PCI Fisio

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1 - Mecanismo básico de secreção glandular.

Junto de falar de secreções:


serosa e mucosa e também secreção neural da salivação.

O processo básico da secreção glandular começa com o transporte de nutrientes


através do sangue nos capilares para formar a secreção. As mitocôndrias utilizam
essa energia para produzir ATP, que, juntamente com substratos fornecidos pelos
nutrientes, são usados para formar as substâncias secretoras, esta síntese ocorre
no retículo endoplasmático e no complexo de Golgi, com os ribossomos aderidos ao
retículo encarregados de sintetizar proteínas que serão secretadas. Os materiais
são transportados pelos túbulos do retículo endoplasmático até as vesículas do
complexo de Golgi, onde são modificados, adicionados, concentrados e
descarregados no citoplasma na forma de vesículas secretoras, que são
armazenadas nas extremidades apicais das células secretoras. As vesículas
permanecem armazenadas até que sinais de controle nervoso ou hormonal estimula
as células a expelir seu conteúdo vesicular, que ocorre quando o hormônio se liga
ao seu receptor específico, desencadeando uma série de eventos de sinalização
celular, com um desses eventos sendo o aumento da permeabilidade da membrana
celular aos íons cálcio, que entram na célula e estimulam a fusão das vesículas com
a membrana apical da célula, que resulta na liberação do conteúdo vesicular para o
exterior, um processo conhecido como exocitose.

Existem dois tipos de secreção glandular: serosa, contendo ptialina para digerir
amido, e mucosa, contendo mucina para proteção e lubrificação. As glândulas
secretoras incluem a parótida (serosa), submandibular e sublingual (ambas serosa e
mucosa), e pequenas glândulas bucais (apenas mucosa).

A salivação é principalmente controlada por sinais nervosos parassimpáticos,


envolvendo os nervos glossofaríngeo e facial, com estímulos gustativos e táteis na
língua, boca e faringe excitam os núcleos salivatórios no tronco encefálico, além
disso, centros superiores do encéfalo podem influenciar a salivação, como quando o
odor dos alimentos favoritos aumenta a produção de saliva. Fluxo da saliva ajuda a
lavar a boca de bactérias patogênicas, contendo vários fatores que as destroem
como por exemplo a lisozima, que ataca a parede celular, também contendo
anticorpos proteicos que podem destruir as bactérias, o IgA.
2 - Células e as secreções da fosseta gástrica. ( Mucosa, Células
Parietais/Oxínticas, Enterocromafins e pépticas )

A superfície do epitélio no trato digestivo é repleta de bilhões de glândulas mucosas


unicelulares, conhecidas como células mucosas ou células caliciformes, devido à
sua forma que lembra um cálice, que como à irritação local do epitélio com liberação
de muco sobre a superfície epitelial, que atua como um lubrificante, protegendo as
superfícies contra escoriações e digestão e sua composição do muco varia
ligeiramente nas diferentes partes do trato gastrointestinal (TGI).

No estômago e no duodeno, existem grande número de glândulas tubulares


profundas, que se dividem em glândulas oxínticas, localizadas no corpo e fundo,
enquanto as glândulas pilóricas que liberam muco alcalino e gastrina, estão
localizadas na porção antral do estômago. Especificamente nas glândulas oxínticas
temos a presença de: células mucosas, que liberam muco necessário para proteção
e lubrificação do epitélio; células oxínticas/parietais, produtoras de HCl e Fator
Intrínseco, importante para absorção da vitamina B12; células ECL
(Enterochromaffin-like) tem função de modular a secreção ácida no estômago, com
a chegada de alimento ocorre uma irritação química que libera histamina, a qual
estimula as células oxínticas (parietais); e por fim as células pépticas/principais com
a função de criar pepsinogênio que posteriormente será usado na degradação de
proteínas.
3 - Hormônios do trato gastrointestinal fazendo parte da fome, digestão e saciedade.
Principais hormônios: Gastrina, Secretina, Colicistocinina, Grelina, Leptina e GLP1.

No geral, a participação de diversos hormônios acerca do trato gastrointestinal é de


extrema importância, uma vez que o sistema digestório tem uma alta complexidade.
De início, deve-se destacar a ação da grelina (produzida no estômago) sendo o
“hormônio da fome”, estimula o apetite e diminui a saciedade, (agindo no
hipotálamo). Já a leptina (produzida no tecido adiposo) atua na saciedade e
diminuição da fome, aumentando o gasto energético. Assim como a leptina, a GLP1
é crucial, funcionando como um freio para o cérebro cessar a fome, esse hormônio
é produzido no intestino. Uma vez que o bolo alimentar chega ao estômago, temos
a ação da gastrina (produzido nas células G do estômago e um pouco no intestino
delgado) que vai controlar os esfíncteres cárdico e pilórico, além de estimular a
secreção de HCl, elevando a acidez no meio, perfeito para as atividades gástricas.
Por fim, uma vez que o quimo iniciará sua entrada no intestino, as células I do
intestino delgado produzem a colecistocinina (CCK), ativa a contração da vesícula e
a síntese no pâncreas de enzimas digestivas: tripsina, quimotripsina e lipase
pancreática. Além da secretina pelas células S do intestino delgado, que vai inibir a
gastrina e o HCl, estimulando secreção de pepsina, bicarbonato pancreático, biliar e
de água, enviando ao duodeno e também o crescimento do pâncreas.

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