Textos - o Ateísmo Na Bíblia

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Textos

Incluir Kant e a atemporalidade

O homem parece ser incuravelmente religioso – sproul 21

Suprimir o conhecimento sobre Deus não faz com que um homem que não adora a Deus não
adore coisa alguma, mas faz com que um homem que não adora a Deus adore a criaturas. O
fato de que o incrédulo continua a adorar é um reflexo da imagem permanente de Deus no
homem. Fomos feitos para adorar, e antes da Queda adorávamos ao Deus vivo. Depois da
Queda, no entanto, esse impulso de adorar não está suprimido, mas sim distorcido – sproul 62

A mudança cultural tem sido a remoção da vergonha associada à infidelidade. Já foi dito que,
na Londres vitoriana, conhecida por sua moralida- de estrita, havia mais bordéis do que igrejas.
Isso pode ser verdade. Mas também é verdade que nem os donos nem os patronos desses
bordéis gritaram dos telhados com orgulho o que estavam fazen- do. A infidelidade era
mantida em segredo, manifestando aquela pepita de sabedoria de que a hipocrisia é a
homenagem que o vício presta à virtude – sproul 67

O Novo Ateísmo é, no final, exatamente como o antigo ateísmo uma negação cética da
realidade impulsiona- da pelo desejo de justificar nosso próprio mau comportamento. Se
aplaudimos, se levamos a sério, se banhamos seus proponentes com elogios, tudo é apenas
mais um grande desfile para o impera- dor em seu traje de aniversário – sproul 70

Não é do conhecimento geral que o Novo Testamento oferece uma resposta para a pergunta:
"Se existe um Deus, por que existe ateis- mo?". A resposta à pergunta é dada pelo que agora
seria chamado de categorias psicológicas. Ou seja, o Novo Testamento sustenta que a
descrença é gerada não tanto por causas intelectuais, mas por causas morais e psicológicas. O
problema não é que não existam evidências suficientes para convencer os seres racionais de
que existe um Deus, mas que os seres racionais têm uma hostilidade natural ao ser de Deus.
Em uma palavra, a natureza de Deus (pelo menos do Deus cristão) é repugnante para o homem
e não é o foco do desejo ou da projeção de desejos. O desejo do homem não é que o Deus
onipo- tente, pessoal e judaico-cristão exista, mas, sim, que ele não exista – sproul 73

O Novo Testamento enxerga não apenas o ateísmo, mas também a religião fabricada por
homens como sendo fundamentados em grande antipatia para com o verdadeiro Deus – sproul
74

C fracasso do homem em enxergar essa revelação geral e universal d Deus não é porque ele
não tenha olhos, ou ouvidos, ou um cérebr com o qual pensar. O problema não é falta de
conhecimento ou falt de equipamento cognitivo natural, mas uma deficiência moral – sproul
79

A queixa de Paulo não é que os homens falharam em conhecer a Deus, mas que falharam em
honrá-lo – sproul 81

Qualquer processo de raciocínio que começa com uma negação do que é conhecido e con-
tinua com base no preconceito dificilmente pode produzir luz, não importa quão lúcido e
convincente o argumento possa prosseguir após o erro inicial cometido. – Sproul 82
O fato de o pagão ser "religioso" de forma alguma diminui sua culpa diante de Deus. A prática
da religião idólatra não é vista como uma forma aproximada de religião autêntica, mas como
uma negação dela. Uma coisa é negar a existência de Deus; outra coisa é acrescentar insulto à
negação, adorando algo que é clara- mente da ordem criada – sproul 87

Embora seja inti- midador curvar-se diante do poderoso Deus da Bíblia, é totalmente inútil
curvar-se educadamente aos falsos deuses fabricados por nós – sproul 97

Assim, o cristianismo, com sua ética de teonomia, o reinado de Deus, está em rota de colisão
com o sonho do homem por auto- nomia, autogoverno. Se Deus existe, o homem não pode ser
uma lei para si mesmo. Se Deus existe, a vontade de poder do homem está destinada a
enfrentar de frente a vontade de Deus. A sobera- nia de Deus aparece como uma ameaça
invencível às aspirações do super-homem. Se o homem deve ser livre no sentido de
autonomia, então Deus deve morrer – sproul 156

Após seu colapso mental, Nietzsche assinou suas cartas como "O crucificado". Para Frederick
Nietzsche, a busca por autonomia terminou em loucura. Ele enviou seu navio para mares não
mapea- dos e encontrou naufrágio. Ele construiu sua casa nas encostas do Vesúvio e foi
consumido pelo vulcão. – sproul 157

Então vem a promessa serpentina, a promessa de bênção que acompanha a autonomia: Sicut
erat dei - "Sereis como Deus!". Essa é a essência da tentação primordial - ser como Deus, não
ter restri- ções, não ter limites, sem aglomeração de desejo próprio pelo reina- do de outro. Ser
autônomo – essa é a tentação – sproul 164

A ironia do humanismo, que busca a deificação do homem, é que ele tem sua origem não no
credo do antigo filósofo agnóstico Protágoras, Homo mensura ("O homem é a medida de todas
as coi- sas"), mas na promessa de uma serpente, Sicut erat dei. O humanis- mo não foi
inventado pelo homem, mas por uma cobra, que sugeriu que a busca por autonomia pode ser
uma boa ideia. – sproul 164

A promessa da serpente não foi cumprida. Adão e Eva não se tornaram deuses. A autonomia
não foi encontrada. O que se seguiu foi uma trágica perda da liberdade anteriormente
desfrutada. A liberdade humana não foi ampliada, mas diminuída pela Queda. A busca por
autonomia, no entanto, não cessou. Ela continua até hoje, a leste e oeste do Éden. – sproul 164

Com a determinação infantil da criança que procura apagar um fogo ardente com um pedaço
de palha, os gover- nantes se colocam contra a soberania de Deus – sproul 165

Ao longo da história bíblica, vemos repetidos atos de rebelião contra a autoridade soberana de
Deus. A consequência desses atos é a consequência da Queda. Deus pune com justiça poética.
Seu castigo é na mesma moeda. A busca por autonomia não produz libertação, mas a perda da
liberdade. O Novo Testamento descreve o homem caído como estando em cativeiro, um
escravo das próprias paixões – sproul 165
O Deus bíblico continua sendo uma enorme ameaça às ilusões de autonomia moral. O
resultado é que, embora o homem possa ser convencido da verdade da existência de Deus,
essa afirmação intelectual por si só não poderia superar a inclinação moral de fugir dessa
verdade. A corrupção do homem é tal que ele fará tudo ao seu alcance para refutar, combater,
obscurecer e negar a verdade desse conhecimento - Sproul 167

O ateísmo, portanto, não permite uma teologia. Para os ateus, há ape- nas a compreensão
filosófica e científica de si mesmos, do mundo e do futuro. Sendo que o ateísmo questiona a
existência de Deus com argumentos racio- nais, muitos teólogos cristãos têm apresentado
argumentos racionais de que ele existe. Esse exercício racional é parte da apologética cristã.
Alguns autores iniciam sua exposição da teologia cristã argumentando racionalmente em favor
da existência de Deus. Tomás de Aquino, o principal teólogo da Igreja Católica Romana, é um
clássico exemplo dessa abordagem. Os ateus, assim, negam que há uma forma de
compreendermos a Deus, simplesmente porque, segundo eles, não há uma realidade divina.
Compreender a Deus, na mente deles, equivale a não compreender nada. Esse pensamento
produz uma forma de compreender a realidade sem Deus e ficou conhecido como naturalismo
ou niilismo. – princípios elementares 24

Ao se testemunhar a ateus, evidências racionais da existência de Deus podem ajudar bastante.


O Espírito Santo pode usar esses argumentos racio- nais para derrubar alguns dos preconceitos
culturais que dificultam a fé em muitas pessoas pós-modernas. . – princípios elementares 24

Ou a vida gira tendo Deus como cen- tro irradiador de sentido, ou girará tendo outras
realidades como base, tais como o ser humano, a matéria ou as ideias – verdades 17

Essas ideias resul- tam, ao final, numa praxe de individualismo exacerbado, perceptível em seus
caóticos desdobramentos éticos da atualidade. Isso confirma o fato de que todos os sistemas
filosóficos resultam primeiramente em cosmovisões definidas e levam secundariamen- te à
prática de comportamentos específicos que com eles guardam conexão direta – verdade 18

Será que nosso compor- mento de fato é coerente com a filosofia que professamos? –
verdades 27

Toda filosofia inadequada produz visão distorcida e ética incoerente – verdades 29

. As pessoas vivem como se cada uma pudesse ter sua própria ética e como se osse possível
viver coletivamente com base nessa insanidade – verdades 96

O sacrifico substitutivo realizado por Jesus Cristo na cruz é o ponto centra da atuação de Deus
na história humana. – verdades 80

Em essência, afastar-se, desconfiar e desobedecer seriam apenas

exteriorização de um mal maior que poderia surgir no coração das criaturas: o orgulh

autossuficiência, a arrogância que leva o ser criado a declarar-se independente d


a Criador por achar que ele mesmo, mera criatura, é capaz de saber o que é melhor par

si. Deus fez tudo para mostrar ao ser humano que sua liberdade era real, mas este seri

feliz se permitisse, consciente e livremente, que o Criador o dirigisse em liberdade. Ma

conforme aponta o relato bíblico, o ser humano afastou-se de Deus. – verdades 67

O iluminismo, com seu otimismo progressista, representou apenas o ápice desse processo de
diluição da real noção da condição humana pecaminosa – filosofia e teologia 92

A divindade e sua revelação foram conside. radas desnecessárias e até improprias para se
chegar ao conhecimento da verdade – teologia e filosofia 94

Na prática, a divindade foi trocada pela humanidade, e a Bíblia pela natureza – teologia e
filosofia 96

Até então, a Verdade era o sujeito

do conhecimento e o ser humano o seu objeto. Era a Verdade que guiava o hu

mano ao conhecimento da realidade. Era a Verdade que se tornava conhecida

à medida que ela desvendava o ser humano à luz de si mesma. O objeto então

era medido e transformado pela Verdade. A Verdade escrutinava e moldava o

objeto do conhecimento (ser humano) à medida que o mesmo se submetia à

ela. A partir de Descartes isso se inverte radicalmente. Primeiro o ser humano

assume o papel de sujeito do conhecimento e segundo a Verdade (o ser divino)

é substituída pela verdade (o ser das coisas). A partir daí o ser humano não é

mais objeto da verdade. É ela, a verdade, que é colocada como seu objeto. Não é

mais a Verdade que se assenhora do ser humano, mas é ele quem se assenhora

da verdade. O homem não é mais conhecido pela verdade ou se conhece com

base nela. É ele quem desvenda ou formula a verdade à luz de si mesmo. Ele não

é mais o reflexo da Verdade. É ela que agora deve o refletir. Note que os papéis

se invertem radicalmente, e de servo o homem passa a senhor da verdade. Assu-

me o papel de sujeito que formula e que mede a verdade. Não é mais dominado

pela mesma, pois ele mesmo a domina – teologia e filosofia 103


Houve momentos em que a rainha das ciências (a teologia) definiu as regras básicas para a
ciência e a filosofia. Então a situação se inverteu, e as descobertas da ciência foram definindo
os problernas da filosofia que por sua vez estava começando a definir novas regras para a
teologia. [...] Grande parte da teologia moderna tem esquecido que o autentico método
teológico vira o método car- tesiano (Descartes) de cabeça para baixo. Em vez de 'penso, logo
existo' (Descartes), o ver- dadeiro método teológico diz: 'Deus é, portanto, eu penso. A
Escritura diz: 'No principio Deus' (Gn 1: 1; cf. Jo 1:1). A Bíblia começa com Deus e apresenta um
movimento de Deus para o homem, e não o contrário. Estes métodos movem-se em direções
opostas. Platão e Aristóteles ambos começaram com a filosofia - Platão de uma estrutura
externa da reali- dade e Aristóteles a partir de uma estrutura interna da realidade. Descartes
também focou na experiência interior. Como Thielicke observa, 'olhando para o seu [Descartes)
sistema encontramos indicações de trechos completos de história filosófica e teológica. Há
uma despersonalização crescente de Deus, seja como substância ou ideia Quer o foco esteja no
ser (ôntico) ou nas ideias (noético), a filosofia jamais faz justiça à verdade bíblica sobre Deus. A
epistemologia filosófica (caminho do conhecimento) nunca começa com Deus e trata de seres
humanos, pois só a autorrevelação de Deus na Escritura faz isso. Só Deus pode começar
consigo mesmo. Nem mesmo ideias humanas não-inspiradas, porém boas, são comparáveis.
Enquanto a filosofia aristotélica foi cosmocèntrica, a filosofia cartesiana (Descartes) foi
antropocêntrica. Isso preparou o terreno para Hume e Kant, porque a razão (em vez da
natureza) tornou-se o principal instrumento para a obtenção de conhecimento. [...] O Deus
atemporal da filosofia platônica-aristotélica foi sendo substituido pelo Deus temporal, não
como Escritura mostra que ele é, mas como imanente nos reconditos mais profundos do
pensamento e da experiência humana. Isso, como veremos, teve um im- pacto devastador
sobre a forma como a revelação e a inspiração são compreendidas, e, portanto, a forma como
a Escritura é considerada - GULLEY, Norman 1. Systematic Theology: Prolegomena. Berrien
Springs, MI, USA: Andrews University Press, 2003, p. 19-20

Assim como Pilatos, o homem moderno e pós-moderno pergunta pela verdade mas a crucifica
em seu coração.

. No Éden (com Sata- nás - Gn 3), mais tarde com os gregos (Platão e Aristóteles) e mesmo no
meio cristão (Agostinho e Aquino) isso era claro em certa medida no conteúdo de formulações
especulativas acerca da verdade – teologia e filosofia 106

Deus e sua revelação foram colocados nesse segundo mundo, ou seja, no mundo inacessível –
teologia e filosofia 116

Nitidamente se percebe que, ao longo do período de predomínio da mo- dernidade, houve um


deslocamento inicial do fundamento da filosofia, de Deus para o ser humano, depois deste
para a própria razão humana, e ainda desta para a experiência humana, resultando na
arrogante certeza da suficiência hu- mana. O ser humano foi assim o grande eixo fundamental
do grande substrato filosófico chamado de modernidade. Isso fez com que temas importantes
como pecado, perdão, e salvação fossem intencionalmente substituídos pelos temas do
otimismo, desenvolvimento e progresso. Houve oposições a isso, algumas das quais com
tendências psicologizantes, que serviram para agravar ainda mais o complexo quadro
ideológico citado. E esse deslocamento radical ocorrido no próprio fundamento do
conhecimento (Deus Homem) renderia ainda mui- tos outros desafios à teologia cristă. Daria
causa ao surgimento da filosofia que ficou conhecida como pós-modernidade. – teologia e
filosofia 127
Rejeitando os absolutos morais de natureza religiosa o pós-mo- dernismo ergue-se sobre
valores formulados com base numa ética moral socializante. Isso significa que cada qual pode
ter sua própria medida de verdade ao passo que ninguém pode pretender ter qualquer
verdade que seja absoluta, universal, definitiva – teologia e filosofia 132

, o relativismo representa a tentativa de fugir de Deus e c suas verdades morais. Uma tentativa
que contraditoriamente acabou propone outros absolutos no lugar de Deus. Dentre os muitos
exemplos disso pode-s mencionar o relativismo materialista de Karl Marx e o relativismo
idealista c

Michel Foucault – teologia e filosofia 144

E para tentar encontrar respostas para as suas próprias crises existenciais, Nietzsche recorria a
Darwin. Tendo sido "in- fluenciado muito por ele, Nietzsche estendeu a hipótese evolucionista
para além do desenvolvimento físico de animais, a ponto de tornar a religião, filosofia e ló- gica
produtos da evolução” – teologia e filosofia 154

Conforme idealizada por Deus, originalmente a filosofia hebraica se baseava unicamente na


revelação Hivina legada por meio dos profetas (Nm 12:6) – teologia e filosofia 162

Segundo Cristo, a verda- de é estabelecida por Deus, ainda que o ser humano não concorde ou
não aceite isso (Jo 17:17). Em sua liberdade, o individuo pode aceitar ou não as verdades
designadas por Deus, mas não pode muda-las ou mascará-las ao seu gosto pes- soal. Isso
porque Cristo apresenta a verdade como algo absoluto, certo, definido e definitivo, acessível
pela iniciativa de Deus em se revelar. A verdade é assim uma realidade que é reconhecível na
Palavra de Deus e que é compreensível, acessível, e praticável mediante o discernimento e a
obediência produzidos pelo Espírito Santo. – teologia e filosofia 168

A revelação é o meio pelo qual Deus graciosamente torna acessível aos seres humanos o
conhecimento das realidades segundo a perspectiva divina. Assim entendida, a revelação é a
maneira pela qual Deus dá a conhecer a si mesmo e as realidades salvificas que importam à
salvação hu- mana. Sem a revelação de Deus os humanos não teriam acesso à verdade, e por
isso não teriam como conhecer a natureza do Criador e suas definições quanto ao bem, ao
belo, e ao verdadeiro. Em tal condição não teriam como se precaver da trágica hipótese de
rejeição da verdade, que resulta nas formas conhecidas do mal, do feio, e do falso – teologia e
filosofia 173

Segundo as Escrituras, o Espirito Santo é a pessoa da divindade que realiza o conhecimento da


verdade junto aos seres humanos. É Ele o agente divinamen- te encarregado de produzir a
verdade na forma perceptível e compreensível aos seres humanos impactados pelo pecado e
suas consequências. Na Bíblia fica cla- ro que o Espírito Santo é o realizador da revelação,
inspiração, e iluminação que possibilitam que as verdades alcancem os seres humanos –
teologia e filosofia 184

Rodapé - Em resumo, o genuíno conhecimento tem unicamente a Deus (o Criador e Redentor)


como fonte, Tem a Sua revelação como único meio de acesso; Tem no conteúdo da Bíblia o
exclusivo critério de compreensão; Está organizado em forma de valores, princípios, e regras;
Tem a verdade como objeto da comu nicação divina e a convicção santificada como o locus
primário de impressão dessa verdade, Tem como propósito a salvação e para isso o
desenvolvimento do caráter à semelhança de Cristo; E tem no Espírito Santo o agende divino
re- alizador. Um resumo dessas realidades nos dá uma noção dos contornos gerais da
epistemologia bíblica – teologia e filosofia 186

O contexto indica que o problema não era a falta do conhecimento, já que o tinham recebido
em certa medida (Rm 1:18-20). No verso 21 do mesmo capítulo é mencionado expressamen te
que mesmo "tendo conhecimento de Deus", o desprezaram, preferindo "seus próprios
raciocínios". O resultado disso foi que "mudaram a verdade de Deus em mentira" (Rm 1:25)
tendo como consequência imediata uma adoração falsa, "servindo a criatura em lugar do
Criador" (Rm 1:25). Em resumo, por terem "desprezado o conhecimento de Deus, ficaram à
mer- cê de sua própria disposição mental reprovável" (Rm 1:28) que os levou à falsa adoração
fazendo-os merecedores da "sentença de Deus, de que são passíveis de morte" (Rm 1:32).
Importante lição que salta aos olhos neste passíveis de morte" (Rm 1:32). Importante lição que
salta aos olhos neste texto é o fato de que desprezar, de qualquer forma e em qualquer
medida, o puro e confiável conhecimento que vem por meio da revelação divina, leva
necessariamente à falsa adoração que resulta em sentença de morte eterna. Isso põe em
evidencia o cuidado devido no trato com a Revelação divina, especialmente com as Sagradas
Escrituras. É dever de todo cristão, e nota- damente do teólogo, cuidar em não mudar a
verdade de Deus em mentira. Tal cuidado passa por não ser influenciado por filosofias
extrabíblicas no decorrer do processo de interpretação do texto bíblico. Não beber em fontes
de dados teológicos extrabíblicos, já que se sabe que essa hipótese produz necessariamente a
mistura impropria da verdade com o erro. – teologia e filosofia 200

e alcançou a terra pós Éden (Gn 3). As profecias apontam que alcançaria seu ápice no tempo do
fim (Ap 11:7 - a besta que sobe do abismo). Esta última centraria seus esforços em convencer o
mundo de que seria possível alcançar a verdade à parte da revelação divina, resultando tal
campanha num aberto des prezo pela Palavra de Deus com sua epistemologia peculiar. Sabe-se
que seu intento radical de tentar destruir a Bíblia por ocasião do iluminismo francês foi apenas
o início de suas muitas tentativas de fazê-lo. Não tendo conseguido des trui-la literalmente por
meio do levante iluminista, essa versão da besta passou a tentar uma destruição sutil da
mesma. Essa tentativa hoje nos chega na forma de influencias de sistemas estranhos à Bíblia
com suas pressuposições incompa- tíveis com seu conteúdo. Ao conseguir misturar dessa
forma a verdade com o erro, Satanás tem, até certo ponto, conseguido êxito em seu intento de
destruir a verdade, ao menos em sua compreensão e vivencia por parte de muitos que pensam
estar certos quando na verdade estão longe do "assim diz o Senhor". – teólogo e filosofia 202

De quem seria a responsabilidade por isso? Talvez a resposta esteja na ex plicação de Allan
Bloom", eminente educador da Universidade de Chicago Para ele o que estaria por detrás
dessa ignorância coletiva é a convicção pós- -moderna de que não existe verdade absoluta, de
que tudo é relativo. Assim, o propósito da educação não é aprender a verdade ou dominar
fatos, mas apenas adquirir a habilidade de obter sucesso, riqueza, fama e realização pessoal. A
verdade última ficou irrelevante e desnecessária, é coisa de cada um. Logo, não me admita que
estes sejam os desastrosos resultados da cultura. Afinal de contas como estabelecer o que é
certo e errado num curriculo? Como estabelecer o que os alunos devem aprender? Como
saber que o que aprendem hoje não será desmentido ou atualizado amanha? Como dizer que
uma resposta está defini tivamente errada? – ceticismo 67-68

Lembremos, para a cultura pós-moderna estamos num tempo de pós verdades, logo, qualquer
resposta é válida, afinal, tudo é relativo. A ordem do dia é moldar os discursos às
hermeneuticas de Nietzsche e Foucault, segundo as quais não há fatos, somente versões. Em
2016, a Oxford Dictionaries, depat- tamento da Universidade de Oxford responsável pela
elaboração de dicionários, elegeu o vocábulo "pós-verdade" como a palavra do ano na lingua
inglesa – ceticismo da fé 68

Fan todos eles suurge un clima de reclamação e justificattivas. Sium nos mento é Deus que
questiona a Homer por que deixou de ir à greja, en onts é Homer que reclama que o culto é
chato e o senudio enteriante. Ean Thari God It Doomsday, depois de chegar ao céu, Homer sé
Mange e seus filine sendo atormentados pelo diabo no inferno. Então ele tem uma convema sé
ria com Deus sobre como salvar sua família. Quando Deus se nema a ajudá Jo, Homer, com
raiva, começa a lagunçar o Paraíso até amudar a mente de Deus. Aliás, uma coisa é patente nos
roteiros: Homer sempre anda a mente de Deus. O idiota da história tera mais argumentos que
o Criador do umivenl Seria isso uma indireta sobre a insensatez da fé e a manipulação do
Sagradı? Considerando o humor judaico dos roteiristas, pode até ser – ceticismo 75

A paródia para mim está muito clara. Quando o humanismo se lesannsro contra a teologia,
acreditou-se que a educação e a razão puta seriam a salvação da sociedade. Uma vez educado,
o homem estaria livre de deuses, mitos e me- dos que o aprisionavam em um permanente
estado de angústia mental Logn quanto mais racional fosse o sujeito, menos religioso se
sentiria e, consequentie- mente, desenvolveria mais capacidade mental para enfrentar os
dilemas da vida sem apelações espirituais. Seria, pois, um livre-pennador – ceticismo 75

Essa continua sendo a bandeira de muitos ícones do neoateísmo. Entendendo o racionalismo


como uma barreira às coisas de religião, muitos acadêmicos, mesmo aqueles que não se
declaram abertamente ateus, passam para os univer- sitários a ideia de que a razão os ajudará
a enfrentar melhor a realidade fria e ao mesmo tempo bela como ela é. Os alunos são, assim,
ensinados a entender que estamos sozinhos neste mundo, que não existe deus nenhum lá fora,
que o su- cesso depende exclusivamente de seu esforço e a morte é o fim de todos. Logo, ser
"educado" é superar a infantilidade da crença que, pelo medo da morte e do inferno, propõe a
existência de deuses e caminhos de salvação. – ceticismo da fé 75

Como Homer, não nos importamos muito com coisas de Deus. O Bar do Moe, o show do Krusty
e as rosquinhas recheadas são mais interessantes que o céu e o culto no domingo (os Simpsons
são protestantes). E se Deus vier recla- mar conosco, vamos convencê-lo de que ele está errado
– ceticismo 76

A ambição iluminista de dominar a natureza e colocar a humanidade acima dela produziu


inevitavelmente consequências desastrosas para a própria huma- nidade. A Primeira e Segunda
Grande Guerra, as catástrofes ecológicas, a espe- culação financeira e a contínua sensação de
colapso da história não foram con- sequências da fé, mas dos movimentos humanistas
modernos. O super-homem de Nietzsche que pensava subjugar a natureza demonstrou-se
perfeitamente capaz de escravizar seres humanos seja pelas algemas, pela política, economia
ou pelo marketing que conduz ao consumismo desenfreado. – ceticismo 77
Esse fenômeno não é tão recente quanto se imagina. Na década de 1920, o teólogo alemão,
Friedrich Gogarten, aler- tava para uma mudança espiritual em andamento na Europa, onde
afirmava que a religião se perdera na cultura. Para Go- garten, a religião deve ser a crise da
cultura e não o contrário. Se a cultura é a crise da religião, essa religião não está alicer- çada na
Palavra, pois esta, jamais se identificará com a cultura (GIBELLINI, 2012. p. 125). – ameaças
contemporâneas 33

Quando olhamos para o cenário evangélico do mundo contemporâneo, podemos constatar


que há forte círculo vi- cioso entre a sociedade de consumo e o mercado da fé. Nesse sentido,
o Evangelho não passa de uma moeda de troca ecle- siástica entre os cambistas que vendem o
sagrado no templo e os "fiéis" que estão à procura de nova espiritualidade. - ameaças 94

Para a sociedade contemporânea, não existe marcos re- gulatórios como família, religião, Deus.
Estes não passam de meios para chegarem a um objetivo comum – Eu – ameaças 123

Tomado de orgulho e

de inveja, ele propós aos seus pares uma via alternativa ao conhecimento produzido

exclusivamente a partir da Revelação divina, o que havia vigorado até então. Con

venceu-os de que haveria verdade à parte da Revelação (Palavra de Deus) e de que

ela poderia ser acessada de forma independente da divindade, por meios até então

desconhecidos. O resultado imediato disso foi que, os demais seres angelicais que se

deixaram convencer, experimentaram a mesma dose do afastamento, desconfiança

Ave

e desobediència ao Criador, que havia motivado as especulações satânicas – teologia e filosofia


200
A internet é incrível, mas não deveríamos tratá-la como se existisse para além da história ou
como se fosse isenta de nossas estruturas morais, em especial quando o que está em jogo é
nada menos que o destino da individualidade e a saúde da democracia- mundo que não pensa
185

Os dinossauros e as verdades que eles compartilham em relação à criação He Deus, ao pecado


do homem, à morte, ao Dilúvio e à Era do Gelo podem er usadas pelos jovens e adultos
cristãos a fim de partilhar o evangelho com Hescrentes. Esses "répteis missionários" confirmam
a autoridade da Escritura e podem ser ferramentas poderosas no anúncio da mensagem da
salvação, e este Heve ser o objetivo máximo de todo cristão. – criacionismo 370

Nenhum outro livro desempenhou um papel tão importante no desenvolvimento da civilização


ocidental. Mal dá para acreditar que, quando a civilização se encontra sob maior ameaça do
que em qual- quer outra época ao longo dos últimos quatro séculos, nós parece- mos dispostos
a virar as costas para o livro que praticamente deu vida à nossa cultura. É uma atitude de
insensatez extraordinária, fruto, em grande medida, da ignorância voluntária – em defesa da
Bíblia 6

A fé pode e deve se apoiar na rocha de evidências verificáveis, em lugar de se fundamentar nas


areias de opiniões superficiais e desinformadas – em defesa da Bíblia 13

poucos anos.

No entanto, não parecem conseguir ser capazes de compreen- der que a vida eterna pode
pertencer a eles sem qualquer risco. É isso que a Bíblia oferece. Tudo é muito surpreendente -
tanto a oferta em si quanto a tendência constante da humanidade de recusá-la. O fale- cido
Malcolm Muggeridge, defensor intrépido da fé cristã, escreveu certa vez: "Descobri que
sempre se subestima o poder permanente da insensatez humana." Essa verdade nunca é tão
forte quanto diante da oferta da vida eterna, quando parece que quase ninguém faz questão
de levá-la em conta. – em defesa da Bíblia 29

TERMINAR COM RECAPITULAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS- por isso podemos confiar

Afirmar ter capacidade de predizer o futuro é uma coisa - e já se trata de uma grande
pretensão. Mas fazê-lo repetidamente ao longo de centenas de anos, em muitos casos, com
detalhes específicos, é bem diferente. A Bíblia é o único livro que prediz o futuro com tanta
ousadia e de forma tão repetida. Se as predições não forem verda- deiras, necessitamos saber
disso também. Mas se forem, precisamos saber ainda mais.nih – em defesa da Bíblia 24

O naturalismo não seria “o silêncio do espaço infinito” mas um monólogo da voz humana – o
Universo ao lado 73
Toda a questão envolvendo esse argumento pode ser assim sumarizada: o naturalismo nos
coloca como seres humanos em uma caixa. Porém, para termos qualquer con- fiança de que
nosso conhecimento sobre estarmos dentro de uma caixa é verdadeiro, precisamos nos
posicionar fora da caixa ou receber essa informação de qualquer outro ser fora da caixa (os
teólogos chamam a isso de "revelação"). Ocorre que não há nada nem ninguém fora da caixa
para nos for- necer revelação, e nós não podemos transcender a caixa. Por conseguinte,
niilismo epistemológico. – o Universo ao lado 125

Uma das piores consequências de se levar a sério o niilis- mo epistemológico é que isso tem
levado alguns a questionar a própria facticidade do universo. Para alguns, nada é real, nem eles
mesmos. As pessoas que chegam nesse estado es- tão em grandes apuros, pois elas não
podem mais funcionar como seres humanos. Ou, como dizemos com frequência, elas surtam.

Normalmente, não reconhecemos essa situação como niilismo metafisico ou epistemológico.


Ao contrário, nós a chamamos de esquizofrenia, alucinação, fantasia, devaneio ou viver em um
mundo irreal. E tratamos a pessoa como um "caso", e o problema como uma "doença". Não
tenho nenhuma objeção, em particular, com tal procedimento, pois realmente acredito na
realidade de um mundo exterior, que compartilho com outros em minha estrutura de tempo e
espaço. Os que não conseguem reconhecer esse fato estão incapacitados. Porém, enquanto
primariamente pensamos nessa situação em termos psicológicos e enquanto envia- mos tais
pessoas a instituições onde alguns as manterão vivas e outros as ajudarão a retornar de suas
viagens inte- riores e voltar à realidade, deveríamos compreender que alguns desses casos
extremos podem ser exemplos perfeitos do que acontece quando uma pessoa não mais
conhece no sentido comum de conhecimento. É o estado "adequado", o resultado lógico, do
niilismo epistemológico. Se eu não posso conhecer, então, qualquer percepção, sonho, ima-
gem ou fantasia torna-se igualmente real ou irreal. A vida no mundo comum é baseada em
nossa distinções. Pergunte capacidade de fazer homem que acabou de engolir – Universo ao
lado 126

O homem moderno pretende descobrir a verdade sem a ajuda de Deus. O homem pós-
moderno deseja dizer o que é a realidade segundo as suas próprias preferências. O primeiro se
acha um tipo de Deus, capaz de produzir conhecimento. O segundo tem certeza de que é um
Deus, e por isso se sente no direito de criar um mundo para si mesmo e se sentar num trono
decorado com sua cor favorita.

A perda da cosmovisão moderna assinala o fim do mundo objetivo do projeto iluminista – pós-
modernismo Stanley Grenz 65

É claro que o relativismo e o pluralismo não são novidades. Todavia, a variedade pós-moderna
é diferente das formas antigas. O pluralismo relativista da modernidade tardia era altamente
indivi- dualista; exaltava o gosto e a escolha pessoais como o ápice da existência. Suas máximas
eram "A cada um o que lhe pertence" e "Todos têm o direito a sua própria opinião". – pós-
modernismo Stanley Grenz 29

A consciência pós-moderna, pelo contrário, enfatiza o grupo. Os pós-modernos vivem em


grupos sociais independentes, cada um dos quais possui sua própria linguagem, suas crenças e
seus valores. – pós-modernismo Stanley Grenz 29
Conseqüentemente, o pluralismo relativista pós-moderno procura dar espaço à natureza
"local" da verdade. As crenças são consideradas verdadeiras no contexto das comunidades que
as defendem . – pós-modernismo Stanley Grenz 30

No contexto pós-moderno, surge a hermenêutica espiral proposta por Brian Mclaren (2007),
que defende uma ressignificação do texto segundo a necessidade real do leitor hoje. Neste
contexto, a Bíblia passa a ser uma das fontes da revelação divina, entre tantas outras tradições
religiosas – importância do método histórico – Zukowski 343

A proposta de conhecer a Deus através do estudo da Bíblia fundamen- ta-se nas declarações de
Cristo de que o objetivo do estudo das Escrituras é encontrar a vida eterna (plano da salvação)
e que elas dão testemunho de sua pessoa (Jo 5:39). Ele também afirma que a vida eterna
consiste em conhecer a Deus e seu Filho, Jesus Cristo (Jo 17:3). Assim, o objetivo final do
estudo deve ser conhecer quem é Deus e qual é o seu plano de salvação para o homem nos
diferentes livros e estilos literários que compõem o texto sagrado – importância do método
histórico – Zukowski 344

Sendo que o objetivo é conhecer a Deus (uma pessoa), as histórias fo- ram singularizadas neste
estudo pelo fato de que conhecer alguém envolve conhecer a sua história - – importância do
método histórico – Zukowski 344

Um dos termos usados na Bíblia para descrever a si mesma é Palavra de Deus. Esse termo
sugere um diálogo entre o leitor (ouvinte) e Deus (quem transmite a mensagem). Portanto,
Deus, através da Bíblia, está comunicando o que pensa e o que é mais importante para o
homem aprender sobre sua vida agora e no futuro. Ele tem muito para lhe dizer, "Ouça, é
você? Deus está na linha" (VAN DOLSON, 1968 – importância do método histórico – Zukowski
345

– importância do método histórico – Zukowski 347 – rei transcrevia tudo – Deuteronômio


17:18-20

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