2 Codigo Edificacoes

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REVOGAR A LC 1030/2015

LEI COMPLEMENTAR Nº

DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES NO


MUNICÍPIO DE BLUMENAU E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

Capítulo I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Este Código estabelece normas gerais e específicas


para o exercício do direito de construir e para a
elaboração de projetos de edificações no Município de
Blumenau, observadas as diretrizes de desenvolvimento
estabelecidas no Capítulo III do Plano Diretor, Lei
Complementar nº 1181, de 02 de abril de 2018, sem prejuízo
do disposto na legislação municipal, estadual e federal
pertinentes.

Art. 2° O objetivo deste Código é definir as diretrizes


urbanísticas e os padrões edilícios para as edificações a
serem construídas ou regularizadas no município.

§ 1º. Para os efeitos de aplicação das normas deste Código,


considera-se edificação o espaço construído destinado à
ocupação residencial ou não residencial.

§ 2º. Este código licenciará somente a edificação, a


atividade a ser instalada, residencial multifamiliar ou não
residencial, deverá ser licenciada posteriormente junto aos
órgãos competentes.

Capítulo II
DAS RESPONSABILIDADES

Art.3º Considera-se para efeito desta Lei:

I- responsável técnico - profissional legalmente habilitado


junto ao órgão fiscalizador do exercício profissional,
podendo atuar como pessoa física ou como responsável por
pessoa jurídica, respeitadas as atribuições e limitações
determinadas pelo respectivo conselho profissional;

II- proprietário do imóvel - pessoa física ou jurídica


detentora do título de propriedade emitido pelo Ofício de
Registro de Imóveis competente;

III- possuidor do imóvel - pessoa física ou jurídica


detentora de promessa ou contrato de compra e venda

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assinado pelos legítimos proprietários com firma
reconhecida, desde que haja transferência de posse.

Seção I
Do Município

Art. 4° Compete ao Município, através do órgão competente,


a análise e aprovação dos projetos e a fiscalização das
obras, assim como a emissão dos respectivos alvarás.

Seção II
Do Responsável Técnico e do Proprietário ou Possuidor

Art. 5º Compete ao responsável técnico:

I - elaborar os projetos em conformidade com a legislação e


demais normas técnicas em vigor;

II – acompanhar a execução da obra licenciada pelo


Município;

III - emitir documento de responsabilidade técnica conforme


serviços prestados.

Parágrafo único. Os profissionais técnicos, ao assinarem os


projetos e a sua execução, declaram conhecer e respeitar a
legislação municipal, estadual e federal que regem a
matéria.

Art. 6º Compete ao proprietário ou possuidor do imóvel:

I - contratar profissional legalmente habilitado;

II - obter, junto ao órgão público competente, o respectivo


alvará de construção antes de iniciar a execução da obra.

Art. 7º Compete ao responsável técnico e ao proprietário ou


possuidor do Imóvel:

I - adotar as medidas de segurança compatíveis com o porte


da obra;

II – a responsabilidade e as consequências diretas ou


indiretas advindas da execução da edificação que atinjam
e/ou danifiquem:

a) as vias públicas ou a infraestrutura urbana;

b) o meio ambiente natural;

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c) os imóveis vizinhos, em particular os considerados de
patrimônio cultural.

CAPÍTULO III
DO PROCESSO DE ANÁLISE DA EDIFICAÇÃO

Seção I
Da consulta Prévia de Viabilidade

Art. 8º Entende-se por consulta prévia de viabilidade o


documento emitido pelo município contendo os parâmetros
urbanísticos, podendo ser requerido através do endereço
eletrônico do Município.

Parágrafo único. Onde a consulta prévia de viabilidade não


puder ser gerada através do endereço eletrônico do
Município, deverá ser protocolado o pedido através do órgão
municipal competente.

Art. 9º. A consulta prévia de viabilidade terá validade 12


(doze) meses, e se trata de documento meramente informativo
não gerando direito de construir.

Parágrafo único. As informações prestadas referem-se à


legislação em vigor e a consulta perderá a validade se
houver alteração da legislação.

Art. 10. Para a emissão da Consulta Prévia de Viabilidade


solicitada através de protocolo administrativo o requerente
deverá apresentar as seguintes informações:

I - número de inscrição cadastral, quando houver, do imóvel


no Município;

II - croqui do imóvel com as seguintes informações:

a) dimensões deste com a localização dos logradouros


confrontantes;

b) distância de qualquer uma das divisas do imóvel até uma


edificação ou via mais próxima;

c) cursos d’água, tubulados ou não, próximos ou que


atravessem o imóvel;

d) linhas de transmissão de energia próximas ou que


atravessem o imóvel;

e) tubulações públicas ou de concessionárias de serviços


públicos próximos ou que atravessem o imóvel.

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Seção II
Do projeto Arquitetônico

Art. 11. O projeto arquitetônico da edificação deverá


apresentar os requisitos mínimos, a saber:

a) taxa de ocupação;

b) coeficiente de aproveitamento;

c) recuos;

d) altura;

e) número de vagas para automóvel, bicicleta e


multifuncional, se for o caso;

f) taxa de permeabilidade.

Seção III
Da Documentação Necessária

Art. 12. Para que seja realizada a análise do projeto


arquitetônico deverão ser protocolados, no órgão municipal
competente, requerimento padrão com os seguintes
documentos:

I - certidão de inteiro teor do imóvel ou transcrição


emitida há no máximo 180 dias e, quando for o caso,
documento que comprove a posse do imóvel;

II - projeto arquitetônico da edificação.

§ 1º. Na hipótese do requerente não ser o proprietário ou


possuidor do imóvel, deverá ser apresentada autorização
para construir, em favor do requerente, com assinatura do
legítimo proprietário com firma reconhecida.

§ 2º. A consulta Prévia de Viabilidade somente deverá ser


anexa ao processo, quando esta não puder ser gerada através
do endereço eletrônico do Município.

Seção IV
Do processo de análise e aprovação de projetos

Subseção I
Da Análise do projeto arquitetônico

Art. 13. Caberá ao órgão municipal competente, após


analisar o projeto arquitetônico dentro das especificações
delimitadas neste Código, emitir:
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I – relatório de pendências, ou;

II – despacho de encaminhamento do processo a outros órgãos


municipais, quando necessário, solicitando parecer quanto
ao projeto para o prosseguimento da análise, ou;

III – relatório de aprovação do projeto.

Subseção II
Da aprovação do Projeto

Art. 14. Será solicitado para aprovação do projeto, quando


necessário, o parecer técnico do órgão público responsável:

I- pelas rodovias estaduais ou federais;

II- pelo tráfego aéreo;

III- pelos aspectos ambientais;

IV- pela geração e distribuição de energia elétrica.

Parágrafo único. O órgão municipal competente poderá


exigir, quando for o caso, laudos, pareceres e estudos
técnicos de profissionais habilitados ou de órgãos ou
entidades públicas ou privadas, de qualquer nível de
governo, justificando tecnicamente sua necessidade.

Art. 15. Após a aprovação do projeto será emitido pelo


órgão municipal competente o relatório de aprovação
solicitando que seja entregue:

I - o protocolo de encaminhamento do projeto preventivo


contra incêndio, quando for o caso;

II – o documento de responsabilidade técnica referente à


arquitetura, elétrica, hidrossanitário e estrutura da
edificação;

III – No mínimo, 02 (duas) vias do projeto, sem rasuras ou


ressalvas, assinadas pelo(s) profissional(ais) e pelo(s)
requerente(s).

§ 1º. No processo de aprovação de edificações a serem


construídas será exigido o documento de responsabilidade
técnica referente ao projeto e à execução da obra.

§ 2º. No processo de aprovação de edificações públicas


submetidas a procedimento licitatório será exigida a
expedição de responsabilidade técnica apenas em relação ao
projeto.
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§ 3º O prazo para apresentação dos documentos solicitados
no formulário padrão é de 12 (doze) meses, caso não sejam
anexados ao processo, este será arquivado.

CAPÍTULO IV
DO LICENCIAMENTO DA OBRA

Art. 16. Vencidas todas as exigências solicitadas pela


análise do projeto será emitido o alvará de construção que
permitirá o início da obra.

Parágrafo único. Considera-se início da obra:

I - de construção nova ou ampliação: colocação de peças


estruturais e componentes das fundações da obra;

II - de reforma ou demolição de edificação: qualquer


movimento que indique o início de reforma ou de desmonte da
obra.

Seção I - Do Alvará de Construção

Art. 17. O Alvará de construção é o documento emitido pela


autoridade municipal competente que licencia a execução, a
regularização ou a reforma de uma ou mais edificação(ões).

§ 1º O alvará de construção estará anexo ao processo e


deverá ser retirado junto ao órgão municipal competente.

§ 2º. O alvará de construção terá validade de 12 (doze)


meses para início de obra, contados a partir da data de sua
emissão.

§ 3º. Admite-se a revalidação do Alvará de Construção, uma


única vez, na hipótese de sua caducidade, desde que não
tenho havido modificação legislativa nos Códigos
Urbanísticos que influenciem o projeto originalmente
aprovado, ficando vigente esta revalidação por 12 (doze)
meses.

§ 4º. Após o início da obra não há prazo para sua


conclusão, estando o alvará de construção vigente a
qualquer tempo.

Art. 18. Durante a execução da edificação é obrigatório


manter na obra, em local acessível, o Alvará de Construção
e o jogo completo do projeto da edificação aprovado,
originais ou cópias.

Subseção I
Da dispensa de apresentação do projeto arquitetônico

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Art. 19. Fica dispensada da apresentação do projeto
arquitetônico, desde que apresentado o documento de
responsabilidade técnica:

I – qualquer delimitador de imóveis com altura acima de


3,50m (três metros e cinquenta centímetros) ou com função
de arrimo;

II – a reforma de edificações, desde que não haja alteração


do uso, da área construída ou dos requisitos apresentados
no Artigo 11 desta lei;

III - a limpeza, pintura e reparo dos revestimentos


externos das edificações com mais de dois pavimentos;

IV - as instalações de estruturas provisórias, como parques


de diversão, circos, arquibancadas, palcos, e similares,
devendo ser apresentado o documento de responsabilidade
técnica de fabricação e montagem e a vistoria do Corpo de
Bombeiros Militar de Santa Catarina;

V - a implantação de poste ou torre para a instalação de


Estação Rádio Base (ERB), que será requerida por formulário
próprio, com exceção para as localizadas na Rua Presidente
Castelo Branco, 15 de Novembro, Curt Hering, Getúlio Vargas
e transversais, que deverão apresentar projeto
arquitetônico para deliberação, de sua inserção na
paisagem, junto ao Conselho de Planejamento Urbano.

Parágrafo único. A emissão do alvará para os casos


apresentados neste artigo deverão ser solicitadas ao órgão
municipal competente, em formulário padrão acompanhado dos
seguintes documentos:

a) certidão de inteiro teor do imóvel expedida há no máximo


180 dias;

b) número de inscrição cadastral do imóvel no Município.

Subseção II
Da dispensa de apresentação do projeto arquitetônico e do
documento de responsabilidade técnica

Art. 20. Fica dispensado da apresentação do projeto


arquitetônico e da emissão do documento de responsabilidade
técnica o delimitador físico com até 3,50m (três metros e
cinquenta centímetros), que esteja junto à testada do
imóvel ou em área de preservação permanente.

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Parágrafo único. A emissão do alvará deverá ser solicitada
ao órgão municipal competente, em formulário padrão
acompanhado dos seguintes documentos:

a) certidão de inteiro teor do imóvel expedida há no máximo


180 dias;

b) número de inscrição cadastral do imóvel no Município.

Subseção III
Da dispensa do processo de alvará de construção

Art. 21. Ficam dispensados do processo de aprovação e


respectiva emissão de Alvará de Construção, os seguintes
casos:

I - obra e edificação de defesa civil necessária ao


atendimento de situação de emergência ou estado de
calamidade pública, assim declarada pelo Município, pelo
prazo em que persistir a declaração;

II - reparo e substituição dos materiais que compõem a


cobertura;

III - reparo e substituição de componentes elétricos e


hidráulicos;

IV - impermeabilização de terraços e piscinas;

V - limpeza, pavimentação, pintura e reparos nos


revestimentos internos das edificações;

VI - limpeza, pintura e reparos nos revestimentos externos


das edificações com até dois pavimentos;

VII - pintura e revestimento de muros em geral;

VIII - pavimentações externas, desde que respeitados os


limites de permeabilidade do solo definidos no Código de
Zoneamento e Uso do Solo e normas técnicas correlatas;

IX - fechamento de sacada com elemento translúcido;

X - instalação de Estações de Rádio Base (ERBs);

XI - delimitador de imóveis com altura de até 3,50m (três


metros e cinquenta centímetros) construído junto às divisas
laterais ou de fundos, desde que não localizado em área de
preservação permanente.

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Parágrafo único. O reparo ou substituição de materiais da
cobertura compreende apenas a troca de parte dos elementos
já existentes, sem que haja comprometimento da estrutura da
edificação.

Art. 22. Desde que a edificação esteja aprovada pelo órgão


municipal competente, poderão ser edificados sem
licenciamento:

I - barracões provisórios para a guarda de material


utilizado na obra;

II - plantão de vendas provisório, dentro dos limites do


imóvel;

III - tapumes e andaimes, respeitadas as disposições legais


aplicáveis.

Paragrafo único. As edificações provisórias deverão ser


retiradas em no máximo 6 (seis) meses após a conclusão da
obra.

Seção II
Do Alvará de Demolição

Art. 23. O Alvará que licenciará a demolição da edificação


deverá ser solicitado através de requerimento padrão
assinado pelo proprietário ou possuidor do imóvel,
acompanhado dos seguintes documentos:

I - certidão de inteiro teor do imóvel expedida há no


máximo 180 dias;

II - documento de responsabilidade técnica do profissional


habilitado quando a construção possuir mais de dois
pavimentos;

Paragrafo único: No requerimento padrão informar o material


da edificação, a área a ser demolida e o número da
inscrição cadastral.

Seção III
Do Alvará de Habite-se

Art. 24. O Alvará de Habite-se é o documento emitido pela


autoridade municipal competente que autoriza o início da
ocupação, total ou parcial da edificação.

§ 1º. O habite-se terá validade de 12 (doze) meses a partir


da data de sua emissão, para fins de averbação na matrícula

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do imóvel junto ao Ofício de Registro de imóveis
competente.

§ 2º. Os alvarás de habite-se já expedidos terão validade,


a partir da publicação desta lei complementar, de 12 (doze)
meses para fins de averbação na matrícula do imóvel junto
ao Ofício de Registro de imóveis competente.

§ 3º. O Alvará de Habite-se parcial compreende a


autorização para ocupação de partes concluídas da obra.

Art. 25. O Alvará de Habite-se, total ou parcial, deverá


ser solicitado através de requerimento padrão, instruído
com os seguintes documentos:

I - original ou cópia do Alvará de Construção, sendo esta


autenticada na hipótese da emissão do alvará ser anterior
ao ano de 2008;

II – planta original ou cópia autenticada dos projetos da


edificação;

III – declaração de responsável técnico certificando que a


obra está de acordo com o projeto aprovado e em condições
de ser habitada ou utilizada, acompanhado do documento de
responsabilidade técnica.

Parágrafo único. Para a emissão do habite-se é necessário a


apresentação do documento de vistoria, ou sua dispensa,
emitido pelo órgão estadual responsável pelo sistema de
segurança contra incêndio, quando for o caso.

Subseção I - Da vistoria

Art. 26. O órgão municipal competente deverá, no prazo


máximo de 15 (quinze) dias a partir da data do recebimento,
realizar inspeção no imóvel e emitir o Relatório Padrão de
Vistoria informando que o mesmo tem condições de ser
habitado ou apresentar os itens que estão em desacordo com
o projeto aprovado.

Parágrafo único. O órgão de fiscalização deverá ater-se ao


projeto aprovado e ao Relatório Padrão de Vistoria.

Art. 27. O Relatório Padrão de Vistoria será composto:

I- pela Lista de Verificações: documento com a listagem dos


itens a serem verificados em campo;

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II – pelo levantamento fotográfico: documento com a
apresentação de fotos que comprovem a informação
verificada.

§ 1º A lista de verificações deverá ser assinada pelo


fiscal responsável pela vistoria e pelo preenchimento das
informações e pela chefia imediata que será responsável
apenas pelas conferência do preenchimento.

§ 2º Será tolerada, no momento da vistoria, a diferença de


até 2% (dois por cento) entre as medidas aprovada e
executada, para os recuos e dimensões internas da
edificação, desde que respeitadas as normas de
acessibilidade.

Art. 28. O Habite-se será concedido quando a obra estiver


em conformidade com o projeto aprovado.

CAPÍTULO V
DA EDIFICAÇÃO

Seção I
Da Altura dos Pavimentos e Ambientes

Art. 29. Nas edificações a distância mínima de piso a piso


acabado será de 2,70m (dois metros setenta centímetros),
exceto para:

I- área coberta para estacionamento, escada ou rampa;

II - construção com um único pavimento, independente do


uso;

III - residência unifamiliar, incluindo as unidades


autônomas de condomínios horizontais, independente do
número de pavimentos.

Art. 30. Não há medida mínima a ser aplicada para o pé


direito livre dos ambientes.

Seção II
Das Aberturas

Art. 31. É proibido aberturas como janelas e portas a menos


de metro e meio do terreno vizinho.

§ 1º As aberturas cuja visão não incida sobre a linha


divisória, bem como as perpendiculares, poderão ser abertas
a, no mínimo, setenta e cinco centímetros da divisa do
imóvel.

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§ 2º As aberturas perpendiculares que distem a menos de
setenta e cinco centímetros da divisa do imóvel,
obrigatoriamente, deverão prolongar a parede lateral em, no
mínimo, 1,00m (um metro) e adotar altura mínima de 1,8m (um
metro e oitenta centímetros).

Art. 32. Os terraços, sacadas ou varandas construídos junto


às divisas ou que não atendam o recuo lateral e de fundos
deverão ter sua parede lateral prolongada em, no mínimo, 01
(um) metro.

§ 1º. Os terraços e sacadas descobertas terão sua parede


lateral com altura mínima de 1,8m (um metro e oitenta
centímetros).

§ 2º. As sacadas e varandas cobertas terão sua parede


lateral erguida até a cobertura quando estiverem junto a
divisa.

Art. 33. A porta, o portão e a janela da edificação não


poderão abrir-se diretamente sobre a via ou logradouro
público.

Seção III
Da Instalação Sanitária

Art. 34. Toda edificação deve possuir pelo menos uma


instalação sanitária.

Art. 35. Toda edificação que não tiver acesso à ligação do


sistema público de esgotamento sanitário deverá possuir
sistema de tratamento do efluente.

Paragrafo único. O sistema de tratamento de efluentes


deverá ser constituído de fossa séptica e filtro anaeróbio,
podendo ser adotado outra solução, desde que normatizada
pela ABNT.

Seção IV
Do Elevador

Art. 36. Qualquer edificação que possua circulação vertical


de uso comum superior a 12 metros de altura ou com mais de
04 pavimentos, incluindo subsolo, deverá ser provida de
elevador.

Seção V
Dos Elementos Construtivos

Art. 37. Elemento construtivo é qualquer saliência que


exceda externamente o corpo da edificação.

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Art. 38. O elemento construtivo deve ser projetado e
executado de modo a permitir o escoamento de águas pluviais
exclusivamente dentro dos limites do lote e não podem
interferir no sistema de circulação, iluminação pública,
arborização, equipamentos urbanos e redes de
infraestrutura.

Art. 39. É considerado elemento construtivo:

I – a marquise, o beiral, o pergolado e o toldo, que


deverão ser projetados em balanço, com no máximo 2,00m
(dois metros) do corpo da edificação;

II - o brise, elemento estrutural e decorativo, a tubulação


para água pluvial, proteção ou o suporte para ar
condicionado e laje técnica sobrepostas às fachadas com
projeção máxima de 1,00m (um metro) do corpo da edificação.

§ 1º os elementos construtivos quando projetados sobre a


calçada pública deverão:

a) ter altura mínima de 2,50m (dois metros e meio);

b) manter afastamento mínimo de 80 cm (oitenta centímetros)


do meio fio.

§ 2º Entende-se como marquise a laje impermeabilizada que


tem como função proteger a construção ou o pedestre da
incidência direta da radiação solar e da chuva.

§ 3º A marquise deverá respeitar a altura máxima de 5,00m


(cinco metros).

§ 4º Não serão considerados elementos construtivos, a


marquise, o beiral, o pergolado e o toldo quando estiverem
em balanço com mais de 2,00m (dois metros) do corpo da
edificação.

Seção VI
Do Abrigo de gás liquefeito de petróleo - GLP

Art. 40. Toda edificação que fizer uso do GLP, com exceção
da residência unifamiliar, deverá indicar em planta a
posição do abrigo para os cilindros.

Seção VII
Do delimitador de Imóveis

Art. 41. Considera-se delimitador do imóvel qualquer


elemento físico que o separe dos confrontantes, podendo ou
não conter elemento de proteção.
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§ 1º Entende-se como elemento de proteção a cerca elétrica
e acabamento pontiagudo.

§ 2º Os elementos de proteção só poderão ser instalados


onde o delimitador do imóvel conte com altura igual ou
superior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros),
observadas as legislações estadual e federal vigentes.

SEÇÃO VIII
DO ACESSO DE PEDESTRE

Art. 42. Toda edificação de uso residencial multifamiliar


e/ou não residencial deverá ter uma rota acessível que una
a edificação à via pública, às edificações e aos serviços
anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos, todos
construídos no mesmo lote.

§ 1º Entende-se por rota acessível o trajeto contínuo,


desobstruído e sinalizado, que conecte os ambientes
externos ou internos de espaços e edificações, e que possa
ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as
pessoas, inclusive aquelas com deficiência e mobilidade
reduzida.

Art. 43. Quando o terreno possuir declividade igual ou


superior a 13% (treze por cento) e desnível igual ou
superior a 2,70m (dois metros e setenta centímetros)
conforme representado no Anexo III, deverá ser
disponibilizado, no mínimo, uma vaga de veículo para
pessoas com deficiência e outra para idoso, a uma distância
máxima de 50 (cinquenta) metros do(s) acesso(s) à(s)
edificação(ões) que atenda os critérios de acessibilidade.

Art 44. A inclinação longitudinal da faixa livre das


calçadas ou das vias exclusivas para pedestres, tanto
públicas quanto privadas, deve sempre acompanhar a
inclinação das vias, independente da inclinação destas.

Art. 45. Quando a largura do terreno por onde se dê o


acesso ao lote for menor ou igual a 7,00m (sete metros),
este poderá ser compartilhado entre pedestres e veículos e
estar no mesmo nível.

SEÇÃO X
DO ACESSO DE VEÍCULOS E REBAIXO DO MEIO-FIO

Art. 46. O rebaixo do meio fio, necessário ao acesso de


veículos, deverá ser dimensionado de acordo com o Código de
Sistema de Circulação e compatível com a dimensão mínima da
vaga exigida neste código.

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Art. 47. As rampas para acesso de veículos deverão ter:

I - largura compatível com a dimensão da vaga de


estacionamento exigida;

II - inclinação máxima de 25% (vinte e cinco por cento).

Art. 48. O acesso de veículos ao interior do imóvel deverá


ser executado de modo a não interferir no sistema de
iluminação pública, arborização, equipamentos urbanos e
redes de infraestrutura.

Parágrafo único. Quando houver necessidade de relocação ou


remoção dos equipamentos, mobiliários urbanos ou árvores
localizadas na calçada, o profissional responsável pelo
projeto deverá indicar, na planta, a nova posição desses
elementos, que somente será aprovado após a liberação do
órgão competente.

SEÇÃO XI
DAS VAGAS DE ESTACIONAMENTO E ÁREA DE MANOBRA

Art. 49. O número mínimo de vagas de estacionamento, sua


dimensão e área de manobra devem atender o Anexo I e II
desta Lei Complementar.

§ 1º Considera-se vaga multifuncional o espaço de parada ou


estacionamento de veículos de apoio aos serviços abrigados
na edificação.

§ 2º A vaga de bicicleta deverá ser locada no piso, sendo


admitida sua fixação na parede nas edificações para uso
residencial multifamiliar.

§ 3º Nas edificações aprovadas para uso não residencial,


amparadas pela legislação anterior, poderão ser mantidas as
vagas de estacionamento aprovadas na época ou reduzidas
para a exigência mínima em vigor.

§ 4º Quando houver ampliação da área da edificação, as


vagas de estacionamento deverão ser acrescidas
proporcionalmente à área ampliada, observada a exigência do
Anexo I desta Lei Complementar.

§ 5º Os imóveis com testada para as Ruas Presidente Castelo


Branco, 15 de Novembro, Curt Hering, Presidente Getúlio
Vargas e transversais, ficam dispensados da exigência das
vagas de estacionamento definidas no Anexo I desta Lei
Complementar.

Art. 50. A vaga de estacionamento deve possuir acesso


individualizado.

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Parágrafo único. Na edificação de uso residencial
multifamiliar, desde que pertença à mesma unidade
habitacional, as vagas de estacionamento poderão ter único
acesso.

Seção XII
Da Instalação Hidráulica

Subseção I
Da Reserva de Água

Art. 51. Toda edificação deverá possuir um reservatório de


água com volume mínimo do reservatório de 500 (quinhentos)
litros.

Subseção II
Do reservatório de Retenção de Águas Pluviais

Art. 52. Deverá instalar reservatório de retenção de águas


pluviais todo terreno demarcado pelo órgão municipal
responsável pelo sistema de drenagem urbana.

Parágrafo único. Os lotes que em função do sistema de


drenagem urbana forem demarcados pelo órgão competente
serão divulgados por ato do chefe do poder executivo.

Art. 53. O cálculo para o dimensionamento do volume do


reservatório de retenção será apresentado em regulamento
próprio.

Parágrafo único. Será adotado o volume mínimo de 1.000


(mil) litros para o reservatório de retenção de águas
pluviais.

Art. 54. A análise do projeto dos reservatórios de retenção


de águas pluviais e a fiscalização quanto sua execução
ficarão sob responsabilidade do órgão municipal competente
pelo sistema de drenagem urbana.

SEÇÃO XIII
Do “Telhado Verde”

Art. 55. Toda edificação poderá dispor de telhado verde.

§ 1º. Telhado verde é a cobertura de vegetação arquitetada


sobre laje ou cobertura, de modo a melhorar o aspecto
paisagístico, diminuir as ilhas de calor, absorver o
escoamento superficial, reduzir a demanda de ar
condicionado na região e melhorar seu microclima com a
transformação do dióxido de carbono (CO2) em oxigênio (O2)
pela fotossíntese.
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§ 2º. A vegetação a ser adotada no telhado verde deverá ser
própria ao clima da região.

Art. 56. O espaço apresentado no projeto como telhado verde


poderá ser acessível e utilizado, sendo considerado nestes
casos, como área construída não computável, desde que
respeitadas às demais regras urbanísticas.

Seção XIV
Da Faixa Sanitária Não Edificante

Art. 57. Onde houver tubulações, galerias ou valas de


drenagem cuja manutenção seja de responsabilidade do
Município, deverá ser reservada Faixa Sanitária Não
Edificante - FSNE visando garantir a livre passagem para
sua manutenção.

Art. 58. A dimensão padrão a ser adotada para a FSNE será


de:

I – Para tubulações, a partir do eixo:

a) 2,00m para tubulação com diâmetro menor ou igual a 30cm;

b) 3,00m para tubulação com diâmetro maior de 30cm e menor


de até 60cm;

c) 4,00m para tubulação com diâmetro maior de 60cm e menor


de até 100cm;

d) 5,00m para tubulação com diâmetro superior a 100cm.

II – Para valas de drenagem, 5,00 (cinco) metros para cada


lado, a partir do eixo.

III – Para galerias, independente de sua dimensão, 5,00


(cinco) metros para cada lado, a partir do bordo.

§ 1º. A identificação da vala de drenagem será realizada


pelo órgão municipal competente.

§ 2º. Poderá ser admitida FSNE menor que a determinada


nesta seção, desde que haja parecer justificado pelo órgão
municipal competente.

Seção XV
Da Rede de Serviço e Infraestrutura

Art. 59. Considera-se rede de serviço e infraestrutura a


rede de transmissão de energia elétrica, de saneamento

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ambiental, de gás, telefonia e de drenagem, assim como
pontes, viadutos, dentre outros.

Parágrafo único. As empresas privadas deverão solicitar


autorização para a implantação de rede de serviço e
infraestrutura junto aos órgãos públicos competentes.

CAPITULO VI
DOS CONDOMÍNIOS

Art. 60. Entende-se como condomínio a subdivisão da área em


frações ideais atribuídas à unidade autônoma e área de uso
comum, residencial ou não residencial.

Art. 61. Os condomínios poderão ser de lotes ou edilícios.

Parágrafo único. O condomínio de lotes será regulamentado


em lei específica.

Seção I
Do Condomínio Edilício

Art. 62. Entende-se como condomínio edilício a subdivisão


da área construída em frações ideais atribuídas à unidade
autônoma e à área de uso comum.

Art. 63. Toda edificação, vertical ou horizontal, composta


de unidades autônomas, no mesmo terreno, será analisada
como condomínio.

Parágrafo único. Os condomínios residenciais onde as


edificações possuírem acesso individualizado para a via
pública ou com até 4 (quatro) unidades horizontais serão
analisadas como residência unifamiliar.

Art. 64. Após a incorporação do empreendimento residencial


multifamiliar horizontal, quando solicitado por parte do
empreendedor ou proprietário, serão emitidos alvarás
individualizados para cada unidade autônoma aprovada e
ainda alvará único com a área de responsabilidade do
empreendedor.

§ 1º Para os casos acima, será aceito o modificativo de


projeto contendo as informações referentes a uma única
unidade autônoma e apresentação da cópia da implantação do
empreendimento original.

§ 2º As edificações aprovadas em condomínio, poderão sofrer


alteração individualizada, desde que respeitados os índices
urbanísticos e regras edilícias estabelecidas no condomínio
e nos códigos vigentes.

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Seção III
Da infraestrutura do Condomínio

Art. 65. A infraestrutura básica deverá ser disponibilizada


pelo condomínio, cabendo essa responsabilidade ao
empreendedor que deverá consultar as concessionárias
públicas e privadas quanto à viabilidade de sua instalação.

§ 1º É considerada infraestrutura básica no condomínio:

I - rede de distribuição de água potável;

II - rede de distribuição de energia elétrica;

III - rede e/ou sistema de tratamento de esgoto sanitário;

IV - rede de drenagem pluvial;

V - coleta de resíduos sólidos.

Art. 66. Caberá ao Órgão Municipal de Planejamento Viário,


para que não ocorra prejuízo à mobilidade urbana, a análise
e aprovação dos projetos quando houver mais de 20 unidades.

Art. 67. A implantação e manutenção da infraestrutura


interna ao condomínio são de responsabilidade do
empreendedor e/ou condôminos.

CAPÍTULO VII
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 68. No caso de infração considera-se infrator o


proprietário ou possuidor do terreno ou em caso de obras de
rede de serviço ou infraestrutura a concessionária de
serviços públicos ou empresa privada responsável pelo
serviço.

Art. 69. Às infrações a este Código aplica-se a penalidade


de multa de Nível V, prevista no Código de Posturas.

Art. 70. Os procedimentos administrativos relativos à


aplicação das penalidades por infração ao disposto nesta
Lei Complementar obedecerão às disposições do Código de
Posturas do Município.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 71. Não serão aplicadas as disposições deste Código:

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I – que conflitarem com a preservação de imóveis Tombados
pela União, Estado de Santa Catarina e Município de
Blumenau, após serem avaliadas pelos órgãos competentes;

II – para rede de serviço e infraestruturas.

§ 1º Os imóveis tombados e os imóveis de entorno,


classificados como P3, deverão observar a legislação que
rege a matéria.

Art. 72. Nenhuma edificação terá sua execução e/ou ocupação


licenciada sem que preencha os requisitos determinados
neste Código.

Art. 73. Os processos em trâmite protocolados anteriormente


à publicação deste código poderão seguir a legislação
vigente a época da abertura do processo.

Art. 74. Qualquer alteração a este Código ou aos seus


anexos só poderá ser efetuada após parecer técnico
favorável do Órgão Municipal de Desenvolvimento Urbano e do
seu Conselho Deliberativo.

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