(ESG. SAN 21.2) Memorial Descritivo
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PROJETO DE
REDE DE
ESGOTAMENTO
Loteamento de um conjunto Habitacional
Luís Carlos Pinheiro Júnior, Luís Gustavo Gomes Ferreira Barros e Mariana
Magalhães Bispo
IFAL-Palmeira dos Índios - Alagoas
05/02/2022
INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS
Projeto de Rede Coletora de Esgoto
Projetistas: Luís Carlos Pinheiro, Luís Gustavo Gomes, Mariana Magalhães
Fonte:www.google.com
Fonte:www.google.com
JUSTIFICATIVA
ESCOPO DO PROJETO
A empresa para qual você trabalha foi contratada para elaborar diversos projetos
envolvidos na construção de um condomínio residencial em Arapiraca. Você foi
designado para ser o responsável pelo projeto de rede coletora de esgoto sanitário para o
condomínio, onde serão construídas 150 residências. Um outro engenheiro da empresa
indicou a você onde será instalada a estação de tratamento de esgoto (ETE) e informou
que o ponto de lançamento final do esgoto tratado será o Rio Piauí, e que a vazão de saída
da estação é de 95% da vazão de entrada, devido ao tempo de detenção hidráulica
requerido pela estação que ele projetou. Portanto, em resumo, seu objetivo é coletar o
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esgoto de cada domicílio, transportá-lo ao longo do condomínio até a estação de
tratamento e desta para o Rio Piauí.
Um outro engenheiro da empresa, responsável pela drenagem de águas pluviais, te
entregou a planta baixa do loteamento com algumas cotas de referência das ruas e outros
pontos as quais ele planejava realizar o traçado da rede de drenagem, mas você pode
também consultar o projeto de terraplanagem caso precise de um traçado alternativo.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
NORMAS DE REFERÊNCIA
Poços de visitas
Podem ser considerados como estrutura complementar da rede coletora de esgoto,
posicionados nos que em que ocorre interligação de trecos, mudanças de diâmetro, de
nível ou de direção, servindo também como acesso para manutenção.
Composição dos poços de visita: Laje de fundo, câmara de trabalho ou balão,
câmara de acesso ou chaminé, laje excêntrica de transição, tampão.
Os detalhamentos dos poços de visita do projeto estão apresentados em corte no
material em anexo.
Tubo de queda
Dispositivo instalado no poço de visita, ligando o coletor que chega numa cota mais
alta que a do fundo do poço. São previstos em poços de visitas que possuem uma diferença
das cotas citadas sejam maiores ou igual a 50 cm.
A falta do tubo de queda para a situação acima apresentada, pode erodir o fundo do
poço de visita.
Traçado da rede
Para o traçado da rede coletora do projeto, os seguintes critérios foram atendidos:
• O projeto desenvolvido baseou-se na definição topográfica do loteamento;
• Analisou-se o caimento do terreno, averiguando-se a formatação do fluxo, de
forma que o escoamento fosse gravitacional;
• O traçado da rede foi realizado diante das condições do terreno.
Seleção do material
O material selecionado para disposição da rede coletora foi o PVC.
Enfatiza-se que o material deverá ser resistente a:
• Solicitações ou cargas externas;
• Resistência a abrasão;
• Resistência ao ataque químico;
Além disso, os requisitos para aquisição, transporte e assentamento das tubulações
devem ser atendidos.
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CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
a) Os tubos de PVC rígido, com juntas soldáveis, do tipo ponta e bolsa lisa
ou pontas lisas e luvas, fabricados nas classes 12, 15 e 20, destinados às redes de água,
deverão ser fabricados de acordo com a NBR 5647 (EB-183);
b) Os tubos de PVC rígido, com juntas soldáveis, do tipo ponta e bolsa lisa
ou pontas lisas e luvas, fabricados para pressões máximas de 7,5 kgf/cm2, em diâmetros
nominais de até 32 mm, deverão atender a norma NBR 5648 (EB-892);
c) Os tubos de PVC rígido com juntas elásticas, dos tipos ponta e bolsa ou
pontas lisas e luvas, com anéis de borracha, fabricados nas classes 12, 15 e 20, deverão
atender a norma NBR 5647 (EB-183). Os anéis de borracha para tubos de junta elástica,
fabricados conforme NBR 5647 deverão atender a NBR 6588 e 7673;
d) Os tubos de PVC rígido, com juntas rosqueáveis, para pressões máximas
2
de 7,5 Kgf/cm ;
e) Os tubos de PVC rígido de diâmetro equivalente ao ferro fundido (MPVC),
com junta elástica, tipo ponta e bolsa, com anéis de borracha, deverão atender a NBR
7665. Os anéis de borracha para estes tubos deverão atender a NBR 7672;
f) As conexões para tubos de PVC rígido, com juntas soldáveis, tipo ponta e
bolsa ou bolsa e bolsa, para tubos fabricados de acordo com a NBR 5647 e NBR 5648,
deverão atender a NBR 9821 (PB-912) e as normas de fabricação de tubos. As conexões
de PVC de juntas soldáveis, fabricadas a partir de tubos deverão obedecer às dimensões
da NBR 5647, tabelas 1 e 2. Os tubos utilizados como matéria prima para fabricação das
conexões deverão pertencer à classe 20, obrigatoriamente;
g) As conexões, para tubos de PVC rígido, com juntas elásticas dos tipos
ponta e bolsa ou bolsa e bolsa, fabricados conforme NBR 5647 deverão atender a NBR
9815 (PB-587), e/ou NBR 10351 (EB-1417). Os anéis de borracha para conexões de junta
elástica deverão atender as NBR 6588 e 7363;
h) As conexões, de PVC rígido com juntas rosqueáveis, para tubos fabricados
conforme a NBR 5648 deverão atender, na rosca, a NBR 6414;
i) As conexões de PVC rígido, para tubos de polietileno PE-5, fabricados
conforme NBR 8417 deverão atender a NBR 9052.
As conexões para tubos de PVC rígido, com junta elástica dos tipos ponta e bolsa
ou bolsa e bolsa deverão atender a todas as condições descritas nas normas NBR 9815 e
10351.
As conexões para tubos de PVC rígido com juntas soldáveis, tipo ponta e bolsa ou
bolsa e bolsa, deverão atender a todas as condições descritas nas NBR 9815 e 10351.
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Transportes dos Tubos
Carregamento dos Tubos
O manuseio dos tubos e peças especiais em seu carregamento, serão feitos com tiras
de lona ou nylon, de modo que possam resistir ao peso dos tubos e peças especiais. As
tiras de lona ou nylon deverão estar ajustadas a seu diâmetro, para que não se a danifique
a pintura de proteção.
Além disso, não será permitido o uso de cabos, correntes, ganchos, barras ou
alavancas que venham a afetar o revestimento dos tubos durante o manuseio e o
transporte.
O feltro ou borracha de proteção dos berços deverá ter dimensões satisfatórias para
evitar o contato do tubo com qualquer outra parte do berço.
Quanto aos berços, estes deverão ter curvatura adequada ao diâmetro dos tubos e
largura suficiente para que os mesmos possam ser assentados, impedindo qualquer tipo
de dano. Também deverão ser fixados no caminhão ou na carreta de modo a
proporcionarem segurança durante o transporte. Os tubos deverão ser convenientemente
acomodados, a fim de evitar choques ou contato com superfícies abrasivas.
Os tubos deverão ser reforçados internamente com cruzetas nas extremidades livres
de revestimento, a fim de evitar as deformações.
A descarga dos tubos, sempre que possível, será feita próxima ao local de
assentamento.
Não será permitido que os tubos sejam jogados no solo diretamente do caminhão
ou da carreta. Deverão ser utilizados equipamentos mecânicos apropriados e suportes de
lona ou nylon suficientemente largos
De Areia de Campo
A montagem das juntas dos tubos de dos de PVC em conformidade com a NB-111
da ABNT.
Juntas Flangeadas
Para a montagem de juntas flangeadas deverá ser observado que o plano de face
dos flanges esteja perpendicular ao eixo da peça. O plano vertical que contiver o eixo da
peça deverá passar pelo meio da distância que separa os dois furos dos parafusos
superiores, verificando-se esta condição com nível de bolha.
Válvulas
Esta condição poderá ser verificada com adequado nível de bolha de ar, aplicado
aos dois furos superiores.
As válvulas deverão ser montadas totalmente abertas nas linhas de juntas soldadas
e totalmente fechadas nas demais; as válvulas montadas abertas somente poderão ser
acionadas após limpeza prévia.
DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
Profundidade
Em principio, as redes não devem ser aprofundadas para atender às soleiras abaixo
do greide da rua, tendo sua profundidade definida pelas condições hidráulicas e pelas
restrições de recobrimento mínimo. Com a profundidade assim determinada, devem ser
calculadas as seguintes relações:
p = H + (i x l) + S
Onde:
H= 1,0m, em casos normais; este valor pode ser menor, dependendo das
necessidades locais (ex.: Baixada Santista);
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i= 2% - declividade do ramal predial (excepcionalmente = 1%); l = distância até o
coletor (m);
Recobrimento
Coletor auxiliar
Sempre que a profundidade do coletor for superior a 3,50 m, ou o seu diâmetro for
maior ou igual a 400 mm, deve ser projetado um coletor auxiliar para o recebimento das
ligações prediais. Não será admitido coletor auxiliar coincidente, em planta, com o coletor
principal.
A adoção de coletor duplo (nos dois lados de uma via) depende, além dos critérios
econômicos, das condições técnicas de implantação (ex.: tráfego intenso). Coletores
implantados no passeio, geralmente sugerem a duplicação de rede.
Órgãos acessórios
Em todos os pontos singulares da rede coletora, tais como início de coletores,
nas mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material, na reunião de
coletores e onde há degraus e tubo de queda, devem ser utilizados os órgãos
acessórios definidos a seguir.
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Sifão invertido
Quando a necessidade da instalação deste sifão for a solução técnica e
econômica mais adequada, deve ser projetado de forma a garantir facilidade de
acesso para operação e manutenção.
Caixas de passagem – CP
Para efeito desta norma, é vedada a utilização de caixas de passagem.
Parâmetros adotados
tinf = Taxa de Infiltração (mais utilizada nos projetos de loteamentos e dentro das
𝑙
faixas de mínimo e máximo da norma) = 0,0001 𝑠 . 𝑚
𝐶 .𝑃 .𝑞
𝑄𝑑 =
86400
𝑄𝑖 = 𝑄𝑑 . 𝐾2
𝑄𝑓 = 𝑄𝑑 . 𝐾1 . 𝐾2
𝑄𝑑 1,00 𝑙
𝑇𝑖 = + 𝑡𝑖𝑛𝑓 = + 0,0001 = 0,00115
𝐿 952,57 𝑠 .𝑚
𝑄𝑑 1,2 𝑙
𝑇𝑓 = + 𝑡𝑖𝑛𝑓 = + 0,0001 = 0,00136
𝐿 952,57 𝑠 .𝑚
Áreas de Contribuição
É interessante ressaltar que o projeto não prevê vazões oriundas de áreas de
contribuição que possivelmente seriam inseridas no início de algum trecho.
Para o calculo das áreas de infiltração seria utilizado o método dos telhados que
prevê uma angulação específica para os trechos.
Convenções
Seguindo o pressuposto normatizado e sempre segurança e casos mais
desfavoráveis adotamos:
Declividade minima
Para garantir a autolimpeza, cada trecho da rede deverá ter uma tensão de arraste
média igual ou superior a 1,0 Pa, calculada para vazão inicial (Qi). A declividade mínima
que satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada:
Imin = 0,0055.Qi-0,47
Onde:
Imin = declividade mínima m/m; Qi = vazão inicial,
Declividade máxima
A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade na
tubulação igual a 5,0m/s para a vazão final (Qf) e pode ser obtida pela expressão
aproximada:
Imax = 4,65.Qf-0,67
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Onde:
Imáx = declividade máxima, m/m; Qf = vazão final,
Velocidade crítica
Para vazão final (Qf) deve ser calculada a velocidade crítica através da seguinte
expressão:
Onde:
Vc = velocidade crítica, m/s;Vc = 6 (gRh)1/2
g = aceleração da gravidade, m/s2 Rh = raio hidráulico, m.
Quando a velocidade final (Vf) é superior a velocidade crítica (Vc), a maior lâmina
admissível deve ser 50% do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho.
Se a lâmina for superior a 50%, o diâmetro do coletor deverá ser aumentado.
Lâmina d'água
As lâminas d'água devem ser calculadas admitindo o escoamento em regime
permanente e uniforme.
Lâmina máxima
A lâmina máxima deverá ser igual ou inferior a 75% do diâmetro do coletor,
calculada para a vazão final (Qf). Nos casos de coletores existentes, poderão ser admitidas
lâminas superiores ao limite y/d = 0,75 (onde y = altura da lâmina e d = diâmetro do
coletor), desde que os coletores não operem em carga.
Lâmina mínima
Não se limita a lâmina d'água mínima pelo critério da tensão de arraste.