ANEXO 9 - Manuseio de Resduos Slidos

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SUGESTÃO DE PROTOCOLO DE MANUSEIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

COSAT/SUINFRA

1. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O gerenciamento de resíduos sólidos é composto pelas etapas de segregação,


acondicionamento, transporte interno, armazenamento temporário, transporte externo,
tratamento e disposição final. As etapas de transporte externo, tratamento e disposição
final para a grande maioria dos resíduos gerados na UFRGS são realizadas por empresas
contratadas especificamente para esse fim. As etapas de ACONDICIONAMENTO,
TRANSPORTE INTERNO e ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO são de
responsabilidade das unidades e das equipes de limpeza da UFRGS.
A fim de executar essas etapas, além dos equipamentos de proteção individual
(EPIs) usuais, tais como uniforme, sapatos fechados e luvas, como medida preventiva à
contaminação por coronavírus, os funcionários das equipes de limpeza devem utilizar
máscara, sendo que é recomendado o uso da máscara N95/PPF2 para manuseio de
resíduos contaminados ou possivelmente contaminados. Os funcionários devem ser
orientados sobre a correta utilização dos EPIs e sobre a necessidade de desinfecção dos
mesmos.
É importante que os resíduos sejam acondicionados e destinados de maneira
segura e ambientalmente correta para evitar os riscos de contaminação e os impactos
ambientais.

2. SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS NA UFRGS

Segundo a ABNT NBR 10.004/2004 os resíduos sólidos são classificados como


perigosos e não perigosos. Os resíduos recicláveis e não recicláveis equiparados aos
resíduos domésticos gerados na UFRGS são considerados não perigosos e chamados de
comuns. Os resíduos perigosos não devem ser recolhidos por terceirizados, a menos que
os mesmos sejam contratados e treinados especificamente para esta função.
2.1 Resíduos Comuns

A divisão entre reciclável e não reciclável não é algo absoluto, pois depende das
tecnologias presentes no mercado e do valor agregado aos materiais descartados como
resíduos comuns. Atualmente, de modo genérico, os resíduos gerados na UFRGS
podem ser divididos em reciclável e não reciclável segundo a tabela abaixo:

RESÍDUOS
RESÍDUOS RECICLÁVEIS RESÍDUOS NÃO RECICLÁVEIS
PERIGOSOS
 Papel de escritório, jornais e revistas,  Papel higiênico, papel toalha,  Pilhas e baterias
papelão, papel cartaz LIMPOS. guardanapo, papel adesivo, papel  Lâmpadas
 Vidros LIMPOS como potes, frascos, carbono, papel sujo. fluorescentes
copos, etc. Embalagens de materiais de  Espelho, cerâmica e porcelana.  Material químico
limpeza, embalagem de alimentos, caixas  Fita crepe, fotografia, fitas  Material biológico
de leite e alimentos (tipo tetra-Pack). adesivas.  Material radioativo
 Lata de alumínio e latas metálicas de  Clips e grampos, esponjas de aço.  Máscaras e luvas
alimentos, copos de café e água, garrafas  Cabos de panela, tocos de cigarro. de serviços de saúde e
pet e de vidro.  Máscaras e luvas usadas por laboratórios de testes
pessoas não infectadas e em e pesquisas com
ambientes comuns. coronavírus.

A segregação, ou separação, dos resíduos sólidos é responsabilidade do gerador,


ou seja, da unidade ou indivíduo que gerou o resíduo. Desta forma, não é permitido aos
terceirizados separarem resíduos misturados.
Por outro lado, a separação correta dos resíduos só é possível com a correta
manutenção das lixeiras e com a colocação dos sacos de lixo. Desta forma, é papel dos
terceirizados zelar pela limpeza e preservação das lixeiras internas e externas e pela
correta colocação dos sacos de lixo.
Os sacos de lixo devem seguir a seguinte divisão:
I. SACO PRETO: Deve ser usado em lixeiras pretas e/ou com sinalização de
“RESÍDUO NÃO RECICLÁVEL”.
II. SACO AZUL: Deve ser usado em lixeiras azuis e/ou com sinalização
“RESÍDUO RECICLÁVEL”

Dessa forma, é preciso atentar para as seguintes situações:


 Nos banheiros, tanto nas lixeiras das cabines quanto as das pias, devem ser
colocados APENAS sacos pretos.
 No interior das bibliotecas e dos laboratórios de informática devem ser usados
APENAS sacos azuis, com exceção de uma ou mais lixeiras na recepção ou
entrada desses locais.
 Quando a lixeira possuir cor diferente de azul ou preta, dificultando saber qual
saco usar, deve-se seguir as instruções da sinalização junto da lixeira (adesivo na
parede ou lixeira), de modo que a cor do saco deve ser a mesma cor do adesivo.
2.2 Resíduos de Construção e Demolição - RCD

Segundo a Resolução CONAMA 307/2002, os resíduos da construção civil


deverão ser classificados, em classe A, B, C e D.
 Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais
como
‒ de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
‒ de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento
etc.), argamassa e concreto;
‒ de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de
obras.
 Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas
imobiliárias e gesso; (NR)
‒ § 1º No âmbito dessa resolução consideram-se embalagens vazias de
tintas imobiliárias, aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de
tinta em seu revestimento interno, sem acúmulo de resíduo de tinta
líquida.

 Classe C- são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou


aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,
 Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como
tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde
oriundos e demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Classe A Classe B Classe D

2.3 Resíduos de Serviço de Saúde dos Grupos A e E

Segundo a Resolução ANVISA - RDC Nº 222/2018 e a Resolução CONAMA


Nº 358/2005, os resíduos de serviço de saúde são todos os serviços relacionados com o
atendimento à saúde humana ou animal, inclusive:
 serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;
 laboratórios analíticos de produtos para saúde;
 necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de
embalsamamento;
 serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
 estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
 centros de controle de zoonoses;
 distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e
produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
3. CUIDADO COM O ARMAZENAMENTO E DESCARTE DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

O tempo de permanência do coronavírus em resíduos, conforme divulgação


da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, é:
Resíduos plásticos 5 dias
Resíduos de papel 4 a 5 dias
Resíduos de vidro 4 dias
Alumínio 2 a 8 horas
Aço 48 horas
Madeira 4 dias
Luvas cirúrgicas 8 horas

O resíduo reciclável deve ficar em quarentena em um local separado,


preferencialmente nas centrais de resíduos da UFRGS, por um bom período de tempo,
no mínimo o expresso na tabela. Importante que esses resíduos estejam protegidos para
evitar a contaminação.
Já os resíduos especiais (como pilhas, baterias e lâmpadas) devem ser
descartados separadamente através dos contratos vigentes e Atas de registro de Preço
pertinentes na UFRGS.
Os resíduos contaminados ou possivelmente contaminados com coronavírus
devem ser classificados segundo a RDC 222/2018 e Resolução CONAMA 358 como
resíduos de serviços de saúde do Grupo A (sub grupo A1), IN 13 IBAMA no 180102,
ABNT 12808, risco biológico, resíduos com presença de agentes biológicos que, por
suas características, podem apresentar risco de infecção.
Os materiais contaminados ou com possível contaminação por coronavirus,
devem ser autoclavados antes do descarte, segundo diretrizes da OPAS
(https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&slug=dir
etrizes-provisorias-de-biosseguranca-laboratorial-para-o-manuseio-e-transporte-de-
amostras-associadas-ao-novo-coronavirus-2019-covid-19&Itemid=965 ) e
posteriormente ser descartados em saco branco leitoso, que devem ser substituídos
quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas e
identificados pelo símbolo de substância infectante, a serem recolhidos pela contratada
AMBSERV na UFRGS, a fim de reduzir os riscos de contaminação dos profissionais
envolvidos no processo de descarte.
Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à
punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa provida de sistema de abertura
sem contato manual, com cantos arredondados.
Deve ser estabelecido um local para armazenamento temporário dos resíduos da
área de quarentena até o seu recolhimento, conforme especificado na RDC/Anvisa nº
222/2018 (http://bit.ly/anvisardc2222018). No armazenamento temporário e externo de
RSS é obrigatório manter os sacos acondicionados dentro de coletores com a tampa
fechada. A empresa responsável pelos recolhimentos dos resíduos deve estabelecer um
cronograma para essa atividade. Os resíduos devem ser recolhidos, no mínimo, 3 vezes
por semana, ou de acordo com a necessidade. Estes resíduos devem ser tratados antes da
disposição final ambientalmente adequada.

Após o manuseio de resíduos e demais materiais de descarte (coletores, sacos,


materiais de limpeza, etc.), recomenda-se a lavagem das mãos e antebraços com água e
sabão, conforme protocolo de higienização da ANVISA, especialmente nas páginas 66,
67 e 68:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higieniz
acao_maos.pdf
Da mesma forma, os coletores devem ser higienizados regularmente com água e
sabão, a fim de evitar a proliferação de microrganismos, incluindo o novo coronavírus.

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