Resumo 2 Jadas - P2 (Kalecki)
Resumo 2 Jadas - P2 (Kalecki)
Resumo 2 Jadas - P2 (Kalecki)
O esquema de reprodução
1.Existem apenas duas classes sociais e duas categorias de renda – os capitalistas que auferem
lucros e os trabalhadores que auferem salários , 2) Economia Fechada, 3) economia sem
atividades administrativas do governo, 4) ausência de poupança por parte dos trabalhadores,
5) inexistência de acumulação de estoques ou é computada como produção de bens de
investimento e 6) a produção, o lucro e o investimento são computados em seus valores
brutos, antes de deduzida a depreciação do capital fixo.
Kalecki divide a economia em três setores: Departamento I que produz bens de investimento,
Departamento II que produz bens de consumo aos capitalistas e Departamento III que produz
bens de consumo aos trabalhadores. Fica aberta a questão dos bens intermediários.
Vb = Mb + Yb. Este é o setor que produz os insumos. Como este é o único que fornece insumos
ele produz insumos para A e também para B.
Assim
Vb = Ma + Mb, Assim temos que: Ma + Yb = Mb + Yb. Assim Yb= Ma. No fim das contas
podemos concluir que o valor adicionado na produção do setor de bens intermediários ( Yb) é
igual ao valor dos insumos utilizados no setor A.
O esquema
Isto também pode ser visto de outro modo. No DIII os capitalistas pagam aos trabalhadores o
montante de salários W3. Com esse salário os trabalhadores desse departamento adquirem aí
mesmo todos os bens de consumo no valor de w3. Isto posto, restam nesse departamento
bens de consumo no valor de P3., visto que o valor da produção é igual P3+ W3 e W3 é o valor
comprado pelos trabalhadores de DIII, concluímos que os bens de consumo no valor de P3 são
vendidos aos trabalhadores dos outros dois setores W1 + W2= P3. Como conclusão temos que
o lucro dos capitalistas de DIII é determinado pelos salários dos trabalhadores dos
departamentos DI e DII.
Daí temos:
P= P1 + W1 + P2 + W2, ou ainda, P= I + Cc
Podemos representar como W/P ou W/Y. Usaremos esta segunda forma para saber a
participação dos salários na renda total. Assim, em cada departamentos temos: W1/ I , W2/Cc
e W3/Cw.
Desta forma, os salários em Di e DII dependem dos níveis de produção ( supondo distribuição
de renda constante) que , por sua vez, dependem de I e Cc respectivamente. Em DIII W3
também depende da produção, mas esse nível de produção depende de w1 e w2 que por sua
vez dependem de I e cc. Assim temos que o W total da economia é, em última instância,
determinado por I e Cc. Em suma, são os capitalistas que, através de seus gastos,
determinam não só o montante de seus lucros, mas também o montante de salários e a
magnitude da renda nacional; ou, em outras palavras, a dinâmica da economia capitalista (
isto é , os níveis e as variações nos níveis dos lucros, salários e renda nacional) está nas mãos
dos capitalistas.
k= V/ M + W
V = k ( M + W) ACRESCENTAR MARK UP
Como V> M + V, temos que k >1. O lucro é: P= V-M-V ( V menos os custos com insumos e salá
rios)
P = k( M+W) – M – W = kM + kW – M – W
P= ( k-1)( M + V)
Y= W + ( k-1) ( M + W)
w= 1/ 1 + ( k-1) ( M/W +1), denotando j como a relação entre os insumos e o montante de salá
rios temos:
Tudo isso para chegar a conclusão de que quão maiores forem k e j menor será w.
Para Kalecki, k e j são os fatores de distribuição. Quanto maior for k, maior será a relação entre
lucros salários, ou seja, menor será a participação dos salários na renda. Se supusermos k
constante, quanto maior for o valor dos insumos em relação aos salários ( ou seja quanto
maior for j ), maiores serão o valor da produção e o lucro em relação aos salários.
Ainda há outro fator de distribuição que é a participação relativa de cada uma das
firmas que compõem o sistema econômico no valor adicionado de um ramo em questão.
Assim, além de k e j, a composição setorial da economia constitui também um fator de
distribuição de renda.
Em longo prazo, j tende a diminuir, pois o aumento na produtividade do trabalho
provoca queda nos preços dos insumos em relação aos salários. Em curto prazo, a razão M/W
tende a variar de acordo com as flutuações cíclicas da econômica; ou seja, em relação aos salá
rios, os preços dos insumos tendem a subir durante as fases e expansão econômica e cair
durante fases de depressão.
1.Equação Simplificada
P= I + Cc
É importante analisar esta equação além do senso comum que aponta que o lucro se divide
em consumo e investimento. Nesse caso o lucro seria a variável independente enquanto I e Cc
seriam as variáveis dependentes. No entanto, devemos considerar a economia como um todo;
o investimento e o consumo dos capitalistas não são obtidos pela divisão do lucro, mas, ao
contrário, o lucro se obtém pela soma dessas duas outras grandezas. Na economia marxista,
toda a renda é criada exclusivamente pelo trabalho e, ao ser criada, ela se divide entre os
trabalhadores, os capitalistas e os proprietários de terra. Portanto, não é a mesma coisa dizer
que o valor de uma determinada variável se divide em várias parcelas e dizer que o o valor da
variável é dado pela soma das parcelas. Deste modo, as variáveis independentes são o
investimento e o consumo dos capitalistas; a soma dessas duas grandezas determina o
montante dos lucros num dado período de tempo.
b. Como I e Cc determinam os lucros
Agora cabe demonstrar que o lucro depende não de todo o valor da produção, mas do valor da
produção dos departamentos I e II somente – isto é- do volume de vendas de bens de
investimento e bens de consumo dos capitalistas.
Suponha o ex da aula. Se os lucros dos capitalistas do DIII estão se ampliando, isto significa que
eles estão vendendo mais para os trabalhadores dos outros 2 departamentos; se esses
trabalhadores estão comprando mais, isto quer dizer que seus salários são maiores; sendo
maiores os salários e se a produção desses outros 2 departamentos não aumenta, então os
lucros dos capitalistas desses 2 departamentos estão diminuindo. Em suma, o aumento de
lucro no DIII é exatamente igual ao decréscimo de lucro nos outros 2 Departamentos
Para que houvesse aumentos nos lucros totais, a produção em DI e DII deveria crescer també
m, ou seja, deveria aumentar o investimento e o Cc. Portanto, é a produção desses 2
departamentos – ou mais precisamente o volume de I e Cc – que determina o volume de
lucros numa economia como um todo.
Desta forma, temos que os lucros dependem das decisões dos capitalistas; é o gasto que
determina o lucro e não o contrário. Um capitalista pode estar decidido a aumentar seu lucro,
mas ele só conseguirá isso se puder vender mais, e apenas poderá vender mais se,
obviamente, houver maior compra de seus produtos.
De forma geral o lucro total da economia só vai subir se os capitalistas decidirem vender mais
e-ou consumir mais.( gasto)
Embora num dado período de tempo o montante de lucros da classe capitalista seja
determinado pelo volume de investimento e de consumo dos próprios capitalistas, existe
também uma certa dependência destas duas últimas grandezas em relação ao montante de
lucros auferidos em período anterior de tempo. Ou seja, os lucros no período t exercem,
certamente, uma influencia sobre o investimento e o consumo dos capitalistas no período t +1.
A despeito disso, é importante frisar que o I e o Cc num dado período não são iguais aos lucros
auferidos em um dado período anterior, porque senão o volume de lucros seria exatamente
igual sempre: P(t)= I(t) + Cc (t) em t + 1; P (t+1)= I (t+1) + Cc ( t + 1) = P (t)
2. Equação Completa
(menos impostos) Cc
Lucros I bruto
Cc
Quanto maior a poupança menor serão as vendas do DIII e, portanto, menor será o lucro de
DIII e o lucro total. Logo quanto menor for Cw1 e Cw2 menor será P3. O lucro total varia em
relação inversa à poupança dos trabalhadores.
c. saldo de exportação
Suponhamos um setor interno e outro externo. Tratemos dos lucros do interno. Se ele vende
pra fora e nada compra esse montante é o lucro.
d. Déficit do governo
Similar ao c). O governo compra com aquilo que arrecada ( tributos diretos e indiretos) basta
analisar a relação entre montante gasto e montante arrecadado.
O fato de haver impostos sobre os lucros não significa que os capitalistas dispõem de menos
recursos para seus gastos, ou seja, não quer dizer que eles diminuem seus gastos num
montante igual ao montante de impostos sobre os lucros ( ou seja não são os lucros que,
exclusivamente, determinam o investimento). Significa que deixaram de gastar um montante
igual ao dos impostos, mas nada garante que na ausência do imposto eles gastariam
exatamente o mesmo montante. Os impostos só vão afetar os lucros dos capitalistas se
afetarem as decisões de gasto com I e Cc.
Cct= A + qPt-z , onde q é o coeficiente que relaciona o consumo no período t ao lucro (P) no
período t-z. Em alguns trabalhos ele supõe não haver intervalo de tempo entre o lucro e o
consumo: Cct= A + qPt
O consumo dos capitalistas num período t pode ser decomposto em duas partes: uma parte A,
que pode ser considerada como constante, e uma parte qPt-z que exprime a dependência do
consumo dos capitalistas em elação a seus lucros passados. A é constante só no curto prazo,
pois em longo prazo está sujeita à alterações econômicas e sociais. O importante é notar que
esta parte A não depende dos lucros.
2. Lucros e Investimentos
Pt= It + A + qPt-z
; o lucro no tempo t é uma função dos investimentos nos momentos t, t-z, t-2z e etc onde 1, q
e q² são os coeficientes que relacionam o lucro a esses investimento. Quanto mais afastados
no tempo, os investimentos exercerão menos influência sobre o lucro presente. Dada a
equação, podemos levar em conta só os investimentos realizados no passado próximo, já
que os coeficientes farão que os investimentos mais antigos tendam a zero.
Logo, a equação dos lucros no momento t pode ser escrita como sendo aproximadamente
Pt = f(It-x)
3.Multiplicador do investimento
Pt= (It + A) 1/ (1-q); o fator 1/ (1-q) tem muita semelhança com o multiplicador keynesiano.
Onde q é a propensão marginal a consumir dos capitalistas e Kalecki relaciona o lucro com o
investimento e com o consumo autônomo dos capitalistas, isto é, o consumo que não depende
das variações nos níveis de lucros. Dada a parte estável A e dado o investimento o montante
de lucro no tempo 1 dependerá da magnitude daquele fator, ou seja, quanto maior q maior
será o lucro. Como q é menor do que 1, o fator é positivo e maior do que 1; logo, o montante
de lucro será maior do que a soma do investimento com a parte estável do consumo dos
capitalistas.
O lucro num dado período é determinado pelo investimento e pelo consumo dos capitalistas
nesse mesmo período. Mas, por seu turno, a magnitude do consumo dos capitalistas depende
de uma parte estável A e da grandeza de seus próprios lucros, que determinam a outra parte
do consumo dos capitalistas por meio do coeficiente q, o qual, na terminologia keynesiana,
corresponde à propenso marginal a consumir ( nesse caso dos capitalistas).
Podemos concluir que, dado o investimento, o lucro será tanto maior quanto maiores forem A
e q. Assim, estes dois elementos expressam os determinantes do consumo dos capitalistas – o
lucro é determinado pelo investimento e pelo consumo do capitalistas.
Os determinantes do investimento
1.Introdução
Ou seja, num sistema capitalista do tipo laissez-faire, onde o Estado limita suas
intervenções e onde, portanto, o déficit orçamentário do Governo tem um reduzido papel, o
investimento se converte- como assinalamos no fim do capítulo 20 – na variável fundamental
da dinâmica econômica, ou seja, no principal elemento determinante dos níveis das atividades
econômicas como um todo. Desta forma se faz mister analisar os determinantes do
investimento em uma economia capitalista.
2. Taxa de juros
Para Kalecki o papel da taxa de juros no processo de acumulação de capital ( ou, mais
especificamente, no processo de tomada de decisão de investimento por parte dos
capitalistas) é secundário. Antes disso é importante que analisemos a diferenciação que
Kalecki faz no que diz respeito aos dois tipos de taxa de juros: curto e longo prazo.
Vamos tentar analisar a taxa de juros em linhas mais gerais, pois a explicação de
Kalecki é bastante complicada. Para começar é preciso levar em consideração que a taxa de
juros de longo prazo – assim como a de curto prazo- depende da situação da demanda e da
oferta de moeda por empréstimos. Porém a demanda e a oferta de curto prazo são
determinadas pelo volume de transações, enquanto que em longo prazo estes mecanismos
estão relacionados com a decisão de investir do capitalista. Desta forma os eventuais
emprestadores podem confrontar as taxas de curto com as de longo prazo.
Denotaremos a estimada taxa de juros de curto prazo por ie e o risco que podem
incorrer em empréstimos de longo prazo por h. Os empréstimos de longo prazo envolvem
maiores riscos, estes são, em parte, compensados por certas vantagens como a taxa de juros
constante e a conveniência de não ter que renovar os empréstimos com tanta frequência.
Desse modo, a taxa de longo prazo é expressa por (r) : r= ie + h ( taxa de curto prazo
mais o risco). É importante salientar que ie é estimada com base em resultados anteriores e i ,
que é a taxa real de juros de curto prazo, pode ser sim maior do que r na prática. O aspecto
importante referente a taxa de longo prazo é sua relativa estabilidade., pois ao longo do
tempo ie correspondo, em termos estatísticos, a uma aproximada média móvel de certo nú
mero de anos, e, como tal, apresenta uma relativa estabilidade. Para simplificar podemos
dizer que r pode variar entre dois ciclos econômicos, mas dentro de um mesmo ciclo ela
permanece relativamente constante; portanto, r são apresenta oscilações cíclicas como i ( taxa
real de juros de curto prazo).
Outro fator importante que dá o caráter estável à r é que h varia em sentido contrário
à de ie. Sendo r= ie + h, a variação de h em direção oposta à de ie dá a r uma estabilidade.
Esse movimento de explica do seguinte modo: dentro de um ciclo econômico, as mais altas
taxas reais de juro de curto prazo se encontram na fase ascendente do ciclo, e as mais baixas
na fase descendente, de modo que o valor de ie é elevado durante a prosperidade e reduzido
durante a depressão; com a taxa de risco h acontece o contrário. Na fase da prosperidade o
cenário é otimista e o risco é baixo, e vice-versa.
Quanto maior a sua acumulação interna ( uso dos próprios lucros para fins de
acumulação), maior será o capital empresarial e, consequentemente, maior será também o
montante dos empréstimos que ela pode obter para investimento; em outras palavras, quanto
maior a acumulação num dado momento, maior ainda poderá ser a acumulação no momento
seguinte.
Introdução
A diferença entre o produto nacional bruto e o produto privado bruto consiste no produto do
Governo e é medida pelos pagamentos aos empregados do setor público. A diferença entre o
valor do produto privado bruto e a renda bruta do setor privado, Y, consiste nos impostos
indiretos que se acham incluídos no valor do produto privado. Assim, a diferença entre o
produto nacional bruto e a renda bruta do setor privado consiste nos pagamentos aos
empregados do Governo e dos impostos indiretos.
Fica claro que a renda bruta ou produto bruto Yt é completamente determinado pelo
investimento It-w ( A renda atual é determinada por um investimento realizado previamente).
Papel dos fatores de distribuição é assim o de determinar a renda ou o produto com base
nos lucros, que por sua vez são determinados pelo investimento. O mecanismo dessa
determinação da renda já foi descrito no Cap. 3. Daí se conclui diretamente que as modificaçõ
es na distribuição de renda ocorrem não por meio e uma modificação dos lucros, P, mas atravé
s de uma mudança na renda buta ou produto.
Imaginemos, por exemplo, que, devido à elevação do grau de monopólio, a parcela relativa
dos lucros na renda bruta aumente. Os lucros permanecerão sem alteração, já que continuarã
o a ser determinados pelo investimento, que depende das decisões de investir originadas no
passado, mas os salários e ordenados reais e a renda bruta ou produto irão cair. O nível de
renda ou produto irá declinar até o ponto em que a parcela relativa dos lucros mais elevada
permitir auferir o mesmo nível absoluto de lucros.
Pelo dito até aqui, qualquer modificação no investimento provoca uma nítida mudança na
renda.
Uma elevação em (delta) It-m provoca, com um hiato temporal, uma elevação dos lucros em:
Ademais, uma elevação dos lucros em delta P (segunda equação) provoca uma elevação da
renda bruta ou do produto.
) (1 – q)
Deve-se lembrar que q é o coeficiente que indica a parte de delta P, o incremento dos lucros,
que será dedicada ao consumo; e que alfa é o coeficiente que indica a parte de delta Y, o
incremento da renda bruta, que vai para salários e ordenados. Tanto 1 – q como 1 – a
são < 1, de modo que Yt > It –w. . Em outras palavras, a renda bruta ou produto aumenta
mais que o investimento, devido ao efeito da elevação do investimento sobre o consumo dos
capitalistas (fator 1 /1 – q) e sobrea renda dos trabalhadores ( fator 1/1-a) ( Efeito
multiplicador).
Uma vez que aqui se supõe que o consumo dos trabalhadores seja igual à sua renda, isso quer
dizer que a renda aumenta mais que o investimento, devido à influência do aumento do
investimento sobre o consumo dos capitalistas e dos trabalhadores. Durante a depressão, a
queda do investimento também motiva uma redução do consumo, de modo que a queda do ní
vel de emprego é maior do que a que se origina diretamente da contração da atividade
investidora.
O caso genérico
No entanto, os lucros antes da dedução dos impostos não são mais iguais aos lucros depois da
dedução dos impostos. Agora coloquemos os efeitos dos tributos em a e B.
Kalecki não leva em conta só a poupança bruta das firmas, ele também adiciona a
poupança pessoal das pessoas que detêm o controle destas firmas ( poupança dos capitalistas
como um todo). Assim, a poupança bruta do total da sociedade é S.
A taxa de lucro pode ser expressa como a relação entre o lucro P e o estoque de capital
fixo K ( P\K). Supondo-se K constante, um aumento de P eleva a taxa de lucro; considerando P
constante um aumento de K diminui a taxa de lucro. Como as decisões de investimento variam
no mesmo sentido da taxa de lucro, então o investimento é uma função crescente do aumento
do lucro ( ΔP) e uma função decrescente do aumento do capital fixo ( ΔK). Assim as decisões
de investir num dado momento serão influenciadas positivamente pelo crescimento do lucro e
negativamente pelo acréscimo no estoque de capital fixo ocorridos no intervalo de tempo
imediatamente anterior à tomada dessas decisões.
Representemos por I ( t +v) o investimento efetuado no tempo t +v, por ΔPt e ΔKt os
aumentos, respectivamente do lucro e do capital fixo no intervalo de tempo entre t e t+v. Se,
nesse intervalo de tempo, não houvesse acumulação de capital, o aumento de lucro
provocaria, em seguida, um investimento, cuja magnitude representaremos por b ΔPt. Como,
porém já houve acumulação de capital no montante de ΔKt, então, no momento seguinte, nem
todo esse investimento de magnitude qbΔPt é efetuado. Portanto, o investimento torna-se igual
a qbΔPt - cΔKt., onde cΔKt representa o efeito negativo, sobre o investimento no momento t +
v, da acumulação de capital ocorrida no momento anterior.
Analisar na pg 118 umas álgebras que ele faz para modificar a equação.
Para Kalecki a acumulação de estoques num momento qualquer pode ser expressa,
aproximadamente, como uma função da variação do nível da produção, ou , para simplificar,
no nível de renda num período anterior.
Há que salientar que o coeficiente e e o hiato temporal θ são de fato
privado, O.