Por Uma Reflexão Filosófica Reformada 2024
Por Uma Reflexão Filosófica Reformada 2024
Por Uma Reflexão Filosófica Reformada 2024
Meus caros irmãos, nos próximos momentos apresentarei alguns textos para quem se
interessa por filosofia reformada. Nossa intenção é identificar o caminho que assumimos
como referencial último em termos filosóficos, para tanto o melhor é começar com uma
reflexão simples extraídas de um livro que chamo de manual para uma introdução do
pensamento cristão evangélico: Verdade Absoluta de Nancy Pearcey 1:
Observem o texto:
1PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: Libertando o cristianismo do seu cativeiro cultural. Trad.: Luiz Aron.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, cap. 11.
a Gresham Machen do Seminário Westminster. O foco desta linha está na
ortodoxia teológica e na autoridade bíblica.
Tendo o texto acima com referencial vamos partir para o segundo grupo de perguntas:
Poucos pastores têm uma nítida compreensão do assunto, e por isso, antes de falarmos
mais sobre um avivamento filosófico em nosso meio, é necessário termos uma
identidade sobre como se dá o nosso pensamento de forma histórica. Sigamos o texto
de nossa professora Nancy Pearcey2 nesta importante apresentação da matriz iluminista
escocesa:
Para dar expressão filosófica à fé, os evangélicos dos séculos XVIII e XIX
recorreram aos serviços de uma filosofia trazida da Escócia, chamada de
realismo do senso comum. Na ocasião, essa filosofia era imensamente
popular em todo o cenário intelectual dos Estados Unidos. Os adeptos e
críticos dos dois despertamentos a adotaram. Os unitários e outros liberais
teológicos a aceitaram. Até os deístas, como Thomas Jefferson (que negavam
todos os elementos sobrenaturais da Bíblia), a adotaram. “O iluminismo
escocês foi a única tradição mais potente no iluminismo americano", conclui
um relato. O realismo do senso comum foi denominado "a filosofia oficial dos
Estados Unidos do século XIX".'
2PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: Libertando o cristianismo do seu cativeiro cultural. Trad.: Luiz Aron.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, cap. 11. Faço a mudança que creio seja necessária, pois no texto em português
o tradutor prefere o termo “bom senso”, creio que o melhor seja senso comum.
surpreendente e uma falta crucial a ser corrigida para que entendamos a
história americana.
O realismo do senso comum foi levado aos Estados Unidos por John
Witherspoon, que em 1768 saiu da Escócia para ser reitor da Universidade de
Princeton (então chamada Faculdade de Nova Jersey). De Princeton, a
filosofia do senso comum se espalhou pelo mundo acadêmico da época.
"Tornou-se uma cosmovisão evangélica que se infiltrou em toda sala de aula
e influenciou centenas de ministros, incontáveis professores e dezenas de
cientistas e médicos experimentados", diz certo historiador." Praticamente se
identificou com o ponto de vista evangélico."
Se esta filosofia foi nada menos que a "cosmovisão evangélica" por tanto
tempo, então temos de saber mais a respeito. O que era esta filosofia e por
que foi tão popular?
Veja um pouco da razão da existência da filosofia de Reid e sua assimilação nos campos
cristãos protestantes da América.
O realismo do senso comum foi elaborado por Thomas Reid, filósofo escocês,
em resposta ao ceticismo radical de um colega escocês, David Hume. O
ceticismo de Hume foi tão radical que Immanuel Kant disse excelentemente
que o despertou de seu "sono dogmático". Pelo visto, também despertou Reid,
porque ele objetivou seus esforços filosóficos em refutar Hume e formular um
novo fundamento para o conhecimento. O modo de evitar o ceticismo,
segundo propôs Reid, é dar-se conta de que certos conhecimentos são "auto-
evidentes, evidentes por si mesmo", ou seja, nos são impingidos pela maneira
como a natureza humana é constituída. Por conseguinte, ninguém de fato
dúvida ou nega tais conhecimentos. Fazem parte da experiência imediata e
são inegáveis.
Por exemplo, ninguém duvida que existam (não na prática, pelo menos).
Ninguém duvida que o mundo material seja real (sempre olhamos para os dois
lados antes de atravessar a rua). Nem duvidamos de nossas experiências
interiores como as recordações ou a dor. (Se digo que estou com dor de
cabeça, ninguém pergunta: "Como você sabe?") Se alguém nega estes fatos
básicos, dizemos que ele é insano — ou um filósofo. E até os filósofos os
negam apenas teoricamente. O próprio Hume afirmou que, depois de racionar
sobe o ceticismo radical na solidão dos seus estudos, ele ventilaria a mente
jogando gamão com os amigos.
Segue agora dois gráficos para que os estudiosos do assunto possam se basear:
Reflexão Inicial
O realismo escocês era particularmente atraente para os cristãos, porque era uma
filosofia teísta que se apoiava na suposição da criação divina.
Mais uma vez chamemos a professora Nancy Pearcey3 e sua identificação da fé cristã:
3PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: Libertando o cristianismo do seu cativeiro cultural. Trad.: Luiz Aron.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, cap. 11. Faço a mudança que creio seja necessária, pois no texto em português
o tradutor prefere o termo “bom senso”, creio que o melhor seja senso comum.
1. Thomas Reid disse que todo conhecimento começa com as coisas que não
podemos deixar de acreditar, por causa do modo como a mente humana é
constituída (verdades evidentes por si mesmas).
2. Nossa consciência interior de dor e prazer,
3. Nosso senso moral de certo e errado,
4. Nossa convicção instintiva na realidade do mundo físico.
Tudo isso:
Por isso, neste filósofo e pastor, Thomas Reid, temos três pontos:
Questões avaliativas:
1. Qual o real valor do pensamento de Reid quando tratamos que o senso comum é
a experiência pré-teórica que fornece o material inicial às nossas teorias em
filosofia, ciência, moralidade e assim por diante?
2. Você consegue distinguir em alguma obra de Schaeffer os seus pontos híbridos?
Registre algum trecho de qualquer obra do profícuo autor.
3. Explique por que adotar uma filosofia que nega as verdades conhecidas pela
experiência é arrematada loucura.