Unicamp2006 2fase 3dia
Unicamp2006 2fase 3dia
Unicamp2006 2fase 3dia
1
Um corredor de 100 metros rasos percorre os 20 pri-
meiros metros da corrida em 4,0 s com aceleração
constante. A velocidade atingida ao final dos 4,0 s é
então mantida constante até o final da corrida.
a) Qual é a aceleração do corredor nos primeiros 20 m
da corrida?
b) Qual é a velocidade atingida ao final dos primeiros 20
m?
c) Qual é o tempo total gasto pelo corredor em toda a
prova?
Resolução γ
a) ∆s1 = V0t + ––– t 2 (MUV)
2
γ
20 = 0 + ––– (4,0) 2
2
γ = 2,5m/s2
∆s1 V0 + Vf
b) ––––– = ––––––– (MUV)
∆t1 2
20 0 + Vf
––––– = ––––––– ⇒ Vf = 10m/s
4,0 2
∆t2 = 8,0s
Respostas: a) 2,5m/s 2
b) 10m/s
c)12,0s
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
2
Um brinquedo que muito agrada às crianças são os
lançadores de objetos em uma pista. Considere que a
mola da figura abaixo possui uma constante elástica k
= 8000 N/m e massa desprezível. Inicialmente, a mola
está comprimida de 2,0 cm e, ao ser liberada, empurra
um carrinho de massa igual a 0,20 kg. O carrinho
abandona a mola quando esta atinge o seu
comprimento relaxado, e percorre uma pista que ter-
mina em uma rampa. Considere que não há perda de
energia mecânica por atrito no movimento do carrinho.
2
k x2 m V0
–––– = ––––––
2 2
V0 = x
兹苵苵
k
––
m
V0 = 2,0 . 10 –2
兹苵苵苵
苵 8000
––––– (m/s)
0,20
V0 = 4,0 m/s
2 2
m V0 m V1
–––––– = –––––– + m g h
2 2
2 2
V0 – V1 16,0 – 4,0
h = ––––––– ⇔ h = ––––––––– (m)
2g 20
h = 0,60 m
Respostas: a) 4,0 m
b) 0,60 m
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
3
Ao se usar um saca-rolhas, a força mínima que deve ser
aplicada para que a rolha de uma garrafa comece a sair
é igual a 360N.
a) Sendo µe = 0,2 o coeficiente de atrito estático entre
a rolha e o bocal da garrafa, encontre a força normal
que a rolha exerce no bocal da garrafa. Despreze o
peso da rolha.
b) Calcule a pressão da rolha sobre o bocal da garrafa.
Considere o raio interno do bocal da garrafa igual a
0,75 cm e o comprimento da rolha igual a 4,0 cm.
Resolução
a) A força mínima citada tem, praticamente, a mesma
intensidade da força de atrito de destaque:
Fmín = Fat = µe FN
destaque
360 = 0,2 FN
FN = 1,8 . 10 3N
FN FN
p = ––––– = –––––––
A 2πr.L
1,8 . 10 3
p = –––––––––––––––––––––––––– (Pa)
2 . 3 . 0,75 . 10 –2 . 4,0 . 10 –2
p = 1,0 . 10 6Pa
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
4
Em uma auto-estrada, por causa da quebra de uma pon-
ta de eixo, a roda de um caminhão desprende-se e vai
em direção à outra pista, atingindo um carro que vem
em sentido oposto. A roda é lançada com uma ve-
locidade de 72 km/h, formando um ângulo de 30° com
a pista, como indicado na figura a seguir. A velocidade
do carro antes da colisão é de 90 km/h; a massa do
carro é igual a 900 kg e a massa da roda do caminhão é
igual a 100 kg. A roda fica presa ao carro após a colisão.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
(mC + mR)Vy = mR VR
y
EC = 2,16 . 10 5J
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
5
Um pêndulo cônico é formado por um fio de massa
desprezível e comprimento L = 1,25 m, que suporta
uma massa m = 0,5 kg na sua extremidade inferior. A
extremidade superior do fio é presa ao teto, conforme
ilustra a figura abaixo. Quando o pêndulo oscila, a mas-
sa m executa um movimento circular uniforme num
plano horizontal, e o ângulo que o fio forma com a verti-
cal é θ = 60°.
a) Qual é a tensão no fio?
b) Qual é a velocidade angular da massa?
Se for necessário, use: sen 60° = 0,87, cos 60° = 0,5.
Resolução
a) 1) Ty = P = mg = 5,0 N
Ty
2) cos θ = ––––
T
Ty 5,0
T = ––––––– = ––––– (N)
cos θ 0,5
T = 10 N
b) Tx = Fcp = m ω 2 R
Tx = T sen θ
R = L sen θ
T sen θ = m ω 2 . L sen θ
10 = 0,5 . ω 2 . 1,25
ω 2 = 16 ⇒ ω = 4,0 rad/s
Respostas: a) 10 N
b) 4,0 rad/s
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
6Todos os corpos trocam energia com seu ambiente
através da emissão e da absorção de ondas eletromag-
néticas em todas as freqüências. Um corpo negro é um
corpo que absorve toda onda eletromagnética nele
incidente, sendo que também apresenta a máxima
eficiência de emissão. A intensidade das ondas emiti-
das por um corpo negro só depende da temperatura
desse corpo. O corpo humano à temperatura normal de
37°C pode ser considerado como um corpo negro.
Considere que a velocidade das ondas eletromag-
néticas é igual a 3,0 x 108 m/s.
a) A figura a seguir mostra a intensidade das ondas
eletromagnéticas emitidas por um corpo negro a
37 °C em função da freqüência. Qual é o comprimen-
to de onda correspondente à freqüência para a qual a
intensidade é máxima?
b) Se um corpo negro cuja temperatura absoluta é T se
encontra num ambiente cuja temperatura absoluta é
Ta, a potência líquida que ele perde por emissão e
absorção de ondas eletromagnéticas é dada por
P = σA (T4 – Ta4), onde A é a área da superfície do
corpo e σ = 6 x 10–8 W/(m2K4). Usando como
referência uma pessoa com 1,70 m de altura e 70 kg
de massa, faça uma estimativa da área da superfície
do corpo humano. A partir da área estimada, calcule
a perda total diária de energia por emissão e ab-
sorção de ondas eletromagnéticas por essa pessoa
se ela se encontra num ambiente a 27 °C. Aproxime
a duração de 1 dia por 9,0 x 104 s.
Resolução
a) No diagrama, temos:
Imáx → f = 1,8 . 1013Hz
Assim:
V=λf
3,0 . 10 8 = λ . 1,8 . 1013
λ ≅ 1,7 . 10 – 5m
Respostas: a) 1,7 . 10 – 5m
b) 1,2 . 10 7J
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
7
Desconfiada de que o anel que ganhara do namorado
não era uma liga de ouro de boa qualidade, uma estu-
dante resolveu tirar a dúvida, valendo-se de um experi-
mento de calorimetria baseado no fato de que metais
diferentes possuem diferentes calores específicos.
Inicialmente, a estudante deixou o anel de 4,0 g por um
longo tempo dentro de uma vasilha com água fervente
(100 °C). Tirou, então, o anel dessa vasilha e o mer-
gulhou em um outro recipiente, bem isolado termi-
camente, contendo 2 ml de água a 15 °C. Mediu a
temperatura final da água em equilíbrio térmico com o
anel. O calor específico da água é igual a 1,0 cal/g°C, e
sua densidade é igual a 1,0 g/cm3. Despreze a troca de
calor entre a água e o recipiente.
a) Sabendo-se que o calor específico do ouro é
cAu = 0,03 cal/g°C, qual deveria ser a temperatura
final de equilíbrio se o anel fosse de ouro puro?
b) A temperatura final de equilíbrio medida pela estu-
dante foi de 22 °C. Encontre o calor específico do
anel.
c) A partir do gráfico e da tabela abaixo, determine qual
é a porcentagem de ouro do anel e quantos quilates
ele tem.
Liga de Au-Cu
% de Au quilates
0 0
25 6
50 12
75 18
100 24
Resolução
a) Nas trocas de calor entre o anel (suposto de ouro pu-
ro) e a água do segundo recipiente, temos:
Qcedido + Qrecebido = 0
(m c ∆θ)anel + (m c ∆θ)água = 0
Atenção que:
1 mᐉ = 1 (cm)3
Assim, temos:
4,0 . 0,03 . (θf – 100) + 2,0 . 1,0 . (θf – 15) = 0
0,12 θf – 12 + 2,0 θf – 30 = 0
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
2,12 θf = 42
θf ≅ 19,8°C
Respostas: a) ~ 19,8 °C
b) ~ 0,045 cal/g°C
c) 75% de Au e 18 quilates
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
8
As baleias são mamíferos aquáticos dotados de um
sistema respiratório altamente eficiente que dispensa
um acúmulo muito elevado de ar nos pulmões, o que
prejudicaria sua capacidade de submergir. A massa de
certa baleia é de 1,50 x 10 5 kg e o seu volume, quando
os pulmões estão vazios, é igual a 1,35 x 10 2 m3.
a) Calcule o volume máximo da baleia após encher os
pulmões de ar, acima do qual a baleia não conseguiria
submergir sem esforço. Despreze o peso do ar nos
pulmões e considere a densidade da água do mar
igual a 1,0 x 10 3 kg/m 3.
b) Qual é a variação percentual do volume da baleia ao
encher os pulmões de ar até atingir o volume máxi-
mo calculado no item a? Considere que inicialmente
os pulmões estavam vazios.
c) Suponha que uma baleia encha rapidamente seus
pulmões em um local onde o ar se encontra inicial-
mente a uma temperatura de 7 °C e a uma pressão
de 1,0 atm (1,0 x 105 N/m2). Calcule a pressão do ar
no interior dos pulmões da baleia, após atingir o
equilíbrio térmico com o corpo do animal, que está a
37 °C. Despreze qualquer variação da temperatura do
ar no seu caminho até os pulmões e considere o ar
um gás ideal.
Resolução
a) O volume máximo é atingido quando o empuxo da
água equilibrar o peso da baleia:
E=P
µa Vmáx g = m g
1,0 . 103 . Vmáx = 1,50 . 10 5
Vmáx = 1,50 . 10 2 m 3
b)V0 = 1,35 . 10 2 m3
Vf = 1,50 . 10 2 m3
∆V 0,15 . 10 2
––– = –––––––––– ≅ 0,11
V0 1,35 . 10 2
∆V
Em porcentagem: 100 ––– ≅ 11%
V0
1,0 . 10 5 p2
–––––––– = ––––
280 310
310
p2 = –––– . 10 5 Pa
280
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
p2 = 1,1 . 10 5 Pa
Respostas: a) 1,5 . 10 2m 3
b) 11%
c) 1,1 . 10 5 Pa
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
9
Pares metálicos constituem a base de funcionamento
de certos disjuntores elétricos, que são dispositivos
usados na proteção de instalações elétricas contra
curtos-circuitos. Considere um par metálico formado
por uma haste de latão e outra de aço, que, na tempe-
ratura ambiente, têm comprimento L = 4,0 cm. A va-
riação do comprimento da haste, ∆L, devida a uma va-
riação de temperatura ∆T, é dada por ∆L = α L ∆T, onde
α é o coeficiente de dilatação térmica linear do material.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
10
O gráfico abaixo mostra a resistividade elétrica de um
fio de nióbio (Nb) em função da temperatura. No
gráfico, pode-se observar que a resistividade apresenta
uma queda brusca em T = 9,0 K, tornando-se nula abai-
xo dessa temperatura. Esse comportamento é carac-
terístico de um material supercondutor.
Um fio de Nb de comprimento total L = 1,5 m e seção
transversal de área A = 0,050 mm2 é esticado vertical-
mente do topo até o fundo de um tanque de hélio líqui-
do, a fim de ser usado como medidor de nível, confor-
me ilustrado na figura abaixo. Sabendo-se que o hélio
líquido se encontra a 4,2 K e que a temperatura da parte
não imersa do fio fica em torno de 10 K, pode-se
determinar a altura h do nível de hélio líquido através da
medida da resistência do fio.
R = 60 Ω
b) A resistência elétrica a ser considerada será a do
comprimento do fio que não está mergulhado no
hélio líquido (L – h), pois a parte imersa tem resistên-
cia nula por estar a uma temperatura abaixo de 9,0K.
ρ (L – h)
R = ––––––––
A
2,0 . 10 – 6 (1,5 – h)
36 = –––––––––––––––––– ⇒ h = 0,6m
0,050 . 10 – 6
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
11
A utilização de campos elétrico e magnético cruzados é
importante para viabilizar o uso da técnica híbrida de
tomografia de ressonância magnética e de raios X.
A figura abaixo mostra parte de um tubo de raios X, onde
um elétron, movendo-se com velocidade
v = 5,0 . 105 m/s ao longo da direção x, penetra na região
entre as placas onde há um campo magnético uniforme,
→
B, dirigido perpendicularmente para dentro do plano do
papel. A massa do elétron é me = 9 . 10–31kg e a sua
carga elétrica é q = –1,6 . 10–19 C. O módulo da força
magnética que age sobre o elétron é dado por
F = qvB sen θ, onde θ é o ângulo entre a velocidade e
o campo magnético.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
Fmag = Fcp
m v2
|q| v B sen θ = –––––
R
Sendo θ = 90°, vem:
mv mv
R = ––––– ⇒ B = –––––
|q| B |q| R
9 . 10 –31 . 5,0 . 10 5
B = –––––––––––––––––––– (T)
1,6 . 10 –19 . 10 . 10 –2
Bmáx ≅ 2,8 . 10 –5 T
Respostas: a) 5,0 . 10 3 V/m
b) 2,8 . 10 –5 T
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
12
O olho humano só é capaz de focalizar a imagem de um
objeto (fazer com que ela se forme na retina) se a
distância entre o objeto e o cristalino do olho for maior
que a de um ponto conhecido como ponto próximo, Pp
(ver figura adiante). A posição do ponto próximo normal-
mente varia com a idade.
Uma pessoa, aos 25 anos, descobriu, com auxílio do
seu oculista, que o seu ponto próximo ficava a 20 cm
do cristalino. Repetiu o exame aos 65 anos e constatou
que só conseguia visualizar com nitidez objetos que
ficavam a uma distância mínima de 50 cm. Considere
que para essa pessoa a retina está sempre a 2,5 cm do
cristalino, sendo que este funciona como uma lente
convergente de distância focal variável.
1 1 1
–––– = –––– + ––––
f25 20 2,5
f25 ≅ 2,2 cm
2) Aos 65 anos:
1 1 1
––– = ––– + –––
f p p’
1 1 1
–––– = ––––– + –––
f65 pp p’
65
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
1 1 1
–––– = –––– + ––––
f65 50 2,5
f65 ≅ 2,4 cm
1 1 1
–––– = ––– + –––––
f65 p p’65
1 1 1
–––– = –––– + –––––
2,4 20 p’65
p’65 ≅ 2,7 cm
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
GEOGRAFIA
13
Leia o texto a seguir e responda.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
14
O mapa abaixo, proposto por Fernando Flávio Marques
de Almeida, apresenta as diferentes unidades
geomorfológicas do Estado de São Paulo.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
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Estima-se que, somente na região de Ribeirão Preto,
existam mais de quinhentas colheitadeiras de cana,
sendo que cada uma tem capacidade de colher
setecentas toneladas por dia, o que corresponde à
substituição de cem homens. Desse modo, o
equivalente a cinqüenta mil trabalhadores seria o saldo
total das demissões provocadas por essas máquinas.
Segundo cálculos existentes, para cada cem
demissões, são abertas doze vagas para funções
especializadas, dentre as quais, aquelas referentes aos
condutores dessas máquinas. Essas máquinas operam
durante as 24 horas do dia, subvertendo completa-
mente os limites impostos pela natureza ao trabalho na
agricultura.
(Adaptado de Maria Aparecida Moraes Silva. “Se eu pudesse, eu
quebraria todas as máquinas”, em Ricardo Antunes e Maria
Aparecida Moraes Silva (orgs.), O avesso do trabalho.
São Paulo: Expressão Popular, 2004, p.31.)
a) As demissões de que trata a autora apontam o
aumento da precarização do trabalho na agricultura
moderna brasileira, particularmente na cultura da
cana-de-açúcar. Quais as principais conseqüências da
precarização do trabalho na agricultura canavieira?
b) A modernização da agricultura no Brasil foi
identificada com a “Revolução Verde”. Quais os
principais elementos definidores da chamada
“Revolução Verde”?
Resolução
a) A precarização do trabalho no campo na agricultura
brasileira, especificamente nas áreas da lavoura
canavieira, teve como conseqüências a extinção de
funções; o desemprego; as migrações sazonais
(transumância) e permanentes (êxodo rural); a
ampliação da tensão social; a queda na renda do
trabalhador rural; a marginalização da mão-de-obra
não-qualificada; a ampliação das desigualdades
sociais e regionais, principalmente no contraste
campo-cidade.
b) A incorporação à produção agropecuária de uma
maior quantidade de insumos urbanos e industriais:
mecanização, fertilizantes, sementes selecionadas,
etc.; capitalização da produção agropecuária;
proletarização do trabalhador rural; homogeinização
da produção e da paisagem agrícola; ampliação da
exigência por mão-de-obra técnica; aumento da
produtividade.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
16
Recentemente os Estados Unidos da América do Norte
sofreram as conseqüências socioambientais do evento
climático conhecido como furacão Katrina.
a) Como e por que se forma um furacão?
b) Por que os furacões ocorrem comumente nas baixas
e médias latitudes do globo terrestre?
c) Explique as razões de no hemisfério sul os furacões
girarem no sentido horário, enquanto no hemisfério
norte esse deslocamento (giro) é no sentido anti-
horário.
Resolução
a) A origem dos furacões está relacionada a grandes
diferenças de pressão atmosférica. Em áreas
marinhas, onde a temperatura da água ultrapassa os
28°C (geralmente no verão), o calor dessa água
aquece a atmosfera subjacente que forma correntes
de ar ascendentes que começam a girar em
velocidade cada vez maior do centro para as bordas.
O furacão tem, por centro de energia, as águas
quentes do mar; sua energia se perde no momento
em que ela avança pelo continente (onde as
temperaturas são mais baixas).
b) As áreas de médias e baixas latitudes são os locais
da Terra que os raios de calor atingem com maior
incidência, permitindo o superaquecimento das
águas que resultam nos furacões.
c) As diferentes direções que os furacões tomam (no
hemisfério sul no sentido horário e no hemisfério
norte no sentido anti-horário) são causadas por um
efeito chamado Coriolis, que se deve basicamente
ao movimento de rotação da Terra e à formação de
centros de alta e baixa pressão atmosférica.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
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Três grandes eldorados podem ser reconhecidos
contemporaneamente: os fundos oceânicos ainda não
regulamentados; a Antártida, partilhada entre as
potências; e a Amazônia, única a pertencer, em sua
maior parte, a um só Estado nacional.
(Adaptado de Bertha Becker, Amazônia: Geopolítica na virada do III
Milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2005, p.35.)
a) Quais os principais recursos associados ao oceano
Atlântico?
b) Quais os principais problemas apresentados pela
exploração desse oceano?
c) De acordo com a Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar (de 1982, em vigor
internacionalmente a partir de 1994), o que é Mar
Territorial?
Resolução
a) Os principais recursos associados ao Oceano
Atlântico são o petróleo, o gás natural, a pesca, as
algas, o sal marinho e outros minérios.
b) Os problemas mais significativos são:
– intenso tráfego marítimo, que gera vazamentos de
óleo e migração de espécies de diferentes
ambientes, resultando na alteração da cadeia
trófica;
– comprometimento de ecossistemas, devido à
pesca predatória;
– degradação dos manguezais;
– proximidade de grandes cidades em embocaduras
de rios com rejeitos urbanos industriais e
domésticos.
c) Área contígua à costa litorânea de um país, podendo
atingir 12 milhas náuticas de extensão, onde o país
tem direito de explorar economicamente os recursos
oceânicos da plataforma continental, desde que
demonstre capacidade tecnológica para tal.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
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Projeção cartográfica é a transferência de um ponto da
superfície terrestre para uma posição correspondente
na superfície de um mapa ou correlato.
(Adaptado de Paulo Roberto Moraes. Geografia: Geral e do Brasil.
São Paulo: Harbra, 2003, p. 6.)
Resolução
a) As diferenças entre as projeções estão relacionadas
ao ponto de vista espacial pelo qual são elaboradas.
Na projeção cilíndrica, os pontos que formam a
Terra são projetados num cilindro que, aberto,
formam um plano (o mapa). Na projeção cônica, os
pontos da Terra são projetados num cone que, uma
vez aberto, constitui o mapa. Já na projeção plana
(também conhecida como azimutal), projetam-se
áreas do planeta a partir de um ponto central (o
azimute) sobre um plano. A projeção cilíndrica
costuma ser utilizada para a confecção de
planisférios, conforme o tipo, apresenta sérias
distorções polares; a projeção cônica se presta a
boas representações de áreas de médias e médias-
altas latitudes; já a projeção plana é muito utilizada na
confecção de mapas polares, mas podem
representar a Terra a partir de qualquer ponto.
b) A projeção de Mercator foi uma das primeiras a ser
elaborada e é utilizada até hoje na navegação e na
confecção de planisférios. Contudo, sua criação
privilegiou o desenho do continente europeu no
centro da carta e, em proporção maior do que
realmente é, atribuiu uma imagem ideológica de
superioridade do continente europeu. Para resolver
esse problema, procurou-se desenvolver uma nova
projeção, a de Peters, na década de 1970, que
tentava tornar equivalentes as áreas dos territórios
segundo a sua exata proporção, para lhes conferir o
devido valor, mas provoca distorções no formato dos
continentes. Assim, enquanto a projeção de
Mercator distorce profundamente as regiões
polares, a projeção de Peters “comprime” as áreas
polares e “expande” as áreas equatoriais.
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
19
A força da identidade entre muitos grupos migrantes é
um dos principais fatores da coesão mantida pelo
grupo, mesmo longe de seu território de origem. Isto
faz com que muitos, ao contrário do discurso corrente
da desterritorialização, acabem se envolvendo em
processos claros de reterritorialização, ou seja, de
recomposição de seus territórios em outras bases,
territórios esses recriados por meio do amálgama
proporcionado pela força das redes mantidas no interior
da dinâmica migratória.
(Adaptado de Rogério Haesbaert. “Migração e desterritorialização”,
em Helion Povoa Neto e Ademir Pacelli Ferreira (orgs.), Cruzando
fronteiras disciplinares: um panorama dos estudos migratórios.
Rio de Janeiro: Revan, 2005. p. 40)
OBJETIVO U N I C A M P - ( 2 ª F a s e ) J a n e i r o /2 0 0 6
20
“As maiores jazidas de carvão mineral do país situam-
se nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
As menores, no Paraná e São Paulo. As reservas
brasileiras totalizam 32 bilhões de toneladas de carvão
in situ. Desse total, o estado do Rio Grande do Sul
possui 89,25%, Santa Catarina 10,41%, Paraná 0,32%
e São Paulo 0,02%. Somente a Jazida de Candiota,
situada no sudoeste do estado do Rio Grande do Sul,
possui 38% de todo o carvão nacional, distribuído sob a
forma de 17 camadas de carvão. A mais importante
delas é a camada Candiota, com 4,5 metros de
espessura, em média, composta por dois bancos de
carvão”.
(http://www.cprm.gov.br/coluna/carvaomineral0.html)
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Leia o trecho a seguir e responda:
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rio), problemas para a navegação, diminuição do
fluxo de águas à jusante da captação; o próprio
consumo de energia para viabilizar a transposição.
c) O sertão semi-árido do Nordeste apresenta uma
quantidade de chuva relativamente baixa, comparada
aos demais índices observados no país, mas o
principal problema é a irregularidade na distribuição
das chuvas e a sua concentração em alguns meses
do ano (fim do verão e começo do outono). Adiciona-
se o elevado grau de evaporação relacionado às altas
temperaturas que aumentam a semi-aridez. Além
disso, os litossolos argilosos (solos rasos) e
impermeáveis dificultam a absorção da água,
aumentando a vulnerabilidade da região.
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Observe a tabela abaixo e responda:
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Em fins do século XX, tornam-se mais acentuadas as
feições da globalização. Nesse contexto, alterou-se o
significado da Amazônia, com uma valorização
ecológica de dupla face: a da sobrevivência humana e a
do capital natural, sobretudo a megadiversidade e a
água. Hoje novas mercadorias fictícias estão sendo
criadas, como é o caso do ar, da vida e da água.
(Adaptado de Bertha Becker. Amazônia: Geopolítica na virada do
III Milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2005, 33 e 39.)
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“O Paquistão não tem condições de realizar os
trabalhos de resgate e atendimento às vítimas do
terremoto. A afirmação é do presidente do país, Pervez
Musharraf. Dezenas de milhares de pessoas no norte
do Paquistão e da Índia passaram a noite a céu aberto
por causa da devastação causada pelo terremoto. A
área mais afetada pelo terremoto fica no alto das
montanhas, onde a temperatura cai bastante à noite”.
(http://www.estadao.com.br/internacional/noticias/2005/out/10/4.htm)
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