(ESG. SAN 21.2) Memorial Descritivo

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2022

INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS


Projeto de Rede Coletora de Esgoto
Projetistas: Luís Carlos Pinheiro, Luís Gustavo Gomes, Mariana Magalhães

PROJETO DE
REDE DE
ESGOTAMENTO
Loteamento de um conjunto Habitacional

Segue memorial descritivo e Projeto da rede coletora de esgoto do loteamento.

Luís Carlos Pinheiro Júnior, Luís Gustavo Gomes Ferreira Barros e Mariana
Magalhães Bispo
IFAL-Palmeira dos Índios - Alagoas
05/02/2022
INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS
Projeto de Rede Coletora de Esgoto
Projetistas: Luís Carlos Pinheiro, Luís Gustavo Gomes, Mariana Magalhães

CONCEITUAÇÃO INICIAL DE REDE COLETORA DE ESGOTO

Sabe-se que a rede coletora de esgoto é um conjunto de tubulações destinadas a


receber e Conduzir os esgotos, sendo composta por coletores secundários, que recebem
diretamente as ligações prediais e os coletores tronco ou coletores primários, que
conduzem o esgoto a um emissário ou a um interceptor.

Figura 1: esquema de rede coletora de esgoto

Fonte:www.google.com

Os sistemas de esgotamento sanitário constituem um conjunto de obras e


instalações que tem como objetivo a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição
final das águas residuárias da comunidade.
A implantação de sistemas de esgotamento sanitário tem como objetivos:
∙ Coleta dos esgotos de maneira individual ou coletiva.
∙ Afastamento rápido e seguro dos esgotos.
∙ Tratamento e disposição sanitariamente adequada dos esgotos tratados.
No sistema separador absoluto, os esgotos sanitários e as águas de origem pluvial
são conduzidos ao seu destino final, em canalizações diferentes e independentes.
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Projeto de Rede Coletora de Esgoto
Projetistas: Luís Carlos Pinheiro, Luís Gustavo Gomes, Mariana Magalhães
Figura 2: rede coletora de esgoto

Fonte:www.google.com

Na definição de rede coletora de esgoto, alguns conceitos básicos surgem, tais


quais:
-Coletor de esgoto é a tubulação da rede coletora que recebe contribuição de
esgoto das ligações prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento;
-Coletor tronco é a tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de
esgoto de outros coletores;
-Coletor principal é o coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma
bacia.

JUSTIFICATIVA

Este projeto é a composição de uma nota na disciplina de Esgotamento Sanitário


solicitado pelo professor Fernando Barros. Foi solicitado um projeto completo de Rede
coletora urbana de esgoto, partindo de uma locação de Loteamento já existente que nos
possibilitou o planejamento de melhor traçado das redes coletoras e a da rede afluente de
despejo saindo da Estação de Tratamento.

ESCOPO DO PROJETO

A empresa para qual você trabalha foi contratada para elaborar diversos projetos
envolvidos na construção de um condomínio residencial em Arapiraca. Você foi
designado para ser o responsável pelo projeto de rede coletora de esgoto sanitário para o
condomínio, onde serão construídas 150 residências. Um outro engenheiro da empresa
indicou a você onde será instalada a estação de tratamento de esgoto (ETE) e informou
que o ponto de lançamento final do esgoto tratado será o Rio Piauí, e que a vazão de saída
da estação é de 95% da vazão de entrada, devido ao tempo de detenção hidráulica
requerido pela estação que ele projetou. Portanto, em resumo, seu objetivo é coletar o
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esgoto de cada domicílio, transportá-lo ao longo do condomínio até a estação de
tratamento e desta para o Rio Piauí.
Um outro engenheiro da empresa, responsável pela drenagem de águas pluviais, te
entregou a planta baixa do loteamento com algumas cotas de referência das ruas e outros
pontos as quais ele planejava realizar o traçado da rede de drenagem, mas você pode
também consultar o projeto de terraplanagem caso precise de um traçado alternativo.

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A CONCEPÇÃO

O loteamento trabalhado para esse projeto de Esgotamento Sanitário possui 150


residências e um número médio de 5 pessoas por residência totalizando 750 moradores.
Inicialmente, foi determinado o traçado enumerando todos os trechos e órgãos acessórios
da rede coletora. Foi utilizado o seguinte padrão: n – m, sendo (n) para a numeração
comum a todos os trechos de determinador coletor, e (m) para a numeração específica de
cada trecho de um determinado coletor, devendo ser utilizada a ordem crescente do
primeiro trecho (montante) até o último trecho do coletor (jusante). O coletor de maior
extensão é o 1 – m e o primeiro trecho de qualquer coletor (trecho de cabeceira) tem a
numeração n – 1. A extensão da rede traçada foi de 4124,75 metros.
Posteriormente, diante das informações de coeficiente de retorno, população a ser
atendida, coeficiente de variação de vazão, consumo efetivo de água inicial e final, foram
determinados os parâmetros preliminares do projeto tais como: vazões inicial e final de
plano e taxa de contribuição linear para o início e final do plano para poder, enfim, chegar
ao dimensionamento propriamente dito, concluindo com os detalhamentos em planta.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

O projeto será apresentado em formato digital, combinando de forma organizada e


catalogada, diferentes formatos de arquivos (dwg, pdf, doc, xls).
Os documentos a serem enviados com o conteúdo do projeto são:
1. Memorial descritivo do sistema.
2. Memorial de cálculo contendo todas as equações utilizadas e a planilha final de
cálculo da rede coletora de esgoto.
Obs.: apresentar cálculos e considerações de ao menos um trecho dimensionado no
projeto.
3. Plantas de traçado da rede, detalhes de PV, PI, TIL, TL, ligações da rede aos
domicílios (e outros), perfis.

NORMAS DE REFERÊNCIA

ABNT NBR 9648 - Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto.


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ABNT NBR 9649 - Projeto de Rede Coletora de Esgoto
NTS 018:1999 Elaboração de projetos - Considerações gerais.
NTS 044:2006 Tubos pré–moldados de concreto para poços de visita e inspeção.
NTS 059:2004 Requisitos para soldadores, instaladores e fiscais de obras
executadas com tubos de polietileno e conexões de polietileno ou polipropileno.
NTS 060:2004 Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por
termofusão (solda de topo).
NTS 062:2002 Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário.
NTS 103:2003 Levantamento planimétrico cadastral de faixas.
NTS 117:2003 Identificação de propriedades.
NTS 132:2005 Faixas de servidão e de desapropriação para sistemas lineares de
água e de esgotos.
NTS 1632001 Tubos de Concreto para Cravação - "JACKING PIPE".
NTS 187:2002 Tubos e conexões de PVC - Exigências
de desempenho complementares à NBR 5647-1, NBR 5648, NBR 5685, NBR
7362-
1 e NBR 7665.
NTS 189:2004 Projeto de redes de distribuição, adutoras e linhas de esgotos em
polietileno PE 80 ou PE 100.
NTS 192:2004 Conexões de compressão para junta mecânica para tubos de
polietileno ou PVC, para redes de distribuição, adutoras ou linhas de esgoto
pressurizadas.
NTS 194:2004 Tubos de polietileno para redes de distribuição, adutoras ou linhas
de esgoto pressurizadas.
NTS 217:2005 Ramal predial de esgoto.
NTS 226:2005 Faixa de segurança para obras lineares.
NBR 5645:1990 Tubo cerâmico para canalizações.
NBR 7362-1:2005 Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 1:
Requisitos para tubos de PVC com junta elástica.
NBR 7362-2:1999 Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 1:
Requisitos para tubos de PVC com parede maciça.
NBR 7362-3:2005 Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 1:
Requisitos para tubos de PVC com junta elástica.
NBR 7362-4:2005 Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 1:
Requisitos para tubos de PVC com parede de núcleo celular.
NBR 7560:1996 Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado, com flanges
roscados ou soldados – Especificação.
NBR 7675:2005 Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas
de adução e distribuição de água - Requisitos
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NBR 8890:2003 Tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e
esgotos sanitários - Requisitos e métodos de ensaio.
ABNT PN 02:111 50- 001-1 Sistemas para adução e distribuição de água,
esgoto sanitário, águas pluviais e efluentes industriais – tubos de PRFV.

LOCAÇÃO E ÓRGÃOS ACESSÓRIOS DA REDE

Poços de visitas
Podem ser considerados como estrutura complementar da rede coletora de esgoto,
posicionados nos que em que ocorre interligação de trecos, mudanças de diâmetro, de
nível ou de direção, servindo também como acesso para manutenção.
Composição dos poços de visita: Laje de fundo, câmara de trabalho ou balão,
câmara de acesso ou chaminé, laje excêntrica de transição, tampão.
Os detalhamentos dos poços de visita do projeto estão apresentados em corte no
material em anexo.

Tubo de queda
Dispositivo instalado no poço de visita, ligando o coletor que chega numa cota mais
alta que a do fundo do poço. São previstos em poços de visitas que possuem uma diferença
das cotas citadas sejam maiores ou igual a 50 cm.
A falta do tubo de queda para a situação acima apresentada, pode erodir o fundo do
poço de visita.

Traçado da rede
Para o traçado da rede coletora do projeto, os seguintes critérios foram atendidos:
• O projeto desenvolvido baseou-se na definição topográfica do loteamento;
• Analisou-se o caimento do terreno, averiguando-se a formatação do fluxo, de
forma que o escoamento fosse gravitacional;
• O traçado da rede foi realizado diante das condições do terreno.

Seleção do material
O material selecionado para disposição da rede coletora foi o PVC.
Enfatiza-se que o material deverá ser resistente a:
• Solicitações ou cargas externas;
• Resistência a abrasão;
• Resistência ao ataque químico;
Além disso, os requisitos para aquisição, transporte e assentamento das tubulações
devem ser atendidos.
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CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Material de PVC Rígido

a) Os tubos de PVC rígido, com juntas soldáveis, do tipo ponta e bolsa lisa
ou pontas lisas e luvas, fabricados nas classes 12, 15 e 20, destinados às redes de água,
deverão ser fabricados de acordo com a NBR 5647 (EB-183);
b) Os tubos de PVC rígido, com juntas soldáveis, do tipo ponta e bolsa lisa
ou pontas lisas e luvas, fabricados para pressões máximas de 7,5 kgf/cm2, em diâmetros
nominais de até 32 mm, deverão atender a norma NBR 5648 (EB-892);
c) Os tubos de PVC rígido com juntas elásticas, dos tipos ponta e bolsa ou
pontas lisas e luvas, com anéis de borracha, fabricados nas classes 12, 15 e 20, deverão
atender a norma NBR 5647 (EB-183). Os anéis de borracha para tubos de junta elástica,
fabricados conforme NBR 5647 deverão atender a NBR 6588 e 7673;
d) Os tubos de PVC rígido, com juntas rosqueáveis, para pressões máximas
2
de 7,5 Kgf/cm ;
e) Os tubos de PVC rígido de diâmetro equivalente ao ferro fundido (MPVC),
com junta elástica, tipo ponta e bolsa, com anéis de borracha, deverão atender a NBR
7665. Os anéis de borracha para estes tubos deverão atender a NBR 7672;
f) As conexões para tubos de PVC rígido, com juntas soldáveis, tipo ponta e
bolsa ou bolsa e bolsa, para tubos fabricados de acordo com a NBR 5647 e NBR 5648,
deverão atender a NBR 9821 (PB-912) e as normas de fabricação de tubos. As conexões
de PVC de juntas soldáveis, fabricadas a partir de tubos deverão obedecer às dimensões
da NBR 5647, tabelas 1 e 2. Os tubos utilizados como matéria prima para fabricação das
conexões deverão pertencer à classe 20, obrigatoriamente;
g) As conexões, para tubos de PVC rígido, com juntas elásticas dos tipos
ponta e bolsa ou bolsa e bolsa, fabricados conforme NBR 5647 deverão atender a NBR
9815 (PB-587), e/ou NBR 10351 (EB-1417). Os anéis de borracha para conexões de junta
elástica deverão atender as NBR 6588 e 7363;
h) As conexões, de PVC rígido com juntas rosqueáveis, para tubos fabricados
conforme a NBR 5648 deverão atender, na rosca, a NBR 6414;
i) As conexões de PVC rígido, para tubos de polietileno PE-5, fabricados
conforme NBR 8417 deverão atender a NBR 9052.
As conexões para tubos de PVC rígido, com junta elástica dos tipos ponta e bolsa
ou bolsa e bolsa deverão atender a todas as condições descritas nas normas NBR 9815 e
10351.

As conexões para tubos de PVC rígido com juntas soldáveis, tipo ponta e bolsa ou
bolsa e bolsa, deverão atender a todas as condições descritas nas NBR 9815 e 10351.
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Transportes dos Tubos
Carregamento dos Tubos

O manuseio dos tubos e peças especiais em seu carregamento, serão feitos com tiras
de lona ou nylon, de modo que possam resistir ao peso dos tubos e peças especiais. As
tiras de lona ou nylon deverão estar ajustadas a seu diâmetro, para que não se a danifique
a pintura de proteção.

Além disso, não será permitido o uso de cabos, correntes, ganchos, barras ou
alavancas que venham a afetar o revestimento dos tubos durante o manuseio e o
transporte.

Transporte dos tubos

Os tubos para serem transportados, devem estar acondicionados sobre berços


almofadados com feltro ou borracha na parte curva, fornecendo assim, proteção
apropriada contra amassamentos e outros danos possíveis de ocorrer.

O feltro ou borracha de proteção dos berços deverá ter dimensões satisfatórias para
evitar o contato do tubo com qualquer outra parte do berço.

Quanto aos berços, estes deverão ter curvatura adequada ao diâmetro dos tubos e
largura suficiente para que os mesmos possam ser assentados, impedindo qualquer tipo
de dano. Também deverão ser fixados no caminhão ou na carreta de modo a
proporcionarem segurança durante o transporte. Os tubos deverão ser convenientemente
acomodados, a fim de evitar choques ou contato com superfícies abrasivas.

Os tubos deverão ser reforçados internamente com cruzetas nas extremidades livres
de revestimento, a fim de evitar as deformações.

Descarga dos Tubos

A descarga dos tubos, sempre que possível, será feita próxima ao local de
assentamento.

Não será permitido que os tubos sejam jogados no solo diretamente do caminhão
ou da carreta. Deverão ser utilizados equipamentos mecânicos apropriados e suportes de
lona ou nylon suficientemente largos

De Areia de Campo

Deverá ser empregada areia grossa e apresentar um grau de compacidade relativa


de 50%. A espessura das camadas deverá ser igual a 20 cm.
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Assentamento de Tubulações e Peça - Tubos de PVC

A montagem das juntas dos tubos de dos de PVC em conformidade com a NB-111
da ABNT.

O apoio e a fixação dos mesmos obedecerão ao detalhamento do projeto básico da


tubulação, o mesmo ocorrendo com o tipo e dimensões das peças utilizadas. As alterações
deverão ser comunicadas ao projetista para avaliação e revisão.

No caso de tubos enterrados os mesmos deverão ficar apoiados ao longo de todo o


corpo cilíndrico, e as juntas acomodadas em cachimbos escavados.

Em terrenos acidentados o assentamento deverá ser iniciado pela extremidade mais


baixa.

Juntas Flangeadas

Para a montagem de juntas flangeadas deverá ser observado que o plano de face
dos flanges esteja perpendicular ao eixo da peça. O plano vertical que contiver o eixo da
peça deverá passar pelo meio da distância que separa os dois furos dos parafusos
superiores, verificando-se esta condição com nível de bolha.

Do mesmo modo que para as juntas mecânicas, os parafusos, após colocação da


arruela entre os ressaltos, deverão ter apertos gradual e diametralmente opostos.

Válvulas

A montagem das válvulas será precedida da verificação do posicionamento correto


dos flanges, de tal maneira que o plano de face do flange fixo esteja, forçosamente,
perpendicular ao eixo da tubulação. O plano vertical que contiver o eixo do tubo deverá
passar pelo meio da distância que separa os dois furos superiores.

Esta condição poderá ser verificada com adequado nível de bolha de ar, aplicado
aos dois furos superiores.

As válvulas deverão ser montadas totalmente abertas nas linhas de juntas soldadas
e totalmente fechadas nas demais; as válvulas montadas abertas somente poderão ser
acionadas após limpeza prévia.

Durante a montagem das válvulas o operador deverá protegê-las contra eventuais


danos e sujeiras.
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As válvulas serão entregues montadas, ou em subconjuntos próprios para seu
manuseio.

Estando o conjunto da válvula completamente instalado, limpo e lubrificado, e


tendo sido verificado todo o seu mecanismo, a válvula deverá ser operada em todos os
cursos.

DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
Profundidade

A profundidade da rede coletora deverá atender as condições adequadas de ligação


predial e proteção da tubulação contra cargas externas.

Em principio, as redes não devem ser aprofundadas para atender às soleiras abaixo
do greide da rua, tendo sua profundidade definida pelas condições hidráulicas e pelas
restrições de recobrimento mínimo. Com a profundidade assim determinada, devem ser
calculadas as seguintes relações:

• relação percentual entre o número de soleiras baixas atendidas e o número


total de soleiras baixas;
• relação percentual entre o número de soleiras baixas atendidas e o número
total de soleiras.

Essas relações devem ser analisadas pela área de engenharia, podendo o


aprofundamento da rede ser admitido ou não. Devem ser analisadas, também, as
condições de jusante do trecho a ser aprofundado, quanto à possibilidade de recuperação
de profundidades, cotas fixas de chegada a jusante, etc.

A rede poderá ser aprofundada de acordo com estudo econômico em função de


desapropriações ou existência de EEEs.

O cálculo da profundidade necessária para o coletor atender a determinadas soleiras


negativas deve ser feito da seguinte forma:

p = H + (i x l) + S

Onde:

p= profundidade da geratriz inferior interna;

H= 1,0m, em casos normais; este valor pode ser menor, dependendo das
necessidades locais (ex.: Baixada Santista);
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i= 2% - declividade do ramal predial (excepcionalmente = 1%); l = distância até o
coletor (m);

S = desnível entre o piso da bacia sanitária mais desfavorável a esgotar e o greide


da rua (m).

Recobrimento

O recobrimento mínimo para o coletor a ser assentado no leito carroçável de rua


pavimentada será de 1,35m, e para as ruas não pavimentadas será de 1,45m. No passeio
o recobrimento mínimo será de 1,05m. Em regiões planas e de nível do lençol freático
alto, podem ser adotados os recobrimentos de 1,05, 1,25 e 0,75m, respectivamente para
coletores em ruas pavimentadas, não pavimentadas e no passeio. Recobrimentos menores
devem ser justificados.

Coletor auxiliar

Sempre que a profundidade do coletor for superior a 3,50 m, ou o seu diâmetro for
maior ou igual a 400 mm, deve ser projetado um coletor auxiliar para o recebimento das
ligações prediais. Não será admitido coletor auxiliar coincidente, em planta, com o coletor
principal.

A adoção de coletor duplo (nos dois lados de uma via) depende, além dos critérios
econômicos, das condições técnicas de implantação (ex.: tráfego intenso). Coletores
implantados no passeio, geralmente sugerem a duplicação de rede.

Método Não Destrutivo (MND)

Nos projetos em que se observa a necessidade de Método Não Destrutivo (MND),


a técnica de construção deve ser rigorosamente justificada, haja vista as dificuldades
técnicas de garantia de declividade dos sistemas unidirecionais.

Antes do recebimento da obra devem ser realizados testes que


permitam verificar que a declividade obtida atenda as necessidades
operacionais especificada em projeto.

Órgãos acessórios
Em todos os pontos singulares da rede coletora, tais como início de coletores,
nas mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material, na reunião de
coletores e onde há degraus e tubo de queda, devem ser utilizados os órgãos
acessórios definidos a seguir.
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Poço de visita (PV)


Deve ser obrigatoriamente usado nas seguintes condições:
a) na confluência de mais de 2 (dois) trechos à singularidade e 1 (uma) saída;
b) na confluência que exige colocação de tubo de queda;
c) Quando a profundidade for maior ou igual a 1,60 m;
d) a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problemas
de manutenção.
Os poços de visita devem ser construídos em tubos de concreto tipo ponta e bolsa
com junta elástica, conforme especificado na NTS 044, com exceção da parte inferior
que deve ser concretada concomitantemente com a laje de fundo, no mínimo a altura de
meio diâmetro do tubo coletor, acima da geratriz superior deste.
Tubo de queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau
com altura maior ou igual a 0,60 m exceto para diâmetros superiores a 300 mm, caso
em que é necessária a construção de PV especial, com dissipador de energia.
O tampão de acesso ao PV deve estar localizado acima do eixo do coletor
principal, deslocada em sentido à entrada do fluxo, facilitando a entrada e visualização.
Desníveis entre a GI (geratriz inferior) do coletor e o fundo do PV (poço de visita),
menores que 0,20 m, devem ser eliminados, aprofundando-se o trecho de montante,
exceto nos casos de acerto de geratrizes superiores.

Poço de Inspeção (PI)


Devem ser usados nas seguintes situações:
a) na confluência de até 2 (dois) trechos à singularidade e 1 (uma) saída;
b) nos pontos com degrau de altura igual ou inferior a 0,50 m;
c) profundidade do coletor até 1,60 m
- diâmetro do coletor até 200 mm;
- ausência, a montante, de ligações de postos de gasolina, de hospitais e de
escolas.
As paredes dos poços de inspeção devem ser revestidas por tubos de concreto tipo
ponta e bolsa com junta elástica, conforme especificado na NTS 044, com exceção da
parte inferior que deve ser concretada concomitantemente com a laje de fundo, no
mínimo a altura de meio diâmetro do tubo coletor, acima da geratriz superior deste.
O tampão de acesso ao PI deve estar localizado acima do eixo do coletor principal,
deslocada em sentido à entrada do fluxo, facilitando a entrada e visualização.
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Terminal de Limpeza – TL
O TL deve ser usado em pontas secas, isto é, no início (montante) de redes
coletoras de esgotos, exceto em ruas de terra, e nos casos em que há previsão de
prolongamento de rede (anexo C), quando deve-se usar PI ou PV.

Sifão invertido
Quando a necessidade da instalação deste sifão for a solução técnica e
econômica mais adequada, deve ser projetado de forma a garantir facilidade de
acesso para operação e manutenção.

Caixas de passagem – CP
Para efeito desta norma, é vedada a utilização de caixas de passagem.

Distância entre órgãos acessórios


A distância máxima recomendada entre singularidades (PV, PI e TL) deve ser de
100 m.

Direcionamento do fluxo nos órgãos acessórios


No fundo do PV e PI, as calhas devem ter conformação hidráulica de forma
a conduzir o fluxo afluente em direção à saída, conforme anexos 1 a 4.
Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do
tubo de saída.

DIMENSIONAMENTO DOS TRECHOS DA REDE


COLETORA
Para dimensionamento dos trechos, foram estimadas a vazão inicial e final;
• Escolha do diâmetro não inferior a 100 mm;
• Verificação de cada trecho pelo critério de tensão trativa média mínima de 1 Pa;
• Parâmetro com a declividade máxima admissível;
• Averiguar a maior lâmina admissível;
• Análise da velocidade crítica em 5 m/s.

Abaixo segue o conteúdo de dimensionamento usado no projeto e a planilha de


cálculo.
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Tabela 1 - Planilha de dimensionamento populacional

Fonte: autores, 2022.

População inicial e final

Como trata-se de um projeto de condomínio cujas dimensões são pré-estabelecidas


e não há possibilidade de ampliação, as populações iniciais e finais são as mesmas
(horizonte de projeto). Portanto:
População: 750 habitantes.

Parâmetros adotados

q - Será adotado um consumo médio diário por habitante de 150 l/hab.dia

K1 = Coeficiente de máxima vazão diária= 1,2

K2 = Coeficiente de máxima vazão horária = 1,5

tinf = Taxa de Infiltração (mais utilizada nos projetos de loteamentos e dentro das
𝑙
faixas de mínimo e máximo da norma) = 0,0001 𝑠 . 𝑚

C = Coeficiente de retorno = 0,8

n = Rugosidade do material (utilizamos PVC) = 0,010

Qd - Vazão média de demanda (final e inicial)

𝐶 .𝑃 .𝑞
𝑄𝑑 =
86400

Q - Vazão de dimensionamento inicial

𝑄𝑖 = 𝑄𝑑 . 𝐾2

𝑄𝑓 = 𝑄𝑑 . 𝐾1 . 𝐾2

Ti e Tf – Taxa de Contribuição Inicial e Final


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𝑄𝑑 1,00 𝑙
𝑇𝑖 = + 𝑡𝑖𝑛𝑓 = + 0,0001 = 0,00115
𝐿 952,57 𝑠 .𝑚

𝑄𝑑 1,2 𝑙
𝑇𝑓 = + 𝑡𝑖𝑛𝑓 = + 0,0001 = 0,00136
𝐿 952,57 𝑠 .𝑚

Áreas de Contribuição
É interessante ressaltar que o projeto não prevê vazões oriundas de áreas de
contribuição que possivelmente seriam inseridas no início de algum trecho.
Para o calculo das áreas de infiltração seria utilizado o método dos telhados que
prevê uma angulação específica para os trechos.

Convenções
Seguindo o pressuposto normatizado e sempre segurança e casos mais
desfavoráveis adotamos:

• 1,5 L/s – como vazão mínima nos trechos


• 1,10m – como profundidade mínima de geratriz do coletor, sabendo que a norma
pede 1,05m em caso de trecho pavimentado.
• 100 mm – DN mínimo
• 5 m/s – Velocidade máxima
• 1,5 KPa – Tensão Trativa mínima (Caso de rede coletora)

Declividade minima
Para garantir a autolimpeza, cada trecho da rede deverá ter uma tensão de arraste
média igual ou superior a 1,0 Pa, calculada para vazão inicial (Qi). A declividade mínima
que satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada:
Imin = 0,0055.Qi-0,47
Onde:
Imin = declividade mínima m/m; Qi = vazão inicial,

A equação da declividade mínima é válida para o coeficiente de Manning: n =


0,013.

Declividade máxima
A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade na
tubulação igual a 5,0m/s para a vazão final (Qf) e pode ser obtida pela expressão
aproximada:
Imax = 4,65.Qf-0,67
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Onde:
Imáx = declividade máxima, m/m; Qf = vazão final,

Velocidade crítica
Para vazão final (Qf) deve ser calculada a velocidade crítica através da seguinte
expressão:
Onde:
Vc = velocidade crítica, m/s;Vc = 6 (gRh)1/2
g = aceleração da gravidade, m/s2 Rh = raio hidráulico, m.
Quando a velocidade final (Vf) é superior a velocidade crítica (Vc), a maior lâmina
admissível deve ser 50% do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho.
Se a lâmina for superior a 50%, o diâmetro do coletor deverá ser aumentado.

Lâmina d'água
As lâminas d'água devem ser calculadas admitindo o escoamento em regime
permanente e uniforme.

Lâmina máxima
A lâmina máxima deverá ser igual ou inferior a 75% do diâmetro do coletor,
calculada para a vazão final (Qf). Nos casos de coletores existentes, poderão ser admitidas
lâminas superiores ao limite y/d = 0,75 (onde y = altura da lâmina e d = diâmetro do
coletor), desde que os coletores não operem em carga.

Lâmina mínima
Não se limita a lâmina d'água mínima pelo critério da tensão de arraste.

Condição de controle de remanso


Sempre que a cota do nível d'água na saída de qualquer PV ou PI estiver acima de
qualquer das cotas dos níveis d'água de entrada, deve ser verificada a influência do
remanso no trecho de montante, garantindo-se as condições de auto-limpeza e condições
de esgotamento livre.

Rugosidade da parede do conduto


O dimensionamento hidráulico deve considerar a rugosidade das paredes internas
das tubulações e para tanto deve ser adotado coeficiente de Manning de 0,013,
independente do material de que for feito o coletor.

Cálculo dos trechos da tubulação da rede de esgoto


INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS
Projeto de Rede Coletora de Esgoto
Projetistas: Luís Carlos Pinheiro, Luís Gustavo Gomes, Mariana Magalhães
Tabela 2 - Planilha de dimensionamento dos Trechos

Fonte: autores, 2022.


INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS
Projeto de Rede Coletora de Esgoto
Projetistas: Luís Carlos Pinheiro, Luís Gustavo Gomes, Mariana Magalhães
Tabela 3 - Continuação da planilha de dimensionamento dos trechos

Fonte: autores, 2022.

Todas as informações acima podem ser vistas na planilha de cálculo em anexo.

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