A Serva de Naamã

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O JOVEM E A OBRA MISSIONÁRIA. (II Rs 5.

1-5)

Quando recebemos uma boa notícia, queremos logo compartilhar com nossos amigos, não é mesmo?
Postamos nas redes sociais, telefonamos para nossos parentes, falamos com brilho nos olhos!

E a salvação que nos foi dada em Jesus é a maior notícia que nós já recebemos!

“Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber. Tê-lo encontrado foi o melhor que
ocorreu em nossas vidas. Fazê-lo conhecido com nossas palavras e obras deve ser nossa alegria.”

É por este motivo que a missão é algo que acaba brotando naturalmente nas atividades de um jovem que
realmente se encontrou com Jesus e fez dEle seu modelo de vida e Senhor.

Na Verdade, Todo Cristão Ou É Missionário Ou Não É Ainda Plenamente Um Cristão!

➔ C.H. Spurgeon, “todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”.


➔ Ser cristão e não encarnar a missão dada por Jesus não faz sentido.
➔ Não podemos ser embaixadores do reino celeste e não falarmos das maravilhas desse reino.
➔ Não dá para provar da graça e do amor que emana da cruz e não compartilhar.

Todos nós cristãos somos chamados por Jesus a sermos missionários.

Uns com habilidades para falar e pregar, outros para ensinar, outros para evangelizar, outros para discipular,
outros para visitar e/ou acolher, outros para cantar e tocar algum instrumento.

O que deve estar claro para nós é a missão do “ide pregai o evangelho” não é opcional para o cristão, é uma
ordem dada por Jesus.

➔ Ele mesmo disse “assim como Pai me enviou, eu também vos envio”.

Todos Nós Somos Chamados.

➔ A nossa concepção de campo missionário na maioria das vezes é o campo distante, é a tribo indígena não
alcançada, é uma etnia africana, um povo que não é civilizado; assim sendo, a projeção de campo é um local
distante. (Seleção para fazer Missões nos EUA)
➔ Nas palavras de Jesus, o campo é o mundo, tanto onde estamos (o campo local) quanto os povos não
alcançados (o campo distante).
➔ O pastor e missionário Oswaldo Smith, conhecido como “Sr. Missões”, dizia que “todos somos chamados: uns
para o outro lado do mundo, uns para o outro lado da rua”.

Todos nós temos um chamado.


➔ Alguns para perto outros para longe.
➔ Alguns aqui, outros acolá.
➔ Mas todos com o desejo de fazer o nome e ministério de Jesus conhecido por toda a terra.

DESENVOLVIMENTO

No texto que lemos, o personagem em destaque, podemos dizer que é Naamã, um competente oficial sírio que
tinha muita influência, sendo grandemente considerado pelo rei devido ao seu valor em combate (v. 1).

De acordo com o texto bíblico era um homem orgulhoso, pois pensava que para um grande homem como ele,
merecia tratamento especial por parte do profeta além de uma cura milagrosa. Apesar de sua alta posição social e
profissional, era leproso.

➔ Pertencia ao povo sírio, que muitas vezes tinha sido hostil a Israel.
➔ Não muito atrás, o autor sacro nos dera uma descrição detalhada sobre uma guerra entre Israel, Judá e a Síria
(ver I Reis 22).
➔ Isso significa que o milagre a ser realizado aqui teve a distinção de ser em favor de um “inimigo” de Israel.
➔ Desse modo, o amor universal de Deus foi demonstrado. “Pois Deus amou o mundo de tal maneira...” (João
3.16).
➢ “Porém leproso.” Embora poderoso e bem-sucedido quanto a outros aspectos de sua vida, ele tinha um
ponto fraco que o maculava; era afligido pela temida lepra.
➔ “A lepra era um imposto pesado contra o valor de Naamã” (Adam Clarke).

5.2 – E da terra de Israel levaram cativa uma menina. (Ajuda necessária no lugar errado). Assim devem ter
pensado os sírios.

Uma pequena menina israelita tinha sido feita cativa em um dos assaltos feitos pelas tropas sírias.
Era comum nas guerras antigas que, entre os derrotados, os poucos que sobrevivessem fossem reduzidos à
posição de escravos.
Também era comum que mulheres e crianças fossem levadas como escravas ou para haréns estrangeiros.
A selvageria da época pode ser julgada pelo fato de que isso era considerado o melhoramento humanitário pois
a prática ainda mais antiga consiste em consistia em executar todos os prisioneiros de guerra.
Os códigos do antigo testamento procuravam limitar os excessos dos castigos brutais que os cativos recebiam. Se
um soldado Israelita visse uma bela mulher entre os cativos e se casasse com ela, teria de tratá-la dali por diante
como uma pessoa livre. E não podia vendê-la como escrava, se viesse a desistir dela.
No entanto muitos povos estrangeiros, como os fenícios, os filisteus, os egípcios e os romanos, escravizavam os
judeus em grandes números.

➔ Por providência de Deus aquela menina tinha sido colocada na família de Naamã. Ali ela fora reduzida a ser
escrava da esposa de Naamã.
➔ E foi exatamente aqui que essa Jovem se tornou um agente de Cura, de libertação, se tornou uma verdadeira
jovem missionária.

Veja bem, aquela jovem, como toda jovem, tinha sonhos, e projetos.

➔ Casar; Constituir uma família; Ser mãe de muitos filhos, quem sabe de um profeta, um homem de Deus.
➔ Porém seus sonhos e projetos foram adiados ou interrompidos quando foi levada como escrava.

Ela poderia ter se revoltado e, de certo modo, ficar decepcionada com Deus.
Porém sua fé não estava baseada em situações e sim em princípios.
Mesmo trabalhando como escrava, sua fé no Deus de Israel permanecia inabalável.

Podemos ver isto observando, pelo menos três condições adversas na sua vida:

a) Estava longe da sua família – Provavelmente todos estavam mortos.


b) Estava em terra estrangeira – Ela era filha de Abraão e herdeira da promessa, mas sua vida foi bruscamente
mudada com esse episódio. Ela não estava com seu povo.
c) Estava servindo como escrava – Ela estava forçada a trabalhar onde não queria, e fazer aquilo que não
desejava.

Para se tornar um instrumento de cura…

1. Seja uma BÊNÇÃO no lugar onde você está. → “Ora, tropas da Síria haviam atacado Israel e levado cativa
uma menina, que passou a servir à mulher de Naamã.” (2º Reis 5.2)

Aquela menina tinha tudo para pensar que aquele não era o seu lugar, mas entendeu que onde Deus a colocou,
ela precisava ser benção. Ela foi uma verdadeira missionária na casa de Naamã.
2. Não se deixe ABALAR com as decepções da vida. → “Um dia ela disse à sua senhora: Se, o meu senhor,
procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra.” (2º Reis 5.3)

Não deixe as decepções da vida azedarem você!

A menina poderia estar revoltada com a vida que estava levando, murmurando da situação pela qual estava
atravessando.

Ela tinha tudo para chutar o balde, mas ela não se deixou abalar com as decepções da vida e decidiu liberar graça.

3. Entenda que Deus usa pessoas FRACAS e SIMPLES. → “… uma menina, que passou a servir à mulher de
Naamã.” (2º Reis 5.2b)

A Bíblia diz que ela era uma menina.


Provavelmente, ela era muito simples, talvez não tenha tido a possibilidade de estudar de forma adequada.
Ela não tinha recursos, nem títulos, nem posição.
A Bíblia fala de homens comuns, simples e sem instrução que impactaram o mundo: “Vendo a coragem de
Pedro e de João, e percebendo que eram homens comuns e sem instrução, ficaram admirados e reconheceram
que eles haviam estado com Jesus.” (Atos 4.13).

4. Declare palavras de ESPERANÇA. → “Um dia ela disse à sua senhora: Se, o meu senhor, procurasse o profeta
que está em Samaria, ele o curaria da lepra.” (2º Reis 5.3)
➢ Para a medicina da época, o caso de Naamã não tinha mais solução.
➢ Sua doença era incurável.
➢ Mas havia uma menina dentro da sua casa, uma menina improvável que estava ao seu serviço, que, ao
saber da sua doença fatal, declarou palavras de esperança.
➢ Ao dizer à esposa de Naamã que ele procurasse o profeta que estava em Samaria, a menina estava
liberando uma palavra de esperança com a certeza de que o seu Deus tinha poder para curá-lo.
➢ Ela correu riscos, mas não se calou diante da convicção de que Deus faria um milagre na vida de Naamã.

5. Confie totalmente no PODER de Deus. → “… Se o meu senhor procurasse o profeta que está em Samaria, ele
o curaria da lepra.” (2º Reis 5.3)
➢ A menina confiava totalmente no poder de Deus para curar Naamã.
➢ Ela estava vulnerável, tinha perdido o controle da sua vida e não tinha explicações de Deus sobre o por
que aquilo estava acontecendo.
➢ Mesmo assim ela ainda confiava totalmente no poder de Deus.
➢ O Deus que a menina disse que poderia curar Naamã é o mesmo que havia permitido sua terra ser
invadida, seus pais mortos e ela sequestrada.
➢ Mas isso não diminuiu a sua confiança em Deus e ela pôde se tornar um instrumento de cura na vida de
Naamã.

Três qualidades dessa menina que nos ajuda a entender o quanto especial ela foi e como testemunhou do Senhor,
apesar da situação:

1) Ela estava cheia do amor de Deus. → Diferentemente do profeta Jonas.


2) Era uma menina de Fé. → “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:1).
3) Era uma menina cheia de ousadia. → Aos escravos, geralmente, era limitado o falar com seus senhores, mas
o versículo 3 nos demonstra a ousadia da menina em pronunciar a Palavra de Deus. Ela não se intimidou, mas
proclamou sobre seu Deus com autoridade.

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