Apostila 2bimestre (CNT) - Maria Laura Maciel
Apostila 2bimestre (CNT) - Maria Laura Maciel
Apostila 2bimestre (CNT) - Maria Laura Maciel
✓ Impactos ambientais;
✓ Escassez da água;
✓ Gases poluentes;
✓ Ecossistemas;
✓ Resíduos sólidos;
✓ Leis ambientais;
Sustentabilidade é a capacidade de sustentação ou conservação de um processo ou sistema.
A palavra sustentável deriva do latim sustentare e significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar.
O conceito de sustentabilidade aborda a maneira como se deve agir em relação à natureza. Além
disso, ele pode ser aplicado desde uma comunidade até todo o planeta.
"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades".
Tripé da Sustentabilidade
O chamado tripé da sustentabilidade é baseado em três princípios: o social, o ambiental e o
econômico. Esses três fatores precisam ser integrados para que a sustentabilidade de fato aconteça.
Sem eles, a sustentabilidade não se sustenta.
• Social: Engloba as pessoas e suas condições de vida, como educação, saúde, violência, lazer, dentre
outros aspectos.
• Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são utilizados pela sociedade,
comunidades ou empresas.
• Econômico: Relacionado com a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. A economia
deve considerar a questão social e ambiental.
O tripé da sustentabilidade: aspectos sociais, ambientais e econômicos precisam trabalhar em
conjunto
Tipos de Sustentabilidade
Sustentabilidade Ambiental
A Sustentabilidade ambiental abrange a conservação e a manutenção do meio ambiente.
Importante notar que, para que a sustentabilidade ambiental seja efetivada, as pessoas devem estar
em harmonia com o meio ambiente, para obterem melhoria na qualidade de vida.
O objetivo da sustentabilidade ambiental é que os interesses das gerações futuras não estejam
comprometidos pela satisfação das necessidades da geração atual.
Sustentabilidade Social
A sustentabilidade social sugere a igualdade dos indivíduos, baseado no bem-estar da população.
Sustentabilidade Empresarial
Atualmente, muitas estratégias de responsabilidade social de empresas estão pautadas na
sustentabilidade.
Produtos e ações sustentáveis na área empresarial ganham destaque e o gosto dos consumidores. As
pessoas estão cada vez mais conscientes do peso ecológico e social de suas escolhas.
Nesse caso, a empresa possui uma postura de responsabilidade com os valores ambientais e sociais.
Além de fundamentada na preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida das
pessoas.
Sustentabilidade Econômica
A sustentabilidade econômica é fundamentada num modelo de gestão sustentável. Isso implica na
gestão de adequada dos recursos naturais, que objetivam o crescimento econômico, o
desenvolvimento social e melhoria da distribuição de renda.
Em resumo, corresponde à capacidade de produção, de distribuição e de utilização das riquezas
produzidas pelo homem, buscando uma justa distribuição de renda.
Exemplos de Sustentabilidade
As ações sustentáveis podem ser adotadas desde indivíduos até o nível global. Veja alguns exemplos:
Ações Individuais
• Economia de água;
• Evitar o uso de sacolas plásticas;
• Reduzir o consumo de carne bovina;
• Preferência por consumir produtos biodegradáveis;
• Separar o lixo para coleta seletiva;
• Reciclagem;
• Realizar trajetos curtos através de caminhadas ou bicicletas. Adotar transportes coletivos ou caronas.
Ação Comunitária
Na comunidade do Vale Encantado, no estado do Rio de Janeiro, os moradores buscaram
investimentos com colaboradores para melhoria do local onde vivem.
Ações Globais
• Limitação do crescimento populacional;
• Garantia de alimentação em longo prazo;
• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• Diminuição do consumo de energia;
• Desenvolvimento de tecnologias que possibilitem o uso de fontes energéticas renováveis;
• Aumento da produção industrial nos países não industrializados à base de tecnologias
ecologicamente viáveis;
• Criação de Unidades de Conservação. No Brasil, existem diversas áreas protegidas;
• Controle da urbanização e integração entre campo e cidades menores.
Educação Ambiental
A importância da educação ambiental reside na formação de cidadãos conscientes. Ela visa o aumento
de práticas sustentáveis, bem como a redução de danos ambientais.
Os impactos ambientais
podem ser definidos como alterações provocadas no ambiente por ação humana. Podem ser positivos
ou negativos.
"Impacto ambiental é o nome dado a uma modificação causada no meio ambiente devido à ação
humana. Toda e qualquer atividade humana causa um impacto no ambiente, que pode ser negativo ou
positivo. Os impactos negativos são extremamente conhecidos pela população, sendo exemplos:
✓ poluição;
✓ destruição de habitat;
✓ extinção de espécies.
Os impactos ambientais positivos são menos conhecidos e se relacionam àquelas atividades que
trazem melhoria e recuperação ao meio, como projetos de restauração de áreas que foram
impactadas negativamente."
"O que é um impacto ambiental?
De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 1, de 23 de janeiro
de 1986, temos que:
Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam:
III - a biota;
✓ reduzir o consumismo."
Escassez de água no Brasil
Para entender a escassez de água no Brasil, é preciso considerar que existem fatores geográficos,
políticos e climáticos associados a esse problema.
"O Brasil passou a viver, a partir de 2014, os primeiros grandes focos daquilo que pode ser a maior
crise hídrica de sua história. Com um problema grave de seca e também de gestão dos recursos
naturais, o país vem apresentando níveis baixos em seus reservatórios em épocas do ano em que eles
costumam estar bem mais cheios. Essa ocorrência, de certa forma, representa uma grande
contradição, pois o Brasil é considerado a maior potência hídrica do planeta.
Mas se há muita água disponível no Brasil, por que está faltando água?
Para entender a questão da escassez de água no Brasil, é preciso primeiro entender algumas questões
geográficas concernentes ao território nacional.
Em primeiro lugar, embora o país possua as maiores reservas de água por unidade territorial do
planeta, é preciso destacar que elas estão desigualmente distribuídas no espaço geográfico brasileiro.
A região Norte, notadamente a Bacia do Rio Amazonas, é aquela que possui a maior concentração de
água no país, tanto pelo rio em questão quanto pela presença do Aquífero Alter do Chão, o maior em
volume d'água.
Em segundo lugar, é preciso entender a questão demográfica. A maior parte da população brasileira
não reside nos pontos onde a água encontra-se disponível de forma mais abundante, pois há uma
concentração populacional muito elevada nas regiões Sudeste e Nordeste, respectivamente.
Curiosamente, são essas as regiões cujos estados possuem os maiores históricos de secas e escassez
de água ao longo do tempo.
Esse panorama contribui consideravelmente para o problema em questão, haja vista que a exploração
dos recursos hídricos da Amazônia é totalmente inviável em virtude dos grandes custos de transporte
e também pelos iminentes impactos naturais, que podem comprometer as reservas de água então
disponíveis.
Mas isso não é tudo para entender a escassez de água no Brasil. Existem também as questões
referentes à utilização e gestão dos recursos hídricos no país.
Pela Constituição Federal de 1988, cabe aos governos estaduais a missão de gerir e administrar a
captação e distribuição de água, embora o governo federal também precise atuar por intermédio do
fornecimento de verbas públicas e obras interestaduais. Nesse sentido, alguns governos, por questões
administrativas ou até políticas, podem apresentar algumas falhas, principalmente no que se refere ao
planejamento no manejo dos recursos hídricos."
"No Brasil, atualmente, o estado que vem passando por maiores dificuldades é São Paulo, o que vem
atraindo uma grande atenção da mídia, pois a capital paulista, que é a área mais povoada do país, é a
protagonista desse cenário. Nesse caso, uma seca total pode afetar a vida de dezenas de milhões de
pessoas. O reservatório do Sistema Cantareira, o principal da cidade, vem apresentando sucessivos
recordes de baixas em seu volume, o que torna o contexto em questão ainda mais desfavorável.
Além da má distribuição dos recursos hídricos e dos problemas de gestão no território nacional, o
problema da escassez de água no Brasil também perpassa pelas recentes secas que vêm afetando o
país. Nos últimos anos, principalmente em 2014, os níveis de precipitação ficaram muito abaixo do
esperado, por isso, os reservatórios em todo país mantiveram baixas históricas, principalmente na
região Sudeste.
Vale lembrar, afinal, que a falta de água no Brasil não afeta somente a disponibilidade de água tratada
nas residências. As indústrias e a agricultura (os principais consumidores) são os setores que mais
poderão sofrer com o problema, o que pode acarretar impactos na economia como um todo –
lembrando que a maior parte das indústrias do país está justamente na região Sudeste. Além disso,
cabe a ressalva de que o principal modal energético do país é o hidrelétrico, que possui como ponto
negativo justamente a dependência em relação à disponibilidade, de modo que uma seca extrema
pode levar o país a um novo racionamento de energia, tal qual o ocorrido em 2001.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2,7 bilhões de pessoas deverão sofrer com
a falta de água em 2025 se o consumo do planeta não diminuir.
Há inclusive temores reais de que a água seja motivo de conflitos futuros entre as nações. A água será
o ‘ouro líquido’ do futuro, caso os problemas de escassez não sejam sanados.
Muitos países já sofreram com secas e conseguiram contornar este cenário. O Brasil, com a união
entre o poder público e privado, precisa se inspirar nesses casos internacionais bem-sucedidos.
Estados como o de São Paulo e outros do Nordeste já vivenciaram a falta de água na rotina. É preciso
sim buscar referências e tratar esse recurso com a atenção que ele merece.
A escassez de água no Brasil se dá por um conjunto de fatores como a falta de consciência no uso, falta
de regulamentação para técnicas de reuso, pouco investimento em infraestrutura e principalmente
pelo desperdício da água.
Quase 40% da água tratada do Brasil é desperdiçada principalmente por vazamentos, mas também por
fraudes e outros problemas na rede de distribuição.
Esse é um dado terrível. Toda essa água tem um custo de tratamento, então também é dinheiro
desperdiçado. Tudo por causa da rede de distribuição brasileira que carece de investimentos. A rede
de canos é considerada velha e precisa de manutenção.
A Região Norte é a considerada mais crítica. Lá, mais da metade da água é perdida. Na Europa, esse
desperdício é de 15%. No Japão, é apenas 3%. Mas como esses países conseguem contornar essa
situação?
O estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil revelou que uma redução simples de 10% do desperdício
do país representaria uma receita de R$ 1,3 bilhão.
Significa quase a metade do investimento feito em abastecimento de água no ano de 2010. Parte
desse dinheiro também poderia ser aplicado no reuso da água, em campanhas de conscientização e
etc.
Em entrevista, André Ramalho, Assessor Técnico do CEBDS, revelou que hoje não há uma
regulamentação para o reuso externo da água, ou seja, a água que é descartada no sistema não pode
ser retratada e servida à indústria, agropecuária e etc.
Hoje, apenas as empresas podem fazer o reuso interno. Elas reutilizam a água internamente antes de
devolvê-la ao sistema. André deu um bom exemplo de reuso: a cidade de São Paulo, que reutiliza a
água para limpeza urbana, manutenção de jardins e etc.
A ONU calcula que já existam cerca de 1,1 bilhão de pessoas que carecem de acesso à água potável no
mundo. A Terra é um planeta azul, mas mesmo assim há escassez. Como é sabido, apenas 2,5% da
água do planeta é doce.
E a maior parte dela está congelada nos polos e montanhas. Assim, resta menos de 0,1% nos rios,
lagos e lençóis subterrâneos para o uso humano. Muitos países já sofreram com a escassez de água. O
Brasil pode e deve aprender com esses casos.
#1 – Austrália e o investimento
Esse país passou por uma séria adaptação a fim de evitar a escassez. Entre 1997 e 2009, houve o
período de seca mais severo. Depois, entre 2013 e 2014 houveram 156 recordes de temperatura.
A solução foi investir pesado na infraestrutura. Foram R$ 6 bilhões para evitar vazamentos e
economizar água.
Eles utilizaram de uma técnica que muitos países aplicam em seu sistema de água: o tratamento e
reuso da água.
As obras encaminham as águas residuais que saem das casas para reservatórios. Então, ela é tratada.
Essa “água de reuso” retorna para as casas, já adaptadas para receber em uma torneira especial.
Assim, ela é utilizada na limpeza da casa, lavagem de roupas e outras atividades.
Dessa forma, não é preciso captar mais recursos da natureza, economizando a água potável.
No Brasil, André Ramalho levantou outro ponto, além da falta de legislação, que dificulta o reuso da
água: o preconceito.
Essa água teria um grande impacto na economia, mas muitas pessoas não acreditam que ela é útil. No
entanto, a água de reuso é tão limpa quanto as águas dos rios antes de tratadas.
Além disso, é preciso fazer um grande investimento – o que dificultaria essa solução a curto e médio
prazo no Brasil.
A China também sofreu uma ameaça de seca em seu Nordeste. Para solucionar o problema, foi
desenvolvido um programa integrado de ações.
Duas principais medidas foram tomadas. A implementação de cisternas no país inteiro. Atualmente,
existem 83 mil distribuídas pela China. E mais outros 4 mil reservatórios.
A segunda medida é um programa de selos de eficiência hídrica para vasos, mictórios, torneiras e pias,
bem semelhante ao Selo Procel de eficiência energética brasileiro.
Assim, o consumidor passa a preferir utensílios mais econômicos, que além de ser mais sustentáveis,
também aliviam a conta de água.
Dante Ragazzi, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), disse
que esse Selo de eficiência hídrica é uma ótima ideia, que poderia ser implantada no Brasil.
Algumas das medidas para sanar esse problema foram focadas na economia individual de água. Houve
um aumento das tarifas de água, multas de US$ 500 por dia a quem for flagrado desperdiçando água
potável para lavar calçadas ou lavar carros.
Também houve uma mudança no paisagismo, trocando a vegetação que exige aumento de consumo
em casas, centros comerciais e campos de golfe.
Essas medidas financeiras que estimulam a economia, se mostraram efetivas no Brasil. São Paulo é um
bom exemplo, onde o consumo foi reduzido.
#4 – Japão e a conscientização
O Japão é um país pequeno e superpopuloso. Desde 1955, sempre ocorrem cenários de seca. Por isso,
foi desenvolvido um Manual Geral contra a Seca.
Ele conta com medidas que previnem o fenômeno e claro, educa com ações a serem tomadas quando
houver estiagem.
No entanto, a grande vitória do Japão é comportamental. As pessoas são impactadas por campanhas
massivas e entendem o problema, assim realmente economizam o recurso.
O país é altamente eficiente. Por isso, o desperdício por infraestrutura é mínimo. Os vasos, pias e
torneiras são altamente tecnológicos também, ajudando na economia.
No Brasil, é preciso haver um avanço tecnológico, político e financeiro para trilhar o mesmo caminho.
#5 – Israel e o aproveitamento
Israel é um país árido. Desde o seu nascimento, ele enfrenta a seca. Assim, muitas leis foram criadas
para regulamentar o uso da água, com sistemas de economia.
91% do esgoto é coletado e 80% dele é tratado e reutilizado para a agricultura na parte Sul de Israel
(totalizando 525 milhões de m³ ao ano). Israel também conta com um controle rígido de perdas. Elas
totalizam apenas 7% do total, diferente dos cerca de 40% do Brasil.
Além disso, há 5 centros de dessalinização, que captam água do Mar Mediterrâneo e abastecem 70%
do consumo doméstico.
Cingapura é uma pequena ilha. Lá, a população é toda servida por água potável – além disso, o esgoto
do país é 100% tratado e reutilizado.
Por essas razões, Cingapura é um dos lugares mais eficientes em reaproveitamento de água.
E se mesmo assim falar água, o país importa água da Malásia por meio de dutos. Trata-se de uma
operação complicada e cara.
Assim como na China, Cingapura possui um programa que estimula o consumo de produto com maior
eficiência hídrica. Como dito, o programa de selos para produtos com maior eficiência são uma boa
ideia para ser implantada no Brasil.
No entanto, outras soluções como o reuso da água e a importação do líquido são inviáveis a curto
prazo.
A ilha de Aruba, no Caribe, tem o mar como principal fonte d´água. Com apenas 320 quilômetros,
Aruba conta com a segunda maior usina de dessalinização do mundo.
Esse método já é utilizado para obter água potável há 80 anos. No entanto, essa usina moderna foi
inaugurada em 2000.
Ela é responsável por produzir atualmente 45 milhões de litros d’água por dia. Assim, a água de Aruba
é reconhecida por sua qualidade. Pode-se beber diretamente das torneiras.
No entanto, ainda há um ônus: a conta de água é considerada cara pelos moradores da cidade.
No Brasil, essa solução é inviável porque demanda um grande investimento, que tornaria a conta mais
cara e a demanda por água é continental.
Conclusão
Das ideias que apresentadas, as que mais se destacam são os investimentos para redução de
vazamentos, que hoje são responsáveis por cerca de 40% da água tratada no Brasil.
Outras boas iniciativas são os selos de eficiência hídrica e incentivo à economia de água. Além de é
claro da regulamentação da água de reuso que pode aproveitar muito do que é desperdiçado hoje.
Imagine quantos bilhões de litros de água potável são usados nas descargas, chuveiros, jardins,
agricultura, indústrias e muito mais.
Todavia, para que esse aproveitamento aconteça, a política deve ter foco nisso, com investimentos e
leis que incentivem a economia.
É fundamental que essas mudanças aconteçam para que o Brasil não sofra com uma crise séria de
água no futuro.
Quanto maior o desperdício de energia, maior é o preço que você e o meio ambiente pagam por ela.
Ao usar a energia elétrica de maneira correta, você economiza na conta de luz e ainda ajuda o País a
preservar suas reservas ecológicas e, consequentemente, a vida do planeta.
Hábitos Inteligentes – use os equipamentos elétricos de maneira correta, como está indicado neste
manual.
Projetos Inteligentes – ao reformar ou projetar sua casa, utilize algumas soluções criativas que podem
ajudar na redução do seu consumo de energia. Projete os ambientes utilizando o máximo de luz
natural, paredes pintadas com cores claras e com melhor isolamento térmico, ventilação adequada,
circuitos elétricos bem dimensionados e a forma de aquecimento de água mais adequada à sua
necessidade.
Cada aparelho elétrico contribui com uma parte do valor da sua conta de luz.
Veja agora quanto cada equipamento consome de energia e quais os pequenos cuidados que você
pode ter para combater o desperdício de energia e economizar.
Chuveiro Elétrico
O chuveiro elétrico representa de 25% a 35% do valor da sua conta. Preste atenção nestas dicas de
economia:
-> Nos dias quentes, coloque o chuveiro na posição "verão". Nesta posição, o consumo será cerca de
30% menor do que na posição "inverno".
-> Deixe o chuveiro ligado somente o tempo necessário para o banho. Os banhos demorados custam
muito caro.
-> Nunca reaproveite uma resistência queimada. Isso provoca o aumento do consumo e coloca em
risco a sua segurança.
Ar Condicionado
O ar-condicionado representa de 2% a 5% do valor da sua conta de luz. Para economizar, tome estes
cuidados:
-> Mantenha portas e janelas fechadas, evitando assim a entrada de ar do ambiente externo.
-> Limpe sempre os filtros. A sujeira impede a livre circulação do ar e força o aparelho a trabalhar mais.
-> Mantenha o ar-condicionado sempre desligado quando você estiver fora do ambiente por muito
tempo.
Torneira Elétrica
A torneira elétrica consome muita energia, portanto, se possível, use-a somente em caso de
necessidade.
Lâmpada
A iluminação representa de 15% a 25% do valor da sua conta. Veja como é simples economizar:
-> Evite acender qualquer lâmpada durante o dia, acostumando-se a usar mais a iluminação natural.
Abra janelas, cortinas, persianas e deixe a luz do dia iluminar sua casa.
-> Cada ambiente deve ter um tipo de iluminação adequada. Tanto a falta como o excesso de
iluminação prejudicam a visão.
-> Nos banheiros, cozinha, lavanderia e garagem, instale, se possível, lâmpadas fluorescentes. Elas
iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia.
Para você ter ideia, uma lâmpada fluorescente (tubular, compacta ou circular) de 15 a 40 watts ilumina
tanto quanto uma incandescente de 60 watts.
Se, para iluminar sua cozinha, você utiliza uma lâmpada incandescente de 100 watts, ao substituí-la
por uma fluorescente de 32 watts (circular), estará economizando 2/3 da energia e tendo uma
durabilidade de 5 a 10 vezes maior.
Geladeira
A geladeira contribui com 25% a 30% do valor da sua conta de luz. Para economizar, siga estas dicas:
-> Instale a geladeira em local bem ventilado, desencostada de paredes ou móveis, longe de raios
solares e fontes de calor, como fogões e estufas.
-> Nunca utilize a parte traseira da geladeira para secar panos e roupas.
-> Nunca coloque alimentos quentes ou recipientes com líquidos destampados na geladeira. Com isso,
você não exigirá um esforço maior do motor.
-> Não bloqueie a circulação interna de ar frio com prateleiras de vidro, de plástico ou de outros
materiais.
-> Na hora de comprar uma geladeira nova, prefira um modelo de tamanho compatível com as
necessidades de sua família. E lembre-se sempre de verificar o consumo declarado pelo fabricante e
também se a geladeira tem o selo de economia de energia INMETRO/PROCEL.
Televisor
O televisor representa de 10% a 15% do valor da sua conta de luz. Siga estas dicas e economize mais:
-> Tome sempre cuidado para não dormir com o televisor ligado.
A máquina de lavar roupa representa de 2% a 5% do valor da sua conta de luz. Para economizar, tome
estes cuidados:
-> Procure ligar a máquina só quando ela estiver com a capacidade máxima de roupas indicada pelo
fabricante. Isso vai ajudar você a economizar energia e água.
-> Utilize somente a dosagem correta de sabão indicada pelo fabricante, para que você não tenha que
repetir a operação "enxaguar".
-> Leia com atenção o manual do fabricante e aproveite ao máximo a capacidade da sua máquina de
lavar roupa.
Ferro Elétrico
O ferro elétrico representa de 5% a 7% do valor da sua conta de luz. Procure usá-lo corretamente:
-> Acumule o maior número de peças de roupa para ligar o ferro o mínimo de vezes. O aquecimento
do ferro também consome muita energia.
-> Comece a passar a roupa sempre pelos tecidos que exigem temperaturas mais baixas. Ferros
automáticos têm indicadores de temperatura para cada tecido.
-> Sempre que você precisar interromper o serviço, não se esqueça de desligar o ferro. Assim você
poupa energia e ainda evita o risco de acidentes.
Entre 18 e 21 horas , o consumo de energia elétrica é muito mais alto do que nos outros horários,
porque estão funcionando ao mesmo tempo, além das fábricas, a iluminação pública, a iluminação
residencial, vários eletrodomésticos e a maioria dos chuveiros.
Como a energia elétrica, depois de produzida, não pode ser armazenada, seria necessária a construção
de novas usinas e linhas de transmissão só para atender o horário de pico.
Por essa razão, a CPFL - Piratininga e o Governo Federal, através do PROCEL, Programa de Combate ao
Desperdício de Energia Elétrica, desenvolvem uma série de projetos junto às indústrias e aos grandes
consumidores para diminuir o consumo nesse horário.
Você também pode contribuir, como consumidor e como cidadão, para que a energia elétrica não
falte:
Evite ligar muitos aparelhos e lâmpadas nesse horário. Utilize-os por menos tempo e um de cada vez e,
se possível, escolha outra hora para o seu banho.
Esse pequeno esforço, por parte de cada cidadão, trará benefícios ao meio ambiente e garantirá o
conforto de todos.
GASES POLUENTES
Todos nós sabemos que a poluição decorrente da emissão de gases poluentes à atmosfera é altamente
danosa ao meio ambiente. Entretanto, poucas são as pessoas que sabem quais são esses gases
poluentes. Você sabe?
Confira quais são as causas da poluição do ar e quais são os tipos de gases poluentes capazes de
comprometer o meio ambiente.
A partir desse momento, começou-se a entender quais eram os reais motivos do aumento da emissão
de gases poluentes na atmosfera. Esses motivos se baseiam nas fontes naturais (em menor proporção)
e principalmente nas fontes antropogênicas, caracterizadas por serem causadas pela ação do homem.
Entre os motivos mais comuns do aumento da emissão de gases poluentes pode-se citar:
• Metano emitido no processo de digestão dos animais. Esse tipo de emissão vem sendo aumentada
pela ação do homem devido ao grande número de animais de produção;
• Fumaça e monóxido de carbono emitido nas queimadas naturais;
• Decomposição de matéria orgânica;
• Fábricas, usinas de energia, incineradores, fornalhas e outras fontes estacionárias, que geram
como resíduo os gases poluentes;
• Veículos automotores movidos à combustão. O transporte contribui com cerca de metade das
emissões de monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOx);
• Queimadas controladas na agricultura;
• Uso de aerossóis, tintas, sprays de cabelo e outros solventes;
• Emissão de amônia pelo uso de fertilizantes;
• Atividade mineradora.
Muitas pessoas acreditam que o gás carbônico (CO2) é o único gás com potencial poluente a ponto de
causar problemas ao meio ambiente e às pessoas. Mas o CO2 é somente um desses gases, visto que
diversos são os outros gases com elevado potencial de elevar os níveis de poluição do meio ambiente.
São eles:
Dióxido de enxofre
O dióxido de enxofre (SO2) é um gás incolor e não inflamável, que apresenta odor forte e irritante. Esse
gás é decorrente da produção energética e térmica que deriva do consumo de combustíveis fósseis que
contêm enxofre.
A maior parte do enxofre nocivo costuma se formar durante o processamento do gás natural e do
refinamento do petróleo.
Monóxido de carbono
Também incolor, o monóxido de carbono (CO) é um gás inodoro e insípido (sem gosto). Entre os gases
poluentes, o monóxido de carbono é o mais abundante e de maior distribuição na camada inferior da
atmosfera.
Além disso, por ser um gás insípido, inodoro e incolor, é impossível detectar a presença do CO em um
ambiente sem a utilização de analisadores eletrônicos de gases. Daí a importância de a indústria dispor
de equipamentos capazes de detectar a presença desse gás, possibilitando que seja possível melhorar a
eficiência da queima do combustível dentro das caldeiras.
Gás carbônico
Como dito, o gás carbônico (CO2) é o gás danoso mais conhecido. Ele é incolor, inodoro e 1,5 vezes mais
denso que o ar. Este gás é gerado nos processos de produção de energia, principalmente para a geração
de vapor e energia elétrica através de termoelétricas.
O CO2 é também um dos gases mais representativos que indicam a eficiência de uma caldeira, como
podemos observar na breve explicação abaixo.
Caldeiras desreguladas são caracterizadas por apresentarem maiores emissões de CO2 total
(ton/ano), isso culminará em maior consumo de combustíveis e maiores níveis de poluição. Em
contrapartida, caldeiras mais bem reguladas emitirão menos CO2 total (ton/ano), terão maior eficiência
do uso de combustíveis, que ajudará a reduzir a taxa de poluição ambiental.
Assim, da mesma forma que ocorre com o CO, o uso de analisadores de gases em caldeiras será
fundamental para que se tenha conhecimento das emissões de CO2 e CO possibilitando a melhora da
relação de ar/combustível na queima, aumentando sua eficiência.
CFC (Clorofluorcarbonos)
O CFC foi, por muito tempo, considerado um grande vilão do meio ambiente e exatamente por isso está
tendo seu uso bastante reduzido nas últimas décadas. Esse gás, baseado nos elementos carbono, flúor
e cloro, é bastante leve sendo capaz de subir até a atmosfera e atingir a camada de ozônio (O3), reagindo
com o ozônio e transformando-o em oxigênio (O2).
Com isso, dentre outras coisas, o CFC pode ser um importante responsável pela intensificação do efeito
estufa e aumento da irradiação Ultravioleta na atmosfera.
Como dito, o CFC tem a capacidade de chegar até a camada de ozônio presente na estratosfera. Mas há
também uma possibilidade que certas reações químicas produzem uma diminuição do O3, ocasionando
aumento de sua concentração na troposfera, o que também pode ser bastante prejudicial para a
respiração dos seres vivos.
Óxidos de nitrogênio
Os óxidos de nitrogênio (NOx) representam um grupo de gases poluentes formados por nitrogênio e
oxigênio. A emissão natural de óxido de nitrogênio é quase 15 vezes maior que a realizada pelo ser
humano.
O óxido nítrico (NO) é relativamente inofensivo, entretanto o dióxido de nitrogênio (NO2) pode causar
importantes danos à saúde humana, podendo prejudicar o sistema respiratório. Além disso, esse gás
pode ser altamente poluente ao contribuir para a formação da chuva ácida.
Hidrocarbonetos (HC)
Os hidrocarbonetos são produtos orgânicos com formação química entre o Hidrogênio e o Carbono.
Podem originar-se a partir de combustão incompleta de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos. Como
queima de madeira, bagaço de cana, óleos combustíveis e diversos tipos de gases.
Vale lembrar que a maior parte dos combustíveis fósseis são hidrocarbonetos, já que suas composições
típicas são: carbono, hidrogênio e oxigênio. Sua queima é considerada a maior responsável pela emissão
de poluentes no planeta.
Por isso, a utilização de ferramentas que permitam um maior entendimento dos fenômenos envolvidos
em processos de combustão de hidrocarbonetos é cada vez mais fundamental para melhorar a eficiência
energética da queima.
Material Particulado
Os materiais particulados são decorrentes dos veículos movidos à diesel, do desgaste de pneus e freios
dos veículos em geral, mas têm na indústria um de seus principais lançadores ao meio ambiente.
Nas caldeiras presentes em indústrias, o material particulado é todo e qualquer material sólido ou
líquido, em mistura gasosa, que se mantém neste estado na temperatura do meio filtrante. Ele
geralmente se apresenta na forma de cinzas formadas pela presença de elementos incombustíveis
durante a queima dos combustíveis.
O material particulado é um importante responsável por agravar doenças respiratórias como asma e
bronquite. Isso porque as partículas mais grossas ficam concentradas nas regiões do nariz e da garganta,
causando irritação e infecções gripais.
Em casos mais sérios e diante da exposição constante, o material particulado pode também causar
alguns tipos de câncer.
A preocupação com o meio ambiente e as consequências das ações humanas no planeta Terra são
temas cada vez mais constantes em diversos meios de comunicação. Contudo, apesar do aumento da
consciência ambiental, percebe-se cada vez mais também o consumismo desenfreado que as
sociedades vivem. Esse consumismo visualiza o planeta como um grande recurso natural.
Recurso Natural é toda matéria ou energia, oriundos da natureza, úteis para o homem. Exemplo: água,
petróleo, madeira, solo, entre outros. Os recursos naturais são divididos em dois tipos: renováveis e
não renováveis.
Recursos naturais renováveis são aqueles que se renovam em prazo curto comparado com o tempo de
vida humano. Alguns exemplos de recursos renováveis são: água, solo, matéria orgânica,
biocombustíveis e vento.
Os não renováveis são aqueles que não se renovam em um prazo curto comparado com o tempo de
vida humano. Por exemplo: petróleo, carvão mineral, minérios, materiais radioativos e gás natural.
A natureza de forma geral pode ser considerada um recurso natural renovável, pois dentro dos ciclos
biogeoquímicos existe ciclagem de nutrientes (nitrogênio, oxigênio, carbono, entre outros) em tempo
relativamente curto (comparado com o tempo de vida do homem). Analisando sob esse aspecto pode-
se concluir realmente que a natureza é um recurso natural renovável.
Porém, atualmente, é possível perceber exatamente o oposto. Com a degradação ambiental existente,
a natureza deixa de se tornar um recurso natural renovável, pois seus recursos são consumidos de
forma muito mais acelerada do que a capacidade de renovação destes.
A capacidade de um recurso natural se renovar após algum impacto se chama resiliência. A palavra
resiliência está ligada a propriedade de algo, voltar ao estado original, após sofrer alguma alteração.
Para exemplificar pode-se imaginar uma floresta no qual se faz uma extração de sementes para venda.
O impacto foi a retirada das sementes e a capacidade da floresta de produzir novas sementes é a
resiliência.
Deste modo, percebe-se que muitos recursos naturais renováveis, têm se tornado não renováveis,
devido ao não respeito da capacidade de resiliência deste recurso. Ou seja, retira-se mais do recurso
natural, do que a capacidade deste de se renovar.
Um exemplo disso é a questão da água. Apesar do planeta Terra possuir uma grande parcela da sua
superfície coberta de água, muitas pessoas sofrem com a falta de água, pois a água doce existente
muitas vezes está poluída e imprópria para o consumo.
Existem diversos outros exemplos de recursos naturais, que devido a degradação ambiental, estão se
tornando cada vez mais escassos, o que justifica que a natureza não seja um recurso natural renovável.
Deve-se considerar o tempo que o recurso natural leva para se renovar. Por exemplo, uma floresta
cujos elementos (madeira, frutos, sementes, entre outros) são retirados em quantidade e velocidade
mais alta do que ela pode produzir estaremos tornando a floresta também um recurso não renovável.
Essa análise leva a um questionamento: Como garantir que a resiliência de um recurso seja
respeitada?
Para que a natureza seja renovável deve-se utilizá-la de forma consciente. Esse uso é conhecido como
uso sustentável, que significa utilizar, mas garantindo a continuidade deste recurso para as gerações
futuras. A garantia dessa continuidade, ou seja, que o recurso renovável continue renovável baseia-se
na consideração da sua resiliência, pensando de forma sustentável.
Pensar de forma sustentável em meio a uma sociedade consumista é um grande desafio, porém não é
algo utópico, pois muito já foi feito no caminho para um mundo mais sustentável e muito ainda pode
ser feito.
Ecossistema
O termo ecossistema é originado a união das palavras "oikos" e "sistema", ou seja, tem como
significado, sistema da casa. Ele representa o conjunto de comunidades que habitam e interagem em
um determinado espaço.
Ecossistema terrestre
Os componentes dos ecossistemas são:
• Fatores bióticos: Todos os organismos vivos. Produtores primários, consumidores, decompositores e
parasitas.
• Fatores abióticos: Ambiente físico e químico que fornece condições de vida. Nutrientes, água, chuva,
umidade, solo, sol, ar, gases, temperatura, etc.
Tipos de Ecossistemas
Os ecossistemas são divididos em:
Ecossistema marinho
Ao conjunto de ecossistemas terrestres damos o nome de bioma. Os biomas são ecossistemas com
vegetação característica e um tipo de clima predominante, o que lhes confere um caráter geral e
único.
Exemplos de Ecossistemas
Os ecossistemas apresentam diferentes escalas. Não existe tamanho para se definir um ecossistema.
O maior ecossistema que existe é a biosfera. Ela reúne todos os ecossistemas existentes. Refere-se à
camada da Terra habitada pelos seres vivos e onde os mesmos interagem.
Os ecossistemas também podem ser mais simples. Por exemplo, uma poça de água é um ecossistema,
pois nela existem diversos microrganismos vivos que interagem entre si e com fatores do ambiente.
Ecossistemas Brasileiros
O Brasil apresenta grande extensão territorial, isso confere diferentes tipos de clima e de solo,
resultando em diferentes condições ambientais e ecossistemas.
A cadeia alimentar representa o percurso de matéria e energia no ecossistema. Ela inicia com os seres
produtores, passa pelos consumidores e termina nos seres decompositores.
As pirâmides ecológicas representam o fluxo de energia e matéria entre os níveis tróficos. Através
delas, observamos que a energia vai diminuindo a cada nível trófico sucessivamente acima.
Além da energia, os organismos ajudam a transportar elementos químicos através dos ciclos
biogeoquímicos que ocorrem nos ecossistemas.
Eles representam o movimento dos elementos químicos entre os seres vivos e a atmosfera, litosfera e
hidrosfera do planeta.
Resíduos sólidos: o que são, legislação a respeito e como destinar e tratar corretamente
Os resíduos sólidos são todos os materiais que não tem mais serventia dentro dos processos de uma
empresa ou que chegaram ao fim de sua vida útil. Podendo ser perigosos e não perigosos. Conforme a
lei 12.305/10, esses resíduos devem ter uma destinação ambientalmente correta. E, deve ser feita por
algum tratador autorizado e com licenciamento ambiental para tal atividade. Neste artigo vamos tratar
especificamente deste tema e explicar como destinar e tratar corretamente!
Os resíduos sólidos têm sido tema de constante debate na gestão ambiental, devido ao impacto
gerado pelo descarte destes materiais no meio ambiente e na economia. Saber mais sobre eles e como
tratar e destinar se faz mais que necessário para as empresas que buscam a sustentabilidade de seu
negócio.
A classificação dos resíduos no Brasil é normatizada pela NBR 10.004/2004 , que caracterizou todos os
tipos de resíduos como perigosos ou não perigosos.
Conhecer os critérios de classificação do resíduo é fundamental para sua empresa realizar a gestão
adequada de resíduos.
Segundo a ABNT NBR 10.004:2004, resíduos sólidos são aqueles que:
Esses resíduos podem ser segregados e direcionados a diversas meios de destinação final,
como compostagem, reciclagem, aterros e etc.
resíduos classe I – perigosos resíduos não perigosos classe II A não inertes e classe II B inertes.
O resíduo classe II B inerte é composto por um tipo de material onde não ocorreu transformações
físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo.
Alguns exemplos de resíduos inertes são os entulhos de demolição, pedras, areia e sucata de ferro.
Esses materiais possuem a característica de não se decompor e sofrer qualquer alteração em sua
composição com o passar do tempo.
Os resíduos classe II A não inertes são os que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos,
patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química. Os materiais desta classe podem
apresentar propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água.
Os resíduos perigosos classe I são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente,
exigindo tratamento e disposição especiais.
São considerados resíduos perigosos: restos de tinta (são inflamáveis, podem ser tóxicas); material
hospitalar (são patogênicos); produtos químicos (podem ser tóxicos, reativos ou corrosivos); produtos
radioativos; lâmpadas fluorescentes; pilhas e baterias (têm vários metais em sua composição que
podem ser corrosivos, reativos e tóxicos dependendo do ambiente).
Todas as demais legislações auxiliares se submetem a esta lei, embora boa parte das normas tenha
sido criada antes mesmo da publicação da PNRS.
A PNRS determina que todas as empresas tem responsabilidade pelos seus resíduos até a destinação
ou disposição final.
A lei, também, determina quais empresas deverão elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos e
como deve ser realizada a destinação desses materiais.
Além da PNRS, existem normas específicas para o transporte de resíduos perigosos, como a ANTT
5232 e norma geral para transporte de resíduos, a NBR 13.221/20.
Há, também, a portaria nº 280/20 que institui o Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR
nacional, como ferramenta de gestão e documento declaratório de implantação e operacionalização
do plano de gerenciamento de resíduos e, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos
Sólidos.
Para tanto, devem ser observados as normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, além de minimizar os impactos ambientais.
Cada tipo de empresa possui uma obrigação em relação à destinação dos resíduos sólidos. No caso de
pequenas empresas, que não geram resíduos de preocupação ambiental, não há a necessidade de
destinação específica. Exemplos têm: os pequenos escritórios, lojas de rua e afins.
Já no caso de empresas que gerem resíduos com algum nível de risco ambiental, é necessário
obedecer às regras de destinação específica, aqui temos indústrias, postos de combustível, oficinas de
manutenção de máquinas e etc.
A destinação dos resíduos com algum risco ambiental deve ser feita por tratador autorizado e com
licenciamento ambiental válido. É necessário também gerar um manifesto de transporte de resíduos e
coletar um certificado de destinação final assinado pelo tratador, pois só assim a destinação estará
comprovada.
Promover a destinação correta dos resíduos sólidos gerados é um modo da empresa cumpri uma
exigência legal e reduzir gastos com resíduos.
Antes da destinação final é necessário que a empresa separe os resíduos recicláveis e reutilizáveis dos
não recicláveis. O resíduo sólido reciclável deve ser separado e encaminhado até uma usina de
reciclagem, onde será beneficiado para voltar ao processo produtivo, podendo ser transformado em
outros produtos. Ou então, podem ser vendidos a outras organizações que os reutilizam em seus
processos.
A destinação de resíduos sólidos não recicláveis pode ser, por exemplo, em aterros, coprocessamento
e incineração. A escolha dependerá da classificação do resíduo.
Após o envio do resíduo para a destinação final, o tratador deverá disponibilizar o comprovante de
destinação final. Este importante documento provará que a empresa destinou o resíduo sólido de
forma ambientalmente correta.
A emissão, o controle e rastreio desses documentos podem ser feitos através de um sistema
automatizado. Há softwares específicos para o gerenciamento de resíduos que possibilitam o controle
da geração e da destinação dos materiais. No caso da solução VG Resíduos, todos os documentos
necessários à destinação e controle são gerados automaticamente para o usuário, formando uma série
de indicadores a serem utilizados na gestão do processo.
O objetivo maior do tratamento de resíduos é diminuir o impacto negativo no meio ambiente e para a
saúde humana, além de, em alguns casos, gerar retorno financeiro para as organizações.
Os tipos de tratamento mais comum são: reciclagem, biodigestores, compostagem, aterro sanitário e
incineração.
O transporte dos resíduos sólidos só pode ser feito por uma empresa cujo licenciamento ambiental
prevê este tipo de atividade e que apresente regularidade mediante as todas as exigências legais. A
transportadora deverá emitir uma série de documentações para conseguir movimentar a carga.
O transporte dos resíduos sólidos das áreas geradoras até os centros de destinação final deve ser feito
com base na norma NBR 13.221 e ANTT 5232. A carga deve ser acompanhada da ficha de emergência
e rótulo de identificação quando for exigido pela legislação aplicável. Além disso, deve ser emitido
o MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos).
Materiais perigosos ou inflamáveis devem ser conduzidos em veículos com identificação do que está
sendo carregado, no caso de inflamáveis há placas específicas e o código ONU aplicável para
identificação da carga.
A falta de gestão de resíduos sólidos dentro de uma organização pode conduzir a multas elevadas e
sanções ambientais; imagem negativa da empresa e impedimento de novas parcerias comerciais
devido à falta de responsabilidade ambiental.
A gestão de resíduos é uma oportunidade das empresas ganharem dinheiro com a compra e venda de
resíduos. Através de uma das ferramentas da gestão, como a coleta seletiva eficiente, permite a
separação dos materiais recicláveis de qualidade que podem ser comercializado.
Para ter uma gestão eficiente o uso de um sistema automatizado, como o software da VG Resíduos é a
melhor opção. A plataforma ajuda a ter total controle sobre destinações, melhora a eficiência na
gestão de resíduos e ajuda a emitir os documentos de gestão exigidos pelos órgãos ambientais. Além
disso, é totalmente integrada com muitos sistemas online obrigatórios do governo.
Assim, é muito importante que as organizações se atentem à boa administração de seus processos
ambientais e também busquem obedecer à legislação pertinente, para que os processos sejam cada
vez mais sustentáveis.
Sendo assim, os resíduos sólidos são todos os materiais que chegaram ao fim de sua vida útil ou são
restos de processos que não tem mais serventia para a empresa. Esses resíduos devem ser destinados
e tratados de forma ambientalmente correta, a fim de evitar os impactos negativos causados por eles.
As principais leis ambientais brasileiras
A legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas e avançadas do mundo. Criada com o intuito
de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as consequências de ações devastadoras, seu
cumprimento diz respeito tanto às pessoas físicas quanto às jurídicas.
Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser conhecidas, entendidas e praticadas.
Afinal, há um processo de mudança de comportamento na sociedade civil e no mundo empresarial, que
não está associado apenas às eventuais penalidades legais, mas à adoção de uma postura de
responsabilidade compartilhada entre todos para vencer os desafios ambientais, que já vivenciamos.
Duas leis podem ser consideradas marcos nas questões relativas ao meio ambiente:
Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação ambiental quanto às infrações e
punições. Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao Ministério Público mecanismo para punir os
infratores do meio ambiente. Destaca-se, por exemplo, a possibilidade de penalização das pessoas
jurídicas no caso de ocorrência de crimes ambientais.
Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e altera a Lei 9.605/1998 -
Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos.
Propõe regras para o cumprimento de seus objetivos em amplitude nacional e interpreta a
responsabilidade como compartilhada entre governo, empresas e sociedade. Na prática, define que
todo resíduo deverá ser processado apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está
sujeito a penas passivas, inclusive, de prisão.
Lei 11.445/2007 - Estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico - Versa sobre todos os setores
do saneamento (drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos).
Lei 9.985/2000 - Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – Entre seus
objetivos estão a conservação de variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos, a
preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais e a promoção do desenvolvimento
sustentável a partir dos recursos naturais.
Lei 6.766/1979 - Lei do Parcelamento do Solo Urbano – Estabelece regras para loteamentos urbanos,
proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e
em terrenos alagadiços.
Lei 6.938/1981 - Institui a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente - Estipula e define, por
exemplo, que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independente da culpa, e
que o Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, como
a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados.
Lei 7.347/1985 - Lei da Ação Civil Pública – Trata da ação civil pública de responsabilidades por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico, de
responsabilidade do Ministério Público Brasileiro.
Lei 9.433/1997- Lei de Recursos Hídricos – Institui a Política e o Sistema Nacional de Recursos Hídricos -
Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico. Prevê também a criação do
Sistema Nacional para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre
recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.
Lei nº 11.284/2006 - Lei da Mata Atlântica - Essa norma regulamenta a proteção e uso dos recursos
dessa floresta, tendo como objetivo assegurar direitos e deveres dos cidadãos e de órgãos públicos no
que se refere à exploração consciente desse bioma. A lei visa a salvaguarda da biodiversidade, da saúde
humana, dos valores paisagísticos, do regime hídrico e da estabilidade social.
Lei 12.651/2012 - Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código Florestal Brasileiro de 1965 e define que
a proteção do meio ambiente natural é obrigação do proprietário mediante a manutenção de espaços
protegidos de propriedade privada, divididos entre Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva
Legal (RL).
É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do País, que ainda
possui inúmeras outras matérias, como decretos, resoluções e atos normativos.
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam cumpridas, como é o
caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do Ministério do Meio Ambiente.
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado e, ao seguir as normas
estabelecidas pela legislação federal ou estadual, sempre é aconselhável optar pelas mais restritivas
para não correr o risco de sofrer punições.
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_acc=4958439819&hsa_cam=1701594604&hsa_grp=138605057234&hsa_ad=593071788887&hsa_src
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