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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das nações

Berta Narciso Macaule

Código: 708216325

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Técnicas e Metodologias em Geografia Humana.

4ºano

Tutor:

Maputo, Maio de 2024

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Folha de feedback
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Sumário
Capitulo I:........................................................................................................................................4
1.1. Introdução.............................................................................................................................4
1.2.1. Objetivo geral........................................................................................................................5
1.3. Metodologia de pesquisa..........................................................................................................5
Capitulo II: Fundamentação teórica.............................................................................................6
2. Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das nações..........6
Integração regional.......................................................................................................................6
2.2. Integração Regional na SADC..............................................................................................6
2.3. Fases da integração regional.................................................................................................7
2.4. Potencialidades e os Desafios da Integração Regional.........................................................8
2.4.1. Integração Económica........................................................................................................9
2.5. Exemplo de blocos Económicos Regionais bem-sucedidos...............................................10
Capitulo III: Considerações finais.................................................................................................11
Referências Bibliografia................................................................................................................12

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Capitulo I:

1.1. Introdução

A integração regional é um processo multidimensional cujas expressões incluem iniciativas de


coordenação, cooperação, convergência e integração profunda e cujo alcance abrange não só as
temáticas econômicas e comerciais, mas também as políticas, sociais, culturais e ambientais.

Nos últimos anos, importantes modificações na economia mundial, tais como a globalização de
mercados, avanços tecnológicos e os novos factores de competitividade, têm introduzido o
comércio internacional a profundas transformações estruturais.

Nesse contexto, observa-se que a intensificação no fluxo de comércio tem provocado uma maior
abertura das economias nacionais e direcionando diversas nações a formação de blocos
regionais, com seus consequentes efeitos sobre os diversos sectores da economia.

O presente trabalho ira abordar o seguinte tema, potencialidades e desafios da integração


regional para o desenvolvimento das nações

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1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo geral
 Falar das potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das
nações.
12.2. Objetivos específicos
 Explicar em que consiste a integração regional;
 Mencionar as potencialidades e os desafios da integração regional;
 Indicar um exemplo de blocos econômicos regionais bem sucedidos.
1.3. Metodologia de pesquisa

Para a elaboração deste trabalho usou-se o método de pesquisa bibliográfica, onde se fez uma
recolha de dados de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em abordagem.
Que é aquela que pode ser elaborado através de material já existente como livros, artigos
científicos, entre outros meios.

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Capitulo II: Fundamentação teórica.
2. Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das nações
2.1. Integração regional
Segundo Lombaerde (2007) A Integração regional é o processo pelo qual dois ou mais estados-
nação concordam em cooperar e trabalhar em conjunto para alcançar a paz, estabilidade e
riqueza.

A integração regional é um processo pelo qual diferentes nações se unem para atingir objectivos
comuns, com o único objectivo de promover o desenvolvimento mútuo em diferentes áreas do
seu território. É importante destacar que o processo de integração regional depende do espaço
geográfico, pois esses acordos ocorrem entre países com proximidades geográficas.

Normalmente, a integração envolve um ou mais acordos escritos que descrevem detalhadamente


as áreas de cooperação, bem como alguns órgãos de coordenação que representam os países
envolvidos.

2.2. Integração Regional na SADC


Para Calich (2018) A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) lançou a
Zona de Comércio livre, mas a mesma não se faz sentir. Assim sendo, com a agenda da
integração 5 regional delineada pelo Plano Estratégico Indicativo Regional, e consubstanciada
pela entrada em vigor dos protocolos e dos outros instrumentos legais da SADC, surge à
superfície os reais desafios que os Estados Membros devem enfrentar.

A Integração Económica na SADC surge com o intuito de gerar ou aumentar o crescimento


económico na região, reduzindo desse modo as heterogeneidades das economias dos Estados
membros, cujo processo é expresso através de Protocolos. Porém a existência de níveis desiguais
de desenvolvimento económico, aliado a instabilidade política de alguns Estados tem se
traduzido como sendo um dos principais desafios para a plena efetivação do processo de
Integração Regional.

A SADCC foi oficialmente formada em 1 de Abril de 1980, seguindo a adopção do Protocolo de


Lusaka, e passou a funcionar em Lusaka. Tornaram-se membros da SADCC Angola, Botsuana,
Lesoto, Malawi, Moçambique, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. O grupo nasceu das
experiências positivas de íntima cooperação entre governos e povos da África Austral em sua

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luta contra a resistência colonial e as políticas do apartheid na região. Fortes laços de
solidariedade surgiram de um sentimento de propósito comum e acção conjunta contra o
colonialismo e o racismo.

O objectivo, agora, é desenvolver estratégias e políticas que levassem os Estados da África


Austral a emergir como um bloco económico. Hoje a SADC engloba 14 países do sul da África.
Os seus membros actuais são: África do Sul, Angola, Botsuana, República Democrática do
Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurício, Moçambique, Namíbia, Suazilândia Tanzânia,
Zâmbia e Zimbabué.

2.3. Fases da integração regional


Segundo Almeida (2011) Diversas são as fases de integração passíveis de escolha a partir do
grau pretendido de aprofundamento integracionista para formar um grupo regional é necessário
que os Estados passem por diversas etapas ou fases de integração tais fases não devem ser
entendidas como estágios em um processo que leva, eventualmente a completar a integração
política.

a) Área de livre comércio: quando as barreiras visíveis aplicadas ao comércio entre países
sócios são eliminadas. Há entre países membros liberdades de movimentos da
generalidade de produtos, mantendo, todavia, cada um deles a possibilidade de seguir
uma política comercial própria em relação ao exterior. Isto causa uma maior
competitividade na economia dos países e faz com que os preços dos produtos baixem
para o consumidor final.
b) União aduaneira é parecida a uma área de livre comércio, com diferença que alem terem
o comercio livre entre eles, decidem cobrar tributos iguais para o comércio com países
que não são sócios do grupo.
Portanto, a união aduaneira é criada para eliminar restrições aduaneiras ao intercâmbio de
mercadorias entre países partes e para estabelecer uma política tarifaria uniforme com
relação aos países não partes do bloco.
c) Neste passo a seguir o mercado comum, vai ainda mais longe. Além de tarifa extra
comum e de livre comércio entre sócios, ele permite que pessoas de um pais membro do
grupo trabalhe no outro, como se fossem nascidas ali. No mercado comum, as empresas

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podem se instalar ou investir indiscriminadamente em qualquer dos países sócios, isso
que significa livre circulação de mão-de-obra, capital e serviços.
d) União económica e monetária é o tipo mais avançado de integração pois, os países têm a
mesma moeda, proporcionada pela integração de duas políticas económicas em nível
avançado.
Com a adoção da mesma moeda, será criada uma política monetária única bem como um
banco central responsável pela regulação de todo o sistema monetário.

2.4. Potencialidades e os Desafios da Integração Regional


O banco mundial em africa defende que Os desafios para o estabelecimento de uma maior
integração regional são:

a) Diminuir as diferenças de competitividade: a competitividade de africa como um todo


fica atras de outras regiões emergentes em especial na qualidade das suas instituições,
infraestruturas, políticas macroeconómicas, educação e adoção tecnológica ao mesmo
tempo que persistem enormes diferenças entre as economias africanas mais ou menos
importantes.
b) Facilitar trocas comerciais: as exportações africanas continuam demasiadamente
concentradas nas mercadorias e a sua quota do comércio mundial é ainda reduzida.
c) Construir melhores infra-estruturas: o défice africano de infraestruturas representa um
enorme obstáculo à integração regional, um problema tornando mais patente pelo
crescimento dos mercados de consumo e pela urbanização. O desenvolvimento de
infraestruturas adequadas e eficientes ira ajudar as economias africanas a aumentar a
produtividade na indústria transformadora e no fornecimento de serviços, contribuir para
a melhorias na saúde e na educação e ajudar na distribuição mais equitativa das riquezas
nacionais.
d) Investir em polos de crescimento: definidos como investimentos geralmente público-
privados plurianuais, destinados a acelerar as indústrias exportadoras respetiva
infraestrutura de apoio; representam formas importantes de construir capacidade
produtiva e de impulsionar a integração regional através do atracão de investimento
(Banco Mundial em Africa, 2013).

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O maior desafio para os países da África Austral reside em particular na harmonização dos
esquemas de integração regional e promover o alinhamento de políticas nacionais entre os
Estados membros para reverter alguns constrangimentos que impedem o avanço da integração,
nomeadamente, a redução das assimetrias regionais, a redução da dependência em relação à
economia sul-africana e a doadores externos.

O sucesso do processo de integração depende, em certa medida, do compromisso político e da


cooperação entre os países para a implementação dos seus acordos e protocolos. Embora a
SADC tenha progredido consideravelmente do ponto de vista da assinatura de acordos, não fez,
no entanto, avanços significativos para a sua implementação em virtude dos seguintes motivos:

 Lentidão do processo de negociação dos protocolos e não cumprimento das metas


estabelecidas nos planos regionais;
 Fragilidade institucional, sobretudo do secretariado, órgão executivo sem poderes por
causa da resistência dos Estados membros em ceder à soberania.

2.4.1. Integração Económica


De acordo com Salvatore, citado por Friel 2024 “a integração econômica refere-se à política
comercial de reduzir ou eliminar as barreiras comerciais discriminatoriamente entre as nações
interligadas". Dois ou mais países se unem para formar uma relação económica mais estreita do
que a que cada um deles tem com o resto do mundo, diminuindo ou eliminando deliberadamente
as barreiras comerciais entre eles para permitir que os países membros se especializassem mais”.

Segundo Tembe (2008) A integração econômica é um movimento para estabelecer conexões


entre e em meio a um grupo de países em um determinado espaço geográfico motivados por
interesses compartilhados de cooperação em áreas de comércio e outros sectores econômicos,
com o objectivo de alcançar uma Zona de Livre Comércio (ZLC) e, posteriormente, estabelecer
uma união alfandegária.

A SADC é prioridade na política externa de Moçambique porque é fundamental para a


segurança, atracão de investimentos e inserção do país no mercado global. No domínio da
segurança, o principal desafio de Moçambique é garantir a manutenção da estabilidade política
interna que, em certa medida, depende da segurança e da cooperação regionais.

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No domínio socioeconómico, a inserção de Moçambique no mercado regional depende da
exploração das suas vantagens comparativas que podem advir da posição geoestratégia e do seu
potencial energético. A Excelente localização geográfica (costa oriental africana no oceano
indico) lhe confere vantagem comparativa em relação aos países do hinterland no domínio dos
transportes, portos e caminhos-de-ferro.

2.5. Exemplo de blocos Económicos Regionais bem-sucedidos


De acordo com Reis (2023), Blocos económicos são integrações entre países para fomentar o
comércio entre os membros através de acordos aduaneiros e taxas comuns. Esses blocos
costumam promover o desenvolvimento económica dos envolvidos, fortalecendo os laços,
permitindo vantagens no comércio internacional e são uma consequência do processo de
globalização, com maior integração entre os países.

Um dos primeiros blocos económicos foi a União Europeia, criada em 1957 com o tratado de
Roma. Inicialmente a União Europeia, visava promover a integração económica entre os seus
membros, a fim de evitar os conflitos e promover o desenvolvimento mutuo. Ao longo do tempo,
a União Europeia expandiu seu escopo, abrangendo questões politicas, sociais e ambientais,
tornando-se um dos blocos mais influentes do mundo.

Os blocos económicos surgiram como uma resposta à necessidade de cooperação e


fortalecimento mútuo entre nações. Ao longo da história, eles tem desempenhado um papel
muito importante na promoção do comércio, do crescimento económico e da estabilidade
regional. Com o tempo, essas organizações evoluíram e se tornaram importantes atores no
cenário internacional, moldando as relações económicas e politicas entre os países.

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Capitulo III: Considerações finais

3.Conclusão

Chegado ao fim do presente trabalho concluiu-se que a integração regional é um veículo


fundamental para a superação de eventuais divergências, promoção, aproximação e união entre
as economias de dois ou mais países.

Concluiu-se ainda que o maior desafio para os países da África Austral reside em particular na
harmonização dos esquemas de integração regional e promover o alinhamento de políticas
nacionais entre os Estados membros para reverter alguns constrangimentos que impedem o
avanço da integração, nomeadamente, a redução das assimetrias regionais, a redução da
dependência em relação à economia sul-africana e a doadores externos.

A integração envolve um ou mais acordos escritos que descrevem detalhadamente as áreas de


cooperação, bem como alguns órgãos de coordenação que representam os países envolvidos. Os
blocos económicos surgiram em um contexto amplo de difusão da globalização, a qual faz com
que as economias do mundo todo se conectem, transformando o planeta em uma grande rede de
trocas comerciais, culturais, politicas, sociais e varias outras possíveis.

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Referências Bibliografia

 Almeida, D.F. (2011). Etapas de integração regional nos blocos económicos. New York.
Lawinter.www.lawinter. com/irelations. Pdf.
 Banco Mundial em Africa, 2013). Competitividade em africa.
 Calich, A.P.M. (2018). Papel da integração regional como mecanismo de inserção
internacional. UF. Rio de janeiro. SP.
 Lombaerde, P. (2007). Integracao regional. Poverty and social policy. Global social
policy
 Reis, T. (2023).Blocos económicos. Entenda sua importância para o desenvolvimento dos
países. https//www.suno.com.be Guias.
 SADC, (1999). Terto consolidado do Tratado sobre a Comunidade de Desenvolvimento
da Africa Austral;
 Tembe, C.E. (2008). Jornal noticia. Integração regional. Há potencialidades para sermos
lideres. Segundo ministro de transportes e comunicações. Maputo.

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