Laudo Impactos Corpos Duro e Mole

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Relatório nº.

327233-5/2020 Data: 09/10/2020

Cliente: Monolitus Ind e Com de EPS Eireli


Endereço da obra: Protótipo construído no Senai Ponta Grossa

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO/ENSAIO

Descrição: Sistema de vedação Modelo E42 90


Amostra: 1 vedação externa
Quantidade de amostra: 1 (uma) vedação externa
Data do ensaio: 11/09/2019
Ensaio: Verificação da resistência a impactos de corpo mole e corpo duro.

2. DESCRIÇÃO DA VEDAÇÃO ENSAIADA

Constituição: sistema de vedação ensaiado composto por paredes Modelo E42 90 formado
por 04 (quatro) painéis compostos de chapas de EPS com 9 mm de espessura, 1200 mm de
largura com 3000 mm de altura, classe F, telas de aço CA 60 soldadas com malha de 15x15
cm Ø 4,2 mm em ambos os lados da chapa e conectadas por barras de aço BTC (baixo teor
de carbono) Ø 3 mm. Foram revestidas com argamassa executada na obra com betoneira
estacionária na proporção de 1:3 de cimento, areia e água com aditivo plastificante. Para
assentar os painéis foram posicionadas esperas com vergalhões de Ø 8,0 mm e 600 mm de
comprimento, alternadamente para os dois lados do painel, distanciadas 60 cm umas das
outras. Utilizando réguas metálicas em aço e atirantadas, foram alinhados e aprumados os
painéis. Faixas de tela com 30 cm de largura foram utilizadas para a união dos painéis e nos
cantos internos e externos foram fixadas cantoneiras de tela com abas de 30 e 22,50 cm
respectivamente. Feita aplicação do chapisco, observando o total cobrimento das armaduras
em uma película de aproximadamente 5,0 mm. Lançada argamassa completando a espessura
de 30 mm e regularizada a parede. Parede de dimensões 2,30x3,00m.

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Figura 01: Sistema de vedação ensaiado – perspectiva

Figura 02: Sistema de vedação ensaiado – detalhe das microcolunas

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Figura 03: Sistema de vedação ensaiado – início do revestimento em argamassa

3. PROCEDIMENTO DE MONTAGEM

Procedimento da Empresa Monolitus Ind e Com de EPS Eireli.

4. MÉTODO DE ENSAIO

ABNT NBR 15575-4:2013 - Edificações habitacionais — Desempenho. Parte 4: Requisitos


para os sistemas de vedações verticais internas e externas — SVVIE. Anexo B: Verificação
da resistência a impactos de corpo duro;
ABNT NBR 11675:2016 - Divisórias leves internas moduladas - Verificação da resistência aos
impactos.

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5. INSTRUMENTAÇÃO UTILIZADA

Aparelhagem:

Impacto de corpo mole:


• Pórtico auxiliar totalmente independente do corpo de prova ensaiado;
• Corpo mole normatizado, com 40 kg de massa;
• Trena;
• Paquímetro de deslocamentos tipo digital instalado na face posterior ao impacto.

Impacto de corpo duro:


• Pórtico auxiliar totalmente independente do corpo de prova ensaiado;
• Duas esferas metálicas, de massa 500g e 1000g, fixadas cada uma a um cabo flexível;
• Trena;
• Paquímetro de deslocamentos tipo digital para medição da profundidade da mossa.

6. ENSAIO

Para a avaliação da resistência a impactos suspensos foi realizado por um cabo o impactador
(esferas de 500g e 1000g – corpo duro e corpo mole com massa de 40kg), abandonando-o
em movimento pendular, gerando a energia de impacto, até atingir a parede. Os impactos são
aplicados em pontos aleatórios distintos, ou seja, cada impacto é aplicado em um ponto
diferente, sem haver repiques. Os resultados estão apresentados nas tabelas (1 a 5). A partir
dos deslocamentos obtidos e seguindo o critério de desempenho da norma ABNT NBR 15575-
4:2013.

7. RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

7.1 AÇÃO DE IMPACTOS DE CORPO MOLE

Os resultados estão apresentados na tabela 01:

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Tabela 01: Dados obtidos do ensaio de impacto com corpo mole.
CORPO MOLE (40 Kg)

Altura de Deformação Deformação


Energia (J) Ocorrências
queda(cm) instantânea (mm) residual (mm)

60 15 0,15 0,00 Nenhuma


120 30 0,25 0,00 Nenhuma
180 45 0,30 0,02 Nenhuma
240 60 0,34 0,00 Nenhuma
240 60 0,34 0,00 Nenhuma
240 60 0,36 0,00 Nenhuma
360 90 0,49 0,02 Nenhuma
480 120 0,62 0,01 Nenhuma
720 180 0,81 0,00 Nenhuma
Limite de deformação instantânea (mm) ≤ h/125 = 3000/125 = 24mm
Limite de deformação residual (mm) ≤ h/625 = 3000/625 = 4,80mm

Figura 04: Corpo de prova

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7.2 AÇÃO DE IMPACTOS DE CORPO DURO

Os resultados estão apresentados nas tabelas 02 a 05:

Tabela 02: Dados obtidos do ensaio de impacto de corpo duro.


Esfera de 500 gramas

Impacto
Altura de queda Profundidade da
Ocorrências
(cm) mossa (mm)
N° Energia (J)

1 2,5 50 0,23 Mossa


2 2,5 50 0,28 Mossa
3 2,5 50 0,32 Mossa
4 2,5 50 0,31 Mossa
5 2,5 50 0,30 Mossa
6 2,5 50 0,31 Mossa
7 2,5 50 0,25 Mossa
8 2,5 50 0,29 Mossa
9 2,5 50 0,41 Mossa
10 2,5 50 0,38 Mossa
NOTA: Nenhuma ruptura ou traspassamento

Tabela 03: Dados obtidos do ensaio de impacto de corpo duro.


Esfera de 500 gramas

Impacto
Altura de queda Profundidade da
Ocorrências
(cm) mossa (mm)
N° Energia (J)

1 3,75 75 0,41 Mossa


2 3,75 75 0,37 Mossa
3 3,75 75 0,44 Mossa
4 3,75 75 0,46 Mossa
5 3,75 75 0,49 Mossa
6 3,75 75 0,46 Mossa
7 3,75 75 0,44 Mossa
8 3,75 75 0,49 Mossa
9 3,75 75 0,47 Mossa
10 3,75 75 0,48 Mossa
NOTA: Nenhuma ruptura ou traspassamento

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Tabela 04: Dados obtidos do ensaio de impacto de corpo duro.
Esfera de 1000 gramas

Impacto
Altura de queda Profundidade da
Ocorrências
(cm) mossa (mm)
N° Energia (J)

1 10 100 0,51 Mossa


2 10 100 0,55 Mossa
3 10 100 0,51 Mossa
4 10 100 0,57 Mossa
5 10 100 0,52 Mossa
6 10 100 0,58 Mossa
7 10 100 0,50 Mossa
8 10 100 0,53 Mossa
9 10 100 0,55 Mossa
10 10 100 0,55 Mossa
NOTA: Nenhuma ruptura ou traspassamento

Tabela 05: Dados obtidos do ensaio de impacto de corpo duro.


Esfera de 1000 gramas

Impacto
Altura de queda Profundidade da
Ocorrências
(cm) mossa (mm)
N° Energia (J)

1 20 200 0,58 Mossa


2 20 200 0,64 Mossa
3 20 200 0,65 Mossa
4 20 200 0,73 Mossa
5 20 200 0,71 Mossa
6 20 200 0,65 Mossa
7 20 200 0,62 Mossa
8 20 200 0,60 Mossa
9 20 200 0,61 Mossa
10 20 200 0,54 Mossa
NOTA: Nenhuma ruptura ou traspassamento

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Figura 05: Corpo de prova – Ensaio de corpo duro.

8. CRITÉRIOS DE DESEMPENHO

8.1 CRITÉRIOS DE DESEMPENHO PARA IMPACTOS DE CORPO MOLE

Na Tabela 06 e 07 são apresentados os critérios da norma NBR 15.575:2013 - parte 4.

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Tabela 06: Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) – casas térreas
Energia de impacto
Impacto
Elemento de corpo mole Critérios de desempenho
J

720 Não ocorrência de ruína


(estado-limite último)
480
Não ocorrência de ruína
Impacto 360 (estado-limite último)
externo
Não ocorrência de falhas
(acesso
(estado-limite de serviço)
externo do 240 Limitação dos deslocamentos
público)
horizontais:
Vedação vertical com dh ≤ h/250a dhr ≤ h/1250
função estrutural, para 180
casas térreas Não ocorrência de falhas
120 (estado-limite de serviço)
480
Não ocorrência de ruína
240 (estado-limite último)

180 Não ocorrência de falhas


Impacto (estado-limite de serviço)
interno Não ocorrência de falhas
(estado-limite de serviço)
120 Limitação dos deslocamentos
horizontais: dh ≤ h/250a dhr ≤
h/1250
60 Não ocorrência de falhas
(estado-limite de serviço)
Não ocorrência de rupturas
Revestimento interno das vedações localizadas (estado-limite de
verticais externas em multicamadasb serviço)
(impactos internos) 120 Não comprometimento da
segurança e da estanqueidade
à água da fachada
aPara sistemas leves (G≤ 600 N/m2), podem ser permitidos deslocamentos horizontais instantâneos iguais ao
dobro do valor mencionado, desde que os deslocamentos horizontais residuais atendem ao valor máximo
definido; tal condição também pode ser adotada no caso de sistemas destinados a sobrados unifamiliares.
B Nesse caso está sendo considerado que o revestimento interno da parede de fachada multicamada não é

parte integrante da estrutura da parede, nem considerado componente de contraventamento, e que os materiais
de revestimento empregados são de fácil reposição pelo usuário. No caso de impacto entre montantes, ou seja,
entre componentes da estrutura, o componente de vedação deve ser considerado sem função estrutural.
Fonte: ABNT NBR 15575-4: 2013

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Tabela 07: Impacto de corpo mole para vedações verticais internas
Energia de impacto
Elemento de corpo mole Critérios de desempenho
J
360 Não ocorrência de ruína (estado-limite último)
240 São permitidas falhas localizadas
180 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)
Vedações com Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço).
função estrutural Limitação dos deslocamentos horizontais:
120
dh ≤ h/250 dhr ≤ h/1250
60 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)
Não ocorrência de ruína (estado-limite último)
120
Vedações sem São permitidas falhas localizadas
Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço).
função estrutural
60 Limitação da ocorrência de deslocamento:
dh ≤ h/125a dhr ≤ h/625
aPara paredes leves (G ≤ 600 N/m2), sem função estrutural, os valores do deslocamento instantâneo (dh) podem
atingir o dobro do valor indicado nesta tabela.
NOTA: Aplica-se também a casas térreas e sobrados.
Fonte: ABNT NBR 15575-4: 2013

8.2 CRITÉRIOS DE DESEMPENHO PARA IMPACTOS DE CORPO DURO

Nas Tabelas 08 e 09 são apresentados os critérios da norma NBR 15.575:2013 - parte 4.

Tabela 08: Impactos de corpo duro para vedações verticais externas (fachadas)
Energia de
Impacto impacto de
Elemento Critérios de desempenho
corpo duro
J
Não ocorrência de falhas
inclusive no revestimento
(estado-limite de serviço)
Impacto externo
3,75 Não ocorrência de ruína,
(acesso externo do
caracterizada por ruptura ou
público)
traspassamento (estado-limite
Vedação vertical com último)
ou sem função Não ocorrência de falhas
20
estrutural (estado-limite de serviço)
Não ocorrência de ruína,
caracterizada por ruptura ou
2,5
traspassamento (estado-limite
Impacto interno (todos
último)
os pavimentos)
Não ocorrência de ruína,
caracterizada por ruptura ou
10
traspassamento (estado-limite
último)
Fonte: ABNT NBR 15575-4: 2013

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Tabela 09: Impactos de corpo duro para vedações verticais internas
Energia de
impacto de corpo
Elemento Critérios de desempenho
duro
J
Não ocorrência de falhas (estado-limite de
Vedação vertical com ou sem 2,5
serviço)
função estrutural Não ocorrência de ruína, caracterizada por
10 ruptura ou traspassamento (estado-limite
último)
Fonte: ABNT NBR 15575-4: 2013

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O corpo de prova não apresentou danos ou instabilidade para os impactos de corpo mole. O
corpo de prova não apresentou ruptura ou traspassamento para impactos de corpo duro.

10. REFÊNCIAS NORMATIVAS

• ABNT NBR 15.575-4:2013 – Edificações habitacionais – Desempenho. Requisitos para os


sistemas de vedações verticais internas e externas.

Original Assinado
_____________________________________
Juliana Paiola da Silva
Engenheira Civil – CREA: 85694/D
SENAI PR

OBSERVAÇÕES GERAIS
• Imprevisto na realização ensaio: Não há
• Salvo menção expressa, os itens ensaiados foram livremente selecionados pelo solicitante e, portanto, não se
confere ao laboratório qualquer responsabilidade referente à exatidão da amostragem.
• O Laboratório de Tecnologias Construtivas não tem qualquer responsabilidade pelo uso que o solicitante, outra
pessoa ou entidade venham a dar aos dados ou indicações contidas no presente relatório, em prejuízo ou
benefício das marcas comerciais que o solicitante tenha citado como identificação dos itens submetidos a estudo.
• O Laboratório de Tecnologias Construtivas garante a confiabilidade dos resultados contidos no presente relatório
de ensaio.
• Qualquer parecer expresso neste relatório, não faz parte do escopo da qualificação.
• Os resultados contidos nesse relatório referem-se somente à amostra analisada.
• Somente permitida reprodução integral desse relatório
• Relatório emitido eletronicamente.

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