Treinamento Elementos de Içamento de Carga

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 186

Treinamento de Elementos de

Içamento de Carga

Cabos de aço
Acessórios
Cintas de Poliester

Instrutor: Ricardo Rafante


MANUTENÇÃO MECÂNICA BÁSICA

Ricardo Rafante
Inspeção de cabos de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
Conceito
Cabos são elementos de transmissão que suportam cargas (força de
tração),deslocando-as nas posições horizontal, vertical ou inclinada.
Os cabos são muito
empregados em equipamentos
de transporte e na elevação de
cargas, como em elevadores,
escavadeiras, pontes rolantes.
Os cabos de aço sempre
trabalham sob tensão e têm a
função de sustentar ou elevar
cargas.

CABO DE AÇO é um feixe torcido de fios de aço, constituindo-


se em um elemento flexível de transmissão de força.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
Conceito
Os cabos estão sujeitos aos
seguintes esforços:

 Cabos de aço que trabalham


como sustentação são submetidos
a uma solicitação estática, devendo
ser dimensionados como elementos
estruturais.

 Cabos de aço que se


movimentam durante o ciclo de
trabalho, sofrem desgaste por atrito
e devem ser dimensionados como
elementos de máquinas submetidos
à fadiga.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS Construção é o termo genérico


empregado para indicar o número de pernas, o número de arames de cada
perna, a sua composição e o tipo de alma, como veremos a seguir:

1) Número de pernas e número de Arames das Pernas


(exemplo: o cabo 6X19 possui 6 pernas e 19 arames cada.)
As pernas dos cabos podem ser fabricadas em uma, duas ou mais operações,
conforme sua composição.

Cabos de aço com mais de uma operação


Nos primórdios da fabricação de cabos de aço as composições usuais dos
arames nas pernas eram as que envolviam várias operações, com arames do
mesmo diâmetro, tais como:
1+6/12 (2 operações) ou 1+6/12/18 (3 operações). Assim eram torcidos
primeiramente 6 arames em volta de um arame central. Posteriormente, em
nova passagem, o núcleo 1+6 arames era coberto com 12 arames.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Quando a perna é construída em várias operações, os passos ficam diferentes
no arame usado em cada camada, Essa diferença causa atrito durante o uso
e, conseqüentemente, desgasta os fios.

Esquema de um cabo
formado em 2 operações
(1+6/12 ou cabo de 6 por
19)

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabos com construção de 2 ou mais operações apresentam as seguintes
desvantagens:
 Maior desgaste interno, ocasionado pelo cruzamento dos arames
Menor resistência à fadiga
Não possui uniformidade na distribuição de carga entre os arames.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Passo de uma perna ou de uma camada da


perna significa a distância em que um
arame dá uma volta completa em torno do
seu núcleo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Com o aperfeiçoamento das técnicas de fabricação, foram desenvolvidas


máquinas e construções de cabos que nos possibilitam a confecção das
pernas em uma única operação, sendo todas as camadas do mesmo passo.

Assim surgiram as composições "Seale", "Filler" e "Warrington", formadas de


arames de diferentes diâmetros. Estas composições conservam as vantagens
das anteriores e eliminam sua principal desvantagem, ou seja, o desgaste
interno ocasionado pelo atrito no cruzamento dos arames.

Ensaios de fadiga têm demonstrado que os cabos com pernas fabricadas em


uma só operação têm uma duração bem maior do que os cabos fabricados em
diversas operações.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabos com construção de 1 operação apresenta as seguintes vantagens:
 Menor desgaste interno
Maior resistência à fadiga
Maior resistência à compressão
Uniformidade de carga entre os arames.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabos de aço são feitos de arames, que por sua vez são obtidos por um
processo de esticamento ou trefilação. O produto siderúrgico de partida é o
fio máquina; alambrón (espanhol), wire rod (inglês), Walzdraht (alemão); que
por sua é produzido pela laminação a quente de palanquilhas ou palancas,
um lingote de aço na qualidade e peso desejados.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Os teores de carbono variam e cada fabricante escolhe de seu jeito. De 0,3%
a 0,8% usa-se tudo, sendo que o forte está entre 0,60% a 0,80%.
O teor de manganes gira ao redor de 0,60% e Fósforo + Enxofre juntos não
deveriam exceder 0,03 para termos um arame maleável.
Alguns fios-máquinas podem conter pequenos percentuais de cobre. Os
cabos Inox são feitos de arames austeníticos das ligas Aisi que começam
com o nº 3 e são em consequência todos de baixo carbono (AISI 302, 303,
304, 304L, 310, 316 e 316L).

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabos de aço galvanizados são fabricados com uma alta camada de zinco.
Este tipo de acabamento possui algumas vantagens aos cabos polidos como:
maior resistência à corrosão e consequentemente maior durabilidade.
São comumente utilizados em operações onde o cabo de aço está sujeito à
atritos durante a operação e também para fins estáticos, como estais. Cabos de
aço galvanizados são normalmente utilizados pela indústria pesqueira, naval e
offshore (no mar).
Os cabos galvanizados não necessáriamente precisam ser lubrificados

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabos de aço inox são cabos de aço fabricados e destinados para aplicações
que exigem uma alta resistência à corrosões. É indicado para a utilização em
ambientes onde exista o ataque de substâncias corrosivas ao aço, tais como
ácidos sulfúricos, ácidos sulfurosos, banhos clorados, soluções alcalinas,
soluções salinas, etc.
Fabricados a partir de aço inoxidável, seu custo acaba sendo mais elevado que
os demais tipos de cabos de aço. Por este motivo, é muito importante ter a
certeza que sua aplicação realmente demanda cabos de aço inox.
Usado em náutica para movimentação de velas (cabos de andrica), guinchos
medidores de nível, máquinas em geral, controladores, aviação, etc.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabos de aço polidos são fabricados a partir de arames de aço
convencionais e geralmente cobertos com uma camada externa de graxa de
proteção. São os tipos mais comuns de cabos de aço fabricados.
São cabos de aço que normalmente serão utilizados em operações onde está
sujeito à atritos durante a operação como em gruas, pontes rolantes,
guindastes e elevadores, e não indicados para fins onde o cabo permanecerá
permenentemente exposto ao tempo/ambiente.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cabo de aço revestido ou cabo de aço encapado (PVC ou Nylon PA
natural) é aquele que contém uma camada externa de proteção plástica,
geralmente o PVC ou o nylon. Isto constitui uma proteção extra contra meios
ambientes corrosivos. São utilizados principalmente em estais de embarcação,
escoras, controles industriais, usos marítimos em geral, e até mesmo em
equipamentos de ginástica (academia), para a fabricação de varais
domésticos, indústria autobilística (cabos de comando), liços de teares,
esteiras e correias trasportadoras, abatedouros industriais, etc. Os cabos
revestidos em nylon possuem uma resistência a abrasão maior que os
redvestidos em PVC.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Cordoalhas são cabos também produzidos de arame de aço e muitas vezes
confundidas com o cabo de aço propriamente dito, porém, possuem uma
grande diferença: são produzidas com arames de aço mais densos e com
menos "fios" do que os cabos de aço. Estes "fios", que formam a construção
da cordoalha também estão em uma formação helicoidal distinta de uma
formação de cabo de aço, pois, nos cabos de aço os arames foram "pernas" e
posteriormente 6 "pernas" formam o cabo de aço. Já na cordoalha a formação
da mesma é totalmente helicoidal. Por este motivo, as cordoalhas são mais
rígidas e utilizadas geralmente para estais e tirantes. Na agropecuária as
cordoalhas são bastante utilizadas nos currais. As cordoalhas podem também
ser utilizadas para fins elétricos.
Atualmente, as cordoalhas somente possuem o
acabamento galvanizado (geralmente à fogo),
onde a galvanização está subdividida em
Classes (quantidade de zinco utilizado na
galvanização).

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Construção : É o termo empregado para designar as características do cabo
de aço, como:
1) Número de pernas e número de arames:
1 – Cabo de aço
2 – Arame
3 – Perna
4 – Alma

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS


Especificação do cabo de aço:
Os cabos de aço são especificados da seguinte forma:

Exemplo: Cabo de aço 22 x 6 x 7 – AF


 diâmetro = 22 mm;
 número de pernas = 6;
 fios/perna = 7;
 com alma de fibra.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Distribuição Seale
Perna SEALE: Caracteriza-se por possuir uma configuração em que, na última
camada, são dispostos arames de grande diâmetro, possibilitando assim grande
resistência à abrasão. A composição mais comum é 9 + 9 + 1 = 19
As camadas são alternadas em fios grossos e finos.
Na composição "Seale" , existem pelo menos duas camadas adjacentes com o
mesmo número de arames. Todos os arames de uma mesma camada possuem
alta resistência ao desgaste.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Distribuição Filler
As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como
enchimento dos vãos dos fios grossos.
A composição "Filler", possui arames principais e arames finos, que servem de
enchimento para a boa acomodação dos outros arames. Os arames de
enchimento não estão sujeitos às especificações que os arames principais
devem satisfazer. Os cabos de aço fabricados com essa composição possuem
boa resistência ao desgaste, boa resistência à fadiga e alta resistência ao
amassamento, A composição mais comum é: 12 + 6 / 6 + 1 = 25.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Distribuição Warrington
Caracteriza-se por ter a camada exterior formada por arames de diâmetros
diferentes,alternando a sua colocação. O cabo é torcido com pernas de fios de
vários diâmetros. Os fios da camada adjacente não se interceptam e cada fio se
aloja no sulco formado por dois fios internos. Isto reduz as pressões específicas
entre dois fios e aumenta a flexibilidade e a vida desses cabos. O tipo de perna
mais usado é: 6 / 6 + 6 + 1 = 19

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Distribuição Warrington

Por outro lado, ainda existem outros tipos


de composições que são formadas pela
aglutinação de duas das acima citadas,
como por exemplo, a composição
"Warrington-Seale", que possui as
principais características de cada
composição, proporcionando ao cabo alta
resistência à abrasão conjugado com alta
resistência à fadiga de flexão.

Seale-Filler que possui as principais


características de cada composição,
proporcionando ao cabo alta resistência ao
desgaste e alta resistência a
amassamentos.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Distribuição
A flexibilidade de um cabo de aço é inversamente proporcional ao diâmetro dos
arames externos do mesmo, enquanto que a resistência à abrasão é
diretamente proporcional a este diâmetro. Em conseqüência, escolher-se-á
uma composição com arames finos quando prevalecer o esforço à fadiga de
dobramento, e uma composição de arames externos mais grossos quando as
condições de trabalho exigirem grande resistência à abrasão.

o cabo de aço construção 6x41 WS é o mais flexível, graças ao menor


diâmetro dos seus arames externos, porém é o menos resistente à abrasão,
enquanto que o contrário ocorre com o cabo de aço construção 6x7

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


Os cabos são classificados pela quantidade de arames em sua formação .

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


Classe 6x7

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


Classe 6x19

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


Classe 6x36

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO
cabos resistente à rotação (18x7, 19x7 e 34x7),
Os cabos de aço resistentes à rotação, geralmente são fabricados com 12
pernas externas de 7 arames cada com torção regular à direita, torcidas em torno
de um núcleo composto por 6 pernas de 7 arames cada com torção Lang à
esquerda que por sua vez são torcidas em torno de uma alma que pode ser de
fibra ou aço.
O termo “Resistente à Rotação”, deve-se à menor tendência de giro deste
cabo de aço a qual está fundamentada na inversão de torção entre as camadas
de pernas externa e interna, anulando o momento torçor sob tensão.
Os cabos desta classe torcem um pouco no início da aplicação da carga, até que
fique em equilíbrio.
Os cabos de aço resistentes à rotação devem ser utilizados com muito cuidado e
com fatores de segurança mais altos que as outras classes.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


cabos resistente à rotação (18x7, 19x7 e 34x7),
Aplicação: Equipamentos com apenas uma linha de carga , equipamento com
linha de carga muito próximas.
Propriedades: Sensíveis a torção e alívios repentinos, fácil danificação.

Cuidados especiais recomendados na utilização de cabos


Resistente à Rotação:

1) Este cabo de aço é muito sensível às variações bruscas de cargas e exige


um manejo muito suave. Em geral junto ao gancho deve haver um peso para
mantê-lo sob tensão. Na maioria das vezes, as variações bruscas promovem
“gaiolas de passarinho”, inutilizando o cabo de aço.
2) Deve-se evitar que o cabo resistente à rotação sofra rotação durante o
serviço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


cabos resistente à rotação (18x7, 19x7 e 34x7),

Cuidados especiais recomendados na utilização de cabos


Resistente à Rotação:

3) Na fixação (ancoragem), é indispensável que todas as pernas do cabo


resistente à rotação fiquem bem presas, inclusive as internas. Para tanto,
deve-se evitar a fixação por meio de “clips” ou outros acessórios que atuem `a
pressão, recomendando-se o uso de soquetes cônicos.
4) O cabo resistente à rotação é geralmente recomendado para equipamentos
que trabalham com apenas uma linha de cabo de aço, ou ainda quando os
equipamentos trabalham com duas linhas de cabo muito próximos sendo a
altura de elevação muito alta.
Nota: Em virtude dos cuidados especiais que são requeridos na
instalação, manuseio e operação dos cabos resistente à rotação
(18x7, 19x7 e 34x7), é recomendado limitar seu emprego apenas
aos casos indispensáveis.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

CLASSIFICAÇÃO DE CABOS DE AÇO


cabos resistente à rotação (fixação)

Fixação cônica com terminais de compressão

Fixação cônica com terminais presos com resina, zinco ou antimônio fundidos

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Tipos de Alma
A alma de um cabo de aço é um núcleo em torno
do qual as pernas são torcidas e ficam dispostas
em forma de hélice. Sua função principal é fazer
com que as pernas sejam posicionadas de tal
forma que o esforço aplicado no cabo de aço seja
distribuído uniformemente entre elas. A alma pode
ser constituída de fibra natural ou artificial, podendo
ainda ser formada por uma perna ou por um cabo
de aço independente.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Tipos de Alma - Almas de fibra:
As almas de fibra em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço. Os cabos de
aço podem ter almas de fibras naturais (AF) ou de fibras artificiais (AFA).
As almas de fibras naturais são normalmente de sisal (cânhamo), e as almas de
fibras artificiais são geralmente de polipropileno.
Características: - Maior flexibilidade do cabo de aço
- Distribuição de esforço por igual entre as pernas do cabo de aço
- Reduz a resistência a amassamentos
- Temperatura máxima de trabalho 82ºC

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Tipos de Alma - Almas de aço:
As almas de aço garantem maior resistência ao amassamento e aumentam a
resistência à tração. A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo
(AA) ou por um cabo de aço independente (AACI), sendo esta última
modalidade preferida quando se exige do cabo maior flexibilidade, combinada
com alta resistência à tração. Cabos de aço com diâmetro igual ou acima de
6,4mm, quando fornecidos com alma de aço, são do tipo AACI.

Características:
Menor flexibilidade do cabo
Maior resistência a tração
Temperatura de trabalho de 82 a 200ºC

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Tipos de Alma - Alma de algodão :
Em alguns casos de aplicação de cabos de aço de aço de diâmetro muito
pequeno é utilizado alma de algodão

Alma de asbesto : é usada em cabos especiais, sujeitos a altas temperaturas.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Torção dos cabos

Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das pernas ao redor


da alma. Nas pernas também há torção dos fios ao redor do fio central. O
sentido dessas torções pode variar, obtendo-se as situações:
Os cabos de aço podem apresentar dois tipos de torções em relação as suas
pernas:
A primeira situação (a), as pernas estão torcidas da esquerda para a direita.
Este caso e denominado ”Torção a
Direita (Z)”.
A segunda situação (b), as pernas
estão torcidas da direita para a
esquerda. Este caso e denominado
”Torção a Esquerda (S)”.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Torção dos cabos
Ha ainda a classificação do cabo de aço verificando o
sentido de torção dos arames que compõem a perna do
cabo de aço.
Cabo de Torção Regular:
A direção de torção dos fios segue a direção oposta a
maneira que as pernas são torcidas. Dessa forma, os
arames são dispostos aproximadamente paralelos ao
eixo axial do cabo. Na torção regular, o sentido pode ser
tanto para esquerda (TRE ou zS), quanto para a direita
(TRD ou sZ).
Vantagens proporcionadas por utilizar a
Torção Regular:
• Mais estáveis e fácil de manusear
• Menor desgaste interno
• Maior estabilidade;
• Menos distorções e amassamentos;
• Maior resistência à torção

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Cabo de Torção Lang


A direção de torção dos fios segue a mesma direção
de torção das pernas do cabo de aço. Dessa forma,
os arames são posicionados
aproximadamente diagonalmente ao eixo axial do
cabo de aço. Na Torção Lang, o sentido pode ser
tanto para esquerda (TLE ou sS), quanto
para a direita (TLD ou zZ). Vantagens
proporcionadas por utilizar a Torção Lang:
•Maior resistência à abrasão;
􀀀 • Maior flexão;
􀀀 • Maior resistência à fadiga.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

Como reconhecer um cabo de torção lang?


Veja só na superfície a torção dos fios acompanhando a torção das pernas e
sempre cruzando o eixo horizontal do cabo.

A nomenclatura sZ, zS, sS ou zZ é conhecida e muito usada por quem


consulta ou oferece cabos de aço.

Para a maioria das aplicações, o cabo de torção regular está sendo usado, o
mais comum é a direita. Os fios externos num cabo de torção regular
rompem mais cedo do que cabo de torção lang, assim oferecendo um
indicador mais confiável para julgar a condição do cabo em termos de vida
útil.

A escolha do sentido correto para a torção do cabo já é mais complicada por


ser vital para o bom funcionamento do sistema de passagem (reeving
system) de um guindaste, uma ponte ou qualquer outro equipamento de
içamento de carga.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Cabo de Torção Lang


Os fios de cada perna são torcidos no mesmo sentido das pernas que ficam ao
redor da alma. As torções podem ser à esquerda ou à direita. Esse tipo de
torção aumenta a resistência ao atrito (abrasão) e dá mais flexibilidade.

Devido ao fato dos arames externos possuírem maior área exposta, a torção
Lang proporciona ao cabo de aço maior resistência à abrasão. São também
mais flexíveis e possuem maior resistência à fadiga. Estão mais sujeitos ao
desgaste interno, distorções e deformações e possuem baixa resistência aos
amassamentos.

Além do mais, os cabos de aço torção Lang devem ter sempre as suas
extremidades permanentemente fixadas para prevenir a sua distorção e em
vista disso, não são recomendados para movimentar cargas com apenas uma
linha de cabo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS
Torção dos cabos

Nota: O uso do cabo torção à Torção regular à direita > sZ


Torção regular à esquerda > zS
esquerda é incomum na Torção lang a direita > zZ
maioria das aplicações. Antes Torção lang a esquerda > sS
de especificar um cabo à
esquerda, deve-se considerar
todas as características da
aplicação.

A não ser casos especiais


(como por exemplo, cabo trator
de linhas aéreas) não se deve
usar cabos de torção Lang com
alma de fibra por apresentarem
pouca estabilidade e pequena
resistência aos amassamentos.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Anti-giratório
Cabos anti rotativos
Cada camada de pernas tem um sentido de enrolamento inverso ao da camada
imediatamente inferior, conforme representado na figura

Torção do cabo de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Pré-formação
Os cabos de aço são fabricados utilizando a técnica de pré-formação. Na
fabricação, os arames são torcidos helicoidalmente antes de serem dispostos ao
redor da alma. Dessa forma, mesmo se o cabo for cortado, as pernas e arames
tendem a permanecer dentro do cabo em suas posições naturais com o mínimo
de tensões internas. Nos cabos sem pré formação, caso o cabo seja
cortado, as extremidades dos fios tendem a se endireitar e se afastar do cabo e
das pernas.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
CONSTRUÇÕES E TIPOS DE CABOS

Pré-formação
As vantagens que se obtém com um cabo pré-formado são:
􀀀 • Os cabos sem pré-formação ficam sujeitos à tensão interna decorrente da
tentativa dos fios se endireitarem. Somam-se a isso as tensões
provenientes de polias e tambores. O acúmulo de tensões acaba prejudicando a
vida útil do cabo;
􀀀 • O mínimo acumulo de tensões internas de um cabo de aço pré formado,
garante uma maior segurança na utilização e melhor manuseabilidade.
Isso pode ser visto quando um arame é rompido e tende a ficar deitado e
torcido na sua posição;
􀀀 • O acúmulo de tensões de um cabo não pré-formado, provoca um aumento
de atrito em situações em que é fletido (utilização em polias
e tambores). Consequentemente o cabo não pré-formado tem um desgaste
muito mais rápido do que o pré-formado.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Categoria dos cabos de aço


Convencionalmente, os arames que compõem o cabo de aço (excluindo os
arames centrais e os de enchimento) são divididos em categorias
de resistência, como mostrado na tabela

10 N/mm² = 1,019716213 Quilograma força por milímetro quadrado [kgF/mm²]

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Categoria dos cabos de aço

As siglas PS, IPS, EIPS e EEIPS referem-se aos primeiros estágios do


desenvolvimento do cabo de aço e permanecem até hoje. A curva de resistência
“Plow Steel” forma a base para o cálculo de todas as resistências dos arames.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Categoria dos cabos de aço

Como se pode observar no gráfico, a resistência à tração dos arames para cada
categoria, não é constante, variando inversamente ao seu diâmetro.
As categorias também são caracterizadas pela qualidade de elasticidade,
resistência à tração e à abrasão, cuja importância dependerá da aplicação do
cabo de aço
Entretanto, a moderna tendência na fabricação de cabos de aço é a de obter
um produto que reúna no mais alto grau possível todas essas características.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Deformação longitudinal dos cabos de aço


Cabos Pré-esticados
Existem dois tipos de deformação longitudinal nos cabos de aço, ou seja:
a estrutural e a elástica.

Deformação estrutural
A deformação estrutural é permanente e começa logo que é aplicada uma carga
ao cabo de aço. É motivada pelo ajustamento dos arames nas pernas do cabo e
pelo acomodamento das pernas em relação à alma do mesmo.

A deformação estrutural ocorre nos primeiros dias ou semanas de serviço do


cabo de aço, dependendo da carga aplicada. Nos cabos de aço convencionais,
o seu valor varia aproximadamente de 0,50% a 0,75% do comprimento do cabo
de aço sob carga.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Deformação longitudinal dos cabos de aço

A deformação estrutural pode ser quase totalmente removida através do pré-


esticamento do cabo de aço. A operação de pré-esticamento é feita por um
processo especial e com uma carga que deve ser maior do que a carga de
trabalho do cabo, e inferior à carga correspondente ao limite elástico do mesmo.

Em certas instalações, como por exemplo em “Skip de Alto-Forno”, o


alongamento do cabo de aço não pode ultrapassar determinado limite, o mesmo
deve ser “pré-esticado”.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Deformação elástica

A deformação elástica é diretamente proporcional à carga aplicada e ao


comprimento do cabo de aço, e inversamente proporcional ao seu módulo de
elasticidade e área metálica.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Deformação elástica

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Deformação elástica
Área metálica de cabos de aço: a área metálica de um cabo de aço é
constituída pela soma das áreas das seções transversais dos arames
individuais que o compõem, exceto dos arames de enchimento(filler).

A área metálica varia em função da construção do cabo de aço.

De uma maneira bastante aproximada pode-se calcular a área metálica de um


cabo de aço aplicando-se a fórmula abaixo:

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Deformação elástica

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Tenção de contato
modelo computacional elaborado
para simular a situação da
distribuição e intensidade das
tensões de contato entre os
arames e pernas de
cabos de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE
AÇO

Propriedades Dimensionais
De acordo com a norma ABNT NBR ISO
2408:2008, as medições de diâmetro
devem ser feitas em uma parte reta do cabo
de aço, sem
tração ou no Maximo submetido a uma tração
inferior a 5% da carga de ruptura mínima, em
duas posições com espaçamento mínimo de
1 metro. Em cada posição, devem ser
efetuadas duas medições, com defasagem
de 90 graus do diâmetro do circulo
circunscrito. O equipamento de medição deve
se estender sobre pelo menos duas pernas
adjacentes

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Propriedades Dimensionais
Tolerâncias permissíveis para o diâmetro
Alguma diferença entre quaisquer duas das quatro dimensões obtidas na
tentativa de medição do diâmetro do cabo deve estar dentro
das tolerâncias mostradas na tabela

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Propriedades Dimensionais
Tolerâncias permissíveis para o diâmetro
A media das quatro medições deverá ser o diâmetro final medido. As tolerâncias
estão descritas na tabela

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e Tambores


Saber qual o diâmetro ideal de polias e tambores é de extrema importância para
garantir uma boa vida útil do cabo de aço a ser utilizado.
Isso ocorre, pois uma polia de diâmetro muito inferior a recomendada provoca
esforços de flexão além do tolerável no cabo. A norma
DIN 15020 faz a recomendação de polias e tambores a partir do diâmetro do
cabo de aço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e Tambores


E importante salientar que o diâmetro mínimo a ser encontrado para polias e
tambores é o Diâmetro Primitivo, que corresponde a distancia
do centro do tambor ate o centro do cabo de aço (o qual já estaria acomodado
no sulco), multiplicado por dois.
A tabela a seguir indica a recomendação das tolerâncias que devem ser
adicionadas aos valores dos diâmetros nominais dos cabos de aço, para se
obter as medidas corretas dos diâmetros dos canais das polias e tambores.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e Tambores

As polias também
devem ser
inspecionadas
quanto a desgaste,
trincas, quebras,
alinhamento.

Diâmetro primitivo

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO
Recomendação de utilização em Polias e Tambores

- Condição dimensional
ideal do canal da polia para
receber o cabo de aço.
- Condição ideal de cabo de
aço no canal da polia

Gabarito de
conferencia do
borne da polia

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e Tambores


Os cabos e as polias devem estar corretamente ajustados. Utilizar sempre o
tamanho adequado de canaleta na polia do cabo de aço (figura “a”) a fim de
evitar esmagamento lateral (pinçamento – figura “b”), que ocorre quando esta é
pequena em relação ao diâmetro do cabo, ou achatamento (figura “c”), no caso
de canaletas grandes.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e Tambores


Quanto à forma da canaleta (ou canal) devem ser observadas as
recomendações do fabricante. Na ausência dessas informações, podem-se
considerar os seguintes dados:

Canais redondos Canais a 45º Canais a 20º dão a


guiam da melhor dão a máxima máximo efeito de
maneira durabilidade. cunha

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Fatores de Segurança
Aplicações x Fatores de Segurança.
Carga de trabalho é a massa máxima que o cabo está autorizado a sustentar. A
carga de trabalho de um cabo de uso geral, especialmente quando ele é
movimentado, não deve, via de regra, exceder à um quinto (1/5) da carga de
ruptura mínima efetiva do mesmo. O fator ou índice de segurança é a relação
entre a carga de ruptura mínima efetiva do cabo e a carga aplicada. Um fator de
segurança adequado garante: segurança na operação, evitando rupturas;
duração do cabo e, consequentemente, economia.

Antes de utilizar o cabo de aço, é importante verificar o fator de segurança para


a aplicação de interesse. A partir disso, o cabo de aço com resistência
apropriada deve ser escolhido.

Ricardo Rafante
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Fatores de Segurança (coeficiente de segurança)


Observe que os valores dos Coeficientes de segurança são bastante elevados. As principais razões
para isto são:
a própria utilização de cabos de aço que normalmente envolve riscos para pessoas ou cargas e a
grande dispersão dos valores de carga de ruptura obtidos nos ensaios de tração. Os motivos para esta
dispersão são:
(1) a diferente acomodação dos arames e pernas quando tracionados;
(2) tensões de contato devido ao atrito interno entre os arames e entre as pernas, o que provoca
grandes e diferentes alongamentos entre os cabos e
(3) a não homogeneidade dos materiais componentes do cabo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Fatores de Segurança (coeficiente de segurança)


Aplicações x Fatores de Segurança. Antes de utilizar o cabo de aço, é
importante verificar o fator de segurança para a aplicação de interesse. A partir
disso, o cabo de aço com resistência apropriada deve ser escolhido.

Ricardo Rafante
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Fatores de Segurança
Aplicações x Fatores de
Segurança. Na tabela
pode se consultar por tipo
de cabo e bitola os valores
de carga de ruptura
mínima efetiva em Kgf
verificando o fator de
segurança para a
aplicação de interesse.
A partir disso, o cabo de
aço com resistência
apropriada deve ser
escolhido.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Exemplo para escolha do diâmetro do Cabo de Aço

Exemplo 01
Supõe-se uma situação hipotética em que a aplicação de interesse e
desenvolver um laço a partir de cabo de aço para uma carga de 500kg. Logo,
tem-se:
- Aplicação: Realização de Laços;
- Fator de Segurança (FS) para realização de laços: 5 ou 6;
-Carga de Trabalho (CT): 500kg.

=> CRM = FS×CT => CRM = 6 ×500 => CRM = 3000 kg

Dessa forma, pode-se optar, por exemplo, pelo cabo 6 x 19 AA de 8,0 mm que
suporta ate 3900kg.

Ricardo Rafante
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Exemplo para escolha do diâmetro do Cabo de Aço

Para dimensionarmos qual deve ser o diâmetro do cabo de aço para transportar
uma determinada carga, devemos sempre utilizar o fator de segurança da tabela
(aplicações x fator de segurança) em função do seu tipo de serviço.

Exemplo 2:
Carga à ser transportada = 1000 Kgs;
Tipo de serviço = Guincho;
Fator de segurança = 5 (seguindo a tabela: aplicações x fator de segurança);
Carga real = Carga * Fator de segurança = 1000 Kgs * 5 = 5000 Kgs.

De acordo com a tabela de cargas de rupturas devemos então utilizar o cabo


3/8" AF que possui flexibilidade para uso no guincho e uma carga de ruptura de
~ 5400 Kgs.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e


Tambores

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INFORMAÇÕES RELATIVAS A CABOS DE AÇO

Recomendação de utilização em Polias e Tambores


Acomodação dos cabos em tambores com canal

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Inspeção visual de cabos de aço


Cabos de aços são produtos que possuem tempo de vida limitado. Para
garantir o máximo da segurança, o cabo deve passar constantemente
por inspeções.

A mais frequente delas e a Inspeção Visual. Esta deve ocorrer diariamente


com o objetivo de detectar qualquer condição que aparente
prejudicar o comportamento do cabo de aço.

Este tipo de inspeção deve ser realizado


pelo operador do equipamento ou outra
pessoa responsável no início de cada turno
de trabalho, Caso algo suspeito seja visualizado
que possa prejudicar a segurança na sua
utilização, uma pessoa qualificada para
serviço deve ser comunicada e o cabo
deve ser retirado de serviço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Inspeção visual de cabos de


aço
Muitas vezes é entendido que
a “inspeção” é limitada apenas
ao cabo de aço, porém a
mesma deve ser estendida à
todas as partes do
equipamento que tenham
contato com o cabo ou seja,
durante a inspeção do cabo,
devemos inspecionar também
as partes do equipamento
como polias, tambores,
conectores, ganchos clips, etc.
onde o mesmo trabalha.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Inspeção Periódica de cabos de aço


Outra inspeção, também indispensável, é a Inspeção Periódica. Esta deve ser
realizada por um profissional mais qualificado em intervalos maiores de
tempo, cuja frequência deve variar devido a fatores como
meio ambiente, condições gerais de partes do equipamento (polias/tambores),
condições de uso do equipamento, período de uso do equipamento, tipo de
cabo que esta sendo utilizado, tempo de uso, agressividade ambiental,
condições de operação e resultados de inspeções anteriores entre outros.
Desta forma a substituição do cabo deve ser feita baseada na inspeção do
mesmo.
Este tipo de inspeção visa detectar danos como: dobras, amassamento,
gaiola de passarinho, perna fora de posição, alma saltada, grau de corrosão,
pernas rompidas, entre outros, que possam comprometer a segurança do
mesmo. Caso seja detectado algum dano que comprometa o funcionamento
do equipamento ou a segurança operacional, o mesmo deverá ser imobilizado
para que os danos detectados sejam reparados ou que sejam substituídos os
cabos e acessórios .

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Inspeção Periódica de cabos de aço


Este tipo de inspeção visa uma análise detalhada das condições do cabo de
aço.
A frequência desta inspeção deve ser determinada por uma pessoa
qualificada a avaliar os fatores de trabalho do equipamento para definir o
intervalo ideal de intervenção.
É importante que esta inspeção abranja todo o comprimento do cabo de aço,
dando foco nos trechos onde o cabo trabalha nos pontos críticos de maior
concentração de esforços, pontos de fixação, áreas de maior repetição de
flexão etc.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Inspeção Periódica de cabos de aço
A inspeção periódica, é muito importante e deve ser baseada em alguma
norma ou literatura que apresente um critério de substituição do cabo.
O primeiro passo para uma boa inspeção é detectar os pontos críticos no
equipamento. Chama-se de pontos críticos qualquer ponto que possa expor o
cabo a um esforço maior à desgastes ou mesmo algum dano.

Na maior parte dos equipamentos, estes pontos são trechos onde o cabo
trabalha em contato direto com alguma parte do equipamento como: polia,
tambor, entre outros...
A inspeção dos cabos inclui a verificação de vários problemas descritos
abaixo:

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Inspeção Periódica de cabos de aço

É importante lembrar que ninguém melhor do que o operador do equipamento


para conhecer os pontos críticos do mesmo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
1 – Inspecionar extremidade do cabo no tambor
2 – Verificar a existência de falhas de enrolamento que
causem deformações (achatamentos)
3 – Verificar existência de arames rompidos
4 – Verificar indícios de corrosão
5 – Procurar deformação causadas por alivio repentino de
tensão.
6 – Inspecionar trecho do cabo que passa sobre a polia para
verificar existência de arames rompidos e sinais de desgaste
7 – Pontos de fixação:Verificar existência de arames rompidos
e indícios de corrosão , bem como nas polias compensadoras.
8 – Procurar sinais de deformação
9 – Verificar diâmetro do cabo
10 – Inspecionar cuidadosamente o trecho que passa no
moitão, especialmente aquele que está na polia quando o
equipamento está com carga
11 – Verificar existência de arames rompidos e sinais de
desgaste de superfície
12 – Verificar indícios de corrosão.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço - Corrosão
A corrosão no cabo de aço, além de acelerar a fadiga, também diminui a
resistência à tração, através da redução de área metálica.
A corrosão pode apresentar-se na parte interna ou externa do cabo. A
corrosão interna do cabo de aço representa um grande perigo, pois ela pode
existir sem que se manifeste exteriormente, esta corrosão é provocada por
falta de lubrificação do cabo de aço. Alguns indícios como: variações de
diâmetro ou perda de afastamento, podem indicar sua existência.

É importante também verificar a existência de corrosão na região da base de


soquetes. Esta região se mostra propícia para acúmulo de umidade

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos
Os arames internos mantém contato internamente na perna e na alma, já os
arames externos mantém contato nas regiões de contato entre pernas ou
entre a perna e a alma. Dois tipos de quebras devem ser analisadas,
• Quebra de topo, onde as rupturas dos arames são notadas no topo da
perna.
• Quebra no vale, localizada na região entre pernas.
A ruptura de arames, geralmente ocorre por abrasão, fadiga por flexão ou
amassamentos gerado por uso indevido ou acidente durante o funcionamento
do cabo, podendo ocorrer tanto nos arames internos como externos.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos
Quando a quebra de fios ocorre por carga de tração superior a sua força,
geralmente o arame apresenta "copo e cone" que indica que a falha
ocorreu enquanto o fio manteve a sua ductilidade.

Quando o fio rompe por fadiga, suas extremidades tomam forma quadrada e
perpendicular ao fio.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos
Um cabo de aço que tenha sido submetido a flexão repetida, cargas normais
apresenta ao longo de feixes arames rompidos. Isso resulta em quebras de
fadiga em cabos individuais – de forma quadrada e geralmente na coroa dos
fios.Normalmente em cabos de aço que já estão em trabalho a muito tempo e
que já está na hora de serem substituídos.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos
Este é o resultado das cadeias adjacentes que friccionam umas contra as
outras. É normal no funcionamento de uma cabo de aço que trabalhe em
contato constante com outro cabo com assentamento irregular e sob tensão
de carga, o resultado final será afundamentos nos arames e posteriormente a
quebra de fios individuais nos vales.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos


A ruptura de arames no vale deve ser tratada com muito cuidado, pois, a
mesma é gerada através do “nicking” (entalhalhos formado pelo atrito entre
pernas.)
Um exemplo de falha por fadiga de um cabo de aço submetidas a cargas
pesadas, percorrendo raios pequenos de polias e moitão, podendo haver
vários arames quebrados na coroa do cabo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos


Um cabo de aço dobrado. É causada por manuseio indevido de instalação ou
operação (mordedura do cabo em quina de angulo muito pequeno. Observe a
distorção dos fios e fios individuais. Este cabo de aço deve ser substituído.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos


Esmagamento do cabo de aço dano geralmente causado pelo enrolamento
desordenado de cabos no tambor ou mesmo pelo incorreto ângulo formado
entre a polia de desvio e o tambor.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos


Estes fios foram submetidos a choques constantes “peening “, no processo de
trabalho, causando falhas tipo fadiga do material até quebra do arame.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos


Cabos danificados por contato irregular no tambor seja por desgaste do canal,
quebra de partes, guias desgastadas, formação de quinas vivas,
encavalamento do cabo ou excesso decarga.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço - Arames Rompidos


Rompimento de cabo de aço que saltou da roldana. O cabo "enrolado", uma
vez que passou por cima da borda da polia e que parecem ter sido cortados
em um ângulo. Cabo de aço que trabalhou fora da polia.
Pode-se perceber duas características de rupturas nos arames: amassamento
e sobrecarga.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço – Alma Saltada


Alma saltada é gerada por alívio repentino de pressão

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço – Alma Saltada


Alma saltada é gerada por alívio repentino de pressão

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço


– Alma deteriorada
Deterioração da alma – Trata-se de
falta de lubrificação. Dependendo do
tipo de alma, esta pode fragmentar-
se quando resseca, ou pode
apodrecer com umidade ou
penetração do líquidos corrosivos.

Proteção da Alma do Cabo – O


lubrificante auxilia a preservacão da
alma (principalmente as almas de
fibra), diminuindo o desgaste por
contato entre as pernas torcidas e
ela mesma.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço – Gaiola de passarinho
A "gaiola de passarinho" é causada pela liberação repentina de tensão e no
rebote, durante o içamento ou alivio de carga . Estes filamentos e fios não
voltam mais a condição anterior e deve ser substituído imediatamente.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos


cabos de aço – Cabos
dobrados
trata-se provavelmente,
de cruzamento de cabos
sobre o tambor ou de
subida dos cabos sobre a
quina da canaleta. Evita-
se esse problema
mantendo o cabo
esticado e um
enrolamento ordenado do
cabo no tambor.
Ou manuseio indevido do
cabo fora do tambor.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO
Tipos de avarias nos cabos de aço – Redução de seção
Redução de secção de fios externos – O cabo deve ser substituído
quando atingir a porcentagem determinada pelo fornecedor da
máquina
Essa redução do cabo pode ser também devido a à decomposição da
alma de fibra por ter secado e deteriorado, mostrando que não há
mais lubrificação interna no cabo, não dando mais apoio às pernas do
cabo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO

Tipos de avarias nos cabos de aço – Redução de seção


Geralmente a redução do diâmetro do cabo pode ser causado por: desgaste
excessivo dos arames, deterioração da alma ou corrosão interna ou externa.
Para cabos convencionais (Classes 6x7, 6x19 e 6x37), as normas admitem
uma redução da ordem de 5% do diâmetro nominal, já para cabos de aço
elevadores (Classe 8x19), é admitido uma redução de diâmetro da ordem de
6% do diâmetro.
Cabos de aço de uso geral (rotativos) a redução máxima permitida é de 10%
e para cabos não rotativos o valor máximo de redução no diâmetro é de 3%

É necessário ressaltar porém, a correta medição do diâmetro conforme já


comentado anteriormente.
Desta forma, quando verificado uma redução menor que as propostas acima,
o cabo deverá ser substituído.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO

Cuidados com os cabos


 Não deixar que o cabo se encoste à lateral da polia, no chão ou nos obstáculos ao longo do seu
caminho.
Evitar arrancadas ou mudanças bruscas de direção.
Aplicar suavemente as forças.
Permitir que o cabo esteja bem esticado antes de levantar o peso.
 Manter o cabo sempre limpo. As partículas abrasivas são particularmente nocivas.
 Manter o cabo sempre lubrificado.
A lubrificação do cabo deve ser incluída na
ficha de lubrificação da máquina.
Manter o cabo sempre afastado de produtos
químicos nocivos (ácidos), abrasivos e
cantos afiados.
Armazenar o cabo de aço em local seco,
por meio de carretel, para fácil manuseio,
sem torção estrutural.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Limpeza
Os lubrificantes utilizados nos cabos de aco acabam
aderindo poeira e outros tipos de impurezas que
prejudicam o seu funcionamento.

Quando os cabos são regularmente limpos não é


requerido nenhum método pesado de limpeza para tirar
a poeira que tiver sido acumulada por alguns meses.
Isso também elimina a necessidade de dispor de
materiais de consumo para limpeza que são controlados
e perigosos.

Ao invés disso, uma limpeza leve contínua deve ser


feita. Usando um lubrificador do tipo de mecha com
Escova de limpeza utilizadas
almofada de feltro, coloque a almofada contra os cabos em caso de sujeira incrustada
de tração. Quando a sujeira está muito incrustada , o
ideal é a utilização de uma escova de aço para escovar
o cabo;
Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Limpeza
A primeira e mais importante
consideração a fazer é não utilizar
solventes para a limpeza dos cabos
de aço. O solvente dilui o lubrificante
que está dentro das pernas dos
cabos, e o lubrificante diluído drena
através dos arames e pernas e,
durante o funcionamento, escorre e
pinga incessantemente. Com isto se
tem dois prejuízos: o solvente destrói
o lubrificante e o “pinga-aqui-pinga-ali”
contaminando piso, local de trabalho e
eventuais prejuízos se os pingos
caírem em rotores, tambor de freio ou
componentes elétricos e até em cima
da cabina do elevador.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO

Lubrificação
O emprego de lubrificantes especificos vai depender basicamente de dois
tipos distintos de ambientes: ambiente com impurezas e
ambiente com a presenca de agua.
Em ambiente com impurezas, opta-se por um lubrificante mais fluido, fazendo
aplicacoes mais frequentes, com o objetivo de diminuir a
formacao de crostas.
Em ambientes com a presenca da agua, o lubrificante deve ser resistente o
suficiente para resistir a lavagem pela agua. E necessario
um lubrificante com maior viscosidade, que forme uma pelicula em torno do
cabo resistente.
Para regra geral, o lubrificante deve ser fluido para permitir a sua penetracao
entre os arames. Porem, viscoso o suficiente durante a
utilizacao do cabo em servico, a fim de evitar gotejamentos. Neste sentido a
boa aderencia e importante.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO

Lubrificação

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Inspeção no recebimento
A condição do cabo de aço e da embalagem deve ser inspecionada a fim de
verificar possíveis inconformidades de
fabricação ou danos durante o transporte, tais como presença de umidade,
presença de particulados como terra, areia ou granalhas, corrosão, deformações
no cabo decorrentes de pancadas, ou qualquer outro tipo de avaria.
Transporte
O meio para a movimentação utilizado nunca deve entrar em contato físico com
o cabo de aço. Uma forma de auxiliar e utilizando fitas ou lingas.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Manuseio correto de carreteis

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Estocagem
Os cabos de aco devem ficar cobertos, pois sofrem degradacao devido a
condicoes ambientais. Devem ficar em locais secos e, de preferencia,
nao estarem em contato com o chao.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO

Desenrolamento
Quando desenrolar o cabo, evitar a formação de laços, o que pode provocar
um nó ou uma torção. Nesta situação, mesmo que os arames
individuais nao aparentam prejudicados, e gerada uma tensao desigual no
cabo, podendo provocar uma ruptura por sobrecarga. O cabo de
aco deve ser retirado de operacao.

Errado Certo

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO

Desenrolamento
Recomenda-se a utilização de um cavalete ou uma mesa giratória para
realizar o desenrolamento do cabo de aço. O importante neste
caso, e que a bobina gire em torno do seu eixo e nunca que o cabo gire em
torno da bobina.
Coloque a bobina no chão e rolar para fora em linha reta
garantir que ele não se torne contaminado com
pó / grão, humidade ou qualquer outro material nocivo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Enrolamento
O cabo de aco deve ser enrolado com uma tensao inicial.
A direcao do enrolamento deve sempre ser a mesma, de maneira a garantir que
o cabo de aco nao seja torcido.
E importante que o cabo seja bem fixado no inicio do enrolamento, a fim de que
a primeira camada nao apresente falhas, o que poderia
gerar amassamentos e deformacoes nas camadas mais superiores do cabo.

Certo
Errado

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO
Enrolamento
O cabo de aco deve ser enrolado com uma tensao inicial.
A direcao do enrolamento deve sempre ser a mesma, de maneira a garantir que
o cabo de aco nao seja torcido.
E importante que o cabo seja bem fixado no inicio do enrolamento, a fim de que
a primeira camada nao apresente falhas, o que poderia
gerar amassamentos e deformacoes nas camadas mais superiores do cabo.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
ORIENTAÇÃO QUANTO AO NUMERO DE ARAMES PARTIDOS

Critérios para substituição de cabos de aço


Conforme NBR4309 que especifica os critérios de inspeção e descarte
de cabos de aço aplicados em guindastes, pontes rolantes, pórticos e gruas.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
ORIENTAÇÃO QUANTO AO NUMERO DE ARAMES PARTIDOS

Critérios para substituição de cabos de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
ORIENTAÇÃO QUANTO AO NUMERO DE ARAMES PARTIDOS

Critérios para substituição de cabos de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
ORIENTAÇÃO QUANTO AO NUMERO DE ARAMES PARTIDOS

Critérios para substituição de cabos de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
ORIENTAÇÃO QUANTO AO NUMERO DE ARAMES PARTIDOS

Critérios para substituição de cabos de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Os processos mais comuns para união de dois cabos metálicos entre si ou


de sua extremidade a outro orgão podem ser resumidos no seguinte:
Costura: Consiste no desenrolamento dos toros das duas extremidades
que devem ser unidas e no seu posterior trançamento segundo normas
estabelecidas. A Costura é utilizada quando se deseja obter cabo sem fim.
Ilhós: O ilhós consiste em uma peça metálica encolvida pelo cabo, cuja
extremidade é fixada ao corpo do cabo por meio de costura ou de
braçadeira.
Cunha: Consiste em uma peça metálica que envolve o cabo, aplicando-lhe
uma situação de cunhamento.
Terminal Cônico: Consiste em uma peça metálica tronco-cônica na qual as
extremidades dos toros do cabo, desenroladas e destituídas de sua alma.
São introduzidas e em seguida unidas por meio de metal ou liga metálica
que se coloca fundida no interior da peça e que, com a solidificação
posterior promove a uinião desejada.
Terminal Demag: Consiste em um terminal cônico, dotado de uma forma
conveniente, para permitir o apoio correto do cabo sobre as polias.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS Soquete
Tipos

Protetor de
cantos
Clips

Mosquetão
Sapatilha
Anelão Soquete
cunha

Gancho

Esticador
Conector de Olhal
ligação Manilha

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS
Manilha - Utilização Evitar sempre que possível cargas laterais,
caso tenha que usar, considerar tabela abaixo

Não exceder a 120º em


trabalhos com dois laços

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS
Manilha - Inspeção

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS
Manilha - Inspeção

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS
Ganchos - Utilização

Ângulo da carga X eficiência. A resistência e eficiência do gancho na


movimentação de carga está associada a área e posição de apoio em
relação a geometria do gancho

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS
Ganchos - Inspeção

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

ACESSÓRIOS
Ganchos - Inspeção

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Eslinga / estropos Laço de cabo de aço


Seguimos a padronização da NBR 11900 e da NBR 13541, que são
consideradas as normas internacionais mais seguras para confecção de laços
de cabos de aço. O olhal "trançado flamengo" ou com "mão francesa", é
considerado o mais seguro, pois parte de sua resistência é dado pelo trançado
e não depende exclusivamente da presilha. Mesmo antes de ser colocado a
presilha de aço, o olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de
trabalho do laço.

Presilha Presilha de Sem


de aço alumínio Presilha

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Eslinga / estropos Laço de cabo de aço

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Eslinga / Laço de cabo de aço CF -


(antigo SJ)
O laço de cabo de aço tipo CF é um
laço de aplicação geral. Trançado
manualmente e com presilhas
prensadas. É equipado com um olhal
normal, podendo também ser utilizado
sapatilhas ou slips. É muito utilizado em
siderúrgicas, estaleiros, montagens,
usinas de açúcar, entre outros. O fator
de segurança 5:1 já é aplicado na
produção deste tipo de laço. A
tolerância nas dimensões B e C devem
ser de +- 10%.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

MONTAGEM

Eslinga / esttropos Laço de cabo de


aço CF2 - (antigo SJ2)
Laços tipo CF2 com ou sem sapatilha
protetor nos olhais. O fator de segurança
5:1 já é aplicado na produção deste tipo
de laço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Eslinga / Estropo/ Laço de cabo de aço


CF 3 (força)- (antigo SJ3)
O laço de cabo de aço tipo CF3 é equipado
com gancho corrediço e é indicado para
movimentação de peças complexas e sem
suporte de apoio, como: tubos, vigas, peças
fundidas, rodas e engrenagens de grande
porte, feixes, barras, moldes, toras e todos
os tipos de cargas que requerem a laçada
tipo forca (choker). O gancho corrediço é de
alta resistência, com um canal cilindrico
projetado para evitar desgastes prematuros
no cabo de aço. Permite operação rápida,
eficiente e segura. O fator de segurança
5:1 já é aplicado na produção deste tipo de
laço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Eslinga / Estropo/ Laço de cabo


de aço CF 4 (força) - (antigo SJ4)
O laço de cabo de aço tipo CF4 é
um laço de duas pernas. Cada
perna possui um gancho corrediço
e os olhais fixos à um anel. Este
tipo de laço evita a rotação da
carga e é muito conveniente para
movimentação de canos, barras,
tubos, vergalhões, toras de
madeira, tanques, moldes e outros
tipos de carga que necessitam ser
transportadas a grandes distâncias.
O fator de segurança 5:1 já é
aplicado na produção deste tipo de
laço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Eslinga / Estropo/ Laço de cabo de aço


CF6 - (antigo SJ5 e SJ5M)
O laço de cabo de aço tipo CF5 é um
conjunto de dois laços presos à um anel

aplicações como:
Simples, com ganchos ou manilhas
nas extremidades. Eficiente para
muitas levantamento de máquinas,
moldes, motores, estruturas, etc. O
fator de segurança 5:1 já é aplicado
na produção deste tipo de laço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

MONTAGEM

Eslinga / Estropo/ Laço de cabo de aço CF6 - (antigo SJ6 e SJ6M)


O laço de cabo de aço tipo CF6 é um conjunto de quatro laços presos à um anel
pera e gancho olhal ou manilhas nas extremidades. Indicado para
movimentação de cargas pesadas e volumosas como: caldeiras, moldes de
fundição, estruturas e cargas similares. O fator de segurança 5:1 já é aplicado
na produção deste tipo de laço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Extremidades com terminais

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM

Extremidades com terminais


Soquetes tipo cunha

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Extremidades com terminais
Laços com grampo os grampos devem ser montados de maneira correta e
reapertados após o início de uso do cabo de aço.

Ordem de montagem dos grampos (clips)

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Extremidades com terminais
Emenda de cabo com grampos.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Extremidades com terminais
Emenda de cabo com grampos.

os grampos
deverão ser
montados
após o início
de uso do
cabo de aço.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Extremidades com terminais
Inspeção em laços.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Extremidades com terminais
Inspeção em laços.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço
MONTAGEM
Extremidades com terminais
Inspeção em laços.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

UTILIZAÇÃO
Ângulo de inclinação
Variação das tensões nos
laços, conforme formação
dos ângulos de inclinação
das pernas dos cabos
P= carga no ramal
T = Tensão no cabo do
ramal
L = Comprimento entre
ramais

Ricardo Rafante
UTILIZAÇÃO
Ângulo de inclinação

Içamento com linga Içamento com Içamento com


de um ramal,sem linga de dois linga de dois
inclinação, força ramais, ângulo de ramais, ângulo de
aplicada ao rama 45º, força aplicada 60º, força aplicada
corresponde ao peso em cada ramal em cada ramal
da carga aproximadamente aproximadamente
de 70% do peso a 100% do peso
da carga. da carga.

Ricardo Rafante
UTILIZAÇÃO
Ângulo de inclinação

A abertura máxima entre


ramais, onde a resultante do
peso não ultrapasse a
capacidade do cabo é de
120º (60º do ramal em
relação a carga)

Içamento com linga de dois


ramais, ângulo de 80º, a
força aplicada em cada
ramal é superior ao peso da
carga.

Ricardo Rafante
UTILIZAÇÃO
Conceito de sistema de polias

para suspender um objeto de


40kg, suspenso por uma corda,
será necessário uma força
também de 40kg e a quantidade
de corda a se puxar será do
mesmo comprimento do
deslocamento do objeto (1:1) ou
30 metros.

Ricardo Rafante
UTILIZAÇÃO
Conceito de sistema de polias

Se introduzirmos uma polia ao


conjunto vamos ter apenas
alteração da direção da força
necessária para que o objeto seja
levantado. A força permanecera
de 40kg e a quantidade de corda
a se puxar também será do
mesmo comprimento do
deslocamento do objeto (1:1)
também de 30metros.

Ricardo Rafante
UTILIZAÇÃO
Conceito de sistema de polias

Se introduzirmos mais uma polia ao


conjunto vamos mudar
significativamente o comportamento
do conjunto.
O peso agora está suspenso por duas
polias, com isso o peso total é dividido
entre elas, ou seja cada uma suporta
apenas a metade do peso do objeto,
ou 20Kg. E a força necessária para
içamento do objeto também será de
20Kg. Já o recolhimento de corda
seria na proporção de 2:1 ou seja
seria necessário recolher 60 metros
de corda para içamento total da carga.

Ricardo Rafante
UTILIZAÇÃO
Conceito de sistema de polias

Vamos acrescentar mais duas polias


ao sistema, com este arranjo a força
necessária para içamento da carga
novamente será dividido por dois
resultando em um esforço de 10Kg,
em compensação será necessário
recolher um comprimento maior de
corda, para que a carga atinja a
mesma altura, na proporção de 4:1
(no exemplo ao lado seria de
120metros de corda)

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Exemplos de aplicação por tipo de cabo

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Escavadeira
A) Cabo de elevação da caçamba
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), torção lang, polido, pré-
formado, EIPS.
B) Cabo de elevação da lança
• 6x25
Filler, alma de aço (AACI), torção regular, polido, pré-
formado, EIPS.
C) Cabo de arraste da caçamba
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), torção regular, polido,
pré-formado, EIPS.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO

Guindaste
A) Cabo de elevação
• 6x25 Filler, alma de fibra (AF), torção regular,
polido, pré-formado, EIPS.
B) Cabo de elevação da lança
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), torção
regular, polido, pré-formado, EIPS.
C) Cabo para segurar a lança
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), torção
regular,
polido, pré-formado, EIPS.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Ponte Rolante
A) Cabo de elevação
• 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-formado,
IPS.
B) Cabo para levantar cargas quentes
• 6x41Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido,pré-formado,
IPS.
Observações:
• Nas instalações que possuam dois ou mais cabos independentes poderão ser
utilizados torção direita e esquerda simultaneamente.
• Para trabalhos em atmosfera corrosiva, também é recomendado cabo de aço
com alma de aço (AACI)..

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Ponte Rolante

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Bate estacas
A) Cabo do martelo
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), torção regular, polido, pré-
formado, EIPS.
B) Cabo do tubo de guia
• 6x25 Filler, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-
formado, EIPS.
C) Cabo do moitão
• 6x25 Filler, alma de fibra (AF) torção regular,
polido, pré-formado, EIPS.
• 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF),
torção regular, polido,
pré-formado, IPS.10.10

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Teleférico
A) Cabo trilho
• Cabo fechado
B) Cabo trator
• 6x25 Filler, alma de fibra natural, torção regular,
polido, pré-formado, EIPS.
• 6X19 Seale, alma de fibra artificial (AFA), torção lang,
polido, pré-formado, IPS.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Ponte Pensil
A) Cabo principal
• 1x19, 1x37galvanizado, pré-esticado, EIPS.
• 6x7, alma de aço (AA), pré-formado, galvanizado, torção regular,
pré-esticado, EIPS.
• 6x19 Seale, alma de aço (AACI), pré-formado, galvanizado, torção regular
pré-esticado, EIPS.
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), pré-formado, polido, torção regular
pré-esticado, EIPS.
B) Cabos de suspensão
• 1x19, 1x37 galvanizado, pré-esticado, EIPS.
• 6x7, alma de aço (AA), pré-esticado, torção regular, EIPS.
• 6x19 Seale, alma de aço (AACI), pré-formado, galvanizado, torção regular
pré-esticado, EIPS.
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), pré-formado, polido, torção regular
pré-esticado, EIPS.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Ponte Pensil

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Tifor
Cabo de elevação
• 6x25 Filler, alma de aço (AACI), torção regular, polido, pré-formado, EIPS.
• 4x26 Warrington-Seale, torção regular, galvanizado, semi pré-formado, EIPS.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO

Grua
A) Cabo de elevação
• 19x7 Resistente a Rotação, torção regular,
polido ou galvanizado, IPS.
• Ergoflex, torção lang, galvanizado, 1960
N/mm2
• ErgoflexPlus, torção lang, galvanizado, 1960
N/mm2

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Cabo para marinha
A) Amante ou amantilho
• 6x19 Seale, alma de fibra (AF), torção regular, pré-formado, galvanizado, PS.
• 6x25 Filler, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-formado, IPS.
B) Cabo de carga
• 6x19 Seale, alma de fibra (AF), torção regular, pré-formado, galvanizado, PS.
• 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, galvanizado,
pré-formado, IPS.
• 6x25 Filler, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-formado, IPS.
C) Guardins
• 6x7, alma de fibra (AF), torção regular, galvanizado, pré-formado, PS.
• 6x19 Seale, alma de fibra (AF), torção regular, galvanizado, pré-formado, PS.
D) e E) Estais brandais
• 6x7, alma de fibra (AF), torção regular, galvanizado, pré-formado, IPS.
• 6x19 Seale, alma de fibra (AF), torção regular, galvanizado, pré-formado, IPS.
• 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, galvanizado,
pré-formado, IPS.

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO

Cabo para marinha

Ricardo Rafante
Cabos de Aço

APLICAÇÃO
Cabos para Offshore
A) Cabo de ancoragem
• 6x25, 6x36, 6x41, 6x47 Filler, alma de aço (AACI),
torção regular, pré-formado, galvanizado, EIPS/EEIPS.
B) Cabo indicador
• 6x25, 6x36, 6x41, 6x47 Filler, alma de aço (AACI),
torção regular, pré-formado, galvanizado, EIPS/EEIPS.

Ricardo Rafante
Inspeção de cintas e acessórios

Ricardo Rafante
Condições gerais de segurança
Para o uso seguro de Cintas Têxteis na Movimentação ou Amarração de cargas, antes de iniciar os
trabalhos é fundamental:
Inspecionar as cintas (antes de cada uso) observando se há danos (cortes, abrasão acentuada etc), a
existência da etiqueta de identificação (obrigatório) e assegurar-se que a especificação está correta em
relação ao uso pretendido;

Inspecionar todos os encaixes e acessórios usados em conjunto com a cinta;

Retirar a cinta de serviço e enviá-la ao Responsável Qualificado para inspeção criteriosa, se houver
dúvida quanto à adequação para uso, se quaisquer marcações forem perdidas ou se tornarem ilegíveis;

Jamais utilizar cintas danificadas;

Verificar a existência de cantos vivos e, se existirem, utilizar proteções para evitar danos à cinta ou risco
de acidente;

Ricardo Rafante
Cintas de poliester
Condições gerais de segurança

Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e/ou abrasão, utilizando reforços ou proteções
complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta;

Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga;

Observar as condições de embalagem ou de amarração da carga;

Preparar o local de destino, antes de iniciar a movimentação da carga;

As áreas de movimentação, devem propiciar condições adequadas para que o trabalho seja realizado
com segurança, incluindo a existência de sinalização (vertical e horizontal);

Jamais exceder as especificações técnicas (carga de trabalho e uso apropriado);

Obter catálogos técnicos para melhorar o entendimento sobre cintas têxteis;

Ricardo Rafante
Cintas de poliester

Condições gerais de segurança


Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, quando houver dúvida no procedimento a
ser realizado.

Em caso específico de elevação de cargas, acrescentar os seguintes cuidados:

Conferir se a carga está livre para a movimentação;

Conhecer (sempre) o ponto de equilíbrio (centro de gravidade) da carga;

Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga;

Se a carga pender, arriar imediatamente;

Jamais sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação.

Ricardo Rafante
Cintas de poliester
Condições gerais de segurança
Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, quando houver dúvida no procedimento a
ser realizado.

Posicionar corretamente a cinta têxtil na carga a ser movimentada.

Usar ganchos com raio de apoio nunca inferior ao diâmetro de 1 (uma) polegada de seção lisa e
redonda;

Não colocar mais de um par de cintas no mesmo gancho;

Operar a movimentação com suavidade (evitar movimentos bruscos);

Não ultrapassar a capacidade de carga dos elementos de sustentação e ponte rolante, ou de outro tipo
de equipamento de içar, atendendo às especificações técnicas e recomendações do fabricante.

Ricardo Rafante
Proteção contra cantos vivos
Definição de canto vivo
Quando o raio do canto for igual ou menor que a
espessura da cinta , então tem-se um canto vivo.
Raio = r
Espessura = S

Neste caso o raio é menor que a espessura da cinta,


portanto temos um canto vivo (podemos utilizar
materiais alternativos para aumentar o raio como
borracha de correia transportadora, protetores de
poliuretano ou outros materiais para fazer
enchimento e anular o canto vivo
Neste outro caso o raio é maior que a espessura da
cinta, portanto não é preciso ao utilização de
proteção

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas
Trocar as cintas quando:
Cinta apresentar acentuada “abrasão”
Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste que
diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu uso precário à segurança.
•Uma medida preventiva para esta situação é o uso de proteção
•Quando desgaste por abrasão for maior que 10% da espessura original da cinta a mesma deve ser
descartada.

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas
Trocar as cintas quando:
Corte no sentido longitudinal
Pode ocorrer quando a cinta têxtil for utilizada em contato com área não plana da carga. Se ocorrer
corte no sentido longitudinal, e este ultrapassar a 10%da largura da cinta, esta deverá ser retirada de
uso e providenciado o descarte seguro, cortando o produto em várias partes menores para garantir que
não será reutilizada.

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas
Corte no sentido transversal
•Ocorre em cinta sofreu tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos sem
as devidas proteções.
•Proteções adequadas anulam os danos causados através contato com cantos vivos, agudos ou
abrasivos.
•Quanto o corte no sentido transversal, for maior que 10% da largura da cinta, a mesma deve ser
retirada de uso.

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas
Danificação no reforço e no laço geralmente ocasionado em operações em choquer, sem antes
ajustar corretamente a cinta e em operações onde a cinta é esmagada pela carga e puxada por um
lado pelo guincho de elevação.

Obs.: Choquer

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas

Dano por calor: Queimaduras podem ser provocadas por espirros de solda, por encostar a cinta em
uma superfície quente demais ou até mesmo por contato com alguns produtos químicos, A cinta que
sofreu auteração por alta temperatura deve ser retirada de uso .

Dano por calor: Dano por produto químico:

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas
Trocar as cintas quando:
Corte em cinta tubular
Pode ocorrer quando a cinta for utilizada em contato com área não plana da carga. A tolerância à
continuidade de uso de cinta tubular com estes cortes, ocorrerá apenas se o corte não atingir o
núcleo da cinta (cordões internos), ficando restrito apenas na “capa” do produto. Em caso de dúvidas
na inspeção, enviar o produto para inspeção do fabricante.

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas

Trocar as cintas quando:


Cintas danificadas nos olhais
As cintas que sofrem desgastes no olhal, se este dano
continuar e danificar totalmente o reforço de proteção
do olhal e atingir a parte interna do olhal, deve-se
descartar esta cinta

Trocar as cintas quando:


Cintas sem etiquetas
Cintas sem etiquetas de identificação não devem ser
utilizadas. Mesmo que a cinta esteja sem uso, a indicação
é não utilizar. No caso do fabricante ser conhecido esta
cinta deve ser devolvida para que seja fixada a etiqueta
corretamente e deixe a cinta apta para uso, caso o
fabricante não seja conhecido a mesma deve ser
descartada imediatamente pelo fato de não ter nenhum
conhecimento de capacidade, procedência, etc.

Ricardo Rafante
Tipos de avaria em Cintas

Cintas tubulares com danos na capa, onde este danos transponham a capa a ponto de
expor os filamentos internos da cinta, devem ser descartadas

Acessórios.
Acessórios das cintas também devem ser inspecionados em busca de corrosão, trincas,
rachaduras, deformações, alongamentos, desgaste por arrastes e alteração de suas medidas
originais.

Ricardo Rafante
Aplicação indevida com cintas
Cintas com nós nunca devem ser utilizadas, estes nós podem reduzir de 25% a 75% da
capacidade da cinta, colocando em risco eminente de acidentes

No caso da necessidade de conectar uma cinta em outra a recomendação é de utilizar conectores.

Ricardo Rafante
Aplicação indevida com cintas
Todo operador de movimentação de carga devem saber que nunca se deve passar com carga sobre
vida de pessoas, isto é expressamente proibido

Ricardo Rafante
Aplicação indevida com cintas
Uso incorreto que provoca má distribuição de tensão na cinta devido ao
mau posicionamento da cinta dado o ângulo de inclinação, não
permitindo que a cinta encoste com toda sua largura na carga

Com utilização de um balancim esta operação


se torna mais segura , balanceando o peso e
permitindo o encosto da cinta na carga de
maneira uniforme total.

Nunca apoie a cinta na extremidade da carga sem que ela esteja totalmente
apoiada e também nunca utilize cintas mais largas que a própria carga para
elevação.
Se sobrar parte da cinta sem apoiar na carga o risco é de rasgar a cinta e a carga
cair.

Ricardo Rafante
Aplicação indevida com cintas

Nunca utilizar cintas sem proteção em cantos vivos


agudos ou abrasivos sem proteção

Deve-se também estar atento ao posicionamento das proteções e a todos


os cantos vivos da carga, dependendo do formato da carga, a cinta pode
estar exposta a parte nociva tanto na parte inferior como também na parte
superior da carga. Neste caso a proteção deve estar posicionada
corretamente anulando estes cantos

Para movimentação conforme a figura, o indicado


é o uso de duas cintas modelo anel trabalhando
em forma choker para impedir o deslizamento

Ricardo Rafante
Aplicação indevida com cintas
Utilizar apenas uma cinta neste tipo de operação, é muito
arriscado principalmente pelo fato da cinta estar apenas
passando pelo gancho e os olhais fixos na carga, correndo
um grande risco desta cinta deslizar pelo gancho, pois não
está presa e a carga pode tombar e cair

Os encaixes nos ganchos devem ser feitos de formas que a


cinta ou o acessório fique apoiado no centro do gancho e
nunca pela ponta, isso pode provocar esforços em local
inapropriado do gancho podendo causar abertura do mesmo e
o desprendimento da carga.

Nunca utilizar as amarras dos fardos para conectar as cintas de


elevação. As amarras não são dimensionadas para elevar cargas,
e sim apenas para amarrar os fardos e por esse motivo podem
não suportar a carga, romper e causar acidentes

Ricardo Rafante
Aplicação indevida com cintas
Tomar cuidado especialmente com as
instalações aéreas tais como tubulações
de água, gás elétricas etc.
O material elevado pode esbarrar nessas
redes, provocar grandes estragos e
expor todos ao redor a um grande perigo
de vazamento de gás, descargas
elétricas e outros.

Observe se a carga está inutilizada e segura especialmente


no caso de peças soltas ou em cargas compostas por vários
componentes, se a carga não estiver consolidada parte dela
pode se desprender e cair, portanto, se detectar um caso
semelhante, a indicação é: antes de iniciar a elevação
compactar a carga com amarrações de forma que ela fique
por inteiro e não ofereça risco de alguma parte se deslocar
durante a movimentação.

Ricardo Rafante
Limpeza e armazenagem de cintas

Limpeza
As cintas podem ser lavadas com água fria e
detergente neutro, que se enquadre no quadro de
resistência das características gerais do poliéster, de
forma a retirar óleos e graxas oriundos da utilização.

Forma de lavagem:
Diluir o detergente na proporção de 10:1 e deixar de
molho até observar o desprendimento de manchas e
sujeira em geral. Aplicar jato de água fria até que
toda solução de limpeza seja retirada da cinta. A
secagem deverá ser à sombra, sem exposição direta
ao tempo e em temperatura ambiente, com a cinta
aberta

Ricardo Rafante
Limpeza e armazenagem de cintas
Armazenamento

Deve ser em local livre de sujeira e calor excessivo.


Em temperaturas “baixas”, e se ocorrer formação de gelo (havendo umidade), este poderá agir como
“agente de corte” e causar um dano interno provocado por abrasão à cinta. Além disso, o gelo reduzirá
a flexibilidade da cinta e, em casos extremos, tornará o produto inseguro ao uso. Essas agressões
variam em um ambiente químico, quando então se deve buscar orientação junto ao fabricante ou
fornecedor. O aquecimento indireto e limitado do ambiente, dentro das faixas permitidas, é aceitável
para acelerar o processo de secagem da cinta (se necessário).
As fibras em poliéster usadas na fabricação das cintas, são suscetíveis a pequena degradação visual
quando expostas à radiação ultravioleta.
Antes de serem armazenadas, as cintas deverão ser inspecionadas quanto a danos que podem ter
ocorrido durante o uso.
As cintas nunca devem ser armazenadas danificadas.
As cintas que tenham ficado molhadas pelo uso, ou como resultado de limpeza, deverão ser
penduradas para a secagem natural.
Cuide das cintas e aumente sua durabilidade. Assim você sempre estará trabalhando com um produto
de segurança reconhecida.

Ricardo Rafante
Código de cores – Cintas

A cinta em forma de LEG


também conta com o padrão de
cores e o fator de segurança
7:1.

Ricardo Rafante
Comparativo
Cintas X cabos de aço, qual o modelo mais seguro para utilizar?

Tanto a cinta quanto o cabo de aço podem ser utilizados no atendimento a ocorrência, pois os dois são
resistente e próprios para içamento de carga com normas bem definidas para tal, vai depender de
avalição quanto a praticidade entre as duas utilizações, esta decisão pode ser definida levando em
consideração as características prós e contra de cada um;

Cinta
Prós
Mais leve
Fácil manuseio (flexibilidade)

Contra
Tem vida útil reduzida principalmente se ficar úmida ao ser guardada
Sujeira esconde defeitos
Pouca resistência a choques
Sinais de falha são mais difíceis de ser detectado (apodrecimento)
Pouco resistente a calor e agentes químicos

Ricardo Rafante
Comparativo
Cintas X cabos de aço, qual o modelo mais seguro para utilizar?

Cabo de aço
Prós
Detecção de avarias mais bem definida
Resistente a água e agentes químicos (não apodrece)
Maior vida útil
Ideal para trabalhar em tambor e polias
Reduz esforço de Içamento quando associado a polias (moitão)

Contra
Peso
Menos flexibilidade
Deforma quando utilizado em raios pequenos (quinas)

Ricardo Rafante
Obrigado.

Ricardo Rafante

Você também pode gostar