Resumo AVA 3 Anos

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A VIOLÊNCIA NAS SOCIEDADES CONTEMPORANEAS= Do latim violentia refere-se ao uso

de força física para causar dano ou lesão. Atualmente a violência é compreendida de forma ampla e
se relaciona ao constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) conceitua a violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática,
contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em
sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação de algo - educação,
saúde, liberdade, etc.
violência física não é o único tipo de violência. Há também outros exemplos como: sexual,
psicológica, racial, gênero, patrimonial e moral. Segundo a OMS, existem três tipos de violência:
Autoinfligida – é a violência contra si: por comportamento e pensamentos. Interpessoal – é aquela
causada por outra pessoa ou grupo. Pode ser dividida em: violência familiar e violência
comunitária. Coletiva – dividida em violência social, violência política e violência econômica. Esse
tipo de violência pode indicar, por exemplo, a existência de crimes de ódio cometidos por grupos
organizados, atos terroristas, guerras e conflitos armados, ou ainda, a violência do próprio Estado.
Sociologia da violência= Para o sociólogo alemão Max Weber: O Estado detém o monopólio
legítimo do uso da violência em determinado território. Sendo assim, o Estado utiliza a violência:
seja para manter a ordem e o controle social ou no combate à criminalidade.
O sociólogo francês Pierre Bourdieu desenvolveu a noção de violência simbólica. Trata-se de uma
violência que “consiste nos mecanismos anônimos, invisíveis, através dos quais se exercem as
censuras de toda ordem que auxiliam a manutenção de uma ordem simbólica".
Segundo a antropóloga Alba Zaluar, a percepção da sociedade, em termos culturais e históricos, vai
determinar o que é ou não violento. Os centros urbanos são vistos por seus moradores como lugares
onde predomina a violência. O medo e o aumento da criminalidade e das violências são veiculados
pela mídia cada vez com mais intensidade. Há um reforço do medo coletivo da violência.
Violência doméstica e familiar= Caracteriza-se por matar, agredir ou prejudicar física, psicológica,
sexual, moral ou financeiramente a mulher. A Lei 11.340, sancionada em 07 de agosto de 2006,
conhecida como Lei Maria da Penha, garante o direito à integridade física e moral das mulheres.
Abrange as violências que ocorrem no espaço doméstico, familiar e de afeto. A violência contra a
mulher é uma violação de direitos humanos, pois demarca a questão da desigualdade e de poder em
relação ao agressor(a).
As formas de manifestação desse tipo de violência, as formas de combate e denúncia, o ciclo da
violência, as medidas protetivas, os mitos e a relevância de denunciar os casos de violência
doméstica e familiar.
Cidadania e direitos= Uma das condições da democracia é o exercício dos direitos. Os direitos são
prerrogativas concedidas ao indivíduo na sua relação com o Estado (comunidade política). A
construção do conceito de cidadania e da conquista dos direitos estão relacionadas com as
particularidades de cada Estado.
Vamos ver quais são estes pontos em comum, conforme o sociólogo Bernardo Sorj: os direitos que
estão listados na Constituição como aqueles que são de todos os Brasileiros (por consequência, os
que não são, não têm estes direitos).
Nós, como cidadãos brasileiros, esperamos que os mesmos direitos sejam garantidos a todos. Além
disso, há uma crença de que, para ser brasileiro, existe um conjunto de características que é
esperado.
Como indivíduos, somos portadores de direitos. Estes direitos individuais (como a liberdade de
crença) só fazem sentido numa sociedade mais ampla, na qual se reconhece esse mesmo direito.
Tipologia dos Direitos= Para Thomas Humphey Marshall, conforme o desenrolar dos eventos
históricos na Europa, especialmente na Inglaterra, houve expansão contínua dos direitos.
No primeiro momento, aparecem os direitos civis. São direitos que concernem ao indivíduo e às
liberdades. Por exemplo, a liberdade de crença ou opção religiosa.
No período seguinte, emergem os direitos políticos sobre a participação na política e no Estado.
Estão interligados aos direitos civis, uma vez que a participação exige liberdade de expressão,
informação e debate público. Exemplos: voto e participação política em associações, partidos
políticos e sindicatos.
Os direitos sociais se consolidaram no decorrer do século XX. Correspondem ao direito de
participar na herança social. As instituições mais intimamente ligadas com os direitos sociais são o
sistema educacional e os serviços sociais.
Direitos: civis, políticos e sociais= A cidadania só é integral e efetiva se dotada de todos os três
tipos de direitos: civis, políticos e sociais. Conforme Marshall, cidadão é aquele que exerce seus
direitos civis, políticos e sociais de modo efetivo. A cidadania está em permanente construção, pois
os seres humanos estão sempre lutando por mais direitos, liberdades e garantias individuais e
sociais.
Direitos Humanos= A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi promulgada após a Segunda
Guerra Mundial no ano de 1945. Promover a expansão de direitos essenciais à dignidade da vida
humana, à liberdade, à igualdade, ao reconhecimento da diversidade como forma de combate às
discriminações e desigualdades sociais.
Uma noção de indivíduo, portador de direitos. Direitos estes, que devem ser garantidos, pela sua
condição de ser humano. A declaração pretende ser uma carta de princípios para uma cidadania
universal. Art. 18º Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em
particular.
Os direitos humanos afirmam a importância dos direitos universais. São valores que buscam a
garantia de condições dignas de vida.
Cidadania no Brasil= No Brasil, a promulgação da Constituição de 1988 é um marco da conquista
de direitos de cidadania. “Constituição Cidadã” de 1988 é resultado de amplos debates com
diversos movimentos sociais (negro, indígena, operário, feminista entre outros), ao reivindicarem
direitos, pressionarem o Estado, exercendo a cidadania.
Pelo disposto na Constituição, os poderes são divididos em Legislativo, Executivo e Judiciário.
poder é um só, ocorrendo uma divisão de atribuições e funções do Estado. Como meio de evitar o
abuso de poder e tirania, a divisão do "poder-função" é uma forma eficiente de exercê-lo. A
independência dos poderes garante o equilíbrio entre eles.
O Poder Legislativo, além de desempenhar o papel de elaboração das leis que regerão a sociedade,
também fiscaliza o Poder Executivo. O Poder Judiciário atua no campo do cumprimento das Leis. É
o Poder responsável por julgar as causas conforme a constituição do Estado.
Cidadania= A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade. Na Grécia
antiga, considerava-se cidadão aquele nascido em terras gregas. Em Roma a palavra cidadania era
usada para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia
exercer.
Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. Em um
conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade de ser cidadão, e consequentemente sujeito
de direitos e deveres.

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