Corpo e Mente II Unidade1
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Objetivos da Unidade:
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Material Teórico
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O que é Yoga
Você certamente já deve ter ouvido falar sobre Yoga, tendo sobre ele uma certa noção,
principalmente nos dias de hoje, com acesso à internet pelas redes e pelas mídias sociais. Talvez
você já pratique e já esteja bastante familiarizado com o tema.
Não importa o seu grau de conhecimento, uma vez que a ideia aqui é transmitir o pensamento
para que você possa estudar e aplicar na sua vida profissional esse assunto.
Há alguns anos, muita gente pensava que Yoga era uma religião, uma prática misteriosa para
esotéricos e, ainda, um movimento praticado por hippies. Até hoje, existem muitos preconceitos
em relação ao Yoga, que ainda é confundido com uma ginástica lenta, um alongamento difícil,
para manter uma boa forma física, basta ver os anúncios nas redes sociais.
Agora, você vai entender o que Yoga significa, mas só poderá sentir seus benefícios se
experimentar praticando.
Atenção!
Retorne ao ambiente virtual para a prática desta Unidade no item "Videoaula".
Apresento a você o Yoga de acordo com sua proposta original, ou seja, uma disciplina
transformadora, tão necessária nos dias de hoje, para cada um de nós, para a sociedade e para o
planeta.
Para começar, é importante saber que Yoga é uma palavra muito antiga, vinda do sânscrito,
língua falada por um povo no norte da Índia, já por volta de um milênio antes de Cristo.
O termo Yoga deriva da raiz yuj, do sânscrito, que significa unir, juntar e ligar, integrar; significa
também união e comunhão. Pode-se definir Yoga como junção, união ou integração.
A união que define a palavra Yoga, em sua ampla compreensão, nos traduz como a união do
homem com Deus. Dentro desse processo de autoconsciência e meditação, o homem alcança
sua luz interior.
A palavra yoga possui diversas facetas, cada uma refletindo uma matiz de significado e
revelando aspectos distintos de toda a gama de esforços humanos para alcançar a paz e a
felicidade interior. Nas literaturas sobre Yoga, temos muitas definições, como veremos, por
exemplo, a seguir.
Para Rodrigues (2006), “Yoga é a ciência para estar aqui e agora, sem devaneios e ilusões, isso
porque traz ao praticante um conhecimento maior de si mesmo e, por isso, um melhor domínio
(e não apenas controle) sobre seu ser, dentro da mais pura realidade presente.” (RODRIGUES,
2006, p.).
para canais construtivos. Como um rio caudaloso que, propriamente contido por
represas e canais, cria um vasto reservatório de água, previne a fome e provê
- IYENGAR, 2016, p
Você Sabia?
No sânscrito, as palavras terminadas em “a” só podem ser masculinas
ou neutras. Portanto, em sua terra, o Yoga era masculino.
No coração do Yoga há uma mensagem que todos os seres humanos são equilibrados por
natureza, e que esse lado interior equilibrado não pode ser danificado ou retirado, porque é da
própria natureza humana. O Yoga permite o reconhecimento desse nosso interior.
Internamente, aprendemos a nos fortalecer, a relaxar e a equilibrar o nosso sistema nervoso,
levando a nossa mente a um estado de paz. Por meio do Yoga, é possível alcançar uma realização
de nossa própria natureza, equilibrada e feliz.
sentir o estado físico e o mental. Por isso, é considerada uma prática psicofísica.
Todo o processo da prática do Yoga é silencioso, o que leva a um estado de silêncio interior,
aquietando a mente, tranquilizando-a e deixando-a livre das preocupações diárias. A
introspecção atingida leva ao estado de meditação profunda, chamado Samadhi – o que também
Yoga nos leva a um estado de união, de nós com a melhor parte de nós, ou seja, a parte de Deus
em nós, e você se sente bem consigo mesmo. Significa que você deixa de ter as “brigas”
interiores provenientes de sua autoexigência, pois existe a autoaceitação, em que você se
reconhece como um ser humano melhor. Assim, Yoga também tem por objetivo a integração do
ser individual ao princípio supremo.
Por meio do Yoga, alcançamos uma vida mais saudável e melhor, por exemplo, a respiração, a
alimentação, os hábitos, o estilo de vida e a flexibilidade melhoram dia a dia. Os praticantes se
tornam mais calmos e tranquilos. Contudo, vale lembrar que os resultados dos efeitos benéficos
serão alcançados em função da dedicação individual, sendo uma autotransformação gradual,
envolvendo não somente o corpo físico, mas o equilíbrio energético, o emocional, o psicológico,
o intelectual e o espiritual, levando o indivíduo a um estado de harmonia, saúde e bem-estar.
Você Sabia?
O Yoga é patrimônio da humanidade e não é propriedade de nenhuma
cultura ou manifestação específica do conhecimento.
História
Depois de saber o seu significado, você com certeza deve estar curioso(a) para saber quando e
onde o Yoga nasceu.
O Yoga nasceu na Índia Antiga (Figura 1), país localizado ao Sul do continente asiático, mas
ficaremos sem saber quando, pois é tão antigo que sua origem se perde na poeira dos tempos.
Historicamente, o que se sabe sobre o Yoga é muito pouco.
Vamos fazer uma viagem na trajetória do Yoga na Índia do ponto de vista estudado por
historiadores modernos e com base na bibliografia disponível.
Período Pré-Védico;
Período Védico;
Período Épico;
Período Smrti;
Período Medieval;
Período Moderno.
Período Pré-Védico
Nas escavações do Vale do Rio Indo, foram encontradas pelo menos duas cidades, Mohenjo-
daro e Harapa (Figura 2), nas quais foi descoberto que o Yoga já era praticado, de alguma forma,
em 3000 a.C., como sugerem algumas evidências arqueológicas, tais como uma pedra esculpida
mostrando uma divindade sentada em postura de lótus (Figura 3).
Figura 2 – Mohenjo-daro
Fonte: Wikimedia Commons
Período Védico
A civilização védica, composta por povos arianos e dravidianos, já incorporava as práticas do
Yoga, mas não existem informações sobre a forma que o Yoga era praticado.
As primeiras referências literárias sobre o Yoga, em condição informal, estão presentes nos
Vedas Rig-veda. Vedas significa saber; conhecimento, e é composto por quatro obras, em um
idioma chamado sânscrito védico, do qual se originou posteriormente o sânscrito clássico.
Inicialmente, os Vedas eram transmitidos apenas de forma oral.
O Yoga se iniciou com a transmissão oral de mestre a discípulo dentro da tradição, de boca a
ouvido e, portanto, os primeiros documentos escritos sobre o tema são provavelmente muito
posteriores aos princípios e às técnicas que enfocam.
Você Sabia?
Upanishad significa sentado aos pés do mestre e indica que o
conhecimento contido nesses textos foi desenvolvido pela vivência
intensa entre mestre e discípulo.
Período Épico
No período épico, em 1000 a.C., surgem as mais importantes referências para a tradição do Yoga.
Os dois épicos indianos Ramayana e Mahabharata são fontes riquíssimas de informação a
respeito de várias práticas de Yoga utilizadas naqueles tempos.
Mahabharata pode ser considerado um tratado de Yoga, pois define vários caminhos para a
Ele enfoca as características do yogin realizado e os três caminhos do Yoga: o caminho de reto
conhecimento (base para o Jnana Yoga), um caminho da devoção (base para o Bhakti Yoga) e o
caminho da ação (base do Karma Yoga), além de falar sobre o conhecimento do absoluto e sobre
um estilo de vida. Esse estilo de vida é chamado de Yoga, e isso faz de Gita um texto completo,
O aspecto principal que faz do último milênio a.C. uma época de especial importância na história
do Yoga é a compilação do principal livro escrito sobre o tema, os sutras de Patañjali.
Sutras são frases muito concisas que encerram em si o maior significado possível. A data que
os sutras foram escritos não foi definida e não se sabe se Patañjali foi uma pessoa ou um grupo
de pessoas.
Patañjali (Figura 5) compôs de forma sistemática todo o ensinamento do Yoga Clássico em 196
Sutras, abrangendo métodos e práticas que levam o praticante ao total domínio da mente, tendo
como principal objetivo conduzir o aspirante ao estágio final, que é a autorrealização ou
Kaivalya, mediante o domínio das aflições humanas (kleśas) e da completa cessação das
modificações da mente (citta vrittis) (PACKER, 2009).
Não havia imprensa, logo, os conhecimentos eram passados de boca a ouvido e tinham que ser
decorados, conhecidos a partir do coração e interpretados junto ao mestre, motivo pelo qual os
sutras chegam até nós inalterados em sua essência.
O budismo parece ter sido bastante influenciado pelo Yoga, uma vez que o próprio Buda (Figura
Os Yoga-Sutras de Patañjali foram comentados por diversos autores. O primeiro comentário dos
Yoga-Sutras é conhecido como Vyasabhasya, atribuído a Vyasa.
O sistema de Patañjali passou a ser reconhecido como Yoga clássico, mas Patañjali não inventou
o sistema, ele sistematizou os conhecimentos disponíveis na sua época, definindo-os como
Astanga Yoga (oito partes).
Os Smrtis tentavam combinar o Yoga com rituais do dia a dia. Dessa forma, o Pranayama e certas
técnicas purificatórias ocupavam papel importante em muitos rituais.
Período Medieval
Estágio Tântrico
O movimento tântrico foi um momento de novas e importantes transformações, representando
um esforço de síntese em todos os setores da cultura indiana.
Culto Natha
Como um acessório do Raja-Yoga, o Hatha-Yoga evoluiu e tornou-se muito popular por meio do
culto Natha. Muitas das práticas do Natha-Yoga parecem ter sido originadas do Tantra.
Assim sendo, eles abriram seu movimento para as mulheres, para os sem casta e,
principalmente, integraram o corpo no processo de liberação, contrariando as muitas linhas
anteriores que preconizavam o desprezo ao corpo.
Culto Bhakti
O Yoga ainda teve impacto na literatura Bhakti (devocional).
Grandes praticantes de Yoga, pessoas consideradas iluminadas, escrevem profundamente sobre
a devoção e, dependendo de sua formação, referem-se ao Yoga com maior ou menor frequência
Período Moderno
A tradição do Yoga persiste nos dias de hoje sem interrupção.
Swami Ramatirtha e Paramahansa Yogananda difundiram a mensagem do Yoga para fora das
fronteiras da Índia. Raman Maharshi, Sri Aurobindo e Swami Shivananda de Rishikesh são
outros nomes importantes de expoentes modernos no campo da Filosofia.
Por uma necessidade, o Yoga se espalhou no ocidente até mais do que na Índia, visto que o
homem ocidental, na sua rotina, se envolveu em tantos estímulos externos, como o mundo dos
negócios e o da competição, que perdeu o hábito de ouvir a si próprio. Yoga apresenta um
caminho que passa através da consciência do corpo e penetra na sua verdadeira dimensão,
colocando de lado a racionalidade e o intelecto, uma verdadeira jornada interior, um movimento
da personalidade humana em direção ao seu centro.
O mundo está vendo o Yoga florescer de maneira impressionante e seu uso tornou-se muito
comum em muitas cidades do mundo. Não é mais um segredo oculto privativo do oriente. Seus
Saiba Mais
“A investigação científica das técnicas de Yoga e, em particular, dos
efeitos terapêuticos tem fortalecido a credibilidade em torno da
aplicação destas como recursos importantes no tratamento e
prevenção de inúmeras patologias” (SILVA, 2009, p.152).
A forma adotada por Patañjali para apresentar o Yoga é por meio dos Sutras do Yoga, que são
compostos de 196 frases distribuídas em quatro capítulos. Eles estão dispostos em forma
sequencial, abrangendo todos os pontos essenciais do sistema e incluindo os oito componentes
do Yoga:
Yama;
Niyama;
Asanas;
Pranayama;
Dharana;
Dhyana;
Samadhi.
Yamas
Os Yamas correspondem ao desenvolvimento de uma conduta moral e ética sadia com o meio e a
sociedade, evitando problemas e dor a quem quer que seja.
Asteya (não roubar): não cobiçar o que não lhe pertence, mais do que não roubar, no
sentido de furtar algo material, também está relacionado com não invejar o que é
dos outros e não se apropriar de ideias que não sejam suas. Deve-se posicionar
sobre todos os aspectos com retidão e não somente do ponto de vista material. Traz
também um dos principais ensinamentos espirituais da Índia: o desapego.
Precisamos de pouco para viver bem;
Brahmacharya (domínio das energias): é uma vida simples com o domínio das
energias corpóreas. O objetivo de Brahmacharya não é se tornar celibatário, mas sim
que se tenha controle sobre seus impulsos sexuais e permitir que o amor seja
condutor das suas atitudes. Também vai além do impulso sexual; esse yama traz o
princípio da continência, da moderação, que vai da alimentação ao uso do dinheiro.
Cometer esses excessos é ir contra Brahmacharya;
Niyamas
Os Niyamas correspondem aos aspectos interiores que necessitam ser desenvolvidos no
caminho da consciência. Caracterizam-se pelo florescimento das virtudes da alma e despertam
a nossa verdadeira natureza (PACKER, 2009).
São a base moral do Yoga; são regras de conduta aplicadas à disciplina individual, que visam
organizar, harmonizar e reestruturar a personalidade.
Estão relacionados às ações mentais positivas que toda pessoa deve procurar incluir diariamente
em sua vida e que são as disciplinas do yogui.
• Pureza física: fisicamente pura é a pessoa que se banha todos os dias, tem uma
alimentação saudável, pratica uma atividade física ou Yoga (asanas, pranayamas
e kryas – limpezas);
• Pureza mental: mentalmente pura é a pessoa que procura meditar todos os dias,
sempre faz uma análise sincera de seus pensamentos e atos e se reconcilia com todo
o universo;
• Para atingir por completo esse Niyama, é preciso esforço (Tapas) e estudo
(Svadhyaya), anulando todo o orgulho e o egoísmo, desenvolvendo humildade e,
assim, seguindo pelo caminho da devoção.
Asanas
Asanas são as posturas que são realizadas nas práticas de Yoga.
Cada um dos asanas atua em uma parte do corpo e possui sua função. Beneficiam todo o corpo e,
também, a nossa energia sutil, os chakras.
A forma como são realizadas as práticas de Asanas depende da escola de origem. Quanto à
Diante de enorme quantidade de asanas descritos em livros, em revistas e sites de Yoga, temos
dificuldade de encontrar uma nomenclatura consistente e coerente.
O Hatha Yoga possui 84 posturas tradicionais e algumas delas adaptadas para o ocidental.
As posturas são divididas em três grupos: culturais, de relaxamento e de meditação.
Posturas de lateralidade;
Postura de extensão;
Postura de flexão;
Postura de torção;
Postura invertida;
Postura de equilíbrio.
#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher negra, vestida com calça legging
verde e camiseta top branco, demonstrando a postura de lateralidade, a
Trikonasana (postura do triângulo). A postura é realizada com pernas afastadas,
braços na altura dos ombros e palmas da mão para baixo. Inclina-se o tronco
para a esquerda, o braço esquerdo para baixo e o braço direito vai para cima. A
cabeça fica para cima, olhando para a mão. Depois, volta ao meio e faz o mesmo
movimento para o lado direito. Fim da descrição.
#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher parda, vestida com calça legging
preta e camiseta regata azul-turquesa, demonstrando a postura de
flexão, Uttanasa (postura da flexão intensa). Inclinação da cabeça para frente,
mãos tocando os pés; se for possível, os dedos devem tocar o chão. Deve-se
permanecer por 30 segundos e, em seguida, retornar a cabeça e o tronco para
cima. Fim da descrição.
#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher branca, vestida com calça legging
branca e top cinza, demonstrando a postura de torção, a Matsyendrãsana (postura do
senhor dos peixes). A postura inicia-se sentada com joelhos esticados para a frente.
O joelho esquerdo é dobrado, com a sola do pé no chão. Com o braço, apoia-se o
cotovelo no joelho esquerdo e gira-se o tronco para a esquerda. Apoia-se a mão
esquerda atrás do quadril no chão. Deve-se girar a cabeça para a esquerda, olhando
por cima do ombro. Fim da descrição.
#ParaTodosVerem: uma foto de três mulher brancas, vestida com calça legging
preta e cinza com blusas preta, verde e rosa, demonstrando a postura invertida,
Sarvangasana (postura da vela). Deitada de costas, com impulso, deve-se elevar,
com auxílio das mãos segurando o quadril, as duas pernas para cima. As
nádegas saem do chão. Os cotovelos ficam apoiados, os ombros e a cabeça, no
chão. Para voltar, deve-se mover devagar. Fim da descrição.
#ParaTodosVerem: uma foto de uma mulher branca, vestida com calça legging
preta e blusa cinza, demonstrando a postura de equilíbrio, Natarajasana
(postura do bailarino cósmico). Comece em pé, com braços e pernas ativos, e
flexione o joelho direito para trás, segurando por dentro do peito do pé com a
mão direita. Eleve o máximo que puder a perna direita, para cima e para trás,
ativando o quadríceps e sentindo a musculatura do braço esticada e bem ativa. O
braço esquerdo estende-se para frente. Fim da descrição.
Posturas Meditativas
São aquelas em que é possível permanecer por horas na postura, sem desconforto, para meditar.
Todas elas são sentadas e poderão ser utilizados acessórios, como, por exemplo, uma almofada,
para dar maior conforto.
Exemplo de postura meditativa, a postura de Lótus, como mostra a Figura a seguir.
Postura de Relaxamento
As posturas de relaxamento são aquelas que permitem total descontração muscular e, em alguns
casos, levam ao estado de sono. Por isso, não são utilizadas para meditação.
O conhecimento essencial sobre a técnica dos Asanas foi condensado por Patañjali em apenas
três Sutras.
No primeiro deles, destaca os dois quesitos essenciais para a prática dos asanas: sthira-sukham
āsanam – A postura (deve ser) estável e confortável (Yoga Sutra II-46) (TAIMNI, 2006).
No segundo Sutra, para adquirir o domínio de um Asana, Pantañjali oferece duas sugestões
valiosas: prayatna-śaithilyānanta-samāpattibhyām – Pelo relaxamento do esforço e da
meditação no “Infinito” (a postura é dominada) (Yoga Sutra II 47).
O terceiro Sutra faz menção ao mais importante resultado da perfeição na prática de Asanas, que
é a resistência aos pares de opostos: Tato dvandvānabhighātaḥ – Então, não há ataque dos pares
de opostos (Yoga Sutra II-48). Do livro “Os Yoga Sutras de Patanjali”, traduzido do sânscrito,
Dhāranā
Dharana é a concentração em seu real significado, no qual se dirige toda a atenção em um único
foco, após a abstração dos sentidos. Leva ao estado de reflexão, concentração e meditação.
Dhyāna
Dhyāna é a meditação quando ocorre a identificação com o que se escolheu como foco de
concentração.
Samādhi
Samādhi é o último estágio da prática e o próprio objetivo de toda a metodologia. É considerada a
técnica essencial do Yoga, pois tem como definição o estado de não identificação com os
conteúdos da mente. Um momento perfeito de interiorização e aprofundamento. Momento em
que se atinge a equanimidade da consciência, é o despertar além da consciência, estado de
Integração.
Para fecharmos nossos estudos sobre os oito passos do Yoga, utilizaremos a Árvore do Yoga.
Iyengar (2016, p 335) relacionou o nosso corpo à vida, à saúde e ao mundo.
“Ao cultivar uma planta, primeiro se cava a terra, removem-se as pedras e ervas
pelo peso da terra. Por fim, rega-se com delicadeza a terra e espera-se que a
muda a partir da qual cresce um caule. O caule então se divide em dois galhos e
De forma similar, precisamos cultivar a nossa árvore interior. Dentro de nós podemos encontrar
esta semente que pode ser germinada com o Yoga. Essa semente contém oito segmentos que, à
medida que a árvore cresce, originam os oito membros do yoga.
Galhos são os Asanas, que irrigam todas as células do corpo, nutrindo-o com um
abundante suprimento de sangue;
Flor é dhyana, meditação que, na execução das posturas, é unir o corpo, o cérebro, a
mente, a inteligência, a consciência e a alma sem qualquer divisão;
Os Yoga Sutras nos mostram que o Yoga não é só uma prática física que fortalece e traz saúde ao
corpo. É, antes de tudo, uma filosofia de vida, como nos ensina Iyengar, no livro “A Árvore do
Yoga”:
Por meio dos Sutras, temos um caminho que nos leva ao autoconhecimento, ao equilíbrio
O Yoga existe com toda sua filosofia e seus recursos bem elaborados dentro dos oito passos de
Patañjali, com os yamas e os niyamas envolvendo a conduta ética e a moral que vão se fazendo
necessárias no decorrer dos caminhos que o Yoga apresenta, como nos Asanas e nos
Livros
A Autobiografia de um Iogue
Yogananda descreve a sua procura por um guru (mestre espiritual) e seus encontros com
Mahatma Gandhi — a quem deu iniciação em Kriya Yoga, Rabindranath Tagore, o poeta, escritor
e músico indiano laureado com o Prêmio Nobel de literatura em 1920, Therese Neumann, a
católica estigmatizada, Sri Anandamoyi Ma, uma santa hindu, Luther Burbank, o botânico a
quem o livro é dedicado — e outras personalidades famosas.
YOGANANDA,P.; Autobiografia de um logue. Belo Horizonte: Self-Realization Fellowship, 2015.
Posturas Restauradoras de Yoga
Este livro é indispensável para consultar e ganhar alívio sempre que uma dor de cabeça ou nas
costas aparecer ou em casos de ansiedade, estresse, depressão, insônia, sinusite , etc. São trinta
distúrbios para os quais você pode buscar cura e ainda preservar a sua saúde. E uma coisa
importante que você vai aprender aqui é que a saúde precisa ser nutrida e mantida diariamente.
BOSCO, S. Posturas restauradoras de yoga. São Paulo: Matrix. 3 ed. 2012.
Vídeos
A História do Yoga
A HISTÓRIA DO YOGA
ASSISTA
Filme
Documentário Hermógenes
Assista, a seguir, o trailer deste filme.
BASSOLI, R. M. Yoga: um caminho para a luz interior. 4. ed. Campinas: Átomo, 2012.
IYENGAR, B. K. S. Luz sobre o Yoga: o guia clássico de Yoga. 1. ed. São Paulo: Pensamento, 2016.
PACKER, M. L. G. A senda do Yoga: filosofia, prática e terapêutica. 2. ed. Blumenau: Nova Letra,
2009.
RODRIGUES, M. R. (coord.). Estudos sobre o Yoga. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2006.
SILVA, G. D. Curso básico de Yoga: teórico-prático. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2009.
SOUTO, A. A essência do Hatha Yoga: Hatha Pradipika, Gheranda Samhita, Goraska Shataka. 1. ed.
São Paulo: Phorte, 2009.