Slides 98 A 148

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 51

FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES

2. MODELO DE REFERÊNCIA OSI E ARQUITETURA TCP/IP

2.3- Arquitetura TCP/IP


Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
Arquitetura TCP/IP

A arquitetura foi batizada por TCP/IP por causa


dos seus dois principais protocolos:
Transmission Control Protocol (TCP) e Internet
Protocol (IP).
Ela foi apresentada pela primeira vez em 1974
(CERF, 1974) com o objetivo de criar uma
arquitetura que permitisse a interligação de
diversas redes de comunicação, sendo
posteriormente adotada como padrão, de fato,
para a comunidade internet.
Arquitetura TCP/IP
QUATRO CAMADAS

A arquitetura foi criada utilizando quatro camadas:


Arquitetura TCP/IP

QUATRO CAMADAS
▪ As funções das camadas de apresentação e sessão serão acumuladas pela camada de aplicação
▪ As funções das camadas de enlace e física serão executadas pela camada de acesso à rede.
▪ Observe a relação entre os dois modelos a seguir:

Responsável por toda comunicação


até chegar no roteador (camada de
rede ou internet) “intranet”
Arquitetura TCP/IP
CAMADAS TCP/IP

Uma grande diferença que temos entre o modelo de referência OSI e a arquitetura TCP/IP é:

MODELO OSI: É baseado, principalmente, nas funcionalidades das camadas.

ARQUITETURA TCP/IP: Não ficou presa apenas nas funcionalidades, mas ampliou para o
desenvolvimento de protocolos relativamente independentes e hierárquicos. A hierarquia
baseia-se em um protocolo de nível superior que é suportado pelos protocolos de nível
inferior.

▪ É comum ouvirmos falar da pilha de protocolos TCP/IP.


▪ A pilha de protocolos TCP/IP é o conjunto de todos os protocolos implementados pela
arquitetura. E não são poucos.
Arquitetura TCP/IP
ALGUNS DOS PROTOCOLOS DA ARQUITETURA TCP/IP
FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES

3. Camadas de Aplicação e Transporte

3.1- Arquiteturas de Aplicações


Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Camada de Aplicação

Exemplo:
▪ Quando realizamos uma compra com cartão de crédito ou débito em um
estabelecimento comercial, é fundamental a existência de uma rede de
comunicação, já que ela será o alicerce para execução da operação.
▪ Ao inseri-lo (o cartão) na máquina de cartão, precisamos colocar uma senha para
confirmar a operação.
▪ Tal dado é inserido no sistema por meio de um software executado nessa
máquina.

Nesse caso, o software é executado na camada de aplicação!


CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Camada de Aplicação

▪ O software de aplicação, também conhecido como software aplicativo, é nossa


interface com o sistema (e, por consequência, com toda a rede de comunicação que
suporta essa operação).
▪ Portanto, sempre que houver um serviço na rede, virá à mente a interface com ele.
Outros exemplos de software de aplicação:

Ressaltamos que a camada de aplicação é aquela de mais alto nível do modelo


OSI, fazendo a interface com os usuários do sistema e realizando as tarefas
que eles desejam.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Arquiteturas de Aplicações
▪ Façamos a seguinte suposição: Nosso objetivo é desenvolver uma aplicação a ser
executada em rede.
▪ Para criá-la, deve-se utilizar uma linguagem de programação que possua comandos
e/ou funções para a comunicação em rede.
▪ Na maioria das linguagens, esses comandos e/ou funções estão em bibliotecas nativas
da linguagem ou criadas por terceiros.
▪ Mas não basta conhecer uma linguagem de programação e suas bibliotecas.
▪ Antes disso, é preciso definir qual arquitetura terá sua aplicação.
▪ Entre as arquiteturas mais conhecidas, destacam-se as seguintes:
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Arquiteturas Cliente-Servidor
▪ Nesta arquitetura, há pelo menos duas entidades: um cliente e um servidor.
▪ O servidor executa operações continuamente aguardando por requisições do(s)
cliente(s).
▪ O mais comum, é que hajam diversos clientes e um único servidor. A figura abaixo ilustra
a situação.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

▪ Quando um dos clientes precisa que o trabalho seja realizado pelo servidor, ele monta
uma mensagem, especificando o que deve ser realizado. A mensagem normalmente
contém dados que devem ser processados pelo servidor.
▪ Quando a mensagem está montada, é enviada ao servidor por intermédio de algum
sistema de comunicação (internet).
▪ O Servidor recebe a mensagem, processa seu conteúdo e envia a resposta ao cliente.
▪ O servidor comporta-se passivamente, normalmente limita-se a aguardar solicitações, e
quando estas chegam, processa as mensagens com os dados necessários e envia o
resultado do processamento de volta a seus clientes.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

O SERVIDOR:
Quando chega uma solicitação, o servidor pode:
▪ Atender imediatamente caso esteja ocioso;
▪ Gerar um processo-filho para o atendimento da solicitação;
▪ Enfileirar a solicitação para ser atendida mais tarde;
▪ Criar uma thread para esse atendimento.

Independentemente do momento em que uma solicitação é processada, o


servidor, no final, envia ao cliente uma mensagem contendo o resultado do
processamento.
Quem utiliza esse tipo de arquitetura é a aplicação web.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor
Vamos analisar esse processo no exemplo a seguir:

Você deseja fazer uma receita especial, descobrindo, em um


site, aquele prato que gostaria de preparar. Ao clicar em um
link, ela aparecerá. Para isso acontecer, o servidor web
(software servidor do site de receitas) fica aguardando as
conexões dos clientes.

Quando você clica no link da receita, seu


browser envia uma mensagem ao servidor
indicando qual delas você quer.

Ele faz então o processamento solicitado e devolve ao


browser o resultado disso (sua receita).
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

Atenção!
O que determina se uma entidade é
cliente ou servidor é a função
desempenhada pelo software, e não o
tipo de equipamento.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

▪ É fundamental saber que servidores desempenham uma função muito importante. Por
isso, há equipamentos apropriados para eles, com MTBF alto e recursos redundantes.
▪ O tipo de software instalado nesse equipamento é o responsável por determinar se ele
é cliente ou servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

Importante frisar que um processo pode atuar simultaneamente como cliente e


servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Peer-to-Peer

▪ Enquanto existe uma distinção bem clara entre os processos que trocam
informações na arquitetura cliente-servidor, na peer-to-peer – também conhecida
como arquitetura P2P –, todos os processos envolvidos desempenham funções
similares.
▪ Em geral, nesses sistemas, os processos não são uma propriedade de corporações.
▪ Quase todos os participantes (senão todos) são provenientes de usuários comuns
executando seus programas em desktops e notebooks.

Tanto o processamento quanto o


armazenamento das informações são
distribuídos entre os hospedeiros.
Isso lhes confere maior escalabilidade em
comparação à arquitetura cliente-
servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Peer-to-Peer
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 1:
Uma arquitetura amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações em rede é a
cliente-servidor. Sobre ela, responda:

a) Cabe ao servidor iniciar toda negociação com seus clientes.


b) Existe uma distinção bem clara entre clientes e servidores. Um processo não pode ser
cliente e servidor simultaneamente.
c) É a função desempenhada pelo Software que determina se a entidade é cliente ou
servidor.
d) Quando chega uma requisição de um cliente, o sistema operacional deve iniciar a
execução do servidor.
e) A definição se uma entidade é cliente ou servidor é definida pelo hardware utilizado.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 1 – RESPOSTA:
Uma arquitetura amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações em rede é a
cliente-servidor. Sobre ela, responda:

a) Cabe ao servidor iniciar toda negociação com seus clientes.


b) Existe uma distinção bem clara entre clientes e servidores. Um processo não pode ser
cliente e servidor simultaneamente.
c) É a função desempenhada pelo Software que determina se a entidade é cliente ou
servidor.
d) Quando chega uma requisição de um cliente, o sistema operacional deve iniciar a
execução do servidor.
e) A definição se uma entidade é cliente ou servidor é definida pelo hardware utilizado.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 2:
Marque a afirmativa verdadeira no que se refere à arquitetura peer-to-peer:
a) Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as informações do sistema.
b) Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida e diferente
das funções dos demais processos.
c) Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.
d) A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um servidor.
e) Todo processamento é realizado nos servidores, enquanto nas estações de trabalho
renderiza apenas a interface gráfica.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 2 - Resposta:
Marque a afirmativa verdadeira no que se refere à arquitetura peer-to-peer:
a) Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as informações do
sistema.
b) Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida e diferente
das funções dos demais processos.
c) Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.
d) A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um servidor.
e) Todo processamento é realizado nos servidores, enquanto nas estações de trabalho
renderiza apenas a interface gráfica.
FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES

3. Camadas de Aplicação e Transporte

3.2- Camada de Aplicação


Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADA DE APLICAÇÃO
Protocolos da Camada de Aplicação
Um protocolo de camada de aplicação define como processos de uma aplicação, que
funcionam em sistemas finais diferentes, passam mensagens entre si.
Em particular, um protocolo de camada de aplicação define:
▪ Os tipos de mensagens trocadas, por exemplo, de requisição e de resposta;
▪ A sintaxe dos vários tipos de mensagens, tais como os campos da mensagem e
como os campos são delineados;
▪ A semântica dos campos, isto é, o significado da informação nos campos;
▪ Regras para determinar quando e como um processo envia e responde
mensagens

Enquanto o algoritmo da camada de aplicação determina seu


funcionamento no ambiente local, o protocolo dela estipula tudo que é
necessário para que aplicações em diferentes hospedeiros possam trocar
mensagens de maneira estruturada.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADA DE APLICAÇÃO
Camadas de Aplicação na Internet
Como funcionam as três importantes aplicações das camadas de aplicação na Internet:
1) Serviço Web (Protocolo HTTP)
✔ Implementado pelo protocolo HTTP, que muita gente confunde com a própria
Internet.

2) Serviço de Correio (Protocolos SMTP, IMAP e POP)


✔ Serviço do correio eletrônico.

3) Serviço de Nomes (DNS)


✔ Sistema de resolução de nomes DNS.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADA DE APLICAÇÃO
Protocolo HTTP...
▪ Definido pelas RFCs 1945 e 2616, o HTTP (Hypertext Transfer Protocol) é o protocolo
padrão para transferência de páginas web na internet.
▪ Em 1991, a web foi idealizada no CERN como uma forma de fazer com que grupos de
cientistas de diferentes nacionalidades pudessem colaborar por meio da troca de
informações baseadas em hipertextos.
▪ Em dezembro daquele ano, foi realizada uma demonstração pública na conferência
Hypertext 91.
RFCs: Sigla originada do inglês Request For Comments. RFCs são documentos públicos
mantidos pela Internet Enginnering Task Force (IETF): um grupo internacional aberto cujo
objetivo é identificar e propor soluções para questões relacionadas à utilização da internet,
além de propor uma padronização das tecnologias e dos protocolos envolvidos.

CERN: Sigla originada do francês Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (em
português, Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear). Trata-se de um laboratório de
física de partículas localizado em Meuyrin, que fica na fronteira franco-suíça.
Hipertextos: Documentos construídos com o objetivo de possuir alguns objetos, como
palavras, imagens etc. Quando acionados – geralmente, com um clique do mouse –, eles
buscam outros documentos que podem (ou não) ser hipertextos.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADA DE APLICAÇÃO
... Protocolo HTTP
O protocolo HTTP é constituído de duas etapas:
ETAPA 1:
▪ Uma PÁGINA WEB TÍPICA é um documento em formato HTML que pode conter
imagens e outros tipos de objetos, como vídeos, texto, som etc.
▪ Para exibir determinada página web, o usuário digita no browser o endereço no
qual ela se encontra (ou clica em um hiperlink para essa página), indicando o local
em que deve ser buscada.
▪ Para que uma página seja transferida do servidor até o browser, um padrão deve
ser seguido pelos softwares (cliente e servidor).
▪ Ele (o padrão) especifica como o cliente solicita a página, e o servidor a
transfere para o cliente.
ETAPA 2
Esse padrão é o protocolo HTTP. A mensagem HTTP, por sua vez, é carregada pelo
outro protocolo: TCP.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADA DE APLICAÇÃO
Protocolo HTTP
Uma interação entre cliente e servidor se inicia quando o cliente envia uma requisição a
um servidor.
A solicitação mais comum consiste em:
✔ Enviar um texto em formato ASCII.
✔ Iniciar com a palavra GET.
✔ Inserir página solicitada, protocolo utilizado na transferência e servidor a ser
contatado.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADA DE APLICAÇÃO
Protocolo HTTP

Para solicitar a página web da Organização das Nações Unidas utilizando o protocolo
HTTP, o browser estabelece uma conexão TCP com o servidor web situado no endereço
www.un.org e lhe envia a seguinte solicitação:
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
CAMADA DE APLICAÇÃO
Protocolo HTTP

Como esse processo é organizado?

Ao receber a solicitação, o servidor busca a página web solicitada, a transfere para o


cliente e, após confirmada a entrega, encerra a conexão.
Como o HTTP utiliza o TCP, não é necessário se preocupar com questões de confiabilidade
na entrega dos dados.
Ele (o HTTP) é um protocolo em constante evolução, havendo atualmente várias versões
em uso. Por isso, o cliente deve informar a versão do protocolo a ser usado quando
solicita uma página web.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
Serviço de Correio Eletrônico

CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL)


▪ Os primeiros sistemas de correio eletrônico foram concebidos como um simples
sistema voltado para a troca de arquivos. O destinatário da mensagem era
especificado na primeira linha do texto.
▪ Bastava então que o sistema procurasse ali para quem a mensagem deveria ser
entregue.
▪ Porém, com o passar do tempo, surgiram novas necessidades que dificilmente eram
atendidas por ele.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Correio Eletrônico

▪ Em 1982, ainda na era da ARPANET, foram publicadas as RFCs 821 e 822, definindo,
respectivamente, o protocolo de transmissão a ser utilizado e o formato da mensagem.
Entretanto, apesar de ambas resolverem o problema inicial a que se propunham, elas
especificavam que todo o texto deveria ser composto pelo código ASCII.
▪ Tal restrição (ASCII) precisava ser resolvida para ser possível o envio de mensagens:
✔ Em alfabetos não latinos.
✔ Em idiomas sem alfabetos.
✔ Que não contêm textos multimídia, como, por exemplo, áudio e vídeo.
✔ Com caracteres acentuados.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Correio Eletrônico

▪ Para resolver esses novos problemas, foi criada uma solução denominada
Multipurpose Internet Mail Extensions (MIME) - Extensões Multi função para
Mensagens de Internet .
▪ O MIME continua utilizando o formato da RFC 822 (formato da mensagem), mas
passou a incluir uma estrutura para o corpo da mensagem e definir regras
para as mensagens especiais.
▪ Essa estratégia fez com que tais mensagens pudessem ser enviadas graças à utilização
de protocolos e programas de correio eletrônico existentes, havendo somente a
necessidade de alterar os programas de envio e recebimento.
▪ Atualmente, o protocolo de transmissão Simple Mail Transfer Protocol (SMTP) é
definido pela RFC 5321, enquanto o formato da mensagem o é pela RFC 5322.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Como é construída a arquitetura do correio eletrônico?


A arquitetura do sistema de correio eletrônico é construída com base em dois agentes:
1) Agente do usuário;
2) Agente da transferência de Mensagens.

O AGENTE DO USUÁRIO é o programa que faz a interface do usuário com o sistema de


correio eletrônico. É por meio dele que o usuário:
✔ Faz o envio e o download de mensagens e anexos.
✔ Lê as mensagens
✔ Realiza a pesquisa, o arquivamento e o descarte de mensagens
✔ Escreve suas mensagens
✔ Anexa arquivos.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Como é construída a arquitetura do correio eletrônico?


Já os AGENTES DE TRANSFERÊNCIA DE MENSAGENS são os responsáveis por fazer com
que elas cheguem até o destino.
Eles são mais conhecidos como servidores de correio eletrônico.

Para entendermos melhor o assunto,


analisaremos a seguir a comunicação
entre Orlando e Maria.
Esse caso explicita uma arquitetura do
sistema de correio eletrônico:
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Como é construída a arquitetura do


correio eletrônico?

A partir da numeração presente na imagem


anterior, continuaremos com o exemplo:

1- Orlando deseja enviar uma mensagem para


Maria. Após a compor em seu agente do
usuário, ele solicita seu envio para ela.

2- A mensagem é enviada do agente do usuário de Orlando até seu agente de


transferência de mensagens, que a recebe, analisa e, em seguida, encaminha-a ao agente
de Maria
3- No destino, tal agente armazena as mensagens que chegam, em um local conhecido
como caixa de mensagens (mailbox), onde cada usuário do sistema possui uma caixa
própria.
4- Quando Maria deseja ler suas mensagens, o agente do usuário dela se liga a seu
agente de transferência de mensagens e verifica quais estão armazenadas em sua caixa
de mensagens.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

características dos protocolos apresentados:


SMTP:

▪ O protocolo responsável pela transferência da mensagem até seu destino é o


SMTP. Definido pela RFC 5321, ele utiliza o protocolo de transporte TCP, obtendo,
assim, a garantia de que ela será entregue no destino sem erros.

▪ O servidor SMTP aguarda por conexões de seus clientes.

▪ Quando uma conexão é estabelecida, o servidor inicia a conversação enviando uma


linha de texto na qual se identifica e informa se está pronto (ou não) para
receber mensagens.
▪ Se ele não estiver pronto, o cliente deverá encerrar a conexão e tentar novamente mais
tarde.

▪ Caso o servidor esteja acessível, o cliente precisa informar aos usuários a origem e o
destino da mensagem. Se o servidor considerar que se trata de uma transferência
válida, sinalizará para que ele a envie.

▪ Após o envio, o servidor confirma sua recepção e a conexão é encerrada.


CAMADAS DE APLICAÇÃO

características dos protocolos apresentados:


SMTP:
Entrega final
▪ Quando uma mensagem chega ao servidor do destinatário, ela deve ser
armazenada em algum local para que possa ser acessada mais tarde (assim que o
destinatário estiver on-line).
▪ Esse local é a caixa de mensagens.
▪ Como o SMTP é responsável somente pela entrega da mensagem no servidor
destino, isso requer a utilização de outro protocolo de modo que o cliente possa
buscar suas mensagens no mailbox (esse protocolo é o POP3).
CAMADAS DE APLICAÇÃO

características dos protocolos apresentados:


POP3:
▪ A RFC 1939 estipula que o POP3 (Post Office Protocol version 3) [protocolo postal] tem a
finalidade de fazer o download das mensagens que se encontram no mailbox do
usuário para o sistema local.
▪ Caso estejam neste sistema, ele pode utilizá-las em qualquer momento, mesmo sem ter
conexão com a internet.
▪ O POP3 é implementado na maioria dos agentes de usuário. Basta configurar os
parâmetros de conta e senha do usuário para que o agente faça o download das
mensagens. Ele permite o download seletivo delas, assim como apagar as selecionadas
no servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
Características dos protocolos apresentados:
IMAP:
▪ Assim como o POP3, o IMAP (Internet Message Access Protocol) permite que um
usuário tenha acesso às mensagens armazenadas em sua caixa. Porém,
enquanto o POP3 é baseado na transferência delas para o sistema local a fim
de serem lidas, o IMAP consegue permitir sua leitura diretamente no servidor,
dispensando, portanto, a transferência para o sistema local.
▪ Isso será particularmente útil para usuários que não utilizarem sempre o mesmo
computador, pois permite que suas mensagens sejam acessadas a partir de qualquer
sistema. Definido pela RFC 3501, o IMAP também fornece mecanismos para criar,
excluir e manipular várias caixas de correio no servidor.

Atenção!
Um webmail não é um protocolo, mas uma forma oferecida por alguns sites da web a
fim de que os usuários possam ler suas mensagens de correio eletrônico.

Para usar o sistema, o usuário abre uma página web, na qual entra com uma
identificação e uma senha. A partir desse momento, ele tem acesso imediato às suas
mensagens (de forma parecida com a de um cliente IMAP).
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Nomes (DNS)


▪ A comunicação entre hospedeiros na internet ocorre por meio de endereços
binários de rede. Afinal, para se comunicar com um destino, o hospedeiro precisa
conhecer seu endereço.
▪ Entretanto, é bem mais fácil trabalhar com nomes de hospedeiros do que com
seus endereços de rede.
▪ Além de ser muito difícil conhecer todos os endereços dos hospedeiros com os quais
precisamos trabalhar, precisaríamos ser notificados toda vez que algum deles
mudasse de endereço.
▪ Para resolver esse problema, foi desenvolvido o Domain Name System (DNS).
Sua finalidade é a criação de um sistema de nomes de forma hierárquica e baseada
em domínios.
▪ Para acessar um hospedeiro, portanto, basta conhecer seu nome de domínio e
fazer uma consulta ao servidor DNS, que é responsável por descobrir seu endereço.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Nomes (DNS)

Serviços oferecidos pelo DNS?


Além do mapeamento de nomes de hospedeiros em endereços IP, o DNS ainda
provê:
✔ Identificação de servidores de correios eletrônicos;
✔ Apelidos para hospedeiros;
✔ Distribuição de carga;
✔ Descoberta de nomes de hospedeiros (mapeamento reverso).
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Nomes (DNS)

ESPAÇOS DE NOMES
O espaço de nomes do DNS é dividido em domínios estruturados em níveis.
Confira a organização do primeiro nível:

Veja a seguir a diferença entre os domínios genéricos e de


países, bem como alguns breves exemplos desses domínios.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Nomes (DNS)

Veja a seguir a diferença entre os domínios genéricos e de países, bem


como alguns breves exemplos desses domínios.

1) Domínios Genéricos:
Informam o tipo de organização ao qual o domínio está vinculado.
Alguns exemplos são:

.com = comercial;
.edu = instituições educacionais;
.int = algumas organizações internacionais;
.org = organizações sem fins lucrativos.

Cada domínio tem seu nome definido pelo


caminho entre ele e a raiz, enquanto seus
componentes são separados por pontos.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Serviço de Nomes (DNS)


2) Domínios de Países:
Possuem uma entrada para cada país. Alguns exemplos são:

.br = Brasil;
.pt = Portugal;
.jp = Japão;
.ar = Argentina.

Cada domínio tem seu nome definido pelo caminho


entre ele e a raiz, enquanto seus componentes são
separados por pontos
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Resolução de Nomes
O espaço de nomes do DNS é dividido em zonas. Independentes, elas possuem um
servidor de nomes principal e pelo menos um de nomes secundário:

Servidor de nomes principal


Configurado com as informações das zonas sob sua responsabilidade, ele faz o
repasse delas para os servidores de nomes secundários.

Servidor de nomes secundário


Responde pelas zonas caso haja uma falha do servidor de nomes principal.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

Três principais componentes do DNS


1) Registros de recursos armazenados em um banco de dados distribuído;
2) Servidores de nomes DNS responsáveis pela manutenção de zonas específicas;
3) Solucionadores DNS em execução nos clientes.

Solucionador X Servidor DNS


Quando um solucionador solicita a resolução de um nome para o servidor DNS, pode
acontecer o seguinte:
O servidor DNS é o responsável pela zona: O servidor resolve o nome solicitado e o
devolve ao solucionador;
O servidor DNS não é o responsável pela zona, mas possui a resolução em cache: O
servidor envia a resolução ao solucionador;
O servidor DNS não é o responsável pela zona nem possui a resolução em cache: O
servidor precisa realizar uma busca para resolver o nome.
CAMADAS DE APLICAÇÃO
CAMADAS DE APLICAÇÃO

A partir da numeração presente na imagem anterior, continuaremos com o exemplo:

A:
Quando a aplicação do cliente solicita a resolução do nome www.sus.gov.br, o
solucionador envia a requisição para o servidor de nomes local, que é o responsável por
tratá-la até obter a resposta completa. Desse modo, ele não retorna respostas parciais
para o solucionador. A esse tipo de consulta damos o nome de consulta recursiva.

B:
Para obter a resposta completa, o servidor de nomes precisa realizar uma série de
iterações com outros servidores. Caso nenhuma informação parcial esteja em seu cache, o
servidor local primeiramente precisa descobrir quem é o servidor responsável por resolver
o domínio br.

C:
Para isso, ele consulta um servidor de nomes raiz, que indica onde o servidor DNS de “br”
pode ser encontrado. O servidor local continua realizando consultas para resolver cada
domínio parcial até que haja uma resolução completa. Esse tipo de consulta é conhecido
como consulta iterativa.
CAMADAS DE APLICAÇÃO

O excesso de consultas em um servidor DNS pode levar à sobrecarga.

Como evitar esse tipo de problema?

RESPOSTA:
Os servidores devem evitar responder consultas recursivas de clientes não
autorizados. Para isso, os administradores de servidores DNS precisam configurar
no servidor aqueles autorizados a realizar consultas recursivas. Dessa forma, se
houver a consulta de um que não esteja, ela automaticamente será negada.

Você também pode gostar