RUIDO

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Risco Físico: Ruído

O ruído é um risco físico que está presente nos ambientes de trabalho.


Por isso, é tão importante conhecer a exposição, os limites de tolerâncias
e os problemas de saúde existentes relacionados a esse agente. Ao
longo deste conteúdo, você descobrirá a diferença entre som e ruído, os
diferentes tipos de ruídos e como avaliá-los. Boa leitura!

Riscos físicos
Os riscos físicos são representados pelas condições no ambiente de
trabalho como o ruído, calor, frio, vibração e radiações, que, de acordo com
a característica do ambiente, podem causar danos à saúde do trabalhador.
Esses agentes físicos têm seus limites de tolerância estabelecidos pela NR
15. E, neste capítulo, vamos falar de um dos principais agentes físicos, que
é o ruído, cuja exposição acima dos limites de tolerância gera danos graves
e problemas de saúde.
O ruído gera efeitos no nosso organismo que variam dependendo do
tempo de exposição, da intensidade sonora e da susceptibilidade individual.
Então, um ambiente de trabalho saudável para os trabalhadores deverá
manter o ambiente laboral com os níveis de ruído o mais reduzido possível. E,
com essa exposição continuada diariamente a ruídos com nível e duração em
excesso, poderá acontecer a perda auditiva permanente ou irreversível.

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Som x Ruído
Para dar início aos estudos, é necessário falar sobre a diferença
entre som e ruído, em que o som é uma onda mecânica longitudinal
tridimensional provocada por variação de pressão rápida sendo capaz de
sensibilizar nossos ouvidos, ou seja, é uma percepção sensorial. O som não
se propaga no vácuo, então é necessário ter um meio gasoso, líquido ou
sólido entre o corpo que vibra e o nosso ouvido.
O ruído já tem uma percepção subjetiva e desagradável de um som, ou
seja, o ruído é um som, porém nem todo som é ruído, podendo variar de
pessoa para pessoa. Segundo o art. 3 da Convenção 148 da OIT, o termo
ruído compreende qualquer som que possa provocar perda de audição ou
envolver qualquer outro tipo de dano.
Você sabia que existem três tipos de ruídos? Então, é necessário atentar
para cada um deles a fim de poder verificar o ambiente de trabalho e a sua
avaliação quantitativa. Conheça, a seguir, cada um dos tipos de ruídos.

Ruído refletivo - é
quando não está
Ruído de fundo - é
Ruído direto - o próximo da fonte
aquele que está
trabalho fica à frente sonora, porém
presente no ambiente,
da fonte geradora. próximo do obstáculo
mas indiretamente.
refletor, como no caso
do eco.

Quadro 1 - Tipos de ruído


Fonte: Da Autora (2024)

Então, agora você deve estar se questionando quanto tempo e qual o


nível que o trabalhador pode ficar exposto ao ruído?
A NHO 1 utiliza limites de exposição: LE como parâmetro para a
exposição ocupacional estabelecendo o limite que o trabalhador pode
ficar exposto sem sofrer efeitos e danos à saúde; e a NR 15 traz o limite de
tolerância LT, que determina a concentração máxima e mínima relacionada

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ao tempo de exposição do trabalhador no ambiente de trabalho. Vamos
aprofundar nossos estudos e entender um pouco mais sobre esse agente
físico ruído.

Ruído Contínuo ou Intermitente


A intermitência do ruído ou a sua continuidade
refere-se à variação de sua intensidade durante
a medição. O ruído contínuo é aquele que
apresenta variações de níveis de pressão
sonora menor que +/- 3 dB, variações estas
imperceptíveis ao ouvido humano; e o ruído
intermitente, em que o nível de pressão sonora
varia a valores superiores a +/- 3 dB, sendo já de
forma perceptível ao ouvido humano.
Conforme a NR 15, para caracterizar insalubridade e a aplicação dos
limites de tolerância, considera-se ruído contínuo ou intermitente aquele
que não seja o ruído de impacto, ou seja, rege a norma que a definição de
ruído contínuo ou intermitente se dá por exclusão.

Dica

O ruído de impacto é aquele que apresenta picos de energia


acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superior
a 1 (um) segundo, conforme limite de tolerância apresentado no
Anexo 2 da NR 15.

O nível de exposição - NE é referente à exposição diária do trabalhador


representando o nível médio. E, para níveis de comparação, deverá
determinar o Nível de Exposição Normalizado – NEN, que é o NE convertido
para jornada-padrão diário de 8 horas, determinado pela equação a seguir
(Brasil, 2001):

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TE  
NEN  NE 10 log  dB 
480

onde:
• NE = nível médio representativo da exposição ocupacional diária;
• TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho.

Para esse critério, considera-se o limite de exposição ocupacional diária


ao ruído correspondente ao NEN igual a 85 dB(A) e o limite de exposição
teto para ruído contínuo ou intermitente de 115 dB(A). Sendo assim, a NHO
01 considera o nível de ação o valor NEN igual de 82 dB(A). O quadro a seguir
mostra os níveis de pressão sonora e o tempo de exposição, conforme a
NHO 01, da Fundacentro.

Tempo máximo diário permissível (Tn)


Nível de ruído dB(A)
(minutos)
80 1.523,90
81 1.209,52
82 960,00
83 761,95
84 604,76
85 480,00
86 380,97
87 302,38
88 240,00
89 190,48
90 151,19
91 120,00
92 95,24
93 75,59
94 60,00

Quadro 2 - Tempo máximo diário de exposição permissível em função do nível de ruído


Fonte: Adaptado de Brasil (2001)

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E agora, confira o quadro do Anexo 1 da NR 15, que apresenta a máxima
exposição diária permissível para níveis de ruído entre 85 dB e 115 dB,
considerando uma jornada diária de 8 horas:

Nível de ruído dB(A) Máxima Exposição Diária Permissível


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Quadro 3 - Anexo 1 da NR 15 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente


Fonte: Adaptado de Brasil (2020)

O quadro anterior apresenta, na primeira coluna, o nível de ruído ao


qual o trabalhador está exposto em seu ambiente de trabalho, e a segunda
coluna apresenta, para cada nível de exposição, um tempo máximo em que
esse trabalhador poderá ficar sem gerar danos à sua saúde, salientando
que se trata de uma jornada de trabalho diária de 8 horas.

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Hora de Praticar

Que tal colocar os conhecimentos em prática?


Considere que um trabalhador está exposto a um nível de ruído de
100 dB (sendo o único ruído presente no ambiente) em uma jornada
diária de 8 horas. Qual será o tempo máximo que o trabalhador
deve trabalhar para essa exposição de ruído?

Acesse, na biblioteca, o arquivo Registro de Prática


e anote suas reflexões e experiências relacionadas a
esta atividade.

Agora chegou o momento de estudar a avaliação do ruído. Siga em


frente e descubra como calcular a quantidade de ruído diário permitido no
ambiente de trabalho durante a jornada de trabalho.

Avaliação do Ruído
A avaliação para ruído é quantitativa, que deverá ser realizada para obter
a dose diária de ruído, ou dose de ruído, que é a coleta de dados oriunda
do trabalhador que está exposto a diversos ruídos gerados no ambiente de
trabalho, com diferentes frequências e níveis de pressão sonoras. O cálculo
da dose de ruído deve considerar cada ruído presente no ambiente de
trabalho durante a jornada de trabalho de forma cumulativa.
A relação para o cálculo deverá ser baseada em: Tempo de exposição e
Tempo máximo de exposição permitido.
E, nessa avaliação, o procedimento deverá interferir o mínimo possível
nas condições ambientais e operacionais características da condição
do trabalho em que está sendo avaliado. Conforme NHO 01 (Brasil, 2001),

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a determinação para essa dose de exposição ao ruído mencionado
anteriormente deverá ser feita, preferencialmente, por meio de medidores
integrados de uso pessoal (dosímetro de ruído), ajustados de forma a
atender a norma IEC 804, considerando os seguintes parâmetros:

• circuito de ponderação “A”;


• circuito de resposta lenta (slow);
• critério de referência 85 dB(A), que corresponde a uma dose de
100% para 8 horas;
• nível limiar de integração 80 dB(A);
• faixa de medição mínima 80 a 115 dB(A);
• incremento de duplicação de dose (q=3);
• indicação da ocorrência de níveis superiores a 115 dB(A).

E, quando o medidor estiver portado pelo avaliador, deverá seguir as


especificações abaixo, reforçando que, para cada tipo de avaliação, deverá
estar atento à NHO 1 e à NR 15:

• circuito de ponderação “A”;


• circuito de resposta lenta (slow) ou rápida (fast), quando especi-
ficados pelo fabricante;
• critério de referência 85 dB(A), que corresponde a uma dose de
100% para 8 horas;
• nível limiar de integração 80 dB(A);
• faixa de medição mínima 80 a 115 dB(A);
• incremento de duplicação de dose (q=3);
• indicação da ocorrência de níveis superiores a 115 dB(A).

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A dose é obtida considerando os períodos de exposição ao ruído
de diferentes níveis e devem ser levados em conta os seus efeitos
combinados. O cálculo é realizado pela fórmula (Brasil, 2020) a seguir.
Dessa forma, se a soma das seguintes frações exceder a unidade, a
exposição estará acima do limite de tolerância.

C1 C2 C3 Cn
  ____________
T1 T2 T3 Tn

Onde:
• Cn - total da duração da exposição a um nível específico de ruído ou tem-
po total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico
(tempo de exposição);
• Tn - Máxima exposição diária permissível a este nível de ruído, conforme
Anexo 1 da NR 15.

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Curiosidade

A equação apresentada mostra o critério da combinação da


exposição a diversos níveis de ruído. Neste critério, está embutido o
conceito de dose de exposição, pois, em 1978, época da publicação
do Anexo 1, já se tinha consciência da importância da dosimetria
na adequada caracterização da exposição ocupacional ao ruído.
Diante desta realidade, naturalmente, surge a pergunta: Por que
não foi adotada a dosimetria como critério e parâmetro para limite,
por ocasião da elaboração deste Anexo? Para esclarecer esta
questão, é importante entender a abrangência de um texto legal
de âmbito federal e resgatar a realidade técnica da época. Quando
o governo federal estabelece a obrigatoriedade do cumprimento
de um documento legal, este se aplica a todo o território nacional
e devem ser possíveis tanto sua implementação como fiscalização
em todo o País. Há mais de 30 anos, o dosímetro constituía uma
raridade no Brasil. Não era comum, mesmo para as empresas de
grande porte, dispor de dosímetros para avaliação da exposição
ocupacional ao ruído. A própria Fundacentro ainda não contava com
esses equipamentos. Portanto, em 1978, a publicação da Portaria
3.214, mesmo com as limitações impostas em seu texto, devido
às restrições de caráter técnico ainda presentes naquele ano,
significou, na época, um grande avanço técnico do tratamento legal
das questões relacionadas à exposição ocupacional ao ruído. Além
disso, não se pode negar que o conceito de dosimetria, embutido no
critério de considerar os efeitos combinados da exposição a ruído
de diferentes níveis, constituiu um elemento motivador para que
empresas, entidades de pesquisa, órgãos governamentais e até
mesmo os profissionais da área buscassem o conhecimento e as
ferramentas necessárias para a realização de dosimetrias de ruído,
prática bastante comum nos dias de hoje.

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O valor da dose é obtido com
equipamento chamado audiodosímetro,
que é um instrumento portátil utilizado
pelo próprio trabalhador durante sua
jornada de trabalho. O dosímetro realiza
as medições dos níveis de ruído onde o
trabalhador fica exposto durante suas
atividades. Ele também registra o tempo
de exposição para obter o valor da dose.
A medição é realizada com o
trabalhador exposto aos níveis de ruído, com as leituras efetuadas próximas
ao ouvido do trabalhador, porque nosso ouvido responde de formas
diferentes as diversas frequências. Considerando que o ouvido humano
não tem a mesma sensibilidade para todas as faixas e frequência, então
existem quatro curvas que representam nossa sensibilidade auditiva, que
são as Curvas de Compensação ou Curvas de Ponderação A, B, C e D.

• Circuito de Compensação A - Levantamentos ocupacionais e do-


simetrias.
• Circuito de Compensação B - Atualmente não é utilizado.
• Circuito de Compensação C - Ruído de impacto e cálculo de ate-
nuação de protetores auditivos.
• Circuito de Compensação D - Ruído de aeroportos.

As curvas de compensação A é adotado para níveis de ruído contínuo e


intermitente por ser a maior aproximação à resposta do ouvido humano. Os
circuitos de resposta das curvas de compensação podem ser de três tipos,
que variam de acordo com a velocidade e qual o instrumento: Slow - 1s;
Fast, ou rápida - 125 ms; Impulse - 34 ms.

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De acordo com o anexo 1 da NR 15, da Portaria nº 3.214/78, a medição de
ruído contínuo ou intermitente deverá ser feita com circuitos de resposta
lenta, ou seja, Slow, para permitir a maior abrangência de ruídos. Com
isso, conseguimos entender o item 2 do Anexo 1, que diz que os níveis
de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB),
com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de
compensação A e circuito de resposta lenta Slow. É preciso lembrar que as
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

Atenção

Antes de iniciar as medições, o audiodosímetro deve ser ajustado


considerando a legislação ou a norma – a NR 15, a NHO 1, da
Fundacentro, e a OSHA - que será utilizada para verificação dos
resultados, uma vez que os critérios são diferentes, de acordo
com a referência normativa adotada.

A NR 15 orienta também em relação ao grave e iminente risco à


exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos. E, caso sejam medidos níveis de
ruído intermediária, deverá ser considerada a máxima exposição diária
permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado, ou seja, quando
encontramos um valor de 101 dB, deverá ser considerado a exposição diária
correspondente a 102 dB de 45 minutos, já que não há na tabela do Anexo I
um valor de exposição de 101 dB.
Como a NHO 01 rege a avaliação, ela deverá ser feita de forma a
caracterizar a exposição de todos os trabalhadores considerados no
estudo, podendo identificar grupos de trabalhadores que apresentem
iguais características de exposição - grupos homogêneos - não precisarão
ser avaliados todos os trabalhadores. A avaliação poderá ser realizada
cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação corresponda à exposição
típica de cada grupo considerado.

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Também é importante, segundo especificações constantes das Normas
ANSI SI. 4-1983 e IEC 651, o uso dos medidores de leitura instantânea para
avaliar o ruído contínuo ou intermitente e de impacto, que devem ser no
mínimo de tipo 2.

Limite de Tolerância para Ruído de Impacto


O ruído de impacto apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a um segundo e intervalos superiores a um segundo. Um exemplo
é o disparo de arma de fogo. Quando estamos falando do Ruído de impacto,
uma das consequências da exposição é o trauma acústico, que é a perda
auditiva súbita decorrente de única exposição à pressão sonora intensa.

A medição desse tipo de ruído deve seguir a orientação do que está


previsto na NR 15 - Anexo 2, que destaca que o circuito de compensação
rápida do dosímetro deve estar preparado para identificar e efetuar com
precisão a leitura dos níveis que foram alcançados e, com circuito linear
e durante os intervalos, deverá ser avaliado como ruído contínuo ou
intermitente. O limite de tolerância para esse tipo de ruído é fixado em 130
dB (linear). Quando não dispor de medidor do nível de pressão sonora com

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circuito de resposta para impacto - impulse, será válida a leitura feita no
circuito de resposta rápida - fast e circuito de compensação C. E, então o
limite de tolerância será de 120 dB(C).
O anexo 2 reforça ainda que as operações e/ou atividade que exponham
os colaboradores sem uma proteção adequada a níveis de ruído de impacto
superiores a 140 dB (linear), esses medidos no circuito de resposta para
impacto ou superiores a 130 dB(C) medidos no circuito de resposta rápida
(fast), oferecerão risco grave e iminente de danos à saúde do trabalhador.
Com isso, pode-se dizer que os limites de tolerância e risco grave e
iminente será:
Ruído contínuo e intermitente Ruído de impacto

Limite de tolerância - 130 dB (linear) e 120


Limite de Tolerância - Dose > 1;
dB(C);

Risco grave e iminente (sem proteção


Risco grave e iminente (sem proteção ade-
adequada) > 115 dB(A).
quada) > 140 dB (linear) e > 130 dB(C).

Quadro 4 - Limites de tolerância e risco grave e iminente


Fonte: da Autora (2024)

Quero Saber +

Para saber quais as consequências da perda auditiva de um


trabalhador no contexto das empresas, acesse a matéria
disponível a seguir:

https://g1.globo.com/am/amazonas/
noticia/2018/10/30/empresa-e-condenada-a-
indenizar-em-r-80-mil-ex-funcionario-que-
sofreu-perda-auditiva-no-am.ghtml

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A NHO 01 orienta que os equipamentos de medição, quando em uso,
devem ser calibrados e estar em perfeitas condições eletromecânicas.
Antes de iniciar as medições, deve-se:
• verificar a integridade eletromecânica e a coerência na resposta do ins-
trumento;
• verificar as condições de carga das baterias;
• ajustar os parâmetros de medição, conforme o critério a ser utilizado;
• efetuar a calibração de acordo com as instruções do fabricante.
Antes de iniciar a medição, o trabalhador deve ser informado sobre o
motivo da avaliação, orientando que ele deve seguir a sua rotina de trabalho
normalmente, que o aparelho só poderá ser removido pelo avaliador e ele
não poderá tocá-lo ou obstruí-lo em qualquer situação incoerente, como
previsto na NHO 01, para que a avaliação não seja invalidada.
Aqui você encerra mais uma etapa dos seus estudos. Neste material,
foi possível aprender o que são os riscos físicos e aprimorar esse
conhecimento com o ruído, que é uma agente presente nos ambientes de
trabalho e que gera efeitos no nosso organismo, que variam dependendo
do tempo de exposição, da intensidade sonora e da susceptibilidade
individual. Assim, o ambiente de trabalho deverá ser avaliado para definir
qual é a real exposição do trabalhador a esse agente.
A segurança do trabalho está sempre buscando um local saudável
para os trabalhadores, mantendo um ambiente laboral com os níveis de
ruído o mais reduzido possível. Por isso, é tão importante saber quais os
danos à exposição contínua ao ruído, podendo acontecer até mesmo a
perda auditiva permanente. Nesse sentido, foi abordado também o tipo
de avaliação para o ruído, que é a avaliação quantitativa, que coleta a
dose diária de ruído ou dose de ruído analisando diversos ruídos que são
gerados no ambiente de trabalho, com diferentes frequências e níveis de
pressão sonoras. E, o resultado é o cálculo para então considerar o ruído
presente no ambiente de trabalho durante a jornada de trabalho de forma
cumulativa.
Ficamos por aqui, mas continue sua jornada e conheça mais alguns
riscos físicos presentes no ambiente de trabalho. Bons estudos!

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Desafio - Charada do Book

Para a saúde auditiva preservar os limites de tolerância, é preciso dosar.


Então, qual o limite de tolerância para ruído contínuo e intermitente?

A Dose > 1

B Dose > 1,5

C Dose > 2,0

Lembre-se: guarde sua sugestão de resposta, pois


você irá responder essa charada ao final destes
estudos no Desafio. E, caso acerte todas as charadas,
você ganhará um bônus!

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Referências
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS
(ACGIH). Limites de exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias
químicas e agentes químicos & índices biológicos de exposição (BEIsR).
Tradução: ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais). São
Paulo: ABHO, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 10.151:
acústica: medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas
habitadas: aplicação de uso geral. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
BRASIL. Consolidação das Leis de Trabalho – CLT. Arts. 189 a 194: Das
atividades insalubres ou perigosas. Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm. Acesso em: 20 mar. 2024.
BRASIL. FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança
e Medicina do Trabalho. Normas de Higiene Ocupacional. São Paulo.
Disponível em: https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/centrais-de-
conteudo/biblioteca/nhos Acesso em: 10 mar. 2024.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 01: Disposições
gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Disponível em: https://
www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/
seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs.
Acesso em: 14 mar. 2024.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 06: Equipamento
de proteção individual. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-
trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs. Acesso em: 14 mar.
2024.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 09: Avaliação
e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e
biológicos. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/
assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-
nrs/normas-regulamentadoras-nrs. Acesso em: 16 mar. 2024.

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BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 15: atividades
e operações insalubres. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-
orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/arquivos/
normas-regulamentadoras/nr-15-atualizada-2022.pdf. Acesso em: 14 mar.
2024.
BRASIL. Portaria SEPRT nº 6.375, de 10 de março de 2020. Aprova a
nova redação da Norma Regulamentadora nº 09 - Avaliação e Controle
das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos.
(Processo nº 19966.100181/2020-45). Disponível em: https://www.in.gov.
br/en/web/dou/-/portaria-n-6.735-de-10-de-marco-de-2020-247539132.
Acesso em: 10 mar. 2024.
CAMISASSA, M. Q. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 38 Comentadas
e Descomplicadas. 9. ed. Belo Horizonte: Método, 2023.
OLIVEIRA, S. G. de. Indenizações por acidente de trabalho ou doença
ocupacional: de acordo com a reforma trabalhista lei n. 13.467/2017. 10. ed.
São Paulo: Editora LTr, 2018.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT. Convenção N. 148:
Contaminação do Ar, Ruído e Vibrações. Brasília: 1977. Disponível em:
https://www.ilo.org/brasilia/convencoes/WCMS_236121/lang--pt/ index.
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