temas de desenvolvimento urbano como zoneamento,
habitação, abastecimento de água, esgotamento sanitário, meio ambiente, etc. É igualmente importante, que esta
estrutura organizacional tenha um caráter de gestão e planejamento, para que possa atender às demandas a que se
destina.
No que se relaciona a modelagem desta estrutura de gestão dos serviços de manejo e disposição final de resíduos
sólidos no município, levando-se em conta a necessidade de viabilizar soluções do ponto de vista técnico e
econômico, algumas alternativas podem ser estudadas, conforme apresentado na Figura 11 a seguir.
147
Fonte: BNDES, 2010.
Figura 11 - Modelo de Gestão.
Algumas dessas alternativas exploram parcerias com o setor privado, seja na forma meramente de terceirização de
alguns serviços, seja na forma de concessão, seja na forma de parcerias público privadas (PPP). Com exceção do
modelo de concessão plena, todos os outros modelos possíveis exigem do município a composição de uma estrutura
de gestão capaz de articular e conduzir os programas relacionados no presente instrumento.
É importante também, considerar sempre que pertinente, a formação de consórcios públicos,
como mecanismos de viabilização de algumas ações que são propostas no plano.
Vale ressaltar que o presente documento não aborda a gestão de resíduos industriais, resíduos de atividades
agrossilvopastoris, resíduos dos serviços de transporte e resíduos de mineração. Esses resíduos não foram
abordados, uma vez que não são de responsabilidade do poder público local conforme definido na Seção V, Art. 20 e
Art. 21. Ou seja, a gestão desses resíduos (Resíduos industriais; Resíduos das atividades agrossilvopastoris,
Resíduos dos serviços de transporte e Resíduos de mineração) estão a cargo dos responsáveis pelos processos que
os geram.
148
17. MODELO TECNOLÓGICO PARA MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
No presente plano de saneamento do município de Valinhos são estabelecidas metas especificas para atendimento
das diretrizes, conceitos e princípios fundamentados na Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida na Lei
12.305/10, regulamentada pelo Decreto 7.404/10.
Buscando o atendimento do referido dispositivo legal, com o devido embasamento científico, adoção de métodos,
técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais, recorreu-se no presente trabalho, além da
utilização de uma série de particularidades diagnosticadas no município, também o desenvolvimento de um Estudo
Gravimétrico local, o qual é apresentado a adiante.
As definições adotadas no presente trabalho embasaram-se também na análise de alternativas de modelos
tecnológicos atuais observados em diversas partes do mundo, notadamente no que diz respeito aos processos de
tratamento e redução dos resíduos que incluem processos de incineração, pirólise, gaseificação, plasma e biogás de
aterro.
A Tabela 55 a seguir, adaptada da fonte “Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública” resume as
vantagens e desvantagens dos processos supracitados.
149
Tabela 55 - Processos tecnológicos relacionados a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (Continuação).
- Sistema de alimentação automático (contínua) ou - Elevado custo de tratamento dos
semiautomático (em batelada); efluentes gasosos e líquidos.
- Presença de queimadores auxiliares.
- As cinzas e o carbono residual permanecem no gaseificador, - O resíduo deve estar limpo, sem a
diminuindo assim a emissão de particulados; presença, por exemplo, de terras;
- Potencial de fusão das cinzas a
- Alta eficiência térmica, variando de 60% a 90%, conforme o
temperatura acima de 900°C, que pode
sistema implementado;
aumentar corrosão do equipamento;
Gaseificação - o alcatrão formado durante o processo
- Associada a catalisadores, como alumínio e zinco, a
de gaseificação, se não completamente
gaseificação aumenta a produção de H2 e CO (gás combustível)
queimado, pode limitar as aplicações dos
e diminui a produção de CO2;
syngas(1).
- A taxa de gaseificação pode ser facilmente monitorada e
controlada.
- A elevada temperatura do processo causa rápida e completa
pirólise da substância orgânica, permitindo fundir e vitrificar
- Elevado custo de investimento;
certos resíduos inorgânicos, tornando-os similares a um mineral
de lata dureza;
Plasma - Elevada redução de volume de resíduos, podendo ser superior
- Elevado consumo energético;
a 99%.
- Como a incineração, exige sofisticados
sistemas de controle das emissões
atmosféricas.
- Os aterros sanitários ocupam áreas
significativas, requerendo controle
- Utilização de recursos energético de geração natural; ambiental e restrições de uso após o
encerramento de suas atividades
(passivo ambiental);
- O biogás é gerado apenas pela matéria
- Custos de implantação reduzidos se comparados às
orgânica biodegradável presente nos
tecnologias de tratamento térmico e de biometanização;
RSU;
Biogás de Aterro
- Modularidade das plantas industriais conforme acréscimo ou - A produção de biogás é variável em
decréscimo da geração do biogás; função do volume e idade dos RSU;
- Menor emissão de poluentes atmosféricos, em relação à - A produção de biogás é variável em
incineração; função do volume e idade depositados;
- Menor produção de energia, em relação
- Tecnologia consolidada em escala comercial. às tecnologias de tratamento térmico e
da biometanização, por tonelada de RSU.
Fonte: Aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos: guia de orientação para governos municipais de Minas Gerais. FEAM, 2012.
(1) Syngas: O gás de síntese ou “syngas” synthesis gas em (inglês) é uma mistura gasosa de CO, H2 e outros gases, formado nos processos
de combustão incompleta que pode ser usado para geração de energia elétrica e térmica.
O conhecimento das soluções acima, é importante para que o município possa considerar alternativas de soluções
futuras, consorciadas ou não, cabendo a necessidade de estudos mais aprofundados que levem em conta os
impactos ambientais, sociais e de viabilidade econômico financeira de implantação.
Com base no diagnóstico realizado no município e na maturação das novas tecnologias atualmente no Brasil, optou-
se por selecionar no presente caso, um modelo tecnológico mais simples, embasado na PNRS.
150
Neste contexto, o modelo tecnológico adotado para manejo de resíduos sólidos tomou como base o modelo
recomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que se baseia em uma série de diretrizes, das quais podemos
destacar:
Gerenciamento baseado na ordem de prioridades definida na Política Nacional de Resíduos Sólidos: não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, preferencialmente em aterros
regionais para obtenção de melhor escala operacional;
Viabilidade técnica, social, econômica e ambiental das soluções;
Integração de ações com a área de saúde, de educação, de meio ambiente, de desenvolvimento econômico;
Gestão integrada dos resíduos sólidos, com inclusão social e formalização do papel dos catadores de
materiais recicláveis
Recuperação de resíduos e a minimização dos rejeitos na destinação final adequada;
Manejo diferenciado e integrado, regulado em instalações normatizadas, com adequação da rede de
instalações ao porte dos municípios.
As principais medidas recomendadas para recuperação de resíduos, minimização dos rejeitos e disposição
ambientalmente adequada, são:
Separação dos resíduos domiciliares recicláveis na fonte de geração (resíduos secos e úmidos) – O
município de Valinhos já realiza esta medida;
Coleta seletiva dos resíduos secos, realizada porta a porta, com veículos que permitam operação a baixo
custo, priorizando-se a inserção de associações ou cooperativas de catadores;
Compostagem dos resíduos orgânicos (dos grandes geradores, dos resíduos verdes e progressivamente dos
resíduos domiciliares orgânicos); incentivo à compostagem doméstica;
Segregação dos Resíduos da Construção e Demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe
A (trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros);
Segregação dos Resíduos Volumosos (móveis, inservíveis e outros) para reutilização ou reciclagem;
Segregação na origem dos Resíduos de Serviços de Saúde (grande parte é resíduo comum);
Implantação da logística reversa com o retorno à indústria dos materiais pós-consumo (eletroeletrônicos,
embalagens e outros);
Implantação do cadastro de grandes geradores no município.
Para o manejo diferenciado e integrado dos resíduos sólidos, o modelo proposto pela MMA, recomenda a utilização
de um conjunto de instalações normatizadas, sendo que algumas podem ser compartilhadas com outros municípios.
As principais instalações recomendadas são:
151
PEVs – Pontos de Entrega Voluntária (Ecopontos) para acumulação temporária de resíduos da construção e
demolição, de resíduos volumosos, da coleta seletiva e resíduos com logística reversa (NBR 15.112);
LEVs – Locais de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis – contêineres, sacos ou outros dispositivos
instalados em espaços públicos ou privados monitorados, para recebimento de recicláveis;
Galpões de triagem de recicláveis secos, com normas operacionais definidas em regulamento;
Unidades de compostagem/biodigestão de orgânicos;
ATTs – Áreas de Triagem e Transbordo de resíduos da construção e demolição, resíduos volumosos e
resíduos com logística reversa (NBR 15.112);
Áreas de Reciclagem de resíduos da construção (NBR 15.114);
Aterros Sanitários (NBR 13.896);
ASPP – Aterros Sanitários de Pequeno Porte com licenciamento simplificado pela Resolução CONAMA 404
e projeto orientado pela nova norma (NBR 15.849);
Aterros de Resíduos da Construção Classe A (NBR 15.113).
O modelo tecnológico adotado para o presente plano de saneamento buscou atender as diretrizes do modelo proposto
pelo MMA, cabendo, entretanto, destacar os seguintes aspectos:
Para aproveitamento da parcela orgânica dos resíduos sólidos domiciliares foi previsto a utilização de usina
de compostagem, por ser uma tecnologia mais simples. Esta escolha, entretanto, não inviabiliza uma opção
futura pelo uso de biodigestores, que é uma solução igualmente adequada;
Apesar de fazer parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos e da Política Nacional de Mudança de Clima,
o aproveitamento energético do biogás proveniente dos aterros sanitários, não foi considerado no presente
plano, tendo em conta que a seleção da tecnologia a ser utilizada e respectiva análise de viabilidade
econômica financeira, demandam estudos mais aprofundados, que não são objeto do presente PMSB;
O modelo proposto não impede que se façam estudos futuros, visando à utilização das novas tecnologias
disponíveis, principalmente se for adotado um modelo de gestão com participação em um consórcio
intermunicipal.
Todas as proposições, objetivos e metas a seguir descritos, detalham as ações de forma coerente a este modelo.
152
18. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESIDUOS URBANOS DO MUNICÍPIO
O atendimento das diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos para o aproveitamento dos resíduos sólidos
recicláveis e dos resíduos úmidos orgânicos passa necessariamente pelo conhecimento da composição gravimétrica
dos resíduos urbanos.
Os estudos que embasaram a PNRS adotaram como referência a composição gravimétrica média do Brasil, que são
provenientes “da média de 93 estudos de caracterização física realizados entre 1995 e 2008”, conforme Tabela 56
a seguir.
Tabela 57 - Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil em 2008.
Participação Quantidade
Resíduos
(%) (t/dia)
Material reciclável 31,90 58.527,40
Metais 1,90 3.486,15
Aço 1,50 2.752,22
Alumínio 0,40 733,93
Papel, papelão e tetrapak 8,70 15.959,72
Plástico total 8,90 16.329,84
Plástico filme 5,90 10.825,40
Plástico rígido 3,00 5.504,44
Vidro 1,60 2.935,70
Matéria orgânica 51,40 94.335,10
Outros 16,70 30.618,90
Total 100,00 183.481,40
Fonte: IBGE, 2010.
Com base nesta composição gravimétrica é possível identificar que em média, os resíduos urbanos contêm 31,9%
de resíduos recicláveis (resíduos urbanos secos), e 51,4% de matéria orgânica (resíduos urbanos úmidos), que em
grande parcela é composta por restos de comida.
O restante, 16,7% é composto por “rejeitos”, que referem-se às parcelas contaminadas dos resíduos domiciliares:
embalagens que não se preservaram secas, resíduos úmidos que não podem ser processados, em conjunto com os
demais, resíduos das atividades de higiene e outros tipos, segundo os estudos que embasaram o Plano Nacional de
Resíduos Sólidos, (MMA, 2011).
O Gráfico 12 a seguir ilustra a composição gravimétrica média típica, conforme caracterizado na PNRS.
153
Gráfico 12 - Composição Gravimétrica Típica dos Resíduos Sólidos Urbanos.
16,70%
31,90%
51,40%
Como objeto do Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Fundação Agência das Bacias PCJ e a Prefeitura
Municipal de Valinhos no dia 24 de julho de 2013, foram elaborados estudos para determinação da composição
gravimétrica dos resíduos sólidos do município. Os estudos foram elaborados no âmbito do Aditivo ao Contrato nº
25/13, assinado entre a Fundação Agência das Bacias PCJ e a B&B Engenharia Ltda., que teve por objeto a
“Elaboração De Estudo Gravimétrico, em Conformidade Com a Lei Nº 12.305/2010, para 15 Municípios Pertencentes
às Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí”.
Os estudos realizados em Valinhos-SP tiveram como objetivo de determinar as características físicas dos resíduos, o
que incluiu a composição física, além da determinação de outras características como o teor de umidade deste
resíduo, o peso específico e a geração per capita da população.
A) Gravimetria
Os resultados dos ensaios para determinação da gravimetria são apresentados nas tabelas a seguir. (Tabela 57 e
Tabela 58).
154
Tabela 58 - Composição Gravimétrica do município de Valinhos.
Peso Peso
Estudo Gravimétrico
(Kg) (%)
Orgânicos 49,42 50,34
Matéria orgânica + Massa Verde 49,42 50,34
Recicláveis secos 32,22 32,82
Papel/Jornais/Revistas 2,48 2,53
Papelão 4,36 4,44
Plástico maleável (sacolas, sacos, etc) 13,8 14,06
Plástico duro (embalagens, etc) 4,64 4,73
PET 0,96 0,98
Metais ferrosos 0,68 0,69
Alumínio 1,12 1,14
Vidros 2,56 2,61
Embalagens mistas 1,62 1,65
Demais Recicláveis 1,52 1,55
Isopor 0,66 0,67
Borracha 0,04 0,04
Madeira 0,46 0,47
Ráfia 0,36 0,37
Rejeitos 14,84 15,12
Papel higiênico/fraldas/absorventes, etc 11,32 11,53
Tecidos/sapatos 3,42 3,48
Demais rejeitos (bituca de cigarro, etc.) 0,1 0,1
Serviço de Saúde 0,04 0,04
Outros 0,14 0,14
Lâmpada, lixa, etc. 0,14 0,14
Total 98,18 100,0
A composição gravimétrica indicou 50,34% de matéria orgânica, que está muito próxima a da média nacional,
conforme Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que indicam que é de 51,4%. Este resultado indica a potencialidade
existente para a implantação da compostagem no município, principalmente considerando que o cultivo de frutas é a
155
principal atividade do município, o que permitirá que a matéria orgânica originária deste processo de compostagem
possa ser utilizada com insumo agrícola.
Os resíduos recicláveis secos representam um percentual de 32,82%, que igualmente está próximo ao da média
nacional que é de 31,9%. Este valor, entretanto, pode ser considerado elevado considerando que o município já possui
coleta seletiva, que atende de 80 a 85% da população, sendo que grande parte dos resíduos recicláveis secos já são
segregados e coletados separadamente da coleta regular dos resíduos sólidos domiciliares.
Um dos aspectos que pode influenciar é o fato do município possuir um PIB per capita consideravelmente alto, que
segundo (IBGE, 2011) é de R$36.536,19, e elevado IDH que corresponde a 0,819, fatores que induzem o consumo
elevado de recicláveis.
Para os demais resíduos recicláveis, cujo percentual representa 1,55% do total, é constituído de isopor, madeira,
borracha, ráfia, entre outros, que são materiais para os quais não existe potencialidade de aproveitamento, sobre os
quais é preciso avaliar a melhor forma de destinação final. Uma possibilidade é o encaminhamento ao aterro de inertes.
Os resíduos considerados como outros, com percentual de 0,14%, foram as lâmpadas e lixas. O equacionamento
para estes tipos de resíduo deverá ser feito através da gestão adequada da logística reversa, no caso das lâmpadas e
construção civil, no caso das lixas.
Os resíduos de serviço de saúde (RSS) encontrados na composição gravimétrica representaram 0,04% do total dos
resíduos integrantes do estudo, o que pode ser considerado normal, já que é realizada a terceirização dos serviços de
coleta e destinação final deste resíduo. A minimização deste tipo de ocorrência pode ser feita através de uma
fiscalização adequada.
Para facilidade dos estudos que se seguem, os resíduos identificados nos ensaios de gravimetria, cuja destinação é
ainda incerta tais como isopor, madeira, borracha, ráfia, lâmpadas, lixas e resíduos de saúde, que totalizam um
percentual de 0,18%, foram incorporados ao item “Demais Recicláveis” cuja parcela passa então a representar 1,73%
do total.
No mesmo sentido esta parcela foi somada ao total dos Resíduos Recicláveis Secos de modo que a Composição
Gravimétrica Simplificada obtida a partir do ensaio gravimétrico resultou na seguinte composição:
Resíduos Úmidos Orgânicos: 50,34%;
Resíduos Secos Recicláveis: 34,55%;
Rejeitos: 15,12%;
A composição gravimétrica dos resíduos sólidos do município, conforme as hipóteses acima adotadas podem ser
visualizadas nos gráficos a seguir (Gráfico 13 e Gráfico 14).
156
Gráfico 13 - Composição Gravimétrica Simplificada do município de Valinhos.
15,12%
34,55%
50,34%
8
6 4,44 4,73
4 2,53 2,61
1,14 1,65 1,73
2 0,98 0,69
-
157
A determinação do peso específico é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. O Manual
de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (IBAM, 2001) orienta a utilização dos valores de 230 kg/m3 para o
peso específico do resíduo domiciliar, 280 kg/m3 para os resíduos de serviços de saúde e de 1.300 kg/m3 para
resíduos da construção civil.
O peso específico foi feito com base em uma amostra de 1m³, antes da realização da segregação para determinar a
composição gravimétrica. O valor apurado nos ensaios foi de 104,22 Kg/m³.
Este valor, quando comparado com o peso específico domiciliar sugerido pelo Manual (230 kg/m3) é muito inferior.
C) Teor de Umidade
O Teor de umidade, segundo (IBAM, 2001), representa a quantidade de água presente no lixo, medida em percentual
do seu peso.
Este parâmetro se altera em função das estações do ano e da incidência de chuvas, podendo este índice variar, sendo
estimado entre 40 a 60%.
O teor de umidade é uma característica é importante que pode influenciar principalmente os processos de tratamento
e destinação final do lixo, como é o caso por exemplo da incineração.
O teor de umidade foi feito a partir de 2 litros retirada de forma aleatória de uma amostra final de 1m³, tendo–se obtido
o valor 42,9%.
Os estudos realizados concluíram que o resultado, apesar de estar dentro da média de 40 a 60% citada no Manual
(IBAM,2001), poderia ser superior, mas como a amostra de 2 litros é retirada aleatoriamente, é comum que não se
obtenha um resultado elevado de umidade, já que os resíduos da amostra final possuem outros componentes além
do orgânico.
158
19. OBJETIVOS E METAS PARA O MUNICÍPIO DE VALINHOS
No presente item, são abordados os objetivos e as metas referentes aos diferentes tipos de resíduos sólidos, sendo
eles provenientes dos usos domésticos e públicos, construção civil, serviços de saúde, volumosos, verdes e de
logística reversa.
b) Geração de Resíduos
Os Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) são aqueles resultantes das atividades domiciliares ou atividades comerciais
cujas características sejam similares aos resíduos domiciliares.
Os Resíduos de Limpeza Urbana (RLU) são aqueles resultantes das atividades de varrição, roçada, capina e raspagem
de vias e logradouros públicos, incluindo a desobstrução de bocas de lobo e/ou margens de rios e córregos, bem
como a poda da arborização pública, entre outros.
A geração dos resíduos domiciliares varia de acordo com o porte dos municípios e regiões geográficas do país, em
função do vigor da atividade econômica e renda da população.
Existem estudos que buscam correlacionar a produção per capita média de RDO com base na faixa populacional do
município. No Estado de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), tem sido a referência
para este parâmetro. Estes estudos normalmente apresentam resultados que não são totalmente compatíveis entre
si, contudo, são importantes parâmetros comparativos que subsidiam a determinação das metas.
Na Tabela 60 são apresentadas as informações referentes à geração per capita dos RSD para o Estado de São Paulo.
159
Tabela 60 - Geração Per Capita de Resíduos Sólidos Domiciliares em Função da População Residente, Conforme
Levantamento do CETESB.
A geração per capita de RSD+RLU em relação à população total do município, apurada com os dados de 2015 é de
0,84 Kg/hab.dia. Este valor mostra que a geração per capita no município de Valinhos é da mesma ordem de grandeza
da média estadual.
A PNRS estabelece que sejam feitos esforços para a não geração e redução dos resíduos gerados. Mesmo entendendo
que o município já está, em tese, confortável em comparação com as médias apuradas pela Cetesb para o Estado de
São Paulo, entende-se que seja possível, em atendimento às premissas da PNRS, empreender esforços de redução
melhorando ainda mais tal indicador.
Deste modo, entendendo que as medidas a serem tomadas relativas à conscientização da população em geral, quanto
à necessidade de mudanças de hábito de consumo, poderão se tornar efetivas, são propostas metas de redução da
geração per capita de resíduos domiciliares, como segue:
Meta: Manter os atuais patamares de geração média de resíduos sólidos urbanos, de 0,84 kg/habitante/dia
no período 2016 a 2019, com posterior redução gradativa para 0,70 Kg/hab.dia em 2025, permanecendo
neste patamar até o final do plano. O patamar adotado de 0,70 Kg/hab.dia está compatível com o valor
adotado no PMGIRS do município, elaborado em 2011.
É importante destacar, que este é um tipo de meta sobre a qual não é possível uma atuação direta do poder público,
mas sim, de forma indireta através da educação ambiental e de campanhas de orientação da população para o uso
racional dos bens de consumo; neste sentido assume-se que estas medidas só começarão a produzir efeito a partir
de 2018.
Os valores projetados para o período do PMSB e do PMGIRS são apresentados na Tabela 61.
160
Tabela 61 - Projeção da Geração de Resíduos Sólidos Urbanos.
161
Aproveitamento dos Resíduos Sólidos Secos Recicláveis
Para atendimento a esta premissa, serão estabelecidas metas para aproveitamento dos resíduos potencialmente
recicláveis, que correspondem, segundo Estudo Gravimétrico Local, a 34,55% do total dos resíduos sólidos urbanos.
Em 2015, foram reciclados em média 160,0 toneladas de resíduos sólidos por mês, provenientes da coleta seletiva,
que correspondem a 17,6% em relação ao potencial de resíduos secos recicláveis.
A partir da parcela já reciclada, estabeleceu-se metas de aumento progressivo do aproveitamento do material seco
reciclável, de modo que se atinja:
40% até 2020;
60% até 2025; e,
100% até 2030.
No Gráfico 15 são apresentadas as metas de reciclagem em relação ao total de resíduos sólidos e em relação à
parcela de resíduos recicláveis secos.
Na Tabela 62 são apresentadas as parcelas de resíduos recicláveis secos que serão recicladas e que aquelas que
serão encaminhadas ao aterro sanitário.
162
Tabela 62 - Projeção das Quantidades de Resíduos Coletados e Reciclados.
Resíduos Sólidos
Resíduos Sólidos Reciclados Resíduos para Disposição no Aterro
Coletados (t)
Ano
(% do (% de
Total Reciclável (% Total) (t) (% Recicl.) (t/dia) (t/ano)
Recicl.) Redução)
2016 35.684 12.329 16,2% 5,60% 1.998 83,79% 5,60% 92 33.686
2017 36.388 12.572 21,0% 7,24% 2.636 79,03% 7,24% 92 33.752
2018 36.823 12.722 25,7% 8,89% 3.273 74,27% 8,89% 92 33.550
2019 37.262 12.874 30,5% 10,53% 3.924 69,52% 10,53% 91 33.337
2020 36.659 12.666 40,0% 13,82% 5.066 60,00% 13,82% 87 31.593
2021 36.037 12.451 44,0% 15,20% 5.478 56,00% 15,20% 84 30.559
2022 35.395 12.229 48,0% 16,58% 5.870 52,00% 16,58% 81 29.525
2023 34.617 11.960 52,0% 17,97% 6.219 48,00% 17,97% 78 28.398
2024 33.822 11.685 56,0% 19,35% 6.544 44,00% 19,35% 75 27.278
2025 33.007 11.404 60,0% 20,73% 6.842 40,00% 20,73% 72 26.165
2026 33.284 11.500 68,0% 23,49% 7.820 32,00% 23,49% 70 25.464
2027 33.561 11.595 76,0% 26,26% 8.812 24,00% 26,26% 68 24.748
2028 33.742 11.658 84,0% 29,02% 9.793 16,00% 29,02% 66 23.949
2029 33.923 11.720 92,0% 31,79% 10.783 8,00% 31,79% 63 23.140
2030 34.104 11.783 100,0% 34,55% 11.783 0,00% 34,55% 61 22.321
2031 34.284 11.845 100,0% 34,55% 11.845 0,00% 34,55% 61 22.439
2032 34.465 11.908 100,0% 34,55% 11.908 0,00% 34,55% 62 22.557
2033 34.646 11.970 100,0% 34,55% 11.970 0,00% 34,55% 62 22.676
2034 34.827 12.033 100,0% 34,55% 12.033 0,00% 34,55% 62 22.794
2035 35.008 12.095 100,0% 34,55% 12.095 0,00% 34,55% 63 22.913
Total 697.538 240.999 156.693 540.845
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
163
Para atendimento destas metas será necessária a implantação de uma Usina de Compostagem, que foi prevista para
2020. A partir de sua implantação a recomendação é que se inicie o processo a partir dos resíduos orgânicos
provenientes dos grandes geradores, dos resíduos verdes, e progressivamente dos resíduos domiciliares orgânicos.
É recomendável também o incentivo à compostagem doméstica.
As metas são apresentadas a seguir:
20% em 2020;
60% até 2025;
100% a partir de 2030.
As metas aqui apresentadas poderão estar suscetíveis a alterações em função da possibilidade de soluções
consorciadas, levando-se em conta as particularidades de todos os municípios envolvidos.
No Gráfico 16 são apresentadas as metas de compostagem em relação ao total de resíduos sólidos e em relação à
parcela de resíduos sólidos orgânicos.
Gráfico 16 - Evolução das Metas de Aproveitamento dos Resíduos Sólidos Orgânicos (Úmidos).
120,0%
100,0% 100,0%
100,0%
80,0%
Percntual (%)
60,0%
60,0% 50,3% 50,3%
40,0% 30,2%
20,0%
20,0% 10,1%
0,0%
0,0%
2016 2020 2025 2030 2035
Período (anos)
Na Tabela 63 são apresentadas as quantidades dos resíduos sólidos orgânicos a serem aproveitados, bem como, as
parcelas remanescentes que serão encaminhadas para disposição no aterro sanitário. Adiante no Gráfico 17 é
apresentado o balanço entre a produção e o aproveitamento dos resíduos sólidos conforme as metas estabelecidas
no presente PMSB.
164
Tabela 63 - Evolução das Quantidades de Resíduos Orgânicos para Aproveitamento e Disposição Final em Aterro Sanitário.
165
Gráfico 17 - Balanço Entre Produção e Aproveitamento dos Resíduos Sólidos Conforme as Metas Estabelecidas no PMSB.
94 94 93 92
80
80 80 81 81 81 82
77
71 73
60 66
64
57 60
51 53
40 46
43 45
38 39
34 33
20 29 27
24
20
14 14 14 14 14 15
6 7 9 11
0
2.016 2.018 2.020 2.022 2.024 2.026 2.028 2.030 2.032 2.034
Período (anos)
166
d) Disposição Final Ambientalmente Adequada dos Resíduos Sólidos Urbanos
O tratamento da disposição final dos resíduos sólidos compreende a análise dos aspectos de necessidade de
implantação de aterro sanitário e encerramento de aterros eventualmente existentes.
Após o esgotamento da capacidade do antigo aterro sanitário existente em Valinhos, no ano de 2004, após operar por
20 anos, a solução encontrada pelo município para a destinação dos seus resíduos urbanos, foi o encaminhamento
da parcela dos resíduos que não são reciclados para destinação final na Central de Gerenciamento de Resíduos da
ESTRE, no município de Paulínia. Conforme apresentado no PMGIRS de 2011, o “aterro da ESTRE tem área de 2
milhões de metros quadrados e vida útil de pelo menos 20 anos, portanto com condições de receber os RSU de
Valinhos”.
Esta alternativa apesar de apresentar um custo elevado, em função da distância percorrida pelos veículos que
transportam os resíduos, pode ser adotada pelo município para atendimento das necessidades de longo prazo, não
representando para o município, um problema na gestão dos resíduos sólidos.
Por outro lado, visando subsidiar estudos alternativos que permitam ao município, inclusive, uma redução da
dependência da solução vigente, considerou-se no presente plano a alternativa de implantação de um aterro sanitário
na área do município. Merecendo, contudo, estudos específicos aprofundados sobre os aspectos técnicos,
econômicos, ambientais e sociais sobre a viabilidade desta solução.
Para o presente plano de saneamento, esta alternativa foi adotada como base para a análise da viabilidade econômico-
financeira das metas e proposições apresentadas. Cabe salientar que não foi objeto da presente proposição a seleção
de áreas para locação desse aterro proposto, em virtude da complexidade envolvida no tema e que deverá ser objeto
de estudos mais específicos, caso seja essa opção selecionada pelo município.
As quantidades de resíduos sólidos a serem encaminhados ao aterro sanitário ao longo do período do plano irão
depender das condições de atendimento das metas de aproveitamento dos resíduos sólidos secos para reciclagem e
dos resíduos sólidos orgânicos úmidos para compostagem e/ou geração de energia.
Dentro destas perspectivas, é possível verificar-se 3 (três) cenários com relação à quantidade de resíduos
encaminhados ao aterro sanitário, quais sejam:
Cenário Crítico: Condição em que as metas de aproveitamento dos resíduos sólidos secos recicláveis e
úmidos orgânicos não são atendidas. Nesta condição, todos os resíduos urbanos coletados serão dispostos
no aterro sanitário;
Cenário Intermediário: Condição em que as metas de aproveitamento dos resíduos sólidos secos são
plenamente atendidas. Nesta condição serão dispostos no aterro sanitário a parcela orgânica e os rejeitos,
dos resíduos coletados;
Cenário Ideal: Condição em que as metas de aproveitamento dos resíduos sólidos secos e úmidos orgânicos
são plenamente atendidas. Nesta condição, somente os rejeitos são encaminhados ao aterro sanitário.
Para cada um destes cenários, foram previstas suas características, as quais são apresentadas na Tabela 64.
167
Tabela 64 - Cenários de Implantação de um Aterro Sanitário Municipal.
O cálculo de demanda de capacidade operacional do aterro sanitário é válido para qualquer que seja a definição do
município, em relação à destinação final de seus resíduos sólidos. Para as análises posteriores do PMSB e do
PMGIRS, foi considerado o cenário ideal.
168
Plano de aproveitamento da área, etc.
No presente caso, o município possui um Plano de Encerramento em andamento e, portanto, ainda não implantado.
Alvenaria, concreto, argamassa, solos e Reutilização, reciclagem e uso como agregado dos
Classe A
outros. aterros licenciados.
Madeira, metal, papel, plástico, gesso e
Classe B Reciclagem e armazenamento temporário.
outros.
Conforme normas técnicas específicas (já há soluções
Classe C Lã de vidro, por exemplo.
para reciclagem).
Conforme normas técnicas específicas (predomina a
Tintas, solventes, óleos, materiais que
Classe D destinação em aterros específicos para resíduos
contém amianto, etc.
perigosos, após caracterização).
Fonte: Adaptado de Guia Profissional para Gestão Correta dos Resíduos da Construção (CREA-SP, 2005).
Segundo o CREA-SP (2005), os RCC são, predominantemente, compostos por materiais trituráveis, tais como restos
de alvenarias, argamassas, concreto, asfalto, solo, dentre outros resíduos classificados como Classe A, o que
corresponde a 80% da composição típica do material, tal como pode ser visualizado na Tabela 66, a qual apresenta
a composição típica dos RCC.
169
Tabela 66 - Composição Típica dos Resíduos da Construção Civil (RCC).
Como o município de Valinhos não dispõe de um histórico de coleta específica de RCC, para a projeção da geração
de resíduos da construção civil ao longo do período do plano foi utilizada, uma taxa de 700 Kg/hab.ano, que se
assemelha às maiores taxas observados no estudo acima apresentado, admitindo-se ainda que esta taxa se mantenha
constante ao longo de todo o período do plano.
Admitindo-se para o município de Valinhos, a mesma composição típica de RCC apresentada no referido estudo, é
possível obter-se uma projeção hipotética discriminada das quantidades de RCC geradas ao longo do período do
plano, conforme mostrado na Tabela 67.
170
Tabela 68 - Projeção da Geração e da Composição dos Resíduos Sólidos da Construção Civil.
Para o presente PMSB e PMGIRS, considerou-se a reciclagem dos resíduos destacados nos Grupos 1, 2 e 3,
incluindo-se a previsão de geração de receitas no estudo de viabilidade econômico-financeira.
Ressalta-se que para a finalidade de escolha de área para disposição final ambientalmente adequada de RCC, o
município deverá seguir as diretrizes de projeto, implantação e operação especificadas na NBR 15.113 – Resíduos
Sólidos da Construção Civil – Aterro – Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação.
171
Geração de receita com o manejo de RCC;
Destinação final ambientalmente adequada de todos os resíduos segregados;
Apoio à ação organizada de carroceiros e outros pequenos transportadores de resíduos (fidelização).
172
19.3. OBJETIVOS E METAS PARA OS RESÍDUOS VOLUMOSOS
Os resíduos volumosos são constituídos por peças de grandes dimensões, tais como móveis e utensílios domésticos
inservíveis, grandes embalagens, podas e outros resíduos de origem não industrial e não coletados pelo sistema de
coleta comum, sendo os materiais mais constantes as madeiras e os metais.
No município de Valinhos, os resíduos volumosos são coletados pela prefeitura através do programa Operação Cidade
Limpa, porém não existe quantificação específica para este tipo de resíduo. Deste modo, para se avaliar a projeção
dos resíduos volumosos no município, ao longo do período do plano serão adotados os seguintes parâmetros:
Taxa de geração de resíduos volumosos: 30 Kg/hab.ano (PMGIRS GUARULHOS, 2010);
Massa específica aparente de resíduos sólidos volumosos: 400 Kg/m³.
Os valores apurados na projeção são apresentados na Tabela 69.
Geração de Anual
Ano População Total (hab)
(ton/ano) (m³/ano)
2016 115.258 3.458 8.644
2017 117.540 3.526 8.816
2018 118.947 3.568 8.921
2019 120.369 3.611 9.028
2020 121.809 3.654 9.136
2021 123.268 3.698 9.245
2022 124.742 3.742 9.356
2023 125.818 3.775 9.436
2024 126.894 3.807 9.517
2025 127.969 3.839 9.598
2026 129.045 3.871 9.678
2027 130.121 3.904 9.759
2028 130.824 3.925 9.812
2029 131.528 3.946 9.865
2030 132.231 3.967 9.917
2031 132.935 3.988 9.970
2032 133.638 4.009 10.023
2033 134.341 4.030 10.076
2034 135.045 4.051 10.128
2035 135.748 4.072 10.181
Total 76.442 191.105
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
173
19.3.1. Diretrizes e Objetivos para os Resíduos Volumosos
A PNRS estabelece a segregação de resíduos volumosos para reutilização e reciclagem como uma premissa. Neste
sentido, os resíduos volumosos coletados deverão ser triados, a partir da onde será definida a melhor destinação, em
função da característica do resíduo, podendo ser encaminhado à reutilização ou reciclagem.
174
Destinação dos resíduos verdes em geral para compostagem, conforme metas e prazos estabelecidos no
Programa de Aproveitamento dos Resíduos Orgânicos a ser apresentado adiante no presente PMSB e
PMGIRS.
175
Tabela 70 - Projeção da Geração dos Resíduos de Serviços de Saúde.
176
19.6. OBJETIVOS E METAS PARA OS RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA
Conforme previsto pela PNRS, a estruturação e implementação dos sistemas de logística reversa cabe aos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, propiciando o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de
forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
A PNRS exige a logística reversa de:
Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como, outros resíduos cuja embalagem, após o uso,
constitua um resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em
lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa ou em normas
técnicas;
Pilhas e baterias;
Pneus;
Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Ademais, a referida política estabelece que, na forma de regulamento ou acordos setoriais e termos de compromisso
firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos para os resíduos acima, serão estendidos
aos produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e, aos demais produtos e embalagens,
priorizando o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.
Quanto aos consumidores, a lei estabelece que cabe a estes a responsabilidade de acondicionar adequadamente os
resíduos e disponibilizá-los para a coleta ou devolução.
177
Tabela 71 - Parâmetros para Projeção da Geração dos Resíduos de Logística Reversa Obrigatória.
178
19.6.2. Diretrizes e Objetivos para os Resíduos com Logística Reversa Obrigatória
Conforme estabelecido pela PNRS, a Logística Reversa será instituída por meio de Acordos Setoriais, envolvendo
importadores, fabricantes, comerciantes, distribuidores, cidadãos e titulares pelos serviços municipais de limpeza e
manejo de resíduos sólidos urbanos, de forma a implantar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto.
Ainda, a PNRS estabelece que caberá aos responsáveis pela implantação da logística reversa no município, a
promoção da integração dos catadores de materiais recicláveis aos sistemas de logística reversa.
O poder público deverá auxiliar no processo de implantação da logística reversa, sendo os principais interlocutores
com o município:
Fabricantes, comerciantes, distribuidores e importadores;
Cooperativas de catadores;
Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (ABILUX);
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE);
Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP);
Reciclanip: Organização da ANIP, a qual cuida especificamente da coleta e da destinação de pneus
inservíveis;
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Reciclagem de Resíduos Sólidos (Reciclopast);
Refeitórios de empresas, restaurantes, lanchonetes, bares e etc.
179
Coleta e destinação final adequada de 100% das unidades geradas no município até 2018 ou conforme
Acordo Setorial específico.
- Produtos eletroeletrônicos e seus componentes:
Coleta e destinação final adequada de 100% das unidades geradas nos órgãos municipais até 2017;
Coleta e destinação final adequada de 100% das unidades geradas no município até 2018 ou conforme
Acordo Setorial específico.
- Óleo vegetais de uso alimentar:
Coleta e destinação final adequada de óleos vegetais de uso alimentar de origem domiciliar até 2017;
Coleta e destinação final adequada óleos vegetais de uso alimentar, não domiciliar (restaurantes, lanchonetes,
etc.) até 2017 ou conforme Acordo Setorial específico.
- Embalagens de agrotóxicos:
As embalagens de agrotóxicos já têm logística reversa consolidada no Brasil, deste modo, o município deverá
engajar-se na gestão compartilhada deste tema até 2016.
- Embalagens de óleos lubrificantes:
Coleta e destinação final adequada de 100% das unidades geradas nos órgãos municipais até 2017;
Implantar coleta de embalagens de óleo lubrificante no município até 2018 ou conforme Acordo Setorial
específico.
180
20. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ATENDIMENTO DAS DEMANDAS
A partir da análise das características do município, levantadas na fase de diagnóstico, propõem-se, a seguir, uma
série de programas, projetos e ações a serem implantados no município de Valinhos, de forma que os mesmos
fomentarão o desenvolvimento do tema e permitir o alcance dos objetivos e metas estabelecidos no horizonte do
PMSB e do PMGIRS, os quais são:
P1: Estruturação de áreas de captação de resíduos sólidos;
P2: Aproveitamento dos resíduos domiciliares recicláveis secos;
P3: Aproveitamento da parcela orgânica dos resíduos sólidos urbanos;
P4: Disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos urbanos;
P5: Gestão dos resíduos da construção civil;
P6: Gestão dos resíduos de serviços de saúde;
P7: Gestão dos resíduos volumosos;
P8: Gestão dos resíduos verdes;
P9: Gestão dos resíduos de logística reversa;
P10: Educação Ambiental;
P11: Fortalecimento da gestão no setor de resíduos sólidos.
As ações propostas deverão ser discutidas e consolidadas na eventualidade de quaisquer soluções consorciadas que
venham a ser adotadas, quando pertinentes.
A seguir, descreve-se cada um dos programas.
181
Organizar o fluxo de coleta e destinação dos resíduos concentrados na rede composta pelas áreas de
captação.
182
Organizar encontros, mesas redondas e palestras a respeito dos objetivos do programa;
Realizar campanhas de esclarecimento à população através da mídia local;
Incentivar a realização de ações de coleta seletiva nas instituições privadas;
Estruturar ações do tipo A3P (Agenda Ambiental da Administração Pública) no município;
Implementar o manejo de resíduos secos nos programas “Escola Lixo Zero” e “Feira Limpa”;
Obter o selo Amigo do Catador de Materiais Recicláveis, instituído pelo Governo Federal, para que o sistema
de coleta seletiva tenha amparo direto da administração federal.
183
As ações a seguir descritas, são colocadas a título de alternativas a serem estudadas na eventualidade de se dispor
de um consórcio Intermunicipal:
Realizar amplo debate quanto às possíveis soluções para atendimento à diretriz da Lei Federal nº 12.305/2010
para: “Induzir a compostagem, o aproveitamento energético do biogás gerado ou em biodigestores ou em
aterros sanitários, e o desenvolvimento de outras tecnologias visando à geração de energia a partir da parcela
úmida de RSU”;
Realizar atividades para busca de conhecimento das tecnologias disponíveis dos processos de biodigestão
para a produção de biogás, aproveitamento energético (geração de energia elétrica, vapor, etc.) dos gases
produzidos na biodigestão de resíduos úmidos urbanos e rurais, processos de compostagem;
Contratar estudos e projetos para definição da melhor tecnologia, que atenda às necessidades de
aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos úmidos para compostagem e geração de energia;
Analisar alternativas de geração de receita a partir do aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos;
Analisar possíveis fontes de financiamento para implantação do plano;
Analisar outros aspectos pertinentes ao tema.
184
Elaborar estudos de concepção para definição da melhor solução de disposição final dos rejeitos do
município.
As ações descritas a seguir, relativas ao programa, quando pertinente, deverão ser tratadas no âmbito de um possível
consórcio intermunicipal:
Realizar amplo debate quanto à melhor alternativa para disposição dos rejeitos dos municípios integrantes
do consórcio, que poderá ser individual ou conjunta, com um ou mais aterros sanitários;
Analisar o contexto da disposição final a conveniência/viabilidade de se adotar tecnologias alternativas, tais
como, Aproveitamento do Biogás em Áreas de Disposição Final.
185
Vincular a liberação de licença de construção de grandes empreendimentos à entrega de plano de
gerenciamento de RCC;
Implantar ações de conscientização da população quanto à redução na geração e encaminhamento adequado
dos RCC’s;
Apoiar a ação organizada de carroceiros e outros pequenos transportadores de resíduos (fidelização);
Formalizar o papel dos agentes locais: caçambeiros, carroceiros e outros;
Recuperação, por simples peneiração, da fração fina do RCC classe A, para uso como “bica corrida” ou
“cascalho” em serviços de manutenção da prefeitura;
Elaborar e distribuir material educativo sobre o tema.
186
Fiscalizar a efetiva implantação dos PGRSS de todas as instituições de saúde públicas e privadas existentes
no município;
Registrar os PGRSS das instituições públicas e privadas no sistema local de informações sobre resíduos;
Inserção de informações de geração de resíduos de serviços de saúde no cadastro municipal de
estabelecimentos de serviços de saúde;
Criar cadastro de transportadores e processadores, referenciado no sistema local de informações sobre
resíduos;
Cobrar melhorias nas condições de armazenamento dos RSS nas unidades de saúde municipal, conforme
detectado na fase de diagnóstico;
Manter fiscalização permanente sobre a ocorrência de RSS nos resíduos urbanos em todas as fases de
coleta, triagem e destinação final;
Analisar a conveniência da gestão dos RSS no âmbito de um possível consórcio intermunicipal.
187
Encaminhar os resíduos de podas de manutenção de áreas públicas realizadas pela prefeitura, bem como os
coletados no ecoponto para produção de massa orgânica através da trituração mecanizada;
Realizar estudos para aproveitamento dos troncos e galhos mais grossos para outras utilidades como:
artesanato, artigos de carpintaria (cabos de ferramentas, etc.), marcenaria (mobiliários), lenha, produção de
carvão, etc.;
Destinar os resíduos verdes trituráveis e os originados de capina para compostagem em consonância com o
plano de compostagem previsto no Programa de Aproveitamento dos Resíduos Orgânicos;
Incentivar a implantação de iniciativas como as “Serrarias Ecológicas” para produção de peças de madeira
aparelhadas a partir de troncos removidos na área urbana, a exemplo do que vem sendo adotado no município
de Guarulhos.
188
Destinar adequadamente os resíduos gerados nos órgãos municipais;
Acompanhar os planos em elaboração pelo governo federal para estes produtos;
Criar um “Programa de Inclusão Digital” no âmbito municipal que aceite doações de computadores para
serem recuperados e distribuídos a instituições que os destinem ao uso de comunidades carentes;
Participar da implantação e da gestão compartilhada da logística reversa destes resíduos no município.
- Óleo de vegetais de uso alimentar:
Implantar um programa específico para a coleta e aproveitamento de óleo vegetal e gordura animal;
Analisar no âmbito de um possível consórcio intermunicipal a viabilidade de implantação de Usina de
Biodiesel;
Destinar adequadamente os resíduos gerados nos órgãos municipais.
- Embalagens de óleos lubrificantes:
Destinar adequadamente os resíduos gerados nos órgãos municipais;
Acompanhar as ações que estão sendo desenvolvidas no âmbito estadual pelo Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes – SINDICOM através do Programa Jogue Limpo;
Participar da implantação e da gestão compartilhada da logística reversa destes resíduos no município.
- Educação e Comunicação:
Desenvolver atividades de educação ambiental relativas ao descarte adequado dos produtos de uso
doméstico (pilhas, baterias, óleo de cozinha, lâmpadas, etc.);
Promover o debate, no município, sobre os Acordos Setoriais;
Firmar parcerias para capacitar as cooperativas de catadores para conhecimento do tema e para a segregação
de resíduos de logística reversa que eventualmente ocorram no processo de reciclagem dos resíduos urbanos
municipais;
Desenvolver campanhas de esclarecimento à população relativa ao tema.
189
Tipo 2 - Sensibilização/mobilização das comunidades diretamente envolvidas:
Aqui os conteúdos a serem trabalhados envolvem um aprofundamento das causas e consequências do excesso de
geração e na dificuldade de cuidado, tratamento e destinação adequados dos resíduos sólidos produzidos em um
município, região ou país. Destaca-se ainda, neste caso, o uso e a necessidade de utilização de instrumentos,
metodologias e tecnologias sociais de sensibilização e mobilização das populações diretamente atingidas pelos
projetos ou ações implantadas. Neste caso, os conteúdos variam e podem incluir desde os vários aspectos ligados
ao cuidado com os recursos naturais e à minimização de resíduos (4R’s), até os vários temas relacionados à
educação para o consumo sustentável/consciente/responsável e às vantagens sociais e econômicas da coleta
seletiva.
Tipo 3 – Informação, sensibilização ou mobilização para o tema resíduos sólidos, desenvolvidos em ambiente
escolar:
Neste caso o conteúdo desenvolvido tem claro objetivo pedagógico e normalmente o tema Resíduos Sólidos é
trabalhado para chamar a atenção e sensibilizar a comunidade escolar para as questões ambientais de uma forma
mais ampla. Podem envolver desde informações objetivas, como as encontradas no tipo 1, até um aprofundamento
semelhante ao do tipo 2, além de tratamento pedagógico e didático específico para cada caso, faixa etária e nível
escolar.
Tipo 4 – Campanhas e Ações Pontuais de Mobilização:
Neste caso, os conteúdos, instrumentos e metodologias devem ser adequados a cada caso específico. A
complexidade do tema e a necessidade premente de mudança de hábitos e atitudes necessários à implantação dos
novos princípios e diretrizes presentes na PNRS impossibilitam que estas ações alcancem todos os objetivos e metas
propostos em um trabalho educativo. Podem, entretanto, fazer parte de programas mais abrangentes de educação
ambiental, podendo ainda envolver um público mais amplo, a partir da utilização das várias mídias disponíveis,
inclusive aquelas com grande alcance e impacto junto à população.
190
consumo. Este conceito envolve não só mudanças comportamentais, mas também novos posicionamentos
do setor empresarial, tais como como o investimento em projetos de ecodesign e ecoeficiência, entre outros.
II. Reutilizar – aumentando a vida útil dos materiais e produtos e o combate à obsolescência programada, entre
outras ações de médio e grande alcance. É importante ampliar a relevância do conceito, muitas vezes
confundido e limitado à implantação de pequenas ações de reutilização de materiais que resultam em objetos
ou produtos de baixo valor agregado, descartáveis e/ou sem real valor econômico ou ambiental. Estas
práticas têm sido comumente disseminadas como solução para o sério problema de excesso de geração e
disposição inadequada de resíduos e compõem muitas vezes, em escolas e comunidades, grande parte do
que é considerado como educação ambiental.
III. Reciclar – valorizando a segregação dos materiais e o encaminhamento adequado dos resíduos secos e
úmidos, apoiando desta forma, os projetos de coleta seletiva e a diminuição da quantidade de resíduos a
serem dispostos em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
191
IV. A educação ambiental Formal, (Tipo 3) destinada à informação, sensibilização ou mobilização para o tema
resíduos sólidos desenvolvidos em ambiente escolar, que tem claro objetivo pedagógico, deverá tratar as
questões ambientais de forma ampla, sem, entretanto, deixar de se aprofundar em temas específicos relativos
aos resíduos sólidos, como por exemplo a importância da coleta seletiva, compostagem e etc.;
V. No âmbito escolar os diversos assuntos a sem abordados referentes à Educação Ambiental, deverão ter
tratamento pedagógico e didático específico para cada caso, levando em conta a faixa etária e o nível escolar
dos alunos;
VI. Sempre que um programa ou projeto for implantado em determinada comunidade ou região, aquela
população deve ser claramente focada e assim informada, sensibilizada e mobilizada para a participação.
VII. Um dos eixos orientadores da educação ambiental aplicada aos resíduos sólidos deverá ser a política dos 4
R’s, que conforme a PNRS está implícita a necessidade de (1) Racionalizar o consumo promovendo a não
geração, além da (2) Redução, (3) Reutilização e (4) Reciclagem como metas dos programas e ações
educativas, diminuindo a quantidade de resíduos dispostos e viabilizando soluções ambientais, econômicas
e sociais adequadas.
VIII. Realizar ações de educação ambiental voltadas à temática da coleta seletiva e da atuação dos catadores junto
à população, visando o fortalecimento da imagem do catador e a valorização de seu trabalho na comunidade;
IX. Deverão ser tema do programa de Educação Ambiental:
Temática da reciclagem (reaproveitamento de materiais como matéria-prima para um novo produto);
Conceito de resíduos secos e suas potencialidades para reaproveitamento e reciclagem;
Conceito de resíduos úmidos orgânicos e suas potencialidades para compostagem e geração de
energia;
Conceitos de compostagem a partir de resíduos orgânicos;
Conceituação da logística reversa, etc.
X. Realizar campanhas de educação ambiental para conscientizar e sensibilizar a população na separação da
fração orgânica dos resíduos gerados e, principalmente, da coleta seletiva dos resíduos orgânicos uma vez
que a qualidade final do composto é diretamente proporcional a eficiência na separação.
XI. Incentivar através da Educação Ambiental mudanças de hábitos da população quanto à redução de consumo,
reutilização de materiais e embalagens, conscientização na hora da compra e higiene pessoal.
XII. Implementar programas de educação ambiental para os catadores.
XIII. Estimular a participação de catadores nas ações de educação ambiental e sensibilização porta a porta para
a separação de resíduos na fonte geradora, mediante a sua adequada capacitação e remuneração.
192
Criar a sistemática de terceirizar os serviços, mas garantir estrategicamente uma estrutura de pessoal e
equipamentos para situações emergenciais e/ou outras que exijam a flexibilidade que algumas vezes os
contratos não possibilitam.
São ações deste programa:
Implementar melhorias na estrutura técnico-operacional da área responsável pelos resíduos sólidos;
Implementar sistemática para apropriação de informações relacionadas a resíduos sólidos;
Implementar procedimentos e definir responsabilidades para a gestão da informação sobre resíduos sólidos,
inclusive para fornecimento de dados para o SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, no
tema resíduos sólidos;
Promover a capacitação técnica e de gestão do pessoal envolvido com resíduos sólidos, para todos os níveis
de atuação, inclusive educação ambiental;
Implementar procedimentos e definir responsabilidades para a gestão compartilhada dos resíduos sólidos no
âmbito das secretárias municipais;
Implementar procedimentos e definir responsabilidades para a gestão compartilhada dos resíduos sólidos no
âmbito do município;
Implementar procedimentos e definir responsabilidades para a gestão dos serviços terceirizados de resíduos
sólidos;
Implementar procedimentos e definir responsabilidades para a gestão compartilhada dos resíduos sólidos no
âmbito do consócio intermunicipal;
Estruturar procedimentos para a Gestão da Informação;
Estruturar procedimentos para a Gestão de Programas e Metas;
Implantar procedimentos para a fiscalização e gestão da coleta de resíduos urbanos e limpeza pública;
Implantar procedimentos para a fiscalização e gestão dos resíduos de saúde;
Implantar procedimentos para a fiscalização e gestão dos resíduos de logística reversa;
Implantar procedimentos para a fiscalização e gestão dos resíduos da construção civil.
193
Quadro 10 - Resumo das Ações Previstas nos Programas de RSU.
194
Quadro 10 - Resumo das Ações Previstas nos Programas de RSU (Continuação).
Resíduos Verdes
Aproveitamento dos resíduos de podas de
manutenção de áreas públicas realizadas pela
2019.
prefeitura para produção de massa orgânica
através da trituração mecanizada,
Destinação dos resíduos verdes em geral para Conforme metas e prazos estabelecidos no Programa de
compostagem. Aproveitamento dos Resíduos Orgânicos.
- Pilhas e baterias:
195
Quadro 10 - Resumo das Ações Previstas nos Programas de RSU (Continuação).
b) Coleta e destinação final adequada óleos
vegetais de uso alimentar, não domiciliar Até 2017 ou conforme Acordo Setorial específico.
(restaurantes, lanchonetes e etc.)
As embalagens de agrotóxicos já têm logística reversa
consolidada no Brasil, deste modo, o município deverá
Embalagens de agrotóxicos
participar na gestão compartilhada desta logística no
município.
- Embalagens de óleos lubrificantes:
a) Coleta e destinação final adequada de
100% das unidades geradas nos órgãos Até 2017
municipais
b) Implantar coleta de embalagens de óleo
Até 2018 ou conforme Acordo Setorial específico
lubrificante
196
21. INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA OS SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
Tendo em vista as proposições apresentadas no plano, aqui são analisados os custos referentes à implantação e
operação das instalações de manejo dos resíduos sólidos domiciliares e resíduos da construção civil que poderão
ser implantados, para atendimento dos objetivos e metas estabelecidos no plano.
Para avaliação dos custos de implantação e operação com as instalações de manejo de resíduos sólidos domiciliares
serão consideradas as seguintes unidades:
Aterro Sanitário;
Galpão de Triagem;
Unidade de Compostagem.
197
Para fins de apuração de custos, adotou-se como premissa a implantação de um aterro de resíduos sólidos, em duas
etapas, a primeira etapa ou etapa inicial, foi prevista para no ano de 2018, com capacidade de 500.823m³. Numa
segunda etapa, prevista para 2027, deverá ser construído um novo aterro, ou ampliado o aterro existente, em
81.829m³.
A previsão do volume do aterro foi feita considerando um acréscimo de 20% de volume de terra em relação ao volume
dos resíduos depositados no aterro. Considerou-se também um peso específico de 700 Kg/m³ para o aterro
compactado.
Até a implantação do novo aterro, os resíduos sólidos não reciclados continuarão sendo encaminhados ao aterro da
ESTRE Paulínia.
A Tabela 73 apresenta informações sobre o novo aterro municipal, conforme as hipóteses de concepção adotadas.
Galpão de Triagem
A fim de operacionalizar o processo de aproveitamento dos resíduos sólidos secos recicláveis, conforme as metas
estabelecidas no plano, haverá a necessidade de implantação de um galpão de triagem, com capacidade de atender
as metas estabelecidas no plano.
Neste sentido, foi prevista a implantação de um galpão de triagem com capacidade de 16,6 t/dia em 2018 e,
posteriormente, no ano de 2023 foi prevista sua ampliação, totalizando uma capacidade de 33,1 t/dia. Para o cálculo
desta capacidade adotou-se a geração de 33,14 t/dia de resíduos ao final do plano (2035), obtida através das
projeções.
Unidade de Compostagem
No município de Valinhos ainda não existe a segregação e aproveitamento da parcela orgânica dos resíduos sólidos
coletados.
O aproveitamento dos resíduos sólidos úmidos orgânicos, conforme metas previstas no plano, demandarão a
necessidade de definição do como este aproveitamento será feito ao longo do período do plano, que como já relatado,
deverá ser analisado no âmbito do consócio intermunicipal.
Para fins de apuração de custos, foi adotada a hipótese que o aproveitamento dos resíduos orgânicos será feito
através do processo de compostagem.
198
Deste modo, foi prevista a implantação de uma usina de compostagem com a capacidade de processamento de 24,1
t/dia em 2020, e ampliação no ano de 2025, totalizando a capacidade de 48,2 t/dia, sendo que para o cálculo desta
capacidade, adotou-se a geração de 48,28 t/dia ao final do plano (2035), obtida através de projeções.
Ecoponto
Na perspectiva do manejo integrado de resíduos, portanto, o Ecoponto se apresenta como uma área de transbordo e
triagem de pequeno porte, destinadas a entrega voluntária de pequenas quantidades de resíduos de construção civil,
resíduos volumosos e materiais recicláveis integrantes do sistema público de limpeza urbana, inclusive dos programas
de coleta seletiva.
Para fins de apuração de custos foi previsto a implantação de mais 5 (cinco) ecopontos ao longo do período do plano.
199
Instalação de apoio aos veículos com tração animal;
Instalação para armazenamento de resíduos classes “C e D”.
Para o porte do município de Valinhos é recomendável a utilização de 2 (duas) unidades de ATTs, com capacidade
operacional de 130 t/dia cada uma, a serem implantadas em 2019.
A avaliação das quantidades de resíduos a serem encaminhadas para reciclagem e destinação final, a partir das ATTs
foi feita com base na distribuição anteriormente definida para os resíduos da construção, quais sejam:
Grupo 1 - Classe A: Concreto, alvenaria, argamassa, corresponde a 60% dos RCCs. Serão encaminhados
para reciclagem e para destinação final em aterro, conforme metas as estabelecidas a seguir:
o 100% destes resíduos serão encaminhados para o aterro da ESTRE no período de 2016 a 2018;
o A partir da implantação da ATTs em 2019, este tipo de resíduos, após serem triados, serão
encaminhados para a Usina de Reciclagem e para os Aterros de Inertes a serem implantados,
conforme metas estabelecidas, indicadas no gráfico a seguir.
Grupo 2 - Classe A: Os solos correspondem a 20% dos RCC’s. Admite-se que 100% destes resíduos serão
destinados aos aterros em todo o período do plano;
Grupo 3 - Classe B: A madeira corresponde a 10% dos RCCs. Admite-se que 100% destes resíduos serão
encaminhados para reciclagem.
Os 10% restantes dos RCC’s poderão ser destinados aos aterros a partir dos Ecopontos, onde receberão destinação
adequada ou terão destinação específica a partir das ATT’s. Estes resíduos não serão computados na apuração dos
volumes.
200
21.3. RESUMO DOS CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE MANEJO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
Nas tabelas que se seguem (Tabela 73 a Tabela 75) é apresentado o resumo dos custos de implantação e operação
apurados, com base nos critérios adotados e apresentados nos itens anteriores:
Instalações de Manejo dos Resíduos Domiciliares:
o Aterro Sanitário;
o Galpão de Triagem;
o Usina de Compostagem.
Instalações de Manejo de Resíduos Sólidos da Construção:
o Ecopontos;
o Área de Transbordo e Triagem (ATT);
o Aterro de RCC;
o Usina de Reciclagem de RCC.
Custos Totais das Instalações de Manejo de Resíduos Sólidos.
201
Tabela 74 - Resumo dos Custos de Implantação e Operação das Instalações de Manejo dos Resíduos Sólidos Domiciliares.
Total 12.824.831,09 12.017.032,59 24.841.863,68 6.647.016,45 15.555.885,50 22.202.901,95 631.667,13 17.450.227,99 18.081.895,12 20.103.514,67 45.023.146,08 65.126.660,75 12.824.831,09
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
202
Tabela 75 - Resumo dos Custos de Implantação e Operação das Instalações de Resíduos Sólidos da Construção Civil.
Ecopontos Área de Transbordo e Triagem (ATT) Usina de Reciclagem de RCC Custo Final
Ano
Implantação Operação Total Implantação Operação Total Implantação Operação Total Implantação Operação Total
(R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)
2016 0 89.034 89.034 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 89.034,29 89.034,29
2017 0 89.034 89.034 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 89.034,29 89.034,29
2018 0 89.034 89.034 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 89.034,29 89.034,29
2019 27.380 127.192 154.571 167.019,14 563.875,88 730.895,02 1.455.499,18 162.039,00 1.617.538,18 1.649.897,85 853.106,71 2.503.004,56
2020 0 127.192 127.192 0,00 570.621,64 570.621,64 0,00 208.698,64 208.698,64 0,00 906.512,13 906.512,13
2021 0 127.192 127.192 0,00 577.456,42 577.456,42 0,00 256.455,18 256.455,18 0,00 961.103,44 961.103,44
2022 0 127.192 127.192 0,00 584.361,46 584.361,46 0,00 305.319,76 305.319,76 0,00 1.016.873,06 1.016.873,06
2023 0 127.192 127.192 0,00 589.402,05 589.402,05 0,00 354.146,40 354.146,40 0,00 1.070.740,28 1.070.740,28
2024 27.380 139.911 167.291 0,00 594.442,63 594.442,63 0,00 403.763,12 403.763,12 27.379,52 1.138.116,78 1.165.496,30
2025 0 139.911 139.911 0,00 599.478,54 599.478,54 0,00 454.166,38 454.166,38 0,00 1.193.555,94 1.193.555,94
2026 0 139.911 139.911 0,00 604.519,12 604.519,12 0,00 505.362,92 505.362,92 0,00 1.249.793,07 1.249.793,07
2027 0 139.911 139.911 0,00 609.559,71 609.559,71 0,00 557.349,54 557.349,54 0,00 1.306.820,28 1.306.820,28
2028 0 139.911 139.911 0,00 612.852,96 612.852,96 0,00 560.360,71 560.360,71 0,00 1.313.124,69 1.313.124,69
2029 22.215 152.630 174.845 0,00 616.150,89 616.150,89 0,00 563.376,17 563.376,17 22.215,00 1.332.157,26 1.354.372,26
2030 0 152.630 152.630 0,00 619.444,13 619.444,13 0,00 566.387,34 566.387,34 0,00 1.338.461,68 1.338.461,68
2031 0 152.630 152.630 0,00 622.742,07 622.742,07 0,00 569.402,80 569.402,80 0,00 1.344.775,07 1.344.775,07
2032 0 152.630 152.630 0,00 626.035,31 626.035,31 0,00 572.413,97 572.413,97 0,00 1.351.079,49 1.351.079,49
2033 0 152.630 152.630 0,00 629.328,56 629.328,56 0,00 575.425,14 575.425,14 0,00 1.357.383,90 1.357.383,90
2034 0 152.630 152.630 0,00 632.626,49 632.626,49 0,00 578.440,60 578.440,60 0,00 1.363.697,29 1.363.697,29
2035 0 152.630 152.630 0,00 635.919,73 635.919,73 0,00 581.451,77 581.451,77 0,00 1.370.001,71 1.370.001,71
Total 76.974 2.671.029 2.748.003 167.019 10.288.818 10.455.837 1.455.499 7.774.559 9.230.059 1.699.492 20.734.406 22.433.898
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015
203
Tabela 76 - Resumo dos Custos Totais de Implantação e Operação das Instalações de Resíduos Sólidos.
Instalações Operacionais de RSU Instalações Operacionais de RCC Instalações Operacionais Totais
Ano
Implantação Operação Subtotal Implantação Operação Subtotal Implantação Operação Total
(R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)
2016 0,00 1.188.562,60 1.188.562,60 0,00 89.034,29 89.034,29 0,00 1.301.033,06 1.301.033,06
2017 0,00 1.190.891,51 1.190.891,51 0,00 89.034,29 89.034,29 0,00 1.294.148,25 1.294.148,25
2018 14.347.191,51 1.518.568,53 15.865.760,04 0,00 89.034,29 89.034,29 14.490.802,39 1.625.714,25 16.116.516,64
2019 0,00 1.577.734,51 1.577.734,51 1.649.897,85 853.106,71 2.503.004,56 1.649.897,85 2.449.670,21 4.099.568,05
2020 315.833,57 1.824.383,77 2.140.217,33 0,00 906.512,13 906.512,13 317.464,54 2.752.701,62 3.070.166,16
2021 0,00 1.902.075,81 1.902.075,81 0,00 961.103,44 961.103,44 0,00 2.885.868,75 2.885.868,75
2022 0,00 1.974.851,78 1.974.851,78 0,00 1.016.873,06 1.016.873,06 0,00 3.008.697,64 3.008.697,64
2023 3.323.508,22 2.035.819,45 5.359.327,67 0,00 1.070.740,28 1.070.740,28 3.340.670,87 3.123.939,48 6.464.610,36
2024 0,00 2.090.991,90 2.090.991,90 27.379,52 1.138.116,78 1.165.496,30 27.379,52 3.246.792,01 3.274.171,53
2025 315.833,57 2.140.154,15 2.455.987,72 0,00 1.193.555,94 1.193.555,94 317.464,54 3.351.640,84 3.669.105,38
2026 0,00 2.289.246,72 2.289.246,72 0,00 1.249.793,07 1.249.793,07 0,00 3.558.077,88 3.558.077,88
2027 0,00 2.440.537,41 2.440.537,41 0,00 1.306.820,28 1.306.820,28 0,00 3.760.522,66 3.760.522,66
2028 1.801.147,81 2.586.668,39 4.387.816,20 0,00 1.313.124,69 1.313.124,69 1.801.147,81 3.913.651,88 5.714.799,68
2029 0,00 2.734.205,59 2.734.205,59 22.215,00 1.332.157,26 1.354.372,26 22.215,00 4.080.954,65 4.103.169,65
2030 0,00 2.883.189,20 2.883.189,20 0,00 1.338.461,68 1.338.461,68 0,00 4.236.934,48 4.236.934,48
2031 0,00 2.898.472,80 2.898.472,80 0,00 1.344.775,07 1.344.775,07 0,00 4.258.531,47 4.258.531,47
2032 0,00 2.913.756,40 2.913.756,40 0,00 1.351.079,49 1.351.079,49 0,00 4.280.141,08 4.280.141,08
2033 0,00 2.929.061,60 2.929.061,60 0,00 1.357.383,90 1.357.383,90 0,00 4.301.729,09 4.301.729,09
2034 0,00 2.944.345,19 2.944.345,19 0,00 1.363.697,29 1.363.697,29 0,00 4.323.326,06 4.323.326,06
2035 0,00 2.959.628,77 2.959.628,77 0,00 1.370.001,71 1.370.001,71 0,00 4.344.914,05 4.344.914,05
Total 20.103.514,67 45.023.146,08 65.126.660,75 1.699.492,37 20.734.405,64 22.433.898,01 21.967.042,51 66.098.989,43 88.066.031,93
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015
204
22. PREVISÃO DE DESPESAS E RECEITAS POTENCIAIS COM OS SERVIÇOS DE COLETA E MANEJO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
205
Tabela 77 - Projeção das Despesas com os Resíduos Sólidos (Continuação).
206
Tabela 79 - Receitas da Unidade de Triagem (Preços Unitários).
Preço
Material Condição
(R$/ton)
Papel Branco 480,00 Prensado e Limpo
Outros Papéis/Papelão 530,00 Prensado e Limpo
Plástico Filme 1.000,00 Limpo e prensado
Plástico Rígido 1.600,00 Limpo
Embalagem PET 1.850,00 Limpo e prensado
Embalagem Longa Vida 260,00 Limpo e prensado
Sucata de Aço 500,00 Limpo
Cobre 12.263,00 Limpo
Alumínio 2.800,00 Limpo
Vidro Incolor 180,00 Limpo
Vidro Colorido 180,00 Limpo
Fonte: CEMPRE, preços para o município de São Paulo, data base 10/04/2014.
A estimativa dos quantitativos potenciais de produtos, oriundos dos resíduos secos recicláveis, será feito com base
na composição gravimétrica média adotada no presente estudo e em hipóteses de reaproveitamento do grupo de
produto (ex. papel, plástico, metais e etc.) e da distribuição de cada produto dentro de seu grupo (especificidade),
conforme discriminado na Tabela 80.
Reaproveitamento Distribuição % RS
Grupo Material % RSU % RSU
Índice %RSU (hipótese) Recicláveis
207
Tabela 81 - Receitas das Unidades de Compostagem (Preços Unitários).
Usina de
Usina de Receita Total com Aterro/ATT de Usina de RCC Receita Total Receita Total com
Compostagem
Reciclagem (R$) RSD (R$) RCC (R$) (R$) com RCC (R$) RS (R$)
(R$)
Na Tabela 83 é apresentada a projeção anual das receitas potenciais, ao longo do período do plano.
208
Tabela 83 - Projeção Anual das Receitas Potenciais com Resíduos Sólidos.
209
23. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
No presente caso, o sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos não é tarifado e não configura um
negócio propriamente dito, portanto, optou-se no presente estudo por não avaliar o fluxo de caixa por meio do VPL
(Valor Presente Líquido) e pela TIR (Taxa Interna de Retorno), apresentando-se somente a totalização de despesas e
investimentos por período.
A seguir, apresenta-se a totalização de despesas e investimentos por período. Com base nas projeções realizadas,
foram feitas as composições dos custos relativos às despesas operacionais e os investimentos necessários,
conforme apresentado na Tabela 83 e na Tabela 84.
Tabela 84 - Balanço Anual das Despesas, Investimentos e Receitas Potenciais com Resíduos Sólidos.
Despesas com Despesas Total Despesas e Receita com
Investimentos Resultado
Ano Coleta e Varrição Operacionais Investimentos Manejo de RS
(R$)
(R$) (R$) (R$) (R$) (R$)
2016 6.559.686,83 1.301.033,06 0,00 7.860.719,90 3.784.556,25 -4.076.163,65
2017 6.662.476,44 1.294.148,25 0,00 7.956.624,70 4.370.697,13 -3.585.927,57
2018 6.761.739,43 1.625.714,25 14.490.802,39 22.878.256,06 4.954.274,18 -17.923.981,88
2019 6.843.406,69 2.449.670,21 1.649.897,85 10.942.974,74 5.551.143,20 -5.391.831,54
2020 6.822.662,34 2.752.701,62 317.464,54 9.892.828,50 6.920.232,26 -2.972.596,24
2021 6.800.367,42 2.885.868,75 0,00 9.686.236,17 7.435.879,22 -2.250.356,95
2022 6.765.094,16 3.008.697,64 0,00 9.773.791,80 7.909.852,51 -1.863.939,29
2023 6.726.146,82 3.123.939,48 3.340.670,87 13.190.757,17 8.349.629,70 -4.841.127,47
2024 6.677.059,64 3.246.792,01 27.379,52 9.951.231,17 8.761.173,05 -1.190.058,12
2025 6.626.184,57 3.351.640,84 317.464,54 10.295.289,95 9.143.589,66 -1.151.700,29
2026 6.682.724,20 3.558.077,88 0,00 10.240.802,08 10.148.043,14 -92.758,93
2027 6.729.917,33 3.760.522,66 0,00 10.490.439,99 11.142.646,36 652.206,37
2028 6.775.015,01 3.913.651,88 1.801.147,81 12.489.814,69 12.140.661,90 -349.152,79
2029 6.812.356,86 4.080.954,65 22.215,00 10.915.526,50 13.148.776,12 2.233.249,62
2030 6.849.668,10 4.236.934,48 0,00 11.086.602,58 15.157.578,97 4.070.976,39
2031 6.887.006,88 4.258.531,47 0,00 11.145.538,35 15.237.673,29 4.092.134,94
2032 6.924.364,93 4.280.141,08 0,00 11.204.506,02 15.317.830,94 4.113.324,92
2033 6.961.698,04 4.301.729,09 0,00 11.263.427,13 15.397.900,23 4.134.473,10
2034 6.999.080,55 4.323.326,06 0,00 11.322.406,61 15.477.994,48 4.155.587,87
2035 7.036.435,50 4.344.914,05 0,00 11.381.349,56 15.558.063,70 4.176.714,14
Total 135.903.091,73 66.098.989,43 21.967.042,51 223.969.123,67 205.908.196,29 -18.060.927,38
VPL 104.473.718,57 47.044.193,63 21.495.790,51 173.013.702,71 142.717.593,77 -30.296.108,93
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
210
Tabela 85 - Resumo das Despesas, Investimentos e Receitas Potenciais por Período.
O Gráfico 18 apresenta o perfil geral dos custos com o manejo de resíduos sólidos.
120,0%
100,0%
100,0%
82,5%
80,0%
% dos Custos Totais
60,4%
60,0%
40,0% 27,2%
20,0% 12,4%
-17,5%
0,0%
-20,0%
-40,0%
Pode-se observar no balanço, que no longo prazo, o sistema deixa de ser deficitário. Considerando o fato de que
atualmente, a despesa com resíduos sólidos é da ordem de 2,5% do orçamento municipal (SNIS, 2012), é possível,
a grosso modo, projetar o impacto que as ações do plano terão sobre o orçamento do município, conforme
apresentado no Gráfico 19.
De acordo com o gráfico, a não utilização do potencial de receita com o manejo dos resíduos sólidos do município,
fará com que os custos se situem na faixa de 3,0% a 8,0% da receita municipal, com média de 3,6% ao longo do
período do plano.
211
Gráfico 19 - Porcentagem dos Custos com Resíduos Sólidos em Relação ao Orçamento Municipal.
9,0%
8,0%
7,0%
% do orçamento municipal
6,0%
5,0%
4,0% 3,6%
3,0%
2,5%
2,0%
1,0% 0,8%
0,0%
Período do Plano(anos)
A Lei Federal nº 11.445/2007 define, no seu Art. 29, que a sustentabilidade econômica e financeira dos serviços de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos sejam assegurados, sempre que possível, mediante
remuneração pela cobrança destes serviços, por meio de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade
com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades. Nestas circunstâncias, o déficit orçamentário com os
serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos serão repassados para a população atendida com os
serviços.
A título de ilustração, apresentamos no Gráfico 20 a distribuição do déficit orçamentário por domicílio atendido, ao
longo do período do plano, onde se pode observar que, no caso do não aproveitamento do potencial de receitas, o
valor médio deste indicador é de R$ 286,60 por domicílio.
Aqui, mais uma vez é possível notar a importância do aproveitamento do potencial de geração de receitas com os
resíduos sólidos, na medida em que este déficit diminui significativamente no médio e longo prazo, de modo que o
valor médio no período do plano é de R$ 27,74 por domicílio.
212
Gráfico 20 - Déficit Orçamentário por Domicílio Atendido.
600,00
500,00
R$/ ano
400,00
286,60
300,00
200,00
100,00
27,74
0,00 2.025
2.016
2.017
2.018
2.019
2.020
2.021
2.022
2.023
2.024
2.026
2.027
2.028
2.029
2.030
2.031
2.032
2.033
2.034
2.035
Período do Plano (anos)
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
213
CAPÍTULO VI – PROGNÓSTICO E
CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM
URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
214
24. MODELO DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Neste item, são abordados as questões institucionais e os instrumentos de planejamento e gestão dos serviços de
drenagem urbana e manejo de águas pluviais, aplicáveis ao município de Valinhos visando o atendimento da PNSB,
sendo que segundo a mesma, destacam-se os seguintes princípios fundamentais:
Universalização do acesso;
Integridade, atendimento das necessidades da população e maximização dos resultados;
Disponibilidade, em toda a área urbana;
Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional;
Eficiência e sustentabilidade econômica;
Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Assim, a gestão dos serviços de drenagem urbana no contexto de uma bacia hidrográfica ou de um município, deve
estar integrada ao ambiente urbano às relações entre os sistemas que o compõem. Este trabalho exige o planejamento
e o desenvolvimento de estratégias para o controle do escoamento das águas pluviais urbanas, visando à minimização
dos danos sociais, econômicos e ambientais causados pelas inundações, bem como a melhoria das condições de
saúde e meio ambiente da cidade.
Por muito tempo, as ações relacionadas à drenagem urbana se concentraram na execução de projetos e obras
baseados em uma visão higienista que priorizava a evacuação das águas pluviais em excesso nas áreas urbanas, de
uma maneira rápida e eficiente. A partir do acúmulo de experiências, esta prática se mostrou ineficiente para a
resolução integral do problema, tendo em vista que o simples aumento da capacidade do sistema de drenagem não
mitiga o mesmo, mas apenas o transfere para outra área a jusante da bacia.
Atualmente, visando evitar o termo “drenagem”, que significa “fazer escoar”, que parte de uma visão higienista, o
Ministério das Cidades propôs a adoção da expressão “manejo de águas pluviais” (MAP), a qual será adotada na
sequência deste relatório.
O principal instrumento de gestão destes serviços é o Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais (PDMAP), que é
composto por uma análise completa da situação existente, junto às medidas estruturais e não estruturais a serem
implantadas para o controle de inundações.
A Figura 12 apresenta o fluxograma elaborado por TUCCI (2002), o qual contém os princípios e fundamentos do Plano
Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) ou Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais, que serve como modelo de gestão
mais adequado à prestação destes serviços.
215
Fonte: Tucci (2002).
Figura 12 - Fluxograma do Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais.
Na maioria dos municípios brasileiros, não existe uma estrutura organizacional específica responsável pela gestão
dos serviços de manejo de águas pluviais, o que gera uma carência de autonomia administrativa e financeira,
acarretando em uma fragmentação excessiva das ações relacionadas a este tipo de infraestrutura. Geralmente, estas
atribuições ficam a cargo da Secretaria Municipal de Obras, a qual possui uma linha de ação executiva.
A gestão municipal dos serviços de manejo de águas pluviais requer a adoção de uma visão integrada do ambiente
urbano, o que abrange o planejamento do município, dos recursos hídricos e das diversas questões sociais, técnicas
e ambientais relacionadas a cada bacia hidrográfica.
Assim, recomenda-se ao titular da prestação destes serviços, que seja instituído no município, uma estrutura
organizacional específica para a gestão dos mesmos, como forma de garantir que as ações definidas no PMSB, com
seus respectivos desdobramentos, tenham continuidade e possam atender de maneira sustentável as necessidades
do município.
Na composição da estrutura organizacional, é importante respeitar os seguintes aspectos:
Caráter tecnicista na composição da equipe;
Envolvimento e articulação com demais temas de desenvolvimento urbano, tais como zoneamento,
habitação, abastecimento de água, esgotamento sanitário, meio ambiente, etc.;
216
É igualmente importante que esta estrutura organizacional tenha um caráter de gestão e planejamento, com o intuito
de se atender as demandas a que se destina.
24.1.1. Princípios
Os princípios apresentados a seguir visam a minimização dos impactos decorrentes da urbanização e são essenciais
para o desenvolvimento de uma gestão consistente e eficiente para a prestação dos serviços:
I. A drenagem é um fenômeno regional que não respeita os limites entre jurisdições governamentais ou
entre propriedades.
O manejo de água pluviais deve estar integrado em um nível regional para a otimização dos resultados, tendo em vista
que o escoamento das águas pluviais ocorre em concordância com a bacia hidrográfica.
II. O sistema de drenagem de água pluviais é um subsistema que compõe um sistema de recursos hídricos
urbano mais abrangente.
O planejamento e o desenvolvimento do sistema de manejo de águas pluviais devem ser concebidos em concordância
com os outros planos regionais, como de uso e ocupação do solo, saneamento básico, transporte e áreas de
preservação.
III. O escoamento das águas é, primariamente, um problema de alocação de espaço.
O volume de água presente em um dado instante, em uma área urbana, não pode ser comprimido ou diminuído. O
sistema de manejo de águas pluviais possui ambas as funções de transporte e reservação, assim, as demandas por
espaço devem ser previstas, ou entrarão em conflito com outros usos de solo. A falta de provisão destas demandas
pode acarretar na ocorrência de inundações, e, consequentemente, em danos e falhas no funcionamento de outros
sistemas urbanos.
IV. O planejamento e o desenvolvimento de sistemas de drenagem não devem se basear na premissa de que
é possível transferir os problemas de um ponto a outro.
A urbanização tende a aumentar o volume e a velocidade do escoamento das águas pluviais, e, o aumento da
capacidade do sistema não resolve o problema, apenas transferindo-o para a jusante. O escoamento das águas
pluviais pode ser armazenado e, estruturas de detenção, o que reduzirá a capacidade necessária do sistema a jusante.
V. A estratégia de manejo de águas pluviais deve possuir múltiplos objetivos e funções.
As demandas por espaços nas áreas urbanas fazem com que os sistemas de manejo de águas pluviais possuam
múltiplos objetivos e funções, incluindo a melhoria da qualidade da água, recarga de aquíferos, recreação, habitat de
espécies selvagens, criação de áreas alagadas, proteção de áreas de preservação, controle de erosão e deposição de
sedimentos e a criação de espaços abertos.
217
VI. A concepção de sistemas de manejo de águas pluviais deve considerar as características e funções do
sistema existente.
Toda área possui características naturais que contribuem para o manejo das águas pluviais, sem modificações
significativas, tais como canais naturais, depressões, alagados, várzeas, solos permeáveis e vegetação que
promovem a infiltração, o controle da velocidade do escoamento, o aumento do tempo de concentração, a filtragem
de sedimentos e poluentes, e a reciclagem de nutrientes. Os planos de desenvolvimento devem mapear o sistema
natural existente e promover a sua preservação e melhoria ao invés da sua substituição. E, novos empreendimentos
devem buscar a redução das taxas de escoamento superficial e da carga de poluentes.
VII. O sistema de manejo de águas pluviais deve receber manutenção regularmente.
A ausência de manutenção é responsável pela redução da capacidade hidráulica, devido, principalmente, ao
assoreamento e deposição de resíduos sólidos. A chave para a manutenção efetiva é a atribuição de responsabilidades
a uma agenda estabelecida e uma programação regular de inspeções para determinar as necessidades de
manutenção.
VIII. As áreas de várzea devem ser preservadas quando possível e viável.
As áreas de várzea ao longo dos cursos d’água, que são áreas de inundação naturais, devem ser preservadas sempre
que possível e praticável. Além de serem áreas de risco de inundação, este espaço deve ser gerido para a preservação
do habitat de espécies selvagens, a manutenção de um espaço aberto e para a proteção da saúde pública, segurança
e bem-estar.
24.1.2. Objetivos
A concepção dos sistemas de manejo de águas pluviais e a gestão dos serviços a que estão relacionados, devem ser
realizados visando o atendimento dos seguintes objetivos:
Gerenciar o escoamento das águas pluviais no meio urbano e no meio rural;
Reduzir os prejuízos decorrentes das inundações;
Melhorar as condições de saúde da população e do meio ambiente urbano e rural;
Ordenar a ocupação de áreas de risco de inundação através de regulamentação;
Restituir parcialmente o ciclo hidrológico natural, mitigando os impactos da urbanização.
24.1.3. Estratégias
A gestão dos serviços de manejo de águas pluviais pode ser desenvolvida a partir das seguintes estratégias:
Aperfeiçoamento do planejamento, ordenamento hídrico, licenciamento e sustentabilidade econômico-
financeira, utilizando-se abordagens integradas;
Aprimoramento da capacidade de intervenção por parte da administração, em nível regulador, arbitral e
fiscalizador, tendo a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão;
218
Criação e manutenção de um sistema de informações e de monitoramento dos recursos hídricos de forma
integrada com o restante da infraestrutura de saneamento básico;
Sensibilização e participação da sociedade civil, através da educação, formação e informação;
Aprimoramento contínuo da legislação através da sua harmonização e sistematização e um corpo coerente;
Avaliação sistemática do plano.
Além destas linhas gerais de ação, há estratégias que podem ser seguidas em função do grau de urbanização das
bacias, tal como apresentado a seguir.
b) Bacias urbanizadas
No caso de bacias onde a urbanização já se encontra consolidada, se faz necessário o estudo específico de cada
sub-bacia, visando identificar as deficiências e planejar as medidas necessárias, geralmente de natureza estrutural.
Nessa situação, devem ser priorizadas as soluções de armazenamento temporário, através de detenções, evitando a
transferência dos problemas para jusante.
Dentre as principais medidas aplicáveis, lista-se:
Reservatórios de detenção para o amortecimento de cheias;
Medidas de controle na fonte: telhados verdes, pequenos reservatórios, aproveitamento de água da chuva,
jardins filtrantes, trincheiras de infiltração, pavimentos permeáveis;
Desocupação de áreas de várzeas, restauração das condições naturais e implantação de parques para
preservação;
Implantação de interceptores de esgotos, evitando a contaminação dos corpos d’água;
Implantação de sistemas de monitoramento e alerta de cheias, aliados aos planos de evacuação e
atendimento à população atingida.
219
25. OBJETIVOS E METAS PRETENDIDOS COM A IMPLANTAÇÃO DO PMSB
Para os serviços de Manejo de Águas Pluviais, a implantação do PMSB visa atender os seguintes objetivos:
Gerenciar o escoamento das águas pluviais no território municipal, reduzindo os riscos de enchentes e
buscando atender toda a sua população;
Estruturas a organização institucional e jurídica municipal para o alcance da maior eficiência da prestação
dos serviços;
Estabelecer as diretrizes para a prestação dos serviços, abrangendo o seu planejamento, gerenciamento,
manutenção e fiscalização;
Orientar o planejamento financeiro das ações, programas e serviços relacionados.
Visando o atendimento dos objetivos estabelecidos pelo PMSB, foram estabelecidas as seguintes metas para o
município de Valinhos:
220
26. ALTERNATIVAS PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS
O presente item aborda as diretrizes que consistem em alternativas não excludentes e que podem ser implantadas no
município, buscando o cumprimento dos objetivos e metas propostos no presente PMSB.
A seguir, são apresentadas as diretrizes de controle de escoamento na fonte, tratamento de fundo de vale, controle
da poluição difusa e medidas mitigadoras.
a) Dispositivos de Infiltração
Os dispositivos de infiltração possuem a função de promover a absorção da água pelo solo, reduzindo o volume de
água escoado. Essas medidas são projetadas para atuarem durante o início da chuva, para uma pequena altura
pluviométrica, e por essa razão são consideradas medidas complementares. Junto destas medidas, deve ser analisada
a possibilidade de controle da ocupação, disciplinamento da drenagem e implantação de medidas estruturais na escala
da bacia hidrográfica.
- Telhados Verdes: O telhado verde consiste em um sistema multicamadas, que reveste a cobertura de uma edificação
e possibilita a interceptação da chuva e retenção da água em uma camada de drenagem subsuperficial, reduzindo o
escoamento superficial e atenuando os picos de vazão.
- Pavimentos Porosos: Os pavimentos porosos possuem a mesma função dos telhados verdes com a diferença de
que estão situados no revestimento do solo, podendo ser utilizados em estacionamentos e calçadas, por exemplo.
Esses pavimentos permitem a passagem da água através da sua estrutura e precisam estar situados sobre um solo
permeável ou uma estrutura com capacidade de armazenamento, para que o processo ocorra normalmente.
221
- Trincheiras de Infiltração: As trincheiras de infiltração se tratam de valas preenchidas com materiais granulares,
como a brita ou pedras, que recebem o escoamento superficial armazenando-o temporariamente até que ocorra a
absorção pelo solo.
b) Dispositivos de Armazenamento
Os dispositivos de armazenamento possuem a função de reter uma parcela do escoamento superficial durante o
período chuvoso, de forma a liberá-lo lentamente após a cheia. Estes dispositivos podem ser implantados na escala
do lote para compensação das áreas impermeabilizadas, atendendo a baixos tempos de recorrência (abaixo de 5
anos) ou na escala da bacia, para controlar volumes maiores, para tempos de recorrência elevados (acima de 10
anos).
- Captação da Água de Chuva: a utilização de um sistema de captação de água da chuva, interceptada pela cobertura
de edificações, é uma forma de promover o armazenamento na escala do lote. Este sistema direciona as águas
provenientes dos telhados e das calhas para pequenos reservatórios, reduzindo significativamente o escoamento,
uma vez que a água captada poderá ser utilizada para fins não potáveis.
- Canais Vegetados: Os canais vegetados são elementos de drenagem lineares, revestidos com grama, os quais são
projetados para conduzir o escoamento superficial lentamente, atuando como um dispositivo de armazenamento.
Quando possível, dependendo das características do solo e da qualidade da água, estes canais também podem
promover a infiltração, fazendo com que parte do escoamento seja absorvido pelo solo.
- Biorretenções ou Jardins de Chuva: As biorretenções são dispositivos similares aos canteiros compostos por
vegetação rasteira e arbustiva, que recebem o escoamento superficial, retardando a sua velocidade e atenuando o
pico de vazão. Estes dispositivos também são conhecidos como Jardins de Chuva e podem ser facilmente
implantados em qualquer tipo de propriedade.
- Bacias de Detenção e de Retenção: As bacias de detenção são reservatórios secos que recebem o escoamento
de um curso d’água e possuem uma estrutura de controle de saída, reduzindo as vazões efluentes e armazenam
temporariamente o volume excedente. A única diferença entre as estruturas de detenção e de retenção está no fato
de que as bacias de retenção possuem um espelho d’água permanente.
As bacias de detenção e de retenção, normalmente, são mais onerosas comparadas aos outros dispositivos de
armazenamento já apresentados, a implantação está diretamente relacionada a um estudo de toda a bacia
hidrográfica. Portanto, este tipo de alternativa deve ser estudado no âmbito do PDMAP.
No município de Valinhos, tais medidas podem ser aplicadas em edificações e instalações públicas, tais como prédios
e vias públicas a serem implantados. A Prefeitura Municipal deve incorporar mecanismos que viabilizem a adoção de
tais dispositivos pelos empreendedores e loteadores, portanto, recomenda-se que este tipo de medida seja inserida
no código de obras ou em lei específica.
222
26.2. DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DE FUNDO DE VALE
No caso do município de Valinhos, as áreas urbanas em expansão tendem a suprimir as áreas de várzea e por esta
razão, a administração municipal deve se basear na Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/1981)
para assegurar a preservação dessas áreas, minimizando a necessidade de intervenções para o controle de
inundações. Neste contexto, também é de grande importância a Lei Federal nº 12.651/2012, a qual dispõe sobre as
Áreas de Preservação Permanente (APP), delimitadas de acordo com as seguintes regras:
a) As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima de:
30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de
largura;
100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de
largura;
200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros
de largura;
500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.
b) As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
223
100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de
superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
30 (trinta) metros, em zonas urbanas.
c) As áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de
cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento.
d) As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica,
no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.
Visando à implementação de uma regulamentação mais eficiente a nível municipal, sugere-se que as APP’s sejam
disciplinadas pelo Plano Diretor e pela legislação municipal de uso e ocupação do solo incorporando a elas o
zoneamento de inundação. Este zoneamento é elaborado a partir do mapeamento das áreas de inundação para uma
cheia com o tempo de recorrência de 100 anos ou a maior registrada. Dentro dessa área, são definidas diferentes
faixas de acordo com o risco hidrológico como:
Faixa 1: Zona de passagem de enchente: esta área deve ser mantida livre, pois qualquer tipo de
obstrução reduz a seção de escoamento aumentando os níveis a montante;
Faixa 2: Zona com restrições de ocupação: esta área representa o restante da superfície inundável, onde
podem ocorrer com pequenas profundidades e baixas velocidades. Poderiam ser permitidos usos como:
parques, agricultura e edificações protegidas contra enchentes.
Faixa 3: Zona de baixo risco hidrológico: área com baixa probabilidade de inundações, não necessita
de regulamentação, porém a população deve ser informada sobre o risco hidrológico ao qual está sujeita.
224
Equipamentos de ginástica;
Pistas de caminhada/corrida, ciclovias;
Bosques com espécies nativas;
Ecopontos para a coleta de materiais recicláveis;
Espaços para o incentivo às manifestações culturais, tais como as artes cênicas e a música;
Percursos culturais com roteiros explicativos e informações sobre a fauna e a flora;
Espaços para a realização de atividades de educação ambiental.
A manutenção das condições naturais e/ou implantação de parques lineares juntos aos cursos d’água, como forma
de tratamento do fundo de vale, contribui para a formação de um sistema de parques e corredores integrados,
facilitando o acesso a equipamentos esportivos e recreativos.
A desconcentração das áreas de lazer permite que elas possam ser acessadas por uma parcela maior da população,
atendendo a carência destes espaços, podendo servir também como vias de locomoção para pedestres e ciclistas.
O Plano Diretor do Município de Valinhos considera como áreas de proteção, destinadas a resguardar a drenagem
urbana, as sub-bacias dos córregos Ponte Alta, Dois Córregos e Invernada e do ribeirão Pinheiros localizada ao norte
do município.
225
Quadro 11 - Principais tipos de poluentes urbanos, suas fontes e impactos produzidos.
POLUENTES ORIGEM IMPACTOS
Lançamento de efluentes; Redução do oxigênio dissolvido (OD);
Nitrogênio e fósforo Desmatamento; Crescimento de algas;
Fertilizantes. Degradação da água de consumo.
Obras de construção;
Aumento da turbidez, redução do OD
Sedimentos Áreas desmatadas;
e degradação da vida aquática.
Processos erosivos.
Riscos à saúde humana pelo
Lançamento de efluentes;
Organismos patogênicos consumo;
Sistemas sépticos inadequados.
Inviabilidade do uso recreacional.
Processos industriais;
Metais pesados: chumbo, Toxidade da água e dos sedimentos;
Resíduos de óleo de motores;
cádmio, zinco, mercúrio, Acumulação na atividade biológica e
Mineração;
alumínio, etc. na cadeia alimentar.
Queima de combustíveis.
Herbicidas, fungicidas, inseticidas; Toxidade da água e dos sedimentos;
Pesticidas e produtos
Processos industriais; Acumulação na atividade biológica e
sintéticos
Lavagem de solos contaminados. na cadeia alimentar.
Fonte: RIGHETTO, 2009.
No município de Valinhos para viabilizar a melhoria da qualidade das águas urbanas, os sistemas de manejo de águas
pluviais devem seguir as seguintes diretrizes:
Eliminar as ligações de efluentes sem tratamento dos sistemas de drenagem;
Executar a implantação dos novos sistemas de drenagem junto ao sistema de coleta de esgotos, quando
inexistente;
Realizar a manutenção contínua dos sistemas de drenagem, compreendendo a remoção de resíduos e o
desassoreamento;
Fiscalizar a disposição de resíduos sólidos nos sistemas de drenagem e aprimorar continuamente gestão dos
serviços de coleta e tratamento;
Incentivar a implantação de dispositivos de controle na fonte, que também atuam no controle da poluição
difusa. Os dispositivos podem ser canais vegetados, biorretenções, pavimentos permeáveis, bacias de
retenção e alagados (wetlands);
Promover a educação ambiental, visando à conscientização da população sobre a importância do controle
da poluição para a melhoria da qualidade das águas.
226
26.4. MEDIDAS MITIGADORAS
A seguir, são apresentadas as medidas mitigadoras dos riscos inerentes aos sistemas de drenagem urbana,
notadamente no que diz respeito ao assoreamento de cursos d’água e a ocorrência de resíduos sólidos no sistema.
a) Assoreamento
O assoreamento em cursos d’água e em sistemas de manejo de águas pluviais ocorre em consequência de processos
erosivos e movimentos de terra na área da bacia.
Em áreas urbana, a ocupação de encostas, a remoção da cobertura vegetal e a implantação de novos
empreendimentos, são os principais contribuintes para estes processos, que acaba causando a redução da
capacidade hidráulica de escoamento e o aumento da frequência de inundações.
A regulamentação do uso e ocupação do solo deve observar as condições geomorfológicas e apresentar um
zoneamento, indicando as áreas próprias, com restrições e impróprias à ocupação, o que minimizará o assoreamento.
Destaca-se o caso das planícies aluvionares, que estão situadas nas áreas de várzea, próximas aos corpos d’água.
Estas, são áreas que devem ser classificadas como impróprias para a ocupação, devido sua fragilidade e importância
ambiental.
O controle do assoreamento e a mitigação dos seus efeitos sobre os sistemas de manejo de águas pluviais pode ser
realizado por meio das seguintes ações:
Preservação das áreas de várzea e da mata ciliar;
Manutenção contínua dos sistemas de manejo de águas pluviais;
Levantamento das áreas mais vulneráveis a processos erosivos e análise da necessidade de implantação de
estruturas de detenção de sedimentos.
b) Resíduos Sólidos
A presença de resíduos sólidos urbanos nos sistemas de manejo de águas pluviais acarreta na redução da capacidade
hidráulica de escoamento e da vida útil dos seus componentes, e, consequentemente, no aumento da frequência de
limpeza e dos custos de manutenção, assim como na degradação da qualidade da água, ambiental e da saúde pública.
O aumento na geração de resíduos sólidos é um problema recorrente e crescente, diretamente relacionado com o
aumento da população, onde parte da quantidade produzida não é recolhida e disposta incorretamente. Os principais
resíduos sólidos urbanos que afetem esses sistemas são o doméstico (principalmente sacolas plásticas, garrafas e
embalagens), aquele gerado pela construção civil (entulhos) e aquele proveniente da limpeza de áreas públicas
resultantes da poda de árvores e corte de grama. Pontualmente, ainda é comum encontrar também a presença de
móveis, partes de automóveis e eletrodomésticos nos cursos d’água.
As principais fontes de resíduos nos sistemas de manejo de águas pluviais são:
Comportamento inapropriado da população no manuseio do resíduo domiciliar e dos resíduos da construção
civil;
227
Ineficiência do sistema de coleta;
Disposição inadequada dos resíduos antes da coleta, possibilitando o seu arraste durante eventos chuvosos;
Falta de fiscalização e penalização das irregularidades.
De forma prática, a maneira mais eficaz para minimização deste problema está relacionada a um conjunto de ações
composto pelo aumento da eficiência da prestação dos serviços de coleta, pela fiscalização de áreas de despejo
irregular de resíduos, pela conscientização da população e pela penalização dos responsáveis por este tipo de
poluição.
Inserido no gerenciamento dos sistemas de manejo de águas pluviais, a presença de resíduos sólidos nesses sistemas
pode ser reduzida por meio das seguintes ações:
Manutenção contínua dos sistemas de manejo de águas pluviais;
Programa de Educação Ambiental.
26.5. DIRETRIZES PARA O MANEJO DO USO DO SOLO E DO CONTROLE DE ÁGUAS PLUVIAIS NA ÁREA
RURAL
Neste item, descreve-se aspectos relevantes que envolvem as causas e consequências dos problemas relacionados
ao controle de águas pluviais em áreas rurais. Posteriormente, são propostas algumas medidas mitigadoras e
sugestões para obtenção de orientações técnicas e recursos financeiros.
228
Retirada da cobertura vegetal natural, para atividades agrícolas e outros fins.
Remoção de matas ciliares;
Alguns tipos de culturas associados a práticas agrícolas inadequadas;
Construção e manutenção de estradas vicinais, sem o uso de critérios apropriados de projeto e construção.
229
são associados com espécies lenhosas, tais como árvores, arbustos e palmeiras. Na integração de lavoura
pecuária utiliza-se a terra tanto para a produção animal, através da pastagem, como a vegetal, através da
lavoura, realizando o revezamento de acordo com a época do ano. Em ambos os casos a presença da matéria
orgânica no solo tem ação positiva sobre a atividade da macro e microfauna do solo, auxiliando e facilitando
a infiltração de água, reduzindo a erosão e o escoamento superficial.
Terraceamento: O terraceamento consiste na construção de uma estrutura transversal no sentido do maior
declive do terreno, composta de um dique e um canal, com a finalidade de reter e infiltrar ou escoar lentamente
as águas pluviais para áreas adjacentes. O terraceamento é uma das medidas de controle por drenagem
superficial mais eficientes contra a erosão de terras cultivadas, preservando a fertilidade e as boas condições
físicas dos solos. Pelo seu alto custo, é recomendado onde outras práticas, simples ou combinadas, não
proporcionem o necessário para o controle de erosão.
Adubação Verde: A adubação verde é uma técnica utilizada para a melhoria do solo, e se dá através do
cultivo de plantas, em rotação/sucessão/consorciação com as culturas. Estas plantas (adubo verde) têm
características que melhoram significativamente os atributos químicos, físicos e biológicos do solo. Uma
destas características é a incorporação no solo, de nitrogênio diretamente da atmosfera. Entre os inúmeros
benefícios está a capacidade de aumentar o armazenamento de água no solo e a proteção contra erosão.
Cobertura Morta: Consiste na cobertura do solo com resíduos orgânicos vegetais, tais como, palhas, capins,
serragem, resíduos de roçadas, etc. Esta técnica além de melhorias na qualidade do solo, permite o controle
da erosão e aumenta a capacidade de infiltração e o armazenamento de água no solo.
230
Cultura em faixas: O plantio em faixas consiste em alternar, em uma dada área, o plantio de espécies vegetais
que possuem diferentes coberturas do solo. Desse modo, parte do solo fica coberta por culturas que o
recobrem menos e outras partes ficam com culturas que o recobrem mais.
Recomposição de matas ciliares: A manutenção da mata ciliar é essencial para a conservação da água e
para a redução dos efeitos danosos da erosão. Na implantação da mata ciliar é recomendável empregar-se
plantas nativas típicas da região. Se não for possível, recomenda-se o uso de plantas frutíferas que forneçam
alimento à fauna local.
É recomendável que a prefeitura implante um viveiro de mudas próprio, que possa fornecer os insumos necessários
durante as fases de implantação e manutenção do reflorestamento no município.
c) Adequação de estradas rurais
As estradas rurais são extremamente suscetíveis aos efeitos das águas pluviais, dando origem a danos tanto na
própria estrada, quanto nas propriedades adjacentes. Dentre tais danos estão a erosão, alagamentos e assoreamento
de corpos d’água. As origens dos problemas relacionados às estradas rurais, no geral, estão relacionadas a
inadequações de projeto e construção, assim como do estado de conservação das mesmas. A concepção de estradas
rurais de terra deve procurar mecanismos para evitar que as águas pluviais provenientes das áreas adjacentes
cheguem à estrada, e que a água captada no leito da estrada seja distribuída nas áreas lindeiras sem causar erosão.
Existem inúmeras técnicas de construção e adequação de estradas rurais, algumas das quais são resumidas a seguir:
Construção de lombada: Lombadas são barreiras construídas no leito da estrada com o objetivo de diminuir
e conter o escoamento das águas pluviais no leito da estrada, além de conduzir as enxurradas de forma
controlada para os terraços ou caixas de retenção.
Construção de bigodes/sangradouros: Os bigodes são extensões dos terraços e/ou curvas de nível usados
em conjunto com as lombadas, auxiliando na retirada da água da pista, direcionando-a para as áreas lindeiras,
a fim de que possa ser absorvida pelo terreno.
Bacias de captação (barraginhas): As bacias de captação consistem na escavação de trincheiras nas áreas
marginais às estradas para permitir a captação, o armazenamento e a posterior infiltração da água advinda
da drenagem da estrada (enxurrada).
Construção de caixas de retenção: São caixas de captação de água interligadas as lombadas de modo a
armazenar a água proveniente do leito estradal e/ou dissipar sua energia, promovendo a sua infiltração.
Geralmente, são construídas uma de cada lado da estrada, sempre que possível.
Revestimento Primário (Cascalhamento ou pedra britada): O revestimento primário tem por objetivo
proteger e dar um melhor suporte ao leito da estrada e aumentar a vida útil da estrada, de modo a tornar
trafegável a via em qualquer época do ano.
Construção de saída d'água: É o desmonte do barranco lateral em pontos localizados, permitindo que as
águas superficiais sejam retiradas do leito da estrada e se direcionem aos terrenos adjacentes, devendo ser
231
executadas sempre que houver manejo de solos nas propriedades lindeiras ou áreas de mato, e a topografia
permitir.
- Serviços Complementares:
Construção de Drenos: Poderão ser usados no caso de aparecimento de minas d’água no leito da estrada
ou na área marginal da estrada. O dreno pode ser feito de pedra, cascalho, bambu, pneus, podendo ser
subterrâneo ou de superfície.
Bueiros de Greide: São usados para permitir o fluxo de água transversal (de um lado para outro da estrada).
Utiliza-se no caso de não poder conter o fluxo de águas com infiltração a montante.
Enleivamento; Plantio de grama em mudas; semeadura e o plantio de árvores e arbustos.
Outros dispositivos: Dissipadores de energia; descidas d’água (camada de pedra de mão jogada); saída de
bueiros (enrocamento de pedra de mão arrumada); berço de bueiros (reforço com diversos materiais
disponíveis); valas; etc.
232
Artigo 4º - Consideram - se de interesse público, para fins de exploração do solo agrícola,
todos os trabalhos, leis, normas e medidas exequíveis que proponham:
I - aproveitamento adequado e conservação das águas em todas as suas formas; II - o
controle da erosão do solo em todas as suas formas; III - evitar processos de
desertificação; IV - evitar assoreamento de cursos de água e bacias de acumulação; V -
fixar dunas, taludes e escarpas naturais ou artificiais; VI - evitar a prática de queimadas,
tolerando - as, somente, quando amparadas por lei específica; VII - evitar o desmatamento
das áreas impróprias para exploração agro - silvo - pastoril e promover a possível
vegetação permanente nessas áreas, caso estejam desmatadas; VIII - recuperar, manter e
melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo agrícola; IX - adequar a
locação, construção e manutenção de barragens, estradas, carreadores, caminhos, canais
de irrigação, prados escoadouros aos princípios conservacionistas.
Parágrafo único - Nos loteamentos destinados ao uso agro - silvo - pastoril em planos de
colonização, redivisão ou reforma agrária, deverão ser obedecidos um planejamento de
uso adequado do solo e a divisão em lotes, de forma a permitir o adequado manejo das
águas de escoamento que possibilitem a implantação de plano integrado de conservação
do solo a nível de bacias hidrográficas, quer sejam pequenas médias ou grandes.
Artigo 7º - Todas as propriedades agrícolas, públicas ou privadas, ficam obrigadas a
receber as águas de escoamento das estradas desde que tecnicamente conduzidas,
podendo essas águas atravessar tantas quantas forem outras propriedades a jusante, até
que essas águas sejam moderadamente absorvidas pelas terras ou seu excesso despejado
em manancial receptor natural.
Com relação aos danos aos solos agrícolas, o Artigo 2º da Lei Estadual n° 8.421/1993, estabelece as seguintes
penalidades:
Artigo 2º- Ficam inseridos no artigo 14 da Lei n° 6.171, de 4 de julho de 1988, os seguintes
dispositivos:
I -o inciso IV: "IV multa de 20 (vinte) a 1.000 (um mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado
de São Paulo, graduada em função do dano causado ao solo agrícola, aos que:
a) causarem erosão, em suas diversas formas; b) provocarem desertificação; c)
provocarem assoreamento ou contaminação de cursos de água ou bacias de acumulação;
d) degradarem as características físicas, químicas e biológicas do solo agrícola; e)
praticarem queimadas não previstas na lei; f) construírem barragens, estradas, caminhos,
canais de irrigação, prados escoadouros, de forma inadequada que facilite processo de
erosão; g) impedirem ou dificultarem a ação dos agentes do Departamento de Defesa
233
Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento na fiscalização de atos
considerados danosos ao solo agrícola."
Em relação a legislação Federal, destaca-se:
Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012: Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis
nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de
2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Estes e outros aspectos da legislação vigente devem nortear as ações e as relações entre os produtores rurais e poder
público municipal.
26.5.4. Recomendações Para Obtenção de Recursos para o Controle de Águas Pluviais em Áreas Rurais
Para o enfrentamento dos problemas relacionados a drenagem pluvial nas áreas rurais do município, recomenda-se
que a prefeitura e os proprietários rurais se inscrevam em programas disponibilizados pelo Governo do Estado de São
Paulo, sob responsabilidade da Secretaria Estadual.
Através dos programas é possível a obtenção de orientações técnicas e a viabilização de recursos financeiros. Para
os casos das propriedades rurais recomenda-se o “Projeto Integra São Paulo” e para os casos relacionados com
estradas de terra rurais, recomenda-se o “Programa Melhor Caminho”.
No primeiro caso, o projeto “Integra São Paulo – Lavoura, Pecuária Floresta”, visa financiar recuperação de pastagem,
terraceamento, curva de nível, plantar mudas, corrigir solos, de propriedades rurais afetadas. A responsabilidade do
projeto está a cargo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral (CATI), que elaborará o projeto com o produtor rural.
No segundo caso, das estradas rurais, o Programa Melhor Caminho é destinado à realização de convênio entre a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e prefeituras municipais para a execução de obras
de recuperação de estradas rurais de terra.
Maiores detalhes destes programas estão apresentados no item “Fontes de Recursos” do presente relatório e no
encarte anexo “Programas Governamentais de Interesse ao PMSB”.
234
27. PROGRAMAS E AÇÕES PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS
A partir da análise do prognóstico dos serviços, foi estipulado um conjunto de ações para o atendimento das
demandas estimadas divididos de acordo com os seguintes programas:
Programa de Gerenciamento dos Serviços de Manejo de Águas Pluviais
Programa de Adequação do Sistema de Microdrenagem;
Programa de Adequação do Sistema de Macrodrenagem;
Programa de Implantação de Sistema de Monitoramento, Previsão e Alerta de Enchentes.
As ações listadas em cada programa foram classificadas como:
Curto Prazo: 2016 a 2019;
Médio Prazo: 2020 a 2023;
Longo Prazo: 2024 a 2035.
a) Curto Prazo
Adequar a estrutura organizacional da prefeitura municipal à gestão dos serviços de manejo de águas pluviais;
Capacitar o corpo técnico responsável pela gestão dos serviços;
Contratar a elaboração do Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais;
Exigir que os novos empreendimentos implantem sistemas de retenção e de infiltração das águas pluviais,
minimizando a vazão direcionada para o sistema de drenagem municipal;
Implementar uma sistemática de aplicação das ações programadas no PMSB;
Implantar o sistema de cadastro georreferenciado dos sistemas de micro e macrodrenagem;
Compatibilizar o sistema de georreferenciamento de águas pluviais com as demais infraestruturas
relacionadas, tais como água e esgoto;
Sistematizar a gestão do PDMAP após sua implantação;
Implantar ferramentas de gerenciamento de informações;
Elaborar um manual de planejamento, regularização, projeto e execução de obras de drenagem para o
município;
235
Implementar uma sistemática de gestão de custos referentes à operação e à manutenção do sistema de
drenagem e manejo de águas pluviais.
a) Curto Prazo
Identificar os pontos de alagamento existentes, causados por deficiências dos sistemas de microdrenagem;
Elaborar projetos de adequação da microdrenagem nos locais com deficiências identificadas;
Adequar o sistema de microdrenagem nos pontos mais críticos identificados;
Implantar o Plano de Manutenção Preventiva dos sistemas de microdrenagem;
Elaborar projetos e implantar novos sistemas de microdrenagem de acordo com o surgimento de novas
demandas.
236
Medidas extensivas de controle da cobertura vegetal por meio do reflorestamento e de controle da erosão do
solo com bacias de sedimentação, recomposição e estabilização das margens;
Proteção de áreas baixas com diques ou polders;
Melhorias do canal como a redução de rugosidade ou corte de meandros;
Otimização do funcionamento de estruturas hidráulicas existentes;
Implantação de reservatórios de amortecimento de cheias.
a) Curto Prazo
Implantar o Plano de Ações em eventos críticos junto à Defesa Civil;
Contratar estudos para implantação dos Sistemas de Monitoramento, Previsão e Alerta de enchentes;
Implantar sistema de monitoramento de cursos d’água;
Contratar estudos para implantação de regras operacionais dos reservatórios existentes e operacionaliza-las.
27.5. PROGRAMA DE GESTÃO DO MANEJO DO SOLO E CONTROLE DE ÁGUAS PLUVIAIS NA ÁREA RURAL
São objetivos do programa:
a) Implantar procedimentos para a gestão do uso do solo na área rural, visando o combate a erosão,
assoreamento de corpos d’água e deterioração de nascentes;
b) Implementar procedimentos para a recuperação da drenagem pluvial de estradas rurais.
237
Implantar um viveiro de mudas de árvores e arbustos para uso no plano de reflorestamento;
Elaborar um plano de recuperação e preservação de estradas rurais, com base em técnicas modernas de
combate à erosão.
238
28. INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA O SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Para atendimento dos objetivos e metas estabelecidos no PMSB, foram previstos os seguintes programas:
Programa de Gerenciamento dos Serviços de Manejo de Águas Pluviais;
Programa de Adequação do Sistema de Microdrenagem;
Programa de Adequação do Sistema de Macrodrenagem;
Programa de Implantação de Sistema de Monitoramento, Previsão e Alerta de Enchentes.
Para cada um destes programas foram previstas inúmeras ações que deverão ser tomadas para atendimento dos
objetivos específicos de cada programa.
Com o objetivo de apuração dos custos advindos da implantação destes programas, as principais ações, com maior
impacto nos custos, foram agrupadas em duas categorias, quais sejam:
Medidas Não Estruturais: que para fins da presente análise, serão consideradas aquelas que têm efeito
indireto na melhoria do sistema de drenagem urbana e no controle de enchentes;
Medidas Estruturais: são aquelas que demandarão obras nos sistemas de micro e macrodrenagem e na
bacia hidrográfica.
Complementarmente, serão avaliadas as despesas com manutenção do sistema.
239
Quadro 12 - Estimativa de Custos das Medidas Não Estruturais.
Custo de Gestão dos
Plano de Implantação
Medidas Não Estruturais Implantação Planos
Ação
Prazo Data (R$) (R$/mês)
240
Quadro 12 - Estimativa de Custos das Medidas Não Estruturais (Continuação).
Contratar estudos e implantar regras
operacionais para as represas com foco no
PA-11 Médio Prazo Até 2020 80.000,00 800,00
abastecimento de água e controle de
enchentes.
241
Tabela 85 - Projeção Populacional e Estimativa de Demanda dos Serviços (Continuação).
Sistemas de Macrodrenagem
A Tabela 88 adiante mostra um resumo das intervenções propostas para o sistema de macrodrenagem em função
dos períodos de planejamento. O custo das intervenções foi estimado a partir do custo de projetos similares, entretanto
somente a elaboração dos projetos executivos fornecerão os orçamentos mais detalhados.
242
Tabela 88 - Previsão dos investimentos em medidas estruturais.
Ano de Custos Previstos
Investimentos na Macrodrenagem Período
Implantação (R$)
1. Implantação de Parques Municipais
Parque Linear do Ribeirão Pinheiros Curto Prazo 2016 20.000.000,00
Parque Linear do Córrego Ponte Alta Curto Prazo 2018 4.550.000,00
Parque Linear do Córrego Dois Córregos Médio Prazo 2022 2.660.000,00
Parque Linear do Córrego Jurema Médio Prazo 2022 3.325.000,00
Sub-total 1 30.535.000,00
2. Implantação de Reservatórios de Amortecimento de Cheias
Córrego Invernada (INV-1 e INV-2) Curto Prazo 2017 22.500.000,00
Córrego São José (SJO-2, SJO-3, SJO-5 e SJO-6) Curto Prazo 2018 31.680.000,00
Ribeirão Ponte Alta (PTA-3, PTA-7, PTA-8 e PTA-9) Médio Prazo 2019-2022 70.920.000,00
Ribeirão dos Ortizes (ORT-1, ORT-2, ORT-3 e ORT-4) Longo Prazo 2023-2024 66.520.000,00
Ribeirão Bom Jardim (BJA-1, BJA-2, BJA-3, BJA-4 e BJA-5) Longo Prazo 2025-2028 80.640.000,00
Sub-total 2 272.260.000,00
3. Intervenções em canal (canalização ou estabilização de margens)
Ribeirão dos Pinheiros Curto Prazo 2016 7.000.000,00
Córrego Invernada Curto Prazo 2017 6.500.000,00
Sub-total 3 13.500.000,00
4. Intervenções em travessias
Ribeirão Ponte Alta Curto Prazo 2018 850.000,00
Ribeirão Bom Jardim Médio Prazo 2022 150.000,00
Ribeirão São José Médio Prazo 2022 150.000,00
Córrego Jurema Médio Prazo 2022 300.000,00
Ribeirão Samambaia Médio Prazo 2022 200.000,00
Sub-total 4 1.650.000,00
Total 317.945.000,00
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Em relação as áreas rurais, visando manter boas condições futuras é recomendável que a prefeitura realize os
procedimentos e ações junto aos proprietários rurais, conforme diretrizes anteriormente apresentadas, no item-
“DIRETRIZES PARA O MANEJO DO USO DO SOLO E DO CONTROLE DE ÁGUAS PLUVIAIS NA ÁREA RURAL”, com
ênfase nas estradas rurais que cortam o município, tendo em conta que as deficiências no sistema de drenagem
destas estradas causam problemas nas propriedades lindeiras, tais como erosão, alagamento, assoreamento de
corpos d’água, deterioração de áreas de nascentes, etc. Os custos relativos às intervenções necessárias, conforme
estabelecido nas diretrizes referidas, não foram incluídos no orçamento geral, tendo em conta que deverão ser obtidos
através do credenciamento do município no “Projeto Integra São Paulo” e no “Programa Melhor Caminho”.
243
29. PREVISÃO DE DESPESAS COM A MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Complementarmente aos custos dos investimentos previstos serão também estimados os custos necessários para a
manutenção do sistema de drenagem, que envolvem basicamente os serviços de reparo e limpeza na rede e seus
componentes. Para a estimativa destes custos serão adotados os seguintes parâmetros:
Custo anual unitário de R$ 38,00 por ano, por unidade domiciliar da área urbana, baseado nos dados atuais;
O número de domicílios ao longo do período do plano será avaliado com base na relação de 3,14
habitantes/domicílio, conforme censo do IBGE, 2010.
A seguir a Tabela 88 demonstra a estimativa das despesas com manutenção do Sistema de Drenagem ao longo do
Plano.
244
30. ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
No presente caso, em função de que o sistema de drenagem urbana não é tarifado e não configura um negócio
propriamente dito, optou-se no presente estudo por não avaliar o fluxo de caixa por meio do VPL (Valor Presente
Líquido) e pela TIR (Taxa Interna de Retorno), apresentando-se somente a totalização de despesas e investimentos
por período.
Com base nas projeções realizadas, foram feitas as composições dos custos relativos às despesas operacionais e
os investimentos necessários, previstos para o sistema de drenagem urbana, conforme apresentado nas tabelas a
seguir (Tabela 89 e Tabela 90).
245
Tabela 90 - Despesas e Investimentos para o Sistema de Manejo de Águas Pluviais.
Despesas (R$) Custo das Ações Estruturais (R$) Custo das Ações Não Estruturais (R$) Resultado Final (R$)
Ano Sistema de Sistema de Gestão e Gestão, Operação Implantação Ações Implantação Ações Subtotal Custo Total
Manutenção Subtotal Implantação Subtotal
Microdrenagem Macrodrenagem Operação e Manutenção Estruturais Não Estruturais Implantação (I+G+O+M)*
2016 1.351.186,79 4.858.765,08 0,00 4.858.765,08 0,00 0,00 0,00 1.351.186,79 4.858.765,08 0,00 4.858.765,08 6.209.951,87
2017 1.367.366,67 2.995.741,66 27.000.000,00 29.995.741,66 500.000,00 0,00 500.000,00 1.367.366,67 29.995.741,66 500.000,00 30.495.741,66 31.863.108,33
2018 1.383.701,89 3.027.679,21 29.000.000,00 32.027.679,21 1.012.650,00 390.000,00 1.402.650,00 1.773.701,89 32.027.679,21 1.012.650,00 33.040.329,21 34.814.031,09
2019 1.400.264,15 3.066.004,26 37.080.000,00 40.146.004,26 1.865.550,00 420.000,00 2.285.550,00 1.820.264,15 40.146.004,26 1.865.550,00 42.011.554,26 43.831.818,41
2020 1.417.029,56 3.106.458,48 23.640.000,00 26.746.458,48 999.830,00 420.000,00 1.419.830,00 1.837.029,56 26.746.458,48 999.830,00 27.746.288,48 29.583.318,04
2021 1.433.974,21 3.138.396,03 23.640.000,00 26.778.396,03 2.031.710,00 420.000,00 2.451.710,00 1.853.974,21 26.778.396,03 2.031.710,00 28.810.106,03 30.664.080,24
2022 1.446.342,14 2.290.560,68 23.640.000,00 25.930.560,68 1.272.890,00 480.000,00 1.752.890,00 1.926.342,14 25.930.560,68 1.272.890,00 27.203.450,68 29.129.792,82
2023 1.458.710,06 2.290.560,68 6.785.000,00 9.075.560,68 332.500,00 420.000,00 752.500,00 1.878.710,06 9.075.560,68 332.500,00 9.408.060,68 11.286.770,74
2024 1.471.077,99 2.290.560,68 33.260.000,00 35.550.560,68 1.391.440,00 420.000,00 1.811.440,00 1.891.077,99 35.550.560,68 1.391.440,00 36.942.000,68 38.833.078,67
2025 1.483.445,91 2.290.560,68 33.260.000,00 35.550.560,68 1.363.300,00 420.000,00 1.783.300,00 1.903.445,91 35.550.560,68 1.363.300,00 36.913.860,68 38.817.306,59
2026 1.495.813,84 2.290.560,68 20.160.000,00 22.450.560,68 1.152.300,00 420.000,00 1.572.300,00 1.915.813,84 22.450.560,68 1.152.300,00 23.602.860,68 25.518.674,52
2027 1.503.903,77 1.497.657,91 20.160.000,00 21.657.657,91 862.000,00 420.000,00 1.282.000,00 1.923.903,77 21.657.657,91 862.000,00 22.519.657,91 24.443.561,69
2028 1.511.981,76 1.497.657,91 20.160.000,00 21.657.657,91 853.790,00 420.000,00 1.273.790,00 1.931.981,76 21.657.657,91 853.790,00 22.511.447,91 24.443.429,67
2029 1.520.071,70 1.497.657,91 20.160.000,00 21.657.657,91 854.200,00 420.000,00 1.274.200,00 1.940.071,70 21.657.657,91 854.200,00 22.511.857,91 24.451.929,61
2030 1.528.161,64 1.497.657,91 0,00 1.497.657,91 48.400,00 420.000,00 468.400,00 1.948.161,64 1.497.657,91 48.400,00 1.546.057,91 3.494.219,55
2031 1.536.239,62 1.497.657,91 0,00 1.497.657,91 48.930,00 420.000,00 468.930,00 1.956.239,62 1.497.657,91 48.930,00 1.546.587,91 3.502.827,54
2032 1.544.329,56 1.497.573,60 0,00 1.497.573,60 44.310,00 420.000,00 464.310,00 1.964.329,56 1.497.573,60 44.310,00 1.541.883,60 3.506.213,16
2033 1.552.407,55 1.497.404,54 0,00 1.497.404,54 49.900,00 420.000,00 469.900,00 1.972.407,55 1.497.404,54 49.900,00 1.547.304,54 3.519.712,09
2034 1.560.497,48 1.497.150,30 0,00 1.497.150,30 50.000,00 420.000,00 470.000,00 1.980.497,48 1.497.150,30 50.000,00 1.547.150,30 3.527.647,78
2035 1.568.575,47 1.496.810,44 0,00 1.496.810,44 51.500,00 420.000,00 471.500,00 1.988.575,47 1.496.810,44 51.500,00 1.548.310,44 3.536.885,91
Total 29.535.081,76 45.123.076,58 317.945.000,00 363.068.076,58 14.785.200,00 7.590.000,00 22.375.200,00 37.125.081,76 363.068.076,58 14.785.200,00 377.853.276,58 414.978.358,34
VPL 10.727.273,69 20.659.679,93 146.973.580,46 167.633.260,39 6.516.301,37 2.433.132,44 8.949.433,81 13.160.406,12 167.633.260,39 6.516.301,37 174.149.561,76 187.309.967,89
Legenda: (I+G+O+M) = Implantação +Gestão + Operação + Manutenção.
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia, 2015.
246
Tabela 91 - Composição dos Custos com o Sistema de Manejo de Águas Pluviais.
Resultado Final (R$)
Da análise dos dados constata-se que, o custo total para implementação das metas do plano, serão da ordem de R$
442,3 milhões a valor nominal ou R$ 187,3 milhões a valor presente, sendo que as despesas com a manutenção,
gestão e operação, correspondem a cerca de 11,4% e os investimentos 88,6%, conforme ilustrado no Gráfico 21.
3,4%
11,4%
85,2%
No Gráfico 22 adiante é apresentada uma estimativa da incidência dos custos totais com a drenagem urbana em
relação ao orçamento municipal. Esta incidência varia ao longo do período do plano com média de 5,9%. Nos anos
em que foram previstas as principais intervenções, há um aumento significativo dos custos chegando a 12,8%. No
ano de 2013, a receita do município foi de R$ 326.892.209,94 (Site Prefeitura Municipal de Valinhos).
247
Gráfico 22 - Porcentagem dos Custos com a Drenagem Urbana em Relação ao Orçamento Municipal.
10,0%
8,0%
6,0% 5,9%
4,0%
2,0%
0,0%
2031
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2032
2033
2034
Período do Plano (anos)
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Não existe atualmente, no município, uma receita específica para o manejo das águas pluviais, sendo que os custos
são cobertos pelo orçamento municipal através dos valores arrecadados com o IPTU. No caso das obras mais
significativas, como no ano de 2022, onde está previsto a implantação do parque linear do município, para casos
como esse onde os custos são elevados, se faz necessário buscar outras fontes de financiamento, comuns para este
fim, tais como:
Recursos estaduais e federais;
Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO);
Dotação de bancos de desenvolvimento e agências de fomento;
Financiamentos externos.
Para fazer frente aos novos patamares de custos advindos dos objetivos e metas do plano, caberá ao município
decidir se a sustentabilidade econômico-financeira se dará através do repasse de recursos do orçamento municipal,
ou se, serão criados outros mecanismos de arrecadação específicos para a drenagem urbana, através da cobrança
pelos serviços prestados.
Quanto à cobrança pelos serviços de drenagem urbana o assunto ainda é polêmico no Brasil, e precisará ser muito
bem discutido no âmbito do município.
Buscando visualizar a magnitude dos custos projetados sobre a população do município, é mostrado no Gráfico 23 a
evolução dos custos anuais com a gestão, operação e manutenção dos sistemas e com a implantação de medidas
não estruturais por domicílio.
248
Gráfico 23 - Evolução do Custo Unitário Anual com Drenagem Urbana.
100,00
80,00 67,04
60,00
40,00
20,00
0,00
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
Período do Plano (anos)
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
249
CAPÍTULO VII – DIRETRIZES DE CARATER
GERAL PARA GESTÃO DO PLANO
250
31. MECANISMOS DE GESTÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Em relação à Dívida Fundada, os resultados globais obtidos através dos estudos do TCE-SP para os 644 municípios
paulistas, no período de 2004 a 2012, indicaram que houve um crescimento de 326%, significando que de forma
geral, os municípios não conseguiram gerenciar adequadamente as finanças municipais, nas ações relativas ao
financiamento de obras e serviços públicos, pagamento de precatórios, etc.
Quanto à Dívida Ativa, esta pode ser considerada como uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo
pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente registrados no ativo permanente do
balanço patrimonial como um direito a receber. A Dívida Ativa, apresenta, portanto, um significado oposto ao da dívida
251
passiva, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros, sendo contabilmente registrados no
passivo financeiro do balanço patrimonial como uma dívida de curto prazo – dívida flutuante.
Por outro lado, apesar de representar uma fonte potencial de recursos, o crescimento da Dívida Ativa pode significar
que os municípios não se utilizam de instrumentos capazes de recuperar estes créditos, ou ao menos diminuir o seu
saldo (TCE – SP). Ainda, conforme análise do TCE-SP:
Relativamente ao município de Valinhos, os resultados Tribunal de Contas do Estado coloca o município na 34ª
colocação, dentre 645 cidades paulistas, com uma dívida consolidada de longo prazo, que chegou a R$ 286 milhões,
em 2012. Conforme se pode observar na Tabela 92, a partir de 2010, a Dívida Fundada do município representou
cerca de 90%, em relação à Receita Corrente Líquida, indicando que o município se encontra em situação financeira
crítica. Na verdade, o montante da dívida atualmente já é maior que o valor acima, pois não foram computadas ações
de curto prazo, no valor de R$ 48.268.840,69, conforme informações constantes no site da prefeitura.
No ano de 2012, a Dívida Fundada representou um montante de R$ 2.594,61 por habitante.
Tabela 92 - Demonstrativo da Dívida Fundada por exercício com respectivos percentuais em relação às Receita Arrecadada
e Receita Corrente Líquida - Município de Valinhos.
% Dívida Fundada
% Dívida Fundada / Receita Corrente
Exercício Dívida Fundada Total Receita Arrecadada /Receita Corrente
Receita Arrecadada Líquida
Líquida
A seguir a Tabela 92 apresenta o Demonstrativo de Dívida ativa no município de Valinhos, para os anos de 2010,
2011 e 2012.
Tabela 93 - Demonstrativo da Dívida Ativa por exercício, com percentuais de inscrição, recebimento e cancelamento –
Município de Valinhos.
Os dados e informações apresentadas, mostram que o elevado grau de endividamento frente à receita, não permite
ao município contrair novos financiamentos. As opções neste caso são:
Orçamento Geral da União (OGU).
Convênios com o Governo Federal e Estadual;
252
Recursos Próprios.
Para enfrentamento da crise de abastecimento de água, oriundo da estiagem que atinge o Estado de São Paulo, a
Prefeitura tem realizando ações de caráter emergencial, utilizando recursos próprios.
253
seja nos valores ou quanto a sua forma e critérios de cobrança, pois, geralmente, as condições não refletem as
particularidades locais, não admitindo critérios socioeconômicos que permitam uma cobrança justa.
O incremento de valores às tarifas existentes, com um propósito específico, também pode ser uma ferramenta
aplicável, uma vez que proporciona recursos específicos para finalidades pré-determinadas.
254
Particularmente, com relação aos serviços de manejo de águas pluviais urbana, verifica-se a competência
compartilhada entre o Ministério das Cidades e o Ministério da Integração Nacional, além de intervenções da FUNASA
em áreas com grande incidência de malária.
As principais fontes de financiamento são descritas a seguir.
255
Com o fundo, o trabalhador tem a chance de formar um patrimônio, bem como adquirir sua casa própria, com os
recursos da conta vinculada. Além de favorecer os trabalhadores, o FGTS financia programas de habitação popular,
saneamento básico e infraestrutura urbana, que beneficiam a sociedade em geral, principalmente a de menor renda.
Na área de saneamento o programa que opera recursos do FGTS é o “Saneamento para Todos”. Nesse tipo de
operação podem ser mutuários: um Estado, um município, uma empresa pública, uma empresa particular (uma
concessionária privada de saneamento, por exemplo), uma entidade/associação e um indivíduo específico (como por
exemplo, nas operações coletivas do FGTS com subsídio).
e) PRODETUR
Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo são programas de crédito para o setor público (Estados e
Municípios) que foi concebido tanto para criar condições favoráveis à expansão e melhoria da qualidade da atividade
turística na região, quanto para melhorar a qualidade de vida das populações residentes nas áreas beneficiadas.
Os investimentos do Programa são operacionalizados pelo Ministério do Turismo, que orienta tecnicamente as
propostas estaduais e municipais; em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com a
Corporação Andina de Fomento, os quais atuam como financiadores internacionais.
Neste sentido, uma das linhas de financiamento do programa é Infraestrutura e Serviços Básicos, os quais são
imprescindíveis para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e satisfazer as necessidades básicas do turista
durante a sua estadia.
256
objetivo à promoção do progresso econômico e social dos países membros mediante o financiamento de projetos
com vistas à melhoria das condições de vida nesses países.
O BIRD é uma das maiores fontes de conhecimento e financiamento do mundo, que oferece apoio aos governos dos
países membros em seus esforços para investir em escolas e centros de saúde, fornecimento de água e energia,
combate a doenças e proteção ao meio ambiente.
Ao contrário dos bancos comerciais, o Banco Mundial fornece crédito a juros baixos ou até mesmo sem juros aos
países que não conseguem obter empréstimos para desenvolvimento.
Destaca-se que a alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União ou com
recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União serão feitos em conformidade com as diretrizes e os
objetivos estabelecidos nos arts. 48 e 49 da Lei Nacional de Saneamento Básico e com os PMSB’s.
257
PPP Administrativa:
O serviço é prestado direta ou indiretamente (quando há um terceiro beneficiário, a população na maioria das vezes)
à Administração Pública, e todo pagamento realizado ao particular contratado é realizado pela própria entidade estatal
contratante, portanto, caberá a Administração Pública arcar com a totalidade da remuneração devida à iniciativa
privada pela prestação dos serviços.
Trata-se de um contrato de prestação de serviços, com realização de obra e/ou fornecimento de bens, onde a
Administração Pública se encontre como usuária direta ou indireta.
PPP Patrocinada:
O serviço é prestado diretamente ao público, e o Estado se encarrega de complementar a remuneração recebida pelo
concessionário dos usuários do serviço, em princípio através de uma contraprestação pecuniária.
Trata-se de uma concessão subsidiada pela Administração Pública, portanto os recebíveis dos serviços concedidos
são acrescidos da contraprestação do poder público.
Locação de Ativos:
É uma Operação Estruturada por meio da qual o parceiro privado se responsabiliza pelo financiamento e construção
de empreendimentos a ser operado pelo parceiro público. O parceiro público assume a obrigação de pagamento de
um valor mensal de locação.
A locação se dá por tempo determinado, precedida da Concessão de direito real do uso das áreas e da execução das
obras de implantação, onde no final, as obras (benfeitorias) passam a ser propriedade do Município.
Garantias necessárias:
Todas as modalidades de parcerias com o setor privado correspondem essencialmente a estruturas de Project
Finance, nas quais uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) de caráter privado financia seus investimentos
dando como garantia principal receitas futuras:
Nas concessões comuns, os recebíveis dos serviços concedidos;
Nas concessões patrocinadas, os recebíveis dos serviços concedidos, acrescidos da contraprestação devida
(onde isto seja possível), ou pagamentos diretos;
Nas concessões administrativas, os recebíveis cedidos pelo poder público para compor a contraprestação
devida (onde isto seja possível), ou pagamentos diretos;
Na locação de ativos, o fluxo futuro de recebíveis existentes, cedidas pela concessionária pública, para compor
o valor do aluguel do ativo de saneamento, construído pela SPE;
Em todos estes casos acima, antes da celebração do contrato, o vencedor da licitação deverá constituir a SPE, a
quem caberá implantar e gerir a parceria.
258
31.4. PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE INTERESSE AO PMSB
Para complementar as alternativas de fontes de recursos apresentadas anteriormente, foram selecionados programas
a nível federal e estadual, bem como programas específicos no âmbito da bacia PCJ. Tais programas são
apresentados a fim de possibilitar a construção de uma estratégia de levantamento das fontes potenciais de recursos.
No âmbito federal, a competência pelo repasse de recursos às iniciativas de saneamento são distribuídos pelo
Ministério das Cidades, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Saúde e Ministério da Integração Nacional.
No âmbito do estado de São Paulo os principais órgãos governamentais responsáveis por programas relacionados a
saneamento básico são:
259
31.4.1. Descrição Sucinta dos Programas
260
- B2. Programa 2051 – Oferta de Água.
Temas: Aumentar a oferta de água em sistemas integrados, com prioridade nas regiões com déficit, e
contribuir para a indução ao desenvolvimento econômico e social, por meio de intervenções de infraestrutura
hídrica.
Ministério da Saúde:
- C1.Programa: Saneamento Básico- Módulo Engenharia de Saúde Pública.
Temas: Implantação ou ampliação de sistemas de abastecimentos de água, esgotamento sanitário; melhoria
dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas; apoio à gestão dos sistemas de saneamento
básico; dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de condições sanitárias adequadas; ampliação ou
melhoria dos sistemas de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos; abastecimento público
de água, esgotamento sanitário e melhorias sanitárias domiciliares e/ou coletivas em áreas rurais.
- C2. Programa Resíduos Sólidos Urbanos.
Temas: Implementação de projetos de coleta e reciclagem de materiais.
- C3. Programa: Saneamento Básico - Saúde Ambiental.
Temas: Controle da qualidade da água para o consumo humano; ampliação de ações de Saúde Ambiental.
- C4. Programa Nacional de Saneamento Rural.
Temas: Medidas estruturais: investimentos em obras para a conformação das infraestruturas físicas de
abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, melhorias sanitárias domiciliares, manejo de resíduos
sólidos e drenagem pluvial. Medidas estruturantes: Suporte político e gerencial para a sustentabilidade da
prestação de serviços, incluindo ações de educação e mobilização social.
261
- E2. Programa de Fortalecimento da Gestão Pública.
Temas: Capacitação de agentes públicos; distribuição de bibliografia técnica; fortalecimento da capacidade
institucional dos controles internos.
- E3. Projetos Financiáveis pelo BNDES:
Temas: Abastecimento de água; Esgotamento sanitário; Efluentes e resíduos industriais; Resíduos sólidos;
Gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas); Recuperação de áreas
ambientalmente degradadas; Desenvolvimento institucional; Despoluição de bacias, em regiões onde já
estejam constituídos Comitês; Macrodrenagem.
- E4. Projetos Financiáveis Ministério da Justiça.
Temas: Projetos das áreas de meio ambiente, proteção e defesa do consumidor e promoção e defesa da
concorrência, patrimônio cultural brasileiro e outros direitos difusos e coletivo.
262
- F7. Programa: Recuperação e conservação dos recursos hídricos das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí.
Temas: Projetos de recuperação e conservação da qualidade e quantidade dos recursos hídricos:
despoluição de corpos d’água; recuperação e preservação de nascentes, mananciais e cursos d’água em
áreas urbanas e rurais; combate às perdas em sistemas de distribuição de água; prevenção e defesa contra
eventos hidrológicos extremos.
- F8. Programa Linha Economia Verde Municípios.
Temas: Construções sustentáveis; transporte (diminuição de CO2); saneamento e resíduos; recuperação
florestal; e planejamento municipal. É direcionado às administrações municipais diretas, as autarquias e
fundações instituídas ou mantidas, direta ou indiretamente, pelos municípios.
- F9. Programa Integra São Paulo.
Temas: Recuperação de áreas de pastagens degradadas pelo excesso de pastoreio e erosão, através de:
Recuperação de pastagens, terraceamento (canaletas para orientar as enxurradas em direção a uma lagoa
aberta na terra), para reduzir a violência da água; plantar lavouras em curvas de nível (no sentido diagonal)
para também reduzir a intensidade dos volumes das chuvas; plantar mais capim no local onde havia erosão;
e corrigir o solo com calcário, entre outros produtos para enriquecer a terra.
- F10. Projetos Financiados pelo FEHIDRO.
Temas: Planejamento e gerenciamento de recursos hídricos; planejamento e gerenciamento de bacias
hidrográficas; monitoramento dos recursos hídricos; informações para a gestão dos recursos hídricos;
educação ambiental para a gestão sustentável dos recursos hídricos; habilitação técnica para gestão em
recursos hídricos; proteção, conservação e recuperação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos;
prevenção contra eventos extremos.
- F11. Projeto Mina D’água.
Temas: Proteção das nascentes de mananciais de abastecimento público. O projeto que está em fase piloto
é uma modalidade de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que visa remunerar os produtores rurais
que preservarem nascentes existentes dentro de suas propriedades.
- F12. Programa Nascentes.
Temas: Ampliar a proteção e conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, por meio da otimização
e direcionamento de investimentos públicos e privados para proteção e recuperação de matas ciliares,
nascentes e olhos-d’água; para proteção de áreas de recarga de aquífero; para ampliação da cobertura de
vegetação nativa em mananciais, especialmente a montante de pontos de captação para abastecimento
público; para plantios de árvores nativas e melhoria do manejo de sistemas produtivos em bacias formadoras
de mananciais de água.
263
- F13. Projetos Financiados pelo FID do Estado de São Paulo.
O FID - Fundo Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados do Estado de São Paulo é destinado
ao ressarcimento, à coletividade, nos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos, de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, no âmbito do território do Estado de São Paulo.
Temas: Projetos com a finalidade promoção de eventos educativos, a recuperação e a reparação de bens,
edição de material informativo e relacionado com a natureza da infração ou do dano causado, por exemplo:
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, a bens e direitos de valor artístico, histórico e dentre
outros que caracterizem como sendo interesses difusos.
264
32. MECANISMOS DE AVALIAÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
265
Sendo assim, o planejamento e a gestão adequados destes serviços, concorrem para a valorização, proteção e gestão
equilibrada dos recursos ambientais e tornam-se essenciais para garantir a eficiência desse sistema, em busca da
universalização do atendimento, em harmonia com o desenvolvimento local e regional.
Para atingir um estado adequado de desenvolvimento devem ser compatibilizadas as disponibilidades e necessidades
de serviços públicos para a população, associando alternativas de intervenção e de mitigação dos problemas
decorrentes da insalubridade ambiental.
A universalização dos serviços, objetivo maior deste PMSB, corresponde à ampliação progressiva dos serviços de
saneamento básico, objetivando o acesso de todos os domicílios ocupados e dos locais de trabalho e de convivência
social em um determinado território.
O serviço público de saneamento básico é considerado universalizado em um território quando assegura o
atendimento, no mínimo, das necessidades básicas vitais, sanitárias e higiênicas, de todas as pessoas,
independentemente de sua condição socioeconômica, com promoção do uso racional dos recursos naturais.
Neste contexto são condicionantes para a universalização dos serviços os seguintes elementos básicos:
a) Abastecimento de Água:
Garantia de fornecimento de água à população, com qualidade e quantidade compatível ao atendimento das
suas necessidades;
Regularidade na prestação dos serviços;
Pressões de serviços compatíveis (entre 10,0 e 50,0 m.c.a.);
Reduzidos índices de perdas (igual ou menor que 30%);
Modicidade da tarifa.
b) Esgotamento Sanitário:
Garantia de coleta e afastamento dos esgotos sanitários, em condições seguras à saúde pública da população
com qualidade compatível ao atendimento das suas necessidades;
Tratamento e lançamento final ao meio ambiente compatível aos padrões legais estabelecidos pela legislação
específica;
Regularidade na prestação dos serviços;
Modicidade da tarifa.
266
Aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos para compostagem;
Consolidação do Programa de Educação Ambiental;
Implantação de um sistema de gerenciamento e controle das ações do plano, a cargo da prefeitura municipal;
Busca por alternativas para atendimento aos objetivos estabelecidos no PMSB, com menor custo e impacto
ambiental.
267
32.3. DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS
A PNSB estabelece que os titulares dos serviços públicos de saneamento básico poderão delegar a organização, a
regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos termos Constituição Federal e da Lei Federal nº 11.107/
2005.
Conforme indicado na Cartilha da ARSESP, os serviços devem ser regulados por entidade autônoma sempre que a
prestação não for executada por entidade que integre a administração do titular (como um SAE – Serviço de Água e
Esgoto ou DAE – Departamento de Água e Esgoto, por exemplo).
No caso dos serviços de drenagem urbana e manejo das águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,
será necessária que o poder público municipal decida a delegação total ou parcial quanto a prestação destes serviços.
O exercício da função de regulação dos serviços de saneamento está previsto nos termos da Lei nº 11.445/07, com
objetivos de:
I. Estabelecer padrões e normas para a prestação adequada dos serviços e satisfação dos usuários;
II. Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
III. Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico; e,
IV. Definir tarifas que assegurem o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos e a modicidade tarifária.
O titular poderá criar ou delegar a função regulatória dos serviços públicos de saneamento básico a qualquer entidade
reguladora constituída nos limites do respectivo Estado.
A regulação deve ser entendida como todo e qualquer ato, normativo ou não, que discipline ou organize um
determinado serviço público, incluindo suas características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos
e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e
outros preços públicos.
As atividades de acompanhamento, monitoramento, controle ou avaliação, no sentido de garantir a utilização, efetiva
ou potencial, do serviço público, são consideradas como fiscalização.
A entidade de regulação definirá, pelo menos:
As normas técnicas relativas à qualidade, à quantidade e à regularidade dos serviços prestados aos usuários
e entre os diferentes prestadores envolvidos;
As normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por serviços
prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
A garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes prestadores dos serviços;
Os mecanismos de pagamento de diferenças relativas a inadimplência dos usuários, perdas comerciais e
físicas e outros créditos devidos, quando for o caso;
O sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais de um Município.
O exercício da função de regulação deverá atender o seguinte:
Independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira da entidade
reguladora;
268
Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.
São objetivos da regulação:
Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários;
Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do
sistema nacional de defesa da concorrência;
Definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade
tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e a eficácia dos serviços e que permitam a
apropriação social dos ganhos de produtividade.
A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços,
que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
Padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;
Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;
As metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os respectivos prazos;
Regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste e revisão;
Medição, faturamento e cobrança de serviços;
Monitoramento dos custos:
Avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;
Plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;
Subsídios tarifários e não tarifários;
Padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e informação.
269
Elaboração de folheto contendo o “balanço” anual do atendimento às metas;
Utilização da fatura de água/esgoto, para divulgação de informações a metas relativas ao PMSB e PMGIRS;
Realização de Audiência Pública anual para apresentação do desenvolvimento do PMSB e PMGIRS;
Participação em eventos e fóruns promovidos pela administração pública, sempre que houver temáticas de
interesse ao saneamento básico, devendo-se, então, divulgar a existência do PMSB e PMGIRS;
Disponibilidade no “web-site” da Prefeitura Municipal de Valinhos, contendo um de link com informações
sobre as metas do PMSB e seu respectivo status de atendimento.
Os mecanismos de divulgação sobre o desenvolvimento do presente plano foram definidos no Plano de Mobilização
Social – Produto 2. As ações desenvolvidas ao longo da elaboração do PMSB e PMGIRS serão abordadas no Relatório
de Evidências de Mobilização Social.
Como forma de representação da sociedade, no que diz respeito ao acompanhamento e avaliação do PMSB, o
município deverá implementar os seguintes mecanismos:
Intersetorialidade: Cooperação e participação conjunta dos vários atores sociais e institucionais envolvidos;
Transparência: Facilitar o acesso à informação e promover a participação na definição das prioridades;
Democracia: Estimular a reflexão crítica dos atores sociais, fortalecendo a autonomia e liberdade de
expressão.
270
que não instituíram, por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado, ou seja, que
ainda não criaram o grupo responsável pela execução, avaliação, fiscalização e monitoramento do plano.
Sugere-se que, o suporte administrativo, assim como a estrutura física necessária para o arquivamento de materiais
referentes às atividades de tal conselho sejam centralizados na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos,
devendo haver a articulação e auxílio por parte das demais secretarias envolvidas.
Com relação ao prazo de execução da avaliação e do processo de implantação do PMSB e PMGIRS, sugere-se que
em todo primeiro trimestre de cada ano seja efetuada a avaliação das ações e metas propostas para o ano anterior,
sendo que, quando verificadas metas que não foram cumpridas, um plano de ações corretivas deverá ser
implementado e executado, mitigando-se aquelas ações que não foram alcançadas. Ressalta-se ainda que, esta
avaliação deve ter como objeto as metas e ações vigentes, visto que o plano passará por revisões de no máximo a
cada quatro anos.
Como recursos tecnológicos para o andamento das atividades a serem desenvolvidas, o Conselho Municipal de
Saneamento deverá dispor de:
Um notebook;
Um Datashow;
Uma máquina fotográfica;
Uma impressora.
No contexto do acompanhamento do presente PMSB e PMGIRS, apresenta-se o Anexo IV, onde consta a Ata da
Audiência Pública para apresentação dos mesmos, onde a sociedade teve a oportunidade de manifestação acerca do
conteúdo apresentado, contudo, houveram apenas o levantamento de dúvidas, de maneira que o conteúdo do plano
não foi alterado.
271
33. INDICADORES DE INTERESSE PARA ACOMPANHAMENTO DAS METAS
272
Equação:
𝐄𝐑𝐔𝐀Á𝐠𝐮𝐚 + 𝐄𝐑𝐔𝐃Á𝐠𝐮𝐚
𝐈𝐂𝐃𝐔Á𝐠𝐮𝐚 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑫𝒖𝒓𝒃.
Onde:
o ICDUÁgua – Índice de cobertura dos domicílios urbanos com abastecimento de água, em percentual;
o ERUAÁgua - Quantidade de economias residenciais urbanas ativas ligadas no sistema de abastecimento de
água;
o ERUDÁgua - Quantidade de economias residenciais totais com disponibilidade de abastecimento de água,
mas não ativadas;
o Durb. - Quantidade de domicílios urbanos do município, conforme cadastro da prefeitura.
Equação:
𝐄𝐑𝐓𝐀Á𝐠𝐮𝐚 + 𝐄𝐑𝐓𝐃Á𝐠𝐮𝐚
𝐈𝐂𝐃𝐓Á𝐠𝐮𝐚 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑫𝒕𝒐𝒕.
Onde:
o ICDTÁgua – Índice de cobertura dos domicílios totais com abastecimento de água, em percentual;
o ERTAÁgua - Quantidade de economias residenciais totais ativas ligadas no sistema de abastecimento de
água;
o ERTDÁgua - Quantidade de economias residenciais totais com disponibilidade de abastecimento de água,
mas não ativadas;
o Dtot. - Quantidade de domicílios totais do município, conforme cadastro da prefeitura.
273
Equação:
𝐏𝐔𝐀Á𝐠𝐮𝐚
𝐈𝐀𝐔Á𝐠𝐮𝐚 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑷𝑼
Onde:
o IAUÁgua - Índice de Atendimento Urbano de Água, em percentagem;
o PU - População Urbana do Município, conforme projeção do PMSB;
o PUAÁgua - População Urbana Atendida com Abastecimento de Água.
A meta de atendimento com abastecimento de água na área urbana é manter 100% do atendimento em todo o período
do plano, conforme mostra a Tabela 94.
Equação:
𝑷𝑻𝑨Á𝒈𝒖𝒂
𝐼𝑨𝑻Á𝒈𝒖𝒂 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑷𝑻
Onde:
o IATÁGUA - Índice de Atendimento de Água da População Total do Município, em percentual;
o PT - População Total do Município, conforme projeção do PMSB;
o PTAÁgua = Valor do produto da quantidade total de economias residenciais ativas de água do município, no
último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio, conforme Fundação Seade.
b) Hidrometração
O indicador de hidrometração é dado por um percentual, definido pela relação numérica entre o número de ligações
ativas com hidrômetros sobre o total de ligações existentes num dado momento da avaliação.
274
O objetivo do indicador é avaliar a qualidade dos volumes consumidos apurados, do ponto de vista da parcela das
ligações de água que é efetivamente medida, lembrando que a outra parcela corresponde a volumes estimados. A
frequência recomendada de apuração do indicador é anual.
Equação:
𝑳𝑨𝑨
𝑰𝑯𝑫 =
𝐋𝐀𝐀 𝐦𝐢𝐜𝐫𝐨
Onde:
o IHD – Índice de hidrometração;
o LAA - Quantidade de Ligações Ativas de Água;
o LAA micro - Quantidade de Ligações Ativas de Água Micro medidas.
O índice de hidrometração atual é estimado em 60%, a meta é até 2019 atingir 100% de hidrometração no município
e manter esse índice até o final do plano.
c) Qualidade de Água
As metas de qualidade da água deverão ser avaliadas a partir dos indicadores AFQB e IAB, Índice de Análises Físico-
Químicas e Bacteriológicas e Índice de Análises Bacteriológicas, respectivamente.
Deverão ser considerados os parâmetros de avaliação da qualidade da água mais importantes e exigidos pela Portaria
MS nº 2914/2011. Os índices deverão ser calculados a partir das análises laboratoriais das amostras de águas
coletadas na rede de distribuição de água, segundo um programa de coleta que atenda à legislação vigente. Para
apuração dos indicadores, o sistema de controle da qualidade da água deverá incluir um sistema de coleta de amostras
e de execução de análises laboratoriais que permitam o levantamento dos dados necessários, além de atender à
legislação vigente.
Equação:
𝑵𝑨𝑪
𝑨𝑭𝑸𝑩 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑵𝑨𝑻
Onde:
o AFQB – Índice de Conformidade das Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas;
275
o NAC - número de análises efetuadas com todos os parâmetros (cor, turbidez, cloro residual livre, fluoreto e
bacteriologia) em conformidade com a Portaria MS nº 2914/2011;
o NAT - número total de análises realizadas.
Equação:
𝑵𝑨𝑩𝑪
𝑰𝑨𝑩 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑵𝑨𝑩𝑻
Onde:
o IAB: Índice de conformidade das análises bacteriológicas;
o NABC - número de análises bacteriológicas em conformidade com a Portaria MS nº 2914/2011;
o NABT - número total de análises bacteriológicas realizadas.
A apuração mensal do IAB e do AFQB não isenta o prestador do serviço de abastecimento de água de suas
responsabilidades perante outros órgãos fiscalizadores e perante a legislação vigente. A Tabela 95 a seguir apresenta
os índices pretendidos ao longo do período do plano.
METAS/ANO
INDICADOR
2016 2020 2025 2030 2035
276
paralisações não programadas, do fornecimento de água. A frequência recomendada de apuração do medidor é
mensal, com fechamento anual.
Índice de Reclamações de Falta de Água:
O objetivo do indicador é avaliar a percepção dos usuários, quanto a eventuais problemas com o fornecimento de
água.
O Índice de Reclamações de Falta de Água – IRFA deverá ser avaliado pelo número de reclamações de falta de água
imprevistas por 1.000 ligações, excetuado as paradas programadas. A frequência recomendada de apuração do
medidor é mensal, com fechamento anual.
Equação:
𝑵𝑹𝑭𝑨
𝑰𝑹𝑭𝑨 =
𝑵𝑳𝑨𝑨 𝒙 𝟏𝟎𝟎𝟎
Onde:
o IRFA - Índice de Reclamações de Falta de Água, em quantidade por 1000 habitantes;
o NRFA - número de reclamações de falta de água justificadas (exclui, por exemplo, reclamações de clientes
cortados por falta de água);
o NLAA - número de ligações ativas de água.
Nas metas estabelecidas, a partir do ano de 2015, o IRFA deverá ser inferior a 2 (duas) reclamações por 1.000
ligações.
e) Controle de Perdas
Serão utilizados dois indicadores correlacionados entre si para definir perdas: Índice de Perdas na Distribuição e Índice
de Perdas por Ramal.
O Índice de Perdas na Distribuição, IPD, expresso em percentual, é um indicador de impacto e facilmente interpretado
pelo usuário.
O indicador de Perdas por Ligação, IPL, expresso em l/ligação/dia, é um Indicador mais técnico e mais propício no
auxílio das ações de controle de perdas.
A frequência recomendada para apuração destes medidores é mensal.
A seguir são apresentadas as definições dos parâmetros que são utilizados nas formulações dos indicadores de
índices de perdas de água.
277
Índice de Perdas na Distribuição:
Equação:
(𝑽𝑫𝑪 − 𝑽𝑪𝑴)
𝑰𝑷𝑫𝒕 = 𝑿 𝟏𝟎𝟎
𝑽𝑫𝑪
Onde:
o IPDt - Índice de Perdas Físicas na Distribuição, em %;
o VDC - Volume de Água Disponibilizado à Distribuição (Produzido, Tratado, de Serviço), em m³/ano;
o VCM – Volume de Consumo Medido ou Estimado (m³/ano).
Equação:
(𝑽𝑫𝑪 − 𝑽𝑪𝑴) 𝟏𝟎𝟎𝟎
𝑰𝑷𝑳 = 𝑿
𝑵𝑳𝑨 𝟑𝟔𝟓
Onde:
o IPL - Índice de Perdas por Ligação, em l/lig.dia;
o VDC - Volume de Água Disponibilizado à Distribuição (Produzido, Tratado, de Serviço), em m³/ano;
o VCM – Volume de Consumo Medido ou Estimado, em m³/ano;
o NLA - Quantidade de Ligações Ativas de Água.
Foram estabelecidas metas para o índice de perdas na distribuição conforme apresentado na Tabela 95.
METAS/ANO
INDICADOR
2016* 2020 2025 2030
278
33.1.2. INDICADORES DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Equação:
𝑬𝑼𝑨𝑬𝒔𝒈𝒐𝒕𝒐 + 𝑬𝑼𝑫𝑬𝒔𝒈𝒐𝒕𝒐
𝑰𝑪𝑫𝑼𝑬𝒔𝒈𝒐𝒕𝒐 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑫𝒖𝒓𝒃.
Onde:
o ICDUEsgoto – Índice de Cobertura dos Domicílios Urbanos com Esgotamento Sanitário, em percentual;
o EUAEsgoto - Quantidade de economias residenciais urbanas ativas ligadas no sistema de esgotamento
sanitário;
o EUDEsgoto - Quantidade de economias residenciais totais com esgotamento sanitário, mas não ativadas;
o Durb. - Quantidade de domicílios urbanos do município, conforme cadastro da prefeitura.
Equação:
𝐄𝐑𝐓𝐀𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨 + 𝐄𝐑𝐓𝐃𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨
𝐈𝐂𝐃𝐓𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝐃𝐮𝐫𝐛.
Onde:
o ICDTEsgoto – Índice de Cobertura dos Domicílios Totais com Esgotamento Sanitário, em percentual;
279
o ERTAEsgoto - Quantidade de economias residenciais totais ativas ligadas no sistema de esgotamento
sanitário;
o ERTDEsgoto - Quantidade de economias residenciais totais com esgotamento sanitário disponibilizadas, mas
não ativadas;
o Durb. - Quantidade de domicílios urbanos do município, conforme cadastro da prefeitura.
Índice de Atendimento da População Urbana com Esgotamento Sanitário:
O objetivo do indicador é medir o percentual da população urbana do município com disponibilidade de acesso ao
sistema público de esgotamento sanitário.
A frequência recomendada de apuração do indicador é trimestral.
Equação:
𝐏𝐔𝐀𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨
𝐈𝐀𝐔𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑷𝑼
Onde:
o IAUEsgoto - Índice de Atendimento de Esgoto da População Urbana do Município, em percentual;
o PU - População Urbana do Município, conforme projeção da Fundação Seade;
o PUAEsgoto - Valor do produto da quantidade de economias residenciais urbanas ativas de esgoto do
município, no último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio, conforme Fundação SEADE.
Foram estabelecidas metas de cobertura e Atendimento Urbano com esgotamento sanitário, no caso do município a
meta é manter o atendimento em 100% até o final do plano, conforme apresentado na Tabela 97 a seguir.
METAS
INDICADOR
Valor Ano
280
Equação:
𝐏𝐓𝐀𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨
𝑰𝑨𝑻𝑬 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑷𝑻
Onde:
o IATEsgoto - Índice de Atendimento de Esgoto da População Total do Município, em percentual;
o PT - População Total do Município, conforme projeção do Fundação SEADE;
o PTAEsgoto - População Total do Município Atendida com Esgotamento Sanitário;
Equação:
𝐄𝐀𝐓𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨
𝑰𝑻𝑬𝑪 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝐄𝐀𝐂𝐄𝐬𝐠𝐨𝐭𝐨
Onde:
o ITEC – Índice de Tratamento dos Esgotos Coletados, em percentual;
o EACEsgoto - Quantidade de economias cadastradas ativas totais atendidas com coleta de esgotos;
o EATEsgoto - Quantidade de economias cadastradas ativas atendidas com coleta de esgoto, cujos efluentes
são conduzidos para tratamento.
Foram estabelecidas metas para o Índice de Tratamento dos Esgotos Coletados no município, conforme apresentado
a seguir na Tabela 98.
METAS
INDICADOR
Valor Ano
281
c) Eficiência de Tratamento de Esgotos Sanitários
A qualidade dos efluentes lançados nos cursos de água naturais deverá ser medida pelo Índice de Qualidade do
Efluente - IQE. Esse índice procura identificar, de maneira objetiva, os principais parâmetros de qualidade dos efluentes
lançados.
O IQE deverá ser calculado com base no resultado das análises laboratoriais das amostras de efluentes coletadas no
conduto de descarga final das estações de tratamento de esgotos, segundo um programa de coleta que atenda à
legislação vigente e seja representativa para o cálculo adiante definido.
A frequência de apuração do IQE deverá ser mensal, utilizando os resultados das análises efetuadas nos últimos 3
meses. Para a apuração do IQE, o sistema de controle de qualidade dos efluentes a ser implantado pelo prestador,
deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de análises laboratoriais que permitam o levantamento
dos dados necessários, além de atender à legislação vigente.
O IQE deverá ser calculado como o percentual de análises em conformidade com a Resolução CONAMA nº 430/2011,
bem como às exigências técnicas das Licenças Ambientais, regidas pela Resolução CONAMA nº 237/97.
A probabilidade de atendimento de cada um dos parâmetros será obtida através da teoria da distribuição normal ou
de Gauss.
Determinada a probabilidade de atendimento para cada parâmetro, o IQE será obtido através da seguinte expressão:
Onde:
o P(SS) - probabilidade de que seja atendida a condição exigida para materiais sedimentáveis;
o P(SH) - probabilidade de que seja atendida a condição exigida para substâncias solúveis em hexana;
o P(DBO) - probabilidade de que seja atendida a condição exigida para a demanda bioquímica de oxigênio.
A apuração mensal do IQE não isenta o prestador da obrigação de cumprir integralmente o disposto na legislação
vigente, nem de suas responsabilidades perante outros órgãos fiscalizadores.
A seguir a Tabela 99 apresenta os índices pretendidos ao longo do período do plano.
METAS/ANO
INDICADOR
2016 2020 2030 2035
282
A continuidade do sistema de coleta de esgotos sanitários deverá ser medida pelo número de desobstruções de redes
coletoras e ramais prediais que efetivamente forem realizadas por solicitação dos usuários.
Qualquer que seja a causa das obstruções, a responsabilidade pela redução dos índices será do prestador, seja pela
melhoria dos serviços de operação e manutenção da rede coletora, ou através de mecanismos de correção e
campanhas educativas por ela promovidos de modo a conscientizar os usuários do correto uso das instalações
sanitárias de seus imóveis.
Equação:
𝐍𝐃𝐫𝐚𝐦𝐚𝐢𝐬
𝑰𝑶𝑹𝑫 = 𝒙 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎
𝐄𝐀𝐄
Onde:
o IORD - Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares;
o Ndramais - quantidade de desobstruções de ramais realizadas no período, em unidades;
o EAE – quantidade de economias ativas existentes, ligadas ao sistema de coleta de esgotos.
Índice de Obstrução de Redes Coletoras:
O Índice de Obstrução de Redes Coletoras – IORC, deverá ser apurado mensalmente e consistirá na relação entre a
quantidade de desobstruções de redes coletoras realizadas por solicitação dos usuários e a extensão desta em
quilômetros, no primeiro dia do mês, multiplicada por 1.000.
Equação:
𝐍𝐃𝐫𝐞𝐝𝐞
𝑰𝑶𝑹𝑪 = 𝒙 𝟏. 𝟎𝟎𝟎
𝐋𝐑𝐄
Onde:
283
o IORD inferior a 7/ano e;
o IORC inferior a 50/ano.
Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de esgotos sanitários, e o prestador não tiver
efetivo poder de controle sobre tais casos, não deverão ser considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e
IORC, os casos de obstrução e extravasamento ocorridos durante e após 6 horas da ocorrência de chuvas.
a) Indicadores Econômico-Financeiros
Equação:
𝑨𝑹𝑹
𝑰𝑬𝑽 = 𝟏 − 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑹𝑶𝑻
Onde:
o IEV – Índice de Evasão de Receitas, em percentagem;
o ROT - Receita Operacional Total;
o ARR – Arrecadação.
Equação:
𝑫𝑻𝑺
𝑰𝑫𝑻𝑺 =
𝑽𝑻𝑭
Onde:
o IDTS – Despesas de Totais por m³ Faturado, em R$/ m³;
o VTF - Volume Total Faturado (Água Esgotos), em m³ por ano;
284
o Despesas totais com os serviços (DTS) - Valor anual total do conjunto de despesas realizadas para a
prestação dos serviços. Inclui Despesas de Exploração (DEX), Juros e Encargos do Serviço da Dívida,
Depreciação, Amortização e Provisão para Devedores Duvidosos, Despesas Capitalizáveis, Despesas Fiscais
ou Tributárias Incidentes na DTS, além de Outras Despesas com os Serviço, em R$/ano.
Equação:
𝑹𝑶𝑫
𝑰𝑫𝑭 = 𝑿𝟏𝟎𝟎
𝑫𝑻𝑺
Onde:
o IDF – Índice de Desempenho Financeiro, em (%);
o ROD - Receita Operacional Direta Volume (Água e Esgoto), em R$;
o Despesas totais com os serviços (DTS) - Valor anual total do conjunto de despesas realizadas para a
prestação dos serviços. Inclui Despesas de Exploração (DEX), Juros e Encargos do Serviço da Dívida,
Depreciação, Amortização e Provisão para Devedores Duvidosos, Despesas Capitalizáveis, Despesas Fiscais
ou Tributárias Incidentes na DTS, além de Outras Despesas com os Serviço, em R$/ano.
b) Indicadores de Investimentos
Índice de Investimentos em Água:
O objetivo do indicador é verificar o percentual dos investimentos realizados no sistema de abastecimento de água
em relação à receita bruta com os serviços de água e esgoto.
A frequência recomendada de apuração do medidor é anual.
Equação:
𝑰𝑨
𝑰𝑰𝑨 = 𝑿 𝟏𝟎𝟎
𝑹𝑩
Onde:
o IIA - Índice de Investimentos em Abastecimento de Água, em (%);
o IA - Investimentos em Abastecimento de Água, em R$;
o RB - Receita Bruta obtida com o abastecimento de água e esgotamento sanitário do município, em R$.
Os valores correspondentes aos investimentos e à receita bruta deverão ser calculados a valor presente.
285
Índice de Investimentos em Esgoto:
O objetivo do indicador é verificar o percentual dos investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário em
relação à receita bruta com os serviços de água e esgoto.
A frequência recomendada de apuração do medidor é anual.
Equação:
𝑰𝑬
𝑰𝑰𝑬 = 𝑿 𝟏𝟎𝟎
𝑹𝑩
Onde:
o IIE- Índice de Investimentos em Esgotamento Sanitário, em (%);
o IE - Investimentos em Esgotamento Sanitário, em R$/ano;
o RB - Receita Bruta obtida com o abastecimento de água e esgotamento sanitário do município, em R$/ano.
Os valores correspondentes aos investimentos e à receita bruta deverão ser calculados a valor presente.
33.1.4. MEDIDAS PROPOSTAS PARA MELHORIA DO ATENDIMENTO AO CLIENTE
286
Quadro 13 - Prazos de atendimento dos serviços.
PRAZO PARA ATENDIMENTO DAS
SERVIÇO
SOLICITAÇÕES
Ligação de água (*) 5 dias úteis
Reparo de vazamentos na rede ou ramais de água 24 horas
Falta d'água local ou geral 24 horas
Ligação de esgoto (*) 5 dias úteis
Desobstrução de redes e ramais de esgotos 24 horas
Ocorrências relativas à ausência ou má qualidade da repavimentação 5 dias úteis
Verificação da qualidade da água 12 horas
Restabelecimento do fornecimento de água 24 horas
Ocorrências de caráter comercial 24 horas
(*) Partindo-se da premissa de que os prazos de atendimento de ligações de água e esgoto, atualmente é de 15 dias o atendimento das metas
estabelecidas poderá ser alcançado atendendo-se ao seguinte cronograma: 10 dias úteis até 1anos (2017), 5 dias úteis em até 2 anos (2018).
FATOR 1 = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100) / (Quantidade total de serviços
realizados).
o FATOR 2 - Disponibilização de estruturas de atendimento ao público, que deverão ser avaliadas pela oferta
ou não das seguintes possibilidades:
a) Atendimento em escritório do prestador;
b) Sistema telefônico para atendimento aos usuários;
c) Atendimento personalizado domiciliar, ou seja, o funcionário do prestador responsável pela leitura dos hidrômetros
e/ou entrega de contas, aqui denominado “agente comercial”, deverá atuar como representante da administração
junto aos usuários, prestando informações de natureza comercial sobre o serviço, sempre que solicitado. Para
tanto o prestador deverá treinar sua equipe de agentes comerciais, fornecendo-lhes todas as indicações e
informações sobre como proceder nas diversas situações que se apresentarão;
d) Os programas de computadores, de controle e gerenciamento do atendimento que deverão ser processados em
rede de computadores do prestador de serviço.
O quesito previsto neste fator poderá ser avaliado pela disponibilização ou não das estruturas elencadas, e terá os
seguintes valores apresentados no Quadro 14.
4 (quatro) estruturas 1
287
o FATOR 3 - Adequação da estrutura de atendimento em prédio(s) do prestador que será avaliada pela oferta
ou não das seguintes possibilidades:
a) Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento próprio;
b) Facilidade de identificação;
c) Conservação e limpeza;
d) Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;
e) Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 70 (setenta);
f) Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do atendimento menor ou igual a 30
(trinta) minutos;
g) Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema “0800” menor ou igual a 5 (cinco) minutos.
Este fator deverá ser avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados, e terá os seguintes valores
apresentados no Quadro 15.
Com base nas condições definidas nos itens anteriores, o Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no
Atendimento ao Público - IEPSP deverá ser calculado de acordo com a seguinte fórmula:
O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público do prestador, a ser avaliado anualmente pela média dos
valores apurados mensalmente, deverá considerar:
I - Inadequado se o valor do IEPSP for igual ou inferior a 5 (cinco);
II - Adequado se for superior a 5 (cinco), com as seguintes gradações:
Regular, se superior a 5 (cinco) e menor ou igual a 6 (seis);
Satisfatório, se superior a 6 (seis) e menor ou igual a 8 (oito);
Bom, se superior a 8 (oito).
As metas estabelecidas a partir do ano de 2016 são:
o De 2017 a 2020 - IEPSP = Adequado – Regular a Satisfatório;
o A partir de 2021 - IEPSP = Adequado – Bom.
288
Índice de Satisfação do Cliente:
A verificação dos resultados obtidos pelo prestador deverá será feita anualmente, até o mês de dezembro, através de
uma pesquisa de opinião realizada por empresa independente, capacitada para a execução do serviço.
A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo representativo de usuários que tenham tido contato
devidamente registrado com o prestador, no período de 3 (três) meses antecedentes à realização da pesquisa.
Os usuários deverão ser selecionados aleatoriamente, devendo, no entanto, ser incluídos no universo da pesquisa, os
três tipos de contato possíveis:
o Atendimento via telefone;
o Atendimento personalizado;
o Atendimento na ligação para execução de serviços diversos.
Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que avaliem objetivamente o seu grau de satisfação
em relação ao serviço prestado e ao atendimento realizado, assim, entre outras, o usuário deverá ser questionado:
o Se o funcionário foi educado e cortês;
o Se o funcionário resolveu satisfatoriamente suas solicitações;
o Se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado;
o Se, após a realização do serviço, o pavimento foi adequadamente reparado e o local limpo;
o Outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação, procurando inclusive atender a condições
peculiares.
As respostas a essas questões devem ser computadas considerando-se 5 (cinco) níveis de satisfação do usuário:
I – ótimo;
II – bom;
III – regular;
IV – ruim;
V – péssimo.
A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre considerando o mesmo valor relativo para cada
pergunta independentemente da natureza da questão ou do usuário pesquisado, deverá resultar na atribuição de
porcentagens de classificação do universo de amostragem em cada um dos conceitos acima referidos. Os resultados
obtidos pelo prestador serão considerados adequados se a soma dos conceitos, ótimo e bom, corresponderem a
70% (setenta por cento) ou mais do total, cujo resultado representa o indicador ISC (Índice de Satisfação do Cliente).
As metas estabelecidas a partir do ano de 2016 são:
o A partir de 2017, ISC: igual ou superior a 70%;
o A partir de 2018, ISC: igual ou superior a 90%.
289
33.2. INDICADORES PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Estes indicadores têm como objetivo avaliar o desempenho econômico-financeiro da gestão dos resíduos sólidos
urbanos.
Incidência das despesas com o manejo de resíduos sólidos nas despesas correntes da prefeitura (SNIS 001).
Um valor médio desse indicador para os municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é de 3,18%;
Despesa per capita com manejo de resíduos sólidos em relação à população (SNIS 006). Um valor médio
desse indicador para os municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é de 65,74 R$/habitante;
Receita arrecadada per capita com os serviços de Manejo. Um valor médio desse indicador para os
municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é de 2,97 R$/habitante;
Autossuficiência financeira da prefeitura com o manejo de resíduos sólidos (SNIS 005). Um valor médio
desse indicador para os municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é de 4,52%;
Taxa de empregados em relação à população urbana (SNIS 001). Um valor médio desse indicador para os
municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é de 4 empreg./1000hab.;
Incidência de empregados próprios no total de empregados no manejo de resíduos sólidos (SNIS 007). Um
valor médio desse indicador para os municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é de 5,76%;
Incidência de empregados gerenciais e administrativos no total de empregados no manejo de resíduos sólidos
(SNIS 010). Um valor médio desse indicador para os municípios do estado de São Paulo, segundo o SNIS é
de 15,68%.
290
Taxa de recuperação de matéria orgânica em relação à quantidade total;
Massa de matéria orgânica estabilizada por biodigestão em relação à massa total de matéria orgânica;
Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos - IQR, estabelecido pelo CETESB, que classifica os aterros segundo
suas condições.
291
Para a construção desse último conjunto de indicadores é essencial à integração das ações com o trabalho das
equipes de agentes comunitários de saúde.
Indicadores:
Os indicadores de desempenho dos sistemas de manejo de águas pluviais possuem a função de orientar a sua gestão,
avaliar a quantidade e a qualidade dos serviços e acompanhar o funcionamento do sistema para o seu
aperfeiçoamento contínuo.
O órgão responsável pelo sistema de manejo de águas pluviais deve gerenciar as informações necessárias para a
composição dos indicadores e analisar constantemente a sua representatividade.
A seguir são apresentados alguns indicadores utilizados no município de São Paulo que podem ser aplicados pelo
município de Valinhos para o acompanhamento do alcance das metas do PMSB.
o IE2: Implantação dos programas de manejo de águas pluviais, o indicador deve atingir o valor 1 ou 100%.
Após o atingimento da meta, o programa deve ser reavaliado para a verificação da necessidade de
implantação de novas medidas.
𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐞𝐱𝐞𝐜𝐮𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬
𝐈𝐄𝟐 = (%)
𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬
292
𝐩𝐨𝐩𝐮𝐥𝐚çã𝐨 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐝𝐢𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐬𝐢𝐬𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬
𝐈𝐎𝟏 = (%)
𝐩𝐨𝐩𝐮𝐥𝐚çã𝐨 𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜í𝐩𝐢𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞𝐯𝐞 𝐬𝐞𝐫 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐝𝐢𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐬𝐢𝐬𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬
o Índice de reflorestamento:
á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬𝐭𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨
𝐈𝐕𝟐 = (%)
á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐜𝐨𝐛𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐯𝐞𝐠𝐞𝐭𝐚𝐥 𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥
𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐥𝐚𝐦𝐚çõ𝐞𝐬
𝐈𝐆𝟏 = (𝐫𝐞𝐜𝐥𝐚𝐦𝐚çõ𝐞𝐬/𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨)
𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐧á𝐥𝐢𝐬𝐞
293
o Estações de monitoramento:
o Incidência de inundações, deve-se buscar a redução dos seus valores possuindo como meta o valor zero.
294
34. PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA
A contingência pode ser entendida como uma situação de risco com potencial de ocorrência, inerente às atividades,
produtos, serviços, equipamentos ou instalações industriais, e que ocorrendo se transformará em uma situação de
emergência. Diz respeito a uma eventualidade, possibilidade de algo acontecer ou não.
Já a emergência é um evento não programado de grande proporção, capaz de causar fatalidade ou outros danos
graves às pessoas, às instalações, ao meio ambiente e à comunidade, podendo trazer prejuízo de ordem econômica,
moral, social e/ou comprometimento a imagem da empresa.
O Plano de Contingência é um documento onde estão definidas as responsabilidades estabelecidas em uma
organização, para atender a uma emergência e também contêm informações detalhadas sobre as características da
área ou sistemas envolvidos. É um documento desenvolvido com o intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar,
agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais.
A operação em contingência é uma atividade de tempo real que mitiga os riscos para a segurança dos serviços e
contribui para a sua manutenção quanto à disponibilidade e qualidade em casos de indisponibilidade de
funcionalidades de partes dos sistemas.
Situações de emergência nos serviços de saneamento básico ocorrem, quando algum evento anômalo ou não previsto
provoca a descontinuidade ou a paralisação da prestação do serviço. Neste sentido é necessário que sejam previstas
medidas de contingências para minimizar os impactos advindos das situações de emergência e garantir a
continuidade da prestação dos serviços ainda que precária.
As ações de um Plano de Contingências se desenvolvem basicamente em três períodos:
Preventiva: Desenvolvida no período de normalidade, consistindo na elaboração de planos e aperfeiçoamento
dos sistemas e, também, no levantamento de ações necessárias para a minimização de acidentes;
Atendimento Emergencial: As ações são concentradas no período da ocorrência, por meio do emprego de
profissionais e equipamentos necessários para o reparo dos danos, objetivando a volta da normalidade, nesta
fase, os trabalhos são desenvolvidos em parceria com órgãos municipais e estaduais, além de empresas
especializadas;
Readequação: Ações concentradas no período, e após o evento, com o objetivo de se adequar à nova
situação, aperfeiçoando o sistema e tornando tal ação como preventiva.
Em todas estas fases é importante a atuação adequada e conjunta de todos os agentes envolvidos. Particularmente
nas fases de elaboração do plano e de atendimento emergencial, os principais agentes envolvidos nas ações do Plano
de Contingência são:
Prefeitura Municipal: A prefeitura municipal é um dos agentes envolvidos no plano, através do seu próprio
corpo de funcionários públicos, que estão entre os principais executores das ações do plano;
Prestadora de Serviços em Regime Normal: As empresas prestadoras de serviços são consideradas agentes
envolvidos quando, mediante contrato decorrente de licitação pública, seus funcionários assumem a
295
responsabilidade pela execução dos procedimentos;
Concessionária de Serviços: As empresas executantes dos procedimentos, mediante contrato formal de
concessão ou de participação público-privada – PPP são igualmente consideradas agentes, uma vez que,
seus funcionários estão diretamente envolvidos na execução dos procedimentos;
Prestadora de Serviços em Regime de Emergência: As empresas prestadoras de serviços também podem
ser consideradas agentes envolvidos quando, justificada legalmente a necessidade, seus funcionários são
mobilizados através de contrato de emergência sem tempo para a realização de licitação pública, geralmente
por prazos de curta duração;
Entidades Públicas: Algumas entidades públicas também são consideradas agentes do Plano a partir do
momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são acionadas para minimizar os
impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Defesa Civil, dos Bombeiros e outros.
296
Quadro 16 - Ações de Contingências Relativas aos Serviços de Abastecimento de Água.
297
Quadro 16 - Ações de Contingências Relativas aos Serviços de Abastecimento de Água (Continuação).
- Comunicação à Polícia.
- Comunicação à população / instituições / autoridades / Defesa
Civil.
2 - Falta de Água - Deficiências de água nos mananciais em
- Informar Entidades de Controle Sanitário e Ambiental.
Parcial ou localizada períodos de estiagem.
- Mobilização de frota de caminhões pipa.
- Implementação de rodízio de abastecimento.
- Deficiências de água nos mananciais em - Implantação de campanhas com orientação à população para
períodos de estiagem. redução de consumo;
- Implementação de mecanismos tarifários de contingência (*)
- Gerenciar volume da água disponível nos reservatórios.
- Comunicar a ocorrência à concessionária responsável pelo
- Interrupção temporária no fornecimento de
fornecimento de energia elétrica.
energia elétrica nas instalações de produção
- Comunicação à população / instituições / autoridades / Defesa
de água.
2 - Falta de Água Civil.
Parcial ou localizada - Mobilização de frota de caminhões pipa.
- Danificação de equipamentos de estações
- Mobilização de Equipe de Manutenção.
elevatórias de água tratada.
- Reparo das instalações danificadas.
- Danificação de estruturas de reservatórios- Comunicação à população / instituições / autoridades / Defesa
e elevatórias de água tratada. Civil.
- Mobilização de frota de caminhões pipa.
- Rompimento de redes e linhas adutoras de - Gerenciar volume da água disponível nos reservatórios.
água tratada. - Promover transferência de água entre setores de abastecimento.
- Rompimento de adutoras ou redes de
- Mobilização de Equipe de Assistência Social.
3 - Acidentes de distribuição de água.
Grande Monta - Extravasamento de reservatórios de água. - Mobilização de Equipe de Manutenção.
Envolvendo Terceiros - Reparo das instalações danificadas.
- Rompimento de reservatórios de água.
- Comunicação à /instituições / autoridades / Defesa Civil.
(*) Mecanismos Tarifários de Emergência: Mecanismos tarifários de emergência estão previstos na Lei 11.445/07,
no Art. 21, conforme segue:
Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção de racionamento, declarada pela
autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo
de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.
“Parágrafo único. A tarifa de contingência, caso adotada, incidirá, preferencialmente, sobre os consumidores que ultrapassarem
os limites definidos no racionamento.
298
Quadro 17 - Ações de Contingências Relativas aos Serviços de Esgotamento Sanitário.
34.1.3. Situações Emergenciais Relativas aos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos
Sólidos
As situações emergenciais na operação do sistema de manejo e disposição final de resíduos sólidos ocorrem quando
da ocasião de paralisações da prestação dos serviços, por circunstâncias tais como: greves de funcionários de
prestadoras de serviço ou da própria prefeitura, demora na obtenção de licenças de operação, para o caso dos aterros
sanitários e de inertes, acidentes naturais, entre outras.
Considerando-se esses aspectos, foram elencadas algumas situações que podem ocorrer nas diversas etapas que
compõem os serviços relacionados aos resíduos sólidos urbanos tais como:
Serviço de Varrição;
Serviço de Coleta de Resíduos;
Destinação Final dos Resíduos;
299
Tratamento dos Resíduos;
Serviços de Podas e Supressão de Árvores.
Quadro 18 - Ações de Contingências Relativas aos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.
SERVIÇO DE VARRIÇÃO
DESTINAÇÃO FINAL
5. Paralisação parcial do Aterro, no caso de - Evacuação da área cumprindo os procedimentos internos de segurança;
incêndio, explosão e/ou vazamento tóxico - Acionamento do Corpo de Bombeiros.
TRATAMENTO DE RESÍDUOS
6. Paralisação nos Centros de Triagem e - Procurar alternativas para comercialização dos resíduos recicláveis;
Estação de Transbordo - Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.
300
Quadro 18 - Ações de Contingências Relativas aos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (Continuação).
CAPINA E ROÇADA
34.1.4. Situações Emergenciais Relativas aos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas
Pluviais
As situações emergenciais relativas aos serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais estão intimamente
ligadas à ocorrência de eventos de chuvas de grande intensidade, que ultrapassam a capacidade do sistema de
drenagem e a capacidade de retenção e absorção natural da bacia hidrográfica. Nestas ocasiões, as deficiências
existentes nos sistemas de macro e micro drenagem contribuem enormemente para o agravamento da situação. Neste
sentido, as medidas preventivas de manutenção periódica dos sistemas, tais como limpeza de galerias e bocas de
lobo, desassoreamento de canais e corpos d’água naturais, são fundamentais.
Outro aspecto importante a se considerar, é a rapidez com que ocorrem as cheias dos cursos d’água com os picos
das vazões acontecendo após algumas horas, ou mesmo minutos, de chuvas intensas. Igualmente importante,
conforme já apontado anteriormente, é o fato de que as represas existentes a montante da cidade, apesar de
amortecerem os picos de cheia, precisam ser adequadamente operadas para evitar a ocorrência de transbordamentos
nestas ocasiões.
Estes dois aspectos tornam fundamental a implantação do “Sistema de Alerta Contra Enchentes e Integração com a
Defesa Civil” previsto no plano.
O orçamento municipal deve prever a disponibilidade de recursos financeiros e materiais que possam ser prontamente
disponibilizados durante a ocorrência de emergências causadas pelas inundações urbanas.
No Quadro 19 a seguir, estão relacionadas as possíveis ocorrências de emergência e respectivas ações de
contingência relacionadas com a drenagem urbana e manejo das águas pluviais.
301
Quadro 19 - Ações de Contingências Relativas aos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais.
2. Presença de esgoto ou lixo - Comunicar ao setor de fiscalização sobre a presença de mau cheiro ou lixo.
nas galerias de águas - Aumentar o trabalho de conscientização da população sobre a utilização dos canais de
Pluviais. drenagem.
3. Presença de materiais de
- Comunicar a Secretaria de Transportes, Obras e Serviços Públicos sobre a ocorrência.
grande porte, como carcaças
- Aumentar o trabalho de conscientização da população sobre a utilização dos canais de
de eletrodomésticos, móveis
drenagem.
ou pedras.
4. Assoreamento de bocas de - Comunicar a Secretaria de Transportes, Obras e Meio Ambiente sobre a ocorrência.
lobo, bueiros e canais. - Verificar se os intervalos entre as manutenções periódicas se encontram satisfatórios.
302
Os procedimentos operacionais do PAE-SAN estão baseados nas funcionalidades gerais de uma situação de
emergência. Assim, o PAE-SAN deverá estabelecer as responsabilidades das agências públicas, privadas e não
governamentais envolvidas na resposta às emergências, para cada cenário e respectiva ação.
303
A partir destas orientações, a administração municipal através de pessoal designado para a finalidade específica de
coordenar o PAE-SAN, poderá estabelecer um planejamento de forma a consolidar e disponibilizar uma importante
ferramenta para auxílio, em condições adversas dos serviços de saneamento básico.
304
b) Histórico das características das águas;
c) Características físicas do sistema;
d) Práticas operacionais; e
e) Na qualidade da água distribuída, conforme os princípios dos Planos de Segurança da Água
(PSA, recomendados pela OMS ou definidos em diretrizes vigentes no País (...)
Ressalta-se que ao longo do processo de produção de água para abastecimento público há riscos intrínsecos, que
podem comprometer a qualidade final da água distribuída para consumo, desde a situação da ocupação da bacia
hidrográfica, passando pela captação de água bruta, pelo tratamento de água, pelos sistemas de adução e reservação,
pela rede de distribuição e pelas ligações prediais.
No que se refere à situação das bacias hidrográficas podem ser citados:
Ocorrências de chuvas intensas que provocam grandes variações de qualidade da água em mananciais
superficiais e subterrâneos;
Existência de indústrias que podem eventualmente lançar despejos fora dos padrões de emissão nos corpos
d’água, por problemas no sistema interno de tratamento de efluentes, ou por iniciativa própria;
Ocorrência de acidentes com caminhões que transportam cargas perigosas, em vias de trânsito que cortam
a bacia hidrográfica;
Lançamento de esgoto bruto no manancial;
Floração de algas, particularmente as cianofíceas que provocam problemas relacionados ao gosto e odor e
produção de cianotoxinas;
Outros aspectos relacionados às atividades existentes na bacia: agropecuária, florestal, mineração, etc.
No que se refere à captação pode-se destacar:
Problemas operacionais relacionados aos próprios equipamentos (ex. bombas, motores,
transformadores, válvulas, etc.);
Falta de energia elétrica;
Inundação da casa de bombas, etc.
A captação em poços também está sujeita a problemas, tais como:
Problemas operacionais relacionados aos próprios equipamentos (ex. bombas, motores,
transformadores, válvulas, etc.);
Falta de energia elétrica;
Inundação das bombas e motores;
Entrada de água de inundação no poço.
No sistema de reservação de água tratada também existem vulnerabilidades tais como:
Entrada de animais e insetos;
Vandalismo;
Rompimento de estruturas;
305
Inundação de reservatório, etc.
No sistema de distribuição de água, um dos aspectos mais importantes para se garantir a qualidade da água
transportada, é a proteção que a pressão interna da tubulação fornece contra eventuais contaminações externas.
Deste modo, os maiores riscos estão relacionados à perda de pressão e esvaziamento das redes que podem provocar
pressões negativas com consequente contaminação das mesmas pelo lençol freático, que normalmente está
contaminado. A contaminação nestes casos se dá através de furos e tricas existentes nas tubulações, nas juntas de
válvulas, nos orifícios de ventosas, etc.
No que se refere às ligações domiciliares, estas estão sujeitas às mesmas vulnerabilidades das redes de distribuição,
com o agravante de que estão mais sujeitas ao aparecimento de pontos de vazamento, que no caso de fata de pressão
ficam sujeitas a infiltrações. Outro fator de risco são as interligações clandestinas, e ligações cruzadas, onde a rede
pública de água potável se conecta a outras redes não públicas nas instalações do consumidor, fazendo com que
haja risco de contaminação da rede pública no caso de queda de pressão ou formação de vácuo.
Além dos aspectos operacionais, considera-se também a gestão dos sistemas de abastecimento de água, pois,
quando não realizada adequadamente pode gerar situações de risco à saúde pública dos usuários do sistema. Por
exemplo, se não houver um planejamento adequado de ampliações dos sistemas poderá ocorrer situações, em
ocasiões de estiagem severas, em que a capacidade não atende as demandas em sua plenitude, gerando
desabastecimentos localizados, com consequentes riscos de contaminação da rede de distribuição.
Dos motivos acima relacionados, pode-se depreender que são muitos os aspectos que podem tornar o sistema de
abastecimento de água vulnerável, com consequentes riscos à saúde. Assim, a gestão de todos estes riscos exige
uma sistematização adequada, conforme o Plano de Segurança da Água (PSA) propõe.
No Brasil, a utilização do Plano de Segurança da Água não está ainda completamente sistematizada, mas existem
algumas iniciativas já realizadas e outras em andamento, como por exemplo o projeto piloto de implantação do PSA,
fomentado pelo Ministério da Saúde e coordenado pela Universidade Federal de Viçosa-MG, realizado no ano de 2006.
Outras ações isoladas vêm sendo feitas em caráter de projeto piloto, por companhias de saneamento básico como a
Sabesp em São Paulo, Sanana em Campinas, a Copasa em Minas Gerais e a Casan em Santa Catarina.
No âmbito governamental existem ações em andamento, destacando-se a publicação pelo Ministério da Saúde, em
2012 de um manual denominado: “Plano de Segurança da Água - Garantindo a Qualidade e Promovendo a Saúde-
Um olhar do SUS”, que traz diretrizes para implantação de Planos de Segurança da Água.
No presente caso, no município de Valinhos ainda não foi elaborado o PSA. Face à relativa complexidade para
elaboração do mesmo, a recomendação é a contratação futura do mesmo, quando as condições para tal estiverem
mais bem estruturadas no âmbito governamental.
306
de ocupações precárias no município. Assim, o PMRR deve abordar as situações de risco que estão relacionadas
aos processos de instabilização de taludes em encostas e margens de córregos, escorregamentos e ocorrências afins
que possam impactar a segurança de moradias (PMRR GUARULHOS).
Segundo Nogueira (2002), as ocorrências de escorregamentos no ambiente urbano podem ser resultado de causas
naturais ou antrópicas, mas a geração dos riscos associados aos escorregamentos é sempre um processo social ou
ambiental urbano. Os escorregamentos urbanos podem movimentar, além de rochas, solo e vegetação, depósitos
artificiais, tais como resíduos sólidos urbanos (aterros), ou materiais mistos, caracterizando processos geológicos,
geomórficos ou geotécnicos. A vulnerabilidade de um local pode ser determinada pela forma ou localização
inadequada da ocupação, pela ausência de infraestrutura urbana (saneamento básico, pavimentação) e pela
degradação do ambiente, tais como inundações, contaminação por produtos químicos ou por esgotos, incêndios,
dentre outros (PMRR GUARULHOS).
O município de Valinhos possui o Mapeamento de Áreas de Risco a Escorregamentos, Inundações e Erosão, o qual
foi elaborado pelo IPT no ano de 2013.
307
35. COMPATIBILIDADE COM OUTROS PLANOS SETORIAIS
Na elaboração do diagnóstico e, principalmente, dos programas, objetivos e metas propostos na fase de prognóstico
do presente PMSB, foram considerados os diversos aspectos que constam em políticas, planos e programas
existentes, no âmbito local, regional e nacional, que de alguma forma tenham influência nos quatro segmentos que
compõem o saneamento básico e ambiental do município, com o intuito de que haja compatibilidade com as
premissas e soluções previstas em cada um deles. Sendo recomendável que, junto ao PMSB, tais planos componham
o arcabouço de instrumentos de apoio aos gestores municipais.
As principais políticas, planos e programas considerados, além das Leis Federais nº 11.445/2007 e 12.305/2010,
são relacionados a seguir.
308
Uso e ocupação do solo;
Suscetibilidade à erosão;
Erosão e assoreamento;
Inundação, etc.
O referido plano de bacias constituiu-se num importante subsídio para o diagnóstico e as proposições do presente
PMSB.
309
Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima de redução de emissões de gases de efeito estufa entre 36,1%
e 38,9% das emissões projetadas até 2020.
Conforme a PNMC, apesar de voluntário, os esforços para atendimento das metas estabelecidas, deverão ser
compartilhados com os Municípios e Estados.
A PNMC se alinha com a PNRS no sentido de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) e o aproveitamento
energético do biogás gerado nos aterros sanitários, particularmente o metano, que embora seja o gás de maior
impacto sobre o efeito estufa, permite seu aproveitamento energético,
Ainda, o PNMC, dentre outras proposições, definiu metas para a recuperação do metano em instalações de tratamento
de resíduos urbanos e meta para ampliação da reciclagem de resíduos sólidos para 20% até o ano de 2015.
310
36. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/
bndes_pt/Galerias/Arquivos/produtos/download/aep_fep/chamada_publica_residuos_solidos_Rel_PI_VF.pdf.
Acesso em: abril de 2014.
BRASIL. Decreto 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências.
BRASIL. Decreto 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos
e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.
311
BRASIL. Decreto 8.211, de 21 de março de 2014. Altera o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta
a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
BRASIL. Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o
Cadastro de Defesa Ambiental. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990).
BRASIL. Lei Federal nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece diretrizes para o saneamento básico; altera as
Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987,
de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.
______. Lei Federal nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei
nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
BRASIL. Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis
nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006;
revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no
2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
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Ministério das Cidades, 2011. 2ª edição.
BRASIL. Portaria nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde. Dispõe sobre os procedimentos de
controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
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gestão dos resíduos da construção civil.
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o amianto na classe de resíduos perigosos.
BRASIL. Resolução CONAMA nº 430, de 13 de maio de 2011. Complementa e altera a Resolução nº 357/2005, dispõe
sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes.
312
BRASIL. Resolução CONAMA nº 431, de 24 de maio de 2011. Altera o art. 3º da Resolução nº 307/2002,
estabelecendo nova classificação para o gesso.
BRASIL. Resolução CONAMA nº 448, de 18 de janeiro de 2012. Altera os arts. 2º, 4º, 5º,6º,8º,9º, 10 e 11 da
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de 2014.
316
37. PEÇAS GRÁFICAS
317
38. ANEXOS
Os anexos se referem à:
Anexo I – Programas Governamentais de Interesse ao PMSB;
Anexo II – Critérios de Apuração de Custos dos Investimentos no PMSB e PMGIRS;
Anexo III – Base Legal para o Não Recolhimento de Tributos pelo DAEV;
Anexo IV – Ata de Audiência Pública;
Anexo V – Evidências de Mobilização Social.
318
ELABORAÇÃO
B&B Engenharia
COORDENAÇÃO GERAL E RESPONSÁVEL TÉCNICO DA B&B ENGENHARIA
LUÍS GUILHERME DE CARVALHO BECHUATE
RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
EDUARDO AUGUSTO RIBEIRO BULHÕES
EDUARDO AUGUSTO RIBEIRO BULHÕES FILHO
EQUIPE TÉCNICA
JAMILLE CARIBÉ GONÇALVES SILVA
JOSÉ CARLOS LEITÃO
CARLA CORREIA PAZIN
MAYARA DE OLIVEIRA MAIA
JULIANA APARECIDA DE CARVALHO
EQUIPE TÉCNICA
ALINE DE FÁTIMA ROCHA MENESES
ANDERSON ASSIS NOGUEIRA
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ANEXO I
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE
INTERESSE AO PMSB
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 2
1
1. INTRODUÇÃO
Neste anexo são apresentados alguns programas governamentais considerados como importantes fontes de
recurso para a implementação das medidas propostas no PMSB, de forma a abordar os 4 módulos componentes do
saneamento básico: água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem.
No âmbito federal as competências de repasse de recursos às iniciativas de saneamento estão assim distribuídas:
Quanto ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos urbanos, cabe ao
Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), o atendimento
aos municípios com população superior a 50 mil habitantes ou integrantes de Regiões Metropolitanas,
Regiões Integradas de Desenvolvimento ou participantes de Consórcios Públicos afins;
Para os municípios de menor porte, com população inferior a 50 mil habitantes, a SNSA só atua por meio
de financiamento com recursos onerosos para as modalidades de abastecimento de água e esgotamento
sanitário;
Para os municípios com população de até 50 mil habitantes, o atendimento com recursos não onerosos,
ou seja, pelo Orçamento Geral da União (OGU), é realizado pelo Ministério da Saúde, por meio da
Fundação Nacional de Saúde – Funasa. Particularmente, com relação ao componente manejo de águas
pluviais urbanas, verifica-se a competência compartilhada entre Ministério das Cidades e Ministério da
Integração Nacional, além de intervenções da Funasa em áreas com forte incidência de malária.
O “Catálogo de Programas do Governo Federal destinados aos Municípios” de 2008, relaciona uma série de
programas em desenvolvimento pelo governo, que foram agrupados em 18 áreas temáticas, as quais são:
1) Cultura
2) Desenvolvimento Econômico
3) Desenvolvimento Rural e Agronegócios
4) Desenvolvimento Social
5) Desenvolvimento Urbano
6) Desporto e Lazer
7) Direitos da Cidadania
8) Educação
9) Energia
10) Gestão Pública
11) Meio Ambiente
12) Previdência Social
13) Saúde
14) Segurança Pública
15) Tecnologia da Informação e Inclusão Digital
2
16) Trabalho e Renda
17) Transporte
18) Turismo
Dos programas existentes foram selecionados aqueles considerados mais relevantes ao presente plano de
saneamento, no âmbito das seguintes esferas de governo:
Ministério das Cidades;
Ministério da Integração Nacional;
Ministério da Saúde;
Ministério do Meio Ambiente.
Além destes, também constam projetos financiáveis pelo BNDES e pelo Ministério da Justiça, através do Conselho
Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Tais programas constam no Plano Plurianual 2012 – 2015
do Governo Federal.
No âmbito do Estado de São Paulo, os principais órgãos governamentais responsáveis por programas relacionados
a saneamento básico são:
Secretaria de Agricultura e Abastecimento:
o CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica;
o CODASP - Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo.
Secretaria do Meio Ambiente:
o Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBR;
o Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição – FECOP;
o Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB.
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos:
o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica);
o Unidade de Gerenciamento de Programas – UGP (responsável pela formulação, implantação,
execução e gerenciamento do Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais do Alto Tietê -
Programa Mananciais, e Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas - Programa
Reágua);
o Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP;
o FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos.
Secretaria Estadual da Saúde.
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania:
o FID - Fundo Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados (é mantido por
ações civis públicas e seus recursos são destinados ao ressarcimento, à coletividade, dos danos
3
causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico, no âmbito do território do Estado de São Paulo).
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2. RELAÇÃO DOS PROGRAMAS
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o F2. Programa Sanebase;
o F3. Programa Agua Limpa;
o F4. Programa Estadual de Apoio à Recuperação de Águas – REAGUA;
o F5. Programa Estadual Água é Vida;
o F6. Programa Melhor Caminho;
o F7.Programa Recuperação e conservação dos recursos hídricos das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí;
o F8. Programa Linha Economia Verde Municípios;
o F9. Programa Integra São Paulo;
o F10. Projetos Financiados pelo FEHIDRO;
o F11. Projeto Mina D’água;
o F12. Programa Nascentes;
o F13. Projetos Financiados pelo FID do Estado de São Paulo.
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Beneficiários finais:
População urbana das áreas atendidas pelos empreendimentos.
Modalidades:
Abastecimento de água
Destina-se à promoção de ações que visem o aumento da cobertura ou da capacidade de produção do sistema de
abastecimento de água.
Esgotamento sanitário
Destina-se à promoção de ações para o aumento da cobertura dos sistemas de esgotamento sanitário ou da
capacidade de tratamento e destinação final adequados de efluentes.
Saneamento integrado
Destina-se à promoção de ações integradas de saneamento em áreas ocupadas por população de baixa renda, onde
esteja caracterizada a precariedade ou a inexistência de condições sanitárias e ambientais mínimas. O programa é
efetivado por meio de soluções técnicas adequadas, abrangendo o abastecimento de água, o esgotamento sanitário,
o manejo de águas pluviais, o manejo de resíduos sólidos, implantação de unidades sanitárias domiciliares e outras
ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação ambiental, além da promoção da participação
comunitária e, quando for o caso, ao trabalho social destinado à inclusão social de catadores e aproveitamento
econômico de material reciclável, visando à sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos empreendimentos.
Desenvolvimento institucional
Destina-se à promoção de ações articuladas, visando ao aumento da eficiência dos prestadores de serviços
públicos de:
a) Abastecimento de água e esgotamento sanitário, por meio da promoção de melhorias operacionais, incluindo
reabilitação e recuperação de instalações e redes existentes, outras ações de redução de custos e de perdas, e de
preservação de mananciais utilizados para o abastecimento público.
b) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, por meio de promoção de melhorias operacionais, incluindo a
reabilitação e recuperação de instalações existentes e outras ações de redução de custos e aumento de eficiência.
Manejo de águas pluviais
Destina-se à promoção de ações com vistas à melhoria das condições de salubridade ambiental associadas ao
manejo das águas pluviais, em particular, por meio de promoção de ações de prevenção e de controle de
enchentes, inundações e de seus danos nas áreas urbanas e de melhoria da qualidade da água dos corpos que
recebem lançamentos de águas pluviais.
Manejo de resíduos sólidos
Destina-se à promoção de ações com vista ao aumento da cobertura dos serviços de coleta, transporte, tratamento
e disposição final de resíduos sólidos urbanos domiciliares e assemelhados e à implantação de infraestrutura
necessária à execução de coleta de resíduos de serviços de saúde, varrição, capina, poda e atividades congêneres,
bem como ao apoio à implementação de ações relativas à coleta seletiva, à triagem e à reciclagem, além da
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infraestrutura necessária à implementação de ações de redução de emissão de gases de efeito estufa em projetos
de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo- MDL, no âmbito do Tratado de Quioto.
Destina-se também ao desenvolvimento de ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação
ambiental e promoção da participação comunitária e, quando for o caso, ao trabalho social destinado à inclusão
social de catadores e ao aproveitamento econômico do material reciclado.
Preservação e recuperação de mananciais
Destina-se à promoção da preservação e da recuperação de mananciais para o abastecimento público de água, por
intermédio de ações na bacia do manancial, de coleta, transporte, tratamento de esgotos sanitários, instalações de
ramais prediais ou ramais condominiais de esgoto sanitário e de unidades sanitárias em domicílios de baixa renda,
de desassoreamento de cursos de água, de proteção de nascentes, de recomposição de matas ciliares, de
recuperação de margens, de recuperação de áreas degradadas, inclusive pela deposição indevida de resíduos
sólidos, de processo erosivo, em particular os causados por drenagem inadequada de água em vias de apoio à
implantação de coleta seletiva de materiais recicláveis.
Destina-se também ao desenvolvimento de ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação
ambiental e promoção da participação comunitária.
Estudos e projetos
Destina-se à elaboração de planos municipais e regionais de saneamento básico, à elaboração de estudos de
concepção e projetos para empreendimentos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, saneamento
integrado, desenvolvimento institucional, manejo de águas pluviais, manejo de resíduos sólidos, incluindo os que
visem à redução de emissão de gases de efeito estufa enquadrados como projetos de MDL, no âmbito do Protocolo
de Quioto, manejo da construção e demolição e preservação de mananciais, desde que esses empreendimentos
possam ser enquadrados nas demais modalidades.
Condições de financiamento:
Contrapartida Mínima:
Em operações com o setor público, o valor correspondente à contrapartida mínima é de 5% do valor do
investimento, exceto na modalidade Abastecimento de Água, onde a contrapartida mínima é de 10%.
Em operações com o setor privado, o valor correspondente à contrapartida mínima é 20% do Valor do Investimento.
Requisitos nas Modalidades para Financiamento:
Abastecimento de Água:
o Indicador de Perdas > 50%: Não Financiável projeto para aumento de produção;
o Indicador de Perdas entre 30% e 50%: Financiável quando acompanhado de Programa de Redução
de Perdas.
Manejo de Águas Pluviais:
o Custo dos itens de manejo de águas pluviais ≥ 50% do valor do empréstimo;
o Custo dos itens de pavimentação ≤ 35% do valor do empréstimo;
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Manejo de Resíduos da Construção Civil:
o Existência de Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Preservação e Recuperação de Mananciais:
o Existência de Plano de Recuperação e Preservação de Manancial.
Objetivos Específicos:
Implantação, ampliação ou melhorias estruturais nos sistemas públicos de abastecimento de água;
Implantação, ampliação ou melhorias nos sistemas públicos de esgotamento sanitário;
Implantar soluções integradas de saneamento, com ênfase na promoção das condições de salubridade,
habitabilidade e infraestrutura de populações com carência simultânea de serviços.
Ampliar a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos urbanos com prioridade para os
municípios operados mediante mecanismos de gestão associada;
Promover a gestão sustentável da drenagem e o manejo de águas pluviais urbanas com ações estruturais
para minimização dos impactos provocados por cheias e alagamentos em áreas urbanas e ribeirinhas
vulneráveis.
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Ações do Programa:
Apoio à implantação, ampliação e melhorias de Sistemas de Abastecimento de Água e de Sistemas de
Esgotamento Sanitário, intervenções de Saneamento Integrado, bem como apoio a intervenções destinadas ao
combate às perdas de água em Sistemas de Abastecimento de Água.
Apoio à implantação e ampliação dos sistemas de limpeza pública, acondicionamento, coleta, disposição
final e tratamento de resíduos sólidos urbanos, com ênfase à promoção da inclusão e emancipação econômica
de catadores e encerramento de lixões.
Apoio à implantação e ampliação dos sistemas de limpeza pública, acondicionamento, coleta, disposição
final e tratamento de resíduos sólidos urbanos, com ênfase à promoção da inclusão e emancipação econômica
de catadores e encerramento de lixões.
Destinatários: Municípios com população superior a 50 mil habitantes, municípios integrantes de Regiões
Metropolitanas (RM), de Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDE) ou de Consórcios Públicos com população
superior a 150 mil habitantes. As propostas podem ser apresentadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios ou
pelos respectivos representantes legais dos Consórcios Públicos.
Fonte de Recursos: Orçamento Geral da União (OGU).
Responsável pelo Programa: Ministério das Cidades/ Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA.
Poder Público Local: elaboração de propostas e de documentação técnica.
Formas de Acesso: emendas parlamentares ou seleção pública do PAC, por meio de carta-consulta cadastrada no
sítio eletrônico do Ministério das Cidades.
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Poder Público Local: elaboração de proposta e de documentação técnica.
Forma de Acesso: emendas parlamentares.
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respectivas bacias hidrográficas, a gestão sustentável a drenagem urbana com ações estruturais e não-estruturais
dirigidas à recuperação de áreas úmidas, à prevenção, ao controle e à minimização dos impactos provocados por
enchentes e inundações urbanas e ribeirinhas.
Municípios Elegíveis:
Municípios com população total superior a 50 mil habitantes, nas formas definidas pela Fundação IBGE no censo
2010; municípios integrantes de Regiões Metropolitanas legalmente instituídas; os integrantes de Regiões
Integradas de Desenvolvimento.
Origem dos Recursos:
Os recursos financeiros poderão ser provenientes das seguintes fontes: Orçamento Geral da União (OGU),
constantes na Lei Orçamentária Anual (LOA; Contrapartida dos Estados, Distrito Federal e Municípios; Outras fontes
que vierem a ser definidas.
Contrapartida:
Para os empreendimentos apoiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento 2 – PAC 2, o Governo Federal
dispensa o aporte da contrapartida obrigatória. Para os demais casos, deverão ser observadas as orientações e os
percentuais estabelecidos no Manual de Instruções para Contratação e Execução dos Programas e Ações do
Ministério das Cidades não inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, em vigência.
Modalidades do Investimento:
Reservatório de amortecimento de cheias;
Parque isolado associado a reservatório de amortecimento de cheias ou na área para infiltração de águas
pluviais;
Recuperação de áreas úmidas (várzeas);
Banhados construídos (wetlands);
Restauração de margens;
Recomposição de vegetação ciliar;
Renaturalização de rios ou córregos;
Bacias de contenção de sedimentos;
Dissipadores de energia;
Adequação de canais para retardamento do escoamento;
Desassoreamento de rios e córregos;
Canalização de córregos, quando associada a obras e ações estruturais e não-estruturais, que priorizem a
retenção, o retardamento e a infiltração das águas pluviais;
Sistemas para aproveitamento das águas pluviais;
Controle de enchentes e erosões provocadas pelos efeitos da dinâmica fluvial, incluindo a construção de
espigões, muros de proteção, diques de contenção e outros tipos de obras a serem indicadas ou definidas
nos estudos e projetos;
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Obras de microdrenagem complementares às modalidades acima;
Ações para a viabilização das obras.
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Observações: As ações do Programa Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários com
recursos provenientes do Orçamento Geral da União (OGU), para repasse a estados, Distrito Federal e municípios,
são:
1) Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de Assentamentos Precários, sob responsabilidade da
Secretaria Nacional de Habitação – SNH;
2) Apoio à Urbanização de Assentamentos Precários – Projetos Prioritários de Investimentos (PPI) para
Intervenções em favelas. Os PPIs são projetos voltados para municípios integrantes de regiões metropolitanas,
Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômico (RIDE), capitais de estado ou municípios de grande porte cuja
população total seja superior a 150 mil habitantes ou que, por sua atividade econômica ou infraestrutura logística,
possuam raio de influência regional, sob responsabilidade da SNH;
3) Apoio a Projetos de Saneamento Ambiental em Assentamentos Precários (PAT/PROSANEAR), sob
responsabilidade da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA;
4) Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários e Apoio a Projetos de Regularização
Fundiária Sustentável de Assentamentos Informais em Áreas Urbanas (Papel Passado), sob responsabilidade da
Secretaria Nacional de Programas Urbanos – SNPU.
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Instrumento jurídico para formalização: Convênio, contratos de repasse, termos de cooperação, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.
Padronização de Objetos: As tecnologias apoiadas pelo programa foram padronizadas como segue.
Sistemas coletivos de abastecimento de água: tecnologias que incluem a captação, adução, tratamento
(quando necessário), reservação e distribuição de água oriunda de corpos d'água, poços ou nascentes;
Barreiros ou pequenas barragens: pequenas contenções para captação de água da chuva que visam
atender à carência de água para produção agrícola e dessedentação animal;
Cisternas de consumo: reservatórios para captação de água pluvial destinada ao consumo humano.
Metas do Programa: As metas iniciais estabelecidas pelo programa foram:
Instalação de 750 mil cisternas, no período de julho de 2011 a dezembro de 2014, sendo 450.000
cisternas de placas e 300.000 cisternas de polietileno;
Implantação de 6.000 Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água e 3.000 Barreiros (ou pequenas
barragens).
Prioridades de atendimento: Respeitadas as diretrizes do Programa para a definição das prioridades de
atendimento, os envolvidos deverão observar:
População em situação de extrema pobreza, conforme definido no art. 2º do Decreto nº 7.492/2011, e
pobreza, com renda mensal per capita de até R$ 140,00 (cento e quarenta reais);
Municípios que, entre os anos de 2003 a 2012, recorrentemente foram reconhecidos pela Secretaria
Nacional de Defesa Civil, deste Ministério, em Situação de Emergência ou Calamidade Pública por conta de
estiagem, seca ou similar;
Municípios em que a população rural, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, não possua acesso adequado (quantitativa ou qualitativamente) às fontes hídricas para consumo
humano ou dessedentação animal.
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Objetivo: Formular a Política Nacional de Infraestrutura Hídrica e elaborar seus principais instrumentos, de
forma a organizar o setor e a atuação do Estado.
Metas do objetivo selecionado:
o Diagnosticar a situação de operação e segurança física de infraestruturas hídricas;
o Elaborar marcos legal e institucional para a Política Nacional de Infraestrutura Hídrica;
o Elaborar o Plano Nacional de Segurança Hídrica
o Implementar a gestão do Projeto de Integração do São Francisco
Responsável Pelo Programa: Ministério da Integração Nacional/ Secretaria de Infraestrutura Hídrica.
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Responsável pelo Programa: Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde Unidade (FUNASA) / Departamento
de Engenharia de Saúde Pública (DENSP).
Municípios Elegíveis: Municípios com população abaixo de 50.000 Habitantes, exceto de Regiões Metropolitanas
ou Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômico (Ride).
Ações do Programa:
Ação 10GD: Implantação ou ampliação de sistemas de abastecimentos de água em municípios com população
de até 50.000 habitantes, contemplando elaboração de projetos e execução de obras que visem garantir o
abastecimento da população com água potável, compreendendo captações, adutoras, reservatórios, estações
elevatórias, estações de tratamento, redes de distribuição e ligações domiciliares, entre outras intervenções
correlatas.Os objetos mais solicitados nesta ação do programa são: Poços, Redes de Distribuição, ETA,
Reservatório, Elevatória, etc.
Ação 10GE: Implantação ou ampliação de sistemas de esgotamento sanitário em municípios com população de
até 50.000 habitantes, contemplando elaboração de projetos e execução de obras necessárias à coleta, tratamento
e disposições adequadas dos efluentes, compreendendo rede coletoras, interceptoras, estações elevatórias,
estações de tratamento, emissários entre outras intervenções correlatas. Os objetos mais solicitados nesta ação do
programa são: ETE, rede coletora, elevatória de esgoto, construção de lagoas de estabilização, etc.
Ação: Apoio à Gestão dos Sistemas de Saneamento Básico (Áreas Rurais e municípios com população abaixo
de 50.000 habitantes) e ao Desenvolvimento Científico -Tecnológico.
Ação: Apoiar, técnica e financeiramente, o fortalecimento da gestão dos sistemas de saneamento e promover o
desenvolvimento científico e tecnológico por meio de pesquisas aplicáveis ao contexto do saneamento dos
pequenos municípios brasileiros (Áreas Rurais e municípios com população abaixo de 50.000 habitantes). Os
objetos mais solicitados nesta ação do programa são: Elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico
(PMSB), estudos e pesquisas.
Ação: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de condições sanitárias adequadas visando à prevenção
e controle de doenças e agravos. Os objetos mais solicitados nesta ação do programa: Módulos sanitários, fossas
(sépticas, absorventes, etc.), Cisternas, etc.
Ação 10GG: Apoiar, técnica e financeiramente, os estados e municípios na implantação, ampliação ou melhoria
dos sistemas de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos para prevenção e controle de agravos nas
áreas mais carentes do país e com população inferior a 50.000 habitantes, preferencialmente, nos municípios
acometidos de incidência da dengue. Os objetos mais solicitados nesta ação do programa são: aterro sanitário,
usina de triagem e compostagem, aquisição de veículos e equipamentos, encerramento de lixões, etc.
Ação: Propiciar resolutibilidade em áreas rurais, tradicionais e especiais (assentamentos da reforma agrária,
remanescentes de quilombos, reservas extrativistas, ribeirinhos, dentre outras) para problemas de saneamento,
prioritariamente o abastecimento público de água, o esgotamento sanitário e as melhorias sanitárias domiciliares
e/ou coletivas de pequeno porte, bem como a implantação de oficina municipal de saneamento, visando à
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prevenção e ao controle de doenças e agravos. Os objetos mais solicitados nesta ação do programa:
Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e MSD (domiciliar e/ou coletivo).
Ação: Implantar e melhorar os serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas visando à prevenção
e controle de doenças e agravos, em aglomerados urbanos, em municípios localizados em área endêmica, com
transmissão urbana. Os objetos mais solicitados nesta ação do programa: Galerias de águas pluviais, retificação de
canais, igarapés.
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fluoretação da água. Os objetos mais solicitados nesta ação do programa são: Unidade Móvel para Controle da
Qualidade da Água (UMCQA).
Ação: Fortalecimento da Saúde Ambiental para redução dos riscos à Saúde Humana em municípios com menos
de 50.000 habitantes. Através da estruturação e ampliação das ações de Saúde Ambiental. Os objetos mais
solicitados nesta ação do programa são: Redução dos riscos à Saúde Humana.
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Objetivo/Finalidade: Promover a modernização e a organização dos sistemas públicos de manejo de resíduos
sólidos, com vistas a elevar a capacidade técnica, administrativa e gerencial do prestador de serviços e a qualidade
dos serviços prestados à população. Possíveis produtos: Implementação de aterros sanitários, galpão de
reciclagem, apoio a consórcios; capacitação na gestão de resíduos sólidos; estudos para implementação de
consórcios públicos nos estados.
População localizada em áreas de maior concentração de pobreza do País e/ou de fragilidade físico-ambiental; em
municípios de pequeno e médio porte, nas periferias de grandes centros e de regiões metropolitanas.
Ações contempladas:
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Elaboração de Planos Estaduais e Regionais de Resíduos Sólidos);
Destinação Final de Resíduos Sólidos (Projetos e Obras);
Tratamento de Resíduos Sólidos (Implantação de Galpão de Triagem; fomento à cooperativa de catadores);
Gestão Ambiental Urbana (Vulnerabilidades; Despoluição de mananciais urbanos);
Capacitação de gestores estaduais e municipais.
Instituições/Entidades elegíveis: Estados, municípios e o Distrito Federal.
Agente Financeiro: Repasse direto (Orçamento Geral da União) ou recursos provenientes de agências multilaterais
de crédito, FGTS, CAIXA e BNDES, por meio de linhas de crédito.
Instrumento jurídico para formalização: Convênios, Contrato e Termo de Cooperação.
Condições para aderir ao Programa: Investimentos em projetos e obras:
Até 50.000 habitantes – FUNASA;
Acima de 50.000 habitantes e regiões metropolitanas – MCidades;
Entre 30.000 e 250.000 habitantes – FNMA/MMA.
Financiamento para cooperativas de catadores e implantação de sistema de limpeza pública: Qualquer extrato
populacional – MCidades e BNDES.
Ações de desenvolvimento institucional (capacitação, gestão etc.): Para qualquer extrato populacional – Ministério
do Meio Ambiente/SRHU.
Apoio para organização e desenvolvimento de cooperativas atuantes com resíduos sólidos: Para qualquer extrato
populacional – Ministério do Trabalho e Emprego
Contrapartida: Mesmos critérios descritos na Lei de Diretrizes Orçamentárias – 2009.
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Instituições/Entidades elegíveis: Instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos.
Agente Financeiro: Não há.
Instrumento jurídico para formalização: Contrato, Convênio ou Termo de Cooperação.
Condições para aderir ao Programa: Aprovação técnica do projeto proposto e inexistência de qualquer
impedimento jurídico.
Contrapartida: Aporte de recursos financeiros exigidos das entidades públicas e recursos financeiros ou não-
financeiros das entidades privadas sem fins lucrativos.
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para servidores de quaisquer esferas. A ação de fortalecimento dos controles internos está disponível para estados
e municípios.
Contrapartida: O prefeito municipal firma compromisso na declaração, se comprometendo a apoiar as ações do
Programa e a fornecer informações necessárias às decisões de caráter operacional e logístico.
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F. PROGRAMAS NO ÂMBITO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Os programas selecionados no âmbito do Estado de São Paulo, são descritos a seguir.
F1. Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas.
O Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo (PEMH), é fruto de uma parceria entre o
Governo do Estado de São Paulo e o BIRD, com o objetivo principal de promover o desenvolvimento rural
sustentável para os pequenos agricultores.
O programa teve duas fases, sendo que a primeira ocorreu efetivamente no período 2000/2008 e a segunda se
iniciou em 2010 e se estenderá até o ano de 2015.
Na primeira fase, o foco do PEMH foi o de reverter o grau de degradação ambiental que se encontrava muitas
propriedades rurais do Estado de São Paulo, focando em práticas conservacionistas, recuperação de matas ciliares
e combate à erosão no campo, além de apoio a mais de 400 associações de produtores formadas no período.
Foram desenvolvidas diversas ações entre as quais se pode destacar: incentivo às práticas agrícolas que minimizam
a ocorrência de erosão, como o terraceamento do solo e plantio direto, fornecimento de mudas para o plantio de
mata ciliar; cercas para o isolamento da área; fornecimento de equipamentos agrícolas que ajudam nas boas
práticas agrícolas, tais como: semeadora de plantio direto, roçadeira, triturador de palha; distribuição de Kits de
informática para associações de produtores; etc.
Na segunda fase, programa foi denominado Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável ou Microbacias II –
Acesso ao Mercado. Nesta segunda fase, o foco é o apoio às iniciativas de negócio para facilitar o acesso do
agricultor ao mercado. Nesta fase, o programa está estruturado em 3 componentes e 5 subcomponentes, como
segue:
1 - Apoio às Iniciativas de Negócios dos Agricultores Familiares
1.1 - Investimento para Iniciativas de Negócios dos Agricultores Familiares
1.2 - Fortalecimento das Organizações de Produtores Rurais
2 - Fortalecimento das Instituições Públicas e Infraestrutura Municipal
2.1 - Políticas Públicas, Monitoramento de Mercado e Extensão Rural
2.2 - Fortalecimento da Infraestrutura Municipal
2.3 - Sustentabilidade Ambiental
3 – Gestão do Projeto
A responsabilidade pela gestão do programa está dividida entre duas secretarias, a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral – CATI e a Secretaria do Meio
Ambiente, através da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBR.
O objetivo de desenvolvimento do PDRS - Microbacias II – Acesso ao Mercado é aumentar a competitividade da
agricultura familiar no Estado de São Paulo, melhorando simultaneamente a sua sustentabilidade ambiental. O
Projeto tem como meta beneficiar diretamente 22.000 famílias de agricultores familiares integrantes de 300
organizações de produtores rurais e grupos tradicionais de indígenas e quilombolas.
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O projeto, com duração de cinco anos, tem seu encerramento previsto para 30 de setembro de 2015, e orçamento
total de US$ 130 milhões, sendo US$ 78 milhões provenientes do acordo de empréstimo 7.908-BR, com o Banco
Mundial e US$ 52 milhões de contrapartida do Governo do Estado. Deste orçamento, US$ 45 milhões estão
destinados a subvenções econômicas. A previsão é apoiar aproximadamente 300 iniciativas de negócio até o prazo
final.
Maiores informações sobre o Programa Microbacias II podem ser encontradas no Manual Operacional do programa
e respectivos anexos, disponíveis no site da CATI.
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O Governo do Estado disponibiliza os recursos financeiros para a construção das estações de tratamento de
esgotos e a implantação de emissários e estações elevatórias, contrata a execução das obras ou presta, através das
várias unidades do DAEE, a orientação e o acompanhamento técnico necessários.
Fonte de recursos: Tesouro do Estado por repasse da Secretaria da Saúde para a Secretaria de Saneamento e
Recursos Hídricos
Concepção de Tratamento de Esgoto Proposta pelo Programa: O sistema de tratamento adotado pelo Programa
Água Limpa é composto por três lagoas de estabilização: anaeróbia, facultativa e maturação. Constituem três fases,
em que o esgoto urbano é depurado pela ação de bactérias e algas, obtendo uma redução de até 95% de sua carga
poluidora, medida em DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). Na primeira fase, na lagoa anaeróbia, o esgoto bruto
(99% de água e 1% de resíduos sólidos) é composto por bactérias anaeróbias (que não necessitam de oxigênio
para viver). Em apenas cinco dias, as bactérias reduzem em 50% a carga poluidora. Esta etapa gera gás metano,
que exala mau cheiro, e cria uma crosta na superfície que ajuda a manter as condições anaeróbias no meio líquido.
Na segunda fase, na lagoa facultativa, ocorre o tratamento biológico, em que a decomposição da matéria orgânica é
realizada por bactérias anaeróbias no fundo da lagoa, bactérias aeróbias (que necessitam oxigênio) na superfície, e
bactérias chamadas facultativas, que se adaptam a ambas as condições. Em cerca de 20 dias, as bactérias
removem mais de 85% da carga poluidora (DBO).
A remoção dos coliformes fecais e outros agentes que provocam doenças são eliminados na terceira lagoa (de
maturação), onde o esgoto já praticamente tratado passa por um processo de purificação. As bactérias são
eliminadas pela ação de algas. A água tratada é então lançada nos córregos e ribeirões, com padrão adequado para
sustentabilidade da flora e da fauna aquáticas.
OBS. Outras modalidades de tratamento são aceitáveis, desde que justificáveis.
25
Componente 1 – Incremento da disponibilidade de água:
o Sub-componente 1.1 – Controle e redução de perdas de água em sistemas de abastecimento. As
ações deste componente serão voltadas à execução de investimentos, aquisições de equipamentos e
capacitação associada à utilização dessas novas tecnologias, devendo ser concentradas para obtenção
de resultados significativos e perenes na redução de perdas.
o Sub-componente 1.2 – Redução do consumo mediante uso racional da água. As ações deverão ser,
basicamente, de: (i) redução de consumo em edifícios e logradouros públicos; (ii) implantação de
materiais e equipamentos sanitários de consumo reduzido em conjuntos habitacionais de baixa renda.
o Sub-componente 1.3 – Reúso de efluentes tratados. Será composto por intervenções que permitirão a
ampliação da produção e da utilização de água de reúso de efluentes de estações de tratamento de
esgotos para usos industrial e agrícola.
Componente 2 – Melhoria da qualidade da água:
Estão previstas intervenções de implantação ou otimização de sistemas de esgotamento sanitário com o objetivo
precípuo de obter a recuperação da qualidade dos cursos d’água mediante redução de cargas poluidoras afluentes.
Componente 3 – Desenvolvimento institucional:
o Sub-componente 3.1. – Capacitação para operação e manutenção de sistemas de água e esgoto.
Todas atividades de capacitação e desenvolvimento profissional para operação e manutenção de
sistemas de água e esgotos, deverão estar associadas a projetos apresentados e aprovados para
financiamento nos Componentes 1 e 2.
o Sub-componente 3.2. – Sistema de informações em saneamento no Estado de São Paulo. Para
subsidiar e fortalecer as funções de Estado na definição de políticas e planejamento geral do
saneamento em São Paulo, deverá ser contratado pela Secretaria de Saneamento e Energia um
“Sistema de Informações em Saneamento”, capaz também de oferecer elementos para ações
regulatórias.
Componente 4 – Gerenciamento do Programa:
O Programa atuará nas bacias ou sub-bacias de Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs –
com maior escassez hídrica, e, nestas áreas, privilegiará municípios ou parcelas de municípios com população
socialmente mais vulnerável. As UGRHI’s classificadas como as mais críticas, utilizando a relação entre
disponibilidade e demanda de recursos hídricos no Estado de São Paulo superior a 80%, foram
Piracicaba/Capivari/Jundiaí; Alto Tietê; Sapucaí/Grande; Mogi-Guaçu; e Tietê/Sorocaba.
Responsabilidades: A gestão do Acordo está a cargo da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, por
intermédio da Unidade de Gerenciamento de Programas – UGP.
A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará condicionada a processo de
seleção pública coordenado pela Secretaria de Saneamento e Energia – SSE.
26
Fonte de recursos: Os recursos para o programa são provenientes do Acordo de Empréstimo entre o BIRD e o
Governo do Estado de São Paulo, perfazendo um total de US$ 107,5 milhões, sendo US$ 64,5 milhões financiados
pelo Banco Mundial/BIRD e US$ 43 milhões de contrapartida do Tesouro do Estado, assinado em 27/09/2010 e
com prazo até 30/11/2015.
Os desembolsos para as empresas são efetuados mediante verificação de resultados de suas ações.
27
Dotar os pontos de sangra da estrada (deságue) de estruturas que evitem a ocorrência de processos
erosivos nas propriedades lindeiras, como terraços ou bacias de captação, favorecendo a infiltração das
águas pluviais e a recarga do lençol freático;
Melhorar as condições de suporte e rolamento das pistas das estradas rurais com a execução de
revestimento primário.
Salienta-se que o programa visa exclusivamente melhorias nas estradas rurais de terra, não admitindo o uso de
revestimento asfáltico.
Benefícios
Com a implantação do programa objetiva-se alcançar
Estradas rurais de terra com boas condições operacionais e de conforto, segurança e trafegabilidade aos
usuários;
Preservação dos recursos naturais – especialmente a água e o solo – reduzindo os efeitos dos processos
erosivos e o assoreamento dos cursos d’água;
Redução dos custos dos transportes dos insumos e da produção agrícola;
Redução do custo de conservação e prolongamento da vida útil da estrada;
Promoção da melhoria da qualidade de vida da população da região beneficiada;
Transferência de tecnologias de conservação de estradas rurais de terra às administrações municipais por
meio de treinamentos.
Fonte de Recursos: Os recursos para o programa vêm do orçamento do estado e os valores para cada
cidade/município são definidos segundo avaliação do governo estadual.
É feito um levantamento prévio, baseado em critérios técnicos e de acordo com a situação dos trechos mais
críticos.
Os recursos ficam alocados na S.A.A. - Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que contrata a CODASP para
executar o programa, só liberando o repasse após a entrega técnica da obra.
A prefeitura também contribui com uma contrapartida que gira em torno de 10% do valor total da obra, mas cada
caso varia de acordo com as condições do ambiente/local da obra. Grande parte deste valor é aplicado em forma de
serviços da própria prefeitura, com alojamento e alimentação para os trabalhadores da obra.
Responsabilidades: Os entes envolvidos no programa são a Secretaria de Agricultura, através da CODASP-
Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo e o município.
O município, através da Prefeitura ou Câmara Municipal, deve fazer um ofício direcionado à Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado de São Paulo ou à CODASP (que direciona para a Secretaria de Agricultura), solicitando
o convênio, a inclusão do município no Programa Melhor Caminho. A Secretaria encaminha o pedido à Casa Civil.
Se houver aprovação, a Secretaria de Agricultura entra em contato com o município para iniciar o processo.
É o Governo é quem libera o recurso para a recuperação e conservação de estradas rurais, através do recurso para
a recuperação e conservação de estradas rurais, através do Programa Melhor Caminho
28
A responsabilidade da CODASP é somente a execução da obra, sob a orientação da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado.
Até o momento, dos 645 municípios do Estado, 623 já foram atendidos pelo programa, somando mais de 2.215
obras com investimento de R$ 678 milhões.
F7. Programa: Recuperação e conservação dos recursos hídricos das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí.
Objetivo: Execução de projetos de recuperação e conservação da qualidade e quantidade dos recursos hídricos.
Agente Financeiro: Caixa Econômica Federal.
Fonte de Recursos. Os recursos para sua implantação são provenientes da arrecadação da cobrança pelo uso dos
recursos hídricos nos rios de domínio da União da bacia.
Destinação
Municípios e entidades da sociedade civil situados na área de abrangência das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari
e Jundiaí.
Modalidades:
a) Base de Dados, Cadastros, Estudos e Levantamentos
Planos diretores municipais de gerenciamento de recursos hídricos;
Elaboração, revisão ou atualização dos Planos Diretores de Saneamento Básico, conforme Lei Federal nº
11.445/2007.
b) Recuperação da Qualidade dos Corpos d’Água
Tratamento dos efluentes urbanos, efluentes das ETA’s e disposição final dos lodos das ETE’s;
Projetos e obras de prevenção e contenção da erosão em áreas urbanas e rurais, em parceria com
municípios;
Tratamento de efluentes dos sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos e das fontes
difusas de poluição;
Sistema de Saneamento, em caráter supletivo, nos municípios inseridos em unidades de conservação ou
em áreas protegidas por legislações específicas de proteção de mananciais.
c) Promoção de Uso Racional dos Recursos Hídricos
Racionalização do uso da água no sistema de abastecimento urbano, compreendendo estudos, planos,
projetos, obras e serviços de combate às perdas hídricas (físicas e reais) nas redes de abastecimento,
incluindo sistemas de monitoramento e automação.
Observação: As modalidades a serem financiadas podem mudar de acordo com as deliberações dos Comitês PCJ,
que definem anualmente o cronograma e as regras para seleção de empreendimentos de demanda espontânea que
visam à indicação para obtenção de financiamento.
29
Solicitação de recursos: Podem pleitear recursos financeiros do Programa de Recuperação e Conservação dos
Recursos Hídricos das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí os municípios e entidades da sociedade civil
localizados na área de abrangência das citadas bacias hidrográficas. A Fundação Agência das Bacias dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Agência PCJ) é a entidade delegatória de funções da Agência de Água, responsável
por fazer a seleção das operações a serem atendidas no âmbito deste programa.
Contrapartida mínima: Os percentuais mínimos de contrapartida a serem adotados para cada operação são
aqueles definidos pelos Comitês PCJ, conforme deliberação pertinente.
Prestação de contas: Quando do atingimento do objeto do contrato de transferência ao término das respectivas
obras/serviços, o Tomador fica obrigado a apresentar à CEF (Caixa Econômica Federal) a Prestação de Contas dos
recursos recebidos, para fazer prova de sua correta e regular aplicação, no prazo de 30 dias após o vencimento da
vigência.
Repasse dos recursos: Os recursos, provenientes da União para a execução dos contratos de repasse, são
liberados, sob bloqueio, na conta corrente vinculada ao contrato, conforme a disponibilidade financeira do gestor do
programa e desde que o contratado atenda às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O saque dos recursos é efetuado após a autorização de início da execução do objeto, com o ateste, pela área
técnica da Caixa, da execução física da etapa solicitada e/ou aquisição prevista, conforme cronograma físico-
financeiro aprovado, além da comprovação do depósito da contrapartida financeira correspondente, se for o caso. É
necessária, ainda, a identificação, pelo contratado, antes da realização de cada pagamento, do beneficiário final dos
recursos e a obrigatoriedade de depósito em sua conta bancária.
F8. Programa Linha Economia Verde Municípios.
A Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista é uma instituição financeira do Governo do Estado de São
Paulo que promove, desde 2009, o desenvolvimento sustentável do Estado por meio de operações de crédito
consciente e de longo prazo para as pequenas e médias empresas paulistas.
O objetivo é a melhoria da qualidade de vida da população, contribuindo com a geração de emprego e renda em
todas as regiões do Estado, promovendo o desenvolvimento local.
A Desenvolve SP foi instituída pela Lei Estadual 10.853/01 e regulamentada pelo Decreto 52.142/07, vinculada à
Secretaria da Fazenda, foi concebida como instrumento institucional de apoio às políticas de desenvolvimento
econômico para o Estado de São Paulo.
A Desenvolve SP possui um programa de financiamento denominado “Linha Economia Verde Municípios”. Esse
programa possui o objetivo de financiar investimentos municipais destinados a projetos sustentáveis que
proporcionem redução na emissão de CO2 e reduzam o impacto ambiental nas atividades da administração pública.
Esse financiamento é direcionado às administrações municipais diretas, as autarquias e fundações instituídas ou
mantidas, direta ou indiretamente, pelos municípios.
Projetos Financiáveis
Construções sustentáveis;
30
Transporte (diminuição de CO2);
Saneamento e resíduos;
Recuperação florestal; e
Planejamento municipal.
Garantias: cotas do ICMS e/ou do FPM.
Solicitação de Financiamento: Para solicitar esse financiamento, o município deve apresentar Carta Consulta
devidamente preenchida para análise da Desenvolve SP. No caso de aprovação, serão iniciados os procedimentos
para a apresentação de toda a documentação necessária para análise da Secretaria do Tesouro Nacional.
31
Programas e ações financiáveis: O FEHIDRO tem por objetivo financiar programas e ações na área de recursos
hídricos, de modo a promover a melhoria e a proteção dos corpos d’água e de suas bacias hidrográficas.
Esses programas e ações devem vincular-se diretamente às metas estabelecidas pelo Plano de Bacia Hidrográfica
e estar em consonância com o Plano Estadual de Recursos Hídricos.
O Plano Estadual de Recursos Hídricos, instrumento da Política Estadual, define uma série de Programas de
Duração Continuada (PDC’s) que englobam os principais temas a serem abordados e financiados para a gestão,
recuperação e proteção das bacias hidrográficas do Estado de São Paulo.
A partir desses PDC’s podem ser definidas as linhas temáticas que direcionarão as ações financiadas com
recursos do FEHIDRO para alcançar os resultados esperados pelos Comitês de Bacia Hidrográfica e pelo Sistema
Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos, sempre tendo em vista as prioridades regionais e as de âmbito
estadual.
- Linhas Temáticas e Respectivas Áreas de Atuação:
Planejamento e Gerenciamento de Recursos hídricos;
Planejamento e gerenciamento de bacias Hidrográficas;
Monitoramento dos recursos hídricos;
Informações para a gestão dos recursos hídricos;
Educação ambiental para a gestão sustentável dos recursos hídricos;
Habilitação técnica para gestão em recursos hídricos;
Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos;
Aproveitamento Múltiplo dos Recursos Hídricos;
Utilização, Conservação, Recuperação e Proteção dos Recursos Hídricos;
Prevenção Contra Eventos Extremos;
Prevenção e Defesa contra Processos Erosivos;
Prevenção e Defesa contra Eventos Hidrológicos Extremos.
32
Beneficiários
o Pessoas jurídicas de direito público, da administração direta ou indireta do Estado e dos municípios;
o Concessionárias de serviços públicos nos campos de saneamento, meio ambiente e de aproveitamento
múltiplo de recursos Hídricos;
o Pessoas jurídicas de direito privado, usuárias de recursos Hídricos;
o Consórcios intermunicipais regulamente constituídos;
o Associações de usuários de recursos hídricos;
o Universidades, instituições de ensino superior e entidades especializadas em pesquisa, desenvolvimento
tecnológico públicos e capacitação de recursos humanos, no campo dos recursos hídricos, com
verificação do cumprimento desses requisitos pela análise dos respectivos Estatutos pela Secretaria
Executiva do COFEHIDRO.
33
Encargos:
Juros:
2,5% a.a. (dois e meio por cento ao ano) para pessoas jurídicas de direito público, da administração
direta ou indireta do Estado e dos Municípios, consórcios intermunicipais regularmente constituídos;
6,0% a.a. (seis por cento ao ano) para concessionários de serviços públicos, nos campos de
saneamento, meio ambiente e aproveitamento múltiplo de recursos hídricos; pessoas jurídicas de direito
privado usuárias de recursos hídricos.
Impostos: Conforme a legislação vigente.
Correção Monetária: TJLP - Taxa de juros de Longo Prazo.
Comissão de Estudos: Financiamentos até 500.000 (quinhentos mil) UFESP: 0,2 (dois décimos por cento) para
cada agente; Acima deste limite: 1.000 (hum mil) UFESP para cada agente.
Prazos:
Período de Carência: Até 36 (trinta e seis) meses a contar da data da primeira liberação de recursos, ou
até 6 (seis) meses após a implantação do projeto, serviço ou obra (o primeiro que ocorrer).
Prazo Total: Até 240 (duzentos e quarenta) meses para tratamento de esgotos urbanos e até 120 (cento e
vinte) meses para projetos, serviços e obras enquadrados nos demais programas, incluindo-se a
carência, condicionando-se tal prazo ao período de retorno da obra.
Periodicidade dos pagamentos - Carência: Os juros serão pagos trimestralmente juntamente com até 6%
a.a. (seis por cento ao ano) da TJLP, sendo o excedente capitalizado.
Amortização: O principal, os juros e a correção monetária serão pagos em parcelas trimestrais iguais e
sucessivas, coincidindo a primeira com o fim da carência.
Garantias:
Alternativa ou cumulativamente, a critério do agente financeiro, poderão ser constituídas de:
Garantias reais;
Alienação fiduciária
Aval;
Fiança;
Vinculação de recursos, como reserva irrevogável de forma de pagamento, provenientes de cobrança de
impostos, taxas, sobretaxas, vendas ou contribuições de qualquer espécie;
Outras garantias, a título excepcional, respeitando-se a legislação vigente.
Na constituição de garantias reais, seu valor corresponderá no mínimo a 100% (cem por cento) da
obrigação do tomador com o agente financeiro.
Agentes técnicos:
Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE;
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB.
34
Procedimentos para dar entrada ao pedido de financiamento, os interessados na obtenção de recursos do
FEHIDRO, deverão procurar o Comitê de Bacia Hidrográfica - CBH em que estão situados. Os recursos são
distribuídos aos interessados pelos CBH’s.
35
Ainda, com o Decreto nº 61.137, outro propósito fundamental incorporado foi a conservação dos recursos hídricos
em áreas rurais e urbanas, voltada a assegurar o uso múltiplo das águas, priorizando-se o abastecimento público.
Em junho de 2015, com a publicação do Decreto nº 61.296/15, o “Programa de Incentivos à Recuperação de Matas
Ciliares e à Recomposição de Vegetação nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água – Programa Mata Ciliar”
passou a denominar-se “Programa de Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição de Vegetação
nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água – Programa Nascentes“.
A meta inicial do programa é recuperar 4.464 hectares de matas ciliares, utilizando 6,3 milhões de mudas de
espécies nativas. Inicialmente, o programa está sendo desenvolvido nas bacias hidrográficas Alto Tietê, Paraíba do
Sul e Piracicaba-Capivari-Jundiaí, regiões que concentram mais de 30 milhões de habitantes. O objetivo final do
programa é promover a restauração de cerca de 20 mil hectares de matas ciliares e proteger 6 mil quilômetros de
cursos d’água.
36
Tabela 1 - Planos e Programas – PCJ 2010-2020.
7 Reservas da Biosfera.
Plano Diretor para Recomposição Florestal Visando a Produção de Água nas Bacias Hidrográficas dos Rios
12
Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
37
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Presidência da República Catálogo de Programas do Governo Federal destinados aos Municípios. Brasília:
MP, 2008. 244 p. CDU 338.2 Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/seges/brasil_municipios/CPGF_01dez08.pdf Acesso
em Janeiro de 2015.
Frayha, G. Z. Acesso aos Programas de Saneamento do MCidades. Chefia de Gabinete – SNSA/MCidades. Brasília,
29 de Janeiro de 2013.
CODASP. Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo. Melhor Caminho – Etapas do Processo.
Disponível em: http://www.codasp.sp.gov.br/site/attachments/article/209/Folder%20Melhor%20Caminho.pdf
Acesso em Janeiro de 2015.
Carvalho, C. S. & Galvão, T. Gestão De Riscos E Resposta A Desastres Naturais: A Atuação Do Ministério Das
Cidades VI Congresso de Gestão Pública Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de
abril de 2013.
Fundação Estadual do Meio Ambiente. Guia para captação de recursos para investimento em esgotamento sanitário.
--- Belo Horizonte: FEAM, 2013. 66 p. ; il.
Brasil. Ministério da Integração Nacional, Secretaria de Desenvolvimento Regional. Manual Operacional dos
Objetos Padronizados do Programa. Brasília, abril de 2013.
Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II. Acesso ao Mercado. Acordo de Empréstimo7908-
BR. Manual Operacional. Janeiro/2013. Revisado em março/2014
Relatório Anual de Mapeamento de Fonte de Recursos Disponíveis. CEIVAP – Comitê de Integração da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. 2013. Disponível em:
http://www.ceivap.org.br/conteudo/Relatorio-anual-mapeamento-fontes-recursos-disponiveis-2013.pdf Acesso em
Janeiro de 2015.
38
ANEXO II
CRITÉRIOS DE APURAÇÃO DE CUSTOS
DOS INVESTIMENTOS DO PMSB E DO
PMGIRS
SUMÁRIO
1
1. CRITÉRIOS DE APURAÇÃO DE CUSTOS DE INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
A apuração dos custos dos investimentos no sistema de abastecimento de água foi realizado considerando-se os
principais componentes do sistema, conforme descrito a seguir, para cada um dos quais foram adotadas critérios de
apuração de custos. A referência principal dos custos unitários foi o relatório denominado “Estudos de Custos de
Empreendimentos”, elaborado pela SABESP, com data base de janeiro de 2014.
Manancial Superficial.
No caso de mananciais superficiais no item captação estão incluídos a represa, as estações elevatórias e adutoras
de água bruta. O tratamento de água é feito em uma estação de tratamento de água (ETA). Os critérios de apuração
de custo são:
o Represas: A apuração de custos será feita com base em informações disponíveis em projetos e
orçamentos de obras existentes;
o Estações Elevatórias de Água Bruta (EEAB): Nos casos de indisponibilidade de informações específicas,
será adotado o custo unitário médio de R$ 3.200,00 por litro por segundo de capacidade nominal da
EEAB;
o Adutoras de Água Bruta: Os custos das adutoras de água bruta são estimados com base em uma obra
virtual de adutora de Fo Fo-K9, executada em terreno sem pavimento, com escoramento distribuído
segundo o seguinte percentual: pontaleteamento: 22%; descontínuo: 30%; contínuo: 25%; especial: 20%;
metálico: 3%. Os custos unitários são apresentados na Tabela 1:
2
Tabela 1 – Custos Unitários de Adutora de Água Bruta.
o Estação de Tratamento de Água (ETA): Nos casos de indisponibilidades de informações específicas, será
adotado o custo unitário médio de R$ 40.000,00 a R$ 50.000,00, por litro por segundo de capacidade
nominal de uma ETA do tipo convencional. Estações Elevatórias de Água Bruta (EEAB): Nos casos de
indisponibilidade de informações específicas, será adotado o custo unitário médio de R$ 3.200,00 por
litro por segundo de capacidade nominal da EEAB. Para apropriação do custo de ampliação, será adotado
80% do valor correspondente ao custo de implantação.
Manancial Subterrâneo.
Para os mananciais subterrâneos, nos casos de indisponibilidades de informações específicas será adotado o custo
unitário médio de poço tubular profundo igual a R$ 1.100,00 por metro de perfuração em rocha sedimentar, acrescido
de R$ 2.000,00 por m³/h de água produzida, incluso no custo final o tratamento da água por simples desinfecção.
3
b) Sistema de Adução de Água Tratada
c) Sistema de Reservação
O custo de ampliação do sistema de reservação será feito com base nos custos totais e/ou unitários apresentados na
Tabela 3.
4
Tabela 3 – Custos de Reservação.
Capacidade Custo de Implantação Custo Unitário Custo Unitário Médio
(m³) (R$) (R$/m³) (R$/m³)
100 104.289,00 1.042,89 1.042,89
500 279.108,35 558,22 800,55
1.000 453.048,93 453,05 684,72
2.000 752.115,04 376,06 607,55
5.000 (*) 2.339.076,22 467,82 579,61
10.000 (*) 4.316.799,05 431,68 554,95
(*) Reservatórios em concreto protendido.
Fonte: Estudo de Custos de Investimentos – SABESP (Janeiro/2014).
d) Rede de Água
Os custos unitários de redes de água foram previstos com base em uma obra virtual, com as seguintes características:
Tipo de piso: pavimento asfáltico.
Tipo de escoramento: sem escoramento: 20%; ponteleteamento: 30%; descontínuo: 40%; contínuo:
10%
Material e diâmetro da tubulação: PVC para DN 50 a 150mm; FoFo-K9 para DN 200 a 400mm.
A distribuição percentual dos diâmetros da rede virtual foi segmentada em função da faixa de população do município,
conforme apresentado a seguir na Tabela 4.
5
Tabela 4 – Custos de Rede de Água.
6
e) Ligações de Água
Os custos de novas ligações de água serão apurados com base no custo unitário médio de uma situação hipotética,
onde foram considerados o local da ligação e tipo de piso, conforme apresentado na Tabela 5, a seguir.
7
2. CRITÉRIO DE APURAÇÃO DOS CUSTOS DE INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A apuração dos custos dos investimentos no sistema de esgotamento sanitário foi realizado considerando-se
componentes do sistema, conforme descrito a seguir, para cada um dos quais foram adotadas critérios de apuração
de quantitativos e custos. A referência principal dos custos unitários foi o relatório denominado “Estudo de Custos de
Empreendimentos”, elaborado pela SABESP, com data base de janeiro de 2014.
Os critérios de apuração serão utilizados quando não houver informações específicas sobre o sistema.
8
Em função da capacidade da estação de tratamento de esgoto os custos médios estão entre R$ 76.000,00 a R$
86.000,00 por litro por segundo de capacidade nominal da ETE.
Interceptores.
Na inexistência de informações específicas sobre a previsão de implantação de novos interceptores será considerada
uma extensão correspondente a 10% da extensão das novas redes de esgoto a serem implantadas.
Os custos unitários dos interceptores, serão previstos com base em uma obra virtual, correspondente ao
assentamento do interceptor em um terreno sem pavimento, com escoramento segmento da seguinte forma:
DN<1000mm: pontaleteamento: 0%; descontínuo: 20%; contínuo 15%; especial: 25%; especial: 25%;
metálico: 40%;
DN≥1000mm: pontaleteamento: 0%; descontínuo: 0%; contínuo 20%; especial: 25%; especial: 20%;
metálico: 60%.
Os custos unitários correspondentes às hipóteses acima, são apresentados na Tabela 7. Para apuração de custos
para diâmetros intermediários aos apresentados na referida tabela serão feitas interpolações.
INTERCEPTOR
9
Estações Elevatórias de Esgoto de Rede
Na falta de informações específicas, será adotado ao seguinte critério para apuração dos custos de novas EEE’s de
rede:
- Custo Unitário (*): R$ 192.399,15 por unidade, correspondente a uma estação elevatória de esgoto, com bombas
submersíveis, com as seguintes características:
o Tipo A-1;
o Construção em aduelas sucessivas;
o Diâmetro: 2,0m;
o Profundidade: 6,2m;
o Vazão Nominal: 25l/s.
(*) Fonte: Estudo de Custos de Investimentos-SABESP (Janeiro /2014).
d) Rede de Esgoto
Os custos unitários das redes de esgoto foram previstos com base em uma obra virtual, com as seguintes
características:
Tipo de piso: pavimento asfáltico;
Tipo de escoramento: pontaleteamento: 20%; descontínuo: 50%; contínuo: 30%;
Material e diâmetro da tubulação: PVC para DN 150 a 300mm, concreto armado A3 para DN 400mm.
A distribuição percentual dos diâmetros da rede virtual foi segmentada em função da faixa de população dos
municípios, conforme apresentado na Tabela 8.
10
Tabela 8 – Custos Unitários de diâmetros da rede de esgoto.
11
3. CRITÉRIOS DE APURAÇÃO DE CUSTOS DE INVESTIMENTOS EM LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
Para avaliação dos custos de implantação e operação com as instalações de manejo de resíduos sólidos domiciliares
serão consideradas as seguintes unidades:
Aterro Sanitário;
Galpão de Triagem;
Unidade de Compostagem.
Quanto aos resíduos da construção civil serão consideradas as seguintes unidades:
Ecoponto;
Aterro de Inertes;
Como referência de custos de implantação e operação das instalações de manejo de resíduos sólidos domiciliares,
utilizou-se as informações contidas nos relatórios de “Estudos dos Custos Relacionados com a Constituição de
Consórcios Públicos de Resíduos Sólidos Urbanos” elaborados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2009), os
quais foram atualizados. Para as instalações de manejo de resíduos sólidos de construção civil (RCC) utilizou-se
complementarmente informações contidas nos relatórios” Manual para Implantação de Sistema de Gestão De
Resíduos De Construção Civil em Consórcios Públicos, MMA, 2009.
Também foram adotados como referência, custos utilizados em outros municípios para instalações similares.
Para apuração dos custos operacionais considerou-se que as instalações de manejo de resíduos sólidos terão regime
de operação de:
Horas de operação/dia: 8hs;
Dias de operação/semana: 5,5 dias;
Semanas/mês: 4,35 semanas;
Dias/mês: 23,93 dias;
Dias/ano: 287,1 dias.
12
Custo de Implantação.
Para apuração do custo de implantação do aterro sanitário, considerou-se um custo unitário de R$ 22,00 por m³ de
volume do aterro, composto pelos resíduos sólidos domiciliares dispostos no aterro e pelo volume de terra de
cobertura.
Custo de Operação.
A apuração dos custos operacionais será feita com base na Tabela 10, onde se relaciona o custo unitário de operação
do aterro sanitário em R$ por tonelada de resíduos dispostos no aterro sanitário, com a população residente do
município.
2.500 1.343,40
5.000 679,15
10.000 345,89
20.000 179,17
30.000 118,93
45.000 88,48
55.000 70,42
65.000 60,91
75.000 53,87
110.000 38,72
135.000 34,70
175.000 28,90
225.000 22,71
325.000 19,92
450.000 19,17
550.000 17,26
750.000 15,36
1.000.000 15,33
Fonte: Elaborado por B&B Engenharia Ltda., 2015.
Como o período do plano é de 20 anos, de 2016 a 2035, considera-se a média aritmética da população no período.
O custo unitário é obtido pela interpolação linear entre as duas faixas populacionais, em que o município está inserido.
Custo de Encerramento.
Os custos relativos ao período pós operação do aterro, correspondentes às ações necessárias de monitoramento,
fiscalização, etc., serão obtidos considerando uma despesa mensal de R$ 15.000,00 no primeiro ano do plano e de
R$ 6.000,00, nos demais períodos do plano.
13
b) Unidade de Compostagem
Os custos unitários referentes à implantação de unidades de compostagem são apresentados na Tabela 11.
c) Galpão de Triagem
Os custos unitários referentes à implantação de galpão de triagem são apresentados na Tabela 12.
14
a) Pontos de Entrega Voluntária- PEV
Tabela 13 - Custos Unitários de Referência para de Implantação e Operação de Pontos de Entrega Voluntária.
Implantação Operação
Instalação
De R$ Até R$ R$/mês
Tabela 14 - Custos Unitários de Referência para de Implantação e Área de Transbordo e Triagem (ATT).
Tabela 15 - Custos Unitários de Referência para de Implantação e Operação de Usina de Reciclagem de RCC.
Custo de
Custo de Operação
Instalação Implantação
(R$/ton/dia) (R$/ton)
15
d) Aterro de Inertes
Tabela 16 - Custos Unitários de Referência para de Implantação e Operação de Usina de Reciclagem de RCC.
16
Quadro 1 - Definição das instalações para manejo de RCC e RV, da responsabilidade pública, em municípios com dimensões
típicas.
Resíduos de
Resíduos Resíduos
População entrega
oriundos oriundos das Destinação Final Norma Técnica
Aproximada voluntária em Nº de instalações
da Limpeza obras do RCC Classe A Brasileira
(hab) pequenas
Coletiva públicas
quantidades
PEV’s: 8 NBR-15.112
200 mil PEV’s ATT’s Aterro RCC ATT’s: 2 NBR-15.112
Aterros: 2 NBR-15.113
PEV’s: 4 NBR-15.112
100 mil PEV’s ATT’s Aterro RCC ATT’s: 1 NBR-15.112
Aterros: 1 NBR-15.113
PEV’s: 3 NBR-15.112
75 mil PEV’s ATT’s Aterro RCC ATT’s: 1 NBR-15.112
Aterros: 1 NBR-15.113
PEV Central: 1 NBR-15.112
50 a 25 mil PEV Central Aterro RCC
PEV simplificado: 1 NBR-15.112
17
4. CRITÉRIOS DE APURAÇÃO DE CUSTOS DE INVESTIMENTOS EM DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS
ÁGUAS PLUVIAIS
Para estimativa dos custos de expansão do sistema de micromedição adotou-se o seguinte critério:
Custo unitário de implantação de sistema de microdrenagem = R$ 12.000.000,00 por km² de área
urbanizada.
1) Sistemas de Macrodrenagem
Para análise das ações necessárias para adequação do sistema de macrodrenagem foram consideradas as seguintes
medidas estruturais:
Implantação de Parques Municipais;
Implantação de Reservatórios de Amortecimento de Cheias;
Intervenções em canal (canalização ou estabilização de margens);
Intervenções em travessias.
18
Intervenções em canal (canalização ou estabilização de margens).
Canais em torno de R$ 3.000,00-5.000,00 / m linear.
Intervenções em travessias.
Considerou-se custo unitário de R$ 120.000,00 por área da secção da travessia.
As dimensões dependem de cada situação.
19
ANEXO III
À
Departamento de Água e Esgotos de Valinhos
Prezada Maria Otávia
a. PIS/COFINS /CSLL
b. IMPOSTO DE RENDA.
Antonio da Silveira
Consultor Tributário
ANEXO IV
Aos treze dias do mês de março de 2016, realizou-se no Auditório do Paço Municipal de
Valinhos, a Audiência Pública para discussão e aprovação do Plano Municipal de Saneamento
Básico e do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
A abertura foi realizada pelo Mestre de Cerimônias, apresentando os componentes da mesa: Sr.
Anderson Assis Nogueira (representante da Fundação Agência das Bacias PCJ); Sr. Eduardo
Bottura (Representante do DAEV); Srtª. Carla Correia Pazin e Sr. José Carlos Leitão
(representantes da B&B Engenharia); Sr. Fabiano Mendes Fiori (secretário de planejamento e
meio ambiente), Sr. Pedro Marcon e Srª. Paula Penteado (representantes da Prefeitura
Municipal).
A Srª. Paula Penteado, efetuou a leitura do Edital de Convocação, que segue anexo a esta Ata.
Em seguida, o mestre de cerimônias deu a palavra ao Sr. Anderson Assis Nogueira,
representante da Fundação Agência das Bacias PCJ, que cumprimentou a todos os presentes,
agradecendo a participação do Grupo de Trabalho Local e relatando o histórico de contratação
dos Planos Municipais de Saneamento Básico e Planos Municipais de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, ressaltando a importância de cumprimento das metas propostas nos planos
visto que os mesmos serão lei.
Finalizado o pronunciamento do Sr. Anderson, a palavra foi passada à Srtª. Carla Correia Pazin,
representante da empresa B&B Engenharia Ltda., que deu continuidade à Audiência,
agradecendo a presença de todos os participantes e explicando aos presentes os meios pelos
quais a Prefeitura Municipal se utilizou para disponibilizar o PMSB e o PMGIRS para consulta
pública.
A mesma esclareceu que a apresentação aborda resumidamente o conteúdo do PMSB e
PMGIRS, dando destaque às proposições e investimentos em cada um dos eixos do
saneamento básico. Foi ressaltado que as informações de diagnóstico dos sistemas e demais
detalhamentos encontram-se disponibilizados em sua íntegra nos canais digitais da Prefeitura
Municipal.
1/3
N.º Revisão: 00 Data: Aprovação:
ATA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Srtª. Carla Pazin, representante da B&B Engenharia Ltda., realizou a apresentação do PMSB e
PMGIRS.
O Sr. Dietriech, munícipe morador do Vale Verde, elogiou bastante as proposições e ações
contempladas nos PMSB e PMGIRS, enfatizando a necessidade de resolução de problemas que
ocorrem na área do Córrego Invernada. Destacou que o diagnóstico está muito bem feito e
elaborado, contemplando os reais problemas do município de Valinhos, no que diz respeito aos
eixos do saneamento básico (água, esgoto, resíduos e drenagem).
Após o Sr. Eduardo Bottura, diretor do DAEV, agradeceu a presença de todos os participantes,
parabenizando a B&B Engenharia pelo excelente trabalho desenvolvido, esclarecendo porque o
DAE não financiou antes a elaboração do PMSB, afirmando que a elaboração por uma empresa
contratada pela Fundação Agência das Bacias PCJ dá muito mais credibilidade ao trabalho
desenvolvido.
O Sr. José Carlos Leitão, representante da B&B Engenharia, enfatizou que todo o planejamento
do DAE está contemplado nos PMSB e PMGIRS, parabenizando o DAE pelo trabalho
desenvolvido.
2/3
N.º Revisão: 00 Data: Aprovação:
ATA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
O Sr. Fabiano Fiori, secretário de planejamento, se colocou no sentido de explicar que toda a
divulgação necessária foi feita, o que não justifica a falta de comparecimento dos munícipes.
Agradeceu a B&B Engenharia, parabenizando mais uma vez pelo trabalho desenvolvido.
3/3
N.º Revisão: 00 Data: Aprovação:
EDITAL DE CONVOCAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA
1
AUDIÊNCIA PÚBLICA
2
3
4
5
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DO PMSB E PMGIRS
http://www.valinhos.sp.gov.br/portal/images/gsmidia/2016/secretarias/planejamento/Relatori
oProg_P4_5_6_Valinhos_3VFinal_Completo.pdf
6
VALINHOS
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
E PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS