Apostila 2bimestre (CNT) - Maria Laura Maciel

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ANTONIO GONCALVES

LANNA/ ENSINO MÉDIO


Ponte Nova – MG

Professora: Maria Laura Maciel


1º Ano - 2º BIMESTRE

CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS


TECNOLOGIAS
Sumário
✓ Sustentabilidade;

✓ Impactos ambientais;

✓ Escassez da água;

✓ Uso correto de energia elétrica;

✓ Gases poluentes;

✓ Recursos renováveis e não-renováveis;

✓ Ecossistemas;

✓ Resíduos sólidos;

✓ Leis ambientais;
Sustentabilidade é a capacidade de sustentação ou conservação de um processo ou sistema.

A palavra sustentável deriva do latim sustentare e significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar.

O conceito de sustentabilidade aborda a maneira como se deve agir em relação à natureza. Além
disso, ele pode ser aplicado desde uma comunidade até todo o planeta.

A sustentabilidade é alcançada através do Desenvolvimento Sustentável, definido como:

"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades".

O desenvolvimento sustentável tem como objetivo a preservação do planeta e atendimento das


necessidades humanas. Isso quer dizer que um recurso natural explorado de modo sustentável durará
para sempre e com condições de também ser explorado por gerações futuras.

Tripé da Sustentabilidade
O chamado tripé da sustentabilidade é baseado em três princípios: o social, o ambiental e o
econômico. Esses três fatores precisam ser integrados para que a sustentabilidade de fato aconteça.
Sem eles, a sustentabilidade não se sustenta.
• Social: Engloba as pessoas e suas condições de vida, como educação, saúde, violência, lazer, dentre
outros aspectos.
• Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são utilizados pela sociedade,
comunidades ou empresas.
• Econômico: Relacionado com a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. A economia
deve considerar a questão social e ambiental.
O tripé da sustentabilidade: aspectos sociais, ambientais e econômicos precisam trabalhar em
conjunto
Tipos de Sustentabilidade

Sustentabilidade Ambiental
A Sustentabilidade ambiental abrange a conservação e a manutenção do meio ambiente.

Importante notar que, para que a sustentabilidade ambiental seja efetivada, as pessoas devem estar
em harmonia com o meio ambiente, para obterem melhoria na qualidade de vida.

O objetivo da sustentabilidade ambiental é que os interesses das gerações futuras não estejam
comprometidos pela satisfação das necessidades da geração atual.

Sustentabilidade Social
A sustentabilidade social sugere a igualdade dos indivíduos, baseado no bem-estar da população.

Para isso, é necessária a participação da população, com intuito de fortalecer as propostas de


desenvolvimento social, acesso à educação, cultura e saúde.

Sustentabilidade Empresarial
Atualmente, muitas estratégias de responsabilidade social de empresas estão pautadas na
sustentabilidade.

Produtos e ações sustentáveis na área empresarial ganham destaque e o gosto dos consumidores. As
pessoas estão cada vez mais conscientes do peso ecológico e social de suas escolhas.

Nesse caso, a empresa possui uma postura de responsabilidade com os valores ambientais e sociais.
Além de fundamentada na preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida das
pessoas.

Sustentabilidade Econômica
A sustentabilidade econômica é fundamentada num modelo de gestão sustentável. Isso implica na
gestão de adequada dos recursos naturais, que objetivam o crescimento econômico, o
desenvolvimento social e melhoria da distribuição de renda.
Em resumo, corresponde à capacidade de produção, de distribuição e de utilização das riquezas
produzidas pelo homem, buscando uma justa distribuição de renda.

Exemplos de Sustentabilidade
As ações sustentáveis podem ser adotadas desde indivíduos até o nível global. Veja alguns exemplos:

Ações Individuais
• Economia de água;
• Evitar o uso de sacolas plásticas;
• Reduzir o consumo de carne bovina;
• Preferência por consumir produtos biodegradáveis;
• Separar o lixo para coleta seletiva;
• Reciclagem;
• Realizar trajetos curtos através de caminhadas ou bicicletas. Adotar transportes coletivos ou caronas.
Ação Comunitária
Na comunidade do Vale Encantado, no estado do Rio de Janeiro, os moradores buscaram
investimentos com colaboradores para melhoria do local onde vivem.

Eles implantaram um sistema de esgoto, painéis solares, biodigestores, horta comunitária e


oportunidades econômicas relacionadas com o turismo ecológico. Tais condições favoreceram a
melhoria da qualidade de vida de todos.

A comunidade ficou reconhecida internacionalmente como um modelo de desenvolvimento


sustentável.

Ações Globais
• Limitação do crescimento populacional;
• Garantia de alimentação em longo prazo;
• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• Diminuição do consumo de energia;
• Desenvolvimento de tecnologias que possibilitem o uso de fontes energéticas renováveis;
• Aumento da produção industrial nos países não industrializados à base de tecnologias
ecologicamente viáveis;
• Criação de Unidades de Conservação. No Brasil, existem diversas áreas protegidas;
• Controle da urbanização e integração entre campo e cidades menores.
Educação Ambiental

A Educação Ambiental corresponde à conscientização ambiental para questões que envolvem a


valorização do meio ambiente e o comprometimento de atitudes voltadas à sua preservação.

A importância da educação ambiental reside na formação de cidadãos conscientes. Ela visa o aumento
de práticas sustentáveis, bem como a redução de danos ambientais.
Os impactos ambientais
podem ser definidos como alterações provocadas no ambiente por ação humana. Podem ser positivos
ou negativos.

"Impacto ambiental é o nome dado a uma modificação causada no meio ambiente devido à ação
humana. Toda e qualquer atividade humana causa um impacto no ambiente, que pode ser negativo ou
positivo. Os impactos negativos são extremamente conhecidos pela população, sendo exemplos:

✓ poluição;

✓ destruição de habitat;

✓ redução do número de indivíduos de espécies silvestres;

✓ extinção de espécies.

Os impactos ambientais positivos são menos conhecidos e se relacionam àquelas atividades que
trazem melhoria e recuperação ao meio, como projetos de restauração de áreas que foram
impactadas negativamente."
"O que é um impacto ambiental?
De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 1, de 23 de janeiro
de 1986, temos que:

Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

As atividades humanas geram modificações no ambiente, sendo muitas delas maléficas.


De acordo com a resolução, temos, portanto, que impactos ambientais são as alterações que ocorrem
no meio ambiente como resultado das atividades dos seres humanos. A resolução destaca ainda que
esses impactos são responsáveis por desencadear mudanças que afetam diferentes níveis, indo desde
as condições estéticas daquele ambiente até a saúde e as atividades econômicas de uma população.

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)


Qualquer atividade humana é responsável por desencadear impactos no meio ambiente, entretanto
algumas provocam impactos mais profundos e difíceis de serem contornados do que outras. Por isso,
algumas atividades potencialmente nocivas para o meio ambiente devem ter seus projetos analisados
de maneira cautelosa com o objetivo de se conhecer os problemas que elas podem causar e para
determinar se a atividade poderá ou não ser realizada.

O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho foi responsável por desencadear impactos


ambientais negativos severos.
A resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986, estabeleceu que atividades que apresentam
significativo potencial de degradação ou poluição dependerão da elaboração de Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e apresentação do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que ocorra
seu licenciamento. Dentre as atividades que necessitam da elaboração desses documentos, podemos
destacar:

✓ criação de estradas, ferrovias e aeroportos;

✓ construção de barragens para fins hidrelétricos;

✓ extração de petróleo e de minérios;

✓ criação de aterros sanitários.


Podemos verificar o potencial danoso dessas atividades ao observar, por exemplo, os impactos da
construção de uma barragem para fins hidrelétricos A construção da barragem é responsável, por
exemplo, por desencadear perda de biodiversidade, deslocamento de animais silvestres para outras
áreas, alagamento de áreas florestais e perda de habitat. Os impactos, no entanto, não se resumem
aos problemas ambientais, podendo afetar também a população local, que pode ser deslocada para
outras regiões devido ao alagamento da região. Antes de se criar uma barragem, portanto, deve-se
avaliar se os problemas podem ser maiores ou não que seus benefícios.

Todo impacto ambiental é prejudicial?


Normalmente quando falamos em impactos ambientais, focamos nos danos casos ao meio ambiente
em decorrência da ação humana. Entretanto, alguns impactos podem ser benéficos. Esse é o caso de
obras voltadas para a revitalização, recuperação de áreas degradadas e limpeza de lagos e rios.

As minhas atividades diárias também provocam impactos ambientais?

Ao descartarmos inadequadamente nosso lixo, estamos impactando negativamente nosso planeta.


A resposta para essa pergunta é sim. Nossas atividades, mesmo que pequenas, causam impactos no
planeta. O desperdício de água e a não separação do nosso lixo são atitudes comuns que podem
contribuir, por exemplo, para o desabastecimento de água e para o aumento da poluição do planeta.
Para reduzir nossos impactos negativos, podemos adotar algumas atitudes simples no nosso dia a dia,
como:

✓ evitar o desperdício de água;

✓ reduzir o uso de automóveis;

✓ economizar energia elétrica;

✓ separar o lixo orgânico do reciclável;

✓ não jogar lixo no chão;

✓ não comprar animais silvestres;

✓ reduzir o consumismo."
Escassez de água no Brasil

Para entender a escassez de água no Brasil, é preciso considerar que existem fatores geográficos,
políticos e climáticos associados a esse problema.

O Brasil vive um risco real de escassez de água

"O Brasil passou a viver, a partir de 2014, os primeiros grandes focos daquilo que pode ser a maior
crise hídrica de sua história. Com um problema grave de seca e também de gestão dos recursos
naturais, o país vem apresentando níveis baixos em seus reservatórios em épocas do ano em que eles
costumam estar bem mais cheios. Essa ocorrência, de certa forma, representa uma grande
contradição, pois o Brasil é considerado a maior potência hídrica do planeta.

Mas se há muita água disponível no Brasil, por que está faltando água?

Para entender a questão da escassez de água no Brasil, é preciso primeiro entender algumas questões
geográficas concernentes ao território nacional.
Em primeiro lugar, embora o país possua as maiores reservas de água por unidade territorial do
planeta, é preciso destacar que elas estão desigualmente distribuídas no espaço geográfico brasileiro.
A região Norte, notadamente a Bacia do Rio Amazonas, é aquela que possui a maior concentração de
água no país, tanto pelo rio em questão quanto pela presença do Aquífero Alter do Chão, o maior em
volume d'água.

Em segundo lugar, é preciso entender a questão demográfica. A maior parte da população brasileira
não reside nos pontos onde a água encontra-se disponível de forma mais abundante, pois há uma
concentração populacional muito elevada nas regiões Sudeste e Nordeste, respectivamente.
Curiosamente, são essas as regiões cujos estados possuem os maiores históricos de secas e escassez
de água ao longo do tempo.

Esse panorama contribui consideravelmente para o problema em questão, haja vista que a exploração
dos recursos hídricos da Amazônia é totalmente inviável em virtude dos grandes custos de transporte
e também pelos iminentes impactos naturais, que podem comprometer as reservas de água então
disponíveis.

Mas isso não é tudo para entender a escassez de água no Brasil. Existem também as questões
referentes à utilização e gestão dos recursos hídricos no país.

Pela Constituição Federal de 1988, cabe aos governos estaduais a missão de gerir e administrar a
captação e distribuição de água, embora o governo federal também precise atuar por intermédio do
fornecimento de verbas públicas e obras interestaduais. Nesse sentido, alguns governos, por questões
administrativas ou até políticas, podem apresentar algumas falhas, principalmente no que se refere ao
planejamento no manejo dos recursos hídricos."
"No Brasil, atualmente, o estado que vem passando por maiores dificuldades é São Paulo, o que vem
atraindo uma grande atenção da mídia, pois a capital paulista, que é a área mais povoada do país, é a
protagonista desse cenário. Nesse caso, uma seca total pode afetar a vida de dezenas de milhões de
pessoas. O reservatório do Sistema Cantareira, o principal da cidade, vem apresentando sucessivos
recordes de baixas em seu volume, o que torna o contexto em questão ainda mais desfavorável.

Além da má distribuição dos recursos hídricos e dos problemas de gestão no território nacional, o
problema da escassez de água no Brasil também perpassa pelas recentes secas que vêm afetando o
país. Nos últimos anos, principalmente em 2014, os níveis de precipitação ficaram muito abaixo do
esperado, por isso, os reservatórios em todo país mantiveram baixas históricas, principalmente na
região Sudeste.

Vale lembrar, afinal, que a falta de água no Brasil não afeta somente a disponibilidade de água tratada
nas residências. As indústrias e a agricultura (os principais consumidores) são os setores que mais
poderão sofrer com o problema, o que pode acarretar impactos na economia como um todo –
lembrando que a maior parte das indústrias do país está justamente na região Sudeste. Além disso,
cabe a ressalva de que o principal modal energético do país é o hidrelétrico, que possui como ponto
negativo justamente a dependência em relação à disponibilidade, de modo que uma seca extrema
pode levar o país a um novo racionamento de energia, tal qual o ocorrido em 2001.

6 soluções de países diferentes contra a escassez de água


A escassez de água não é um problema novo. No entanto, é uma questão que pode se agravar caso
não aconteçam otimizações quanto ao manejo do elemento mais vital à sociedade: a água.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2,7 bilhões de pessoas deverão sofrer com
a falta de água em 2025 se o consumo do planeta não diminuir.

Há inclusive temores reais de que a água seja motivo de conflitos futuros entre as nações. A água será
o ‘ouro líquido’ do futuro, caso os problemas de escassez não sejam sanados.

Muitos países já sofreram com secas e conseguiram contornar este cenário. O Brasil, com a união
entre o poder público e privado, precisa se inspirar nesses casos internacionais bem-sucedidos.

Estados como o de São Paulo e outros do Nordeste já vivenciaram a falta de água na rotina. É preciso
sim buscar referências e tratar esse recurso com a atenção que ele merece.

O grande desafio brasileiro sobre a água

A escassez de água no Brasil se dá por um conjunto de fatores como a falta de consciência no uso, falta
de regulamentação para técnicas de reuso, pouco investimento em infraestrutura e principalmente
pelo desperdício da água.

Quase 40% da água tratada do Brasil é desperdiçada principalmente por vazamentos, mas também por
fraudes e outros problemas na rede de distribuição.

São bilhões de litros de água tratada jogados literalmente fora.

Esse é um dado terrível. Toda essa água tem um custo de tratamento, então também é dinheiro
desperdiçado. Tudo por causa da rede de distribuição brasileira que carece de investimentos. A rede
de canos é considerada velha e precisa de manutenção.

A Região Norte é a considerada mais crítica. Lá, mais da metade da água é perdida. Na Europa, esse
desperdício é de 15%. No Japão, é apenas 3%. Mas como esses países conseguem contornar essa
situação?

A resposta é com investimentos e tecnologia para evitar o desperdício.


Em São Paulo, cerca de R$ 250 milhões são aplicados anualmente para diminuir as perdas, mas ainda é
pouco perto da necessidade de reparos.

O estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil revelou que uma redução simples de 10% do desperdício
do país representaria uma receita de R$ 1,3 bilhão.

Significa quase a metade do investimento feito em abastecimento de água no ano de 2010. Parte
desse dinheiro também poderia ser aplicado no reuso da água, em campanhas de conscientização e
etc.

Em entrevista, André Ramalho, Assessor Técnico do CEBDS, revelou que hoje não há uma
regulamentação para o reuso externo da água, ou seja, a água que é descartada no sistema não pode
ser retratada e servida à indústria, agropecuária e etc.

Hoje, apenas as empresas podem fazer o reuso interno. Elas reutilizam a água internamente antes de
devolvê-la ao sistema. André deu um bom exemplo de reuso: a cidade de São Paulo, que reutiliza a
água para limpeza urbana, manutenção de jardins e etc.

6 soluções para combater a escassez de água em outros países

A ONU calcula que já existam cerca de 1,1 bilhão de pessoas que carecem de acesso à água potável no
mundo. A Terra é um planeta azul, mas mesmo assim há escassez. Como é sabido, apenas 2,5% da
água do planeta é doce.

E a maior parte dela está congelada nos polos e montanhas. Assim, resta menos de 0,1% nos rios,
lagos e lençóis subterrâneos para o uso humano. Muitos países já sofreram com a escassez de água. O
Brasil pode e deve aprender com esses casos.

Veja a seguir 6 soluções utilizadas internacionalmente para combater esse problema.

#1 – Austrália e o investimento

Esse país passou por uma séria adaptação a fim de evitar a escassez. Entre 1997 e 2009, houve o
período de seca mais severo. Depois, entre 2013 e 2014 houveram 156 recordes de temperatura.

A solução foi investir pesado na infraestrutura. Foram R$ 6 bilhões para evitar vazamentos e
economizar água.

Eles utilizaram de uma técnica que muitos países aplicam em seu sistema de água: o tratamento e
reuso da água.

As obras encaminham as águas residuais que saem das casas para reservatórios. Então, ela é tratada.

Essa “água de reuso” retorna para as casas, já adaptadas para receber em uma torneira especial.
Assim, ela é utilizada na limpeza da casa, lavagem de roupas e outras atividades.

Dessa forma, não é preciso captar mais recursos da natureza, economizando a água potável.

No Brasil, André Ramalho levantou outro ponto, além da falta de legislação, que dificulta o reuso da
água: o preconceito.

Essa água teria um grande impacto na economia, mas muitas pessoas não acreditam que ela é útil. No
entanto, a água de reuso é tão limpa quanto as águas dos rios antes de tratadas.
Além disso, é preciso fazer um grande investimento – o que dificultaria essa solução a curto e médio
prazo no Brasil.

#2 – China e seu programa hídrico integrado

A China também sofreu uma ameaça de seca em seu Nordeste. Para solucionar o problema, foi
desenvolvido um programa integrado de ações.

Duas principais medidas foram tomadas. A implementação de cisternas no país inteiro. Atualmente,
existem 83 mil distribuídas pela China. E mais outros 4 mil reservatórios.

A segunda medida é um programa de selos de eficiência hídrica para vasos, mictórios, torneiras e pias,
bem semelhante ao Selo Procel de eficiência energética brasileiro.

Assim, o consumidor passa a preferir utensílios mais econômicos, que além de ser mais sustentáveis,
também aliviam a conta de água.

Dante Ragazzi, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), disse
que esse Selo de eficiência hídrica é uma ótima ideia, que poderia ser implantada no Brasil.

#3 – EUA e a redução do consumo

Na Califórnia, devido a sua densidade populacional, também houveram muitas secas.

Algumas das medidas para sanar esse problema foram focadas na economia individual de água. Houve
um aumento das tarifas de água, multas de US$ 500 por dia a quem for flagrado desperdiçando água
potável para lavar calçadas ou lavar carros.

Também houve uma mudança no paisagismo, trocando a vegetação que exige aumento de consumo
em casas, centros comerciais e campos de golfe.

Além disso, a água reciclada é represada para irrigação e descargas sanitárias.

Essas medidas financeiras que estimulam a economia, se mostraram efetivas no Brasil. São Paulo é um
bom exemplo, onde o consumo foi reduzido.

#4 – Japão e a conscientização

O Japão é um país pequeno e superpopuloso. Desde 1955, sempre ocorrem cenários de seca. Por isso,
foi desenvolvido um Manual Geral contra a Seca.

Ele conta com medidas que previnem o fenômeno e claro, educa com ações a serem tomadas quando
houver estiagem.

No entanto, a grande vitória do Japão é comportamental. As pessoas são impactadas por campanhas
massivas e entendem o problema, assim realmente economizam o recurso.

Desde 1978, todo o dia 15 é considerado o “dia de economizar água”.

O país é altamente eficiente. Por isso, o desperdício por infraestrutura é mínimo. Os vasos, pias e
torneiras são altamente tecnológicos também, ajudando na economia.

No Brasil, é preciso haver um avanço tecnológico, político e financeiro para trilhar o mesmo caminho.

#5 – Israel e o aproveitamento
Israel é um país árido. Desde o seu nascimento, ele enfrenta a seca. Assim, muitas leis foram criadas
para regulamentar o uso da água, com sistemas de economia.

A tecnologia também desempenha um papel fundamental em Israel para a economia de


água. Técnicas exclusivas em Israel permitem extrair água até de geadas. O tratamento e reuso da
água, segundo o governo, é altamente eficiente.

91% do esgoto é coletado e 80% dele é tratado e reutilizado para a agricultura na parte Sul de Israel
(totalizando 525 milhões de m³ ao ano). Israel também conta com um controle rígido de perdas. Elas
totalizam apenas 7% do total, diferente dos cerca de 40% do Brasil.

Além disso, há 5 centros de dessalinização, que captam água do Mar Mediterrâneo e abastecem 70%
do consumo doméstico.

#6 – Cingapura e a eficiência hídrica

Cingapura é uma pequena ilha. Lá, a população é toda servida por água potável – além disso, o esgoto
do país é 100% tratado e reutilizado.

Por essas razões, Cingapura é um dos lugares mais eficientes em reaproveitamento de água.

Como já vimos, esse reaproveitamento só é possível porque houveram investimentos em


infraestrutura. A infraestrutura serve para a coleta da água de chuva, redução de vazamentos,
campanhas de conscientização e ainda conta com usinas de dessalinização.

E se mesmo assim falar água, o país importa água da Malásia por meio de dutos. Trata-se de uma
operação complicada e cara.

Assim como na China, Cingapura possui um programa que estimula o consumo de produto com maior
eficiência hídrica. Como dito, o programa de selos para produtos com maior eficiência são uma boa
ideia para ser implantada no Brasil.

No entanto, outras soluções como o reuso da água e a importação do líquido são inviáveis a curto
prazo.

BÔNUS – Aruba e a dessalinização

A ilha de Aruba, no Caribe, tem o mar como principal fonte d´água. Com apenas 320 quilômetros,
Aruba conta com a segunda maior usina de dessalinização do mundo.

Esse método já é utilizado para obter água potável há 80 anos. No entanto, essa usina moderna foi
inaugurada em 2000.

Ela é responsável por produzir atualmente 45 milhões de litros d’água por dia. Assim, a água de Aruba
é reconhecida por sua qualidade. Pode-se beber diretamente das torneiras.

No entanto, ainda há um ônus: a conta de água é considerada cara pelos moradores da cidade.

No Brasil, essa solução é inviável porque demanda um grande investimento, que tornaria a conta mais
cara e a demanda por água é continental.

Conclusão

O Brasil está pronto para atravessar uma seca?


Como vimos, a escassez de água é uma realidade mundial. Todos os países, empresas e pessoas
precisam se preocupar com esse fato.

Com o crescimento populacional, mudanças climáticas e principalmente pelo acúmulo de pessoas em


grandes centros urbanos, é preciso que medidas preventivas sejam tomadas para que não aconteçam
secas.

• Mudanças Climáticas: projetos vigentes e sistemas de financiamento

• Guia Prático da Cadeia de Valor Sustentável

• O que é o Acordo de Paris e as metas da NDC brasileira?

Das ideias que apresentadas, as que mais se destacam são os investimentos para redução de
vazamentos, que hoje são responsáveis por cerca de 40% da água tratada no Brasil.

Outras boas iniciativas são os selos de eficiência hídrica e incentivo à economia de água. Além de é
claro da regulamentação da água de reuso que pode aproveitar muito do que é desperdiçado hoje.

Imagine quantos bilhões de litros de água potável são usados nas descargas, chuveiros, jardins,
agricultura, indústrias e muito mais.

Todavia, para que esse aproveitamento aconteça, a política deve ter foco nisso, com investimentos e
leis que incentivem a economia.

É fundamental que essas mudanças aconteçam para que o Brasil não sofra com uma crise séria de
água no futuro.

Energia elétrica: como usar e economizar


Como fazer uso eficiente de Energia

Quanto maior o desperdício de energia, maior é o preço que você e o meio ambiente pagam por ela.
Ao usar a energia elétrica de maneira correta, você economiza na conta de luz e ainda ajuda o País a
preservar suas reservas ecológicas e, consequentemente, a vida do planeta.

Existem 3 maneiras de usar a energia eficientemente:

Hábitos Inteligentes – use os equipamentos elétricos de maneira correta, como está indicado neste
manual.

Equipamentos Eficientes – na hora de comprar, verifique se o equipamento tem o selo de eficiência


INMETRO/PROCEL. É este selo que certifica que o aparelho consome menos energia.

Projetos Inteligentes – ao reformar ou projetar sua casa, utilize algumas soluções criativas que podem
ajudar na redução do seu consumo de energia. Projete os ambientes utilizando o máximo de luz
natural, paredes pintadas com cores claras e com melhor isolamento térmico, ventilação adequada,
circuitos elétricos bem dimensionados e a forma de aquecimento de água mais adequada à sua
necessidade.

Como Economizar Energia Elétrica

Cada aparelho elétrico contribui com uma parte do valor da sua conta de luz.

Veja agora quanto cada equipamento consome de energia e quais os pequenos cuidados que você
pode ter para combater o desperdício de energia e economizar.

Chuveiro Elétrico

O chuveiro elétrico representa de 25% a 35% do valor da sua conta. Preste atenção nestas dicas de
economia:

-> Nos dias quentes, coloque o chuveiro na posição "verão". Nesta posição, o consumo será cerca de
30% menor do que na posição "inverno".

-> Deixe o chuveiro ligado somente o tempo necessário para o banho. Os banhos demorados custam
muito caro.

-> Limpe periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro.

-> Nunca reaproveite uma resistência queimada. Isso provoca o aumento do consumo e coloca em
risco a sua segurança.

Ar Condicionado

O ar-condicionado representa de 2% a 5% do valor da sua conta de luz. Para economizar, tome estes
cuidados:

-> Instale o aparelho em local com boa circulação de ar.

-> Mantenha portas e janelas fechadas, evitando assim a entrada de ar do ambiente externo.

-> Limpe sempre os filtros. A sujeira impede a livre circulação do ar e força o aparelho a trabalhar mais.

-> Mantenha o ar-condicionado sempre desligado quando você estiver fora do ambiente por muito
tempo.

Torneira Elétrica

A torneira elétrica consome muita energia, portanto, se possível, use-a somente em caso de
necessidade.

Evite também ligá-la no verão, quando geralmente a água já é mais quente.

Lâmpada

A iluminação representa de 15% a 25% do valor da sua conta. Veja como é simples economizar:

-> Evite acender qualquer lâmpada durante o dia, acostumando-se a usar mais a iluminação natural.
Abra janelas, cortinas, persianas e deixe a luz do dia iluminar sua casa.

-> Apague sempre as lâmpadas dos ambientes desocupados.


-> Utilize somente lâmpadas 127 ou 220 volts, compatíveis com a voltagem da rede da CPFL. Lâmpadas
de voltagem menor do que a da rede duram menos e queimam com facilidade.

-> Limpe sempre as lâmpadas, luminárias e lustres.

-> Cada ambiente deve ter um tipo de iluminação adequada. Tanto a falta como o excesso de
iluminação prejudicam a visão.

-> Nos banheiros, cozinha, lavanderia e garagem, instale, se possível, lâmpadas fluorescentes. Elas
iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia.

Para você ter ideia, uma lâmpada fluorescente (tubular, compacta ou circular) de 15 a 40 watts ilumina
tanto quanto uma incandescente de 60 watts.

Se, para iluminar sua cozinha, você utiliza uma lâmpada incandescente de 100 watts, ao substituí-la
por uma fluorescente de 32 watts (circular), estará economizando 2/3 da energia e tendo uma
durabilidade de 5 a 10 vezes maior.

Assim, você economizará energia e terá a mesma luminosidade.

Geladeira

A geladeira contribui com 25% a 30% do valor da sua conta de luz. Para economizar, siga estas dicas:

-> Instale a geladeira em local bem ventilado, desencostada de paredes ou móveis, longe de raios
solares e fontes de calor, como fogões e estufas.

-> Nunca utilize a parte traseira da geladeira para secar panos e roupas.

-> Ajuste o termostato de acordo com o manual de instruções do fabricante.

-> Degele e limpe a geladeira com frequência.

-> Não se esqueça de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado.


-> Guarde ou retire alimentos e bebidas de uma só vez. Assim, você não ficará abrindo a porta da
geladeira sem necessidade.

-> Nunca coloque alimentos quentes ou recipientes com líquidos destampados na geladeira. Com isso,
você não exigirá um esforço maior do motor.

-> Não bloqueie a circulação interna de ar frio com prateleiras de vidro, de plástico ou de outros
materiais.

-> Na hora de comprar uma geladeira nova, prefira um modelo de tamanho compatível com as
necessidades de sua família. E lembre-se sempre de verificar o consumo declarado pelo fabricante e
também se a geladeira tem o selo de economia de energia INMETRO/PROCEL.

Televisor

O televisor representa de 10% a 15% do valor da sua conta de luz. Siga estas dicas e economize mais:

-> Evite deixar o televisor ligado sem necessidade.

-> Tome sempre cuidado para não dormir com o televisor ligado.

Máquina de Lavar Roupa

A máquina de lavar roupa representa de 2% a 5% do valor da sua conta de luz. Para economizar, tome
estes cuidados:

-> Procure ligar a máquina só quando ela estiver com a capacidade máxima de roupas indicada pelo
fabricante. Isso vai ajudar você a economizar energia e água.

-> Limpe frequentemente o filtro da máquina.

-> Utilize somente a dosagem correta de sabão indicada pelo fabricante, para que você não tenha que
repetir a operação "enxaguar".

-> Leia com atenção o manual do fabricante e aproveite ao máximo a capacidade da sua máquina de
lavar roupa.
Ferro Elétrico

O ferro elétrico representa de 5% a 7% do valor da sua conta de luz. Procure usá-lo corretamente:

-> Acumule o maior número de peças de roupa para ligar o ferro o mínimo de vezes. O aquecimento
do ferro também consome muita energia.

-> Comece a passar a roupa sempre pelos tecidos que exigem temperaturas mais baixas. Ferros
automáticos têm indicadores de temperatura para cada tecido.

-> Sempre que você precisar interromper o serviço, não se esqueça de desligar o ferro. Assim você
poupa energia e ainda evita o risco de acidentes.

Porque é importante evitar usar energia no horário de pico

Entre 18 e 21 horas , o consumo de energia elétrica é muito mais alto do que nos outros horários,
porque estão funcionando ao mesmo tempo, além das fábricas, a iluminação pública, a iluminação
residencial, vários eletrodomésticos e a maioria dos chuveiros.

Este é o chamado horário de pico (horário de ponta) de consumo de energia.

Como a energia elétrica, depois de produzida, não pode ser armazenada, seria necessária a construção
de novas usinas e linhas de transmissão só para atender o horário de pico.

E isso teria custos sociais e ambientais elevadíssimos.

Por essa razão, a CPFL - Piratininga e o Governo Federal, através do PROCEL, Programa de Combate ao
Desperdício de Energia Elétrica, desenvolvem uma série de projetos junto às indústrias e aos grandes
consumidores para diminuir o consumo nesse horário.

Você também pode contribuir, como consumidor e como cidadão, para que a energia elétrica não
falte:

Evite ligar muitos aparelhos e lâmpadas nesse horário. Utilize-os por menos tempo e um de cada vez e,
se possível, escolha outra hora para o seu banho.
Esse pequeno esforço, por parte de cada cidadão, trará benefícios ao meio ambiente e garantirá o
conforto de todos.

GASES POLUENTES

Conheça os tipos de gases poluentes para o meio ambiente

Na atualidade, o desenvolvimento da sociedade é caracterizado por produzir grande volume de gases


poluentes capazes de contaminar a atmosfera, prejudicar o meio ambiente e consequentemente a
saúde das pessoas.
Esses gases poluentes são importantes fatores causadores da poluição atmosférica, causando chuva
ácida, “buraco” na camada de ozônio e aumento do efeito estufa. Essa poluição, quando em volumes
elevados, vem se tornando altamente nociva à saúde e ao meio ambiente como um todo.

Todos nós sabemos que a poluição decorrente da emissão de gases poluentes à atmosfera é altamente
danosa ao meio ambiente. Entretanto, poucas são as pessoas que sabem quais são esses gases
poluentes. Você sabe?

Confira quais são as causas da poluição do ar e quais são os tipos de gases poluentes capazes de
comprometer o meio ambiente.

Principais causas da poluição do ar

A presença de gases poluentes na atmosfera é uma das maiores preocupações de ambientalistas,


principalmente a partir do século XX, momento em que se acendeu o alerta do aquecimento global e da
degradação ambiental.

A partir desse momento, começou-se a entender quais eram os reais motivos do aumento da emissão
de gases poluentes na atmosfera. Esses motivos se baseiam nas fontes naturais (em menor proporção)
e principalmente nas fontes antropogênicas, caracterizadas por serem causadas pela ação do homem.

Entre os motivos mais comuns do aumento da emissão de gases poluentes pode-se citar:

• Metano emitido no processo de digestão dos animais. Esse tipo de emissão vem sendo aumentada
pela ação do homem devido ao grande número de animais de produção;
• Fumaça e monóxido de carbono emitido nas queimadas naturais;
• Decomposição de matéria orgânica;
• Fábricas, usinas de energia, incineradores, fornalhas e outras fontes estacionárias, que geram
como resíduo os gases poluentes;
• Veículos automotores movidos à combustão. O transporte contribui com cerca de metade das
emissões de monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOx);
• Queimadas controladas na agricultura;
• Uso de aerossóis, tintas, sprays de cabelo e outros solventes;
• Emissão de amônia pelo uso de fertilizantes;
• Atividade mineradora.

Principais tipos de gases poluentes

Muitas pessoas acreditam que o gás carbônico (CO2) é o único gás com potencial poluente a ponto de
causar problemas ao meio ambiente e às pessoas. Mas o CO2 é somente um desses gases, visto que
diversos são os outros gases com elevado potencial de elevar os níveis de poluição do meio ambiente.

São eles:

Dióxido de enxofre

O dióxido de enxofre (SO2) é um gás incolor e não inflamável, que apresenta odor forte e irritante. Esse
gás é decorrente da produção energética e térmica que deriva do consumo de combustíveis fósseis que
contêm enxofre.

A maior parte do enxofre nocivo costuma se formar durante o processamento do gás natural e do
refinamento do petróleo.

Monóxido de carbono

Também incolor, o monóxido de carbono (CO) é um gás inodoro e insípido (sem gosto). Entre os gases
poluentes, o monóxido de carbono é o mais abundante e de maior distribuição na camada inferior da
atmosfera.
Além disso, por ser um gás insípido, inodoro e incolor, é impossível detectar a presença do CO em um
ambiente sem a utilização de analisadores eletrônicos de gases. Daí a importância de a indústria dispor
de equipamentos capazes de detectar a presença desse gás, possibilitando que seja possível melhorar a
eficiência da queima do combustível dentro das caldeiras.

A origem principal do CO se dá pelas atividades humanas, sendo resultado da combustão incompleta


dos combustíveis, ou seja, se a quantidade de oxigênio no ambiente for insuficiente, a combustão será
deficiente e incompleta, dando lugar à formação de monóxido de carbono.

Gás carbônico

Como dito, o gás carbônico (CO2) é o gás danoso mais conhecido. Ele é incolor, inodoro e 1,5 vezes mais
denso que o ar. Este gás é gerado nos processos de produção de energia, principalmente para a geração
de vapor e energia elétrica através de termoelétricas.

O CO2 é também um dos gases mais representativos que indicam a eficiência de uma caldeira, como
podemos observar na breve explicação abaixo.

Caldeiras desreguladas são caracterizadas por apresentarem maiores emissões de CO2 total
(ton/ano), isso culminará em maior consumo de combustíveis e maiores níveis de poluição. Em
contrapartida, caldeiras mais bem reguladas emitirão menos CO2 total (ton/ano), terão maior eficiência
do uso de combustíveis, que ajudará a reduzir a taxa de poluição ambiental.
Assim, da mesma forma que ocorre com o CO, o uso de analisadores de gases em caldeiras será
fundamental para que se tenha conhecimento das emissões de CO2 e CO possibilitando a melhora da
relação de ar/combustível na queima, aumentando sua eficiência.

CFC (Clorofluorcarbonos)

O CFC foi, por muito tempo, considerado um grande vilão do meio ambiente e exatamente por isso está
tendo seu uso bastante reduzido nas últimas décadas. Esse gás, baseado nos elementos carbono, flúor
e cloro, é bastante leve sendo capaz de subir até a atmosfera e atingir a camada de ozônio (O3), reagindo
com o ozônio e transformando-o em oxigênio (O2).

Com isso, dentre outras coisas, o CFC pode ser um importante responsável pela intensificação do efeito
estufa e aumento da irradiação Ultravioleta na atmosfera.

Como dito, o CFC tem a capacidade de chegar até a camada de ozônio presente na estratosfera. Mas há
também uma possibilidade que certas reações químicas produzem uma diminuição do O3, ocasionando
aumento de sua concentração na troposfera, o que também pode ser bastante prejudicial para a
respiração dos seres vivos.

Óxidos de nitrogênio
Os óxidos de nitrogênio (NOx) representam um grupo de gases poluentes formados por nitrogênio e
oxigênio. A emissão natural de óxido de nitrogênio é quase 15 vezes maior que a realizada pelo ser
humano.

O óxido nítrico (NO) é relativamente inofensivo, entretanto o dióxido de nitrogênio (NO2) pode causar
importantes danos à saúde humana, podendo prejudicar o sistema respiratório. Além disso, esse gás
pode ser altamente poluente ao contribuir para a formação da chuva ácida.

Hidrocarbonetos (HC)

Os hidrocarbonetos são produtos orgânicos com formação química entre o Hidrogênio e o Carbono.
Podem originar-se a partir de combustão incompleta de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos. Como
queima de madeira, bagaço de cana, óleos combustíveis e diversos tipos de gases.

Vale lembrar que a maior parte dos combustíveis fósseis são hidrocarbonetos, já que suas composições
típicas são: carbono, hidrogênio e oxigênio. Sua queima é considerada a maior responsável pela emissão
de poluentes no planeta.

Por isso, a utilização de ferramentas que permitam um maior entendimento dos fenômenos envolvidos
em processos de combustão de hidrocarbonetos é cada vez mais fundamental para melhorar a eficiência
energética da queima.

Material Particulado

Os materiais particulados são decorrentes dos veículos movidos à diesel, do desgaste de pneus e freios
dos veículos em geral, mas têm na indústria um de seus principais lançadores ao meio ambiente.

Nas caldeiras presentes em indústrias, o material particulado é todo e qualquer material sólido ou
líquido, em mistura gasosa, que se mantém neste estado na temperatura do meio filtrante. Ele
geralmente se apresenta na forma de cinzas formadas pela presença de elementos incombustíveis
durante a queima dos combustíveis.

O material particulado é um importante responsável por agravar doenças respiratórias como asma e
bronquite. Isso porque as partículas mais grossas ficam concentradas nas regiões do nariz e da garganta,
causando irritação e infecções gripais.

Em casos mais sérios e diante da exposição constante, o material particulado pode também causar
alguns tipos de câncer.

Recursos Naturais: Renováveis Versus Não Renováveis, Resiliência e a Uso Sustentável

Recursos naturais: Renováveis versus não renováveis, resiliência e a uso sustentável.

A preocupação com o meio ambiente e as consequências das ações humanas no planeta Terra são
temas cada vez mais constantes em diversos meios de comunicação. Contudo, apesar do aumento da
consciência ambiental, percebe-se cada vez mais também o consumismo desenfreado que as
sociedades vivem. Esse consumismo visualiza o planeta como um grande recurso natural.

Recurso Natural é toda matéria ou energia, oriundos da natureza, úteis para o homem. Exemplo: água,
petróleo, madeira, solo, entre outros. Os recursos naturais são divididos em dois tipos: renováveis e
não renováveis.

Recursos naturais renováveis são aqueles que se renovam em prazo curto comparado com o tempo de
vida humano. Alguns exemplos de recursos renováveis são: água, solo, matéria orgânica,
biocombustíveis e vento.
Os não renováveis são aqueles que não se renovam em um prazo curto comparado com o tempo de
vida humano. Por exemplo: petróleo, carvão mineral, minérios, materiais radioativos e gás natural.

A natureza de forma geral pode ser considerada um recurso natural renovável, pois dentro dos ciclos
biogeoquímicos existe ciclagem de nutrientes (nitrogênio, oxigênio, carbono, entre outros) em tempo
relativamente curto (comparado com o tempo de vida do homem). Analisando sob esse aspecto pode-
se concluir realmente que a natureza é um recurso natural renovável.

Porém, atualmente, é possível perceber exatamente o oposto. Com a degradação ambiental existente,
a natureza deixa de se tornar um recurso natural renovável, pois seus recursos são consumidos de
forma muito mais acelerada do que a capacidade de renovação destes.

A capacidade de um recurso natural se renovar após algum impacto se chama resiliência. A palavra
resiliência está ligada a propriedade de algo, voltar ao estado original, após sofrer alguma alteração.
Para exemplificar pode-se imaginar uma floresta no qual se faz uma extração de sementes para venda.
O impacto foi a retirada das sementes e a capacidade da floresta de produzir novas sementes é a
resiliência.

Deste modo, percebe-se que muitos recursos naturais renováveis, têm se tornado não renováveis,
devido ao não respeito da capacidade de resiliência deste recurso. Ou seja, retira-se mais do recurso
natural, do que a capacidade deste de se renovar.

Um exemplo disso é a questão da água. Apesar do planeta Terra possuir uma grande parcela da sua
superfície coberta de água, muitas pessoas sofrem com a falta de água, pois a água doce existente
muitas vezes está poluída e imprópria para o consumo.

Existem diversos outros exemplos de recursos naturais, que devido a degradação ambiental, estão se
tornando cada vez mais escassos, o que justifica que a natureza não seja um recurso natural renovável.

Deve-se considerar o tempo que o recurso natural leva para se renovar. Por exemplo, uma floresta
cujos elementos (madeira, frutos, sementes, entre outros) são retirados em quantidade e velocidade
mais alta do que ela pode produzir estaremos tornando a floresta também um recurso não renovável.

Essa análise leva a um questionamento: Como garantir que a resiliência de um recurso seja
respeitada?

Para que a natureza seja renovável deve-se utilizá-la de forma consciente. Esse uso é conhecido como
uso sustentável, que significa utilizar, mas garantindo a continuidade deste recurso para as gerações
futuras. A garantia dessa continuidade, ou seja, que o recurso renovável continue renovável baseia-se
na consideração da sua resiliência, pensando de forma sustentável.
Pensar de forma sustentável em meio a uma sociedade consumista é um grande desafio, porém não é
algo utópico, pois muito já foi feito no caminho para um mundo mais sustentável e muito ainda pode

ser feito.

Ecossistema

Ecossistema é o conjunto dos organismos vivos e seus ambientes físicos e químicos.

O termo ecossistema é originado a união das palavras "oikos" e "sistema", ou seja, tem como
significado, sistema da casa. Ele representa o conjunto de comunidades que habitam e interagem em
um determinado espaço.

Ecossistema terrestre
Os componentes dos ecossistemas são:
• Fatores bióticos: Todos os organismos vivos. Produtores primários, consumidores, decompositores e
parasitas.
• Fatores abióticos: Ambiente físico e químico que fornece condições de vida. Nutrientes, água, chuva,
umidade, solo, sol, ar, gases, temperatura, etc.

O ecossistema é a unidade básica de estudo da Ecologia.

Tipos de Ecossistemas
Os ecossistemas são divididos em:

• Ecossistemas terrestres: São representados pelas florestas, desertos, montanhas, pradarias e


pastagens.
• Ecossistemas aquáticos: Compreendem os ambientes de água doce como lagos, mangues, rios. Além
dos ambientes marinhos como os mares e oceanos.

Ecossistema marinho
Ao conjunto de ecossistemas terrestres damos o nome de bioma. Os biomas são ecossistemas com
vegetação característica e um tipo de clima predominante, o que lhes confere um caráter geral e
único.

Exemplos de Ecossistemas
Os ecossistemas apresentam diferentes escalas. Não existe tamanho para se definir um ecossistema.

O maior ecossistema que existe é a biosfera. Ela reúne todos os ecossistemas existentes. Refere-se à
camada da Terra habitada pelos seres vivos e onde os mesmos interagem.

Os ecossistemas também podem ser mais simples. Por exemplo, uma poça de água é um ecossistema,
pois nela existem diversos microrganismos vivos que interagem entre si e com fatores do ambiente.

As florestas tropicais representam os ecossistemas mais complexos, dada a grande biodiversidade e


inúmeras relações ecológicas entre os seres vivos e os fatores abióticos.

Ecossistemas Brasileiros
O Brasil apresenta grande extensão territorial, isso confere diferentes tipos de clima e de solo,
resultando em diferentes condições ambientais e ecossistemas.

Os principais ecossistemas brasileiros são:


• Amazônia: O maior ecossistema brasileiro. Abrange, aproximadamente, 60% do território do Brasil.
• Caatinga: Compreende o Nordeste do Brasil. Apresenta vegetação adaptada às secas.
• Cerrado: O segundo maior bioma brasileiro em extensão. Abrange os estados do Amapá, Maranhão,
Piauí, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo,
Tocantins, Bahia.
• Mata Atlântica: Corresponde a 15% do território brasileiro. É o ecossistema mais ameaçado do Brasil.
• Mata dos Cocais: Abrange parte do Nordeste. Representa uma vegetação de transição entre a floresta
amazônica e a caatinga.
• Pantanal: Localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil. É considerado a maior planície inundável do
mundo.
• Mata de Araucárias: Abrange a região Sul do Brasil. É característico pelo predomínio do pinheiro-do-
paraná, conhecido como Araucária.
• Mangue: É característico de regiões alagadiças do ambiente de encontro entre águas doces e
marinhas.
• Pampa: Presente no estado do Rio Grande do Sul. Tem como características a presença de gramíneas,
plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno porte.
Fluxo de energia e ciclagem de elementos
A transformação de energia mais importante nos ecossistemas é a conversão da luz solar em energia
química através da fotossíntese.

Por meio da cadeia alimentar, a energia passa através do ecossistema.

A cadeia alimentar representa o percurso de matéria e energia no ecossistema. Ela inicia com os seres
produtores, passa pelos consumidores e termina nos seres decompositores.

A cadeia alimentar é importante porque garante a sobrevivência do ecossistema, auxiliando na


absorção de nutrientes e de energia pelos organismos vivos.

As pirâmides ecológicas representam o fluxo de energia e matéria entre os níveis tróficos. Através
delas, observamos que a energia vai diminuindo a cada nível trófico sucessivamente acima.

Além da energia, os organismos ajudam a transportar elementos químicos através dos ciclos
biogeoquímicos que ocorrem nos ecossistemas.

Eles representam o movimento dos elementos químicos entre os seres vivos e a atmosfera, litosfera e
hidrosfera do planeta.
Resíduos sólidos: o que são, legislação a respeito e como destinar e tratar corretamente

Os resíduos sólidos são todos os materiais que não tem mais serventia dentro dos processos de uma
empresa ou que chegaram ao fim de sua vida útil. Podendo ser perigosos e não perigosos. Conforme a
lei 12.305/10, esses resíduos devem ter uma destinação ambientalmente correta. E, deve ser feita por
algum tratador autorizado e com licenciamento ambiental para tal atividade. Neste artigo vamos tratar
especificamente deste tema e explicar como destinar e tratar corretamente!

Os resíduos sólidos têm sido tema de constante debate na gestão ambiental, devido ao impacto
gerado pelo descarte destes materiais no meio ambiente e na economia. Saber mais sobre eles e como
tratar e destinar se faz mais que necessário para as empresas que buscam a sustentabilidade de seu
negócio.

Veja agora o que abordaremos neste artigo:

• o que são resíduos sólidos


• qual a classificação de resíduos sólidos
• qual a legislação aplicável aos resíduos sólidos
• como destinar esses resíduos
• procedimento para a destinação de resíduos sólidos
• como tratar e transportar resíduos sólidos
• gerenciamento de resíduos sólidos

O que são resíduos sólidos?


Resíduos sólidos são todos os materiais descartados que chegaram ao fim de sua vida útil. Esses
resíduos são produzidos por residências, estabelecimentos comerciais, industriais, hospitalares e
instalações físicas em geral.

A classificação dos resíduos no Brasil é normatizada pela NBR 10.004/2004 , que caracterizou todos os
tipos de resíduos como perigosos ou não perigosos.

Conhecer os critérios de classificação do resíduo é fundamental para sua empresa realizar a gestão
adequada de resíduos.
Segundo a ABNT NBR 10.004:2004, resíduos sólidos são aqueles que:

“resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e


de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos cuja particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos
de água, ou exijam para isso soluções, técnica e economicamente, inviáveis em face à melhor
tecnologia disponível."

Esses resíduos podem ser segregados e direcionados a diversas meios de destinação final,
como compostagem, reciclagem, aterros e etc.

Classificação dos resíduos sólidos


Conforme a norma NBR 10.004 os resíduos sólidos são classificados em:

resíduos classe I – perigosos resíduos não perigosos classe II A não inertes e classe II B inertes.

O resíduo classe II B inerte é composto por um tipo de material onde não ocorreu transformações
físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo.

Alguns exemplos de resíduos inertes são os entulhos de demolição, pedras, areia e sucata de ferro.
Esses materiais possuem a característica de não se decompor e sofrer qualquer alteração em sua
composição com o passar do tempo.

Os resíduos classe II A não inertes são os que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos,
patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química. Os materiais desta classe podem
apresentar propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água.

Os resíduos perigosos classe I são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente,
exigindo tratamento e disposição especiais.

São considerados resíduos perigosos: restos de tinta (são inflamáveis, podem ser tóxicas); material
hospitalar (são patogênicos); produtos químicos (podem ser tóxicos, reativos ou corrosivos); produtos
radioativos; lâmpadas fluorescentes; pilhas e baterias (têm vários metais em sua composição que
podem ser corrosivos, reativos e tóxicos dependendo do ambiente).

Os resíduos perigosos possuem as seguintes características: inflamabilidade; corrosividade;


reatividade; toxicidade e; patogenicidade.

Legislação aplicável aos resíduos sólidos


Há uma série de leis e normas específicas aplicáveis aos resíduos sólidos no Brasil. Contudo, a principal
é a lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Todas as demais legislações auxiliares se submetem a esta lei, embora boa parte das normas tenha
sido criada antes mesmo da publicação da PNRS.

A PNRS determina que todas as empresas tem responsabilidade pelos seus resíduos até a destinação
ou disposição final.

A lei, também, determina quais empresas deverão elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos e
como deve ser realizada a destinação desses materiais.

Além da PNRS, existem normas específicas para o transporte de resíduos perigosos, como a ANTT
5232 e norma geral para transporte de resíduos, a NBR 13.221/20.

Há, também, a portaria nº 280/20 que institui o Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR
nacional, como ferramenta de gestão e documento declaratório de implantação e operacionalização
do plano de gerenciamento de resíduos e, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos
Sólidos.

Destinação dos resíduos sólidos

De acordo com a PNRS, a destinação de resíduos sólidos inclui a reutilização, a reciclagem, a


compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos
órgãos ambientais.

Para tanto, devem ser observados as normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, além de minimizar os impactos ambientais.

Cada tipo de empresa possui uma obrigação em relação à destinação dos resíduos sólidos. No caso de
pequenas empresas, que não geram resíduos de preocupação ambiental, não há a necessidade de
destinação específica. Exemplos têm: os pequenos escritórios, lojas de rua e afins.

Já no caso de empresas que gerem resíduos com algum nível de risco ambiental, é necessário
obedecer às regras de destinação específica, aqui temos indústrias, postos de combustível, oficinas de
manutenção de máquinas e etc.
A destinação dos resíduos com algum risco ambiental deve ser feita por tratador autorizado e com
licenciamento ambiental válido. É necessário também gerar um manifesto de transporte de resíduos e
coletar um certificado de destinação final assinado pelo tratador, pois só assim a destinação estará
comprovada.

Promover a destinação correta dos resíduos sólidos gerados é um modo da empresa cumpri uma
exigência legal e reduzir gastos com resíduos.

Qual o procedimento para a destinação de resíduos sólidos?


Todos os resíduos sólidos gerados em uma empresa devem ter destinação ambientalmente correta.
Para isso são necessárias algumas etapas, são elas:

✓ avaliação do inventário dos resíduos: quais e quantidade de resíduos gerados;


✓ informações sobre as principais fontes geradoras;
✓ classificação dos resíduos;
✓ definição do acondicionamento, da coleta, do transporte e do tratamento final.

Antes da destinação final é necessário que a empresa separe os resíduos recicláveis e reutilizáveis dos
não recicláveis. O resíduo sólido reciclável deve ser separado e encaminhado até uma usina de
reciclagem, onde será beneficiado para voltar ao processo produtivo, podendo ser transformado em
outros produtos. Ou então, podem ser vendidos a outras organizações que os reutilizam em seus
processos.

A destinação de resíduos sólidos não recicláveis pode ser, por exemplo, em aterros, coprocessamento
e incineração. A escolha dependerá da classificação do resíduo.

Após o envio do resíduo para a destinação final, o tratador deverá disponibilizar o comprovante de
destinação final. Este importante documento provará que a empresa destinou o resíduo sólido de
forma ambientalmente correta.

A emissão, o controle e rastreio desses documentos podem ser feitos através de um sistema
automatizado. Há softwares específicos para o gerenciamento de resíduos que possibilitam o controle
da geração e da destinação dos materiais. No caso da solução VG Resíduos, todos os documentos
necessários à destinação e controle são gerados automaticamente para o usuário, formando uma série
de indicadores a serem utilizados na gestão do processo.

Tratamento e transporte dos resíduos sólidos


Para cumprir com as leis vigentes e aplicáveis aos resíduos sólidos, deve-se analisar e pesquisar o
melhor método para tratar seus resíduos.

O objetivo maior do tratamento de resíduos é diminuir o impacto negativo no meio ambiente e para a
saúde humana, além de, em alguns casos, gerar retorno financeiro para as organizações.

Os tipos de tratamento mais comum são: reciclagem, biodigestores, compostagem, aterro sanitário e
incineração.

O transporte dos resíduos sólidos só pode ser feito por uma empresa cujo licenciamento ambiental
prevê este tipo de atividade e que apresente regularidade mediante as todas as exigências legais. A
transportadora deverá emitir uma série de documentações para conseguir movimentar a carga.
O transporte dos resíduos sólidos das áreas geradoras até os centros de destinação final deve ser feito
com base na norma NBR 13.221 e ANTT 5232. A carga deve ser acompanhada da ficha de emergência
e rótulo de identificação quando for exigido pela legislação aplicável. Além disso, deve ser emitido
o MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos).

Materiais perigosos ou inflamáveis devem ser conduzidos em veículos com identificação do que está
sendo carregado, no caso de inflamáveis há placas específicas e o código ONU aplicável para
identificação da carga.

Os usuários da solução VG Resíduos podem gerar automaticamente os documentos obrigatórios para


transporte, pois o sistema já possui os modelos cadastrados e atualizados. De forma, que ao inserir os
dados da destinação, a documentação já será disponibilizada para a impressão e entrega ao motorista.

Como gerenciar os resíduos sólidos?


A gestão de resíduos sólidos demonstra ser uma aliada das empresas para eliminar os impactos
negativos que os resíduos causam, principalmente os associados à destinação final.

A falta de gestão de resíduos sólidos dentro de uma organização pode conduzir a multas elevadas e
sanções ambientais; imagem negativa da empresa e impedimento de novas parcerias comerciais
devido à falta de responsabilidade ambiental.

A gestão de resíduos é uma oportunidade das empresas ganharem dinheiro com a compra e venda de
resíduos. Através de uma das ferramentas da gestão, como a coleta seletiva eficiente, permite a
separação dos materiais recicláveis de qualidade que podem ser comercializado.

Além disso, identifica deficiências do processo produtivo, reduzindo desperdícios e custos,


aumentando a lucratividade dos negócios e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Para ter uma gestão eficiente o uso de um sistema automatizado, como o software da VG Resíduos é a
melhor opção. A plataforma ajuda a ter total controle sobre destinações, melhora a eficiência na
gestão de resíduos e ajuda a emitir os documentos de gestão exigidos pelos órgãos ambientais. Além
disso, é totalmente integrada com muitos sistemas online obrigatórios do governo.

Assim, é muito importante que as organizações se atentem à boa administração de seus processos
ambientais e também busquem obedecer à legislação pertinente, para que os processos sejam cada
vez mais sustentáveis.

Sendo assim, os resíduos sólidos são todos os materiais que chegaram ao fim de sua vida útil ou são
restos de processos que não tem mais serventia para a empresa. Esses resíduos devem ser destinados
e tratados de forma ambientalmente correta, a fim de evitar os impactos negativos causados por eles.
As principais leis ambientais brasileiras

A legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas e avançadas do mundo. Criada com o intuito
de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as consequências de ações devastadoras, seu
cumprimento diz respeito tanto às pessoas físicas quanto às jurídicas.

Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser conhecidas, entendidas e praticadas.
Afinal, há um processo de mudança de comportamento na sociedade civil e no mundo empresarial, que
não está associado apenas às eventuais penalidades legais, mas à adoção de uma postura de
responsabilidade compartilhada entre todos para vencer os desafios ambientais, que já vivenciamos.

Duas leis podem ser consideradas marcos nas questões relativas ao meio ambiente:
Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação ambiental quanto às infrações e
punições. Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao Ministério Público mecanismo para punir os
infratores do meio ambiente. Destaca-se, por exemplo, a possibilidade de penalização das pessoas
jurídicas no caso de ocorrência de crimes ambientais.

Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e altera a Lei 9.605/1998 -
Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos.
Propõe regras para o cumprimento de seus objetivos em amplitude nacional e interpreta a
responsabilidade como compartilhada entre governo, empresas e sociedade. Na prática, define que
todo resíduo deverá ser processado apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está
sujeito a penas passivas, inclusive, de prisão.

Outras importantes leis a serem citadas são:

Lei 11.445/2007 - Estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico - Versa sobre todos os setores
do saneamento (drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos).

Lei 9.985/2000 - Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – Entre seus
objetivos estão a conservação de variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos, a
preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais e a promoção do desenvolvimento
sustentável a partir dos recursos naturais.

Lei 6.766/1979 - Lei do Parcelamento do Solo Urbano – Estabelece regras para loteamentos urbanos,
proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e
em terrenos alagadiços.

Lei 6.938/1981 - Institui a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente - Estipula e define, por
exemplo, que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independente da culpa, e
que o Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, como
a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados.

Lei 7.347/1985 - Lei da Ação Civil Pública – Trata da ação civil pública de responsabilidades por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico, de
responsabilidade do Ministério Público Brasileiro.

Lei 9.433/1997- Lei de Recursos Hídricos – Institui a Política e o Sistema Nacional de Recursos Hídricos -
Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico. Prevê também a criação do
Sistema Nacional para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre
recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.
Lei nº 11.284/2006 - Lei da Mata Atlântica - Essa norma regulamenta a proteção e uso dos recursos
dessa floresta, tendo como objetivo assegurar direitos e deveres dos cidadãos e de órgãos públicos no
que se refere à exploração consciente desse bioma. A lei visa a salvaguarda da biodiversidade, da saúde
humana, dos valores paisagísticos, do regime hídrico e da estabilidade social.

Lei 12.651/2012 - Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código Florestal Brasileiro de 1965 e define que
a proteção do meio ambiente natural é obrigação do proprietário mediante a manutenção de espaços
protegidos de propriedade privada, divididos entre Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva
Legal (RL).

É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do País, que ainda
possui inúmeras outras matérias, como decretos, resoluções e atos normativos.

Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam cumpridas, como é o
caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do Ministério do Meio Ambiente.

Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado e, ao seguir as normas
estabelecidas pela legislação federal ou estadual, sempre é aconselhável optar pelas mais restritivas
para não correr o risco de sofrer punições.

Referências Bibliográficas

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312751396689&hsa_kw=pnrs&hsa_mt=p&hsa_net=adwords&hsa_ver=3&gclid=EAIaIQobChMIyezqlsG
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