Corpo e Mente II Unidade1

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O que é Yoga; História do Yoga

Conteudista: Prof.ª Maria Clara Telles Caggiano


Revisão Textual: Prof.ª Esp. Lorena Garcia Aragão de Souza

Objetivos da Unidade:

Elucidar os conceitos fundamentais do Yoga por meio de sua origem e sua


história;

Explicar as aplicações do Yoga.

📄 Material Teórico
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📄 Material Teórico
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O que é Yoga
Você certamente já deve ter ouvido falar sobre Yoga, tendo sobre ele uma certa noção,
principalmente nos dias de hoje, com acesso à internet pelas redes e pelas mídias sociais. Talvez
você já pratique e já esteja bastante familiarizado com o tema.

Não importa o seu grau de conhecimento, uma vez que a ideia aqui é transmitir o pensamento
para que você possa estudar e aplicar na sua vida profissional esse assunto.

Há alguns anos, muita gente pensava que Yoga era uma religião, uma prática misteriosa para
esotéricos e, ainda, um movimento praticado por hippies. Até hoje, existem muitos preconceitos
em relação ao Yoga, que ainda é confundido com uma ginástica lenta, um alongamento difícil,
para manter uma boa forma física, basta ver os anúncios nas redes sociais.

Agora, você vai entender o que Yoga significa, mas só poderá sentir seus benefícios se
experimentar praticando.

Se você ainda não praticou, já estou te convidando para praticar!

Atenção!
Retorne ao ambiente virtual para a prática desta Unidade no item "Videoaula".
Apresento a você o Yoga de acordo com sua proposta original, ou seja, uma disciplina
transformadora, tão necessária nos dias de hoje, para cada um de nós, para a sociedade e para o
planeta.

Para começar, é importante saber que Yoga é uma palavra muito antiga, vinda do sânscrito,
língua falada por um povo no norte da Índia, já por volta de um milênio antes de Cristo.

O termo Yoga deriva da raiz yuj, do sânscrito, que significa unir, juntar e ligar, integrar; significa
também união e comunhão. Pode-se definir Yoga como junção, união ou integração.

A união que define a palavra Yoga, em sua ampla compreensão, nos traduz como a união do
homem com Deus. Dentro desse processo de autoconsciência e meditação, o homem alcança
sua luz interior.

A palavra yoga possui diversas facetas, cada uma refletindo uma matiz de significado e
revelando aspectos distintos de toda a gama de esforços humanos para alcançar a paz e a
felicidade interior. Nas literaturas sobre Yoga, temos muitas definições, como veremos, por
exemplo, a seguir.

Para Rodrigues (2006), “Yoga é a ciência para estar aqui e agora, sem devaneios e ilusões, isso

porque traz ao praticante um conhecimento maior de si mesmo e, por isso, um melhor domínio
(e não apenas controle) sobre seu ser, dentro da mais pura realidade presente.” (RODRIGUES,
2006, p.).

Já para Iyengar (2016):

“Yoga é o método pelo qual a agitação da mente é acalmada e a energia é dirigida

para canais construtivos. Como um rio caudaloso que, propriamente contido por
represas e canais, cria um vasto reservatório de água, previne a fome e provê

energia abundante para a indústria, assim também é a mente: quando controlada,

fornece um reservatório de paz e gera energia abundante para a elevação humana”

- IYENGAR, 2016, p

Você Sabia?
No sânscrito, as palavras terminadas em “a” só podem ser masculinas
ou neutras. Portanto, em sua terra, o Yoga era masculino.

No coração do Yoga há uma mensagem que todos os seres humanos são equilibrados por
natureza, e que esse lado interior equilibrado não pode ser danificado ou retirado, porque é da
própria natureza humana. O Yoga permite o reconhecimento desse nosso interior.
Internamente, aprendemos a nos fortalecer, a relaxar e a equilibrar o nosso sistema nervoso,
levando a nossa mente a um estado de paz. Por meio do Yoga, é possível alcançar uma realização
de nossa própria natureza, equilibrada e feliz.

O objetivo do Yoga é criar um ambiente interno pacífico e capaz de promover um contato


consigo mesmo, aprimorando o foco da observação para atingir o equilíbrio, de acordo com as
necessidades individuais de cada um. Dessa forma, leva ao autoconhecimento, sendo possível

sentir o estado físico e o mental. Por isso, é considerada uma prática psicofísica.
Todo o processo da prática do Yoga é silencioso, o que leva a um estado de silêncio interior,
aquietando a mente, tranquilizando-a e deixando-a livre das preocupações diárias. A
introspecção atingida leva ao estado de meditação profunda, chamado Samadhi – o que também

é sinônimo de saúde perfeita.

Yoga nos leva a um estado de união, de nós com a melhor parte de nós, ou seja, a parte de Deus
em nós, e você se sente bem consigo mesmo. Significa que você deixa de ter as “brigas”
interiores provenientes de sua autoexigência, pois existe a autoaceitação, em que você se

reconhece como um ser humano melhor. Assim, Yoga também tem por objetivo a integração do
ser individual ao princípio supremo.

Por meio do Yoga, alcançamos uma vida mais saudável e melhor, por exemplo, a respiração, a
alimentação, os hábitos, o estilo de vida e a flexibilidade melhoram dia a dia. Os praticantes se
tornam mais calmos e tranquilos. Contudo, vale lembrar que os resultados dos efeitos benéficos
serão alcançados em função da dedicação individual, sendo uma autotransformação gradual,
envolvendo não somente o corpo físico, mas o equilíbrio energético, o emocional, o psicológico,
o intelectual e o espiritual, levando o indivíduo a um estado de harmonia, saúde e bem-estar.

Você Sabia?
O Yoga é patrimônio da humanidade e não é propriedade de nenhuma
cultura ou manifestação específica do conhecimento.

História
Depois de saber o seu significado, você com certeza deve estar curioso(a) para saber quando e
onde o Yoga nasceu.

O Yoga nasceu na Índia Antiga (Figura 1), país localizado ao Sul do continente asiático, mas
ficaremos sem saber quando, pois é tão antigo que sua origem se perde na poeira dos tempos.
Historicamente, o que se sabe sobre o Yoga é muito pouco.

Figura 1– Índia Antiga


Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: ilustração. Mapa geográfico da Índia Antiga, mostrando a


localização das cidades de Mohenjo Daro e Harappa, localizadas no Vale do Rio
Indo. Nesse mapa, aparece o oceano azul, ao Sul do território indiano, de cor
marrom-claro. Fim da descrição.

Vamos fazer uma viagem na trajetória do Yoga na Índia do ponto de vista estudado por
historiadores modernos e com base na bibliografia disponível.

Podemos considerar os diferentes períodos de sua história, da seguinte maneira:

Período Pré-Védico;

Período Védico;

Período das Upanishads;

Período Épico;

Período dos Sutras;

Período Smrti;

Período dos Puranas;

Período Medieval;

Período Moderno.

Período Pré-Védico
Nas escavações do Vale do Rio Indo, foram encontradas pelo menos duas cidades, Mohenjo-
daro e Harapa (Figura 2), nas quais foi descoberto que o Yoga já era praticado, de alguma forma,
em 3000 a.C., como sugerem algumas evidências arqueológicas, tais como uma pedra esculpida
mostrando uma divindade sentada em postura de lótus (Figura 3).

Figura 2 – Mohenjo-daro
Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: foto das ruínas escavadas de Mohenjo-daro, com uma


grande piscina em primeiro plano e pequenas edificações ao fundo; ambas as
construções feitas de tijolos cerâmicos. Fim da descrição.
Figura 3 – A maior inscrição Indo já encontrada
Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: foto das ruínas escavadas de Mohenjo-daro, com uma


grande piscina em primeiro plano e pequenas edificações ao fundo; ambas as
construções feitas de tijolos cerâmicos. Fim da descrição.

Período Védico
A civilização védica, composta por povos arianos e dravidianos, já incorporava as práticas do
Yoga, mas não existem informações sobre a forma que o Yoga era praticado.

As primeiras referências literárias sobre o Yoga, em condição informal, estão presentes nos
Vedas Rig-veda. Vedas significa saber; conhecimento, e é composto por quatro obras, em um
idioma chamado sânscrito védico, do qual se originou posteriormente o sânscrito clássico.
Inicialmente, os Vedas eram transmitidos apenas de forma oral.

Período das Upanishads


Foi nesse período em que foi explorada uma diversidade muito maior de aspectos referentes ao
Yoga, as quais datam de cerca de 1000 a.C. O primeiro texto em que a palavra Yoga foi utilizada
com o sentido técnico foi a Katha Upanishad.

O Yoga se iniciou com a transmissão oral de mestre a discípulo dentro da tradição, de boca a
ouvido e, portanto, os primeiros documentos escritos sobre o tema são provavelmente muito
posteriores aos princípios e às técnicas que enfocam.

Você Sabia?
Upanishad significa sentado aos pés do mestre e indica que o
conhecimento contido nesses textos foi desenvolvido pela vivência
intensa entre mestre e discípulo.

Período Épico
No período épico, em 1000 a.C., surgem as mais importantes referências para a tradição do Yoga.
Os dois épicos indianos Ramayana e Mahabharata são fontes riquíssimas de informação a
respeito de várias práticas de Yoga utilizadas naqueles tempos.

Mahabharata pode ser considerado um tratado de Yoga, pois define vários caminhos para a

libertação, os quais posteriormente viriam a caracterizar várias escolas tradicionais de Yoga. A


mais importante seção do Mahabharata é famoso Bhagavad Gita, que é a obra de maior
importância na filosofia do Yoga e mostra o significado real de yoga – uma libertação do contato
com a dor e o sofrimento.

Ele enfoca as características do yogin realizado e os três caminhos do Yoga: o caminho de reto
conhecimento (base para o Jnana Yoga), um caminho da devoção (base para o Bhakti Yoga) e o
caminho da ação (base do Karma Yoga), além de falar sobre o conhecimento do absoluto e sobre
um estilo de vida. Esse estilo de vida é chamado de Yoga, e isso faz de Gita um texto completo,

porque é um Yoga Śastra (Tratado de Yoga) e um Brahma Vidyā (conhecimento de Brahma).


Figura 4 – Ilustração manuscrita da batalha de
Kurukshetra, travada entre os Kauravas e os Pandavas,
registrada no Épico do Mahabharata
Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: uma ilustração manuscrita da batalha de Kurukshetra,


travada entre os Kauravas e os Pandavas, registrada no Épico do Mahabharata.
Aparecem soldados, com flechas, montados em cavalos. A ilustração é colorida
com muitos tons vermelhos e letras em sânscrito em preto. Fim da descrição.

Período dos Sutras


Muitas tradições tiveram origem naqueles tempos próximos ao ano zero de nossa época.

O aspecto principal que faz do último milênio a.C. uma época de especial importância na história
do Yoga é a compilação do principal livro escrito sobre o tema, os sutras de Patañjali.

Sutras são frases muito concisas que encerram em si o maior significado possível. A data que
os sutras foram escritos não foi definida e não se sabe se Patañjali foi uma pessoa ou um grupo
de pessoas.

Patañjali (Figura 5) compôs de forma sistemática todo o ensinamento do Yoga Clássico em 196

Sutras, abrangendo métodos e práticas que levam o praticante ao total domínio da mente, tendo
como principal objetivo conduzir o aspirante ao estágio final, que é a autorrealização ou
Kaivalya, mediante o domínio das aflições humanas (kleśas) e da completa cessação das
modificações da mente (citta vrittis) (PACKER, 2009).

Não havia imprensa, logo, os conhecimentos eram passados de boca a ouvido e tinham que ser
decorados, conhecidos a partir do coração e interpretados junto ao mestre, motivo pelo qual os
sutras chegam até nós inalterados em sua essência.

O budismo parece ter sido bastante influenciado pelo Yoga, uma vez que o próprio Buda (Figura

6) praticou Yoga com os mestres Arada Kalam e Urda-a Ramaputta.


Outro grande pensador, Mahavira (Figura 7), fundador do Jaina-Yoga, foi contemporâneo de
Gautama Buda e muitas técnicas jainas assemelham-se às do Bhagavad Gita.

Há semelhanças evidentes de conceitos e termos entre as escrituras budistas e os Yoga-Sutras


de Patañjali, o que originou a questão da primazia relativa do Yoga budista ou de Patañjali. Há
semelhança na descrição dos Yamas (autorrestrições) realizados por Patañjali e os votos
seguidos pelos jainas (Jaina-Yoga, fundada por Mahavira).
Figura 5 – Foto da estátua de Patañjali
Fonte: yogaforum.org

#ParaTodosVerem: uma foto de uma estátua de madeira que representa


Patañjali. Está envolto por um portal em arco. Possui quatro braços, sendo duas
das quatro mãos unidas na frente do peito e as outras mãos fechadas para cima.
As pernas estão envolvidas por uma cobra. Fim da descrição.

Os Yoga-Sutras de Patañjali foram comentados por diversos autores. O primeiro comentário dos
Yoga-Sutras é conhecido como Vyasabhasya, atribuído a Vyasa.

O sistema de Patañjali passou a ser reconhecido como Yoga clássico, mas Patañjali não inventou
o sistema, ele sistematizou os conhecimentos disponíveis na sua época, definindo-os como
Astanga Yoga (oito partes).

Figura 6 – Foto da estátua de Buda


Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de uma estátua de Buda. No centro, Buda está


sentado, vestido com um manto branco, com as pernas cruzadas, uma mão
sobre o colo e a outra em frente ao peito, com a palma da mão aberta. Ao lado
direito de Buda, há três incensos acesos e atrás dos incensos, um sino tibetano,
composto por uma tigelinha metálica e um bastão metálico. Fim da descrição.

Figura 7 – Foto da estátua de Mahavira


Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: uma foto de uma estátua de Mahavira. No centro, Mahavira está


sem camisa, sentado em um trono dourado, com as pernas cruzadas, uma mão sobre
a outra, com o dorso da mão direita apoiada sobre a palma da mão esquerda. Fim da
descrição.
Período Smrti
O período de literatura Smrti começa nos tempos de Patañjali. Alguns textos Smrti foram
compostos antes de 500 a.C. e continuaram a ser compostos até 1000 d.C.

Os Smrtis tentavam combinar o Yoga com rituais do dia a dia. Dessa forma, o Pranayama e certas
técnicas purificatórias ocupavam papel importante em muitos rituais.

Período dos Puranas


Os Puranas são uma classe de literatura que existe há muito tempo, reescritos de tempos em
tempos, sofrendo alterações constantes. Muitos deles tratam de Yogangas (partes que compõem
o Yoga).

Período Medieval

Estágio Tântrico
O movimento tântrico foi um momento de novas e importantes transformações, representando
um esforço de síntese em todos os setores da cultura indiana.

Há Tantras budistas, hindus e jainas.

Tantras são normalmente associados ao culto a Shakti.


Saiba Mais
De acordo com a crença Tantra, o Universo origina-se da união
cósmica de Shiva (polaridade masculina) com Shakti (polaridade
feminina), o que possibilita o aparecimento de toda a criação. É nesse
período que também se desenvolve um grande aprofundamento do
conhecimento dos canais de energia sutil (nadis) e dos chackras.

Culto Natha
Como um acessório do Raja-Yoga, o Hatha-Yoga evoluiu e tornou-se muito popular por meio do
culto Natha. Muitas das práticas do Natha-Yoga parecem ter sido originadas do Tantra.

O Natha-Yoga enfatizou a preparação do corpo como veículo importante para experiências


espirituais mais elevadas.

Assim sendo, eles abriram seu movimento para as mulheres, para os sem casta e,
principalmente, integraram o corpo no processo de liberação, contrariando as muitas linhas
anteriores que preconizavam o desprezo ao corpo.

Culto Bhakti
O Yoga ainda teve impacto na literatura Bhakti (devocional).
Grandes praticantes de Yoga, pessoas consideradas iluminadas, escrevem profundamente sobre
a devoção e, dependendo de sua formação, referem-se ao Yoga com maior ou menor frequência

Período Moderno
A tradição do Yoga persiste nos dias de hoje sem interrupção.

Nos tempos modernos, Swami Vivekananda popularizou o Yoga.

Swami Ramatirtha e Paramahansa Yogananda difundiram a mensagem do Yoga para fora das

fronteiras da Índia. Raman Maharshi, Sri Aurobindo e Swami Shivananda de Rishikesh são
outros nomes importantes de expoentes modernos no campo da Filosofia.

Na área de investigação acadêmica e literária, Swami Kuvalayananda tornou os aspectos


científicos do Yoga.

Por uma necessidade, o Yoga se espalhou no ocidente até mais do que na Índia, visto que o
homem ocidental, na sua rotina, se envolveu em tantos estímulos externos, como o mundo dos
negócios e o da competição, que perdeu o hábito de ouvir a si próprio. Yoga apresenta um
caminho que passa através da consciência do corpo e penetra na sua verdadeira dimensão,
colocando de lado a racionalidade e o intelecto, uma verdadeira jornada interior, um movimento
da personalidade humana em direção ao seu centro.

Os conceitos do Yoga desenvolveram-se de diversas maneiras, levando à geração de diferentes


escolas e inumeráveis variações de práticas, permanecendo em um viés de uma prática
terapêutica para os cuidados com a saúde do corpo e da mente, continuando comum a todas as
escolas e a todas as práticas como ajuda direta para a autorrealização, no sentido de acalmar a
mente.

O mundo está vendo o Yoga florescer de maneira impressionante e seu uso tornou-se muito
comum em muitas cidades do mundo. Não é mais um segredo oculto privativo do oriente. Seus

benefícios alcançaram todos os níveis da humanidade, de crianças nas escolas a estadistas,


desde artistas até artesãos.
As práticas vêm tornando-se cada vez mais inclusivas, realizadas no leito de um hospital, em
uma cadeira em seu escritório, por idosos com limitações e inclusive por deficientes físicos e
visuais

Saiba Mais
“A investigação científica das técnicas de Yoga e, em particular, dos
efeitos terapêuticos tem fortalecido a credibilidade em torno da
aplicação destas como recursos importantes no tratamento e
prevenção de inúmeras patologias” (SILVA, 2009, p.152).

Astanga – As Oito Partes do Yoga


O sistema exposto por Patañjali foi elaborado na época dos Sutras e é constituído por oito
membros (Astanga), conforme mostra a Figura 8 a seguir.
Figura 8 – Partes do Yoga
Fonte: Adaptada de Freepik

#ParaTodosVerem: ilustração das oito partes de Patañjali, indicando


detalhadamente as oito partes. A figura contém indicações com flechas azuis.
Fim da descrição.

A forma adotada por Patañjali para apresentar o Yoga é por meio dos Sutras do Yoga, que são
compostos de 196 frases distribuídas em quatro capítulos. Eles estão dispostos em forma
sequencial, abrangendo todos os pontos essenciais do sistema e incluindo os oito componentes
do Yoga:

Yama;

Niyama;
Asanas;

Pranayama;

Dharana;

Dhyana;

Samadhi.

Os três últimos componentes do Yoga, Dharana, Dhyana e Samadhi constituem a meditação do


Yoga (Samyama), e tratam essencialmente da transformação da mente pela prática da meditação
e dos resultados possíveis de obter com ela.

Os Yamas e os Niyamas em conjunto constituem os dez princípios de conduta que, se seguidos

fielmente, proporcionarão ao praticante um estado de otimismo que assegurará saúde para a


mente. São eles:

Yamas
Os Yamas correspondem ao desenvolvimento de uma conduta moral e ética sadia com o meio e a
sociedade, evitando problemas e dor a quem quer que seja.

Yama abrange cinco princípios:

Ahimsa (não violência): é o respeito incondicional a toda manifestação de vida, na


forma em que se apresente, inclusive a nós mesmos. A não violência de forma
ampla, não só a não agressão física, mas também a agressividade manifestada em
palavras e pensamentos, toda emoção negativa ou violenta que se manifeste em nós.
Também é o respeito à natureza e ao equilíbrio do ecossistema;

Satya (veracidade): enquanto ahimsa baseia-se essencialmente no amor, satya


baseia-se essencialmente na perfeita veracidade entre atos e pensamentos. Não é só
a abstenção da mentira, mas sim uma perfeita coerência entre pensamentos,
palavras e atos com os outros e consigo mesmo. É a busca pela verdade absoluta;

Asteya (não roubar): não cobiçar o que não lhe pertence, mais do que não roubar, no
sentido de furtar algo material, também está relacionado com não invejar o que é
dos outros e não se apropriar de ideias que não sejam suas. Deve-se posicionar
sobre todos os aspectos com retidão e não somente do ponto de vista material. Traz
também um dos principais ensinamentos espirituais da Índia: o desapego.
Precisamos de pouco para viver bem;

Brahmacharya (domínio das energias): é uma vida simples com o domínio das
energias corpóreas. O objetivo de Brahmacharya não é se tornar celibatário, mas sim
que se tenha controle sobre seus impulsos sexuais e permitir que o amor seja
condutor das suas atitudes. Também vai além do impulso sexual; esse yama traz o
princípio da continência, da moderação, que vai da alimentação ao uso do dinheiro.
Cometer esses excessos é ir contra Brahmacharya;

Aparigraha (não possessividade): o conceito de aparigraha é trabalhar o


autocontrole e o desapego, abandonar o sentimento de posse, de ciúmes e da ânsia
desenfreada da obtenção de bens materiais, pois acumular em excesso é sempre
falta de fé na providência e em si mesmo. Ter somente o necessário para a
manutenção da vida e não ser escravo daquilo que possui. O homem comum não
consegue manter a mente em equilíbrio por tê-la sempre repleta de frustrações e
assim não consegue a paz. Tanto Asteya quanto Aparigraha nos apontam o viver
com simplicidade, sabendo usufruir com sabedoria dos bens materiais.

Niyamas
Os Niyamas correspondem aos aspectos interiores que necessitam ser desenvolvidos no
caminho da consciência. Caracterizam-se pelo florescimento das virtudes da alma e despertam
a nossa verdadeira natureza (PACKER, 2009).

São a base moral do Yoga; são regras de conduta aplicadas à disciplina individual, que visam
organizar, harmonizar e reestruturar a personalidade.
Estão relacionados às ações mentais positivas que toda pessoa deve procurar incluir diariamente
em sua vida e que são as disciplinas do yogui.

Sauca (pureza): está relacionada à pureza física, à emocional e à mental, inclusive


sob ponto de vista das intenções.

• Pureza física: fisicamente pura é a pessoa que se banha todos os dias, tem uma
alimentação saudável, pratica uma atividade física ou Yoga (asanas, pranayamas
e kryas – limpezas);

• Pureza mental: mentalmente pura é a pessoa que procura meditar todos os dias,
sempre faz uma análise sincera de seus pensamentos e atos e se reconcilia com todo
o universo;

• Pureza emocional: quem é emocionalmente puro, mesmo agredido, não cultiva a


raiva, tem bom humor e seu coração está sempre repleto de sentimentos bons;

Santosha (contentamento): é uma atitude de alegria interna, independentemente de


pessoas ou situações. É viver aceitando com serenidade os acontecimentos e livre de
quaisquer expectativas pessoais, com gratidão, qualquer que seja o resultado. Isso
não quer dizer ficar inerte diante da vida, deixando tudo por conta do destino, mas
buscar incessantemente pensamentos de harmonia e contentamento;

Tapas (austeridade e disciplina): é manter-se dentro da disciplina diária, ativando a


força de vontade firme e resoluta para alcançar um objetivo. É não desistir diante de
uma situação difícil ou de uma privação que pareça intransponível. Segundo
Pantañjali, se Tapas for executado corretamente, purifica e fortalece o corpo, aguça
os sentidos e conduz à perfeição;

Svadhyaya (autoanálise, estudos das Escrituras Sagradas): analisar diariamente as


atitudes e os pensamentos sob uma visão ética, abrangendo o campo físico e o
mental, bem como o espiritual. As Escrituras Sagradas são instrumentos preciosos
para essa autoanálise, pois ampliam nossos horizontes e nos ajudam para o
fortalecimento pessoal e o espiritual;

Ishvara Pranidhana (entrega ao absoluto): a confiança plena na existência de um ser


supremo, a fé que ultrapassa barreiras é Ishivara. Servir, elevando-se aos estágios
mais profundos e espirituais na vida cotidiana. Essa fase envolve aspectos que
transcendem a realidade diária da vida do ser humano. Todas as ações são dedicação
ao Absoluto, servindo apenas a Ele.

• A manifestação máxima do ser humano na Terra é servir ao próximo, sendo essas


ações uma dedicação também ao Absoluto.

• Para atingir por completo esse Niyama, é preciso esforço (Tapas) e estudo
(Svadhyaya), anulando todo o orgulho e o egoísmo, desenvolvendo humildade e,
assim, seguindo pelo caminho da devoção.

Asanas
Asanas são as posturas que são realizadas nas práticas de Yoga.

As posturas são caracterizadas pela condição de conforto e controle na permanência, sugerindo


relaxamento e prazer ao praticante. São realizadas com a participação ativa da mente e com o
relaxamento do esforço. São denominadas posições psicofísicas e fazem com que as energias do
nosso corpo fluam livremente, sem nenhum bloqueio, liberando o corpo para funções mais
sutis. Agem de forma profunda, atuando em todos os sistemas do nosso corpo. Nossos centros

energéticos são movimentados, gerando fluidez mental.

Cada um dos asanas atua em uma parte do corpo e possui sua função. Beneficiam todo o corpo e,
também, a nossa energia sutil, os chakras.

A forma como são realizadas as práticas de Asanas depende da escola de origem. Quanto à

nomenclatura, alguns nomes de asanas são divergentes.

Diante de enorme quantidade de asanas descritos em livros, em revistas e sites de Yoga, temos
dificuldade de encontrar uma nomenclatura consistente e coerente.

O Hatha Yoga possui 84 posturas tradicionais e algumas delas adaptadas para o ocidental.
As posturas são divididas em três grupos: culturais, de relaxamento e de meditação.

Posturas culturais: as posturas culturais estabelecem o equilíbrio fisiológico dos


sistemas do corpo humano, para estabelecer vigor orgânico. Destinam-se ao
treinamento da coluna vertebral, promovendo força e flexibilidade aos músculos;

Posturas de lateralidade;

Postura de extensão;

Postura de flexão;

Postura de torção;

Postura invertida;

Postura de equilíbrio.

Exemplo de postura de lateralidade, a Trikonasana (postura do triângulo):


Figura 9 – Postura de lateralidade, a Trikonasana (postura
do triângulo)
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher negra, vestida com calça legging
verde e camiseta top branco, demonstrando a postura de lateralidade, a
Trikonasana (postura do triângulo). A postura é realizada com pernas afastadas,
braços na altura dos ombros e palmas da mão para baixo. Inclina-se o tronco
para a esquerda, o braço esquerdo para baixo e o braço direito vai para cima. A
cabeça fica para cima, olhando para a mão. Depois, volta ao meio e faz o mesmo
movimento para o lado direito. Fim da descrição.

Exemplo de postura de extensão, a Dhanurasana (postura do arco):


Figura 10 – Postura de extensão, a Dhanurasana (postura
do arco)
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher negra, vestida com calça legging
preta e top preto, demonstrando a postura de extensão, a Dhanurasana (postura
do arco). A postura inicia-se de bruços. Os joelhos são dobrados e as mãos
seguram os pés na altura do tornozelo ou do dorso do pé. Os pés são elevados e
os braços esticam; o tronco sobe e o olhar vai para frente. Depois, deve-se
permanecer 30 segundos e retornar de bruços. Fim da descrição.

Exemplo de postura de flexão, Uttanasa (postura da flexão intensa):


Figura 11 – Postura de flexão, Uttanasa (postura da flexão
intensa)
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher parda, vestida com calça legging
preta e camiseta regata azul-turquesa, demonstrando a postura de
flexão, Uttanasa (postura da flexão intensa). Inclinação da cabeça para frente,
mãos tocando os pés; se for possível, os dedos devem tocar o chão. Deve-se
permanecer por 30 segundos e, em seguida, retornar a cabeça e o tronco para
cima. Fim da descrição.

Exemplo de postura de torção, a Matsyendrãsana (postura do senhor dos peixes):


Figura 12 – Postura de torção, a Matsyendrãsana (postura
do senhor dos peixes)
Fonte: Freepik

#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher branca, vestida com calça legging
branca e top cinza, demonstrando a postura de torção, a Matsyendrãsana (postura do
senhor dos peixes). A postura inicia-se sentada com joelhos esticados para a frente.
O joelho esquerdo é dobrado, com a sola do pé no chão. Com o braço, apoia-se o
cotovelo no joelho esquerdo e gira-se o tronco para a esquerda. Apoia-se a mão
esquerda atrás do quadril no chão. Deve-se girar a cabeça para a esquerda, olhando
por cima do ombro. Fim da descrição.

Exemplo de postura invertida, Sarvangasana (postura da vela):


Figura 13 – Postura invertida, Sarvangasana (postura da
vela)
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de três mulher brancas, vestida com calça legging
preta e cinza com blusas preta, verde e rosa, demonstrando a postura invertida,
Sarvangasana (postura da vela). Deitada de costas, com impulso, deve-se elevar,
com auxílio das mãos segurando o quadril, as duas pernas para cima. As
nádegas saem do chão. Os cotovelos ficam apoiados, os ombros e a cabeça, no
chão. Para voltar, deve-se mover devagar. Fim da descrição.

Exemplo de postura de equilíbrio, Natarajasana (postura do bailarino cósmico):


Figura 14 – Postura de equilíbrio, Natarajasana (postura do
bailarino cósmico)
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher branca, vestida com calça legging
preta e blusa cinza, demonstrando a postura de equilíbrio, Natarajasana
(postura do bailarino cósmico). Comece em pé, com braços e pernas ativos, e
flexione o joelho direito para trás, segurando por dentro do peito do pé com a
mão direita. Eleve o máximo que puder a perna direita, para cima e para trás,
ativando o quadríceps e sentindo a musculatura do braço esticada e bem ativa. O
braço esquerdo estende-se para frente. Fim da descrição.

Posturas Meditativas
São aquelas em que é possível permanecer por horas na postura, sem desconforto, para meditar.

Todas elas são sentadas e poderão ser utilizados acessórios, como, por exemplo, uma almofada,
para dar maior conforto.
Exemplo de postura meditativa, a postura de Lótus, como mostra a Figura a seguir.

Figura 15 – Postura de Lótus


Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de um homem vestido de short e camiseta vinho,


sentado, demonstrando a postura de Lótus. Pernas cruzadas, com pés passando
por cima das panturrilhas. Fim da descrição.

Postura de Relaxamento
As posturas de relaxamento são aquelas que permitem total descontração muscular e, em alguns
casos, levam ao estado de sono. Por isso, não são utilizadas para meditação.

Exemplo de postura de relaxamento, Savasana (postura do cadáver):


Figura 16 – Savasana (postura do cadáver)
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: uma foto de um grupo de pessoas; dois homens, com


camiseta e short, e duas mulheres, com calça legging e top, demonstrando a
postura de relaxamento, Savasana (postura do cadáver). Fim da descrição.

O conhecimento essencial sobre a técnica dos Asanas foi condensado por Patañjali em apenas
três Sutras.

No primeiro deles, destaca os dois quesitos essenciais para a prática dos asanas: sthira-sukham
āsanam – A postura (deve ser) estável e confortável (Yoga Sutra II-46) (TAIMNI, 2006).

No segundo Sutra, para adquirir o domínio de um Asana, Pantañjali oferece duas sugestões
valiosas: prayatna-śaithilyānanta-samāpattibhyām – Pelo relaxamento do esforço e da
meditação no “Infinito” (a postura é dominada) (Yoga Sutra II 47).
O terceiro Sutra faz menção ao mais importante resultado da perfeição na prática de Asanas, que
é a resistência aos pares de opostos: Tato dvandvānabhighātaḥ – Então, não há ataque dos pares
de opostos (Yoga Sutra II-48). Do livro “Os Yoga Sutras de Patanjali”, traduzido do sânscrito,

com comentários por Carlos Eduardo G. Barbosa. (2019, p.84 e 85).

Dhāranā
Dharana é a concentração em seu real significado, no qual se dirige toda a atenção em um único

foco, após a abstração dos sentidos. Leva ao estado de reflexão, concentração e meditação.

Dhyāna
Dhyāna é a meditação quando ocorre a identificação com o que se escolheu como foco de
concentração.

Samādhi
Samādhi é o último estágio da prática e o próprio objetivo de toda a metodologia. É considerada a

técnica essencial do Yoga, pois tem como definição o estado de não identificação com os
conteúdos da mente. Um momento perfeito de interiorização e aprofundamento. Momento em
que se atinge a equanimidade da consciência, é o despertar além da consciência, estado de
Integração.

Para fecharmos nossos estudos sobre os oito passos do Yoga, utilizaremos a Árvore do Yoga.
Iyengar (2016, p 335) relacionou o nosso corpo à vida, à saúde e ao mundo.

“Ao cultivar uma planta, primeiro se cava a terra, removem-se as pedras e ervas

daninhas e revolve-se o solo. Depois coloca-se a semente no solo, cercando-a de


terra fofa, tão cuidadosamente que, quando a semente se abrir, não será danificada

pelo peso da terra. Por fim, rega-se com delicadeza a terra e espera-se que a

semente germine e cresça. Depois de um ou dois dias, a semente se abre em uma

muda a partir da qual cresce um caule. O caule então se divide em dois galhos e

produz folhas. A planta cresce constantemente até tornar-se um tronco e produzir

galhos que se estendem em várias direções, carregados de muitas folhas.”

- IYENGAR, B.K.S., 2021, p.335

De forma similar, precisamos cultivar a nossa árvore interior. Dentro de nós podemos encontrar

esta semente que pode ser germinada com o Yoga. Essa semente contém oito segmentos que, à
medida que a árvore cresce, originam os oito membros do yoga.

Figura 17 – A árvore do Yoga


Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: uma ilustração da árvore do Yoga, contendo as oito partes
de Patañtanjali. Fim da descrição.

Entendendo esse esquema:

Raiz é o Yama, que compreende os cinco princípios, Ahimsa, Satya, Asteya,


Brahmacharya e Aparigraha. A observação de yama disciplina os cinco órgãos da
ação (braços, pernas, boca, aparelhos reprodutor e excretor) para que possam agir
com fins concretos;

Tronco, que se compara com Niyama, Saucha, Santosa, Tapas, Svadhyaya,


Isvarapranidhana. Esses cinco princípios controlam os órgãos da percepção (olhos,
ouvidos, nariz, língua e pele);

Galhos são os Asanas, que irrigam todas as células do corpo, nutrindo-o com um
abundante suprimento de sangue;

Casca refere-se à pratyahara, justamente o que acontece quando se está absorvido


na execução de um Asana e quando os músculos e as articulações se mantêm em
repouso em suas posições. O corpo, os sentidos e a mente perdem a sua identidade,
e a consciência brilha em toda a sua pureza;

Seiva percorre os galhos e o tronco da árvore rumo à raiz. É dharana, concentração


ou atenção completa, quando nenhum pensamento invade a mente quando se
executa um Asana;

Flor é dhyana, meditação que, na execução das posturas, é unir o corpo, o cérebro, a
mente, a inteligência, a consciência e a alma sem qualquer divisão;

Fruto é o samadhi, a vivência do Uno e do Absoluto; quando se mergulha tão


profundamente no eu que esse mesmo eu é esquecido; quando a alma é sentida em
todas e cada uma das partes do corpo.
É preciso tratar a terra, deixá-la fofa, livre das ervas daninhas, dar-lhe água e adubo para que a
planta se desenvolva e cresça sadia e forte. A essência espiritual da árvore está concentrada no
suco de sua fruta, que é o ápice do seu desenvolvimento.

Os Yoga Sutras nos mostram que o Yoga não é só uma prática física que fortalece e traz saúde ao
corpo. É, antes de tudo, uma filosofia de vida, como nos ensina Iyengar, no livro “A Árvore do
Yoga”:

Por meio dos Sutras, temos um caminho que nos leva ao autoconhecimento, ao equilíbrio

perfeito entre corpo, mente e espírito.

O Yoga existe com toda sua filosofia e seus recursos bem elaborados dentro dos oito passos de
Patañjali, com os yamas e os niyamas envolvendo a conduta ética e a moral que vão se fazendo
necessárias no decorrer dos caminhos que o Yoga apresenta, como nos Asanas e nos

Prānāyāmas, fortalecendo o corpo e a mente, de forma consciente e revitalizadora, e os passos


seguintes: pratyãhãra, dhāranā, dhyāna e samādhi, relacionados à meditação, parte fundamental
e finalidade magna do Yoga.
📄 Material Complementar
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Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros

Yoga: Dominando os Princípios Básicos


Neste livro você vai encontrar os princípios da ciência sistemática do Yoga. Proporciona um
conhecimento intuitivo que transformará sua mente, seu corpo e sua alma. Este livro é um guia
prático para os elementos essenciais da Yoga, ele aborda todos os aspectos da prática:

meditação, estilo de vida e filosofia fundamental.


ANDERSON, S.;SOVIK,R.; Yoga: dominando os princípios básicos. São Paulo: Madras. 1 ed. 2013.

A Autobiografia de um Iogue
Yogananda descreve a sua procura por um guru (mestre espiritual) e seus encontros com
Mahatma Gandhi — a quem deu iniciação em Kriya Yoga, Rabindranath Tagore, o poeta, escritor
e músico indiano laureado com o Prêmio Nobel de literatura em 1920, Therese Neumann, a

católica estigmatizada, Sri Anandamoyi Ma, uma santa hindu, Luther Burbank, o botânico a
quem o livro é dedicado — e outras personalidades famosas.
YOGANANDA,P.; Autobiografia de um logue. Belo Horizonte: Self-Realization Fellowship, 2015.
Posturas Restauradoras de Yoga
Este livro é indispensável para consultar e ganhar alívio sempre que uma dor de cabeça ou nas
costas aparecer ou em casos de ansiedade, estresse, depressão, insônia, sinusite , etc. São trinta
distúrbios para os quais você pode buscar cura e ainda preservar a sua saúde. E uma coisa

importante que você vai aprender aqui é que a saúde precisa ser nutrida e mantida diariamente.
BOSCO, S. Posturas restauradoras de yoga. São Paulo: Matrix. 3 ed. 2012.

Vídeos

A História do Yoga

A HISTÓRIA DO YOGA

Yoga no Brasil: Como o Yoga se Tornou o que é Hoje?


Traz a reflexão de como ver e repensar o yoga, a partir de pesquisas nas áreas da saúde, da
Medicina, da qualidade de vida e do bem-estar. É também um momento de pensar que, partindo
dos textos tradicionais, o yoga pode ser adaptado a culturas diferentes e às pessoas com
diferentes características. É possível entender as diferentes vertentes, mas os princípios e os
objetivos que o yoga sugere não devem sofrer modificações. Yoga veio para somar.

Yoga no Brasil: Como o Yoga se tornou o que é hoje?

Marcos Rojo (Especialista em Yoga) (190) – À Deriva Podcast


com Arthur Petry
Marcos Rojo (Especialista em Yoga) (190) | À Deriva Podcast com …

Fala Sério: Marcos Rojo (26/12/2011)

Fala Sério: Marcos Rojo (26/12/2011)


Como Transmitir Yamas e Niyamas nas Aulas Práticas?

Clique no botão para conferir o vídeo indicado.

ASSISTA

Filme

Documentário Hermógenes
Assista, a seguir, o trailer deste filme.

Doc Hermógenes - Promo do filme sobre Prof. Hermógenes precu…


precu…
📄 Referências
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BARBOSA, C. E. G. Os Yoga Sutras de Pantanjali. 1. ed. São Paulo: Mantra, 2019.

BASSOLI, R. M. Yoga: um caminho para a luz interior. 4. ed. Campinas: Átomo, 2012.

IYENGAR, B. K. S. Luz sobre o Yoga: o guia clássico de Yoga. 1. ed. São Paulo: Pensamento, 2016.

PACKER, M. L. G. A senda do Yoga: filosofia, prática e terapêutica. 2. ed. Blumenau: Nova Letra,
2009.

PAGE, J. L. Manual de Yoga integrativa. 1. ed. Garopaba: Montanha Encantada, 2009.

RODRIGUES, M. R. (coord.). Estudos sobre o Yoga. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2006.

SILVA, G. D. Curso básico de Yoga: teórico-prático. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2009.

SOUTO, A. A essência do Hatha Yoga: Hatha Pradipika, Gheranda Samhita, Goraska Shataka. 1. ed.
São Paulo: Phorte, 2009.

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